Bilateria Lophotrochozoa Filo Platyhelminthes - ECOEVOL

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Bilateria
Lophotrochozoa
Filo Platyhelminthes
Os animais bilaterais
• Apenas 1 plano divide o corpo em duas
partes iguais - o plano sagital
• Mais de 99% das espécies animais
Facilitar encontro do alimento
Os animais bilaterais
• Movimento perpendicular ao gradiente
ambiental
• Eixo dorso-ventral
– dorso interage com a água circundante
– ventre com o substrato
Os animais bilaterais
• Polarização do corpo ao longo do gradiente
locomotor resultou no eixo ântero-posterior
• Região anterior – sentir o ambiente e
transmitir informações para o resto do
corpo – cefalização – concentração do
sistema nervoso – neurônios e órgãos
sensoriais – cérebro anterior e cordões
nervosos longitudinais geralmente pares –
animais muito grandes com axônios
gigantes- transmissão rápida
Os animais bilaterais
• Músculos majoritariamente estriados –
contração mais rápida (pólipos a
musculatura é lisa)
Os animais bilaterais
• Animais suspensívoros sésseis não possuem
cefalização e seu aparato de captação
alimento (geralmente coroa de tentáculos)
tem simetria mais ou menos radial –
alimento chega de todas as direções
• Quando o alimento chega em apenas 1
direção - possuem aparato de captação
alimento com simetria bilateral
Os animais bilaterais
Origem dos Bilateria
• O ancestral foi um organismo semelhante a
larva plânula de cnidários
• Outra visão é que se originaram de um
ancestral celomado por pedomorfose
Termo Verme
• Não é um grupo monofilético
• Invertebrados sem pernas, compridos e
bilaterais
Filo Platyhelminthes
• 20 mil espécies
• Maioria aquáticos, pequenos, de corpo mole que não
se enterram
• 1mm a vários metros
• Corpos achatados dorso-ventralmente – forma de
folha ou fita (platys = achatado + helmins = verme)
• Vida livre, comensais e parasitas (ecto e endo)
Filo Platyhelminthes
• Triploblásticos – ecto, endo e mesoderma
Mesoderme e a cavidade do corpo (celoma)
Acelomados – sem
cavidade - mesoderme
forma uma massa entre o
intestino e a parede externa
do corpo
Pseudocelomados – com
cavidade preenchida por
fluído, entre a mesoderme
e a endoderme
Celomados - a cavidade se
forma dentro da mesoderme
Filo Platyhelminthes
• Acelomados – a
única cavidade
do corpo é o
intestino –
mesoderma
origina o
parênquima
Filo Platyhelminthes
•
•
•
•
Possuem tecidos e órgãos
Cefalização
“Órgãos excretores”
Sem sistema circulatório e respiratório –
difusão - distâncias curtas – nutrientes,
gases e resíduos
• Espécies parasitas (Cestoda) sem trato
digestivo
Filo Platyhelminthes
Parede do corpo
• Epiderme ciliada – cada célula com vários
cílios – principalmente na superfície ventral
• Epiderme bastante glandular - glândulas
localizadas totalmente na epiderme ou
“submersas”
– Células glandulares com rabditos – muco para
locomoção e para revestimento protetor
– Glândulas adesivas ou ventosas musculares para
fixação no substrato
Órgão duoglandular
• 2 tipos de células
glandulares
•Viscosa (adesivo)
• liberadora
(antiadesivo)
• células de ancoragem
Filo Platyhelminthes
• Nos grupos parasitas a epiderme não é
ciliada e forma uma camada sincicial (=
neoderme)
Filo Platyhelminthes
• Durante o desenvolvimento, a epiderme
embrionária é descartada e substituída
por neoblastos do parênquima
• O corpo celular do neoblasto fica abaixo
da lâmina basal
• Neoderme acelular sem espaços
intercelulares – toda substância precisa
entrar intracelularmente através do
sincício
Fig 10.33
Filo Platyhelminthes
• Camadas de fibras musculares (circulares,
longitudinais e diagonais) abaixo da
epiderme
• Geralmente espécies pequenas movem-se
por deslizamento ciliar e espécies maiores
por contração muscular
• Parênquima: fibras e células
Filo Platyhelminthes
Digestão
• Quando presente, o trato digestivo é em
fundo cego (= incompleto), em forma de
saco (geralmente em espécies menores) ou
ramificado (geralmente em espécies
maiores – cecos)
• Boca geralmente médio-ventral nos
Turbellaria ou, quando presente nas
espécies parasitas, é anterior
• Faringe é extensível (ex. planária) ou não
Filo Platyhelminthes
• Faringe simples – bactérias, protistas e
algas
• Faringe plicada – predadores e parasitas
• Alimento pré-digerido pelas enzimas das
glândulas faríngeas – conteúdo parcialmente
líquido é sugado pela faringe
• Faringe sugadora predispôs ao parasitismo
• Acoela - sem cavidade digestiva
– Boca abre diretamente dentro do sincício
digestivo
– Muitos com zooxantelas e zooclorelas no
