merneith-a-primeira-farao-mafdet-a-primeira-deusa-da-justica

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2
ÍNDICE
Introdução
Primeira Parte: a faraó Merneith
Capítulo I: debate dos egiptólogos
1 – Merneith: regente
2 – Merneith: faraó
Capítulo II: realizações de Merneith
1 – Na área cultural
1.1
– opção pelo
dominante
hierático
como
linguagem
1.2 – As Casas da Vida: teorias e práticas
2 – Na área religiosa
2.1 – Casas da Vida: templos de Esoterismo avançado
3 – Na área administrativa
3.1 – Transformação de vilarejos em grandes cidades
Segunda Parte: A deusa Mafdet
1 – A primeira deusa da Justiça
2
– A Senhora da Casa da Vida
Notas
escrita
3
Faraó era o título atribuído aos reis (com estatuto de
deuses) no Antigo Egito. O termo de origem egípcia que
significava propriamente "casa elevada", indicando
inicialmente o palácio real. Este termo, na realidade, não
era muito utilizado pelos próprios egípcios. No entanto,
devido à inclusão deste título na Bíblia, mais
especificamente no livro do "Êxodo", os historiadores
modernos adotaram o vocábulo e generalizaram-no.
A imagem que o grande público tem dos faraós vem, em
grande parte, daquela que nos é dada pelas grandes
produções cinematográficas, onde o Faraó aparece como
um monarca todo poderoso que governa de modo
absoluto, rodeado de uma corte de servos e obrigando
uma multidão de escravos a construir monumentos em
sua honra.
Mas, ainda que muitos dos faraós tenham sido, sem
dúvida, déspotas - a ideia da monarquia absoluta tem
aqui os seus primórdios - a verdade é que este termo
abrange uma grande variedade de governantes, de
índoles e interesses diversos.
Em cerca de três mil anos de tradição faraônica,
passaram pelo trono do Egito homens (e algumas
mulheres) com aspirações bem diferentes. Desde os
misteriosos construtores das pirâmides de Gizé, ao poeta
místico Akhenaton, passando pelo lendário Ramsés II,
encontramos toda uma diversidade de indivíduos que, no
seu conjunto, governaram uma das mais importantes
civilizações humanas.
O poder dos faraós
Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes
absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política,
religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de
poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido
através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó.
4
Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de
anos no poder.
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados
deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes
governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto
agiam como intermediários entre os deuses e a população
egípcia.
Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas
mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma
que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste
valor arrecadado ficava com a própria família do faraó,
sendo usado para a construção de palácios, monumentos,
compra de joias, etc. Outra parte era utilizada para pagar
funcionários
(escribas,
militares,
sacerdotes,
administradores, etc.) e fazer a manutenção do reino.
Ainda em vida o faraó começava a construir sua
pirâmide, pois esta deveria ser o túmulo para o seu corpo.
Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a
pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo
mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era
colocado também o livro dos mortos, contando todas as
coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de
biografia era importante, pois os egípcios acreditavam
que Osíris (deus dos mortos) iria utilizá-la para julgar os
mortos.
(http://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/faraos.ph
p)
(Apenas um reparo, na época da I Dinastia,
não havia ainda as pirâmides, sendo que os
corpos dos faraós eram sepultados em
mastabas.)
5
INTRODUÇÃO
A maioria dos curiosos sobre o Egito antigo nunca ouviu
falar de Merneith [1], a primeira faraó do Egito, membro da I
Dinastia [2], nem ouviu qualquer referência a Mafdet, a mais
antiga deusa da Justiça, cujo culto começou no reinado do
faraó Hórus Den [3], também da I Dinastia, o qual também é
pouco conhecido do público leitor em geral.
E, na verdade, os egiptólogos debatem até hoje se
Merneith foi realmente faraó ou se foi apenas regente durante
cinco anos, enquanto seu filho Hórus Den não chegava à
maioridade.
Cheguei à conclusão de que Merneith foi realmente a
primeira faraó do Egito antigo e, quanto a Mafdet [4], foi a
mais antiga deusa da Justiça, cujo culto foi instituído
justamente por Hórus Den como uma homenagem à sua mãe
Merneith depois do decesso dela.
Trata-se de uma história muito bonita, pois representa a
grande amizade entre um filho e sua mãe, que perdurou
enquanto conviveram e ultrapassou a barreira da morte da
mãe.
Den e sua genitora real, além e acima de tudo,
desempenharam um importante papel na I Dinastia, tendo
sido o reinado dela o mais progressista de toda a História do
Egito antigo e o dele uma continuidade do trabalho iniciado
por ela, sendo que, enquanto viva, foi ela quem exerceu o
governo, enquanto o filho vivia preocupado com seus estudos
e as suas sucessivas investidas militares contra os povos da
península do Sinai, com a finalidade de apropriar-se das
riquezas minerais daquela região.
6
A atuação de Merneith, por cinco anos, como faraó de
fato, depois sua atuação de fato durante os doze primeiros
anos do reinado de Den, e, depois de sua morte, a presença
inteligente e honesta do vizir Hemaka, tudo isso deu a
impressão a alguns pesquisadores menos atentos de que os
feitos de cinquenta anos se devem única e exclusivamente à
competência de Den. Vejam o que diz esta nota:
“Den (c. 2990 a.C.) foi o sexto rei da primeira dinastia e
considerado o maior. Ele governou por 50 anos, período
durante o qual o país prosperou. Sua reputação como um
rei eficaz vem de seus melhoramentos para a economia do
país, conquistas militares e a estabilidade do seu reinado,
como evidenciado por projetos de edifícios luxuosos e
excelentes obras de arte.”
(http://www.ancient.eu/article/860)
Em resumo, os governos de ambos podem ser
considerados como um só.
Esta forma de entender os fatos é uma teoria minha,
depois de pesquisar durante cerca de três anos sobre aqueles
dois personagens: Merneith e Hórus Den, bem como sobre a
deusa Mafdet.
Outro dado importante para o conhecimento dos
prezados leitores é a existência das chamadas Casas da Vida
[5] (Per Ankh), que funcionavam em determinados templos e
onde se estudavam e praticavam os conhecimentos mais
avançados em todas as áreas da época, dentre os quais a
Medicina e a Astronomia.
