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UMA PROPOSTA SUSTENTÁVEL- A UTILIZAÇÃO DE AGUAPÉ NA
REMOÇÃO DE METAIS PESADOS DA ÁGUA E SUA REUTILIZAÇÃO
COMO COMBUSTÍVEL
Ana Beatriz Guida de Queiroz Andrade I, Gunnar Sotero Ferreira Gomes II.
I Aluna do 2ª série do Ensino Médio no Colégio Anglo Americano- Unidade
Volta Redonda.
II Professor de História do Ensino Médio no Colégio Anglo Americano- Unidade
Volta Redonda.
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RESUMO
Em nosso trabalho desenvolvemos uma proposta baseado na política de
sustentabilidade que propõe formas e métodos diferentes de promover um
desenvolvimento socioeconômico e tecnológico, valorizando e preservando as
questões naturais. Desta maneira, buscando analisar as múltiplas formas de
praticas de purificação de água, observamos a utilização de plantas que atuam
como agentes purificadores da água. Em contato com a literatura científica,
tomamos conhecimento da relevância do Ecchornia (aguapé), como agente
potabilizador natural. Assim, escolhemos o Serviço Autônomo de Água e
Esgoto, de Volta Redondo (SAAE- VR), que disponibilizou o espaço e material
para a construção do projeto e, cedeu o laboratório de análises de dados da
potabilidade da água para analisar os dados produzidos nos tanques que
contém o aguapé e, possibilitando através dos mesmos executar as possíveis
alterações necessárias no decorrer do projeto.
Palavras-chave: sustentabilidade; aguapé; potabilidade.
INTRODUÇÃO
Esta proposta surgiu a partir de uma reflexão sobre uma forma sustentável de
promover uma maneira alternativa ao processo de purificação da água, em
acordo com as experiências obtidas na Conferência Mundial Rio Mais Vinte
(Rio + 20). Neste evento, tivemos contatos com múltiplas propostas de
sustentabilidade, onde o desenvolvimento científico encontra-se antenados ao
sistema produtivo mundial.
Neste sentido, a reflexão sobre uma proposta alternativa de construção de um
sistema que produzisse uma potabilidade da água, não utilizando os métodos
convencionais de tratamento da água, foi se construindo, quando por sugestão
de meu avô, descobri que o aguapé é uma planta que possui na natureza a
função de filtragem, através de suas raízes, de metais pesados da água.
Assim, prosseguimos para a parte de pesquisa científica sobre o assunto no
meio acadêmico, onde encontramos propostas semelhantes a nossa e isto, nos
possibilitou um contato literário e arquitetônico de como desenvolver o projeto,
a construção de tanques, a quantidade de água e plantas em cada tanque e,
quanto tempo as análises podem ser efetuadas para a verificação em
laboratório da atuação do aguapé como agente potabilizador da água.
Neste caso, nossa pesquisa, ultrapassou as propostas escolares dos trabalhos
de ensino médio, que ocorrem e, tomou uma proporção científica, sendo
necessária a conciliação entre o tempo de estudos escolares e a confecção do
projeto.
Para que o projeto possuísse as bases científicas, desenvolvemos a seguinte
questão de partida: Quais as contribuições das macrofitas na remoção de
nutrientes dos recursos hídricos?
DESENVOLVIMENTO
Diante das perspectivas atuais sobre a questão da sustentabilidade, nosso
projeto se alinha diante de tais questionamentos partindo do pré suposto do
tratamento e mediante a utilização de uma metodologia especifica proporcionar
o reuso de águas consideradas impróprias para fins humanos desta forma
utiliza-se as macrofitas como agente purificador de águas captadas através da
estação de tratamento de água de Volta Redonda (ETA). Este projeto possui a
sua relevância cientifica e acadêmica na perspectiva de utilização de uma
metodologia singular este mesmo projeto encontra-se alinhado a outros
projetos do meio acadêmico diferindo-se através da metodologia e da aplicação
final diante o material utilizado. Sua relevância cientifica esta localizada sob a
perspectiva de preencher lacunas abertas neste campo, tanto referentes as
múltiplas praticas de utilização das macrofitas como a sua destinação final.
