OBTENÇÃO DE BROTAÇÕES LATERAIS EM MAMOEIRO ‘GOLDEN’ PELA OCLUSÃO DO CAULE EM PLANTAS ADULTAS Adriel Lima Nascimento1, Jeferson Pereira Ferreira1, Omar Schmildt2, Edilson Romais Schmildt3, Clemilton Alves da Silva4 1 Graduando em Agronomia do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES/UFES) 2 DS, Bolsista PNPD/CAPES, Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical, CEUNES/UFES 3 DS, Prof. Associado, Laboratório de Melhoramento de Plantas, Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES/UFES), Rodovia BR 101 Norte, km 60, Bairro Litorâneo, 29932-540, São Mateus, Espírito Santo, Brasil ([email protected]) 4 Mestrando, Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical da Universidade Federal do Espírito Santo Data de recebimento: 07/10/2011 - Data de aprovação: 14/11/2011 RESUMO O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma planta de difícil aproveitamento na propagação vegetativa devido à espécie apresentar forte dominância apical, levando à baixa produção de brotações laterais. Com a poda é possível suprimir a produção de auxina, responsável pela dominância apical, e liberar as gemas laterais da dormência. Este trabalho foi realizado na área comercial da fazenda Caliman Agrícola S/A, em Linhares-ES, e objetivou estudar a formação de brotos após oclusão do caule com cobertura de lona plástica preta em plantas podadas aos 2 metros, sem uso de reguladores de crescimento, em lavoura de dois anos e meio de idade da cultivar ‘Golden’. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, em parcelas subdivididas e com quatro repetições. As parcelas eram constituídas de quatro tipos de oclusão do caule (sem oclusão, oclusão total, oclusão na metade inferior, oclusão na metade superior) e, as subparcelas foram as rebrotas (1ª aos 35 dias, 2ª aos 70 dias, 3ª aos 105 dias). As características avaliadas foram o número de brotações laterais e o comprimento médio destes brotos. Pelos resultados obtidos conclui-se que: os caules das plantas de ‘Golden’ são capazes de formar brotos por três rebrotas, sendo que o número de brotos é maior na primeira rebrota; a oclusão com lona preta não é eficiente para aumentar a quantidade de brotos formados na parte inferior do caule; a maior quantidade de brotos é formada na parte superior do caule podado; a oclusão da parte superior do caule é eficiente para aumentar a quantidade de brotos formados nesta parte superior; o tamanho dos brotos é afetado pela rebrota, sendo maior quando na terceira rebrota. PALAVRAS CHAVE: Carica papaya L., propagação vegetativa, dominância apical. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 807 IN OBTAINING SIDE BUDS 'GOLDEN' PAPAYA BY OCCLUSION OF ADULT STEM PLANTS ABSTRACT The papaya (Carica papaya L.) is a plant in vegetative propagation of difficult to use because the species show strong apical dominance, leading to low production of side shoots. With pruning it is possible to suppress the production of auxin is responsible for apical dominance, and release the lateral buds from dormancy. This work was carried out in the commercial farm Caliman Agrícola S/A, Linhares-ES, and aimed to study the formation of sprouts after occlusion of the stem with black plastic to cover plants pruned to 2 meters without the use of growth regulators in farming two years and a half of the cultivar 'Golden'. The experimental design was randomized blocks with split plots and four replications. The plots consisted of four types of occlusion of the stem (without occlusion, total occlusion, occlusion in the lower half occlusion in the upper half) and the subplots were the sprouts (1st to 35 days, 2nd 70 days, 3rd to 105 days). The characteristics evaluated were the number of side shoots and the average length of these shoots. The results obtained it was concluded that: the stems of plants of 'Golden' are able to form buds for three regrowth, and the number of shoots is greater in the first regrowth; occlusion with black canvas is not efficient to increase the number of buds formed at the bottom of the stem; the largest number of