Serra da Estrela SERRA DA ESTRELA Relatório e Contas 2009 Página 1 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 2 Serra da Estrela ÍNDICE 1. CONVOCATÓRIA ................................................................ ................................................................................................ .................................................................... .................................... 5 2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO MACROECONÓMICO................................ CROECONÓMICO ................................................................ ................................................................. ................................. 6 3. EVOLUÇÃO RECENTE DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA................................ AGRÍCOLA ............................................. ............................................. 17 4. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA ................................................. ................................................. 23 4.1. EVOLUÇÃO ECONÓMICO – FINANCEIRA E PATRIMONIAL...................................................... ...................................................... 23 4.2. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE COMERCIAL ................................................................ ....................................................................... ....................................... 27 4.2.1. Recursos de Clientes ................................................................ ........................................................................................ ........................................................ 27 4.2.2. Crédito Concedido ................................................................ .......................................................................................... .......................................................... 29 4.2.3. Gestão de Carteiras ................................................................ ......................................................................................... ......................................................... 32 4.2.4. Seguros não Vida ................................................................ ............................................................................................ ............................................................ 34 4.2.5. Seguros Vida................................ Vida................................................................ ................................................................................................ ................................................................... ................................... 35 4.2.6. Locação Financeira................................ Financeira................................................................ ........................................................................................... ........................................................... 37 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................ ........................................................................... ........................................... 39 5.1. BALANÇO ................................................................ ................................................................................................ ............................................................................ ............................................ 40 5.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ESULTADOS ................................................................ ............................................................................... ............................................... 41 5.3. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ................................................................ ....................................................................... ....................................... 42 5.4. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO..................................................... ..................................................... 43 5.5. ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS .................................................. .................................................. 44 6. MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DE ASSOCIADOS................................ ASSOCIADOS ......................................................... ......................................................... 96 7. MENSAGEM DA DIRECÇÃO ................................................................ ................................................................................... ................................................... 98 8. PROPOSTA DE DISTRUBUIÇÃO DE RESULTADOS .................................................... .................................................... 101 9. PARECER DO CONSELHO FISCAL ................................................................ .......................................................................... .......................................... 103 10. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS................................ CONTAS ................................................................ ..................................................................... ..................................... 105 Relatório e Contas 2009 Página 3 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 4 Serra da Estrela 1. CONVOCATÓRIA Nos termos do n.º1 do artigo 24º dos Estatutos, convoco os associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, Cooperativa de Responsabilidade Limitada, N.I.P.C. 501 216 022, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Seia, sob o mesmo número, para reunirem em AssembleiaDGeral Ordinária, na sua sede, sita ao Largo Marques da Silva em Seia, no dia 26 de Março de 2010, pelas 10 Horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciar e votar o Relatório e Contas do exercício de 2009 apresentado pela Direcção bem como o Parecer do Conselho Fiscal; 2. Deliberar sobre a distribuição de resultados do exercício de 2009; 3. Eleição dos Órgãos Sociais para o mandato 2010/2012; 4. Nomeação do Revisor Oficial de Contas; 5. Outros assuntos de interesse geral para a instituição. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados a Assembleia reunirá uma hora depois, em segunda convocatória, com qualquer número de participantes. Seia, 12 de Fevereiro de 2010 O ViceDpresidente da Mesa da Assembleia Geral, (Romeu Antunes Gonçalves) Relatório e Contas 2009 Página 5 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 6 Serra da Estrela 2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO MACROECONÓMICO A evolução da economia e do sector financeiro foi, em 2009, profundamente afectada pelo impacto da crise internacional que eclodiu há mais de dois anos com origem no segmento do crédito habitacional subprime dos EUA, mas que rapidamente se alargou a outras áreas, em virtude do elevado grau de integração dos mercados que actualmente se verifica. A crise exacerbouDse após a falência do banco americano Lehman Brothers em Setembro de 2008, conduzindo a um declínio muito acentuado do nível de actividade económica e a uma vincada recessão em 2009, aliás já manifesta em muitos países na parte final de 2008. A economia mundial registou assim, no ano findo, um recuo de 0,8%, o que marca um significativo contraste com o forte crescimento que ininterruptamente apresentara desde há quase uma década. Mesmo em 2008, apesar de um expressivo afrouxamento, o crescimento a nível mundial ainda fora de 3%. Acompanhando a retracção na actividade económica, o comércio mundial de bens e serviços, que nos anos de grande crescimento se expandira a taxas anuais de mais de 7%, sofreu em 2009 uma quebra brutal, de mais de 12%, depois da desaceleração muito pronunciada que já evidenciara em 2008 (incremento de apenas 2,9%). Crescimento do Comércio mundial de bens e serviços ∆% Evolução do crescimento económico mundial ∆% PIB 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 (Prev.) 2003 10,6 9,3 7,4 2004 2005 5, 3 7,3 5,8 2006 2007 5,1 5,2 2008 2009 3, 9 2,8 2010 (Prev.) 3, 9 3,0 1,8 -12,3 -0,8 Fonte: FMI, World Economic Outlook (várias edições) Os efeitos da crise manifestaramDse em todos os principais pólos da economia mundial, com abaixamentos muito fortes do nível de actividade na generalidade dos países mais desenvolvidos e notória desaceleração nas economias emergentes, nomeadamente China e Índia, que no entanto continuaram a crescer a taxas comparativamente elevadas. Nos países emergentes, a excepção foi a Rússia e outros países dependentes da exportação de Relatório e Contas 2009 Página 7 Serra da Estrela produtos básicos, e em especial petróleo bruto, que se ressentiram da menor procura para esses produtos e queda do seu preço nos mercados internacionais. No conjunto dos países desenvolvidos, a actividade económica regrediu 3,2% em 2009, contra uma situação de quase estagnação em 2008 (crescimento de 0,5%), com os EUA a evidenciarem uma contracção de 2,5%, face a uma quase estagnação em 2008 (+0,4%), e a economia japonesa a cair mais de 5%, acentuando a quebra já observada em 2008 (D 1,2%). Na Zona Euro, a queda do produto foi de 3,9%, seguindoDse a um modesto crescimento de 0,6% em 2008, sendo mais acentuada na Alemanha – cuja economia, sofrendo o impacto directo da queda do comércio mundial, apresentou em 2009 uma contracção de 4,8% D e na Itália – que igualmente registou uma quebra de 4,8%, após uma descida de 1% em 2008. A vizinha Espanha, por sua vez, que em 2008 ainda crescera 0,9%, registou uma queda no produto de 3,6%, para o que muito contribuiu a profunda retracção no sector imobiliário, que fora, ao longo de vários anos, um dos principais motores da economia. Fora da Zona Euro, mas ainda na UE, assinaleDse a queda do produto, em 4,8%, evidenciada pela economia britânica D onde igualmente se formara uma bolha imobiliária D, após uma quase estagnação em 2008 (+0,5%). Crescimento Económico ∆% PIB 2007 2008 2009 (E) 2009 (P) 2,7 0,5 -3,2 2,1 2,7 0,6 -3,9 1,0 Países emergentes 8,3 6,1 2,1 6,0 Mundo 5,2 3,0 -0,8 3,9 Países Desenvolvidos do qual, Zona Euro Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (várias edições) SublinheDse que, apesar da enorme contracção do nível de actividade económica em grande número de países, a evolução poderia ser mais negativa sem as extraordinárias medidas de emergência no domínio da política monetária e orçamental, as quais, para além de terem assegurado a sustentação do sector financeiro, contribuíram para atenuar as principais consequências da crise sobre a actividade económica e o emprego. Relatório e Contas 2009 Página 8 Serra da Estrela No campo monetário, as medidas envolveram a redução das taxas directoras para níveis mínimos extremos – por vezes, como nos EUA e no Reino Unido, de quase 0%, e na Zona Euro de 1% D, a cedência massiva de liquidez aos bancos e ainda operações completamente alheias à ortodoxia monetária, como a realização de financiamentos directos a entidades não financeiras e, fora da Zona Euro, o financiamento dos défices públicos pelos bancos centrais. Em resultado destas medidas, o nível das taxas de juro do mercado interbancário – no caso da Zona Euro as taxas euribor – desceu continuamente ao longo de 2009, passando, no caso da taxa a 3 meses, de 3,29% em Dezembro de 2008 para 0,71% em Dezembro findo (médias mensais). Evolução das taxas euribor (*) % 2009 2008 Mar Jun Set Dez Mar Jun Set Dez EB 3 meses 4,60 4,94 5,02 3,29 1,64 1,23 0,77 0,71 EB 6 meses 4,59 5,09 5,22 3,37 1,77 1,44 1,04 1,00 (*) Valores médios mensais O esboço de retoma que, com oscilações e incertezas, se começa a divisar a nível internacional, através da evolução mais favorável dos principais indicadores de actividade na parte final de 2009, é em parte apreciável explicável por estas medidas. O processo de reconstituição dos “stocks” que, como resposta das empresas à crise, tinham sido reduzidos para níveis mínimos, terá sido, porém, também um factor relevante na recuperação que se está a observar, do mesmo modo que a reanimação, mais pronta do que se antevinha, das economias emergentes – nomeadamente da Ásia, com impacto favorável nas exportações do Japão, da Zona Euro – sobretudo Alemanha – e dos EUA. PerspectivaDse assim para 2010 uma recuperação económica já significativa nos principais pólos económicos, embora mais forte nos EUA e no Japão e mais modesta na Zona Euro. No caso da Espanha, a economia deverá voltar a recuar em 2010. Relatório e Contas 2009 Página 9 Serra da Estrela A contracção económica levou, em muitos países, a um aumento da taxa de desemprego, que se situa acima dos 10% nos EUA, na Zona Euro e até na própria China – apesar do seu forte ritmo de crescimento D e já atinge quase 20% na Espanha, país que regressou, assim, aos elevados níveis de desemprego que apresentava no início dos anos 90, e que se tinham reduzido significativamente com o surto de crescimento que conseguira. Em contrapartida, porém, as tensões inflacionistas que tinham começado a manifestarDse com alguma intensidade em 2008 em resultado da subida do preço do petróleo – que atingiu níveis máximos, da ordem de 150 USD por barril, em meados de 2008 D esbateramD se consideravelmente perante a menor procura que a queda da actividade económica induziu, conduzindo a uma inflação praticamente nula, em termos de média anual (+0,1%) nos países desenvolvidos – contra 3,4% em 2008 D e a um significativo abrandamento da taxa de inflação nos países emergentes (subida nos preços ao consumidor de 5,2% em 2009 contra 9,2% em 2008). NoteDse, porém, que na parte final de 2009, sobretudo como resultado da gradual recuperação do preço do petróleo, se tem assistido a um ligeiro incremento das taxas de inflação em base mensal, mantendoDse, no entanto, em níveis relativamente contidos. Na esfera financeira, as medidas de estabilização e de apoio aos bancos adoptadas pelas autoridades monetárias e pelos governos de muitos países, contribuíram para conter o movimento de fuga ao risco por parte dos investidores e para desfazer o receio que se apoderara do público em geral, conduzindo a uma acalmia e normalização dos mercados, que gradualmente se consolidou. Paralelamente, assistiuDse a uma certa normalização do mercado internacional do crédito, mas certas operações, de grande relevância anteriormente à eclosão da crise, continuam basicamente paralisadas, como é o caso da titularização de créditos. Também não se verificou, ainda, o regresso a uma situação de perfeita normalidade no mercado interbancário, continuando a generalidade das instituições a concentrar as suas operações nos mercados domésticos e nos principais bancos. Relatório e Contas 2009 Página 10 Serra da Estrela A descida das taxas de juro do mercado bancário, associada à progressiva normalização do sentimento em relação ao risco por parte dos investidores, e a algum optimismo quanto às perspectivas de retoma D e também como