A pertinência de nosso tema esta em suas variadas conexões teórica
estabelecidas, observa-se que essas conexões estão ligadas a portaria nº 2914
de 12 de dezembro de 2011 que dispõe sobre os procedimento de controle e
vigilância da qualidade da água para atender o consumo humano
estabelecendo um padrão de potabiliade hídrica. Este projeto também dialoga
com o trabalho de José Carlos Bruni (A Água e a Vida) por compreender a
necessidade da potabilidade hídrica como fator elementar a existência humana,
caminhando neste sentido, em uma proposta que vise à valorização e a
utilização de tal elemento de forma mais ampla. As contribuições de Marcelo
Ricardo de Lima apontam na direção da utilização da Ecchornia (aguapé) como
fator de absorção de nutrientes excedentes nos recursos hídricos, este autor
em especifico aponta variadas contribuições torico-metodologico sobre a
utilização do aguapé como fator de atuação direta na transformação de águas
poluídas em água potável. Eneas Salati corrobora com nosso projeto através
da análise dos sistemas de wetlands em sua composição e funcionabilidade
onde o autor fornece caminhos a serem trilhados na construção de um sistema
de wetland onde se observa o tratamento da potabilidade hídrica utilizando os
aguapés.
A originalidade desse projeto não esta localizada na ulitizaçao do aguapé
como viés de purificação hídrica, absorvendo nutrientes excedentes na água,
mas, na projeção do sistema wetland, uma vez que, este projeto parte da visão
micro-wetland para macro-wetland, e na finalidade do aguapé onde não
ocorrerá o simples descarte do aguapé utilizado, mas, na sua transformação
depois de sua atividade hídrica em combustível de veículos automotores
utilizados na zona rural, como tratores e maquinas que atendam as
necessidades rurais.
A viabilidade deste projeto esta baseada nos fatores de aplicação e execução
do projeto, nesta perspectiva primeiramente, conta-se com uma disponibilidade
de recursos teóricos e metodológicos dispostos em bibliografias e textos
acadêmicos que nos fornece embasamento teórico para a sustentação do
projeto. Outro fator de viabilidade está na questão referente há execução do
projeto, onde conta-se com o apoio do sistema autônomo de água e esgoto da
cidade de Volta Redonda, que disponibiliza o espaço e o material pertinente a
confecção do sistema wetland. Este órgão também fornece e fornecera os
dados de analise da parte inicial e final do funcionamento do sistema wetland
disponibilizando um complexo químico-biologico e instrumental para a
realização das analises referentes ao funcionamento e atuação dos aguapés.
Este será a estação de tratamento de água, onde será implantado o referido
projeto. Dentro estas perspectivas, gastos financeiros e materiais para a
montagem do projeto será disponibilizado pelo mesmo órgão (SAAE-VR).
A relevância social deste projeto esta localizada no debate atual que envolve a
perspectiva de sustentabilidade com responsabilidade, dentro deste parâmetro,
a proposição de formular um projeto capaz de tornar viáveis recursos hídricos
que seriam lançados em uma hidrografia caudalosa, no caso, Rio Paraíba do
Sul, apresenta sua relevância social a partir do momento que reutiliza uma
água que não possuiriam uma finalidade sustentável, desta forma, o sistema de
wetland corrobora com a sociedade propondo um tratamento de água e através
da
atuação
das
macrofitas
possibilita
uma
potabilidade
hídrica
e
disponibilizando milhões de litros cúbicos para serem reaproveitados pela
humanidade.
O objetivo deste trabalho é desenvolver uma proposta alternativa para o
tratamento de água na estação de tratamento de água no bairro Belmonte, no
município de Volta Redondo. Visando alcançar tal objetivo busca-se organizar
um sistema de wetland na estação de tratamento de água de Volta Redonda,
analisar as contribuições do aguapé na absorção de nutrientes presentes na
água, promovendo uma melhor qualidade de água, minimizando os custos de
tratamentos tradicionais e, estabelecer uma finalidade diversificada para o
aguapé atuante na potabilização dos recursos hídricos.