Garanto aos prezados leitores que nunca viram uma
abordagem deste estilo em todos os eventuais estudos e
leituras que tenham realizado sobre o Egito antigo.
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Aviso, já de início, que não irei citar extensa bibliografia
visando mostrar que realmente pesquisei os temas e não
tentarei convencer os historiadores reducionistas - que nunca
chegam a conclusões, mas apenas criam e sustentam dúvidas,
mesmo diante das mais claras evidências - porque este livro se
destina aos leitores leigos, de mente aberta e que querem
ouvir as verdades, faladas de forma simples e compreensível.
Boa leitura!
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PRIMEIRA PARTE: A FARAÓ MERNEITH
Para início de conversa, vamos dizer aos prezados
leitores que Merneith viveu no Egito antigo há cerca de cinco
milênios atrás.
Era filha de um faraó e casou-se com seu meio-irmão,
uma vez que era costume nas famílias reais egípcias daquele
tempo esse tipo de casamento chamado hoje de incestuoso,
cuja finalidade, sobretudo, era a de não deixar penetrar nas
famílias reais pessoas estranhas.
Os membros dessas famílias se consideravam superiores
às demais pessoas e não queriam que ninguém de fora se
imiscuísse nos projetos e ambições que os caracterizavam.
A versão de que pretendiam não misturar o sangue é
apenas uma farsa, pois o que visavam era realmente
conservar-se à parte do restante da população.
Quando casavam com gente de outras famílias era,
geralmente, visando vantagens políticas ou financeiras.
Em resumo, não se casava por amor e sim por interesse.
Os faraós costumavam ter várias esposas, sem contar as
concubinas, justificando essa mentalidade poligâmica com o
pretexto de garantirem a sucessão no trono, mas a verdade é
que os faraós eram, no geral, sexualmente promíscuos,
havendo registros de que, inclusive, havia o costume de se
masturbarem em público.
Merneith, então, como filha de um faraó e sua esposa
principal do faraó seu meio-irmão, tinha um destaque especial
dentro da corte.
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O casamento com seu irmão se deu por uma questão de
conveniência e daí nasceram o filho Den e uma filha, cujo
nome não foi registrado.
O faraó seu marido governou apenas durante cerca de
dez anos e, além do filho e da filha havidos com a esposa
principal, teve um filho com uma concubina, o qual pretendia
tornar-se faraó, quando seu pai faleceu, mas nunca conseguiu
seu intento, pois Merneith assim não o permitiu.
Assim, após a morte do seu marido real, Merneith
assumiu o comando do país na qualidade de faraó,
permanecendo nessa situação durante cinco anos, sem contar
mais doze em que, usando o prestígio junto ao seu filho Den,
tornado faraó, governou, ao todo, durante dezessete anos.
Os egiptólogos debatem se Merneith foi faraó ou apenas
regente, porque não foi identificada nos túmulos e registros da
época como tal, mas a prova mais contundente em favor da
tese de Merneith faraó é a de que, como era costume entre os
faraós da I Dinastia, mandou construir para si dois túmulos:
um em Abidos [6] e outro em Saqqara [7].
É de se notar também que somente na Dinastia seguinte,
ou seja, a II, editou-se uma lei permitindo que as mulheres
pudessem ocupar cargos mais elevados no país.
Tenho certeza de que foi graças à atuação de Merneith
que essa lei foi editada e tornasse possível o destaque
feminino, numa época em que o machismo era muito mais
restritivo do que hoje.
Mas vamos desdobrar estes assuntos no decorrer do
estudo que ora realizamos.
Eis aqui o que restou de um dos túmulos de Merneith:
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A figura abaixo é uma reconstituição do túmulo de
Merneith em Abidos
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CAPÍTULO I: DEBATE DOS EGIPTÓLOGOS
Não compensa citar os nomes dos egiptólogos que
defendem a tese de Merneith como faraó e dos que a
qualificam apenas como regente do filho Den.
Talvez a divisão seja meio a meio entre os prós e os
contras e cada historiador se baseia em determinados
argumentos, que julga irretorquíveis.
Eis aqui uma reprodução da fisionomia de Merneith em
estátua da sua época:
Tratava-se de uma bela mulher, que cuidava com esmero
da própria aparência e (risos!) dava muito trabalho às
esteticistas que cuidavam do seu cabelo tingido de vermelho,
sua pele e aos responsáveis por confeccionar seu vestuário,
suas joias etc. etc.
Era um modelo de bom gosto e requinte.
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1 – MERNEITH: REGENTE
Regente teria sido se apenas se restringisse a administrar
em nome do filho, que ficou órfão de pai, estando em idade
ainda inúbil.
Mas uma mulher de personalidade forte como Merneith
não se contentaria em apenas tutelar o filho enquanto infante.
Assumiu o comando do país, que, já na época,
englobava o Alto e o Baixo Egito, e só não ostentava a coroa
dupla, porque era inteligente e sutil o suficiente para não
desafiar a nobreza, que não aceitaria uma faraó de saia.
Sabia driblar as oposições e, assim, durante cinco anos,
foi faraó de fato, mesmo que muitos a tratassem como mera
regente.
O que importa, no final das contas, não é o título que
seus contemporâneos aceitaram que ela ostentasse, mas sim
suas realizações em prol do seu país e seu povo.
Os historiadores, aliás, perdem tempo demais com essa
disputa e não encontrei nenhum que desse valor às suas
realizações, perdendo tempo apenas com a disputa sobre se foi
faraó ou apenas regente.
Acho que, para os leigos, interessa muito mais saber das
suas realizações do que se pode ser considerada a primeira
faraó do Egito antigo.
O feminismo é uma bobagem e, como faraó ou como
simples regente, mudou a realidade do Egito do seu tempo,
como veremos a seguir.
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2 – MERNEITH: FARAÓ
Tenho dados para certificar que governou durante
dezessete anos, pois não teria conseguido realizar tanto em
apenas cinco anos como regente.
Enquanto seu filho ainda era menor, Merneith foi faraó
de direito e, enquanto seu filho foi faraó de direito, nos doze
primeiros anos como tal, Merneith foi faraó de fato.