reflexo da própria queda abrupta que o mercado, no auge da crise, sofrera D, conduziram, ao longo de 2009, a uma expressiva recuperação das cotações das acções de muitas empresas, nos diversos sectores de actividade. Os principais índices bolsistas registaram assim subidas muito significativas, embora ficando ainda bastante abaixo dos picos que haviam atingido antes da crise, movimento que igualmente se verificou no índice PSID 20 da bolsa portuguesa, que subiu 39,9%, ao longo de 2009, em relação ao final de 2008. O impacto adverso da crise nas receitas dos Estados, e o aumento da despesa, quer na componente automática – onde sobressai o subsídio de desemprego D quer na componente discricionária D em que se inserem as medidas de apoio aos bancos nos casos que implicaram efectivo dispêndio de fundos e as de estímulo fiscal à economia D está a pressionar enormemente as finanças públicas da generalidade dos países. O défice das contas públicas em 2009 ultrapassou os 10% do PIB num conjunto alargado de países, em que se incluem os EUA, o Reino Unido e o Japão e, no seio da Zona Euro, a Irlanda e a Grécia. É no entanto de referir que outros países se aproximam de níveis comparáveis de défice público e que praticamente em todos se verifica um agravamento nas contas do Estado em relação à situação de 2008, ano em que já se notava deterioração significativa face a 2007. Neste contexto de crise internacional, a economia portuguesa, que mesmo anteriormente à crise já vinha registando níveis de crescimento muito modestos, sofreu em 2009 uma queda pronunciada, que se traduziu num decréscimo do PIB, em relação a 2008, de 2,7%, decréscimo que só encontra paralelo em 1975. Com efeito, a economia portuguesa ressentiuDse fortemente da queda muito pronunciada das exportações, quer de mercadorias quer de serviços, que em conjunto decaíram 12,5% em termos reais, com impacto negativo substancial no nível de actividade, já grandemente Relatório e Contas 2009 Página 11 Serra da Estrela deprimido devido à contracção no sector da construção, e dos sectores a ele ligados, que sofreram o embate inicial da crise. AssistiuDse assim a uma forte retracção, de 11,7%, no investimento, que resultou quer do investimento empresarial – que aprofundou a evolução já negativa de outros anos D, quer do habitacional, e o próprio consumo privado, em anos anteriores o principal sustentáculo da actividade económica, registou uma evolução negativa (variação de D0,9% em relação a 2008). Neste quadro, o desemprego tem vindo a aumentar consideravelmente, atingindo no final de 2009 já cerca de 525 mil pessoas, colocando a taxa de desemprego em 9,3%, nesta altura uma das mais elevadas da Zona Euro, embora significativamente inferior à que se observa em Espanha. NoteDse que, até há alguns anos atrás, a taxa de desemprego em Portugal era uma das mais baixas da Zona Euro. Em contrapartida, à semelhança do ocorrido noutros países, e na Zona Euro em geral, a inflação contraiuDse consideravelmente, vindo a ser mesmo negativa no conjunto do ano (D 0,9%), face ao nível de 2,7% observado em 2008. PerspectivaDse para 2010 o regresso a uma situação de inflação positiva, que de acordo com as previsões actuais rondará os 0,7%. Também como noutros países, as contas públicas foram pressionadas pela queda das receitas provocada pela diminuição da actividade, que por outro lado fez subir as despesas da segurança social – em especial o subsídio de desemprego. Assim, apesar de os gastos do Estado expressamente dirigidos ao combate à crise terem tido menor expressão do que noutros países, o défice público em 2009 acabou por atingir 9,3% do PIB. Ainda no terceiro trimestre, a estimativa do Governo apontava para um défice de 5,9%, mas a generalidade dos analistas já antevia um défice mais expressivo para o conjunto do ano. Finalmente noteDse que o défice da economia portuguesa face ao exterior se atenuou, embora mantendoDse elevado (8,2% do PIB), pois apesar da redução das exportações, as importações também caíram, devido ao menor nível de actividade, e além disso Portugal beneficiou da baixa do preço do petróleo. Relatório e Contas 2009 Página 12 Serra da Estrela PrevêDse para a economia portuguesa uma ligeira recuperação em 2010, com o PIB a crescer 0,7%, mas esta previsão está naturalmente afectada por um considerável grau de incerteza, estando em especial dependente do comportamento das exportações e do consumo privado, e de uma evolução menos negativa do investimento. A situação do mercado bancário não poderia ficar imune à conjuntura económica e financeira global. A descida acentuada das taxas euribor está a penalizar sobremaneira a margem financeira das instituições, em especial nos casos em que os financiamentos concedidos indexados às taxas euribor detêm peso elevado nas carteiras, já que o custo médio dos recursos de clientes, que constitui em todas as instituições a componente de base do seu funding, desceu muito menos que a remuneração dos activos. Isto porque, por um lado, as taxas dos depósitos não descem abaixo de determinados níveis mínimos e, por outro, porque a concorrência entre as instituições pela captação de recursos, que se mantém muito viva, esbate, no tocante ao seu custo médio, o efeito da descida das taxas Euribor. Nível de Taxas de Juro Médias No Sistema Bancário 2004 Dez 2005 Dez 2006 Dez 2007 Dez 2008 Jun 2008 Dez 2009 Jun 2009 Nov ∆pp Nov09-Dez08 Depósitos até 2 anos 2,04 2,06 2,72 3,58 3,72 3,99 2,38 1,92 -2,07 Crédito a empresas * 4,31 4,41 5,39 6,15 6,29 6,14 4,02 3,43 -2,71 Crédito à habitação 3,78 3,73 4,79 5,51 5,63 5,86 3,08 2,07 -3,79 Crédito pessoal (consumo…) 7,60 7,68 8,07 8,75 8,98 9,03 7,98 7,48 -1,55 * Sociedades não financeiras Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010 Não surpreende pois que a descida da taxa média dos depósitos, embora significativa em si mesma, não tenha acompanhado em 2009 a baixa das taxas euribor em termos comparáveis ao que tem ocorrido nas taxas médias do crédito, tanto mais que também se verifica uma preferência dos depositantes por depósitos de prazos mais longos, nesta conjuntura de taxas baixas. Relatório e Contas 2009 Página 13 Serra da Estrela Assim, entre Dezembro de 2008 e Novembro de 2009, o nível médio das taxas de juro nos depósitos até 2 anos baixou de 3,99% para 1,92% (D2,07 pp), quando a euribor, nesse período (considerando, a título ilustrativo a euribor a 6 meses), se reduziu em 2,38 pp, passando de 3,37% em Dezembro de 2008 para 0,99% em Novembro de 2009. No mesmo período, a descida nas taxas médias do crédito foi consideravelmente mais vincada, de 6,14% para apenas 3,43% no crédito a empresas (D2.71 pp) e de 5,86% para 2,07% no crédito à habitação (D3,79%), sendo a descida mais moderada apenas no caso do crédito pessoal a particulares (de 9,03% para 7,48%, ou seja, D1,55 pp). A descida na taxa média do crédito à habitação é particularmente forte e explicaDse, naturalmente, pelo facto de, na esmagadora maioria, os contratos respectivos, de longa duração, se encontrarem rigidamente indexados à euribor a 6 meses. A desfavorável conjuntura macroeconómica conduz por outro lado a que não existam condições propícias para a expansão do negócio bancário na vertente creditícia, uma vez que o abaixamento no nível de actividade origina uma retracção da procura por parte das empresas, verificandoDse também menor procura dos particulares, em virtude dos baixos níveis de confiança. A este efeito do lado da procura, associaDse, do lado da oferta, uma maior selectividade e rigor na concessão por parte dos bancos, dadas as profundas alterações no ambiente de negócio, que originam um agravamento dos riscos, e também em consequência das restrições de balanço em algumas instituições, por razões de liquidez ou de solvabilidade. Relatório e Contas 2009 Página 14 Serra da Estrela Evolução dos Agregados de Crédito Variação homóloga em % * 2004 Dez 2005 Dez 2006 Dez 2007 Dez 2008 Jun 2008 Dez 2009 Nov Crédito a Empresas ** 2,5 5,0 7,1 11,2 12,3 10,5 2,6 Crédito à Habitação 10,5 11,1 9,9 8,5 7,1 4,3 2,5 Crédito pessoal (consumo,…) 4,4 4,5 10,1 11,3 10,6 6,2 1,8 * Com base nos saldos médios ajustados de operações de titularização ** Sociedades não financeiras Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010 ObservaDse assim que o saldo do crédito a empresas no conjunto do sistema bancário, que ainda em Junho de 2008 apresentava um crescimento de 12,3% sobre o mês homólogo do ano transacto, cresceu apenas 2,6% em Novembro de 2009, o que traduz uma redução muito substancial em termos de crédito novo, que se foi acentuando de modo manifesto ao longo da segunda metade do ano. A desaceleração mais acentuada temDse, porém, no crédito a particulares, com o crédito à habitação a evidenciar em Novembro de 2009 um crescimento de apenas 2,5% (em termos de saldo) e o crescimento do crédito pessoal, em que se inclui o crédito ao consumo, a ficar em apenas 1,8%. Esta situação contrasta de modo bem marcante com o que se verificava antes do início da crise, em que quer o crédito à habitação, quer o crédito ao consumo, apresentavam taxas de expansão da ordem de 10% em termos homólogos. No que se refere aos depósitos de particulares e de empresas (i.e., sociedades não financeiras), depois de um crescimento significativo, que em termos homólogos atingiu 5,9% no caso das empresas e 9,8% nos particulares, entre Junho de 2008 e Junho de 2009, evidenciaram na parte final do ano uma quase estagnação. Este comportamento explicaDse pelo facto de as aplicações alternativas aos depósitos tradicionais – fundos de investimento e seguros de capitalização – terem de novo ganho, ao longo de 2009, interesse junto do público aforrador, devido à remuneração cada vez mais baixa dos depósitos e à maior estabilidade e recuperação nos mercados financeiros, com impacto nas expectativas dos investidores. Relatório e Contas 2009 Página 15 Serra da Estrela Noutro plano, o impacto da crise económica está a manifestarDse, em termos bastante impressivos, na evolução do crédito mal parado, que, no conjunto do sistema bancário, se elevou de 1,7% em Dezembro de 2007 para 4,5% em Novembro último no segmento empresarial, e nos particulares subiu, no mesmo período, de 1,5% para 1,8% no crédito à habitação, e de 3,5% para 6,9% no crédito ao consumo. No segmento de particulares, no período referido, o crescimento do crédito mal parado em valor absoluto atingiu quase 570 milhões de euros no crédito ao consumo, e 663 milhões no crédito à habitação. No segmento empresarial, o aumento do crédito mal parado foi particularmente importante nas actividades ligadas ao imobiliário, em que passou de 254 milhões de euros em Dezembro de 2007 – representava apenas 0,7% do valor total da carteira – para 1.535 milhões no passado mês de Novembro (3,7% da carteira). O aumento do crédito vencido neste sector, desde Dezembro de 2007, totaliza quase 1.281 milhões de euros, ou seja, 1/3 do incremento total do crédito vencido de empresas registado pelo conjunto dos bancos neste período. Globalmente, o acréscimo do crédito vencido no segmento empresarial atingiu, em valor absoluto, cerca de 3.825 milhões de euros! EncontravamDse com crédito vencido cerca de 20% das empresas, cujas dificuldades se repercutem, naturalmente, sobre outras por via dos atrasos nos pagamentos entre si, facto agravado pela demora que o próprio Estado regista nas liquidações aos seus fornecedores. Relatório e Contas 2009 Página 16 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 17 Serra da Estrela 3. EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS DO CRÉDITO AGRÍCOLA O Crédito Agrícola registou ao longo dos últimos anos uma evolução bastante favorável em todos os aspectos da sua actividade, que se traduziu num considerável reforço da sua solidez financeira e em melhorias visíveis no plano operativo, na modernização da sua imagem e na notoriedade do Grupo. Apesar da actual crise económica e financeira internacional, que faz sentir os seus efeitos desde meados de 2007, o Crédito Agrícola, globalmente, realizou ainda resultados positivos muito expressivos quer nesse ano quer já em 2008, totalizando cerca de 240 milhões de euros, dando continuidade à evolução muito favorável que vinha registando. Entretanto, com o aprofundamento da crise, e sobretudo como consequência da política monetária do BCE, fazendo descer as taxas euribor para níveis mínimos extremos, os resultados sofreram no corrente exercício uma contracção, em consequência do estreitamento da margem financeira, mantendoDse porém amplamente positivos, na ordem de 55 milhões de euros. Com efeito, uma parte muito importante – mais de 70%, segundo análise recente do Departamento de Fiscalização, Orientação e Acompanhamento – da carteira de crédito das Caixas encontraDse indexada às taxas euribor, pelo que a descida destas taxas originou uma substancial redução nos proveitos gerados pela carteira de crédito, num contexto em que os custos dos recursos se mantêm pressionados. NoteDse que os lucros do Crédito Agrícola, dada a sua natureza de instituição bancária cooperativa, se destinam quase totalmente ao reforço da sua situação líquida, que nesta altura já ultrapassa os 1.000 milhões de euros. Com o reforço da sua situação líquida, o Grupo incrementa a sua robustez, aumentando simultaneamente a capacidade das Caixas para agirem como alavancas financeiras no desenvolvimento sócioDeconómico das suas regiões. Este contínuo reforço dos capitais próprios, a par com a manutenção de uma postura de prudência na expansão do negócio, traduziuDse na incessante melhoria, ao longo dos últimos anos, do rácio de solvabilidade do Grupo. Assim o Crédito Agrícola é, Relatório e Contas 2009 Página 18 Serra da Estrela presentemente, o grupo financeiro com o valor mais elevado neste rácio chave, quer em termos do seu valor global (13%) quer na componente respeitante aos fundos próprios de base (11,9%), estando os respectivos níveis muito acima dos mínimos definidos ou recomendados pelo Banco de Portugal. Entretanto, o activo líquido total do Grupo é já, por sua vez, de 12, 6 mil milhões de euros, com o crédito a perfazer 8,8 mil milhões, para um valor total dos depósitos de 9,8 mil milhões. O rácio crédito/depósitos do Crédito Agrícola, que nos últimos anos raramente atingiu os 90%, espelha a gestão, igualmente muito prudente, do Grupo no tocante à liquidez, que o coloca em situação privilegiada, e praticamente única, no sistema financeiro nacional, ao deter uma posição interbancária líquida credora, perante outros bancos de primeira linha, que hoje se aproxima dos 2.000 milhões de euros (mercado monetário e títulos de dívida emitidos por outras instituições). Deste modo, após mais de dois anos de crise económica e financeira global, o Crédito Agrícola não teve necessidade – e continua a não ter – de recorrer a qualquer das medidas especiais de apoio aos bancos decididas pelo Governo, face à perturbação nos mercados financeiros que se seguiu à falência do Banco Lehman nos EUA. Comparando a situação do Grupo com a de outros bancos com peso relevante no mercado, constatamos que o Crédito Agrícola tem apresentado posição bastante favorável em termos de