Vacina protege contra febre amarela

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Vacina protege contra febre amarela
Recomenda-se que turistas com destino a áreas onde há risco de contrair doença
tomem vacina
Época de férias. Conforme o roteiro, alguns turistas vão ter outras preocupações
além de comprar a passagem, arrumar as malas e reservar a hospedagem. Quem for
para áreas endêmicas (sujeitas) de febre amarela precisa se vacinar contra a doença,
conforme recomenda o Ministério da Saúde. A dose está disponível nos postos de saúde
de todo o Brasil e nos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), presentes
em todos os aeroportos do país. A validade da vacina é de 10 anos.
As regiões Norte e Centro-Oeste, o estado do Maranhão e o oeste da Bahia,
Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os locais de
maior risco de se contrair a doença. “O ideal é se vacinar dez dias antes da viagem, para
que o organismo tenha tempo de produzir anticorpos”, aconselha o coordenador de
Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da
Saúde, Expedito Luna.
A vacina contra febre amarela não apresenta contra-indicações. Qualquer pessoa
pode ser imunizada contra a doença. A dose deve ser tomada a partir dos seis meses de
vida por pessoas que habitam nos locais de risco e dos nove meses para quem vive em
outras áreas e vai visitar áreas endêmicas.
A doença – A febre amarela é uma doença infecciosa, causada pelo vírus amarílico.
Ataca o fígado e os rins e pode levar à morte. Existem dois tipos diferentes de febre
amarela: a urbana e a silvestre. O último caso de febre amarela urbana registrado no
Brasil aconteceu em 1942, no Acre. Já a forma silvestre da doença provoca surtos
localizados anualmente.
Doença comum em macacos, a febre amarela silvestre ocorre em áreas de matas
e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes,
que picam preferencialmente esses primatas. Os mosquitos vivem também nas
vegetações à beira dos rios. Primeiro picam o macaco doente e depois, o homem. “É
importante ressaltar que a febre amarela silvestre só ocorre em humanos
ocasionalmente. São os macacos os principais hospedeiros”, destaca Expedito Luna.
“Os mosquitos transmissores só picam homens que invadem o habitat dos macacos”,
conclui.
A maior incidência da doença acontece nos meses de janeiro a abril, período das
chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor e maior
atividade agrícola, o que motiva o deslocamento de um número maior de pessoas às
áreas com risco de transmissão.
Uma das ações do Ministério da Saúde para o controle da doença no país é a
exigência do Certificado Internacional de Vacinação contra a febre amarela para todos
os turistas vindos da Bolívia, Peru, Venezuela, Guiana Francesa e África. Nos últimos
três anos, mais de 60 milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil. Nas regiões
endêmicas, a vacina contra febre amarela é aplicada de forma rotineira.
A primeira manifestação da doença no Brasil foi em 1685, em Pernambuco.
Grandes campanhas de prevenção foram realizadas a partir da descoberta do agente
transmissor da doença e houve o controle da epidemia.
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