Curso de TAME – Técnicas Aprimoradas de Movimentação Energética CONSIDERAÇÕES INICIAIS CÓRTEX É a camada mais alta do telencéfalo. Tudo o que é consciente é o córtex que faz. Inclusive a dor (sensibilidade e movimentos), pensamento, aprendizado. É a última estrutura a se desenvolver. A parte ligada ao comportamento pensa, formula estratégias, planeja, reflete e imagina. Os lobos frontais estão envolvidos nas decisões determinando reações emocionais apropriadas. CÓRTEX E MEMÓRIA A memória do córtex é de curto prazo. Região frontal e pré-frontal. Quando algo me afeta, mas nego o problema, tiro da memória (esqueço), porém envio para regiões cerebrais conhecidas como subcórtex (sistema límbico). Mais detalhes em texto anexo. SUBCÓRTEX Abrangido pelo subcórtex está o sistema límbico, que é formado por algumas estruturas conhecidas, como por exemplo: amígdala, hipotálamo, tálamo... LÍMBICO É a parte do cérebro que acrescenta tempero emocional, tanto de modo positivo quanto negativo. Quando o sistema límbico profundo está menos ativo, há geralmente um estado mental mais positivo e esperançoso. Quando ele está aquecido ou hiperativo, o negativismo pode tomar conta. Aspectos emocionais dolorosos e a depressão estão associados a um sistema límbico hiperativo. O tom emocional oferecido pelo sistema límbico profundo é o filtro através do qual você interpreta os eventos do dia. Ele colore os acontecimentos de acordo com seu estado mental e emocional. Quando você está triste (SLP hiperativo), é provável que interprete eventos neutros por um filtro negativo. AMÍGDALA (palavra grega para amêndoa) Atua como depósito de memória emocional. É a estrutura que dá significado emocional a vida. É a memória emocional do cérebro. Sem ela ocorre a cegueira afetiva. A amígdala pode assumir o controle sobre o que fazemos quando o neocórtex (cérebro pensante) ainda não tomou uma decisão. TÁLAMO Tálamo é o distribuidor. Uma estação de retransmissão para os sinais nervosos provenientes dos sentidos. Ela verifica, escolhe e pré-processa as informações sensoriais e as envia ao córtex cerebral. Tem capacidade inibidora ou ativadora sobre o córtex dependendo Prof. Marcos Marchi Página 1 Curso de TAME – Técnicas Aprimoradas de Movimentação Energética da interpretação das informações recebidas pelos sentidos a partir do cruzamento de informações com o sistema límbico (amígdala). HIPOTÁLAMO Também presente na área do sistema límbico. Quase todas as funções ligadas a homeostase. a. Controle do SNA (simpático/parassimpático), peristaltismo, ritmo cardíaco; b. Regulação da temperatura corporal; existe o centro da perda de calor h.p. e centro de conservação de calor h.a.; c. Regulação do comportamento emocional; d. Regulação de sono e vigília; e. Regularização de ingestão de alimentos. SOBRE O CORAÇÃO O coração começa a pulsar antes do cérebro se formar. Os cientistas ainda não sabem o que exatamente desencadeia os batimentos, mas usam a palavra ‘auto-rítmico’ para indicar que eles começam, sem interferência, a partir do interior do coração. O cérebro se desenvolve de baixo para cima, partindo do seu componente mais primitivo (o tronco cerebral), os centros emocionais (a amígdala e o hipocampo) começam a surgir. O cérebro pensante (córtex) só se desenvolve depois, a partir das regiões emocionais. Isso diz muito sobre a relação pensamento e sentimento. Há, no feto, um cérebro emocional bem antes de haver um cérebro racional, assim como existem batimentos antes dos dois. Embora se acredite que é o cérebro quem determina o ritmo do batimento cardíaco, não há uma explicação convincente para o fato de que, num transplante, por exemplo, os nervos que vão do cérebro ao coração são cortados e os cirurgiões ainda não sabem como restabelecê-los. Ainda assim o coração continua a funcionar, sem necessariamente existir a ligação física entre os dois. O coração é anterior ao cérebro. Portanto, o coração deve influenciar de alguma forma as funções cerebrais. CÉREBRO, SISTEMA NERVOSO E CORAÇÃO Neurocientistas descobriram que o coração tem o seu Sistema Nervoso independente. “Existe um cérebro no coração”. No coração existe um número de células nervosas semelhante à áreas específicas do cérebro. Os