BoletimEpidemiológico- Dengue Chikungunya e Zika vírus. Estado

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BoletimEpidemiológico- Dengue Chikungunya e
Zika vírus. Estado do Acre
Informe Técnico 17
(Semana epidemiológica 1 a 25–03/01/2016 a 25/06/2016)
Situação epidemiológica da Dengue
No ano de 2016, semana epidemiológica 1 a 25 (03/01 a 25/06/2016), foram
registrados 7.896 casos suspeitos de dengue no estado do Acre. Nesse período, a
regional do Baixo Acre/Purus registrou o maior número de casos(5.464 casos; 69%)
em relação ao total do estado, seguida das regionais do Alto Acre (1.295 casos; 16%)
eJuruá/Tarauacá/Envira (1.137 casos; 14%).
No mesmo período em 2015, a regional com maior número de casos
registrados foiJuruá/Tarauacá/Envira (7.817 casos; 70%), seguida das regionais do
Baixo Acre/Purus que registrou (3.199 casos; 29%)e por último a do Alto Acre, que
registrou (196 casos; 2%).
Comparando-se o número de casos notificados em 2016 com o mesmo período
de
2015,
houve
um
decréscimo
de
86%
dos
casos
na
regional
do
Juruá/Tarauacá/Envira, um acréscimo de 71% na regional do Baixo Acre/Purus e
561% na regional do Alto Acre. (gráfico1)
N° de casos notificados
Gráfico 1 - Casos suspeitos de dengue, por regional de
saúde - Acre, 2015/2016*
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Regional Baixo Acre/Purus
Regional Alto Acre
Regional do
Jurua/Tarauacá/Envira
2015
3.199
196
7.817
2016
5.464
1.295
1.137
Fonte: SINANON
SE 01 a 25 de 2015/2016
*Dados sujeitos a alterações
Comparando os casos notificados de dengue no Estado do Acre, por semana
epidemiológica nos anos de 2015 e 2016, a semana epidemiológica 06/2016
apresentou maior número de casos (661), correspondendo a 8% das notificações de
todo o período considerado. No mesmo período do ano anterior, o maior número de
casos ocorreu na semana epidemiológica 03/2015, com 947 casos (8%), sendo que,
nas semanas seguintes houve oscilações no número de casos. (gráfico 2).
N° de casos notificados
Gráfico 2 - Casos suspeitos de dengue, por semana
epidemiológica, Acre - 2015/2016*
1000
800
600
400
200
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
2015 82 87 94 73 64 61 46 50 45 44 52 53 47 40 42 37 31 33 24 29 24 14 15 12 11
2016 26 31 41 43 65 66 66 51 55 44 35 30 33 29 36 26 23 15 15 11 91 11 99 72 37
Fonte: SINANON
SE 01 a 25 de 2015/2016
*Dados sujeitos a alterações
Foram notificados em 2016, 7.896 casos suspeitos de dengue no estado do
Acre. Destes, 921 casos(12%) foram confirmados, 5.079 (64%) descartados, 531 (7%)
estão em investigação aguardando confirmação ou descarte e 1.365 (17%) foram
encerrados como não classificados por terem excedido o tempo oportuno de
encerramento (60 dias). Até o momento não há registro de óbitos por dengue.
No mesmo período, em 2015 foram notificados 11.212 casos, destes,
4.597(41%) foram confirmados, 6.020 (54%) descartados e 595 (5%) foram
encerrados como não classificados. Comparando-se o número de casos notificados
em 2016 com o mesmo período de 2015, houve um decréscimo de 30% nas
notificações no Estado. (Gráfico 3).
N° de casos notificados
Gráfico 3 - Casos suspeitos de dengue, segundo critério
de classificação, Acre. 2015 e 2016*
8.000
6.000
4.000
2.000
0
Confirmado
Descartado
2015
4.597
6.020
0
595
2016
921
5.079
531
1.365
Fonte: SINANON
SE 01 a 25 de 2015/2016
*Dados sujeitos a alterações
Em andamento
Não classificados
Situação epidemiológica da Febre Chikungunya
Os primeiros casos da Febre de Chikungunya notificados em residentes no
município de Rio Branco foram registrados no ano de 2015. Na época as
investigações evidenciaram tratar-se de casos importados, considerando que os
pacientes haviam viajado para áreas com circulação do vírus Chikungunya. Os
primeiros casos autóctones foram confirmados somente em 2016.