Na verdade, seu entrosamento com o filho era tão grande
e tinha tanta ascendência sobre ele, o qual a idolatrava, que
ele pouco se importava de ser apenas um testa de ferro da
mãe.
Com a morte da mãe, a administração de fato passou a
um seu vizir Hemaka [7], que cuidava da parte prática do
faraó intelectual e guerreiro.
Na verdade, Hórus Den era um guerreiro e intelectual,
mas nada o motivava como administrador que tinha o dever
de ser.
Ficou conhecido como “o homem do deserto”, porque
estava sempre inventando motivos para guerrear contra os
povos do Sinai, ambicionando suas riquezas minerais.
Sua belicosidade era tão notória e sua inclinação pelas
mulheres tão evidente, que alguns daqueles povos lhe deram
esposas e concubinas em troca da promessa de não guerrear
contra eles.
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CAPÍTULO II: REALIZAÇÕES DE MERNEITH
Antes de Narmer [8], considerado o fundador da I
Dinastia, aquele território que se conhece atualmente como o
Egito antigo era povoado por uma grande quantidade de
pequenas comunidades.
Foi Narmer quem, com sua personalidade forte e
inteligente, reuniu-as em dois países: o Alto [9] e o Baixo Egito
[10], que, posteriormente, foram reunidos em um só, na época
Merneith.
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Ela, todavia, nunca foi retratada com as duas coroas,
mas Den, seu filho, já aparece com a coroa dupla. Vejam
nesta imagem:
Narmer (Menés) aplainou o terreno e retirou os
entulhos, digamos assim, para que, depois de alguns faraós
inexpressivos em termos de realizações idealistas, Merneith,
em dezessete anos, junto com outros sonhadores de sonhos
bons, dentre os quais seu filho Den e o vizir Hemaca,
construísse o alicerce do grande monumento que seria a
futura nação atualmente chamada de Egito antigo.
Vamos ver, a seguir, as principais realizações de
Merneith e seus aliados.
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1 – NA ÁREA CULTURAL
O que se pode entender como Cultura? Alguns
consideram essa expressão, consciente ou inconscientemente,
como tudo que venha a mudar a Natureza.
Acreditam que a Natureza precisa ser aperfeiçoada com
as inovações que os pesquisadores vão idealizando.
A Arte, a Filosofia, a Ciência e a Religião, que são as
quatro ramificações da Cultura, teriam de ter a mão humana
para alcançar a perfeição possível.
Dessa forma, a Arte não deve ser o aproveitamento dos
elementos abundantes no mundo, mas sim a criação de
novidades, considerando como inferiores manifestações todas
aquelas que pouco ou nada modificam as coisas que brotam
da terra, das plantas, das cordas vocais dos pássaros, do ruído
calmante das águas correntes, do roncar dos trovões etc. etc.
Artistas de escol seriam aqueles que recriam o mundo,
partindo de sua imaginação em direção a uma realidade que
eles querem que nada tenha da espontaneidade do mundo
nativo.
A Filosofia seria um eterno duvidar e interrogar-se
apenas para mostrar que o raciocínio treinado pode fazer
malabarismos que pouca gente conseguirá acompanhar e os
pouco letrados terão de reconhecer a superioridade de tais
filósofos.
Esses não levam em conta, como ponto de partida, a
Natureza, que tem suas leis sábias e que funciona sob sua
égide, com perfeição matemática.
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A Ciência dos antinaturalistas teria de voltar-se para a
criatividade levada a extremos, porque a Natureza significaria
coisa de gente inculta.
A Religião deveria ser a crença apenas naquilo que o
raciocínio cartesiano aprova e não teria nunca condições de
acreditar que Deus se manifesta inclusive através dos
fenômenos da Natureza, que os fazem respeitáveis e dignos de
reconhecimento e valorização.
Por isso, a arrogância jogou na vala do desprezo, com o
nome de Paganismo, o valor dos animais, dos vegetais, dos
minerais e dos demais elementos.
A contribuição mais importante de Merneith e seus
aliados não foi construir o que muitos construíram;
determinar seu auto endeusamento, como outros fizeram;
registrar seu nome na História a peso de falsificações, como a
maioria tem concretizado, através de historiadores
mercenários.
O que ela realizou de mais importante na área cultural?
– Investiu forte nas chamadas Casas da Vida, que eram, ao
mesmo tempo, centros onde se estudava e praticava a Arte, a
Filosofia, a Ciência e a Religião voltadas para a Natureza.
Muitos entenderam as Casas da Vida como meras
bibliotecas ou como escolas de Medicina, mas elas foram
muito mais do que isso.
Dito isto, passemos às outras realizações de Merneith.
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1.1
– OPÇÃO PELO HIERÁTICO COMO LINGUAGEM
ESCRITA DOMINANTE
Tanto quanto hoje não se faz possível o arquivamento de
grande quantidade de informações sem os recursos da
Informática, naquele tempo era a utilização de uma
linguagem menos formal e mais simplificada, que permitisse
maior velocidade na sua concretização nos registros.
O hierático, que tinha pouco prestígio diante da
linguagem hieroglífica, passou a ser usado como forma
dominante no período do reinado de Merneith.
Na certa que desagradou grande parte daqueles que
dominavam a escrita hieroglífica, que se mantinham, até
então, como profissionais seletos.
A relativa simplicidade do hierático proporcionou a
democratização da Cultura e bem assim o significativo
aumento da produção literária, científica etc.
Tendo de enfrentar os conservadores, sobretudo os
sacerdotes, foi mais um motivo para eles próprios
trabalharem contra a qualificação de Merneith como faraó.
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1.2 – AS CASAS DA VIDA: TEORIAS E PRÁTICAS
Transcrevo
o
que
consta
de
http://temple.egyptien.egyptos.net/infos/medecine.php, a fim
dos prezados leitores terem uma noção do que foram as Casas
da Vida no Egito antigo, segundo a ótica de quem elaborou o
texto:
“Medicina
A utilização de fórmulas mágicas ligadas às divindades em
numerosos remédios leva a pensar que a organização teológica
desempenhava um papel no mundo da Medicina egípcia.
Os sanatórios:
Presume-se que numerosos templos possuíam sanatórios,
instalações destinadas ao tratamento de pessoas doentes.
