insetos polinizadores melhoram produtividade agrícola

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TECNOLOGIA
INSETOS POLINIZADORES MELHORAM PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA
QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016 | EDITOR GERAL | DEIXE UM COMENTÁRIO
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O aumento da quantidade e da diversidade de insetos polinizadores como as abelhas em áreas de plantio é uma estratégia barata e sustentável para
melhorar o rendimento de diversas culturas agrícolas em pequenas e grandes propriedades. A constatação está no artigo “Resultados mutuamente
benéficos para diversidade de polinizadores e produtividade agrícola em pequenas e grandes propriedades”, publicado na revista científica Science no
dia 22 de janeiro de 2016 e é fruto de um estudo internacional realizado com a coparticipação da Embrapa.
Os resultados publicados no artigo fazem parte do projeto Conservação e Manejo de Polinizadores para uma Agricultura Sustentável, através da
Abordagem Ecossistêmica, executado com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), órgãos ligados à Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e coordenado no Brasil pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O estudo da Science analisou dados coletados em 33 culturas agrícolas que dependem em algum grau de polinizadores em 344 áreas, pequenas e
grandes propriedades na África, Ásia e América Latina. No Brasil, foram incluídos dados coletados sobre caju, canola, maçã, tomate, melão e algodão,
sendo as duas últimas culturas estudadas pela Embrapa Semiárido (PE) e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), respectivamente.
Os resultados mostram que a intensificação ecológica, que no jargão científico significa melhorar a produtividade das culturas por meio da gestão da
biodiversidade, pode ser uma saída para o aumento da produção de alimentos, especialmente nos países mais pobres.
A análise dos dados mostrou que em áreas pequenas (menores do que dois hectares), um aumento da densidade de polinizadores leva a um aumento
constante da produtividade. Já em grandes áreas (campos com mais de dois hectares) os benefícios só foram detectados quando a diversidade de
espécies era elevada.
“A intensificação ecológica tem sido proposta por ecólogos como uma saída para manter a produção agrícola em áreas pequenas. O pequeno produtor,
que não tem recursos para comprar insumos, pode se beneficiar da própria biodiversidade local para produzir alimentos”, explica a pesquisadora Carmen
Pires, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. “Manter polinizadores e outros insetos benéficos é utilizar um serviço que a própria natureza
oferece gratuitamente”, complementa.
Os autores afirmam ainda que a polinização deve ser considerada um insumo crítico na gestão das áreas agrícolas, e que a intensificação ecológica cria
cenários do tipo “ganha-ganha” entre a biodiversidade e o rendimento das culturas, contribuindo dessa maneira para o desenvolvimento de sistemas
agrícolas mais sustentáveis.
Abelhas aumentam produtividade do algodão em 18%
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A contribuição da Embrapa no estudo deteve-se nas culturas do algodoeiro e meloeiro. Carmen Pires estudou a cultura do algodão e as pesquisadoras
Márcia Ribeiro e Lúcia Kill, da Embrapa Semiárido, se debruçaram sobre a polinização do meloeiro. No caso do algodão, a cientista trabalhou entre 2010
e 2012 em três biomas brasileiros onde essa cultura tem grande expressão socioeconômica: o Cerrado, o sul da Amazônia e a Caatinga.
Os estudos foram feitos em pequenas e grandes propriedades, em áreas com e sem o uso de mecanização e insumos agrícolas, e também em locais que
adotam o sistema agroecológico. Os resultados mostraram que há uma grande variedade de abelhas visitando as flores do algodoeiro, cerca de 130
espécies, e que a presença desses insetos está diretamente relacionada ao aumento de 18% em média na produtividade dessa cultura.
“O algodoeiro é uma planta que não depende da polinização promovida pelas abelhas, mas ele se beneficia quando é visitado por esses insetos, com
aumento de produtividade”, afirma a pesquisadora Carmen Pires.
Ao contrário do algodoeiro, no caso do melão, cabe às abelhas o papel quase exclusivo de polinizar as flores que se transformam nos frutos. Quando a
presença delas e de outros polinizadores está em quantidade adequada ao tamanho da área cultivada, o agricultor pode ter certeza de uma boa
produção.
Os estudos realizados pelas pesquisadoras no Nordeste resultaram na indicação das melhores práticas para a apicultura (sistema de criação de abelhas
com ferrão); e a meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão), com a finalidade de incrementar a produção do meloeiro.
As informações colhidas pela Embrapa e instituições parceiras resultaram no desenvolvimento de metodologias que demonstram de forma prática para
os agricultores que é possível implementar formas mais eficientes de cultivo, baseadas em práticas de manejo que aumentem a diversidade de
polinizadores nas plantações.
Perda de polinizadores é problema mundial
Instituições de pesquisa de diversas partes do mundo já detectaram que há uma perda sensível de polinizadores a nível mundial. Responsáveis pela
transferência de pólen das anteras (parte masculina das flores) para o estigma (parte feminina das flores), permitindo que aconteça a fecundação,
diversos estudos afirmam que os principais polinizadores ? aves, morcegos, besouros, borboletas, mariposas e abelhas ? atuam diretamente na
polinização de 75% das variedades de cultivos para alimentação humana.
O estudo que deu origem ao artigo publicado na revista Science se concentrou em países que sofrem com a ameaça da insegurança alimentar: Brasil,
África do Sul, Índia, Paquistão, Nepal, Gana e Quênia. O ponto de partida se concentrou em análises anteriores segundo as quais a polinização interfere
na produção de mais de 70% dos produtos vegetais.
“Vários trabalhos mostram que a intensificação agrícola, que recorre ao uso de insumos químicos, ao desmatamento de áreas de vegetação nativa e à
remoção de margens ao longo dos campos que possam servir de refúgio a fauna e flora, tem levado ao declínio acentuado de polinizadores”, contou a
pesquisadora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e coautora do artigo, Luísa Carvalheiro, em entrevista ao jornal Correio
Braziliense. “Isso representa uma séria ameaça para a produtividade agrícola”, conclui.
Os dados compartilhados entre as instituições brasileiras participantes da pesquisa ? UnB, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal
do Ceará (UFC), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Universidade de São
Paulo (USP), Fepagro Vale do Taquari e Embrapa ? sobre os ganhos de produtividade relacionados à presença de polinizadores devem resultar, no futuro,
numa política pública nacional sobre polinizadores.
FONTE: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Irene Santana – Jornalista
Telefone: (61) 3448-4769
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