a investigação da dominância lateral de crianças

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A INVESTIGAÇÃO DA DOMINÂNCIA LATERAL DE CRIANÇAS ENTRE 7 A 16
ANOS DE AMBOS OS SEXOS EM PROCESSO DE REEDUCAÇÃO
PSICOMOTORA DO CENTRO DE REABILITAÇÃO FISICA DOM BOSCO.
TORREZAN, C. B.,
[email protected], discente do
UNISALESIANO de Lins- SP;
ZAIDEN, M. P., [email protected],
discente do UNISALESIANO de Lins- SP;
VASCONCELOS, A. P. S.,
[email protected],
discente do UNISALESIANO de Lins- SP;
SAID, H. C., [email protected], discente do
UNISALESIANO de Lins- SP;
MEDEIROS, R. F. P. T.,[email protected],
docente do UNISALESIANO de Lins SP;
Resumo
A reeducação psicomotora visa retomar as vivências anteriores com déficits
nas fases da educação, controla as reações tônico-emocionais enfatizando o
equilíbrio, atenção e a dominância lateral. Lateralidade é a preferência de um dos
lados do corpo, que tem mais habilidade, força e destreza, sendo utilizada com
maior freqüência de uma mão sobre a outra. É o espaço interno do sujeito, e é uma
variável do comportamento psicomotor. Assim o presente trabalho tem por objetivo
verificar a preferência manual de 47 crianças de ambos os sexos na faixa etária de 7
a 16 anos, utilizando o Teste de Harris Negrine. Após a coleta de dados, verificou-se
que apenas 3 sujeitos do sexo masculino eram sinistros e os demais sujeitos eram
destros. O método utilizado para o processo de investigação foi adequado para os
dados desta pesquisa.
Palavras-chave: dominância lateral. reeducação psicomotora. déficits psicomotores.
O Centro de Reabilitação Física Dom Bosco atende crianças com déficits
psicomotores em processo de reeducação psicomotora. De Fontaine (1980) diz que
a reeducação embasa sua eficácia no fato de que se remonta às origens, aos
mecanismos de base que estão na origem da vida mental, controle gestual e do
pensamento, controle das reações tônico-emocionais, equilíbrio, fixação na atenção,
justa preensão do tempo e do espaço. Bueno (1998) enfatiza também que a
reeducação psicomotora tem como objetivo retomar as vivencias anteriores com
falhas ou as fases da educação ultrapassada inadequadamente. Em termos gerais,
reeducar significa educar o que o individuo não assimilou em etapas anteriores.
Harrow (1983) enfatiza que a lateralidade é a consciência interna que a criança tem
dos lados direito e esquerdo de seu corpo, não se tratando de um conceito
adquirido, mas de programas de atividades cuja finalidade é o desenvolvimento de
acuidades sensoriais e habilidades motoras, já que a criança é exposta a uma
grande quantidade de estímulos que aumentam esta consciência. A dominância
lateral diz respeito ao lado do corpo que tem primazia em determinada atividade. O
2
hemisfério dominante do cérebro é oposto ao lado dominante do corpo.
Negrine(1983) acredita que a lateralidade refere-se ao espaço interno enquanto a
noção de direita e esquerda refere-se ao espaço externo. No entanto o
conhecimento esquerda/direita decorre da noção de dominância lateral, porque a
criança antes de saber que tem um lado direito e outro esquerdo precisa saber que
tem dois lados, e este conhecimento é mais facilmente compreendido quanto mais
acentuada e homogenia for a lateralidade. Para Negrine (1987) a lateralidade é uma
variável do comportamento psicomotor da criança que apresenta uma serie de
implicações de ordem neurológica, biológica e pedagógica. Durante o crescimento a
criança define naturalmente a lateralidade: será mais forte e mais ágil no seu lado
dominante. A dominância lateral corresponde a dados neurológicos, mas também é
influenciado por certos hábitos sociais. A lateralidade corporal refere-se ao espaço
interno do individuo, que é a capacidade de utilizar um lado do corpo com melhor
desembaraço que o outro, em atividades que requeiram habilidade, caracterizandose por uma assimetria funcional. Afirma também que a lateralidade, como uma das
variáveis do desenvolvimento psicomotor, é um dos aspectos relevantes para o
desenvolvimento das capacidades de aprendizagem, não significando que toda
criança que apresente problemas de aprendizagem, também apresente alterações
na lateralidade. Segundo Romero (1988) a lateralidade é definida como predomínio
de um lado sobre o outro, sendo utilizada com maior regularidade para referir-se à
predominância de uma mão sobre a outra, por ser mais freqüente. A lateralidade de
cada parte do corpo tem sua própria dominância, segundo a atividade a ser
desenvolvida. Essa dominância é fragmentária, ou seja, um indivíduo pode ser
sinistro homolateralmente, quando todas as zonas e aparatos sensoriais diretos, em
especial o olho e o ouvido, dirigem os movimentos ativos. Pode ser também destro
para uma atividade e sinistro para outra, quando mais de uma sinergia muscular é
solicitada, o que é definido como lateralidade cruzada. Segundo Hécaen e
Ajuriaguerra apud Vasconcelos (1993) a incidência de sinistros na população em
geral é de aproximadamente 8%.Para Bueno (1998) com relação a esta preferência
ser direita ou esquerda, alguns trabalhos, como os divulgados pela Academia
Nacional de Ciências dos Estados Unidos, concluíram que a testosterona, o
hormônio que produz a maior diferença entre os sexos, pode ser uma das causas da
sinistralidade. Talvez este seja o motivo de haver maior número de homens sinistros
que mulheres, e também estudos citados por Eckert (1993), em que os meninos
podem ser mais frequentemente sinistros que o sexo oposto por serem menos
responsáveis e/ou menos sujeitos ao treinamento social. Objetivo do presente
trabalho foi verificar a dominância lateral de crianças em processo de reeducação
psicomotora. Foram selecionadas 47 crianças de ambos os sexos sendo 11 do sexo
feminino e 36 do sexo masculino, na faixa etária de 7 a 16 anos em tratamento no
Centro de Reabilitação Física Dom Bosco. Material: foi utilizado a adaptação do
teste de Harris feita por Negrine (1983) visando detectar a preferência manual.
Resultados: Os sujeitos foram avaliados individualmente e submetidos ao teste de
duas a três vezes para que houvesse fidedignidade nos resultados. Após toda coleta
verificou-se que entre os 47 sujeitos, 44 são destros e 3 sinistros, sendo os sinistros
especificamente do sexo masculino. Conclusão: Desta forma acreditamos que o
método e as técnicas utilizadas foram adequados para o processo de investigação
da dominância em crianças com déficits psicomotores e em tratamento de
reeducação psicomotora.
Referências.
BUENO, J. M. Psicomotricidade-teoria & prática. [s.i] São Paulo: Lovise, 1998.
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DE FONTAINE, J. A Psicomotricidade em quadrinhos. [s.i] São Paulo: Manole,
1980
HARROW, A. J. Taxionomia do domínio motor. [s.i] Rio de Janeiro: Globo, 1983.
NEGRINE, A. Educação Psicomotora: a lateralidade e a orientação espacial. [s.i]
Porto Alegre: Palloti, 1983.
NEGRINE, A. A coordenação psicomotora e suas implicações. [s.i.] Porto Alegre:
Palloti, 1987.
ROMERO, E. Lateralidade e rendimento escolar. Revista Sprint, v. 6, 1988.
VASCONCELOS, M. O. F. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.7,
número 2, pp 42-50, 1993.
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