Todavia, somente as instalações do templo de Dendera
permanecem conservadas em bom estado. O sanatório do
templo de Dendera estava organizado em um salão central no
qual os sacerdotes derramavam água sobre fórmulas mágicas
(água destinada a ser bebida pelos doentes) e câmaras anexas
onde os doentes aguardavam a boa graça da divindade em
questão, aqui, Hathor.
Os sanatórios eram construídos próximos de templos de
divindades conhecidas por seu poder curador (Hathor era
conhecido por sua grande benevolência), a Medicina dos
sanatórios é, portanto, sobretudo, passiva.
No templo de Hatshepsout, em Deir el-Bahari, o terraço foi
utilizado, na época ptolomaica, para receber as boas graças de
Imhotep, divinizado na época. A lenda conta que uma voz ditava
os remédios a serem empregados a cada paciente.
O relevo dos instrumentos cirúrgicos do templo de Kom Ombo
(que não julgamos necessário retratar nesta transcrição) levam
a pensar que os templos, e, portanto, os sanatórios, exerciam
trabalhos cirúrgicos, pelo menos na época ptolomaica. Os
“sonhos terapêuticos” faziam igualmente parte integrante dos
remédios empregados, uma vez que possibilitavam, na tradição,
de indagar diretamente os deuses sobre os remédios a utilizar.
Aprendizado na Casa da Vida:
20
A Casa da Vida (ou “per ankh”) era uma instituição típica dos
templos do Egito antigo. Segundo Bruno Halioua, a passagem
pela Casa da Vida fazia parte dos “estudos de Medicina”. Com
efeito, parece que esses lugares conservavam numerosos papiros
muito antigos nos quais as noções de Medicina poderiam ser
abordadas.
Determinados textos fazem pensar que as Casas da Vida
representavam um verdadeiro departamento médico onde os
novos médicos podiam aprender, junto aos doentes, a prática
sanitária. Esse departamento continha também uma farmácia
onde se preparavam os remédios, se podemos interpretar assim
com base na citação: “guardiã da mirra da Casa da Vida”
registrada em um papiro.
Os especialistas se perguntam também sobre a existência de um
aprendizado clínico na Casa da Vida. Uma coisa é certa: a cópia
de documentos nessa instituição evidentemente permitiu a
conservação de uma cultura médica multimilenária nos
templos.
Sacerdotes-médicos:
A associação da Medicina com a Religião vem desde o começo
da civilização egípcia. Para eles, a doença era obra de um
demônio, que deveria ser combatido por meio de fórmulas
mágicas. A melhor maneira de combatê-los era pedir o socorro
de um deus, ou vários, o que explica essa dupla função de
sacerdote e médico. Os médicos eram subordinados aos
sacerdotes de Sekhmet ou de Selket (ou Selkis). Com efeito,
segundo a tradição, era Sekhmet que espalhava as doenças no
mundo… mas que sabia igualmente curá-las. Os sacerdotes de
Selket tinham que passar pelo animal de poder dela: um
escorpião, representação do mal que era necessário destruir. Os
sacerdotes de Sekhmet estavam preparados para atuar também
como veterinários.
Existiram igualmente sacerdotes-médicos, sacerdotes esses que,
além de outras tarefas a serviço de um deus, estudavam a
Medicina. É o caso de Qâr, sacerdote-médico do Antigo
Império, cuja tumba foi recentemente descoberta em Saqqarah.
Essa tumba continha numerosos instrumentos cirúrgicos e
também numerosas estátuas de divindades… ligadas à
21
Medicina, como Imhotep (considerado o criador da Medicina)
Hathor, Osíris e também Sekhmet.
Todas essas informações colocam em evidência o papel
importante do templo na Medicina egípcia, além da sua
implicação econômica.”
22
2 – NA ÁREA RELIGIOSA
O próprio nome Merneith dá uma indicação da
preferência da faraó pela deusa mais antiga do Egito, que era
Neith, a deusa-mãe, a qual muitos séculos depois seria
chamada por muitos de Madona Negra, identificada no
Cristianismo como a Mãe Santíssima, a Mãe de Jesus e, no
Brasil, a partir do final do século XVIII, como Nossa Senhora
Aparecida.
Outro deus da sua preferência era Hórus, que muitos
não entenderam, mas que era respeitado e adorado pela sua
posição na hierarquia dos deuses como a que Jesus Cristo foi
guindado na crença dos que instituíram a corrente religiosa
chamada de Cristianismo.
Um terceiro deus, menor do que os dois citados
anteriormente, seria Seth, o responsável mais destacado pela
luta do Bem contra o Mal.
Assim, fazendo uma comparação com a crença cristã,
Merneith adorava, com as devidas adaptações, a Jesus Cristo,
Mãe Santíssima e o Arcanjo Miguel.
Essa mudança de rumo na religião egípcia perdurou por
um tempo não muito posterior ao decesso de Merneith e seu
filho, uma vez que outros faraós que a sucederam, de outras
Dinastias, destacaram outros deuses.
23
2.1 – CASAS DA VIDA: TEMPLOS DE ESOTERISMO [11]
AVANÇADO
As Casas da Vida se localizavam, naquela época, em
templos dedicados a Hórus, a Seth e a Neith, naturalmente,
pois eram os deuses da devoção da faraó, que materialmente
as sustentava com seus recursos financeiros pessoais, que não
eram poucos.
Vale a pena repetir que Hórus era a simbolização de
daquele que tinha todo o prestígio e o poder de Jesus Cristo.
Tratava-se de um personagem de grandiosa estatura
espiritual, maior do que os outros deuses masculinos.
Neith era a Mantenedora de todas as formas de vida,
como uma Grande Mãe de todas as criaturas: era a maior das
entidades espirituais femininas, da mesma elevação de Hórus.
Abaixo deles havia a força justiceira de Seth, em quem
alguns desinformados viram só o aspecto violento.
Os sacerdotes moravam no andar superior desses
templos, enquanto que o andar térreo era ocupado pelas
atividades das Casas da Vida.
Somente pessoas que conseguiam aprovação, através de
testes de moralidade, inteligência e coragem, podiam
ingressar nas Casas da Vida inicialmente como aprendizes e,
de acordo com o caso, continuarem ligados a ela mais ou
menos importantes dentro da sua estrutura organizacional.