buds is formed at the top of the stem pruned; occlusion of the upper stem is efficient to increase the number of shoots formed in this upper part, the size of the shoots is affected by regrowth, being greater when the third regrowth. KEYWORDS: Carica papaya L., vegetative propagation, apical dominance INTRODUÇÃO As desvantagens atribuídas com a utilização de sementes demonstram a necessidade de procura alternativa à propagação seminífera. A propagação vegetativa em escala comercial ainda não é usual, devido à dificuldade de retirada de material para essa metodologia, pois o mamoeiro apresenta pouca brotação lateral. Esse fato, deve-se provavelmente, à dominância apical que ocorre em conseqüência da presença de auxina na zona meristemática, limitando o desenvolvimento dos meristemas laterais (REUVENI & SHLESINGER, 1990). O sucesso com a poda representa uma opção a mais diante dos entraves apresentados com a propagação da espécie, tais como gastos com sementes e o aumento de mão-de-obra ao se plantar muitas mudas por cova para garantir as plantas hermafroditas que constituem as lavouras comerciais de mamoeiro. Trabalhos realizados por BARROS et al. (2009), demonstram que a maior parte das brotações obtidas em plantas adultas de mamão ‘Golden’ após podas, se localizam próximas ao ápice da planta e estas brotações quando atingem o tamanho ótimo para enraizamento de 13 a 25 cm (ALLAN, 1990) já se encontram floridas. Considerando que o ápice das brotações estejam com flores, diminui a zona de produção de auxinas nos brotos, diminuindo a capacidade de enraizamento. Para a propagação vegetativa a partir de plantas arbóreas adultas é fundamental a utilização de material fisiologicamente juvenil (gemas epicórmicas basais). O ejuvenescimento ocorre naturalmente durante a reprodução sexuada e na ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 808 apomixia. A realização do corte raso em árvores adultas para induzir o crescimento de brotações juvenis e a manutenção da juvenilidade por podas sucessivas visa aumentar a produção de propágulos e manter a juvenilidade dos mesmos (HACKETT, 1985). Em mamoeiro ‘Tainung 02’, KATOH & OOISHI (2003) observaram que as brotações que surgiram na região inferior do caule além de serem mais juvenis apresentaram comprimento superior quando comparado com as brotações emitidas na região superior do caule. Além disso, observaram que estacas retiradas até o quinto nó apresentaram acima de 85% de enraizamento. Brotações retiradas acima do 17º nó não enraizaram. A busca pela indução e rejuvenescimento de brotações no mamoeiro se torna muito importante. Quanto mais juvenil for o material vegetativo, maior será o sucesso do enraizamento, sendo pela rapidez de formação, ou pela capacidade de crescimento da nova planta. Pode-se dizer também que isso se deve ao fato de, na utilização de material vegetativo juvenil, a morfogênese expressar-se mais facilmente nos tecidos (XAVIER et al., 2009). Espera-se assim ser possível a indução de enraizamento para a cultivar ‘Golden’ sem a aplicação de reguladores de crescimento ou utilização de menores dosagens do mesmo, fato esse já comprovado para Eucalipto, cultura em que apresentava baixos índices de enraizamento e hoje se destaca por não exigir reguladores de crescimento para enraizamento de estacas no processo de produção clonal. Este trabalho teve como objetivo avaliar a formação de brotos laterais de mamoeiro após aplicar formas distintas de oclusão do caule. METODOLOGIA O trabalho foi realizado na fazenda Santa Terezinha, da empresa Caliman Agrícola S/A, localizada em Linhares – ES, com as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 19º 11' 49" S; Longitude: 40º 05' 52" O. As condições climáticas da região, no período de desenvolvimento do estudo, são apresentadas na Tabela 01. As condições climatológicas fugiram do padrão para o mamoeiro apenas nos meses de fevereiro e maio de 2010, pois segundo NAKASONE (1988), o mamoeiro cresce e produz bem com precipitação mínima entre 100 e 140 milímetros. No entanto, não trouxe prejuízo à cultura, pois a mesma foi irrigada, conduzida com micro-jet, em solo de textura média, de acordo com orientações agronômicas. TABELA 1. Dados meteorológicos e irrigação no período de execução do experimento Dados Meteorológicos Irrigação Ano Mês Vel. V. Chuva (mm) T (ºC) UR (%) (m/s) (mm) Fevereiro 27,03 88,10 0,35 52,30 93,99 Março 26,48 92,80 0,22 139,50 21,96 2010 Abril 24,26 96,36 0,21 248,90 9,99 Maio 23,82 94,80 0,12 20,40 30,59 T: temperatura, UR: umidade relativa, Vel. V: velocidade do vento. Fonte: Dados fornecidos pela empresa Caliman Agrícola S/A. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 809 Selecionou-se uma área produtiva de mamoeiro ‘Golden’, com 2,5 anos de cultivo, sendo separadas duas linhas para execução do experimento. As plantas, com cerca de 2,0 m de altura e 12 cm de diâmetro estavam conduzidas em fileira simples com espaçamento de 1,5 m entre plantas na linha e 3,6 m entre linhas. As plantas foram podadas a 2,0 m do solo, em bisel. Após a poda, foi aplicada uma pasta de óxido de cobre na região do corte para evitar o apodrecimento, conforme BARROS et al. (2009). O delineamento foi em blocos casualizados, em parcela subdividida no tempo, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas de quatro formas de oclusão do caule (sem oclusão, oclusão total, oclusão na metade inferior, oclusão na metade superior) e, as subparcelas foram três rebrotas (1ª aos 35 dias; 2ª aos 70 dias, 3ª aos 105 dias após instalação do experimento). Cada unidade experimental foi constituída de cinco plantas, totalizando 240 plantas no experimento. A oclusão do caule foi feita com lona de polietileno de cor preta. Esta foi removida aos 16 dias após aplicação dos tratamentos. O experimento foi montado em nove de fevereiro de 2010 e as três rebrotas feitas em 15 de março, 19 de abril e 24 de maio. As características avaliadas foram número e comprimento de brotos. Os dados foram submetidos à análise de variância e posterior comparação de médias pelo teste de t e de Tukey (PIMENTEL GOMES, 2009). Todas as análises foram feitas com auxílio do aplicativo computacional Genes (CRUZ, 2006). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram acompanhados os efeitos dos tratamentos pela oclusão do caule de plantas pelo uso de lona plástica preta, associado à formação de brotos laterais durante três rebrotas. Resumo da análise de variância é apresentado na tabela 2. Avaliou-se as brotações na parte inferior do caule e na parte superior. Desta forma, percebe-se que houve diferença estatística significativa para a interação entre o fator oclusão e o fator rebrota para as brotações formadas na parte inferior do caule, fato que não ocorreu nas brotações formadas na parte superior do caule. Os coeficientes de variação oscilaram entre 6,96 até 15,90%, o que é considerado baixo a médio para experimentos de campo (PIMENTEL GOMES, 2009), conferindo maior credibilidade aos resultados obtidos. Analisando-se o número de brotações formadas na metade inferior do caule, observa-se que a quantidade diminui da primeira para a terceira rebrota em todos os tipos de oclusão (Tabela 3). A queda é menos acentuada quando a oclusão fora feita na metade inferior ou na metade superior do caule, como pode ser observado pelos coeficientes angulares. No entanto, isto não deve ser tomado como fator de decisão na escolha do melhor tipo de oclusão, visto que o número total de brotos foi semelhante, em torno de 43 por caule, para todos os tipos de oclusão. O mesmo raciocínio é válido quando se analisa as diferenças estatísticas existentes entre os tipos de oclusão dentro de cada rebrota. Destacamos o fato que, apesar da alta precipitação pluviométrica, observada no mês de maio, no local do experimento (Tabela 1), não houve perda de plantas e a brotação se mostrou bem uniforme (Figura 1). ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 810 TABELA 2. Resumo da análise de variância para o número de brotações (NB) e comprimento de brotações (CB) formadas em três rebrotas após aplicação de tratamentos de oclusão do caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ Quadrado Médio NB metade NB metade CB metade CB metade FV GL inferior do superior do inferior do superior do caule caule caule caule Blocos 3 2,13 16,53 2,51 0,23 Oclusão (O) 3 2,64 ns 247,60 ** 8,97 ** 0,63 ns Erro a 9 3,49 8,67 0,25 0,68 Rebrota (R) 2 546,63 ** 2815,02 ** 18,29 ** 13,99 ** OxR 6 42,86 ** 43,41 ns 1,82 * 1,69 ns Erro b 24 3,46 19,78 0,60 0,77 CVP (%) 13,11 6,96 8,65 14,91 CVSP (%) 13,03 10,51 13,55 15,90 ns Não significativo a 5% pelo teste F; *, ** Significativo a 5 e 1% respectivamente pelo teste F; FV = fontes de variação; GL = graus de liberdade; CVP = coeficiente de variação medido nas parcelas; CVSP = coeficiente de variação medido nas subparcelas. TABELA 3. Média do número de brotos formados na metade inferior do caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ em três rebrotas após tratamentos de oclusão do caule Rebrota Oclusão do caule (dias) Sem oclusão Oclusão total Metade inferior Metade Superior 1ª (35) 20,23 Aab1/ 24,56 Aa 17,66 Ab 17,97 Ab 2ª (70) 15,08 Bab 13,08 Bab 16,95 Aa 12,03 Bb 3ª (105) 7,11 Cab 5,33 Cb 9,99 Ba 11,22 Ba Total 42,42 42,97 44,60 41,22 b1 - 6,56 - 9,62 - 3,83 - 3,38 1/ Médias seguidas da mesma letra maiúscula na vertical e minúscula na horizontal, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade; b1 = coeficiente angular. Quanto à formação de brotos na parte superior do caule, verifica-se que esta é maior quando o caule das plantas recebeu oclusão na metade superior (Tabela 4). BARROS et al. (2009) avaliando a formação de brotos laterais de mamoeiro ‘Golden’ com podas a diferentes alturas também verificaram alta formação de brotos com oclusão do caule na parte superior. Verifica-se ainda que o número de brotos formados na parte superior do caule é reduzido linearmente na ordem de 13,12 brotos a cada rebrota (Tabela 5). ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 811 FIGURA 1. Ilustração parcial do experimento de indução de brotos laterais, durante a segunda rebrota, em mamoeiro ‘Golden’ em função da oclusão do caule. TABELA 4. Média do número de brotos formados na metade superior do caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ após tratamentos de oclusão do caule Oclusão do caule Média Sem oclusão 38,57 b1/ Oclusão total 40,28 b Metade inferior 41,58 b Metade Superior 48,89 a 1/ Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. TABELA 5. Média do número de brotos formados na metade superior do caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ em três rebrotas após tratamentos de oclusão do caule Rebrota (dias) Média 1ª (35) 54,32 a1/ 2ª (70) 44,59 b 3ª (105) 28,08 c Total 126,99 b1 -13,02 1/ Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade; b1 = coeficiente angular. Comparando-se as médias de formação de brotos na metade inferior com os da metade superior do caule, verifica-se que, para as três rebrotas, houve maior número de brotos na parte superior do caule das plantas (Tabela 6, Figura 1B, 1C, 1D). Estes resultados assemelham-se com os obtidos por BARRROS et al. (2009) na indução de brotos pela poda em mamoeiro ‘Golden’. Podem ser explicados pela observação de que os brotos são formados em gemas existentes na região do caule das plantas onde antes estavam inseridos os pedúnculos e, sabe-se que as plantas começam a florescer a cerca de 80 cm (SILVA et al., 2007). Desejava-se maior formação de brotos na parte inferior da planta, já que, segundo KATOH & OOISHI ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 812 (2003), o enraizamento de tais brotos é mais fácil, por estarem em estado mais juvenil. TABELA 6. Média do número de brotos formados no caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ em três rebrotas após aplicação dos tratamentos de oclusão do caule Rebrota (dias) 1ª (35) 2ª (70) 3ª (105) Oclusão Metade Metade Metade Metade Metade Metade inferior Superior inferior Superior inferior Superior Sem Oclusão 20,23 46,33 15,08 40,28 7,11 29,10 Oclusão total 24,56 51,90 13,08 43,40 5,33 25,55 Metade 16,95 44,50 inferior 17,66 54,90 9,99 25,33 Metade 12,03 50,20 superior 17,97 