OS CORAIS TRABALHO DE HELMINTOLOGIA E METAZOÁRIOS Aluna: Cláudia dos Santos Lima Guimarães Curso: Ciências Biológicas – CEAD Prof: Diego F. Silva Turma:A Período: 2º Os Corais Características Gerais Eles existem há aproximadamente 250 milhões de anos. Já resistiram a vários abalos ambientais, como maremotos e atividades vulcânicas. Atualmente, tentam sobreviver à interferência do homem na natureza, que representa hoje uma grande ameaça. Mais conhecidos como corais, esses animais marinhos são carnívoros e vivem fixos no fundo do mar. O termo coral é usado para designar animais marinhos do grupo dos cnidários, que possuem esqueleto calcário ou córneo. O hábito de viver fixo no fundo do mar fez com que os corais fossem durante muito tempo considerados plantas. Atualmente, sabemos que eles possuem diversas características típicas do reino animal, incluindo a organização do sistema nervoso e muscular, características celulares, metabolismo respiratório e alimentação. Os cnidários são um grupo de organismos que incluem, entre outros, as águas-vivas, medusas, anêmonas-do-mar, octocorais, corais-pétreos e corais-de-fogo. Apresentam corpo cilíndrico e cavidade gástrica com a estrutura de um saco aberto em uma extremidade (boca) e fechado na outra (ausência de ânus). Os recifes de corais formam um complexo ecossistema marinho, formados por pequenas colônias de animais chamados pólipos, que têm estrutura externa de composição calcária. Trata-se de um dos mais ricos e fascinantes ecossistemas marinhos. Localizam-se em águas limpas e rasas, até 50 metros de profundidade, com temperaturas acima de 180 C, para que os vegetais possam receber a luz do sol e produzir alimentos. A melhor condição de desenvolvimento dos recifes de corais se encontra entre 5 e 10 metros de profundidade entre 22 e 260 C Classificação de Corais Os corais são classificados conforme a localização em: • Franja: Perpendiculares ao mar de águas rasas, próximos às praias; • Barreira: Paralelos à costa, mas separados por lagos de água rasa e salgada; • Atóis: Crescem ao redor de vulcões, que depois afundam, deixando-os à tona. São conhecidas no mundo mais de 350 espécies de corais, dentre os quais 18 são encontradas na costa brasileira, sendo que 8 espécies são consideradas endêmicas. Como exemplo, temos as espécies gorgonácea, chifre-de-veado, alga verde, anêmona, margarida, sargaço, lírio do mar e cérebro No Brasil, os recifes de corais estão distribuídos por cerca de 3.000 km da costa, desde o Maranhão até o sul da Bahia, ressaltando-se que são as únicas formações recifais do Oceano Atlântico Sul. Nos corais habitam cerca de 30% das espécies marinhas existentes no mundo e 65% dos peixes. São inúmeras espécies como: Moréia, polvo, camarão, estrela-do-mar, ouriço-do-mar, siri, caracol, lesma do mar. Alimentação Esses animais aperfeiçoaram diferentes maneiras de captura de seu alimento. Alguns possuem em seus tentáculos cnidócitos, células especiais e exclusivas dos cnidários, que contém uma cápsula de veneno, chamada nematocisto, que paralisa e mata a presa. Outras espécies produzem um filamento mucoso com o qual a caça é aprisionada até a morte. Neste ecossistema tão particular, outros seres vivos também crescem e vivem, criando assim um pequeno universo repleto de vida que interage na busca pela sobrevivência. Peixes, esponjas, anelídeos, moluscos, crustáceos, equinodermos e muitos outros animais competem por espaço e alimento nos recifes de coral. Esponjas e vermes anelídeos de hábito de vida fixo desenvolvem-se nos entremeios dos corais. Algumas espécies de corais são devoradas por peixes ou pelas estrelas-do-mar, que são equinodermos de hábito carnívoro predatório. . Reprodução Os corais possuem duas formas de reprodução: assexuada e sexuada. Na primeira delas, ocorre o brotamento de novos pólipos, que se unem aos antigos; assim a colônia se expande. Na reprodução sexuada, os gametas são lançados na água, onde ocorre a fecundação e o desenvolvimento inicial em forma de larva ciliada livre-nadante, que favorece a dispersão das espécies. Fatores que prejudicam os corais A escassez de informação sobre a vida dos corais, aliada a atividades na costa brasileira, como o turismo, a exploração de petróleo e a contaminação da água por substâncias tóxicas, contribuem para a degeneração desses animais marinhos. Destruição dos Corais Estima-se que aproximadamente 60% da área de corais existente no mundo ameaçada, sendo que 10% está irremediavelmente destruída e outros 20% seriamente comprometida. Tal fato se deve principalmente à pesca predatória, circulação e ancoragem de embarcações, retirada de corais para a comercialização e o turismo desordenado. Outra causa de destruição vem da contaminação decorrente dos pesticidas utilizados em lavouras, que atingem os corais carregados pela correnteza dos rios. Merece registro o fenômeno de branqueamento dos corais, causando muitas vezes a morte. Tal condição tem origem no aquecimento global, o que provoca um aumento da temperatura da água e aumento da fotossíntese e liberação de toxinas, causando um desequilíbrio do ecossistema. Importância Os recifes de corais são os ambientes mais ricos e produtivos do planeta, tão importantes para o ecossistema marinho como as florestas são para a vida na terra. Já está comprovada sua importância para a humanidade: eles protegem a costa brasileira da ação inesperada das ondas, abrigam e protegem grande número de organismos que são capturados e consumidos pelo homem, fazendo o papel de criadouro desses organismos. Além disso, servem como fonte de matéria-prima para pesquisas farmacológicas. Já se tem exemplos de substâncias que foram extraídas e transformadas em medicamentos para abaixar a pressão arterial, antibióticos, antitumorais, entre outros.