Mas, infelizmente, apesar de todos os investimentos
naqueles aprendizes ou graduados, grande número deles se
desviava do caminho da retidão, porque a Ética era o dado
mais importante, tanto na vida pública quanto na vida
privada, sendo que, realmente, até hoje poucas pessoas
24
conseguem viver um estilo de vida que se possa classificar
como realmente ética.
O chamado Esoterismo era um conjunto de
conhecimentos e vivência, sobretudo, das formas de
integração com a Natureza de corpo e alma, o que
proporcionava aos iniciados saúde acima do comum das
pessoas, força mental e capacidade de curar os doentes do
corpo e da mente.
Sabiam que há uma figura central no panteão dos deuses
onde estaria o Criador e Mantenedor do Universo, que
chamavam de Grande Mistério.
Os deuses acima referidos seriam os intermediários mais
graduados do Grande Mistério junto aos humanos da Terra.
Quanto aos animais, vegetais e minerais, eram tratados
como criaturas tão respeitáveis no sentido de compromisso de
não matá-las nem limitar-lhes a liberdade sem razão.
Afirma-se que, por exemplo, que os leões eram a segunda
espécie mamífera mais numerosa, somente suplantada pelos
seres humanos.
Por aí dá para entender o porquê de terem existido
tantas representações artísticas, como esculturas etc., de
gatos, crocodilos, chacais, falcões etc. etc.
Os sacerdotes cristãos deturparam a compreensão sobre
isso tudo com a única finalidade de adquirirem riquezas e
prestígio à custa da nova religião que implantaram, que
chamaram de Cristianismo, como se Jesus Cristo tivesse
fundado alguma corrente religiosa.
25
Mas este assunto consta de outros livros e para este basta
dizer que os cultos a Hórus, Seth e Neith não eliminavam a
crença no Grande Mistério.
Assim, o chamado Paganismo fica compreensível para os
prezados leitores.
Não eram politeístas nem pagãos, mas sim
representavam os emissários divinos sob a aparência de
criaturas que respeitavam, ou seja, os sub-humanos eram
valorizados e não maltratados e dizimados, como acontece
hoje.
26
3 – NA ÁREA ADMINISTRATIVA
A diferença entre um administrador bondoso e um
administrador perverso é que as realizações do primeiro são
úteis a grande número de pessoas, enquanto que as do
segundo servem apenas para si mesmo e seus bajuladores.
Merneith introduziu mudanças que melhoraram as
condições de vida da grande população do seu país.
Com isso desagradou a classe da nobreza, que passou a
odiá-la e fez de tudo para apagar seu nome, só não o
conseguindo porque Hórus Den, ao contrário, valorizou-a a
ponto de, depois do falecimento dela, instituir o culto a uma
nova deusa, que chamou de Mafdet.
Para quem tem intenções nobres e generosas tudo são
oportunidades de concretizar medidas progressistas.
Enumerar
as
várias
medidas
administrativas
implementadas é impossível, pois cada dia representava uma
série de ideias inteligentes e boas colocadas em prática para
gerar felicidade, cultura e meios de sobrevivência para todos,
através do trabalho.
Imaginem uma governante criativa e idealista e verão
Merneith atuando durante dezessete anos.
27
3.1 – TRANSFORMAÇÃO DE VILAREJOS EM GRANDES
CIDADES
Na História do Egito aparecem várias grandes cidades,
algumas delas desenvolvidas naquela época.
Eis aqui os nomes de algumas das grandes comunidades
egípcias: Abidos, Abusir, Alexandria, Amarna (Akhetaten),
Amenemhat-itj-tawy, Assiut, Assuã, Aváris, Buto, Canopo,
Dendera, Djedet, Edfu, Elefantina, Heliópolis, Herancleópolis
Magna, Hermópolis, Leontópolis (Heliópolis), Mênfis,
Naqada, Naucratis, Nekhen, Pelúsio, Pi-Ramsés, Saís,
Sebenitos, Tafnes, Tânis, Tebas, Tennis e Tinis.
28
SEGUNDA PARTE: A DEUSA MAFDET
29
1 – A PRIMEIRA DEUSA DA JUSTIÇA
Realmente, o culto a Mafdet foi instituído por Hórus
Den.
“A deusa era destacada durante o reinado do faraó
Den, da primeira dinastia, cuja imagem aparece em
fragmentos de vasos de pedra do seu túmulo e é
mencionada em uma dedicatória na pedra de Palermo.”
(https://en.wikipedia.org/wiki/Mafdet)
Suas atribuições eram a aplicação da Justiça e outras,
dentre as quais guardar a segurança do faraó, que era, nada
mais, nada menos do que o próprio filho, que nunca a
esqueceu.
30
2 – A SENHORA DA CASA DA VIDA
Vejam esta citação: “Her other known titles include
“Lady of the House of Life”, “Slayer of Serpents”, and the
“Great Cat”.” (Seus outros títulos conhecidos são ‘a Senhora
da Casa da Vida’, ‘Caçadora de Serpentes’ e ‘Grande
Felina’”.)
31
NOTAS
[1] Merneith
“Merineit, Merneit, Merneith ou MerytNeith ("Amada
de Neit") foi possivelmente esposa do faraó Dyet e mãe
de Den. É por alguns considerada como a primeira
rainha dirigente do Antigo Egito, durante a minoridade
de seu filho Den.
Encontrou-se uma rastro com seu nome num túmulo em
Umm el Qaab em Abidos. Seu nome também se
encontrou num selo no túmulo T de Umm el Qaab, com
as dos monarcas da Dinastia I.
É possível que tenha sido ali sepultada, ainda que se
acharam restos de sua mastaba em Saqqara.
Precedido por
Djet
Faraó regente
3050 a.C. 3045 a.C.
Sucedido por
Den
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Meritneit)
[2] I Dinastia
“A primeira
dinastia de faraós egípcios faz
parte,
juntamente com a segunda dinastia, da Época
Tinita (os Hórus tinitas - por terem origem em Tis,
no Alto Egipto) ou período arcaico da sua história, indo
de 3200 a.C. até 2778 a.C (variando estas datas consoante
as fontes bibliográficas).