METODOLOGIA
O experimento está funcionando na Estação de Tratamento de Água (ETABelmonte) ligado ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), de Volta
Redondo, no bairro Santo Cruz. Para o desenvolvimento do projeto,
recolhemos os aguapés (Eichhornia crassipes), na Represa da Light, no
município de Piraí e, transportado até o local de prática do projeto. Cada
unidade experimental será um tanque de 20 litros, somando um total de nove
tanques, possuindo as seguintes dimensões: 0.27cm de altura e, 0.45 largura.
Também será utilizado uma mangueira ½”, 10 flanges de ½” e, adaptador ½”
adaptador.
Figura 1: Esquema de funcionamento do protótipo
Estes tanques serão dispostos em uma área de 1,08m² por 0.80 m². Neste
sistema, os tanques ficaram dispostos um ao lado do outro, interligados por
canos, que possibilitaram a entrada e saída de água.
Figuras 2 e 3: disposição do protótipo na estação de tratamento de água
de Volta Redonda.
A implantação dos aguapés ocorrerá quando os tanques encontrarem-se
preenchidos pela água poluída da ETA e, a partir disto começaram as análises,
desde a fase inicial, com a entrada da água e até sua saída. A colheita dos
aguapés foi feita no dia 25 de agosto de 2013. O material vegetal foi
selecionado em parte aérea e raízes. Transportados na água que eles foram
recolhidos até o local das análises.
Após a atuação do aguapé nos tanques, a água em que os aguapés atuaram
foi recolhida para as análises em laboratório. Neste ponto, os dados fornecidos
pelo SAAE, estão focados na análise de redução e/ou remoção de nitrogênio e
fósforo da água poluída. Para a verificação qualitativa da água, em seus níveis
de potabilidade, foram recolhidas amostras de água poluída antes da atuação
do aguapé e, depois da atuação do aguapé. Sempre levando em consideração
a captação de três análises para a confecção de dados mais precisos.
Após a atuação dos aguapés, a massa do mesmo foi recolhida para locação de
novos aguapés atuantes no processo, uma vez que sua sobrevivência ocorre
mediante a água poluída, seu descarte será preparado da seguinte maneira:
em primeiro lugar a secagem para sua utilização; após esta primeira fase,
ocorrerá a incineração do produto sobre uma que grade, alocada sobre uma
superfície cônica que captará o líquido produzido. Este líquido será destinado a
utilização como combustível em veículos automotores do meio rural, tratores e
máquinas.
O recolhimento dos aguapés ocorreu na cidade de Piraí, sendo retirados da
natureza e transportados em ambiente próprio como a água que se
encontravam. O transporte foi desenvolvido em um tempo hábil para não
prejudicar a qualidade de sobrevivência da planta. Sendo assim, os aguapés
foram implantados no SAAE- na Avenida Almirante Adalberto de Barros Nunes,
na Estação de Tratamento de Água.
A modificação do local de implantação ocorreu devido à dificuldade de
produção de dados na ETA- Belmonte e a mobilização para captação de
dados. A implantação dos aguapés nos tanques de águas, possibilitando uma
captação de água direta do Rio Paraíba do Sul.
Desta forma, a produção de dados referentes a atuação dos aguapés na
potabilidade da água encontra-se em desenvolvimento, devido a produção
depender de um volume maciço de dados e, o laboratório que as análises
serão produzidas não poder trabalhar com dados simplificados.
CONCLUSÃO
Este projeto encontra-se em fase de desenvolvimento na produção de dados
referentes a atuação dos aguapés em praticar a remoção de metais pesados
da água como fósforo e nitrogênio, presentes na água.
Quanto a reutilização dos aguapés como combustível para veículos
automotores da zona rural, como tratores e caminhões, depende da produção
dos dados de atuação dos mesmos na retirada dos sólidos da água e, a
promoção de uma potabilidade da água.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SALATTI, Eneida. Utilização de sistemas de wetlands construídas para
tratamento de águas. Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.113-116, jan./dez.,
2003.
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