Jaboticabal ISSN: 1984-5529 v.44, n.4, p.557–567, 2016 http://dx.doi.org/10.15361/1984-5529.2016v44n4p557-567 Revisão bibliográfica Características biológicas de Digitaria insularis que conferem sua resistência à herbicidas e opções de manejo Digitaria insularis biological features that give their resistance to herbicides and options management Tiago GAZOLA1; Diego BELAPART2; Edicarlos Batista de CASTRO3; Mário Luiz CIPOLA FILHO4; Márcio Furriela DIAS5 1 Autor para Correspondência - Mestrando em Agronomia, Dep. de Proteção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA/UNESP - Campus de Botucatu, Fazenda Lageado, Portaria I: Rua José Barbosa de Barros, nº 1780, Cep 18610-307 – Botucatu, SP. [email protected] 2 Mestrando em Agronomia, Dep. de Produção e Melhoramento Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas FCA/UNESP - Campus de Botucatu. [email protected] 3 Doutorando em Agronomia, Dep. de Proteção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas FCA/UNESP- Campus de Botucatu. [email protected] 4 Engenheiro Agrônomo – Universidade de Marília – UNIMAR. [email protected] 5 Engenheiro Agrônomo – Universidade de Marília – UNIMAR. [email protected] Recebido em: 14-01-2016; Aceito em: 19-07-2016 Resumo Digitaria insularis é uma planta daninha altamente disseminada no Brasil. Trata-se de uma gramínea perene que possui alta capacidade de infestação por possuir pequenas sementes com grande poder germinativo e de dispersão. Além disso, essa planta daninha, uma vez perenizada, forma touceiras e pode reproduzir-se através de seus rizomas, caracterizando este estádio fenológico como de difícil controle. Com a confirmação de biótipos resistentes ao herbicida glyphosate, essa espécie tem-se tornado um grande problema para a agricultura, uma vez que inibidores da EPSPS são os únicos herbicidas capazes de controlar essas espécies sem restrições quanto ao estádio fenológico. Fica evidente que o controle eficaz do capim-amargoso não se restringe a um único herbicida, bem como a uma única aplicação. Seu monitoramento deve ser constante, haja vista que se trata de uma planta daninha perene, altamente adaptada às condições brasileiras, com alto poder de infestação e que gera grandes prejuízos para a agricultura, reduzindo a produção e aumentando os custos com insumos. Esta revisão bibliográfica teve por objetivo compilar informações disponíveis na literatura, de modo que auxilie pesquisadores e profissionais das ciências agrárias nas tomadas de decisões e no manejo racional desta planta daninha. Palavras-chave adicionais: capim-amargoso; controle químico; glyphosate; plantas daninhas. Abstract Digitaria insularis is a highly pervasive weed in Brazil, it is a perennial grass that has high capacity infestation has small seeds with great power germination and dispersion moreover, this weed once perenizada, form clumps and can play through their rhizomes featuring this phenological stage as difficult to control. With the confirmation biotypes resistant to glyphosate, this species has become a major problem for agriculture, since, EPSPS inhibitors are the only herbicides capable of controlling these species no restrictions on the growth stage. It is evident that the effective control of sourgrass is not restricted to a single herbicide, as well as a single application, its monitoring should be constant, given that it is a perennial weed, highly adapted to Brazilian conditions, with high power of infestation and that causes extensive damage to agriculture, reducing production and increasing input costs. This literature review aim to compile information available in the literature, so that assist researchers and professionals in agricultural sciences in decision making and rational management of this weed. Additional keywords: chemical control; glyphosate; sourgrass; weeds. Dentre as plantas daninhas comumente encontradas infestando áreas agrícolas brasileiras, está o gênero Digitaria (Haller), que abrange cerca de 300 espécies de plantas, distribuídas em diversas regiões do mundo (Canto-Dorow, 2001). O Brasil é o país do continente americano com maior diversidade de espécies desse gênero, tendo sido constatada a presença de 26 espécies nativas e de 12 exóticas (De 557 Científica, Jaboticabal, v.44, n.4, p.557-567, 2016 Maria et al., 2006). Neste gênero, destaca-se a espécie Digitaria insularis (L.) Mez ex Ekman, amplamente disseminada no País como relatam Brandão et al. (1995). Carvalho & Pitelli (1992), Brighenti et al. (2003) e Pereira & Velini (2003) encontraram-na no Cerrado, tanto em áreas de pastagem, como em áreas de produção de grãos. Segundo Oliveira & Freitas (2008), ao