A primeira e segunda dinastia são, ainda, unidas sob a
designação de "Período Protodinástico", sendo
antecedida, por alguns autores, de uma Dinastia 0.
Começou com a unificação do Alto Egipto com o Baixo
Egipto. Formava-se, assim, um reino que ia da primeira
32
catarata em Assuão até ao Delta do Nilo, ao longo deste
rio.
Os documentos históricos que nos chegam desta época
são escassos, reduzindo-se a alguns monumentos e
alguns objectos que ostentam o nome dos governantes. A
chamada "paleta de Narmer" é, sem dúvida, destes
objectos, o mais importante e mais discutido. Uma das
razões para esta falta de documentação deve-se ao facto
de escrita estar, então, em desenvolvimento, não existindo
na forma acabada dos hieróglifos que conhecemos hoje.
Grandes túmulos reais em Abidos, Naqada e Saqqara,
juntamente com os cemitérios em Helouan, perto
de Mênfis, revelam estruturas construídas em grande
parte de madeira e tijolo de adobe. A pedra era,
parcamente, utilizada no revestimento de paredes e do
chão. A pedra era aplicada essencialmente na
manufactura de ornamentos, recipientes e estátuas.
Lista de Faraós
A primeira dinastia foi composta pelos seguintes faraós
(por ordem cronológica):
Primeira dinastia
Nome
Comentários
Data
reinado
Narmer
ou Menés?
3200
a.C.
Aha
–
do
3049
33
Djer
3049
a.C.
–
3008
Djet
3008
a.C.
–
2975
Merneith
Regente
Den
Den
ou Udimu
2975
a.C.
–
2935
Anedjib
ou Enezib
2935
a.C.
–
2925
Semerkhet
2925
a.C.
–
2916
Qaa
2916
a.C.
–
2890
Precedido por
Dinastia 0
de
Dinastias
faraónicas
–
Sucedido por
II dinastia
(https://pt.wikipedia.org/wiki/I_dinastia_eg%C3%ADpcia)
[3] Hórus Den
“Den,
também
conhecido
como HorDen, Dewen e Udimu, é filho de Hórus foi um Faraó da
34
que governou durante Primeira Dinastia Egípcia . Ele é o
melhor governante arqueologicamente -atestado deste
período. Den trouxe prosperidade para o seu reino e
inúmeras inovações são atribuídas ao seu reinado. Ele foi
o primeiro a usar o título de "Rei da Baixa e Alto Egito",
e o primeiro descrito como vestindo a coroa dupla
(vermelho e branco).. O piso de seu túmulo e de
sua tumba em Umm el-Qa'ab e em Abydos é feito de
granito vermelho e preto, e foi a primeira vez no Egito
esta pedra dura foi usada como material de construção.
Durante seu longo reinado, ele estabeleceu muitos dos
padrões de condutas ao ritual tribunal e royalties usados
por governantes posteriores e ele foi tido em alta
consideração por sua imediata relação pelos seus
sucessores imediatos.
Foi um dos governantes mais importantes deste período.
Seu reinado é marcado por um grande desenvolvimento
na arquitetura funerária e pelo progresso do estado, na
administração, economia, artesanato, religião. Mais de 30
mastabas foram erguidas em Saqqara e Abu Rawash
durante o seu reinado, por funcionários de todos os tipos,
isso é sinal de uma administração próspera e forte.
Assim como Djer, parece que Den também colaborou com
a medicina e um dos estudos que se acredita seja de sua
autoria, versa sobre o tratamento de fraturas.
Den está registrado em numerosos objetos e fragmentos.
Um selo de marfim encontrado em Abidos, mostra Den
atacando um prisioneiro asiático. Seu nome aparece no
serekh encimado por Hórus, mas há na frente da cena a
representação de Seth como animal (chacal).
O faraó Den foi o primeiro de uma série de eventos como,
o primeiro a adotar o nome Nebty ou Duas Senhoras, o
primeiro a ser representado usando a coroa dupla, o
primeiro a incorporar uma longa escadaria em sua tumba
e foi o criador da posição de vizir para o Baixo Egito
(ocupada por um homem de nome Hemaka, cuja tumba,
35
muito rica, está em Saqqara). Também é creditado a ele o
primeiro censo no Egito, contando todas as pessoas do
norte, leste e oeste para determinar os impostos.
O historiador egípcio antigo Manetho o chamou de
"Oúsaphaîdos" e creditou-o com um reinado de 20 anos,
enquanto o Royal Canon of Turin está danificado e,
portanto, incapazes de fornecer informações sobre a
duração do reinado de Den. Egyptologists em geral
acreditam que Den teve um reinado de 42 anos, com base
nas inscriptions da Palermo Stone.
Fontes dos Nomes
O nome do Faraó Den, serekh é bem atestada em
impressões de selos de barro, nos rótulos de marfim e em
inscrições em vasos feitos de xisto, diorito e mármore. Os
artefatos foram encontrados em Abydos, Sakkara e Abu
Rawash. O nome de Den também é atestada em
documentos posteriores. Por exemplo, o Papiro de
Medicina de Berlim (Ramesside era) discute vários
métodos de tratamento e terapias para uma série de
doenças diferentes, Alguns desses métodos são disse a
origem no reinado de Den, mas esta declaração pode ser
simplesmente tentando fazer o aconselhamento médico
som tradicional e autoritária. Da mesma forma, Den é
mencionado no Papyrus of Ani (também datada de
Ramesside vezes ) no capítulo 64.
Identidade
Na serekh de Den era "Den" ou "Dewen", o mais
provável que significa "aquele que traz a água". Isto é
consistente com o seu nome de birth name, que significa
"ele dos dois desertos. Egiptólogos, como Toby
Wilkinson e Francesco Tiradritti pensar que o nome de
nascimento refere-se ao leste e do deserto ocidental ambos em torno Egito como escudos de proteção do Baixo e Alto Egito. Isso está de acordo com a
introdução da Nisut-Bity quanto ao título instituído por
36
Den. Este título real foi projetado para legitimar o poder
sobre todo o Egito.