rentabilidade, eficiência, solvabilidade e liquidez, sendo também de destacar a sua posição nos índices de reclamações de clientes, de longe os mais baixos da banca portuguesa D como aliás também sucede com os bancos cooperativos de outros países europeus, como é reconhecido num recente estudo internacional citado na revista britânica “The Economist”. Apenas no crédito vencido, o Grupo aparece ainda em posição menos favorável, embora tendo registado, nos últimos anos, uma aproximação significativa à média do sector. No contexto da actual crise, aliás, o crédito vencido no Crédito Agrícola tem aumentado menos que no conjunto do sector bancário. Relatório e Contas 2009 Página 19 Serra da Estrela Posicionamento do Crédito Agrícola face ao sector Indicadores de desempenho Rácio de transformação 87% 1º (o melhor) Rácio de eficiência 49,8% 2º melhor Rentabilidade do activo 1,0% 2º melhor Solvabilidade Tier1 12,0% 1º (o melhor) Rentab. dos capitais próprios 12,2% 4º melhor Índices de reclamações: - Depósitos 15º (o melhor) - Crédito à habitação 14º (2º melhor) - Cheques 13º (o melhor) A evolução do negócio do Grupo fezDse acompanhar da expansão gradual e ponderada da sua rede, a qual actualmente totaliza já 681 agências, mantendoDse como uma das maiores redes bancárias a nível nacional. À excepção da Região Autónoma da Madeira, o Crédito Agrícola está presente em todo o território nacional, chegando a sua rede, em alguns distritos, a perfazer mais de 30% da rede bancária total aí implantada. Como é, porém, sabido, o Crédito Agrícola tem ainda reduzida presença nos grandes centros de Lisboa e Porto, o que diminui o seu peso global a nível nacional, tendo porém a Caixa Central, como entidade do Grupo que cobre esses centros, iniciado recentemente a expansão da sua rede, o que prosseguirá quando a melhoria do ambiente económico geral criar condições propícias para o efeito. Para além das Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o Crédito Agrícola integra ainda um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, da gestão de activos e de consultadoria. Merece destaque, neste contexto, a importância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindoDse as duas companhias – a CA Vida e a CA Seguros –, quer pela evolução dos seus indicadores económicos e financeiros quer pela crescente qualidade do serviço. Tal conduziu ao reconhecimento da CA Seguros, em 2009, como a melhor seguradora de ramos reais em Portugal no seu segmento dimensional, galardão que obteve pelo segundo ano consecutivo. A CA Vida fora igualmente distinguida, noutro ano, com o prémio da melhor seguradora do ramo vida no nosso país em termos absolutos. Relatório e Contas 2009 Página 20 Serra da Estrela As perspectivas do Grupo para o próximo ano continuam condicionadas pela conjuntura de crise económica e financeira e pelo impacto no mercado bancário da política monetária do BCE de resposta a essa crise, que para o Crédito Agrícola é um factor totalmente exógeno. Embora seja de contar que o crédito mal parado possa ainda aumentar, como normalmente ocorre em situações de recessão económica, a esperada subida das taxas euribor em 2010, mesmo que moderada, criará condições para a melhoria da margem financeira e dos resultados. É também de considerar o contributo que advirá da expansão dos proveitos de comissões decorrentes da venda cruzada, nomeadamente de seguros e fundos de investimento, o qual já foi relevante quer em 2008 quer em 2009, sobretudo no tocante aos seguros, mas mantém significativo potencial de crescimento. E v o lu ç ão d o Ac tiv o L íq u id o e d o s D e p ó sit o s d e C lie n t es V alo res em mi lh õ es d e eu ro s 1 4.0 00 1 2.0 00 1 0.0 00 8.0 00 6.0 00 4.0 00 2.0 00 0 20 02 20 0 3 20 04 20 0 5 20 06 20 07 2 0 08 Se t- 09 2 0 08 S et-09 A no A ct ivo L íq u id o D e p ó sit o s d e C lien t es Ev oluç ã o da Si tua ç ão Líquida Valore s e m Milhõe s de eur os 1 .2 00 1 .0 00 8 00 6 00 4 00 2 00 0 2 00 2 2 00 3 2 0 04 2 0 05 20 0 6 20 0 7 Ano S ituaç ã o Líqu ida Relatório e Contas 2009 Página 21 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 22 Serra da Estrela 4. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA 4.1. EVOLUÇÃO ECONÓMICO – FINANCEIRA E PATRIMONIAL O Activo Líquido da CCAM SE evoluiu 4,2% (+6,8 milhões de euros) no período em referência atingindo 169,7 milhões de euros no final do exercício de 2009. O comportamento evidenciado deriva da evolução positiva registada nas rubricas, activos disponíveis para venda e crédito a clientes que aumentaram 3216,4% (+1,97 milhões de euros) e 26,9% (+18,97 milhões de euros), respectivamente, reflectindoDse no caso da última rubrica no decrescimento de 14,1 milhões de euros (D18,2%) de aplicações em instituições de crédito. EVO LUÇÃO ACTI VO LÍ Q UI DO + 4,2% 2008 2009 158.000.000 160.000.000 162.000.000 164.000.000 166.000.000 168.000.000 170.000.000 VerificaDse concentração (88,5%) do activo líquido da CCAM SE em duas rubricas, crédito a clientes (53,1%) e aplicações em instituições de crédito (35,4%). As aplicações em instituições de crédito, mais especificamente na Caixa Central, diminuíram 14,1 milhões (D 18,2%), consequência do alavancamento verificado na concessão de crédito (+18,97 milhões de euros; +26,9%) e na subscrição de activos financeiros disponíveis para venda num volume global de 1,97 milhões de euros. O comportamento do crédito líquido reflectiu o crescimento da concessão a clientes que registou um aumento de 19,5 milhões de euros (+25,9%) face ao período homólogo, mitigado pelo crescimento de 0,5 milhões de euros (+11,0%) das provisões específicas constituídas para crédito e juros vencidos e crédito de cobrança duvidosa. Relatório e Contas 2009 Página 23 Serra da Estrela 3% 3% 6% 35% 53% Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Outros activos tangíveis Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Outras rubricas O Passivo da CCAM SE evoluiu 4,6% (+6,5 milhões de euros) face ao valor registado no final do exercício de 2008. O comportamento do passivo está subjacente ao incremento verificado na rubrica recursos de clientes que, apesar da intensa e constante pressão exercida por parte de outras instituições de crédito, cresceram 6,9 milhões de euros (+5,0%) face a igual período do ano transacto, reflectindo uma carteira total de 145,7 milhões de euros, representando 98,3% do total do passivo da CCAM SE. EVO LUÇÃO PASSI VO + 4,6% 2008 2009 134.000.000 138.000.000 142.000.000 146.000.000 150.000.000 O capital total da CCAM SE evoluiu 0,27 milhões de euros (+1,3%) face ao período homólogo atingindo no final do exercício corrente 21,4 milhões de euros. A evolução verificada encontraDse suportada pelo comportamento da rubrica outras reservas e resultados transitados (+0,75 milhões de euros; +31,9%), que absorveu a diminuição Relatório e Contas 2009 Página 24 Serra da Estrela verificada nas rubricas de capital, reservas de reavaliação e lucro do exercício de 0,5%, 10,5% e 33,0%, respectivamente. E VO LUÇÃO CAPI TAL +1,3% 2008 2009 21.000.000 21.100.000 21.200.000 21.300.000 21.400.000 21.500.000 No que concerne à rentabilidade do negócio, a CCAM SE apresentam uma evolução positiva do produto bancário, que cresceu 44,7% (+1,95 milhões de euros) face ao período homólogo anterior, consequência de um comportamento favorável da margem financeira, que cresceu 36,3% (+1,26 milhões de euros) e da subida das receitas de comissões a que se assistiu de 63,8% (+ 0,44 milhões de euros). A subida do produto bancário, num contexto em que os custos de estrutura assumiram uma trajectória ascendente, implicou uma evolução desfavorável do rácio de eficiência, o qual se elevou de 58,1% em 2008 para 64,1% em 2009. RegisteDse o comportamento dos custos de funcionamento, que contabilizam um crescimento de 61,2% (+1,5 milhões de euros), particularmente nos custos com o pessoal e gastos gerais administrativos que evoluíram 67,0% e 53,6%, respectivamente. Acresce completar que relativamente aos custos com o pessoal, a evolução verificada foi, em parte significativa, justificada pela dotação do fundo de pensões, nomeadamente a referente a colaboradores em situação de reforma antecipada. Não obstante do recuo do crédito vencido verificouDse um acréscimo da dotação de provisões para crédito vencido e crédito de cobrança duvidosa, no montante de 0,3 milhões Relatório e Contas 2009 Página 25 Serra da Estrela de euros (+41,6%), possibilitando um grau de cobertura do crédito vencido de 94,5%. Também ao nível das provisões por imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações assistiuDse ao reforço em 0,45 milhões de euros no decorrer do exercício de 2009. A variação global das provisões ascendeu a 1,46 milhões de euros (+61,2%) face ao período homólogo, contribuindo decisivamente para a perda de rentabilidade da CCAM SE. RUBRICA 2009 2009 2008 2008 Var. Absoluta Var. Relativa Margem Financeira 4.736.675 3.474.641 1.262.034 36,3% Produto Bancário 6.306.644 4.358.490 1.948.154 44,7% Custos de Funcionamento 3.857.007 2.392.150 1.464.857 61,2% Provisões Líquidas 1.567.930 790.667 777.263 98,3% Resultado Antes de Impostos 696.764 1.033.019 (336.255) D32,6% Resultado Líquido do Exercício 779.183 1.163.546 (384.363) D33,0% Relatório e Contas 2009 Página 26 Serra da Estrela 4.2. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE COMERCIAL 4.2.1. Recursos de Clientes O volume de recursos da Caixa Agrícola evoluiu favoravelmente, totalizando no final do exercício de 2009 a 145 milhões de euros, mais 7 milhões de euros face ao período homólogo reflectindo uma taxa de crescimento de 5,1%. A tendência crescente verificada ganha maior relevância atendo às condições exógenas que caracterizaram o exercício de 2009, nomeadamente a acrescida pressão concorrencial do lado da captação e os valores historicamente baixos que os indexantes atingiram. Factores esses que acumulados com as reduzidas taxas de crescimento no mercado onde a CCAM SE se insere (aproximadamente 1%), tornam complexo a sustentabilidade do crescimento dos depósitos, só possível pela notariedade que a CCAM SE granjeia na generalidade dos concelhos em que está implementada, repercutindoDse na confiança dos seus depositantes. Importa também salientar que a CCAM SE praticamente atingiu o objectivo traçado no Plano de Actividades e Orçamento para o exercício de 2009, que registava indexantes próximos de 5% na data da sua elaboração, decrescendo abruptamente no decorrer do ano de 2009 para registos historicamente baixos. Essa foi uma prioridade que se definiu e que entendemos ter cumprido – Defesa da Base de Depósitos. DEPÓSITOS 2009 2008 ∆ Absoluta ∆ Relativa Objectivo %Concr 40.260.736 37.343.583 2.917.153 7,8% 39.412.833 102,2% Prazo e Poupança 104.785.015 100.694.066 4.090.949 4,1% 106.166.371 98,7% TOTAL 145.045.751 138.037.649 7.008.102 5,1% 145.579.205 99,6% Ordem VerificaDse ainda que, na plenitude, os recursos captados pela CCAM SE no exercício de 2009 evoluíram favoravelmente. Os depósitos à ordem atingiram um volume 40,3 milhões de euros, reflectindo um crescimento de 7,8% (+2,3 milhões de euros) face ao período homólogo, enquanto que os depósitos a prazo e poupanças aumentaram 4,1 milhões de euros (+4,1%), ascendendo a 104,8 milhões de euros. Relatório e Contas 2009 Página 27 Serra da Estrela EV O LUÇÃ O DEPÓ SIT OS + 5, 1% 200.000.000 + 4,1% 160.000.000 120.000.000 + 7, 8% 80.000.000 40.000.000 D Depósitos à ordem Depósitos a prazo e poupanças Total Depósitos A taxa de crescimento mais agressiva verificada nos depósitos à ordem (7,8%) comparativamente à registada nos depósitos a prazo e poupanças (4,1%), reflectiuDse no aumento do peso relativo dos primeiros no volume global da carteira de depósitos (de 27% em 2008 para 28% em 2009). Em sentido inverso, verificaDse que os depósitos a prazo e poupanças representam em 2009 cerca de 72% da carteira global de depósitos, contra 73% do registado em igual período homólogo. 2009 2008 28% 72% 27% 73% Depósitos à ordem Depósitos a prazo e poupanças Relatório e Contas 2009 Depósitos à ordem Depósitos a prazo e poupanças Página 28 Serra da Estrela 4.2.2. Crédito Concedido A concessão de crédito aumentou 20,2 milhões de euros de Dezembro de 2008 para Dezembro de 2009, reflectindo uma taxa de crescimento de 28,6%, fixandoDse a carteira de crédito não vencido no final do corrente exercício em 90,8 milhões de euros. A forte robustez excedentária da CCAM SE e a capacitação da Área Comercial permitiu sustentar tão agressivo crescimento e, atrair clientes de bom risco, que anteriormente não tinham o Crédito Agrícola nas suas opções de financiamento, não obstante do esfriamento da actividade creditícia que se assistiu no decorrer do exercício de 2009. O impulso verificado na concessão de crédito permitiu ultrapassar o objectivo previsto no Plano de Actividades e Orçamento para o exercício de 2009 em mais de 13,8 milhões de euros, correspondendo a um grau de concretização de 117,9%, cumprindo uma das grandes prioridades definidas para o exercício de 2009 – Forte Crescimento do Crédito Vivo. CRÉDITO 2009 2008 ∆ Absoluta ∆ Relativa Habitação 28.903.487 Particulares e Empresas 61.909.749 TOTAL 90.813.236 Objectivo %Concr 19.783.677 9.119.809 46,1% 22.070.744 131,0% 50.839.675 11.070.074 21,8% 54.978.903 112,6% 70.623.353 20.189.883 28,6% 77.049.647 117,9% ConstataDse que o crédito habitação sofreu um forte acréscimo, aumentando 46,1% (+9,1 milhões de euros) da carteira que a CCAM SE contabilizava no final de 2008, situandoDse em 28,9 milhões de euros, representando 32% da carteira total de crédito não vencido a clientes. Também o crédito a particulares e empresas evoluiu significativamente, contabilizando um crescimento de 11 milhões de euros (+21,8%) face a igual período homólogo, atingindo no final do exercício 61,9 milhões de euros, tendo um peso relativo de 68% na carteira global de crédito não vencido. Relatório e Contas 2009 Página 29 Serra da Estrela EV OL UÇÃ O CRÉDIT O NÃ O V ENCIDO + 28,6% 120.000.000 100.000.000 + 21, 8% 80.000.000 + 46, 1% 60.000.000 40.000.000 20.000.000 D Crédito Habitação Crédito Particulares e Empresas Total de Crédito Não V encido 2009 2008 28% 32% 68% Crédito Habitação 72% Crédito Particulares e Empresas Crédito Habitação Crédito Particulares e Empresas O registo de indexantes historicamente baixos, que se fizeram reflectir na redução dos encargos com o serviço da dívida, foi insuficiente para atenuar o comportamento crescente do crédito vencido, repercutindo a crise financeira que o País atravessa que resultou no aumento do desemprego, na instabilidade na segurança do trabalho e nas dificuldades das entidades empregadoras. Apesar da conjuntura exógena ser francamente desfavorável, a CCAM SE viu reduzido o valor do crédito vencido em 11,5% (D0,5 milhões de euros) face ao período homólogo, ascendendo a carteira global de crédito vencido a 4 milhões de euros. Na CCAM SE temos vindo a intensificar esforços no sentido de amortecer a tendência crescente do crédito vencido, quer pela concessão quer pela recuperação. Foram lançadas campanhas comerciais Relatório e Contas 2009 Página 30 Serra da Estrela de recuperação de crédito vencido com forte envolvência da estrutura comercial, efectuouD se um controlo permanente da evolução dos financiamentos em incumprimento com reportes frequentes da sua evolução, assim como um maior apoio da estrutura de contencioso da CCAM SE, no acompanhamento e resolução dos dossiers objecto de acções executivas. EfectivouDse igualmente as recomendações da Caixa Central no que se refere ao abate de crédito vencido integralmente provisionado ao abrigo do disposto no Aviso 3/95 do Banco de Portugal, nos processos que equivalem a imparidade total. Também a este nível podemos assistir ao cumprimento das metas definidas no Plano de Actividades e Orçamento para o exercício de 2009, em que projectamos um volume global de crédito vencido de 4,1 milhões de euros, obtendoDse um grau de concretização de 102,6%, cumprindo o estipulado no referido documento – Recuperação de Crédito Vencido. CRÉDITO 2009 2008 ∆ Absoluta 90.813.236 70.623.353 4.057.946 4.585.747 TOTAL 94.871.181 RÁCIO 4,3% Crédito Não Vencido Crédito Vencido ∆ Relativa Objectivo %Concr 20.189.883 28,6% 77.049.647 117,9% D527.801 D11,5% 4.165.120 102,6% 75.209.100 19.662.081 26,1% 81.214.767 116,8% 6,1% D1,8% D29,8% 5,1% 119,9% . A inversão da tendência de crescimento generalizado de crédito vencido, permitiu também reduzir em 29,8% (D1,8%) o rácio de crédito vencido situandoDse no final do corrente exercício em 4,3%, valor inferior ao recomendado pela Caixa Central (5%) e ao estimado no Plano de Actividades e Orçamento para o exercício de 2009 (5,1%). Relatório e Contas 2009 Página 31 Serra da Estrela RÁ CIO CRÉDIT O V ENCIDO 2009 RÁ CIO CRÉDIT O V ENCIDO 2 008 96% 94% \ 6% 4% Crédito e J uros V encidos Crédito Total Concedido Crédito e J uros V encidos Crédito Total Concedido 4.2. 