MICROBIOTA INTESTINAL CULTIVÁVEL DE ROBALO

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XIV Encontro Brasileiro de Patologistas de Organismos Aquáticos (XIV ENBRAPOA) - 2016 - Florianópolis/SC
PO028 - MICROBIOTA INTESTINAL CULTIVÁVEL DE ROBALO FLECHA
(Centropomus undecimalis)*
Maria José T. Ranzani-Paiva1, Bruno S. Bonifácio2; Maria Karolline S. Ramos2;
Antenor A. Santos2; Wemeson F Silva2 & Katya S. Patekoski2
Pesquisador Científico - Instituto de Pesca (IP) - APTA/SAA - São Paulo/SP
[email protected]
1-
2-
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP [email protected]
Laboratório de Impacto Ambiental e Histopatologia - LIAH do Centro Universitário
Adventista de São Paulo – UNASP/SP [email protected]
3–
Dentre as espécies de peixes nativas existentes no Brasil, o Centropomus undecimalis
(robalo flecha) destaca-se como uma das mais importantes economicamente. Estudos
com esta espécie geralmente envolvem seus hábitos alimentares, distribuição,
aspectos reprodutivos, dentre outras características, porém, dados sobre sua
microbiota intestinal e sobre a ação de probióticos sobre a mesma são escassos. Este
estudo teve como objetivos caracterizar a microbiota intestinal cultivável de robalos
flecha e verificar a influência do probiótico Bacillus subtilis na ocorrência de bactérias
ácido-láticas. Neste estudo foram utilizados 1.440 alevinos, estocados em 12 tanquesrede de 1,0x1,0x1,3 metros, na densidade de 92,31 peixes m -3, na região da Praia da
Lagoinha – Ubatuba/SP. O delineamento experimental foi totalmente casualizado,
sendo realizados dois tratamentos com o probiótico, Bacillus subtilis, mais o grupo
controle, totalizando 3 tratamentos, com quatro réplicas simultâneas. Foi utilizado o
probiótico comercial, Bacillus subtilis, com 10-9 UFC g-1. As dosagens utilizadas foram
aquelas recomendadas comercialmente, sendo de 5g e 10g de probiótico por kg de
ração. O probiótico foi administrado diretamente na ração, conforme recomendação do
fabricante. O intestino de 26 exemplares juvenis (8 do grupo controle; 9 dos grupos de
5g e 10g) foi macerado e suspenso em salina a 0,85% (1g:10mL), com 3 diluições
seriadas. Em seguida, 100uL de cada diluição e tratamento foi semeado em duplicata
no Man Rogosa Sharpe (MRS), para bactérias ácido-láticas e o tratamento controle foi
semeado em Ágar sangue (AS), para microbiota total. As bactérias com morfologia
diferente em cada meio, para cada tratamento, foram isoladas e preservadas. Foram
isoladas 130 bactérias do AS, com média de 15 (4-24) bactérias morfologicamente
diferentes por peixe. Verificou-se 156 bactérias no MRS, com maior média (6,3; 1-13)
de bactérias com morfologia distinta no grupo de 5g, comparando-se com os grupos
controle e 10g (média de 4,3; 1-10). Os resultados indicam que a administração de 5g
de Bacillus subtilis kg-1 de ração interfere na ocorrência de bactérias ácido-láticas
intestinais de robalo-flecha, porém, testes complementares são necessários para
confirmar este resultado. Experimentos posteriores serão realizados para a
identificação de todas as bactérias, além da avaliação do potencial probiótico das
bactérias ácido-láticas encontradas.
*Projeto com financiamento CNPq 405545-2012-6
035
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