Surto confirma expansão da febre amarela no país

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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
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VEÍCULO: O GLOBO ONLINE
DATA: 17/01/2017
ASSUNTO: FEBRE AMARELA
PÁG. A14
TIPO: NOTÍCIA
ENDEREÇO WEB:
http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/surto-confirma-expansao-da-febre-amarela-no-pais-20784285
ACESSADO EM: 17/01/2017
Surto confirma expansão da febre amarela no país
Especialista recomenda incluir vacina no Programa Nacional de Imunizações
Mosquitos Aedes Aegypti no Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários - Rodrigo Méxas e
Raquel Portugal / Divulgação / Fiocruz imagens
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surto de febre amarela, especialistas veem sinais de mudança numa velha doença que
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deixou
de trazer transmitido
desafios. Apor
manifestação
da forma
silvestre em
Gerais confirma a
hipótese de que o problema está em expansão. E especialistas propõem que a vacina seja incluída
no Programa Nacional de Imunizações, distribuída a todas as crianças. Para pesquisadores do
Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, há ainda sinais de uma transformação de perfil em curso.
A febre amarela silvestre ataca principalmente macacos do gênero Alouatta, os bugios. Mas há
cerca de um ano, o grupo do diretor técnico do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial do
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ACESSADO EM: 17/01/2017
Adolfo Lutz, Renato Pereira de Souza, encontra outras espécies de primatas mortas em surtos que
não afetaram humanos. Os mais numerosos macacos-prego (Cebus) e micos do gênero Callithrix,
como o mico-estrela, também têm sido mortos por febre amarela. O porquê ninguém sabe.
Temos um grande problema com a febre amarela. Essas duas espécies de macacos eram
resistentes, mas temos encontrado pregos e micos mortos. Não sabemos se o vírus mudou ou se
algum tipo de desequilíbrio provocou esses episódios. Não é possível dizer que o perigo
aumentou. Mas a incerteza está maior. Por isso, a vigilância de casos em humanos, em primatas
silvestres e de infecção de mosquitos é tão fundamental. A febre amarela está associada ao
desequilíbrio ambiental, e alguma coisa está acontecendo destaca Souza.
O grupo dele analisou macacos mortos no estado de São Paulo desde maio de 2016, quando
ocorreu também um caso humano letal, no município de São José do Rio Preto.
De novembro para cá, os surtos em macacos, que chamamos de epizootias, parecem ter se
intensificado. Além disso, em dezembro passado, foi registrado um caso de febre amarela silvestre
num morador da região de Ribeirão Preto. Achamos que o surto em Minas é parte disso observa
Souza.
A diferença entre a febre amarela urbana e a silvestre é o mosquito transmissor. O vírus é o
mesmo. Assim como a manifestação da doença. A forma silvestre é transmitida pelos mosquitos
Haemagogus e Sabethes e tem como hospedeiros os macacos. Já a forma urbana ocorre quando
uma pessoa doente é picada pelo Aedes Aegypti, que infectas depois outras pessoas e dá início a
um ciclo de transmissão. A febre amarela é menos comum do que a dengue, mas tem a maior taxa
de letalidade entre as arboviroses. Em uma semana, pode matar entre 15% e 45% das vítimas. A
dengue mata 1%. E a zika e a chikungunya, menos que isso.
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O virologista Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, um dos maiores especialistas em febre
amarela do mundo, com mais de 50 artigos e capítulos e livro publicados, não vê perigo agora de
uma epidemia da forma urbana. Mas afirma que o caso de Minas mostra estar na hora de
incorporar a vacina contra a febre amarela ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Um estudo do meu próprio grupo mostrou há muito tempo que a vacina pode em alguns casos
causar efeitos indesejáveis. Mas hoje os benefícios da vacina superam os riscos, e ela deveria ser
oferecida a crianças em todo o Brasil. Aí teríamos uma proteção muito maior da população afirma
Vasconcelos, especialista em arboviroses (transmitidas por artrópodes, como os mosquitos) e
diretor do Instituto Evandro Chagas, um dos centros nacionais de referência de pesquisa de vírus,
em Ananindeua, no Pará.
Desde que chegou ao Brasil na companhia do Aedes Aegypti a bordo dos navios negreiros, a febre
amarela tem sido um pesadelo de saúde pública. A febre amarela urbana não é registrada
oficialmente no Brasil desde 1942. Mas a silvestre jamais desapareceu. Tornou-se endêmica na
Amazônia. E casos esporádicos ocorrem em outras partes do país. Desde 2001, segundo Pedro
Vasconcelos, a febre amarela se expande rumo ao litoral, a mais populosa faixa do Brasil e
também a mais vulnerável por estar fora das áreas de recomendação de vacina.
Desde 2001, a doença está em expansão para o litoral. Isso é preocupante e muito claro. Por isso,
defendo uma revisão do programa de imunização agora. A vacina é muito eficiente, capaz de
conter epidemias. Temos que nos antecipar a elas. E a vacinação é a melhor forma de fazer isso
salienta Vasconcelos.
Ele lembra que no Espírito Santo, onde foram registrados dois casos suspeitos e encontrados
macacos mortos, há cerca de 80 anos não havia surtos.
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ACESSADO EM: 17/01/2017
Curiosamente, o ciclo da febre amarela silvestre foi descrito no Vale do Canaã, nos anos 30. Mas o
estado estava fora da zona de risco. Hoje vemos que não é mais assim. E é preciso aproveitar
enquanto a situação está sob controle para imunizar a população diz.
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