4.2.3. Gestão de Carteiras No 1º trimestre deste ano prevaleceram os factores de incerteza e a aversão ao risco, tendo os mercados financeiros sido acentuadamente afectados pela recessão económica. A partir do 2º trimestre de 2009, os mercados financeiros têm vindo a registar uma recuperação, reflectindo o impacto da acentuada queda das taxas de juro de mercado induzida pelas autoridades monetárias, a recuperação da confiança no sistema financeiro promovida pelas operações de resgate levada a cabo por diversos governos, a forte expectativa de sucesso das políticas públicas na reanimação económica e a resiliência acima do esperado dos resultados de muitas empresas resultante, sobretudo, do corte de custos. Esta conjuntura de recuperação dos mercados financeiros permitiu travar a tendência de resgates massivos que marcou a evolução do sector de Fundos de Investimento Mobiliário em 2008. Apesar dos condicionalismos provocados pela conjuntura sensivelmente adversa que caracterizou o exercício de 2009, verificaDse que a CCAM SE registou um forte impulso na actividade de gestão de carteiras. O ano de 2009 assinala um crescimento de 0,56 milhões de euros, correspondente a uma taxa de crescimento de 28%, contabilizando a carteira global de fundos 2,6 milhões de euros. Relatório e Contas 2009 Página 32 Serra da Estrela GESTÃO CARTEIRAS 2009 2008 ∆ Absoluta ∆ Relativa Raiz Tesouraria 426.210 421.524 4.686 1,1% Raiz Rendimento 328.751 51.171 277.581 542,5% Raiz Poupança Acções 29.390 35.613 D6.223 D17,5% Raiz Global 61.446 48.182 13.263 27,5% Raiz Europa 71.922 27.728 44.194 159,4% Raiz Conservador 14.442 13.977 465 3,3% 2.005 2.508 D502 D20,0% Fundos Mobiliário D Abertos CA Monetário CA Euribor 12.251 0 12.251 D CA Saúde Valorização 45.374 0 45.374 D 991.790 600.703 391.088 65,1% Fundos Mobiliário D Fechados Raiz Poupança Reforma 0 6.488 D6.488 D100,0% Raiz Valor Ibérico 0 434.271 D434.271 D100,0% 256.035 253.687 2.348 0,9% 4.925 4.918 8 0,2% 320.348 312.355 7.993 2,6% 581.308 1.011.719 D430.411 D42,5% 998.349 396.406 601.943 151,9% 2.571.448 2.008.827 562.621 28,0% Raiz Valor Acumulado Raiz Top Capital Raiz Agro Valorização Fundos Imobiliários CA Património Crescente TOTAL Nos fundos de investimento mobiliário – abertos assistiuDse a um crescimento de 65,1% (+0,4 milhões de euros), suportado essencialmente pelos registos obtidos no Raiz Rendimento (+ 542,5%; 277,6 mil euros), Raiz Europa (+ 159,4%; 44,2 mil euros) e pelo lançamento de dois novos fundos, CA Euribor e CA Saúde Valorização, que facturaram 12,3 mil euros e 45,4 mil euros, respectivamente. Relativamente aos fundos de investimento mobiliário – fechados, estão supridas novas adesões / subscrições de unidades de participação, tendo sido o seu comportamento reflexo do vencimento das aplicações domiciliadas no Raiz Valor Ibérico. Nos fundos de investimento imobiliário, mais especificamente o CA Património Crescente, constatouDse um forte crescimento, mais que duplicando a carteira que se registava em Relatório e Contas 2009 Página 33 Serra da Estrela Dezembro de 2008, implicando um aumento de 0,6 milhões de euros, encerrando o exercício de 2009 com um volume global em cerca de 1 milhão de euros. EV OL UÇÃ O GEST Ã O CA RT EIRA S 1.500.000 + 65,1% D 42,5% + 151, 9% 1.250.000 1.000.000 750.000 500.000 250.000 0 F undos Mobiliário D Abertos F undos Mobiliário D F echados Fundos Imobiliários 4.2.4. Seguros não Vida O intenso clima concorrencial do mercado de Seguros Não Vida e a forte pressão para a redução das tarifas, particularmente nos seguros obrigatórios, Automóvel e Acidentes de Trabalho, tem criado acrescidas dificuldades no incremento da careira de seguros não vida. Não obstante dos condicionalismos exógenos, a facturação reportada aos seguros do ramo não vida sofreu uma aceleração (+6,4%; +43 mil euros) no exercício de 2009 face ao período homólogo, permitindo concretizar os objectivos definidos no Plano de Actividades e Orçamento para o exercício de 2009. Essencial para o comportamento positivo constatado contribuiu fortemente a produção nova consubstanciada em 1.501 apólices num volume global 210,8 mil euros. Relatório e Contas 2009 Página 34 Serra da Estrela SEGUROS NÃO VIDA Acidentes Pessoais Acidentes de Trabalho Habitação 2009 2008 ∆ Absoluta ∆ Relativa Objectivo %Concr 129,2% 61.007 32.904 28.103 85,4% 47.205 117.296 110.846 6.450 5,8% 122.571 95,7% 91.276 76.321 14.955 19,6% 83.678 109,1% 98,1% Comércio e Serviços 59.746 54.780 4.966 9,1% 60.931 Responsabilidade Civil 11.083 11.643 D560 D4,8% 12.793 86,6% 309.714 326.250 D16.536 D5,1% 318.735 97,2% Outros 61.899 56.227 5.672 10,1% 61.087 101,3% TOTAL 712.021 668.971 43.051 6,4% 707.000 100,7% Automóvel O aumento verificado na carteira de seguros do ramo não vida, ficou suportado pelo aumento dos seguros de acidentes pessoais (+85,4%; +28,1 mil euros), dos seguros de acidentes de trabalho (+5,8%; +6,5 mil euros) e dos seguros de habitação (+19,6%; +14,9 mil euros), estes últimos também reflexo do incremento da carteira de crédito habitação verificada no exercício de 2009. Em sentido inverso, evidenciaDse o decrescimento dos seguros de automóvel (D5,1%; D16, 5 mil euros), reduzindo o peso relativo na carteira global de seguros não vida para 43%. REPA RT IÇÃ O CA RT EIRA 9% 9% 16% 43% 13% 2% Acidentes Pessoais Acidentes de Trabalho Habitação Comércio e Serviços 8% Responsabilidade Civil Automóvel Outros 4.2. 4.2.5. Seguros Vida Na actividade seguradora do ramo vida, nomeadamente nos seguros de capitalização, temD se vindo a constatar no decorrer do presente exercício uma maior propensão à subscrição Relatório e Contas 2009 Página 35 Serra da Estrela desta tipologia de aplicações, subscritas individualmente ou quando combinadas com aplicações tradicionais oferecidas pelas Instituições de Crédito. A este comportamento não foi alheio a repentina redução das taxas de juro praticadas nos depósitos tradicionais, reflectindo a redução agressiva dos indexantes Euribor, tornandoDse a rentabilidade oferecida nos seguros de capitalização apelativa, factor que se descontinuou no decorrer do presente ano de forma adaptar a oferta às actuais condições do mercado financeiro. Também a forte dinâmica na concessão de crédito da CCAM SE suportou o alavancamento dos seguros associados ao crédito no decurso do exercício de 2009. Os seguros do ramo vida sofreram uma agressiva aceleração de 79,9% (+1,4 milhões de euros) face ao período homólogo, ascendendo os prémios oriundos dos seguros de vida em final do exercício corrente a 3,1 milhões de euros, comportamento que permitiu ultrapassar os objectivos comerciais definidos para esta área de negócio no exercício de 2009. SEGUROS VIDA Protecção Família CA Vida Plena Protecção Crédito 2009 2008 ∆ Absoluta ∆ Relativa 47.946 45.951 1.995 4,3% 329 0 329 D Objectivo %Concr 84.802 56,9% 228.696 193.133 35.563 18,4% 211.164 108,3% Protecção Empresa Viva 0 0 0 D 6.432 0,0% Poupança Investimento 1.328.621 703.186 625.435 88,9% CA Poupança Activa 419.652 220.217 199.435 90,6% 1.635.081 108,4% Poupança Educação 24.105 32.576 D8.470 D26,0% Poupança Reforma 1.054.346 530.011 524.335 98,9% 562.521 187,4% TOTAL 3.103.695 1.725.074 1.378.620 79,9% 2.500.000 124,1% O positivo comportamento verificado foi essencialmente provocado pelo crescimento verificado nos seguros de capitalização, reflectindo um crescimento de 1,3 milhões de euros (+90,2%). Com excepção da Poupança Educação, os produtos de capitalização evoluíram favoravelmente registando similares taxas de crescimento – Poupança Investimento (+88,9%; +625 mil euros); CA Poupança Activa (+90,6%; +199 mil euros) e Poupança Reforma (+98,9%; +524 mil euros). Relatório e Contas 2009 Página 36 Serra da Estrela Os seguros de risco também registaram um comportamento positivo, aumentando 15,9% (+37,8 mil euros), com maior incidência nos seguros associados ao crédito (+18,4%; 35,9 mil euros) relativamente ao tradicional seguro de vida (+4,3%; +2 mil euros). A carteira de seguros do ramo vida mantémDse concentrada nos produtos de capitalização (91%), onde se relevam o Poupança Investimento e o Poupança Reforma, que representam 42,8% e 33,9%, respectivamente. CO M POSIÇÃ O DA CA RT EIRA 2%0% 7% 34% 42% 1% 14% Protecção F amília CA Vida Plena Protecção Crédito Protecção Poupança Inv estimento CA Poupança Activ a Protecção Poupança Educação Protecção Poupança Reforma 4.2. 4.2.6. Locação Financeira A actividade de locação financeira obteve uma performance positiva no exercício de 2009, reflectindo um crescimento de 19,7% (+257 mil euros), fechando o presente exercício com uma carteira global de 1,6 milhões de euros. No exercício de 2009 foram contratados 17 novas propostas de leasing, num volume global de 723,1 mil euros. LEASING 2009 2008 ∆ Absoluta ∆ Relativa Mobiliário 1.474.172 1.212.158 262.014 21,6% Imobiliário 87.908 92.896 D4.988 D5,4% 1.562.080 1.305.054 257.026 19,7% TOTAL Relatório e Contas 2009 Página 37 Serra da Estrela O leasing mobiliário foi o principal catalisador do comportamento positivo da actividade de locação financeira, crescendo 21,6% (+262 mil euros), na medida em que, o leasing imobiliário regrediu 5,4% (D5 mil euros). EV OL UÇÃ O L EA SING 2.000.000 + 19,7% + 21, 6% 1.600.000 1.200.000 800.000 D 5, 4% 400.000 D Mobiliário Relatório e Contas 2009 Imobiliário Total Leasing Página 38 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 39 Relatório e Contas 2009 Responsável pela Contabilidade Maria José Freitas Melo Campos 21 Outros activos Total do Activo 20 Activos por impostos diferidos 17 Outros activos tangíveis 20 16 Propriedades de investimento Activos por impostos correntes 307.640 15 Activos não correntes detidos para venda 18 14 Derivados de cobertura 19 13 Activos com acordo de recompra Activos intangíveis 12 Investimentos detidos até à maturidade Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 5.575.757 11 Crédito a clientes 178.741.011 1.620.384 874.786 103.504 4.926.950 1.548.326 94.970.290 63.208.823 10 Aplicações em instituições de crédito 2.036.092 8 9 2.863 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 7 Activos financeiros detidos para negociação 1.985.377 1.580.218 Activo Bruto Activos financeiros disponíveis para venda 5 6 Caixa e disponibilidades em bancos centrais Notas Disponibilidades em outras instituições de crédito ACTIVO 9.022.010 209.330 5.892 307.640 2.577.519 337.779 5.583.850 2009 Provisões,, Provisões imparidade e amortizações 169.719.001 1.411.054 874.786 103.504 4.921.057 2.998.238 1.210.547 89.386.441 63.208.823 2.036.092 2.863 1.985.377 1.580.218 Activo líquido PASSIVO E CAPITAL Total do Passivo 162.890.481 36 36 36 36 Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Lucro do exercício Direcção Licínio Manuel Prata Pina José Pinto Mendes Carlos Alberto Dias Figueiredo José António Tenreiro Patrocínio Luís Videira Poço Francisco Alves Campos José Carlos Carvalho Batista Total do Passivo e do Capital Total do Capital Dividendos antecipados 35 35 33 32 31 20 20 30 29 14 28 27 26 25 24 23 22 Notas Prémios de emissão 1.311.548 Capital 976.546 68.353 4.921.057 Outros passivos Outros passivos subordinados 3.151.040 Instrumentos representativos de capital Passivos por impostos diferidos 1.345.887 Passivos por impostos correntes Provisões Passivos não correntes detidos para venda Derivados de cobertura 70.411.138 Passivos financeiros associados a activos transferidos 77.273.214 Responsabilidades representadas por títulos 61.394 Recursos de clientes e outros empréstimos Recursos de outras instituições de crédito 3.797 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 1.952.292 Passivos financeiros detidos para negociação 1.414.214 Recursos de bancos centrais Activo líquido 2008 2.863 169.719.001 21.447.853 779.183 3.090.773 72.573 17.505.325 148.271.148 1.269.748 269.900 4.688 839.689 145.711.818 172.442 2009 3.797 162.890.481 21.173.060 1.163.546 2.343.832 81.082 17.584.600 141.717.421 1.655.845 299.355 6.487 44.164 737.474 138.795.929 174.370 2008 Serra da Estrela 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 5.1. .1. BALANÇO Página 40 Serra da Estrela 5.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RUBRICA Notas 2009 2008 Juros e rendimentos similares 37 7.009.053 5.139.023 Juros e encargos similares 38 (2.272.378) (1.664.382) 4.736.675 3.474.641 Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital 39 2 1 Rendimentos de serviços e comissões 40 1.337.873 837.387 Encargos com serviços e comissões 41 (205.587) (146.110) 1.411 5.735 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de res ultados 42 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 Resultados de reavaliação cambial 44 Resultados de alienação de outros activos 45 5.500 (119.800) Outros resultados de exploraç ão 46 430.770 306.636 6.306.644 4.358.490 Produto bancário Custos com pessoal 47 (2.280.447) (1.365.576) Gastos gerais administrativos 48 (1.576.560) (1.026.574) 17 e 18 (184.943) (142.654) 30 (135.348) (8.606) (984.036) (782.061) Amortizações do exercício Provisões líquidas de reposições e anulaç ões Correcções de valor as sociadas ao crédito a clientes e valores a rec eber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 Resultad o antes de impostos (448.546) 696.764 1.033.019 Impostos correntes 20 (76.828) (337.482) diferidos 20 159.246 468.009 779.183 1.163.546 Resultad o Líquido do Exercício Res ponsável pela Contabilidade Direcçã o Maria José Freitas Melo Campos Licínio Manuel Prata Pina José Pinto Mendes Carlos Alberto Dias Figueiredo José António Tenreiro Patrocínio Luís Videira Poço Francisco Alves Campos José Carlos Carvalho Batista Relatório e Contas 2009 Página 41 Serra da Estrela 5.3. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA R U B R IC A 2009 20 0 8 FL U XOS DE CA I XA D A S A C TIV ID A D ES OP ER AC I ON A IS : R ec ebi men to s d e ju ro s e co missõ es 8 .3 46 .92 7 5 .9 76 .41 0 Pag am ent os d e ju ro s e c om issõ es (2 .4 77 .9 65 ) (1.8 10 .4 93 ) Pag am ent os ao pesso al e fo rn eced o res (3 .6 56 .1 72 ) (2.3 92 .1 50 ) C o n tri bu iç ões p ara o fu nd o de p ensõ es (Pag amen to ) / r eceb im ent o d e imp o sto sob re o ren di men to (2 00 .8 35 ) 82 .41 9 1 30 .52 7 R esu ltad o s camb iai s e o u tro s resu ltad o s op erac io nai s R ec up eraç ão d e cr édi to s i nc o br áveis O ut ro s receb im en to s / (p agam ent os) rel ativ os à ac tiv id ade o p eraci on al Re sul ta do s an t es d as alt er açõ es n o s ac ti vo s e p assi vo s o p era ci on ai s 4 32 .18 0 3 12 .37 2 2 .5 2 6.5 5 4 2 .2 1 6.6 6 6 (14 .0 64 .3 91 ) 3 .4 71 .16 7 (A u men to s) / d imi nu iç õ es d e act ivo s o per acio n ais: Ap li caç ões em i nst itu iç ões d e créd it o Ac tiv o s f in anc eir os d etid o s par a n eg oc iaç ão (9 34 ) 3 79 7 1 .9 74 .69 8 (2 53 .9 75 ) 20 .0 95 .01 6 5 .7 33 .28 4 Ac tiv o s n ão co rr ent es d eti do s par a ven d a 1 31 .51 0 (1 05 .9 75 ) Ou tro s act ivo s 2 09 .09 3 5 18 .53 6 8 .3 4 4.9 9 2 9 .3 6 6.8 3 4 Ac tiv o s f in anc eir os d isp on ív eis par a ven d a Cr édi to s a c lien t es Der iv ado s de c ob ert ur a A u men to s (di min u içõ es) de p assivo s o per acio n ais: Passi vo s fin an ceir o s d eti do s par a neg o ciaç ão Rec ur sos d e in stit ui çõ es de c réd ito Rec ur sos d e cli ent es e o u tr os emp rést imo s (9 34 ) 3 .79 7 (1 .9 27 ) 1 14 .06 3 6 .9 15 .88 8 7 .1 23 .06 1 Der iv ado s de c ob ert ur a Passi vo s não co rr ent es det id os p ara ven d a Ou tro s passi vo s Ca ix a lí qu i d a da s act iv id ad es o p er aci o nai s (3 58 .9 70 ) (1 99 .6 28 ) 6 .5 5 4.0 5 7 7 .0 4 1.2 9 3 7 3 5.6 1 9 (1 0 8.8 7 5 ) 32 .14 2 5 68 .64 4 FL U XOS DE CA I XA D A S A C TIV ID A D ES D E IN V ESTI M EN TO: V ariaç ão d e act ivo s tan g ívei s e i nt ang ív eis R ec ebi men to s d e d ivi den d os (2 ) V ariaç ão d e p artes d e cap ital em emp ressas fi liais e asso ciad as Ca ix a lí qu i d a da s act iv id ad es d e i nv est im en to (1 ) 1 .3 86 .14 2 3 2.1 3 9 1 .9 5 4.7 8 5 FL U XOS DE CA I XA D A S A C TIV ID A D ES D E F IN A N C IA M EN TO : A u men to d e c ap ital 5 40 .05 0 D i min u ação de c api tal (79 .2 75 ) Pag am ent o d e di vid en do s V ariaç ão d e p assi vo s sub o rd in ado s (… ) (4 25 .1 15 ) Ca ix a lí qu i d a da s act iv id ad es d e f in an c iam en to A u m en to (D im in u iç ão ) lí qu i d a de cai xa e seu s eq ui va len te s (4 73 .9 55 ) (5 0 4.3 9 0 ) 6 6.0 9 5 1 9 9.0 9 0 (1 .9 9 7.5 6 6 ) Ca ix a e seu s eq u iv alen t es n o in íc io d o exe rc íc io 3 .3 6 6.5 0 6 5 .3 6 4.0 7 2 Ca ix a e seu s eq u iv alen t es n o fim d o exer c íc io 3 .5 6 5.5 9 6 3 .3 6 6.5 0 6 R esp o n sáve l p ela C o n t abi li d ad e D ir ec ção M ar ia Jo sé F rei tas M elo Cam po s L icí ni o M an uel Prata Pi na Jo sé Pin to M en des Car lo s Al ber to Di as F ig u eired o J osé A nt ó ni o Ten reir o Pat ro cí ni o Lu ís Vid eir a Poç o Fr anc isco A lves C amp o s Jo sé C arlo s Car val ho Bat ista Relatório e Contas 2009 Página 42 Relatório e Contas 2009 Direcção Licínio M anuel Prata Pina José Pinto Mendes Carlos Alberto Dias Figueir edo José António Tenreiro Patrocínio Luís V ideira Poço Francisco Alves Campos José Carlos Carvalho Batista 3.090.773 Maria José Freitas Melo Campos (289.723) 8.510 (259.208) 1.036.664 4.760 (12.729) (31.056) 2.343.832 Responsável pela Contabilidade 3.380.496 8.510 (259.208) 173.911 4.760 (12.729) (31.056) (173.911) 1.163.546 (126.882) (126.882) 21.447.853 (259.208) 61.615 (140.890) 779.183 0 4.760 (12.729) (31.056) 21.173.060 Total (1.036.664) 779.183 72.573 862.753 2.517.743 Resultado do exercício 779.183 17.505.325 (8.510) 81.082 Outras Reservas e Res ultados Transitados Resul tados Outras Total reserva s transitados Saldos em 31 de De zembro de 2009 17.584.600 Capit al Reserva s de reavaliaçã o Impacto da adopção das NCA: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 Activos intangíveis IAS 38 Responsabilidades com pensões IAS 19 Pr émi o de antiguidade IAS 19 Encargos com saúde IAS 19 Impost os diferidos IAS 12 Pr ovisões IAS 37 Activos deti dos para venda IFRS 5 Aplicação do IAS 32 e I AS 39: Tí tulos de capi tal Diferi mento de comissões associ adas a operações de crédito Reavaliação de instrumentos fi nanceiros derivados De cobertura De negociação I mpacto na valorização dos el ementos cobertos por derivados de cobertura Mais valias potenciais Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizado Aplicação do resultado do exercício de 2008 Tr ansferênci a para reservas Distri buição de di videndos Remuneração de Capital Transferência de Reserva Reavaliação Impacto Correcção Impostos Diferidos 2008 Aumento de capital 61.615 Reembolso de capital (140.890) Resultado lí quido em 2009 Saldos em 31 de De zembro de 2008 IAS/IFRS P rémios de emissão Serra da Estrela 5.4. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO Página 43 Serra da Estrela 5.5. ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Serra da Estrela, C.R.L. (adiante designada por Caixa) é uma Instituição de Crédito constituída em 30 de Março de 1981, sob a forma de Cooperativa de Responsabilidade Limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2009 a Caixa opera através da sua sede, situada no Largo Marques da Silva, em Seia e com uma rede de distribuição, inicialmente composta por oito (8) balcões, actualmente alargada para quinze (15) balcões, por inerência da fusão por incorporação das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Tazem, de Fornos de Algodres e da Guarda e Celorico da Beira na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Seia, com alteração de denominação social para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, concretizada em 26 de Novembro de 2008, situados em sete concelhos do distrito da Guarda (Seia, Gouveia, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Guarda, Manteigas e Pinhel). Por inerência da fusão por incorporação atrás mencionada, a comparabilidade da evolução económicoD financeira (demonstração de resultados) encontraDse limitada, na medida em que no exercício de 2008 os resultados líquidos das três Caixas Agrícolas incorporadas foram apurados na data da concretização da fusão tendo sido reconhecidos em resultados transitados da Caixa Agrícola da Serra da Estrela. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo DecretoDLei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; Relatório e Contas 2009 Página 44 Serra da Estrela iii) Provisionamento do crédito e contas a receber D mantémDse o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais D valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009. O acréscimo de responsabilidades decorrente de alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Ainda de acordo com o referido Aviso, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008 o Banco de Portugal emitiu um novo Aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008) no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA. O impacto da introdução das NCA no exercício de 2008 encontraDse reflectido na Nota 3. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2009, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, é convicção da Direcção da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas. 2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96. Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA. 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade Relatório e Contas 2009 Página 45 Serra da Estrela das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registamDse no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entendeDse uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontramDse registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito Relatório e Contas 2009 Página 46 Serra da Estrela De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos DestinaDse a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa DestinaDse à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: D As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; Estarem em incumprimento há mais de: . Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; . Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. D iii) Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. Provisão para risco país DestinaDse a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção: D Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; D Das participações financeiras; D Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; D Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; D Das operações de financiamento de comércio externo de curtoDprazo, que cumpram as Relatório e Contas 2009 Página 47 Serra da Estrela condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito EncontraDse registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destinaDse a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: D 1,5% No que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; D 0,5% Relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; D 1% No que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica, activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica, passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas Relatório e Contas 2009 Página 48 Serra da Estrela decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bidDprice” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cashD flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cashDflows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantêDlos até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os Relatório e Contas 2009 Página 49 Serra da Estrela juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentes, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no DecretoDLei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo DecretoDLei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que, mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 2008, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, a descrever na Nota 32. vi) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registamDse por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, consideraDse que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos Relatório e Contas 2009 Página 50 Serra da Estrela fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nacional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: • Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cashDflows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: • As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. Derivados de cobertura TratamDse de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: Relatório e Contas 2009 Página 51 Serra da Estrela • Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do (s) risco (s) coberto (s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situarDse num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: • Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente. g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base Relatório e Contas 2009 Página 52 Serra da Estrela em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. h) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de Vida útil Imóveis de serviço próprio Despesas em edifícios arrendados Equipamento informático e de escritório Mobiliário e instalações interiores Viaturas 50 10 4 a 10 6 a 10 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2007 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: • A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. Relatório e Contas 2009 Página 53 Serra da Estrela Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade D Mundial S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: • Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerouDse a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; • Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiuDse a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiuDse o seguinte: • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e Relatório e Contas 2009 Página 54 Serra da Estrela sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicouDse somente aos participantes efectivamente casados, admitindoDse como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontraDse em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade D Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 7 e 9 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. l) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: • Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas Relatório e Contas 2009 Página 55 Serra da Estrela de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto nos capitais próprios da Caixa em 2009 no montante de 39.025 €, face ao valor evidenciado no exercício anterior: Valor Bruto Diferenças Resultantes de Alteração de Políticas Contabilísticas 31/12/2008 Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade Activos intangíveis Responsabilidades com pensões Prémio de antiguidade Encargos com saúde Impostos diferidos Provisões Activos detidos para venda Aplicação do IAS 32 e do IAS 39 Títulos de capital Diferimento de comissões associadas a operações de crédito Reavaliação de instrumentos financeiros derivados De cobertura De negociação Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura Mais valias potenciais Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizado 4. Impacto Fiscal Valor Líquido 1.475 IAS 16 e 36 IAS 38 IAS 19 IAS 19 IAS 19 IAS 12 IAS 37 IFRS 5 (4.760) 12.729 31.056 IAS 39 Cobertura de Resultados Transitados a 31/03/2009 (1.475) 37.550 Diferenças Resultantes de Alteração de Políticas Contabilísticas 31/12/2009 39.025 RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a totalidade dos elementos constantes no Balanço e da Demonstração de Resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal. Relatório e Contas 2009 Página 56 Serra da Estrela 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras 31D12D2008 1.504.276 75.942 1.580.218 1.255.749 158.466 1.414.214 1.580.218 1.414.214 Depósitos à Ordem no Banco de Portugal Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a receber De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos EstadosDMembros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. Relatório e Contas 2009 Página 57 Serra da Estrela 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades 31D12D2008 900.368 1.083.948 356.607 1.594.682 1.984.316 1.951.289 1.061 1.003 1.985.377 1.952.292 Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro: Organismos financeiros internacionais Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Sucursais de outras instituições de créditos nacionais Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Outras instituições de crédito Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a Receber Relatório e Contas 2009 Página 58 Serra da Estrela 7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros 31D12D2008 2.863 3.797 2.863 3.797 Instrumentos financeiros derivados Imparidade 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Sem informação. 