64,13 11,22 32,33 teste t p < 0,01 p < 0,01 p < 0,01 O comportamento das brotações formadas na metade inferior, quanto ao tamanho é observado na tabela 7. Houve aumento do comprimento médio dos brotos na terceira rebrota. O mesmo fora observado para brotos formados na metade superior do caule (Tabela 8). Isto pode ser explicado pelo fato de, na terceira rebrota ter formado menos brotos. Desta forma, estes brotos tendem a receber mais fotoassimilados, num equilíbrio da relação fonte/dreno (TAIZ & ZEIGER, 2009). TABELA 7. Média do comprimento de brotos formados na metade inferior do caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ em três rebrotas após tratamentos de oclusão do caule Rebrota Oclusão do caule (dias) Sem oclusão Oclusão total Metade inferior Metade Superior 1ª (35) 4,45 Bb1/ 4,78 Bb 4,30 Bb 7,65 Aa 2ª (70) 5,00 Ba 4,50 Ba 4,80 Ba 5,50 Ba 3ª (105) 6,52 Aa 6,44 Aa 6,91 Aa 7,93 Aa 1/ Médias seguidas da mesma letra maiúscula na vertical e minúscula na horizontal, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. TABELA 8. Média do comprimento de brotos formados na metade superior do caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ em três rebrotas após tratamentos de oclusão do caule Rebrota (dias) Média 1ª (35) 5,29 b1/ 2ª (70) 4,95 b 3ª (105) 6,95 a 1/ Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. Na comparação do comprimento de brotos formados na metade inferior com os da metade superior do caule, verificou-se que não houve diferença estatística significativa (Tabela 9). Este brotos tiveram comprimento médio em torno de 5 cm. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 813 Salienta-se que, para os propósitos de propagação por enxertia e micropropagação, os brotos menores são mais interessantes (SCHMILDT, 2010) e para a propagação por estaquia, são mais interessantes os brotos com mais de 5 cm (ALLAN, 1990; BARROS et al., 2009). TABELA 9. Média do comprimento de brotos formados no caule de plantas de mamoeiro ‘Golden’ em três rebrotas após aplicação dos tratamentos de oclusão do caule Rebrota (dias) 1ª (35) 2ª (70) 3ª (105) Oclusão Metade Metade Metade Metade Metade Metade inferior Superior inferior Superior inferior Superior Sem Oclusão 4,45 4,23 5,00 5,80 6,52 7,00 Oclusão total 4,78 3,90 4,50 5,40 6,44 6,26 Metade 4,80 5,20 inferior 4,29 4,74 6,91 6,86 Metade 5,50 6,10 superior 7,65 5,32 7,93 5,52 teste t p > 0,05 p > 0,05 p > 0,05 CONCLUSÕES Nas condições que foi executado este trabalho, conclui-se que: - Os caules das plantas de ‘Golden’ são capazes de formar brotos por três rebrotas, sendo que o número de brotos é maior na primeira rebrota; - A oclusão com lona preta não é eficiente para aumentar a quantidade de brotos formados na parte inferior do caule; - A maior quantidade de brotos é formada na parte superior do caule podado; - A oclusão da parte superior do caule é eficiente para aumentar a quantidade de brotos formados nesta parte superior; - O tamanho dos brotos é afetado pela rebrota, sendo maior quando na terceira rebrota. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, Capes e Fapes pelo suporte financeiro e à Caliman Agrícola S/A pela logística na realização do experimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLAN, P. Vegetative propagation and production of ‘Honey Gold’ papayas. Acta Horticulturae, n. 269, p. 105-111, 1990. BARROS, F.L.S., SCHIMILDT, E.R., AMARAL, J.A.T., COELHO, R.I. Influência da poda em diferentes alturas no mamoeiro ‘Golden’. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 4, n. 40, p. 596-601, 2009. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 814 CRUZ, C. D. Programa Genes: estatística experimental e matrizes, Viçosa: Editora UFV, 2006, 285 p. HACKETT, W. P. Juvenility, maturation, and rejuvenation in woody plants. Horticultural Revew, n. 7, p. 109-155, 1985. KATOH, F., OOISHI, A., A Study on Juvenility and Nodal Aging of Papaya by Vegetative Propagation. Journal Japanese Society Horticulture Science, v. 72, n. 2, p. 93-98, 2003. NAKASONE, H. Y. 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