realizarem levantamento no Estado do Rio de Janeiro, encontraram capim-amargoso infestando cultivos de banana e cana-de-açúcar, além de áreas com pastagem. Sua presença também foi relatada no Estado de São Paulo (Kuva et al., 2008). Capim-amargoso trata-se de uma gramínea perene, ereta, que possui colmos estriados e entrenós longos, tendo de 50 a 150 cm de altura, com folhas apresentando bainha longa e pilosa, e lígula membranácea (Kissmann & Groth, 1997; Lorenzi, 2000). Segundo estes mesmos autores, possui panículas muito vistosas e alta produção de sementes pilosas com elevado poder germinativo, podendo ser disseminada a longas distâncias pelo vento praticamente o ano todo. Trata-se de uma planta altamente competitiva e de grande potencialidade infestante, possui desenvolvimento rápido e agressivo, reproduz-se tanto por sementes quanto por rizomas e forma touceiras consideráveis a partir deles. Além disso, desenvolve-se bem em solos pobres e ácidos, e supera muitas outras espécies (Mondo et al., 2010). A infestação de D. insularis tem aumentado nas áreas agrícolas onde não há culturas de cobertura estabelecidas na entressafra, tornando-se uma das principais plantas daninhas no Brasil em áreas de produção de grãos (Correia et al., 2010; Gazziero et al., 2011). Com a utilização de culturas geneticamente modificadas resistentes ao glyphosate, este passou a ser o principal herbicida utilizado no sistema de produção dessas culturas, tendo como consequência, dessa grande utilização, o surgimento de plantas daninhas resistentes (Koger & Reddy, 2005). Como descreveu Christoffoleti et al. (1994), a alta frequência da utilização de um determinado herbicida resulta em forte pressão de seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes ao mesmo, que já estão naturalmente presentes na área, mas em baixa frequência. Segundo Agostinetto & Vargas (2009), entre populações de plantas, há indivíduos que são capazes de sobreviver a doses de registro do herbicida, que em condições normais controlariam os demais integrantes da população, tornando-se necessário o uso de mais de um princípio ativo para o controle efetivo. Além disso, durante a dessecação de plantas daninhas para a implantação da cultura de interesse, nem sempre se consegue obter o resultado esperado, pois muitas espécies podem rebrotar e ocasionar à perenização e o aumento da importância agrícola (Timossi, 2009). Gazziero et al. (2012) verificaram que a presença de seis a oito plantas de capim-amargoso por metro quadrado durante o ciclo da soja pode reduzir sua produtividade em até 44%. ISSN: 1984-5529 Os primeiros relatos de resistência em capim-amargoso foram observados no Paraguai por Timossi et al. (2006) e Machado et al. (2006), quando constataram que a aplicação de 1.440 g ha-1 de glyphosate para o controle da comunidade infestante, foi satisfatório, porém não evitou o rebrote da espécie. O primeiro foco de resistência relatado no Brasil foi em 2008, após aplicação de glyphosate em uma lavoura de soja no município de Guaíra-PR (Duke & Powles, 2008). Ainda de acordo com estes autores, após a realização de testes e monitoramento de possíveis casos de resistência de D. insularis no Estado de São Paulo, foram encontrados dois biótipos, oriundos da mesma localidade, comprovadamente resistentes ao herbicida glyphosate. Adegas et al. (2010), ao estudarem vários biótipos de capim-amargoso, constataram que a aplicação de glyphosate na dose recomendada para o controle da espécie (1,080 kg ha-1) não proporcionou a morte dos biótipos com suspeita de resistência aos 14 dias após a aplicação, da mesma forma que o aumento da dose (até 8,640 kg ha-1) não resultou em controle eficiente dessas plantas. Diversos autores relataram casos de resistência de D. insularis ao herbicida glyphosate no Brasil (Powles & Yu, 2010; Melo, 2011; Carvalho et al., 2011; Melo et al., 2012; Reinert et al., 2013). Portanto, diante das evidências encontradas em literatura e da necessidade de novos estudos com a espécie de D. insularis, buscou-se desenvolver este compilado de informações, de modo a fornecer conhecimentos atualizados e disponíveis para auxiliar pesquisadores e profissionais da área nas tomadas de decisões. Características que influenciam no processo germinativo de Digitaria insularis e mecanismos que conferem sua resistência a herbicidas Devido ao diminuto tamanho de suas sementes e à dispersão ser realizada principalmente pelo vento, os fluxos de emergência dessa espécie são dependentes da profundidade em que as mesmas se encontram, da umidade do solo, da luz, bem como de sua qualidade, e da temperatura (Pyon et al., 1977; Ruedell, 1995; Gomes Júnior & Christoffoleti, 2008). Segundo Guimarães et al. (2002), a profundidade no solo em que uma semente consiga germinar e produzir plântula tem variação entre as espécies e apresenta importância ecológica e agronômica. Barbosa et al. (1991) verificaram que os níveis mais altos de porcentagem e velocidade de emergência de espécies de plântulas do gênero Digitaria encontraram-se na superfície a 2 cm de profundidade. Dentre estas espécies, as sementes de D. insularis (capimamargoso) apresentaram cerca de 80% de germinação em até 3 cm de profundidade no solo, e ao serem dispostas a 4 cm, sua germinação foi reduzida a 10% (Pyon et al., 1977). Entretanto, Reinert (2013), ao estudar a viabilidade de sementes de capimamargoso verificou que estas só perdem viabilidade quando submetidas ao enterrio no solo, a pelo menos 558 Científica, Jaboticabal, v.44, n.4, p.557-567, 2016 5 cm, por um período superior a 180 dias. Assim como a profundidade da semente no solo exerce influência em sua germinação, a luz também é um fator importante a ser considerado, pois sua intensidade, o comprimento de onda e o fotoperíodo são variáveis conhecidas por exercerem efeito sobre a germinação de sementes que possuem dormência (Copeland & Mcdonald, 2001). Em condições de temperaturas constantes, entre 20 e 30 ºC, a germinação das sementes de capim-amargoso depende da presença de luz, já em condições de temperaturas alternadas, entre 15 e 35 ºC, a germinação assemelha-se tanto na presença quanto em sua ausência e pode superar facilmente 90% de germinação após 10 dias (Pyon, 1975; Mondo et al., 2010). De acordo com Pyon (1975), sementes de D. insularis, quando submetidas ao fotoperíodo de 8 a 12 horas de luz, possuem germinação mais rápida, com índices próximos a 70% em até cinco dias. No entanto, Mayer & Poljakoff Mayber (1989) e Vázquez-Yanes & Orozco-Segovia (1993), realizando estudos tanto em biótipos suscetíveis quanto em resistentes, verificaram que sementes submetidas a 12 horas de luz, ou em sua ausência, não influenciaram na germinação do capim-amargoso, classificando-as como fotoblásticas neutras. Ainda de acordo com estes autores, a temperatura ótima para a germinação das sementes de D. insularis, independentemente de sua suscetibilidade ao glyphosate, está entre 25 °C e 30 ºC por proporcionar, de modo geral, menor tempo médio para germinação. Entretanto, Mendonça et al. (2014) observaram que as sementes desta espécie são fotoblásticas positivas e que a temperatura de 45 ºC durante sua germinação é letal, sendo que 35 ºC, combinado com a luz, é a condição mais favorável para a germinação das mesmas. Reiner (2013), ao estudar os aspectos da biologia de plantas D. insularis resistentes ao herbicida glyphosate, observou maior capacidade de emergência destas espécies em locais onde não há cobertura de palha, sendo que, a partir de 4,0 ton ha-1, a emergência tanto de biótipos suscetíveis como de resistentes foi afetada. Já Pyon et al. (1977) constataram que as sementes de capim-amargoso são mais tolerantes ao estresse hídrico durante a germinação em comparação a Panicum maximum Jacq. Enquanto Lacerda (2003) concluiu em seu trabalho que, apesar de ter ocorrido emergência de capim-amargoso durante quase o ano todo, o período mais favorável verificado foi de fevereiro a maio. Desta forma, diferenças na suscetibilidade de espécies de plantas daninhas a herbicidas são alvo de diversos estudos e têm sido atribuídas ao seu estádio de desenvolvimento, nas diferenças morfológicas (área e forma do limbo foliar, ângulos ou orientação das folhas em relação ao jato de pulverização), na anatomia das folhas (presença de estômatos, pelos, espessura e composição da camada cuticular) e por diferenças na absorção, translocação, compartimentalização e no metabolismo da molécula herbi- ISSN: 1984-5529 cida (Dall‘Armellina & Zimdahl, 1989; Westwood et al., 1997; Vargas et al., 1999; Tuffi Santos et al., 2004). De acordo com Christoffoleti et al. (1994), a resistência não se origina pelo uso de um herbicida, e sim devido à seleção dos indivíduos resistentes. Esta seleção ocorreu com o capim-amargoso, resistente ao glyphosate, assim como foi observado com a buva. Assim, a espécie de D. insularis concorre com a soja por água, luz e nutrientes, o que representa um problema a mais para o cultivo desta cultura, principalmente quando a planta forma rizomas. Segundo Appezzato-da-Glória & CarmelloGuerreiro (2003), o rizoma é um órgão especializado em reserva e acumula amido na região cortical. De acordo com Tuffi Santos et al. (2004) e Machado et al. (2008), a presença de amido em quantidade elevada pode ser responsável pela menor eficiência do