Papilomavírus bovino: interação vírus

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54º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008
Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
Papilomavírus bovino: interação víruscromatina hospedeira em linfócitos
periféricos e em células cultivadas de
lesões papilomatosas cutâneas
Carvalho, RF1,2; Campos, SRC1; Caetano, HVA1,2; Lima, AA1,3; Ferraz, OP1; Giovanni, DNS1;
Félix, PM1; Dagli, MLZ2; Birgel Jr, EH4; Beçak, W1,5; Stocco, RC1
Laboratório de Genética, Instituto Butantan, São Paulo, SP
2
Departamento de Patologia, FMVZ-USP, São Paulo, SP
3
Escola de Farmácia, UFOP, Ouro Preto, MG
4
Departamento de Clínica Médica, FMVZ-USP, São Paulo, SP
5
Departamento de Genética, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
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Palavras-chave: Papilomavírus, BPV, Cultivo Celular, Latência Viral, Atividade Gênica
O Papilomavirus é um vírus oncogênico de DNA, descrito como tecido específico, dermotrópico. Entretanto, seqüências
virais têm sido descritas em outros tecidos, como, por exemplo, em sangue periférico. A descrição de aberrações
cromossômicas estruturais em linfócitos de bovinos infectados pelo papilomavirus bovino levou à proposição de que
as seqüências virais pudessem estar ativas e não ser apenas restos de células apoptóticas. No intuito de avaliar a ação
das seqüências de DNA viral em linfócitos periféricos, buscamos comparar os tipos de aberrações cromossômicas
verificáveis nos linfócitos periféricos e em células cultivadas de lesões papilomatosas dos mesmos animais estudados.
Fragmentos de lesões (verrugas) e amostras de sangue periférico foram coletadas de bovinos afetados. Todas as amostras
foram avaliadas quanto à presença de genomas virais por PCR usando “primers” genéricos e tipificados por digestão
enzimática. Fragmentos de lesões foram incubados em meio DMEM (Cultilab), suplementado com 10% soro fetal
bovino e mantidas a 37° C, em atmosfera de 5% de CO2. Amostras de sangue foram incubadas em meio RPMI 1640,
suplementadas com 20% soro fetal e 2% de fitohemaglutinina, mantida a 72 horas a 37° C. Em ambos os procedimentos,
colchicina (16ug/mL) foi adicionada por 1 h, o material foi centrifugado, seguindo-se a hipotonização (KCl 0.075 M)
e fixação (metanol: ácido acético, 3:1). As lâminas foram coradas em Giemsa 3% em tampão fosfato, pH 6.8. As
amostras foram identificadas como positivas em relação a BPV 1, 2 e 4. A aberração cromossômica mais relevante e
freqüente observada foi a presença de marcadores metacêntricos e submetacêntricos. Tais resultados são comparáveis aos
achados em células de linhagens estabelecidas, transformadas por oncogenes virais e submetidas à ação de co-fatores.
A similaridade entre os achados entre diferentes células corrobora a hipótese de que as seqüências virais estão ativas
em ambos os sistemas.
Apoio financeiro: CNPq, FAPESP, Fundação Butantan.
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