sinais que o coração envia ao cérebro afetam muitas áreas e funções da amígdala, tálamo e córtex. A descoberta que o coração tem seu próprio Sistema Nervoso ajuda a explicar a descoberta de dois fisiologistas na década de 70. Quando o cérebro enviava ordens ao coração por meio do Sistema Nervoso, o coração não obedecia automaticamente. O mais Prof. Marcos Marchi Página 2 Curso de TAME – Técnicas Aprimoradas de Movimentação Energética curioso ainda é o fato de que o coração enviava mensagem ao cérebro o qual entendia e acatava a ordem. Essa relação mostra que o coração pode influenciar efetivamente o comportamento das pessoas. Os laceys descobriram que nossos batimentos cardíacos não são meras pulsações mecânicas, mas uma linguagem inteligente que influencia de modo significativo a maneira como percebemos o mundo e reagimos a ele. Os batimentos do coração são transformados em impulsos neurais que afetam diretamente a atividade elétrica dos centros superiores do cérebro - os que estão envolvidos com o processamento cognitivo e emocional. Enfim, a ciência já apresenta provas para concluirmos que o coração nos manda sinais emocionais e intuitivos para nos ajudar a governar a nossa vida. Ele dirige e promove o alinhamento de muitos sistemas para trabalharem em harmonia. Apesar da ligação com o cérebro, muitas de suas decisões são independentes dele. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DO CORAÇÃO A teoria é de que a inteligência do coração transmite efetivamente inteligência às emoções e instala a força da administração emocional. Sem a influência orientadora do coração somos presas fáceis de emoções reativas, como insegurança, raiva, medo e a culpa... Uma técnica para trabalhar a inteligência do coração mostrou em laboratório que é possível sentir emoções positivas quando se quiser. COMO FUNCIONA Em laboratório se descobriu que, quando as pessoas se concentram numa área do coração e ativam um sentimento essencial do coração (admiração, carinho, amor), esse foco altera de imediato o seu ritmo cardíaco. Quando o ritmo se torna mais coerente, tem início uma torrente de eventos neurais e bioquímicos que afetam virtualmente todos os órgãos do corpo. Os sentimentos essenciais do coração afetam o SNA, reduzem a atividade do sistema nervoso simpático e aumentam a atividade do sistema nervoso parassimpático, gerando maior eficácia no trabalho dos opostos. Essas emoções reduzem o cortisol e por consequência aumentam a produção de 1 DHEA , pois usam o mesmo hormônio precursor. DHEA tem efeito protetor e regenerador em inúmeros sistemas do corpo, por isso conhecido como hormônio da vitalidade. Verificou-se também aumento dos níveis de IgA, anticorpo da primeira linha de defesa. ¹. DHEA - hormônio produzido pela suprarrenal, conhecido como hormônio da vitalidade, por causa de suas funções antienvelhecimento, antagonista natural dos glucocorticóides (ex.: cortisol). O DHEA reverte muitos dos efeitos fisiológicos desfavoráveis do estresse excessivo. É o precursor dos hormônios sexuais, o estrogênio, testosterona, e suas funções incluem o estímulo do sistema imunológico, a redução dos níveis de colesterol e a promoção do fortalecimento dos ossos e dos músculos. Pacientes portadores de doenças graves tem baixos níveis de DHEA. (HEART P.301) Prof. Marcos Marchi Página 3 Curso de TAME – Técnicas Aprimoradas de Movimentação Energética COMUNICAÇÃO ENTRE O CORAÇÃO E O CÉREBRO a. Comunicação Bioquímica Na década de 80 (83), descobriu-se poderoso hormônio produzido pelo átrio cardíaco (ANF) . Esse hormônio regula a pressão sanguínea, a retenção de fluídos pelo corpo e a homeostase eletrolítica. Apelidado de hormônio do equilíbrio, ele exerce seus efeitos de modo amplo: nos vasos sanguíneos, nos rins, nas glândulas suprarrenais e em muitas das regiões reguladoras do cérebro. 2 Além disso, o ANF inibe a liberação dos hormônios do estresse. Experimentos sugerem que ele é capaz de influenciar o comportamento motivado. O coração também sintetiza noradrenalina e dopamina, neurotransmissores que atuam como mediadores das emoções no cérebro. Essa informação pode ser um argumento para a concepção de que o sistema emocional humano não está confinado ao cérebro. ². ANF ou ANP - fator natriurético atrial ou peptídeo natriurético atrial. Descoberto na década de 80 (81/83) por BOLD e equipe. Esse hormônio deu para o coração a importância endócrina. Produzido no átrio cardíaco depois do nascimento. Elevado débito cardíaco, simpático elevado, fatores metabólicos influenciam a sua liberação.