ESTIMATIVA DA VARIABILIDADE GENÉTICA DAS ISOZIMAS ISOCITRATO DESIDROGENASE, MALATO DESIDROGENASE E ENZIMA MÁLICA DE ABELHAS JATAÍ (Tetragonisca angustula angustula) EM DUAS POPULAÇÕES DA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ. Silva AC, Ruvolo-Takasusuki MCC, Toledo VAA e Sofia SH. Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Biologia Celular e Genética, Departamento de Zootecnia Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Biologia Geral . [email protected] A destruição indiscriminada de matas naturais pelo homem e o extrativismo sem reposição de colônias na natureza contribuem para a redução da diversidade de abelhas eussociais, como os meliponinae. Este trabalho pretendeu estimar a variabilidade genética em duas populações de Tetragonisca angustula angustula da região noroeste do Paraná. Foram coletadas abelhas de 23 ninhos naturais em Astorga, e de 10 caixas localizadas no apiário da FEI (Fazenda Experimental de Iguatemi, UEM, Maringá). Operárias de cada ninho foram homogeneizadas individualmente e submetidas a eletroforese horizontal em géis de amido de milho à 14%. O sistema tampão utilizado foi Tris-HCl pH 7,5. A coloração foi a convencional para cada um dos seguintes sistemas enzimáticos analisados: Isocitrato Desidrogenase (IDH), Malato Desidrogenase (MDH) e Enzima Málica (ME). Foram detectados dois alelos para o loco da IDH, que estava em equilíbrio de Hardy-Weinberg (HW) na população da FEI (χ2(1) = 0,014 e p = 0,905) e fora do equilíbrio de HW na população de Astorga (χ2(1) = 3,509 e p = 0,061). Não foi detectada variabilidade genética para os dois locos da enzima málica (ME-1 e ME-2) nas abelhas jataí analisadas da população da FEI. Esse sistema enzimático apresentou variação, com dois alelos, apenas para o loco da ME-2 na população de Astorga. A ME-2 dessa população estava em equilíbrio de HW (χ2(1) = 0,006 e p = 0,94). Foram observados três locos para a malato desidrogenase (MDH-1, MDH-2 e MDH-3). Na população da FEI não foi detectada variabilidade para esses locos. Já na população de Astorga, os três locos apresentaram variação, com dois alelos cada um. Além disso, todos estavam em equilíbrio de HW (MDH-1: χ2(1) = 0,047 e p = 0,83; MDH-2: χ2(1) = 2,641 e p = 0,104; MDH-3: χ2(1) = 2,58 e p = 0,109). A distância genética de Nei foi estimada em 0,1224. A heterozigosidade média estimada para os seis locos em estudo foi de 0,0971 sugerindo que nessas populações há alto grau de variabilidade, quando comparada com outros Hymenoptera. Órgão Financiador : PIC/UEM