Este ano, semana epidemiológica 1 a 25 (03/01/2016 a 25/06/2016), foram
notificados 992 casos suspeitos de Febre Chikungunya no Estado do Acre. Sendo, Rio
Branco, o município a apresentar o maior número de casos (732), correspondendo a
74%. No mesmo período do ano anterior, foram registrados 04 casos de Febre
Chikungunya, todos notificados no município de Rio Branco.
Gráfico 04 - Número de casos suspeitos de Febre
Chikungunya, segundo município de residência, Acre.
2016*
732
800
700
600
500
400
300
200
100
1
41
53
2
4
25
60
3
0
0
3
0
7
12
0
0
0
6
7
1
35
0
Fonte: SINAN NET
*SE 01 a 25 de 2015/2016
*Dados sujeitos a alteração
Quando analisamos por semana epidemiológica, o maior número de
notificações ocorreu na semana epidemiológica 06 e 10/2016 com 8% dos
casos nas duas semanas, nas semanas epidemiológica 11 a 19 houve
oscilações no número de casos, apresentando uma queda nas semanas 21 e
23 com aumento na semana 24. (gráfico 4)
N° de casos notificados
Gráfico 5 - Casos suspeitos de Febre Chikungunya, por
semana epidemiológica, Acre. 2016*
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Total 1 2 4 2 7 7 5 5 4 7 4 5 6 7 5 6 3 2 1 1 1 8 9 1 1
Fonte: SINANNET/SINANON
SE 01 a 25 de 2015/2016
*Dados sujeitos a alterações
Situação Laboratorial da febre chikungunya
Do total de casos notificados (992), foram realizadas 809 coletas. Destas, 367
foram encaminhadas para o Laboratório de referencia da Região Norte Instituto
Evandro Chagas, para realização de PCR, dos quais, 313 (85%) estão aguardando
triagem, 19 (5%) em análises, 02 (1%) aguardando a liberação do resultado e 33 (9%)
liberado com resultados não reagente.
Ainda das 992 coletas, 442 foram encaminhadas ao Laboratório Central de
Saúde Pública – LACEN, que realizou sorologias pelo método ELISA IgM. Destas, 32
(7%) foram reagentes, 388 (88%) não reagentes, 14 (3%) indeterminado e 08 (2%)
não foram testadas. (gráfico 4).
Durante o surgimento dos primeiros casos de febre chikungunya, todos os
esforços devem ser realizados com o intuito de alcançar o diagnóstico laboratorial. No
entanto, uma vez estabelecida à transmissão sustentada, nem todos os pacientes
necessitarão de confirmação laboratorial. Reservar a investigação laboratorial, para os
casos graves ou com as manifestações atípicas, os restantes dos casos podem ser
confirmadas por critério clínico epidemiológico, observando a presença dos sinais
clínicos compatíveis.
Gráfico 6 - Percentual de amostras PCR/Sorologia IgM, de
Febre Chikungunya, segundo Laboratório, Acre, 2016.
Instituto Evandro
Chagas
45%
LACEN
55%
Fonte: GAL/LACEN/IEC
Situação epidemiológica do Zika vírus
Analisando a situação da Zika, da semana epidemiológica 01 a 25 (03/01/2016
a 25/06/2016), foram notificados 1.382 casos suspeitos. Desses, 23 (2%) foram
confirmados pelo laboratório de referência – Instituto Evandro Chagas – IEC, e 01
confirmado pelo laboratório LABCO NOÛS, 23 (2%) descartados e 1.335 (97%) estão
em investigação aguardando confirmação ou descarte. (gráfico 6)
Dos 24 casos confirmados laboratorialmente de Zika, 23 casos são autóctones
(quando a doença é contraída no município de residência).