glyphosate em trapoeraba (Commelina diffusa Burm.f.), devido à menor translocação do herbicida no interior da planta com menor quantidade acumulada no sítio de ação, possibilitando o desenvolvimento dos meristemas e a rebrota da parte aérea de plantas tratadas com o herbicida. Assim como ocorre em C. diffusa, as brotações de D. insularis, originadas de rizomas, também são mais difíceis de serem controladas com o glyphosate, provavelmente pelo mesmo motivo que a trapoeraba, o que a torna uma espécie de difícil controle para os cultivos de café, frutíferas e mesmo para culturas geneticamente modificadas na tolerância ao herbicida (Tuffi Santos et al., 2004; Machado et al., 2008). Para Machado et al. (2006), a formação dos rizomas em plantas de capim-amargoso ocorre, em média, 45 dias após sua emergência, quando estas são provenientes de sementes, ocasionando, a partir desse momento, tolerância desta espécie ao glyphosate. Segundo estes mesmos autores, um controle mais eficaz deve ser feito com aplicação deste herbicida até aos 40 dias após sua emergência, quando os rizomas ainda não foram formados. Foi constatado por Machado et al. (2008), que plantas de D. insularis, originadas de rizomas, apresentam maior índice estomático em ambas as faces das folhas. Além disso, Bukovac et al. (1990) verificaram que, nestas plantas, a cutícula tem maior espessura e atua como interface entre o corpo da planta e o ambiente, e contribui na proteção mecânica e na prevenção da perda de água dos tecidos vegetais. A cutícula funciona também como importante barreira à entrada de microrganismos e agroquímicos; no entanto, a absorção de herbicidas não está apenas relacionada à espessura da cutícula, mas também à sua constituição lipídica e ao grau de impedimento da passagem de solutos (Silva et al., 2004). Entretanto, Machado et al. (2006) observaram a existência de características anatômicas nas folhas de D. insularis que podem influenciar na absorção e na translocação do glyphosate, porém não são as principais causadoras da resistência. Ainda segundo este autor, as folhas desta espécie de 559 Científica, Jaboticabal, v.44, n.4, p.557-567, 2016 planta daninha são anfiestomáticas (anfi-hipoestomática) e apresentam células-guarda halteriformes nos estômatos e células interestomatais com extremidades ligeiramente côncavas, com estômatos organizados em fileira ao longo das nervuras. As diferenças morfológicas só são evidenciadas nos maiores estádios vegetativos da planta, em biótipos suscetíveis e resistentes, principalmente pela presença de tricomas e pela deposição de cera nas folhas, sendo que a planta suscetível apresenta mais tricomas na face abaxial que podem ser via de entrada do glyphosate, e pode estar relacionada com a absorção diferencial encontrada por outros autores, notando-se que esta espécie absorve menos da metade deste herbicida aplicado após 96 horas (Carvalho et al., 2012). Diferenças na absorção de glyphosate também foram observadas em biótipos de Lolium multiflorum Lam.(Michitte et al., 2007; Nandula et al., 2008). Michitte et al. (2007) ressaltam que essas diferenças podem ocorrer devido à composição distinta das ceras epicuticulares, como, por exemplo, maior cristalização em plantas resistentes. Além disso, plantas resistentes podem apresentar certas zonas mais rugosas na superfície foliar (Carvalho, 2011). Nandula et al. (2008) ressaltam ainda que o teor de cera também pode influenciar na absorção de herbicida pelas folhas. A partir destas constatações, pode esperarse que as plantas de D. insularis oriundas da rebrota do rizoma sejam mais tolerantes ao sombreamento e, portanto, à supressão de luz realizada pela cultura (controle cultural); porém, o crescimento inicial dessas plantas, principalmente em condições de sombreamento ou de baixas temperaturas, pode ser suprimido pelo crescimento mais rápido de outras espécies da comunidade infestante (Machado et al., 2006). Esse processo ocorre devido seu crescimento inicial lento até os 45 dias; no entanto, se a dose do herbicida não for suficiente para controlá-la, pode tornar-se uma espécie dominante, como ocorre em muitos casos em áreas de café, citros e plantio direto, onde a aplicação de glyphosate foi eficaz para outras espécies e insatisfatória no controle de D. insularis resistente (Machado et al., 2006). A elevada acumulação de ácido chiquímico é um importante parâmetro para identificar intoxicação em plantas suscetíveis ao glyphosate (Maria et al., 2006; González-Torralva et al., 2010; Castro, 2015). Mudanças na concentração de ácido chiquímico em plantas são resultados, especificamente, da inibição da enzima EPSPS (Jaworski, 1972; Amrhein