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros 31D12D2008 2.036.092 61.394 2.036.092 61.394 Crédito e outros valores a receber Imparidade Relatório e Contas 2009 Página 59 Serra da Estrela 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição, que se resume exclusivamente às aplicações domiciliadas na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo: 31D12D2009 31D12D2008 Aplicações em Instituições de Crédito no País: No Banco de Portugal: Mercado monetário interbancário Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Outras aplicações Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra de acordo com revenda Aplicações subordinadas Outras aplicações 63.208.823 77.273.214 63.208.823 77.273.214 Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro: Bancos Centrais: Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Outras aplicações Organismos financeiros internacionais: Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Aplicações subordinadas Outras aplicações Relatório e Contas 2009 Página 60 Serra da Estrela (continuação) 31D12D2009 31D12D2008 Sucursais de outras instituições de crédito nacionais: Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Aplicações subordinadas Outras aplicações Em outras instituições de crédito: Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Aplicações subordinadas Outras aplicações Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura 63.208.823 77.273.214 63.208.823 77.273.214 Provisões Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: 31D12D2009 A té três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos M ais de ci nco anos Juros a receber Relatório e Contas 2009 31D12D2008 13.628.534 25.789.112 13.443.784 9.800.000 41.883.862 27.507.412 7.212.120 62.661.430 547.394 63.208.823 76.603.395 669.819 77.273.214 Página 61 Serra da Estrela 11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 C rédito interno M édio e longo prazos Empréstimos à habitação bonificado Empréstimos à habitação regime geral Empréstimos com garantia real Empréstimos sem garantia real Contratos de locação financeira Empréstimos subordinados (C A Seguros) C urto prazo Outros créditos Cartão crédito Outros créditos Créditos em conta c orrente Clientes Empresas do grupo Descobertos em depósitos à ordem Empresas do grupo Outros residentes C rédito ao exterior M édio e longo prazo Empréstimos C urto prazo Outros créditos Descobertos dep.ordem D não residentes Outros créditos a clientes 31D12D2008 28.903.487 34.395.649 19.241.830 19.783.677 23.017.379 20.877.326 872.001 542.480 7.141.667 6.256.959 139.330 90.693.963 145.532 70.623.353 119.272 119.272 Juros a receber C omissões assoc iadas ao custo amortizado: D espesas com encargo diferido Receitas com rendimento diferi do 289.986 402.529 (190.878) (190.878) (168.460) (168.460) 90.912.344 70.857.422 3.913.729 144.217 4.057.947 94.970.290 4.419.163 166.584 4.585.747 75.443.169 (3.833.587) (1.750.263) (5.583.850) (3.550.117) (1.481.913) (5.032.030) 89.386.441 70.411.139 C orrecções de valor dos activos que sejam objec to de cobertura Total crédito não vencido C rédito e juros vencidos C rédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos Para crédito de cobrança duvidosa Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 739.689 Euros e 601.797 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: Relatório e Contas 2009 Página 62 Serra da Estrela 31D12D2009 Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e cinco anos Mais de cinco anos 5.731.879 8.309.691 12.619.053 68.309.668 94.970.291 31D12D2008 1.413.524 3.387.376 11.681.867 58.960.402 75.443.169 Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a composição de créditos a clientes por sectores de actividade é a seguinte: Particulares: Habitação Consumo Outros Descobertos Descontos Conta corrente Empréstimos 31D12D2009 31D12D2008 28.903.487 6.385.413 19.783.677 5.044.369 139.330 872.001 7.141.667 51.528.393 94.970.291 145.532 542.480 6.256.959 43.670.152 75.443.169 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Sem informação. 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Sem informação. 14. DERIVADOS DE COBERTURA Sem informação. Relatório e Contas 2009 Página 63 Serra da Estrela 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31D12D2009 31D12D2008 1.548.326 1.411.316 1.548.326 1.411.316 1.548.326 1.411.316 (337.779) (65.429) 1.210.547 1.345.887 Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Equipamento Outros Outros activos não correntes detidos para venda: Filiais Associadas Outros activos não correntes detidos para venda Imparidade: Imóveis Equipamento Outros O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2009 e 2008 pode ser apresentado da seguinte forma: 31-12-2008 Valor bruto Imparidade Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros 1.411.316 1.411.316 65.430 65.430 31-12-2007 Valor bruto Imparidade Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros 1.657.916 1.657.916 76.370 76.370 31-12-2009 Aquisições Alienações Utilização de imparidade Dotações de imparidade Reposições de imparidade 210.010 210.010 (73.000) (73.000) (486) (486) 272.835 272.835 - Aquisições Alienações Utilização de imparidade Dotações de imparidade Reposições de imparidade 230.000 230.000 (476.600) (476.600) (10.940) (10.940) - - Valor bruto 1.548.326 1.548.326 Imparidade (337.779) (337.779) Valor líquido 1.210.547 1.210.547 31-12-2008 Valor bruto 1.411.316 1.411.316 Imparidade (65.430) (65.430) Valor líquido 1.345.886 1.345.886 16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Sem informação. Relatório e Contas 2009 Página 64 Serra da Estrela 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte: 31D12D2008 Descrição Valor Amortizações bruto acumuladas 31D12D2009 Amortizações Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Alienações Valor e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos 491.396 Edificios 1.528.115 Outros 1.154.400 (621.896) 175.237 (118.832) D D (84.290) 2.457.863 Obras em imóveis arrendados 491.396 (417.320) (30.762) 1.080.033 162.131 (43.159) 651.476 188.923 (10.369) 234.959 Outros imóveis 3.349.148 (1.158.049) 351.054 Mobiliário e material 191.679 (170.106) 10.014 (6.282) 25.305 Máquinas e ferramentas 202.163 (122.785) 5.263 (21.120) 63.520 Equipamento informático 274.756 (222.359) 3.888 (8.476) 47.809 Instalações interiores 169.770 (122.068) D (8.082) 39.620 Material de transporte 341.740 (129.351) D (31.258) 181.131 Equipamento de segurança 243.345 (186.973) 50.097 (12.131) 94.338 Outro equipamento 311.260 (280.886) 15.672 (13.304) 32.741 1.734.712 (1.234.528) 84.933 (100.653) 484.464 Equipamento: Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: Activos tangíveis em curso 459.756 39.493 5.543.615 (2.392.576) 475.480 (184.943) (443.338) 55.911 (443.338) 2.998.238 31D12D2007 Descrição Valor Amortizações bruto acumuladas 31D12D2008 Amortizações Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Alienações Valor e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos 491.397 Edificios 1.528.115 Outros 491.397 (386.557) (10.874) 1.110.795 (58.129) (1.601) 532.504 (6.269) (3.626) 56.404 (84.287) (16.101) 2.191.100 832.673 (601.360) 30.299 175.237 (131.153) 22.215 3.027.422 (1.119.070) 52.514 Mobiliário e material 219.959 (193.018) (1.765) 1.296 (2.824) (2.075) Máquinas e ferramentas 204.727 (122.595) 6 18.429 (11.028) (9.328) Equipamento informático 415.994 (409.154) D 48.469 (1.078) (1.834) Obras em imóveis arrendados 330.622 (19.889) Outros imóveis D 330.622 Equipamento: Instalações interiores 181.465 (125.114) (49) D (4.023) (4.577) Material de transporte 257.412 (190.579) 36.596 126.033 (15.558) 104.812 Equipamento de segurança 249.110 (180.427) (291) 365 (9.615) (2.770) Outro equipamento 341.337 (292.755) (7.273) 4.756 (14.241) (1.451) 1.870.004 (1.513.642) 27.224 199.349 (58.367) 82.777 21.573 (833) 79.378 52.397 47.702 (106.328) 212.388 56.372 30.373 (107.161) 500.184 Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: Activos tangíveis em curso 370.713 5.268.139 Relatório e Contas 2009 89.043 (2.632.712) 79.738 529.970 (142.654) 155.719 459.756 (107.161) 3.151.040 Página 65 Serra da Estrela 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte: e 31D12D2008 Descrição Sistema de tratamento automático de dados (software) Outros activos intangíveis Valor Amortizações bruto acumuladas 281.179 26.461 (281.179) (26.461) 307.640 (307.640) 31D12D2009 Amortizações Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Alienações Valor e abates líquido Activos intangíveis em curso 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição: Sector de actividade Nome da Empresa Sede Banca Seguros Ramo Real Prestação de Serviços e For. Ramo de Crédito Sect. Coop. Caixa Central CA Seguros CA Informática Fenacam Lisboa Lisboa Amadora Lisboa Participação efectiva (%) 31D12D2009 3,8716% 0,0002% 0,0908% 0,0011% Valor de balanço 31D12D2009 Valor de balanço 31D12D2008 4.910.280 50 10.690 37 4.910.280 50 10.690 37 4.921.057 4.921.057 Em 31 de Dezembro de 2009, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Empresa C aixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL Activo Situaç ão Resultado líquido líquida líquido 4.668.955.420 149.061.056 36.667.697 5.352.412 711.780 C rédito Agrícola Seguros S.A . 149.586.674 26.574.472 2.564.498 C rédito Agrícola Vida S.A. 797.607.681 43.198.647 6.015.353 9.591.823 3.443.949 277.143 C rédito Agrícola Informática S. A. C rédito Agrícola Serviços A CE Fenacam F CRL Relatório e Contas 2009 1.236.674 Página 66 Serra da Estrela 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 eram os seguintes: 31D12D2009 Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Pagamentos por conta Outros Imposto sobre o rendimento a recuperar 874.786 976.546 874.786 976.546 (4.688) (6.487) 870.098 970.059 103.504 103.504 68.353 68.353 Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar 44.164 103.504 Relatório e Contas 2009 31D12D2008 112.517 Página 67 Serra da Estrela O detalhe e o movimento ocorrido no activo e passivo por imposto diferido durante o exercício de 2009 foi o seguinte: 2009 Saldo Variação Variação em Adopção da em em Resultados em em 31D12D2008 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31D12D2009 . Activos tangíveis e imparidade Variação Saldo 3.056 (1.163) 1.063 2.957 50.647 2.757 (14.684) 38.721 1.323 76 (331) 1.068 . Activos intangíveis . Prémio de antiguidade . Encargos com saúde . Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa 414.583 19.047 (166.149) 267.480 Provisões para crédito vencido 491.531 143.592 (100.351) 534.773 1.149 20.352 21.501 Provisões para riscos gerais de crédito Provisões para riscos bancários gerais Provisão para aplicações financeiras Provisões para imóveis Provisões para outras aplicações Provisões para outros riscos e encargos . Pensões Reformas antecipadas 12 (12) (6.487) 4.753 Desvios actuariais Contribuição efectuada . Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (2.954) (4.688) . Reavaliação de instrumentos financeiros derivados . Valias fiscais . Prejuízos fiscais reportáveis . Comissões 15.394 (3.258) (3.848) 970.059 162.201 (259.208) 8.287 . Correcções no justo valor dos elementos cobertos . Valorização dos activos disponíveis para venda . Carteira de títulos detidos até à maturidade (2.954) 870.098 Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: 31.12.2009 Impostos correntes 31.12.2008 76.828 337.482 (159.246) (468.009) (159.246) (468.009) Total de impostos reconhecidos em resultados (82.419) (130.527) Lucro antes de impostos 696.764 1.033.019 Carga fiscal D11,83% D12,64% Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias Prejuízos fiscais reportáveis De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas Relatório e Contas 2009 Página 68 Serra da Estrela aos anos de 2005 a 2009 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2009. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto no exercício de 2009 pode ser demonstrada como segue: 2009 Taxa de imposto Resultado antes de impostos Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais Diferimento de comissões Activos não correntes detidos para venda Activos tangíveis e intangíveis Diferenças permanentes Mais valias na venda de participações financeiras Mais valias contabilisticas Mais valias na venda de outros activos tangíveis Menos valias na venda de outros activos tangíveis Correcções relativas exercicios anteriores Variações patrimoniais negativas Variações patrimoniais positivas Amortizações não aceites Outras diferenças permanentes Derrama Deduções à colecta Tributações autónomas 696.764 25,73% 179.292 24,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 169.042 0,00% 0,00% (0,06%) 0,00% 0,89% (11,28%) 0,68% 0,23% (6,17%) 2,14% (58,51%) 1,50% Imposto corrente sobre o lucro do exercício Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos Custo com imposto do exercício Relatório e Contas 2009 (412) 6.211 (78.595) 4.760 1.622 (43.011) 14.940 (407.665) 10.453 (143.362) 22,86% 159.246 2,28% 15.884 Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores Impostos correntes sobre os lucros Montante (98.303) D11,83% (82.419) Página 69 Serra da Estrela 21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Outros metais preciosos Devedores por operações sobre futuros Sector Público Administrativo IVA a recuperar Despesas a debitar a clientes Bonificações a receber Outros devedores diversos Outros Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Seguros Outras SAMS Outros Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar Operações activas a regularizar Outras Caixa PSC Acordos protocolares Compensação 31D12D2009 31D12D2008 2.740 3.215 663.248 702 666.689 459.886 19.665 482.766 68.697 76.666 17.468 217.395 2.400 288.492 248.451 342.585 602.352 433.051 100 62.750 100 52.937 110 486.198 665.202 Imparidade – Outros activos Outros devedores diversos Devedores Out Aplicações e Outros Activos (209.330) (209.330) 1.411.054 1.311.548 22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Sem informação. Relatório e Contas 2009 Página 70 Serra da Estrela 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Vendas a descoberto: Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Empréstimos de títulos: Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Instrumentos derivados com justo valor negativo Outros passivos financeiros 31D12D2008 2.863 3.797 2.863 3.797 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Sem informação. Relatório e Contas 2009 Página 71 Serra da Estrela 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Recursos de instituições de crédito no país Mercado monetário interbancário Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos # # 31D12D2008 172.442 174.370 172.442 # 174.370 # 172.442 174.370 Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Organismos financeiros internacionais Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Sucursais de outras instituições de crédito nacionais Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Outras instituições de crédito Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura: 31D12D2009 Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Relatório e Contas 2009 31D12D2008 172.442 174.370 172.442 174.370 Página 72 Serra da Estrela 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar Outros Juros a pagar 31D12D2008 40.260.736 46.909.046 57.875.970 163.329 37.343.583 40.290.982 60.381.855 21.229 502.737 758.280 145.711.818 138.795.929 Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: 31D12D2009 Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31D12D2008 82.992.865 44.563.852 12.304.367 1.729.939 4.120.795 145.711.818 80.737.401 37.839.870 12.512.025 7.706.633 138.795.929 27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Sem informação. 