Polimixinas Prof. Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Denis Rangel Monitor de Farmacologia Niterói, RJ – Janeiro de 2017 Denis Rangel - Polimixinas Introdução - Antibióticos polipeptídeos com potente ação sobre bactérias Gram -; -Seu uso foi praticamente abandonado durante as décadas de 70-80 com o aparecimento de drogas com menor toxicidade; -O retorno do uso ocorreu em virtude do surgimento de bactérias Gram- multirresistentes; -Descobertas em 1947, sendo sintetizadas por cepas de Bacillus polimyxa – é um grupo de ATBs: Polimixinas A, B, C, D e E. Denis Rangel - Polimixinas Mecanismo de Ação e usos clínicos -Apenas as Polimixinas B e E estão em uso clínico atual – as demais apresentam grande toxicidade; -São drogas anfipáticas -> atuam sobre as membranas externa e citoplasmática das Bactérias Gram -; -Agem como detergentes catiônicos, ligando-se a fosfolipídeos e lipopolissacarídeos, deslocando competitivamente os íons cálcio e magnésio; -Ca++ e Mg++ agem como estabilizadores da membrana -> Rotura das membranas -> Lise osmótica -> Bactericida. Denis Rangel - Polimixinas Mecanismo de Ação e usos clínicos -Possui efeito antiendotoxina -> liga-se a LPS (moléculas relacionadas a sepse e choque séptico) -> interessantes como efeito anti-inflamatório nos pacientes sépticos; -Seu uso é para bactérias Gram – multirresistentes; -O espectro da Polimixina E é muito semelhante ao da Polimixina B; -A Polimixina E (Colistina) apresenta-se na forma de colestimetato de sódio (forma menos tóxica, mas que parece ser menos potente do que o composto origina, a colistina). Denis Rangel - Polimixinas Espectro de Ação Denis Rangel - Polimixinas Espectro de Ação Denis Rangel - Polimixinas Espectro de ação e resistência -O mecanismo de ação distinto das polimixinas, em comparação aos demais antimicrobianos, permite efeito sinérgico com outras drogas; -Para o tratamento de KPC -> o esquema Polimixina B/E + Amicacina + Tigeciclina é extremamente interessante; -Sua atividade bactericida tem permanecido basicamente inalterada desde a sua introdução, apesar de já existirem relatos de resistência; -Não tem atividade sobre fungos. Denis Rangel - Polimixinas Segurança e Efeitos adversos Denis Rangel - Polimixinas Segurança e Efeitos adversos Denis Rangel - Polimixinas Doses, Apresentação e Farmacocinética *Polimixina B (Frasco com 500.000 UI de Poli B) Administração IV, IM ou intratecal (Poli B é um excelente tratamento para meningoencefalite por Pseudomonas aeruginosa – mínima distribuição pelo líquor por vias IV ou IM) ½ vida de 6h; Excreção urinária Denis Rangel - Polimixinas Doses, Apresentação e Farmacocinética Denis Rangel - Polimixinas Doses, Apresentação e Farmacocinética *Polimixina E (Colis-tek – Colestimetato sódico - Ampola com 150mg de colistina/Poli E) Tanto a infusão de Poli B quanto de Poli E devem ser lentas (> ou igual a 1h). Denis Rangel - Polimixinas Doses, Apresentação e Farmacocinética -Poli E é mais nefrotóxica do que Poli B... Denis Rangel - Polimixinas Doses, Apresentação e Farmacocinética -Doses cheias em pacientes com ClCr reduzido não têm sido relacionadas a efeitos adversos em estudos nos últimos anos com Poli B... Denis Rangel - Polimixinas Uso otológico da Polimixina B e Custo Denis Rangel - Polimixinas Bibliografia -1. Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill; 2. Katzung, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Artmed/McGraw-Hill, 2010; 3. Rang, H.P., Dale, M.M., Ritter, J.M., Flower, R.J., Henderson, G. Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.