et al., 1980; Amrhein et al., 1983). Em plantas de D. insularis suscetíveis ao glyphosate, o acúmulo de ácido chiquímico foi mais lento (Powles & Preston, 2006), assim como a concentração foi menor que em outras plantas daninhas, gramíneas já estudadas, como L. multiflorum (Perez-Jones et al., 2005; PerezJones et al., 2007; Ribeiro et al., 2008) e Lolium rigidum Gaud. (Ribeiro et al., 2008). Segundo Carvalho et al. (2011), os mecanismos que conferem ISSN: 1984-5529 resistência a D. insularis estão relacionados com a absorção mais lenta de glyphosate em plantas do biótipo resistente, assim como a mais rápida metabolização do herbicida em AMPA, glioxilato e sarcosina. Após a absorção, o herbicida precisa translocar, através de tecidos vasculares, até os sítios de ação, onde ele vai exercer sua atividade (Satichivi et al., 2000). Em plantas resistentes, a maior parte do herbicida fica retida na folha tratada e menor quantidade do glyphosate translocapara outras partes da planta, confirmando a translocação como um dos mecanismos de resistência de D. insularis a glyphosate (Lorraine-Colwill et al., 2003; Wakelin et al., 2004; Perez-Jones et al., 2007; Yu et al., 2007; Carvalho, 2011). Segundo Rodrigues (2009), a translocação do glyphosate pelo floema segue a mesma rota dos açúcares produzidos na fotossíntese: deslocam-se das folhas para as raízes ou frutos. O movimento do herbicida na planta sofre influência com a quantidade de açúcar translocada para cada uma dessas partes durante o ciclo de vida da planta (Monquero et al., 2004). Há duas razões para o glyphosate ser transportado de folhas velhas (fonte) para tecidos meristemáticos (dreno): primeiro, há concentração mais alta de EPSPS nos tecidos meristemáticos (Weaver & Hermann, 1997);segundo, tecidos meristemáticos comumente apresentam vacúolos menores e, assim, não podem “defender” efetivamente o cloroplasto do herbicida (Ge et al., 2010). Assim, diferenças no padrão de translocação do glyphosate estão associadas com sua resistência, pois esta molécula tende a ser transportada ativamente pelo floema e acumular-se em tecidos meristemáticos (Sprankle et al., 1975; Mcwhorter et al., 1980; Arnaud et al., 1994). Segundo Carvalho et al. (2011), as plantas de capim-amargoso apresentaram menor translocação em plantas do biótipo resistente quando comparadas ao suscetível, mesmo em plantas novas com três a quatro folhas. De acordo com Melo (2011), ao avaliar o crescimento de D. insularis, observou-se que plantas resistentes ao glyphosate apresentaram desenvolvimento mais rápido que as suscetíveis a este herbicida ao atingirem estádio de florescimento primeiro. Oliveira Jr. & Inoue (2011) afirmaram que uma planta com crescimento mais acelerado desenvolve tecidos meristemáticos secundários mais rapidamente, inferindo-se sobre o fato de que a translocação do herbicida fica dificultada. Diferenças na translocação de glyphosate foram também observadas em biótipos de L. multiflorum (Michitte et al., 2007; Perez-Jones et al., 2007; Nandula et al., 2008). De acordo com Michitte et al. (2007), essa diferença na translocação pode ter ocorrido em função de o herbicida glyphosate ficar retido no espaço apoplástico dos biótipos resistentes. Essa explicação está correta, pois este herbicida deve penetrar no tecido e translocar-se até os meristemas ativos para atingir seu local de ação (Shaner, 2009). Porém, descobriu-se recentemente em plantas 560 Científica, Jaboticabal, v.44, n.4, p.557-567, 2016 resistentes de Erigeron canadensis L. que o glyphosate pode ser sequestrado rapidamente pelo vacúolo da célula, principalmente em folhas maduras, antes de ser translocado e atingir seu local de ação, impedindo a ação do herbicida (Ge et al., 2010). Segundo Zelaya et al. (2004) e Ge et al. (2010; 2011; 2012), o glyphosate entra no citoplasma de ambos os biótipos de buva, suscetível e resistente; no entanto, no biótipo resistente, a molécula herbicida é sequestrada para o vacúolo das células e não disponível no floema para a planta, onde o produto passa a ser liberado lentamente a uma dose não letal. No entanto, Carvalho et al. (2012) e Barroso (2013) encontraram mutações em plantas de D. insularis; nas plantas resistentes ao herbicida glyphosate, ocorrem mutações duplas na sequência de aminoácidos que traduzem a proteína, nas posições 182 e 310 da enzima EPSPS. Segundo estes autores, ocorrem dois alelos, sendo que a planta possui as duas formas enzimáticas EPSPS, e o biótipo sensível só apresenta a forma sensível da enzima, enquanto no resistente se notam as duas formas, tornando-o não totalmente insensível ao efeito do herbicida. Os mesmos autores concluíram