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Sem informação. 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Sem informação. Relatório e Contas 2009 Página 73 Serra da Estrela 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte: Saldos em 31D12D2008 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: D Créditos de cobrança duvidosa D Crédito e juros vencidos D RiscoDpaís Provisões: D Riscos gerais de crédito D Outros riscos e encargos D Riscos bancários gerais Reposições e anulações Reforços Transferências Saldos em 31D12D2009 D (426.495) D (426.495) D (5.722) D (5.722) 1.750.263 3.833.587 D 5.583.850 D D D D (33.133) D (33.133) 739.689 100.000 D 839.689 Utilizações 1.481.913 3.550.118 D 5.032.031 599.082 1.899.685 D 2.498.767 (330.732) (1.183.999) D (1.514.731) 601.797 135.677 D 737.474 174.615 5.688 D 180.303 (36.723) (8.232) D (44.955) 5.892 D D D D 5.892 (486) D D (486) D D D D D D 33.133 33.133 337.779 D 209.330 553.001 (1.560.172) (426.495) (5.722) 6.976.539 Transferências Saldos em 31D12D2008 D Imparidade D Imparidade de outros activos financeiros D Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos 65.430 D D 71.322 5.840.827 Saldos em 31D12D2007 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: D Créditos de cobrança duvidosa D Crédito e juros vencidos D RiscoDpaís Provisões: D Riscos gerais de crédito D Outros riscos e encargos D Riscos bancários gerais 272.835 D D 176.197 449.032 3.128.101 Reposições e anulações Reforços Utilizações 702.095 3.481.944 D 4.184.039 483.529 4.076.409 D 4.559.938 (1.089.854) (1.674.606) D (2.764.460) D (2.333.629) D (2.333.629) 1.386.143 D D 1.386.143 1.481.913 3.550.118 D 5.032.031 579.218 200.610 D 779.828 103.235 19.345 D 122.580 (80.656) (18.834) D (99.490) D (65.444) D (65.444) D D D D 601.797 135.677 D 737.474 1.392.035 D D D (1.386.143) 5.892 76.370 D D 76.370 D D D D (10.940) D D (10.940) D D D D D D D D 65.430 D D 65.430 6.432.272 4.682.518 (2.874.890) (2.399.073) D 5.840.827 Imparidade D Imparidade de outros activos financeiros D Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos Relatório e Contas 2009 Página 74 Serra da Estrela 31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo: Acções preferenciais Emitidos Readquiridos Outros instrumentos Emitidos Readquiridos 31D12D2008 269.900 299.355 269.900 299.355 269.900 299.355 Correcções de valor de passivos que sejam objecto de operações de cobertura 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Sem informação. Relatório e Contas 2009 Página 75 Serra da Estrela 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Responsabilidades com Pensões e Outros Benefícios Credores e outros recursos Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Imposto sobre o Valor Acrescentado Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Contribuições a entregar – Fundo de Pensões Outros credores Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados Comissões por operações sobre instrumentos financeiros Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Subsídio de morte Remunerações variáveis Outros SAMS Outros Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Outras Valores a regularizar Posição cambial Operações sobre valores mobiliários a regularizar Outras operações a regularizar Operações passivas a regularizar Transferências electrónicas Compensação Meios electrónicos de pagamento Outras operações internas Relatório e Contas 2009 31D12D2008 284.970 152.122 82.910 32.348 2.671 2.421 124.484 35.801 34.107 2.607 134.141 226.144 263.809 278.194 261.395 239.756 6.386 22.160 7.043 27.390 8.828 8.676 149.364 1.547 137.270 399.050 1.269.748 1.655.845 Página 76 Serra da Estrela 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontramDse registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: 31D12D2009 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Aceites e endossos Créditos documentários abertos Outros passivos eventuais Compromissos perante terceiros Contratos a prazo de depósitos Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores 31D12D2008 3.585.429 3.637.375 3.844.031 3.037.061 81.989 713.249 811.487 936.614 445.595 8.954.196 8.138.634 Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança Valores administrados pela instituição Outras 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte: N º de Titulos Accionistas: CCAM (por Incorporação de Reservas) Sócios da CCAM 31D12D2009 Total Capital % N º de Titulos 31D12D2008 Total Capital % 2.792.022 709.043 13.960.110 3.545.215 79,75% 20,25% 2.792.022 724.898 13.960.110 3.624.490 65,58% 34,42% 3.501.065 17.505.325 100,00% 3.516.920 17.584.600 100,00% Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. Relatório e Contas 2009 Página 77 Serra da Estrela 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: 31D12D2009 31D12D2008 Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidos De activos financeiros disponíveis para venda Outros instrumentos de capital Reserva legal Outras reservas Resultados transitados Lucro do exercício 72.573 81.082 72.573 81.082 3.333.741 46.755 (289.723) 3.090.773 779.183 3.942.528 2.471.376 46.367 (173.911) 2.343.832 1.163.546 3.588.460 Em conformidade com o disposto no DecretoDLei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo DecretoDLei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Relatório e Contas 2009 Página 78 Serra da Estrela 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Juros de disponibilidades em bancos centrais Depósitos à ordem no Banco de Portugal Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Juros de outras disponibilidades Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Créditos tomados D factoring Operações de locação financeira Mobiliária Imobiliária Operações de compra com acordo de revenda Outros créditos Particulares Habitação Operações de locação financeira Outros créditos Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Outros créditos 8.423 5.979 2.070.198 1.723.315 36.444 1.285.092 406.715 83.140 13.855 760.495 415.459 50.159 833.403 858.796 502.218 255.548 34.089 1.074.603 109.864 64.582 17.927 611.815 118.215 36.905 260.542 6.508.771 Relatório e Contas 2009 31D12D2008 5.129.010 Página 79 Serra da Estrela 31D12D2009 Crédito externo Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Créditos tomados D factoring Operações de locação financeira Mobiliária Imobiliária Operações de compra com acordo de revenda Outros créditos Particulares Habitação Operações de locação financeira Outros créditos Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Outros créditos Outros créditos e valores a receber (titulados) Emitidos por residentes Emitidos por não residentes Juros de activos titularizados não desreconhecidos Crédito a clientes D titularizado Crédito interno Crédito ao exterior Outros créditos e valores a receber D titularizados Juros de credito vencido Juros de investimentos detidos até à maturidade Títulos de dívida emitidos por residentes Títulos de dívida emitidos por não residentes Outros investimentos detidos até à maturidade Outros juros e rendimentos similares Relatório e Contas 2009 31D12D2008 1.252 417 3 2 481.354 17.257 7.009.053 10.011 5.139.023 Página 80 Serra da Estrela 38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no país no estrangeiro Juros de recursos de clientes e outros empréstimos Juros de passivos financeiros de negociação instrumentos financeiros derivados Juros de derivados de cobertura Juros de passivos subordinados Outras comissões pagas: operações de crédito Outros juros e encargos similares 31D12D2009 31D12D2008 9.727 8.007 2.259.580 1.655.358 3.071 2.272.378 1.018 1.664.383 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 31D12D2008 2 1 2 1 2 1 Activos financeiros disponíveis para venda Emitidos por residentes Emitidos por não residentes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos No estrangeiro Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos Outros instrumentos de capital Relatório e Contas 2009 Página 81 Serra da Estrela 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Por garantias prestadas Garantias e avales Fianças e indemnizações (contragarantias) Créditos documentários abertos Outras garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis 31D12D2008 76.474 38.620 76.474 38.620 57.834 50.774 57.834 50.774 9.027 5.752 13.545 1.157 48.382 7.697 1.033 33.594 91.776 55.804 280.269 58.637 23.570 153.121 1.780 189.491 1 35.924 161.431 18.974 907.561 1.897 131.670 1.249 21.251 107.781 15.308 562.560 Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito Outras operações sobre instrumentos financeiros Por serviços prestados Depósito e guarda de valores Cobrança de valores Administração de valores Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestão Comissão de emissão de unidades de participação Comissão de resgate de unidades de participação Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Montagem de operações Operações de crédito Por operações de factoring Outras operações de crédito Comissão de Abertura Comissão de Processamento Outras Comissões Outros serviços prestados Comissões Registos e Deslocação Cartões Outras comissões interbancárias Comissões de intermediação Colocação e Comercialização Outros Relatório e Contas 2009 Página 82 Serra da Estrela 31D12D2009 31D12D2008 15 15 162 162 Gestão de conta DO 105.298 62.609 Cheques 103.614 64.944 Extractos 980 1.257 61.513 32.848 2.148 430 22.007 1.337.873 1.658 253 21.702 837.387 Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa Em operações fora de Bolsa Outras operações realizadas por conta de terceiros Outras comissões recebidas Moras ou contencioso Moeda estrangeira Emissão de Caderneta Outras 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias recebidas Por compromissos assumidos por terceiros Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Operações de crédito Cobrança de valores Administração de valores Outros Transferência de valores Cartões Por operações realizadas por terceiros Outras comissões pagas CCCAM CCAM's Outras comissões 31D12D2009 31D12D2008 9.443 3.798 6.472 4.222 29.679 137.082 22.908 20.201 108.305 31 9.553 3 205.587 146.110 42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Sem informação. 43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Sem informação. Relatório e Contas 2009 Página 83 Serra da Estrela 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 31D12D2008 1.411 5.735 Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo 45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em activos não financeiros Outros activos tangíveis Outros Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Relatório e Contas 2009 31D12D2009 31D12D2008 5.500 (119.800) 5.500 (119.800) Página 84 Serra da Estrela 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: 31D12D2009 31D12D2008 Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos No estrangeiro Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos Ganhos em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Ganhos realizados Ganhos não realizados Propriedades de investimento Propriedades de investimento em locação financeira Propriedades de investimento em locação operacional Outras propriedades de investimento Ganhos realizados Ganhos não realizados Outros activos tangíveis Locação financeira Locação operacional Outros activos tangíveis Ganhos realizados Ganhos não realizados (reversão de menos valias) Outros activos não financeiros 10.720 10.720 Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional Ganhos em operações descontinuadas Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Outros 2.297 780 587.498 274.759 46.798 147.584 1.058.936 332.558 144.950 28.997 8.666 515.951 (continua) Relatório e Contas 2009 Página 85 Serra da Estrela Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo Outros encargos e gastos operacionais Anulação e juros vencidos Outros encargos e gastos oper. (31.024) (210.560) (9.587) (252.223) (116.093) (619.487) (8.679) 430.770 Outros Impostos (43.064) (112.829) (62.340) (218.233) (1.802) 306.636 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 31D12D2008 115.830 1.561.694 74.704 943.812 200.835 68.021 308.285 76.371 175.079 42.494 13.357 9.168 4.074 52.298 2.280.447 1.365.576 Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família Segurança Social SAMS Outros Outros encargos sociais obrigatórios: Subsídio por morte Outros Outros Encargos sociais facultativos Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 2009 e 2008 apresenta a seguinte composição: 2009 Direcção Chefias e gerência Quadros técnicos Administrativos Outros Relatório e Contas 2009 2008 7 3 1 48 2 7 3 1 48 2 Página 86 Serra da Estrela 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31D12D2009 Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância Limpeza Informações Bancos de dados Mão de obra eventual Outros serviços especializados: Estudos e consultas Consultores e auditores externos Tratamento de valores Avaliadores externos Outros serviços de terceiros Relatório e Contas 2009 31D12D2008 77.658 55.665 282 1.684 10.006 145.294 37.390 63.438 458 777 7.503 109.566 24.320 181.280 23.110 71.304 49.650 25.950 5.208 31.445 99.973 160.708 13.762 52.346 30.065 9.835 6.512 15.070 62.372 11.076 607.758 1.716 37.246 2.671 80.888 1.214 286.440 17.000 84.372 39.750 19.376 720 1.088 41.795 8.411 6.790 155.036 1.431.266 82.014 917.007 1.576.560 1.026.573 Página 87 Serra da Estrela 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: 2009 Outras empresas do Grupo Associadas Coligadas 2008 Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas Total Activos: Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.985.377 1.985.377 1.952.292 1.952.292 2.036.092 0 63.208.823 2.036.092 61.394 61.394 63.208.823 77.273.214 77.273.214 62.750 62.750 44.732 44.732 172.442 172.442 174.370 174.370 D 7.334 7.334 6161 6.161 9.727 0 205.587 9.727 8.007 8.007 205.587 136.557 136.557 2.078.621 2.078.621 1.729.294 1.729.294 0 302.203 0 302.203 0 266.458 0 266.458 Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Outros activos Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Custos: Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Gastos