(wikipédia 98) b. Comunicação Neurológica A importância dessa comunicação a tornou uma disciplina, a NEUROCARDIOLOGIA. Fala-se em cérebro do coração. Pela neurociência o Sistema Nervoso no coração pode ser classificado como um pequeno cérebro independente (Sistema Nervoso intrínseco do coração). Seu elaborado circuito permite-lhe agir independentemente do cérebro da cabeça. É capaz de aprender, de se recordar, e mesmo de ter sentimentos e sensações. É uma imagem completamente nova do coração. A cada batimento cardíaco, uma onda de atividade neural é enviada ao cérebro. Esses sinais neurológicos têm influência reguladora sobre muitos sinais do Sistema Nervoso Autônomo que vão do cérebro ao coração, aos vasos sanguíneos e outras glândulas e órgãos. Os sinais que saem do coração e vão ao cérebro também alcançam centros superiores do cérebro influenciando o funcionamento deles afetando atividades corticais (relacionada ao pensamento e raciocínio). Essas informações também influenciam a atividade neural da amígdala (centro emocional). Por isso, o coração pode inibir ou facilitar processos cerebrais. Prof. Marcos Marchi Página 4 Curso de TAME – Técnicas Aprimoradas de Movimentação Energética c. Comunicação Biofísica A cada batida, o coração gera uma onda de pressão que percorre as artérias com uma velocidade bem maior que o fluxo sanguíneo. Ondas que são responsáveis pelo que sentimos como pulsação. Essas ondas de pressão variam de acordo com a atividade rítmica do coração. É mais uma forma de linguagem entre o coração e o restante do organismo. Nas extremidades receptoras das artérias estão todas as glândulas e órgãos do corpo. Em essência, todas as nossas células sentem as ondas de pressão geradas no coração. Experimentos demonstraram que essas ondas são um meio biofísico do coração comunicar-se com o cérebro e influenciar sua atividade. É claramente perceptível uma alteração da atividade elétrica do cérebro quando da chegada das ondas às células cerebrais. - No nível mais básico, as ondas de pressão forçam as células sanguíneas a entrar nos vasos capilares e proporcionam oxigênio e nutrientes a todas as nossas células. - Expandem as artérias gerando voltagem elétrica relativamente alta. - Aplicam pressão à célula de maneira rítmica, o que leva algumas proteínas contidas nessas células a produzirem uma corrente elétrica em resposta à compressão. Em pessoas saudáveis, instaura-se uma complexa ressonância entre essas ondas, a respiração e os ritmos do sistema nervoso autônomo. Obs.: As ondas cerebrais mostram que o cérebro está sempre em atividade mesmo quando dormindo. O cérebro adormecido produz ondas longas e vagarosas. Acordados, mas relaxados, as ondas são rápidas e menores. Em atividade ou pensamento profundo as ondas são agudas e denteadas. d. Comunicação Energética O padrão e a qualidade de energia emitida no coração se transmitem pelo corpo por meio do campo eletromagnético. O campo eletromagnético cardíaco é de longe o mais potente produzido pelo corpo. Ele não só permeia todas as células do corpo como também se irradia para fora de nós. Pode-se medi-los a uma distância de 2 a 3 metros do nosso corpo com detectores sensíveis chamados de magnetômetros. Pesquisas laboratoriais descobriram que padrões elétricos de informação gerados pelo coração podem ser detectados em nossas ondas cerebrais através do EEG. E mais, quando nos concentramos no coração, aumenta a sincronia entre os dois. Há evidências de que a informação energética contida no campo do coração além de ser captada pelo cérebro, e por outras partes do corpo, também podem ser detectadas por pessoas próximas de nós. Prof. Marcos Marchi Página 5 Curso de TAME – Técnicas Aprimoradas de Movimentação Energética Ilustrações exibidas em aula: Prof. Marcos Marchi Página 6 Curso de TAME – Técnicas Aprimoradas de Movimentação Energética Prof. Marcos Marchi Página 7