que a expressão da enzima EPSPS parece ser influenciada por estas mutações ou pela expressão destes diferentes alelos, porém os mecanismos que explicam o fato precisam ser mais bem estudados. A diversidade genética das populações de D. insularis também deve ser levada em consideração, pois ela sofre influência de inúmeros fatores evolutivos, como o sistema de produção, a interação entre a cultura e a planta daninha (fluxo gênico através da dispersão do pólen e da semente), a distribuição geográfica e a seleção natural (Huangfu et al., 2009). Alternativas no manejo de Digitaria insularis resistente ao glyphosate A habilidade de predição de estádios fenológicos, tais como florescimento, desenvolvimento e dispersão de sementes de plantas daninhas, pode auxiliar no desenvolvimento das práticas de manejo (Ghersa & Holt, 1995). Como já descrito neste artigo, as plantas de D. insularis são mais sensíveis à aplicação de herbicidas no período inicial, até 40 dias após sua emergência, quando os rizomas ainda não foram formados e as plantas têm seu desenvolvimento lento, caracterizando-se como o melhor momento para controle destas plantas (Machado et al., 2006; Timossi et al., 2006; Correia & Leite, 2007). Em áreas onde há uso contínuo de glyphosate, tem-se constatado que plantas originárias de sementes, quando jovens, são controladas pelo herbicida; contudo, quando elas se desenvolvem e formam rizomas, seu controle torna-se ineficiente, pois pode dificultar a translocação de herbicidas, permitindo rápida rebrota da parte aérea (Machado et al., 2008; Gemelli et al., 2012). Apesar de o capim-amargoso apresentar insensibilidade à luminosidade para o estímulo ao flo- ISSN: 1984-5529 rescimento, quanto maior for o fotoperíodo, mais rápida a emissão da panícula e maior será o acúmulo de matéria seca por planta (Pyon et al., 1977). Esta planta daninha tem seu crescimento acelerado dos 45 aos 105 dias após a emergência (DAE), com aumento exponencial de matéria seca (Machado et al., 2006). Esse comportamento foi observado para raiz + rizoma, colmo e folha + inflorescência; na fase de crescimento exponencial, parte do incremento de massa seca das raízes, a partir dos 45 DAE, deve-se à formação dos rizomas; além disso, a emissão de inflorescências em D. insularis ocorre entre os 63 e 70 DAE (Machado et al., 2006). Carvalho et al. (2013), ao estudarem o acúmulo de massa seca e macronutrientes em plantas de capim-amargoso, concluíram que as folhas são os principais órgãos de acúmulo de massa seca nas fases iniciais de desenvolvimento da planta, enquanto os caules passam a ser mais importantes na segunda metade do ciclo da D. insularis, sendo que, neste período, o nitrogênio e o potássio são os macronutrientes exigidos em maiores quantidades pela espécie. Estes autores ainda verificaram que o acúmulo de massa seca e de macronutrientes nesta planta daninha ocorre entre 120 e 143 dias após a emergência. Para Gemelli et al. (2012), o ponto-chave no incremento da ocorrência de D. insularis é que, uma vez que a planta esteja estabelecida com o início da formação dos rizomas e posterior formação de grandes touceiras, ela torna-se de difícil controle, ou seja, ocorrido o processo de perenização, essa planta pode florescer e disseminar sementes com baixos níveis de dormência durante o ano todo. Portanto, avaliar e quantificar os rebrotes faz parte de uma visão estratégica de controle dentro de um manejo de plantas de difícil controle e perenizadas, as quais dificilmente são eliminadas com uma única aplicação. De acordo com Gazziero et al. (2011), mesmo as plantas adultas de capim-amargoso não resistentes, que se desenvolvem na entressafra, são difíceis de serem controladas; dessa forma, o maior risco está em se tentar controlar as plantas já desenvolvidas, pois estas requerem altas doses e aplicações sequenciais com intervalos de 25 a 30 dias. Quando se trata de plantas em estádio avançado de desenvolvimento (florescidas), observam-se níveis de controle próximos a 50% com a utilização de paraquat + diuron, porém com elevada ocorrência de rebrota (Procópio et al., 2006c). Situação semelhante foi demonstrada com o uso de mesotrione aplicado em pós-emergência na cultura do milho, para o controle da rebrota de plantas de capim-amargoso. Nessa situação, o herbicida proporcionou controle próximo a 70% aos 30 dias após a aplicação; contudo, não impediu a formação de grande massa vegetal ao final do ciclo da cultura do milho (Timossi, 2009). Peternela et al. (2014), ao verificarem a eficiência de herbicidas na supressão de rebrote de touceiras de D. insularis, constataram que a aplicação de glyphosate, associado com