gerais administrativos Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: Garantias recebidas Compromissos perante terceiros Operações cambiais e instrumentos derivados As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. Relatório e Contas 2009 Página 88 Serra da Estrela 50. PENSÕES DE REFORMA Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros Fidelidade D Mundial, S.A. Os pressupostos utilizados a 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foram os seguintes: 31D12D2009 Tábua de mortalidade Taxa de rendimento do fundo de pensões Taxa técnica actuarial (desconto) Taxa de crescimento salarial Taxa de crescimento das pensões TV 88/90 5,52% 5,50% 3,00% 2,00% 31D12D2008 TV 88/90 4,50% 5,50% 3,00% 2,00% As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e subsídio por morte em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe: Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Empregados no activo . Reformados e pensionistas . Reformados antecipadamente . Cuidados de saúde (SAMS) . Subsídio por morte 31D12D2009 31D12D2008 603.254 675.336 159.370 762.624 675.336 Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo, fornecido pela entidade gestora 518.197 414.318 Valor não financiado 244.427 261.018 As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e subsídio por morte em 31 de Dezembro de 2009, assumindo os novos pressupostos para NCA, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe: Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Empregados no activo . Reformados e pensionistas . Reformados antecipadamente . Cuidados de saúde (SAMS) . Subsídio por morte 65.185 217.395 23.797 306.377 Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo, fornecido pela entidade gestora Valor não financiado 306.377 O valor não financiado corresponde ao aumento das responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade, da adopção de novos pressupostos financeiros, do reconhecimento das responsabilidades com Relatório e Contas 2009 Página 89 Serra da Estrela cuidados de saúde e subsídio por morte na reforma. Este valor poderá ser financiado ao longo de cinco anos com início em 2008, com excepção das responsabilidades com cuidados de saúde e alterações de tábua que poderão ser financiadas ao longo de sete anos, conforme disposto pelo Banco de Portugal. Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. 31D12D2007 Acréscimo de responsabilidades com pensões . Alteração da tábua de mortalidade . Alteração de pressupostos financeiros Benefícios de assistência médica (SAMS) Subsídio por morte Anos a diferir 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 6.920 83.723 90.643 9 7 769 11.960 12.729 769 11.960 12.729 769 11.960 12.729 769 11.960 12.729 769 11.960 12.729 769 11.960 12.729 769 11.960 12.729 769 D 769 769 D 769 279.507 33.317 9 7 31.056 4.760 31.056 4.760 31.056 4.760 31.056 4.760 31.056 4.760 31.056 4.760 31.056 4.760 31.056 D 31.056 D 48.545 48.545 48.545 48.545 48.545 48.545 48.545 31.825 31.825 403.467 De acordo com o Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal, o custo do exercício relativo a pensões inclui o encargo com os serviços correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado. O impacto global das alterações nas responsabilidades com pensões e outros benefícios dos empregados com referência a 1 de Janeiro de 2007 apresentam o seguinte detalhe: Impacto global Responsabilidades relativas a cuidados de saúde (SAMS) Subsídio por morte Reformas antecipadas diferidas no activo em 31.12.06 Aumento de responsabildiades relativo à alteração das taxas de desconto, de aumento de salários e de pensões Aumento de responsabildiades relativo à alteração da tábua de mortalidade Flutuação de valores, líquida de provisões em 1 de Janeiro de 2006 Aumento de responsabildiades com reformas antecipadas, por alteração de pressupostos Flutuação de valores no exercício de 2006 Alteração de pressupostos financeiros em 2006 Aumento de custo do exercício de 2006 Anos 279.507 33.317 9 7 7 Amortização em 2009 31.056 4.760 5 6.920 9 769 5 83.723 403.467 5 5 7 5 11.960 48.545 De acordo com o Aviso nº 4/2005, o reconhecimento em resultados transitados será efectuado de forma faseada, consoante seja relativo à alteração de tábua de mortalidade, à alteração de outros pressupostos relativos a responsabilidades com pensões e a cuidados médicos pós emprego. Responsabilidade a reconhecer em resultados transitados Valor não financiado Amortização em 2007 Flutuação de valores em 31 de Dezembro de 2007 Valor reflectido no activo (Nota 50) Relatório e Contas 2009 31D12D2009 31D12D2008 (48.545) (48.545) (48.545) (48.545) Página 90 Serra da Estrela O aumento efectivo das pensões foi de 0,00%. A Caixa dispõe de estudos que determinam o nível de aceitação das reformas antecipadas que efectua por parte da Segurança Social. Com base nos resultados desses estudos, durante o exercício de 2007 suportou directamente 0,00% do valor das pensões que seriam da responsabilidade da Segurança Social. Em 31 de Dezembro de 2009 e em 1 de Janeiro de 2009, o número de participantes do Fundo tem a seguinte composição: Empregados no activo Reformados e pensionistas Reformados antecipadamente 31D12D2009 01D01D2009 54 56 2 56 56 O movimento no Fundo de Pensões durante o exercício de 2009 foi o seguinte: Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2008 414.318 Contribuições da Caixa Contribuições dos empregados Rendimento líquido do Fundo Pensões pagas SAMS pago pelo Fundo de Pensões Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2009 67.986 16.881 28.750 (8.108) (1.630) 518.197 Relatório e Contas 2009 Página 91 Serra da Estrela 51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco de crédito Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros. Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2009 a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue: Tipo de instrumento financeiro Valor bruto Imparidade Valor líquido Patrimoniais: Crédito a clientes Derivados de cobertura Disponibilidades em outras instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito Extrapatrimoniais: Garantias prestadas Compromissos irrevogáveis Relatório e Contas 2009 Página 92 Serra da Estrela Risco Risco de liquidez Prazos residuais Em 31 de Dezembro de 2009, os prazos contratuais residuais relativos aos activos e passivos financeiros apresentam a seguinte composição: "on demand" até 1 mês de 1 mês até 3 meses de 3 meses a 1 ano de 1 ano a 5 anos mais de 5 anos Indeterminado Total Taxa de juro média Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Derivados de cobertura 1.580.218 1.985.377 3.565.595 - 14.175.927 5.731.879 19.907.806 25.789.112 8.309.691 34.098.803 2.863 23.243.784 12.619.053 35.865.700 68.309.668 68.309.668 - 1.580.218 1.985.377 2.863 63.208.823 94.970.291 161.747.572 0,00% 0,20% 0,00% 4,29% 7,67% 0,00% 40.763.473 40.763.473 - 42.229.392 42.229.392 44.563.852 44.563.852 14.034.304 14.034.304 172.442 4.120.795 4.293.237 - 172.442 145.711.816 145.884.258 4,86% 1,96% 0,00% 0,00% 44.329.068 - 62.137.198 78.662.655 49.900.004 72.602.905 - 307.631.830 Passivos Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Derivados de cobertura Outros passivos subordinados Relatório e Contas 2009 Página 93 Serra da Estrela Risco cambial Em 31 de Dezembro de 2009, os montantes globais dos activos e passivos financeiros por moeda, convertidos para Euros, apresentam a seguinte composição: Taxa de juro média Euros Dólares Norte Americanos Taxa de juro média (…) Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Derivados de cobertura (…) 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% D 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% D D D D D D D D 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% D Passivos Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Derivados de cobertura Outros passivos subordinados (…) 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% D D D D D D D D D D D Risco de mercado Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cashDflows dos instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo: D D D risco cambial risco de taxa de juro outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados (excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado. Análise de sensibilidade O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do “ValueDatDRisk” (VaR), sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos gerados pelos instrumentos financeiros. Risco cambial Os valores apurados de Value at Risk podem ser decompostos da seguinte forma: Value at Risk Máximo Médio 31D12D2008 Mínimo VaR de mercado: Taxa de juro Cambial Acções Spread Efeito diversificação D Relatório e Contas 2009 D D D Página 94 Serra da Estrela O Value at Risk pode ser decomposto por moeda como segue: Value at Risk Máximo Médio 31D12D2008 Mínimo Moeda: EUR USD CAD (…) Efeito diversificação D Relatório e Contas 2009 D D D Página 95 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 96 Serra da Estrela 6. MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DE ASSOCIADOS O movimento associativo no decurso do exercício de 2009 apresentaDse no quadro seguinte: Mapa da Movimentação de Associados Associados em 31/12/2008 8.560 Associados Admitidos 82 Associados Demitidos 89 Associados em 31/12/2009 Relatório e Contas 2009 8.553 8.553 Página 97 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 98 Serra da Estrela 7. MENSAGEM DA DIRECÇÃO Como já referido no plano de actividades para o corrente exercício, o ano de dois mil e nove não foi um ano de referência positiva para a banca Nacional e Internacional. O modelo de negócio do Crédito Agrícola, foi colocado sobre pressão com a crise que se instalou mas fundamentalmente com as medidas antiDcrise que o BCE resolveu levar por diante na tentativa de inverter o ciclo económico. A confortável liquidez do crédito agrícola veio manifestarDse perversa para a conta de resultados. Com os mercados interbancários secos, e com as disponibilidades injectadas pelo BCE o resultado para o crédito agrícola veio colocar o nível de taxas de juro oferecidas aos clientes anormalmente muito baixas e consequentemente difíceis de gerir. Por outro lado a grande pressão sobre as Euribores acrescidas da exposição elevada que a CCAM SE tem a este indexante, quer em carteira de crédito habitação quer em crédito aos municípios, vieram transformar o exercício findo numa grande operação de imaginação bancária. Acresce ainda que a carteira de crédito recebida de algumas antigas Caixas vinha já sobre pressão de incumprimentos e com a escalada galopante das obrigações decorrentes do Aviso 3/95 do Banco de Portugal. Apesar de todas estas dificuldades a CCAM SE, não abrandou o ritmo de trabalho e antes pelo contrário foi sempre imprimindo na estrutura uma grande motivação comercial. Foi o primeiro ano de consolidação e foi também um ano de crescimento de negócio, apesar de todas as contrariedades já referidas. A equipa de profissionais com que a CCAM SE hoje conta, foram de uma dedicação e empenho a todos os níveis notáveis. Pena é, que com factores externos a CCAM SE não possa corresponder a esse esforço e dedicação, como mereciam. Vimos ao longo do ano projectos diversos realizados, outros adiados e outros inexequíveis. É assim a vida das instituições que vivem e pretendem crescer em regiões desfavorecidas e que contribuem para o desenvolvimento local, criando emprego e acrescentando valor à região. Os obstáculos encontrados não nos fizeram baixar os braços e continuamos com os projectos que tínhamos embora derrapado no tempo mas com a meta traçada para o ano 2014 como a 2º instituição da região em termos bancários. A confiança que os nossos Relatório e Contas 2009 Página 99 Serra da Estrela clientes e associados demonstraram nesta instituição alimentam o nosso trabalho e consolidam a nossa vontade de poder oferecer à região uma instituição de grande prestígio e contribuir fortemente para o seu desenvolvimento. Temos, hoje relações comerciais com os sete municípios, participamos e ganhamos os concursos quase todos abertos pelas autarquias, apresentámoDnos onde nunca antes o Crédito Agrícola tinha sido notado, estamos disponíveis para continuar esta relação local contribuindo com a nossa modesta parte no seu desenvolvimento. É em tempos de crise que se reconhecem os audazes e se encontram as melhores soluções sustentadas. O futuro desta instituição será sempre garantido por uma gestão sã e prudente, por uma equipa profissional competente e dedicada e uma estrutura de capitais próprios robusta. A Direcção, Licínio Manuel Prata Pina José Pinto Mendes Carlos Alberto Dias Figueiredo José António Tenreiro Patrocínio Luís Videira Poço Francisco Alves Campos José Carlos Carvalho Batista Relatório e Contas 2009 Página 100 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 101 Serra da Estrela 8. PROPOSTA DE DISTRUBUIÇÃO DE RESULTADOS Em função dos resultados apurados no exercício de 2009, a Direcção propõe à Assembleia Geral a seguinte distribuição, de acordo com o estipulado pelo artigo 33º e 34º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, CRL: Mapa de Distribuição Distribuição dos Resultados de 2009 Resultados Líquidos do Exercício 779.183,04 % Total Resultados Transitados 289.723,14 37,18% Reserva Legal 343.180,29 44,04% Reserva para Formação e Educação Cooperativa 300,00 0,04% Reserva para Mutualismo 100,00 0,01% Reserva para Remuneração dos Títulos de Capital 59.000,00 7,57% Remuneração de Capital 86.879,61 11,15% Proposta para reforço de capital social da CCAM da Serra da Estrela: Transferência de Reservas para Capital Social Capital Social 1.02 1.027.245,0 7.245,00 ,00 % Total Reserva Legal 1.000.000,97 97,35% Reserva Especial 15.614,38 1,52% Outras Reservas 11.629,65 1,13% A Direcção, Licínio Manuel Prata Pina José Pinto Mendes Carlos Alberto Dias Figueiredo José António Tenreiro Patrocínio Luís Videira Poço Francisco Alves Campos José Carlos Carvalho Batista Relatório e Contas 2009 Página 102 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 103 Serra da Estrela 9. PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela reunido no dia 12 de Março de 2010, encontrandoDse presente os membros José Manuel de Lima Toscano Pessoa e Alcides Soares Henriques após análise do Relatório e Contas do exercício do ano de 2009 deliberou por unanimidade o seguinte: 1. Considerar validamente apresentadas as contas nos termos propostos e bem assim nos da certificação legal da responsabilidade da sociedade Diz, Silva & Duarte, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas; 2. Recomendar consequentemente à Assembleia Geral a realizar no dia 26 de Março a sua aprovação; 3. Concordar com a proposta de distribuição de resultados aprovada pela Direcção. Seia, 12 de Março de 2010 O Conselho Fiscal, José Manuel de Lima Toscano Pessoa Alcides Soares Henriques Relatório e Contas 2009 Página 104 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 105 Serra da Estrela 10. 10. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS Relatório e Contas 2009 Página 106 Serra da Estrela Relatório e Contas 2009 Página 107