Concurso Uma Aventura … Literária 2014 Modalidade de Crítica – “Uma Aventura musical” Uma aventura musical, título bem apelativo para quem, como eu, gosta de música e não dispensa uma bela aventura. A curiosidade é muita. O que encerra esta aventura? Uma história cativante que me leva até Évora e ao fantástico Templo de Diana, palco de um concerto que marca o início de uma aventura incrível que tem como protagonista principal um violino, um valiosíssimo Stradivarius. Uma verdadeira joia, inimitável, capaz de produzir um som único e inconfundível. Steiner, um célebre violinista vindo da América, tem um Stradivarius que desaparece misteriosamente. Uma empolgante e complicada investigação tem início. Às gémeas juntam-se o Pedro, o Chico, o João e os inseparáveis Faial e Caracol. De novo um palco fantástico, o Teatro São Carlos, em Lisboa, e um tesouro bem original: um Stradivarius! A descrição do ambiente do teatro é muito realista. Consigo sentir o ranger dos corredores e o cheiro intenso a madeiras e panos. Até consigo ouvir, com um certo arrepio, confesso, os passos misteriosos. Será que algum dos músicos da orquestra do Teatro de São Carlos é responsável pelo desaparecimento do violino? Surgem duas pistas que são meticulosamente estudadas pelos cinco aventureiros com a ajuda de Faial e Caracol. Mensagens estranhas como “ UÁ JÁ LÁ VÁ” aumentam a minha expectativa. Afinal, esta mensagem refere-se apenas a um local onde se fazem concertos de rock ao vivo. Música, muita música e bem diferente da que se faz no Teatro São Carlos. Os músicos, aqueles que verdadeiramente vivem para a música, tocam em qualquer palco e conseguem dar vida ao mais invulgar instrumento, por mais estranho que possa parecer. E, aos cinco amigos bem estranho pareceu! O mistério continua por desvendar: quem é o responsável pelo desaparecimento do valioso Stradivarius? Luís Maria, o original flautista, ou Maribel, a violoncelista? Audazes e muito observadores conseguem resolver o mistério. Quando finalmente relaxo, porque o violino tinha aparecido, sou repentinamente surpreendido pelo novo desaparecimento! Um pouco mais de suspense e, agora sim, de forma brilhante e com muita sabedoria o caso é resolvido. Adorei o desfecho. Surpreendente a forma como fizeram chegar o violino às mãos de Steiner. De facto, acusar as pessoas de certas coisas pode ser perigoso! Afinal corremos o risco de estar, sem querer, a dar ideias, neste caso, bem disparatadas! Sem dúvida uma aventura muito original, com a qual me identifiquei logo de início. A atmosfera de um ambiente musical é única e só quem sente a música percebe do que estou a falar. Única é também esta coleção que me surpreende a cada título que decido ler! Francisco Marques Pratas, 6º C, nº14 Colégio Rainha Santa Isabel de Coimbra