N° de casos
Gráfico 7 - Casos suspeitos de Zika vírus, segundo critério de
classificação, Acre, 2016*
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
casos
Confirmados
Descartados
Em investigação
24
23
1.335
Fonte: Planilha paralela/ SINANNET/IEC
*SE 01 A 25 ( 03/01/2016 a 25/06/2016)
* Dados sujeito a Alteração
Analisando os casos de 2016 por semana epidemiológica, observa-se um
acréscimo nas notificações a partir da semana epidemiológica 05, atingindo um pico
na semana epidemiológica 09 (28/02/2016 a 05/03/2016) com 151 casos, nas
semanas seguintes houve oscilações no número de casos, com diminuição a partir da
semana 16. (gráfico 7)
Título do Eixo
Gráfico 8 - Casos suspeitos de Zika vírus, por semana epidemiológica, Acre, 2016*
160
140
120
100
80
60
40
20
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Total 17 32 27 25 52 55 95 11 15 12 80 89 10 86 89 62 46 34 21 14 18 15 16 12
0
Fonte: SINANNET
*SE 01 A 25 ( 03/01/2016 a 25/06/2016)
* Dados sujeito a Alteração
Observação: A Área de Vigilância epidemiológica alerta os profissionais de saúde
para que fiquem atentos aos sinais e sintomas das três doenças, identificando os
casos suspeitos, notificando-os imediatamente, bem como, para que fiquem atentos
aos protocolos de atendimentos e tratamentos preconizados pelo Ministério da Saúde.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MICROCEFALIA E/OU ALTERAÇÕES
DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) NO ESTADO DO ACRE
As notificações de microcefalia no Estado do Acre iniciaram na semana
epidemiológica nº48/2015 (Gráfico 08) abaixo. Da semana 48 a 52/2015 foram
notificados 11 casos. Em 2016 foram, notificados 34 casos. O acumulado de casos de
2015 e 2016 somam-se 45 casos, desses 41 residem no Estado do Acre, 03 do
Estado de Rondônia e 01 caso do Amazonas. As investigações dos casos importados
são de responsabilidade do estado de origem.
Considerando o número de casos notificados por semana epidemiológica no
ano de 2016, observa-se o maior número na semana 01/2016, registrando 5 casos,
com redução nas notificações nas semanas seguintes.
Gráfico 08 - Casos notificados de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso
central, por semana epidemiológica, Acre -2015 a 2016.
6
Número de Casos
5
4
3
2
1
0
48 49 50 51 52 1
2015 2
2016
0
2
3
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
4
1
0
3
1
2
1
2
4
5
0
3
2
2
2
0
0
2
0
1
0
0
0
1
0
Fonte: RESP
Dos 41 casos residentes no Estado do Acre, 30 casos foram descartados por
investigação clínica - epidemiológica e/ou laboratorial, 09 estão sob investigação e 02
foram confirmados (gráfico 09). Dos casos descartados 22 são do município de Rio
Branco, 01 de Feijó, 01 de Tarauacá, 02 de Porto Acre, 01 de Epitaciolândia, 01 de
Cruzeiro do Sul e 02 de Sena Madureira.
1
Dos casos confirmados, 01 apresentou microcefalia com alterações do sistema
nervoso central relacionado ao vírus Zika e foi a óbito e 01 caso com microcefalia e
alterações do sistema nervoso central relacionado à infecção por toxoplasmose. Os
casos confirmados foram do município de Rio Branco, conforme mapa 02.
Gráfico 09 - Classificação final dos casos de microcefalia
notificados no Estado do Acre, 2015 e 2016.
2
9
Confirmado
Descartado
Investigação
30
Fonte: RESP
Mapa 02 – Casos confirmados de microcefalia e/ou SNC relacionadas ao vírus Zika e a
outros agentes infecciosos, segundo município de residência, Acre – 2016.
