Dr. Alberto Chebabo

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Infecção de Sítio Cirúrgico por
Micobactérias
Epidemiologia e Diagnóstico
Alberto Chebabo
Infectologia - Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho/UFRJ
Diagnósticos da América - RJ
Epidemiologia
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Vivem na água potável
Produzem biofilme nos encanamentos
M. fortuitum/chelonae/abscessus não
sobrevivem em sistemas de água com
temperatura > 30º C
Conseguem crescer em água destilada
Resistem a baixas concentrações de cloro (20
a 100 x mais resistentes do que coliformes)
Wallace Jr. RJ. et al. Annu. Rev. Microbiol,1998;52:453-90.
Brown-Elliot BA. & Wallace Jr. RJ. In: Tuberculosis & Nontuberculous Mycobacterial
Infections, 5th ed, Schlossberg D. 2006.
Epidemiologia
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Desde 1975, vários surtos descritos como
infecção nosocomial
Casos relacionados com cirurgia cardíaca,
abscessos pós injeção, hemodiálise e
procedimentos cirúrgicos.
1975-1981: 5 surtos em cirurgia cardíaca nos
EUA e 1 na Hungria
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Surto de 1981: 6 casos, relacionados a gelo não
estéril (M. fortuitum e M. abscessus). Texas, EUA
Epidemiologia
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Cirurgia plástica: Surto de M. abscessus
relacionado à violeta de genciana utilizada
para marcação de pele em mamoplastia
(EUA, 1985).
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Venezuela, Dez/1998: 9 casos em 8 hospitais
pós lipoaspiração e lipoescultura – M.
fortuitum, M. abscessus e M. chelonae.
Wallace Jr. RJ. et al. Annu. Rev. Microbiol, 1998;52:453-90.
Brown-Elliot BA. & Wallace Jr. RJ. In: Tuberculosis & Nontuberculous Mycobacterial
Infections, 5th ed, Schlossberg D. 2006.
Epidemiologia
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Laparoscopia: Infecção por M. abscessus em
16 pacientes relacionada ao óleo lubrificante
utilizado nos laparoscópios (Mississipi, EUA,
1985).
Vários pseudo-surtos relacionados a limpeza
inadequada de broncoscópios ou lavadoras
automáticas de endoscópios.
2004: 300 casos no Pará relacionados à
videocirurgia.
Manifestações Clínicas
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Período de incubação: 2 a 8 semanas
Presença de eritema e drenagem serosa na
ferida cirúrgica
Dor no local com evolução para áreas
enduradas de granuloma
Pode haver febre baixa
Sem resposta ao tratamento com cefalosporina
de 1ª geração ou quinolona
Foto: Departamento de Cirurgia Geral FCM/UERJ
Diagnóstico
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Sempre realizar biópsia, se possível excisional
para coleta de material
Proceder com técnica asséptica
Não coletar swabs de ferida
Dividir o material em 2 frascos:
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Frasco com solução salina: Microbiologia
Frasco com formol: Histopatológico
Petrini B. APMIS,2006;114:319-328.
Brown-Elliot BA. & Wallace Jr. RJ. In: Tuberculosis & Nontuberculous Mycobacterial
Infections, 5th ed, Schlossberg D. 2006.
Diagnóstico
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Solicitar pesquisa de BAAR e cultura para
Micobactéria
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Solicitar Histopatológico
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Presença de granulomas no Histopatológico
em caso suspeito é diagnóstica
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Presença de BAAR leva à suspeita de
infecção por MNT. Crescimento em 5 a 7 dias
Diagnóstico
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Identificação da espécie é importante para
orientar tratamento
Identificação realizada por técnicas não
moleculares
Teste de sensibilidade:
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Realizar determinação de concentração
inibitória mínima (MIC) por microdiluição
em caldo de Muller-Hinton.
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