A família de Den tem sido objecto de investigação
significativa. Sua mãe era a rainha Merneith; esta
conclusão é apoiada por impressões de selos
contemporâneos e pela inscrição na pedra Palermo. As
esposas de Den eram as rainhas Semat, Nakht-Neith e,
possivelmente, Qua-Neith. Ele também teve numerosos
filhos e filhas, seus possíveis sucessores para seus
herdeiros poderiam ter sido os reis Anedjib e Semerkhet.
Den Casa Real também é bem pesquisado. túmulos
subsidiários mastabas e Sakkara pertencia a altos
funcionários, como Ipka, Ankh-ka, Hemaka, Nebitka,
Amka, Iny-ka and Ka-Za. Em um túmulo subsidiária
nas necropolis, foi encontrado o stela raro de um anão
chamado Ser-Inpu .
O nome de nascimento de Den foi mal interpretado e
traduzido por Ramesside E na listas do Reis Abydos King
List tem “Sepatju” escrito com dois símbolos de
"distrito". Esta deriva dos dois símbolos do deserto, que o
faraó Den originalmente tinha usado. Na lista Turin
King List refere-se a "Qenentj”, que é bastante difícil de
traduzir.
A
origem
dos
hieróglifos
usados hieroglyphs pela Royal Canon of Turin
permanece
desconhecida.
A Saqqara
Tablet misteriosamente omite Den completamente.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Den)
[4] Mafdet
“Nos primórdios da mitologia egípcia Mafdet era uma
deusa associada à justiça e ao poder real. O seu nome
significa provavelmente "a corredora".
Era representada como um animal que ainda não foi
possível identificar, sendo talvez uma pantera, um gato
37
almiscarado (civeta) ou mangusto) subindo por um
bastão onde havia uma lâmina amarrada por uma corda.
É provável que esta tenha sido a arma usada para
decapitação nos primórdios. Em cenas do Novo Império
ela é vista como o carrasco das criaturas malignas.
Este instrumento era usado na aplicação da justiça,
estando assim Mafdet ligada ao aspecto punitivo da
justiça.
Mafdet era a deusa da justiça legal ou possívelmente da
execução, mas também era associada à proteção dos
aposentos do rei e de outros locais sagrados, e ainda com
a proteção contra animais venenosos, que eram vistos
como transgressores da lei de Ma´at.
É uma deusa bastante antiga, que já era adorada no
tempo da I Dinastia (Época Tinita).
Nos Textos das Pirâmides (meados do III milénio a.C.),
assassina com as suas garras a serpente Apofis.
Acreditava-se que a deusa combatia os escorpiões e
as serpentes com as suas garras afiadas.
Para além deste aspecto feroz, Mafdet tinha igualmente
um lado benéfico, sendo invocada para afastar as picadas
dos escorpiões e das serpentes. Era por isso chamada de
"Senhora da Casa da Vida", uma referência ao local
onde se curavam os doentes no Antigo Egipto. A deusa
era também encarada como protectora do faraó.
Essa deusa foi muito importante durante o reinado do
faraó Den, da primeira dinastia, sua figura aparece em
fragmentos de vasos de pedra da tumba deste faraó e é
mencionada numa introdução dedicatória na Pedra de
Palermo.
Ela também é mencionada nos Textos das Pirâmides do
Antigo Império como protetora do deus sol Ra, contra
cobras venenosas.
Representações
38
Deusas felinas.
Artisticamente, Mafdet é mostrada como um felino, uma
mulher com cabeça de felino ou um felino com cabeça de
mulher, algumas vezes com os cabelos trançados cujas
pontas terminam em caudas de escorpião. Algumas vezes
ela é representada com um enfeite de cabeça feito de
cobras.
Também temos Mafdet como um felino correndo ao lado
do grupo responsável por uma execução. Era dito que
Mafdet arrancava o coração dos malfeitores, colocandoos aos pés do faraó, da mesma forma que os gatos
domésticos fazem quando deixam aos pés do dono,
roedores ou pássaros que caçaram.
Durante o Novo Império, Mafdet podia ser vista no salão
dos julgamentos em Duat, onde os inimigos do faraó
eram decapitados pelas garras de Mafdet.
Seu culto foi substituído, mais tarde, pelo de Bast, outra
deusa-gato e uma guerreira leoa, Sekhemet, que era vista
como protetora do faraó. Sua imagem felina permaneceu
associada com os faraós, inclusive em seus bens pessoais
e até mesmo na cama sobre a qual sua múmia era
colocada.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Mafdet)
[5] Casas da Vida
“Casa da Vida ou Casa de Vida (em egípcio: Per Ankh)
era o nome dado a instituição existente no Antigo
Egipto dedicada ao ensino no seu nível mais avançado,
39
funcionando
igualmente
como biblioteca, arquivo e
oficina de cópia de manuscritos. As Casas de Vida eram
acessíveis apenas aos escribas e aos sacerdotes.
Não se conhecem muitos pormenores sobre esta
instituição, mas sabe-se que está surgiu na época
do Império Antigo. Teria como sede o palácio real, mas
funcionaria numa parte do templo ou então no edifício
situado dentro da área do templo. Provavelmente cada
cidade de dimensão média teria a sua Casa de Vida,
conhecendo-se a presença destas instituições em locais
como Amarna, Edfu, Mênfis, Bubástis e Abidos.
Em
Amarna a Casa de Vida era constituída por duas salas
principais e os seus anexos, como a casa do director da
instituição.
Entre os ensinamentos ministrados nas Casas de Vida
encontravam-se os de medicina, astronomia, matemática,
doutrina religiosa e línguas estrangeiras. O
conhecimento destas últimas tornou-se importante
durante o Império Novo devido ao cosmopolitismo da era,
marcada pelo domínio do Egipto sobre uma vasta área
que ia da Núbia até ao rio Eufrates.