clethodim ou com 561 Científica, Jaboticabal, v.44, n.4, p.557-567, 2016 imazethapyr e glyphosate + clethodim + S-metolachlor, conseguiu restringir por 21 dias os rebrotes desta planta daninha. Contudo, diversos autores (Adegas et al., 2010; Barroso et al., 2014; Correia et al., 2015), ao empregarem os herbicidas clethodim, fluazifop-pbuthyl, fenoxaprop-p-ethyl, tepraloxydim, clethodim + + fenoxaprop-p-ethyl, paraquat, haloxyzafop-methyl ou imazapyr, em plantas desta mesma espécie com até dois perfilhos, observaram níveis de controle superiores a 90%. Porém, segundo Procópio et al. (2006a), quando a planta cresce e rebrota, esse controle cai para aproximadamente 50%, o que demonstra a dificuldade no controle de plantas perenizadas. Correia et al. (2015) conseguiram um controle eficiente somente em plantas adultas de capim-amargoso com aplicações sequenciais quinzenais de glyphosate associado a quizalofop-ptefuril ou clethodim, com controle acima de 80% nestas plantas e no rebrote. Assim, o manejo de rebrote de capim-amargoso no plantio direto de milho, em aplicação de glyphosate + 2,4-D amina, 20 dias antes do plantio do milho, seguido de nicosulfuron,aos 25 dias após a semeadura da cultura, suprimiu o rebrote em até 30 dias após a aplicação e permitiu o desenvolvimento da cultura (Timossi, 2009). Além do glyphosate, o controle químico de D. insularis conta com poucas opções de produtos. O uso de herbicidas de contato, como o paraquat, é dificultado devido à formação de densas touceiras, que impedem que a molécula atinja a planta toda, a qual geralmente rebrota. Isso acontece muitas vezes, pois o defensivo agrícola não atinge o rizoma (Melo et al., 2012). Portanto, para aplicações em pós-emergência, o número de mecanismos de ação restringese a cinco: temos os inibidores da GS-GOGAT, FSI, ACCase, síntese de carotenoides e EPSPS; no entanto, apenas os três últimos são herbicidas com caráter sistêmico (Rodrigues & Almeida, 2012). Contudo, o glyphosate é o único que não possui restrição de uso em relação ao estádio das plantas de D. insularis, podendo ser utilizado em plantas adultas (florescimento pleno), utilizando-se da dose recomendada; no entanto, como já relatado por diversos autores, esta planta daninha possui biótipos resistentes a este herbicida. Os dois mecanismos de ação que apresentam a capacidade de se translocar até os rizomas são os inibidores da EPSPS e da ACCase; porém, os inibidores da síntese de lipídeos não conseguem controlar a parte aérea dessas plantas por completo, apesar de atuarem fortemente nas regiões meristemáticas. No manejo de D. insularis, os herbicidas inibidores do fotossistema I podem suprir parte da lacuna deixada pelos inibidores da ACCase, e apesar de não serem sistêmicos, estes, se empregados corretamente, podem diminuir drasticamente a área foliar da espécie. Com isso, a planta fica obrigada a utilizar suas reservas na emissão de novos perfilhos, ISSN: 1984-5529 tornando-se mais sensível aos demais herbicidas e mecanismos de ação empregados em pós-emergência (Melo et al., 2012). Quando se trata do controle de capim-amargoso em pré-emergência, não são relatados problemas na literatura, pois existem vários mecanismos de ação que possuem eficácia sobre esta planta nessa modalidade: inibidores de divisão celular, inibidores do fotossistema II, inibidores da síntese de carotenoide, inibidores da ALS e inibidores da protox. Aliado a isso, vale ressaltar que esta planta daninha possui desenvolvimento inicial lento, sendo facilmente suprimido pela cultura ou mesmo por outras plantas daninhas (Pyon et al., 1977). Drehmer et al. (2015), testando a eficiência dos herbicidas aplicados em préemergência, para o controle de D. insularis na cultura do feijão, observaram que s-metolachlor e imazethapyr, associado a flumioxazin, proporcionaram controle acima de 90% até os 60 dias após a aplicação. Para a cultura da soja, cultivada em plantio direto, o controle de D. insularis realiza-se principalmente na operação de manejo, que consiste na dessecação da flora infestante antes da semeadura da cultura, principalmente com a aplicação de glyphosate. Nessa situação, normalmente, as plantas daninhas estão bem desenvolvidas, como acontece com capim-amargoso, que se encontra entouceirado e com os rizomas já formados, situação em que a aplicação de herbicidas, inclusive o glyphosate, não resulta em controle satisfatório (Machado et al., 2006). Segundo Procópio et al. (2006b), quanto mais próxima da semeadura da soja for realizada a aplicação de glyphosate, pior o controle de D. insularis,pois o corte das plantas, promovido pelos discos da semeadora adaptada ao sistema de plantio