Analisando o gráfico 10, observa-se que 09 municípios notificaram casos
de microcefalia, sendo que Rio Branco registrou o maior número, (30). A
Vigilância Epidemiológica Estadual orienta os municípios que notifiquem todos
os casos de microcefalia que atendam as definições de casos do Protocolo
vigente.
Gráfico 10 - Casos notificados de microcefalia, segundo muicípio de residência,Acre
-2015 a 2016.
35
Número de casos
30
25
20
15
10
5
0
Série1
Jordão
Rio Branco
Plácido de
Castro
Feijó
1
30
1
2
Sena
Porto Acre
Madureira
2
2
Cruzeiro
do Sul
1
Epitaciolân
Tarauacá
dia
1
1
Fonte: RESP
* 4 casos importados, sendo 1 de Rondônia e 3 do Amazonas.
DEFINIÇÕES de Caso de MICROCEFALIA segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS):
MICROCEFALIA: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -2 desviospadrão, ou seja, mais de 2 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e
sexo.
MICROCEFALIA GRAVE: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -3
desvios-padrão, ou seja, mais de 3 desvios-padrão abaixo da média para idade
gestacional e sexo.
SITUAÇÃO ENTOMOLOGICA
Atualmente, há 19 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes
aegypti, a definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e
manutenção dos focos.
Mapa 3 – Municípios infestados pelo Aedes aegypti – Estado do Acre, 2016.
Municípios sem infestação, 03(13,7%)
Municípios infestados, 19( 86,4%)
Considerando a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância
Nacional (ESPIN) declarada pelo Ministério da Saúde – MS em 12 de novembro de
2015, foi recomendada a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes
aegypti.
Visando à execução de todas as atividades estabelecidas pelo Ministério da
Saúde, dentre elas, a realização de 03 ciclos mensais de visita domiciliar nos meses
de fevereiro, março e abril. Alguns municípios do estado estão realizando as ações
juntamente com o exército e a defesa civil.
Na tabela 1, podemos observar o andamento das atividades nos ciclo de visita
domiciliar nos municípios do Estado do Acre realizados nos meses de janeiro,
fevereiro e março. Este acompanhamento é feito através de envio diário de planilhas
para alimentação de um sistema aberto pelo Ministério da Saúde, alguns municípios
até o momento não encaminharam informações para análise pela Sala Estadual de
Comando e Controle para enfrentamento do Aedes aegypti, deixando o sistema sem
as devidas informações.
Tabela 1 – Distribuição dos imóveis trabalhados, por municípios de
residência, 2016.
Ações desenvolvidas pela vigilância em saúde/SESACRE
A Secretaria Estadual de Saúde por meio da diretoria de vigilância em saúde
tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da
Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Fazem parte desta intensificação as parcerias com
o Setor de Humanização da SGA, demais Secretarias Estaduais e Órgãos Federais.
As ações estão sendo desenvolvidas em diversos setores. As atividades são
realizadas,
através
de
dramatização,
músicas,
palestras
e
distribuição
de
panfletos/cartazes chamando a atenção sobre as formas de transmissão, medidas
preventivas e diferenças básicas entre Dengue, Chikungunya e Zika vírus, o objetivo é
formar multiplicadores no combate ao Aedes aegypti.
A vigilância epidemiológica lembra que o combate à Dengue, Zika vírus e
Chikungunya é feito por meio do controle da proliferação do mosquito.
Rio Branco-AC, 30 de junho de 2016.
Elaboração
Vigilância epidemiológica da Dengue, Chikungunya e Zikavírus.
 Antônia Zacarias Campêlo
Responsável pelos dados da Microcefalia
 Renata Sonaira Cordeiro Meireles
Responsável pelos dados de Controle de Endemias
 Erika Rodrigues de Abreu
Responsável pelos dados de Chikungunya e Zika vírus do setor de informática
 Maria Lima de Souza
Equipe responsável pela revisão:
 Antônia Zacarias Campêlo
 Renata Sonaira Cordeiro Meireles
Gerente do Departamento de vigilância epidemiológica
 Eliane Alves Costa
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