parênquima
Filo Platyhelminthes
• Alimentam-se de tecidos animais –
predadores, saprófagos ou parasitas
• Planárias detectam presas por
quimioreceptores
• Envolvem a presa em muco – enrolam-se nela
e a sugam com a faringe
Filo Platyhelminthes
• Monogêneos e trematóides se alimentam
dos fluídos corpóreos dos hospedeiros;
cestóides absorvem nutrientes dos
hospedeiros
• Digestão extracelular e intracelular
• Egestão através da boca
Filo Platyhelminthes
Excreção e osmorregulação
• Protonefrídeos com células-flama
• Ausente em espécies marinhas osmorregulação
• Restos metabólicos eliminados por difusão
Filo Platyhelminthes
Sistema nervoso
• Encéfalo – massa bilobada de gânglios
• Cordões nervosos longitudinais (1 a vários –
planárias tem 2 cordões ventrais)
• Nervos conectivos formam um padrão
parecido com escada
• Ocelos, estatocistos, quimio e
mecanorreceptores
Filo Platyhelminthes
Regeneração
• Fragmento de 1/300 do tamanho do corpo regenera
organismo inteiro
• Células epidérmicas selam o machucado e abaixo
massa de neoblastos – corpo diferencia-se dos
neoblastos
• Neoblastos podem surgir de células diferenciadas
(ex. musculares) ou de células totipotentes do
parênquima
• Polaridade cabeça-cauda
• Cabeças se diferenciam mais rapidamente nas
fatias mais anteriores do animal
• Fatias muito finas perdem a polaridade – bicho com
2 cabeças! – precisa haver uma diferença de
concentração
Filo Platyhelminthes
Reprodução Assexuada
• Por fissão (geralmente transversal) e
brotamento
Filo Platyhelminthes
Reprodução Sexuada
• Hermafroditas – fertilização interna com
cópula, geralmente cruzada
• Na maioria o pênis é inserido no gonóporo
feminino ou comum (um único gonóporo para
os sistemas feminino e masculino) ou há
impregnação hipodérmica
• Acoela não possuem ovidutos e depositam os
ovos pela boca ou ruptura temporária do
corpo
Filo Platyhelminthes
Reprodução Sexuada
• Ovos endolécitos – vitelo dentro do ovo
• Ovos ectolécitos – condição derivada – ovos com
pouco ou nenhum vitelo – células do vitelário – ficam
ao redor do embrião dentro da cápsula do ovo
• Ovos podem ser envolvidos em casulos, estágio
larval nas espécies marinhas, jovens nas terrestres
• Ovos com cápsulas protetoras podem ter préadaptado o hábito parasita
• Algumas espécies de água doce possuem ovos de
verão (com cápsula fina e desenvolvimento curto) e
de resistência (cápsula espessa e desenvolvimento
longo – resistente e dormente)
Filo Platyhelminthes
Classificação
• 4 Classes: Turbellaria, Trematoda,
Cestoda e Monogenea (segundo Hickmamm et
al, 2007)
• As 3 últimas são exclusivamente parasitas e
formam o clado Neodermata (neoderme –
camada sincicial)
Filo Platyhelminthes
Adaptações para o parasitismo
– Ajustar a morfologicamente e fisiologicamente
para viver dentro ou sobre um hospedeiro
– Localizar e invadir um novo hospedeiro
(1) glândulas/órgãos de penetração
(2) órgãos para adesão
(3) glândula para formação de cistos
(4) aumento da capacidade reprodutiva
Classe Turbellaria
Filo Platyhelminthes – Classe Turbellaria
• Maioria de vida livre, mas alguns comensais
e parasitas
• Mar (maioria), água doce (geralmente no
fundo) e ambientes terrestres úmidos
(embaixo de troncos e pedras – poucas
espécies)
• Grande maioria bentônicos
• Espécies marinhas geralmente coloridas
• 0,5-50cm comprimento
• Rastejantes – muco, cílios e musculatura
• Boca ventral
Fasciola
Schistosoma
Classe Trematoda
Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda
• Endoparasitas de vertebrados
• Trato digestivo, respiratório, circulatório, excretor
e reprodutivo do hospedeiro
• Forma foliácea
• 0,2-6cm de comprimento
• Canal alimentar bem desenvolvido, boca anterior,
faringe suga células e fragmentos de células, muco,
fluido ou sangue
• Ventosa oral circunda a boca e muitos também com
ventosa ventral (= acetábulo) mediano-ventral ou
posterior
• Anaeróbicos facultativos
Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda
• Ciclo de vida complexo (2 ou + hospedeiros)
– hospedeiro intermediário (geralmente um
caramujo – rep. assexuada) e definitivo
(vertebrado – rep. sexuada)
• Ovo (nas fezes) - miracídio (larva ciliada
livre natante penetra no caramujo) –
esporocisto (mitoses) – rédia (mitoses) –
cercária (sai do caramujo) – metacercária
(ingerida pelo hosp. definitivo) - adulto
Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda
• Se existir um segundo hospedeiro
intermediário (geralmente artrópodo ou
peixe) – cercária penetra no segundo hosp.