direto, interrompe a completa translocação do herbicida ao sistema subterrâneo da planta, podendo ser uma das causas da perda de eficiência dos tratamentos em que o produto é aplicado mais próximo da semeadura ou no mesmo dia. Para o manejo de D. insularis resistente ao glyphosate, o controle deve envolver o uso de graminicidas pós-emergentes e alguns herbicidas que atuem como pré-emergentes. Plantas adultas que se desenvolvem na entressafra são difíceis de serem controladas e não são raros os casos de rebrota, o que reforça a importância da eliminação das plantas novas (Gazziero et al., 2011). De acordo com Parreira et al. (2010), a associação de herbicidas residuais ao glyphosate, além de impedir a emergência das plantas daninhas por um período, ainda pode melhorar a eficácia deste herbicida sobre plantas de difícil controle. Futuro das pesquisas no manejo de biótipos de Digitaria insularis resistentes a herbicidas Quando a resistência se instala em uma área ou região, o estudo sobre as alternativas de controle torna-se vital para a garantia do sucesso no manejo 562 Científica, Jaboticabal, v.44, n.4, p.557-567, 2016 de plantas daninhas (Carvalho et al., 2009). Devido a D. insularis ser uma espécie naturalmente de difícil controle, aliado ao fato de atualmente já existirem biótipos resistentes ao glyphosate, torna-se importante a realização de estudos sobre alternativas de controle químico para essa planta daninha. O conhecimento de aspectos relacionados à germinação, como temperatura, causas de dormência e a profundidade máxima, que possibilita a germinação das plantas daninhas, associadas à adoção de práticas adequadas de manejo, como, por exemplo, a determinação do momento ótimo para a aplicação de herbicidas, são informações de grande importância para a aplicação de sistemas viáveis de manejo integrado (Guo & Al-Khatib, 2003). Ainda são poucos os trabalhos que buscam encontrar e definir estratégias de controle para essa planta daninha. Porém, com as informações atualmente disponíveis, fica evidente que a utilização pontual de herbicidas inibidores da ACCase em pósemergência poderá não ser a solução para o problema em todos os estádios de desenvolvimento de D. insularis (Correia & Durigan, 2009; Parreira et al., 2010). Além disso, a dependência do uso de um único mecanismo de ação para o controle de D. insularis, especialmente em áreas de resistência ao glyphosate, pode constituir-se numa fonte de pressão de seleção para resistência também a estes herbicidas. No controle de plantas já perenizadas, o período de utilização de tais misturas poderá apresentar “vida útil” muito pequena devido às altas doses empregadas e, portanto, à alta pressão de seleção. Como o glyphosate e os herbicidas inibidores da ACCase são os principais herbicidas usados como graminicidas pós-emergentes, é normal que, após a ocorrência de um biótipo resistente a um dos mecanismos, o uso do outro aumente intensamente e, com isso, também a pressão de seleção. A identificação de biótipos resistentes deve ser feita por meio de um teste eficiente e, após isso, existe a necessidade de monitorar a área onde foi detectada a resistência (Perez & Kogan, 2003). Além disso, é preciso entender os fatores que ajudam a retardar o aparecimento da resistência, assim como aqueles que levam ao desenvolvimento dela (Preston et al., 2009). Deste modo, parece claro que as alternativas para o manejo de plantas adultas de D. insularis deverão estar baseadas no uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, incluindo moléculas residuais, e estratégias de uso (translocação até os rizomas e destruição da área foliar). Portanto, em muitos casos, o manejo de capim-amargoso não será realizado com êxito somente com uma única aplicação, já que é uma planta de ciclo perene, capaz de se estabelecer durante o ano todo, e as ações de manejo deverão ser realizadas de forma contínua. É ISSN: 1984-5529 de extrema importância conhecer e entender a biologia das plantas, bem como seu comportamento diante das condições adversas do meio em que se estabelece. Segundo Christoffoleti (2008), para ocorrer o controle efetivo de plantas daninhas, é preciso amplo conhecimento da biologia das espécies e da interferência do meio ambiente sobre a dinâmica populacional das mesmas e do banco de sementes. Referências Adegas FS, Gazziero DLP, Voll E, Osipe R (2010) Diagnóstico da existência de Digitaria insularis resistente ao herbicida glyphosate no sul do Brasil. In: Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas, 27, Anais... Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas 162:761-765. 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