A EXPANSÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR E A DIMINUIÇÃO DOS INSETOS POLINIZADORES Nome: Daniela Ferarrezi Valério. Orientador: José Mariano C. Gouveia. Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) de Presidente Prudente/SP. Curso: Graduação em Geografia. E-mail: [email protected]. Bolsa: BAEE. Palavras Chave: Produção de alimentos; agronegócio canavieiro; polinização. Introdução A chamada revolução verde iniciada na década de 1950 consistia na mudança tecnológica na produção de alimentos, e um dos seus objetivos era de acabar com a fome no mundo. No entanto há uma faceta menos comentada, que é o uso intensivo de agrotóxicos, que trouxeram impactos negativos para o meio ambiente. Os agrotóxicos usados na agricultura convencional têm causado impactos sobre a diversidade e quantidade de insetos polinizadores em áreas agrícolas o que resulta em perda de produtividade e até no aumento da dificuldade para a produção de várias culturas alimentares. Objetivos Neste artigo, buscamos compreender os principais impactos resultantes da expansão da cana-deaçúcar para o desaparecimento da abelha Mamangava (Xylocopa violacea) assim como os impactos para os agricultores que produzem alimentos. Analisar possíveis impactos do ponto de vista da perda de biodiversidade. Muitas espécies não sobrevivem a esse ambiente transformado pela atividade canavieira, resultando no desaparecimento de espécies cuja sobrevivência depende da heterogeneidade do ambiente, fato que implica na imposição de obstáculos para a produção de uma diversidade de culturas alimentícias. entre a expansão das plantações com cana-deaçúcar destinada à agroindústria e a redução da atividade de insetos polinizadores, no caso específico deste estudo, a abelha mamangava. Constatou-se que o cultivo de cana-de-açúcar contribuiu para a transformação do contexto social e ambiental dos agricultores, e provocou alterações consideráveis na dinâmica produtiva e organizacional dos agricultores familiares. Conclusões Os insetos polinizadores são essenciais para manutenção do equilíbrio ecológico, e a cana-deaçúcar é uma ameaça a esse equilíbrio. A partir dos resultados preliminares do levantamento bibliográfico sobre o tema e visitas aos assentados, percebemos também, que além dos impactos ecológicos negativos, também há impactos econômicos para os assentados. Constatamos por meio de depoimentos, que a diminuição das abelhas por exemplo afetou o plantio do maracujá, que já não é mais feito pois a abelha mamangava é a principal polinizadora do fruto, e sem ela a principal etapa que é a polinização é preciso ser feita com os dedos, o que torna o plantio inviável, pois precisaria de muita mão de obra, e aumentaria muito o preço do produto. O que antes era um “serviço” gratuito, atualmente passou a custar caro. Agradecimentos Material e Métodos Para cumprirmos os objetivos estabelecidos nesta pesquisa, que se encontra em estágio inicial, optamos por um tema pouco estudado no âmbito acadêmico, principalmente na Geografia. Desse modo, para esta etapa inicial das investigações, os procedimentos de pesquisa têm por prioridade o levantamento bibliográfico sobre o tema e realização de entrevistas com agricultores de Assentamento e órgãos públicos ligados à questão (CATI, Associações, Prefeitura municipal etc.) Resultados e Discussão As entrevistas preliminares realizadas com os agricultores apontam para uma possível relação XXVIII Congresso de Iniciação Científica Agradeço ao professor Mariano pela orientação, e contribuição ao projeto. SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23. Ed. São Paulo, Cortez, 2007. P. 100 – 122. EMBRAPA Polinização Disponível em : http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_mata_sul_ pernambucana/arvore/CONT000gztrwiyw02wx7ha0aadhmpisscql 1.html BALLIVIÁN .J.M P.et al .Abelhas nativas sem ferrão. Terra Indígina Guarita, RS, 2008. MALAGODI-BRAGA, K.S Abelhas: porque manejá-las para a polinização 2015 Disponível em<http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/80/abelhas2.htm >. Acesso em 6/072016