intermediário e encista como metacercária
– metacercária livre ou o hospedeiro são
ingeridos pelo hosp. definitivo
Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda
Fasciola hepatica: apodrecimento do fígado em
ovelhas e outros ruminantes
Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda
• Schistosoma mansoni – esquistossomose
• Dióicos – machos maiores que as fêmeas e
possuem um sulco ventral (= canal
ginecóforo) que envolve a fêmea por toda a
vida
Ovos nas fezes ou urina
Na água eclodem miracídios
que penetram no caramujo
Biomphalaria
Esporocistos
Cercárias saem do caramujo e
entram no ser humano, perdem
caudas, entram na corrente
sanguínea, fígado, outros
órgãos
Ovos depositados nos capilares
intestinais causam ulceração,
abscessos, diarréia sangrenta
com dor abdominal
Filo Platyhelminthes – Classe Trematoda
Coceira do nadador
Dermatite provocada por penetração incompleta
das cercárias de trematódeos de aves no homem
Classe Cestoda
Filo Platyhelminthes – Classe Cestoda
• Tênias
• Corpos longos e achatados
• Escólex (fixação), colo e estróbilo (conjunto de
proglótides)
• Colo – formação de novas proglótides – proglótides
jovens na região anterior e maduras na posterior
• Sem sistema digestivo
• Adulto com epitélio sem cílios sincicial e com
muitos microtricos (projeções espinhosas)
• Até 25m de comprimento
• Pelo menos 2 hospedeiros: intermediário e um
definitivo
Escólex
rostelo
ventosa
Filo Platyhelminthes – Classe Cestoda
• Tênias
• Uma proglótide é fertilizada por outra (do mesmo
indivíduo ou não)
• Embriões envolvidos por uma cápsula no útero da
proglótide – expelidos por 1 poro uterino ou a
proglótide inteira é liberada quando atinge a parte
posterior
• Mais de mil espécies – maioria não causa danos
severos
Filo Platyhelminthes – Classe Cestoda
• Taenia saginata – gado
• Jovens no músculo do gado
• 4 ventosas, sem ganchos, 10m ou +, até 2 mil
proglótides
• Proglótide gravídica rompe quando seca - espalha os
embriões no solo (viável por até 5 meses)
• Gado ingere – larvas (= oncosferas) eclodem e
rompem a parede intestinal com seus ganchos –
corrente sanguínea ou linfática – músculos
esquelético – encistam (= cisticercos, vermes da
bexiga) – carne crua ingerida pelo hosp. definitivo a
parede do cisto dissolve, o escólex se evagina e
começa produzir proglótides – adulto em 2 a 3
semanas
Filo Platyhelminthes – Classe Cestoda
•
•
•
•
Taenia solium – porco
Ventosas e ganchos
Muito mais perigosa
Embriões migram para qualquer órgão
(cérebro, olho) e formam cisticercos
• Cegueira, sintomas neurológicos sérios e
morte
Gyrodactylus
háptor
Classe Monogenea
háptor
Filo Platyhelminthes – Classe Monogenea
• Ectoparasitas de peixes (brânquias e superfícies
externas)
• Alguns parasitam tartarugas e rãs (bexiga) e
hipopótamos (olho)
• 1-20mm de comprimento
• 1 hospedeiro apenas
• Ovo – larva oncomiracídio com ganchos – se fixa no
hospedeiro
• Muco e células superficiais do hospedeiro – alguns
secretam enzimas e se alimentam também de
sangue
Filo Platyhelminthes – Filogenia
• Classificação tradicional - grupo artificial parafilético
• Estudos moleculares mostram que uma
ordem da Classe Turbellaria (Acoela) – não
são platelmintos, sendo os Bilateria vivos
mais antigos – grupo irmão de todos os
outros Bilateria - sem tubo digestivo
(espaços temporários no parênquima –
digestão só intracelular) - rede nervosa
difusa - sem sistema excretor
Bibliografia desta aula
• Ruppert et al., capítulo 10
• Brusca & Brusca, capítulo 10
• Hickman et al., capítulo 14
Bibliografia para a próxima aula
Annelida
• Ruppert et al., capítulo 13
• Brusca & Brusca, capítulo 13
• Hickman et al., capítulo 17
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