Os escribas que trabalhavam nas Casas de Vida tomavam
títulos como "Servidores de Rá" ou "Seguidores de
Rá". Rá era o deus solar egípcio, aquele que dava a vida;
assim, o título estava associado à ideia de que os escribas
seriam eles próprios transmissores de vida. As Casas de
Vida encontravam-se também associadas a Osíris, deus
do renascimento. Acreditava-se que o acto de copiar
textos ajudaria o deus a renascer todos os anos no seu
festival. Bibliografia:
- "As Casas da Vida do Egito Antigo e de Hoje",
Irmandade dos Anônimos, Ed. AMCGuedes, Rio de
Janeiro, 2013;
- "O Trabalho Espiritual das Casas da Vida", Irmandade
dos Anônimos, Ed. AMCGuedes, Rio de Janeiro, 2013.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Vida)
40
[6] Abidos
“Abidos, Abido ou Abdju (em grego: Αβυδος; em egípcio
antigo: Abedju, ȝbḏw; em árabe: ‫)أأ أأأ أ‬, foi o lugar
de enterro mais importante de Antigo Egito a começos do
período dinástico, e deixou impressões de assentamento
que remontam até o período pré-dinástico de Nacada I.
Com importância política desde a construção dos templos
do faraó Seti I e posteriormente de seu filho Ramsés II,
Abidos foi uma das províncias mais importantes durante
a XIX dinastia e uma das cidades mais importantes
do Baixo
Egito,
junto
com Tebas, Dendera, Assuã, Luxor, Carnaque e Abu
Simbel.
Abidos foi o centro religioso de maior veneração popular
em Egito. O culto a Osíris, no que se produzia
ritualmente a morte e a ressurreição do deus, atraía
peregrinos de todos os cantos do país. Muita gente
desejava participar nas cerimônias nas quais se fazia
referência a passar por processos de dor e morte para
depois ressurgir ou reviver num mundo e uma
consciência completamente novos.
Na zona entre o templo de Osíris e os cemitérios, que se
estendia 1,5 km aproximadamente ao sudoeste de Kom elSultan, até o templo de Seti I, os cemitérios são muitos
mais extensos do que outros jazigos funerários locais. No
Império
Médio
os
faraós
começaram
a
construir cenotáfios em Abidos, culminando na XIX
dinastia com os templos de Seti I e Ramsés II.
As atracções mais importante em Abidos são os templos
de Seti I, Ramsés II, o de Osíris, e o Osireion, que se
encontra por trás do templo de Seti I.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Abidos_(Egito))
41
[7] Saqquara
“Sacará ou Sacara (em árabe: ‫ ; أأأ أأ‬transl.: Saqqar
a) é o nome de um sítio arqueológico do Egito, que
funcionou como necrópole da antiga cidade de Mênfis,
uma das várias capitais que o Antigo Egito conheceu ao
longo da sua história. Situa-se a cerca de trinta
quilómetros a sul da moderna cidade do Cairo,
apresentando uma área com mais de seis quilómetros de
comprimento e um quilómetro e meio de largura. No
local encontram-se estruturas funerárias de um período
que se estende desde 3 000 a.C. até 950 d.C.
O nome "Sacará" deriva de Sokar, nome de um deus
da mitologia egípcia considerado como protector da
necrópole e que junto com o deus Ptá e o
deus Nefertum formava a tríade (agrupamento de três
divindades) de Mênfis. Alternativamente, há também
quem procure relacionar este nome com o de uma tribo
que ali viveu no passado, os Beni Sokar.
Atualmente foi descoberto um túmulo, ao qual se
encontravam os restos mortais da rainha Checheti (r.
2323–2 291 a.C.).Foi afirmado que a tumba que continha
os restos mortais dentro de um sarcófago de granito, foi
muito saqueada ao longo dos séculos. O túmulo foi
encontrado perto de uma pirâmide descoberta a pouco
tempo. A rainha Shesheti, mãe do rei Teti, foi a primeira
faraó da 6ª dinastia a governar o Egito. (8/1/9)
Túmulos da Época Tinita
Na região norte de Sacará ("Sacará Norte" na
linguagem arqueológica) foram descobertos a partir dos
anos trinta do século XX um conjunto de túmulos de
grande dimensões datados da Época Arcaica ou Tinita
(período histórico constituído pela I e II dinastias).
42
A descoberta destes túmulos gerou certa perplexidade no
meio egiptológico, dado que foram considerados como
túmulos reais. Na época já se conheciam os túmulos reais
da I dinastia em Abidos, tendo sido avançada a hipótese
de que em Sacará estariam os verdadeiros túmulos reais e
em Abidos uma espécie de cenotáfios. Contudo, hoje em
dia considera-se que estes túmulos eram de altos
funerários da época.
Os túmulos encontrados correspondem ao tipo mastaba,
encontrando-se alinhados no sentido norte-sul. Foram
construídos em adobe, apresentando fachadas que imitam
a fachada de um palácio real.
Complexo funerário de Djoser
Pirâmide de Djoser e ruínas circundantes
Sacará é conhecida por nela se encontrar o complexo
funerário de Djoser, rei da III dinastia egípcia, com a sua
conhecida pirâmide em degraus (ou escalonada), embora
esta estrutura, data de cerca de 2 630 a.C., não seja
verdadeiramente uma pirâmide. O arquitecto do
rei, Imhotep,
levantou
no
local
uma mastaba quadrangular, sobre a qual se ergueram,
numa primeira fase, três andares e depois, mais dois. A
estrutura acabou assim por apresentar seis "degraus",
atingindo cerca de sessenta metros de altura.
A mastaba apresentava o poço funerário habitual cavado
no centro. Ao lado deste jazigo encontram-se outros
aposentos funerários destinados a familiares do rei, cujas
paredes estão cobertas por placas azuis.
43
O complexo inclui também um pátio ao ar livre, onde se
celebrava a festa Sed, através da qual se pretendia
renovar a força vital do soberano graças à realização de
uma série de rituais. A norte do pátio estão dois edíficios
que representam o Alto Egipto e o Baixo Egipto. Também
na zona norte se encontra o serdab, nome árabe que
designa uma pequena capela funerária onde se colocava
uma estátua do defunto. Ali foi encontrada uma estátua
do rei que se encontra hoje no Museu Egípcio do Cairo.
O complexo encontra-se rodeado por uma muralha com
dez metros de altura, que apresenta catorze portas falsas e
uma verdadeira.
Complexo funerário de Sekhemkhet
Em Sacará também se encontra o complexo funerário de
Sekhemkhet, o sucessor de Djoser. Situado a sudoeste do
complexo de Djoser, este complexo não chegou a ser
concluído devido à morte prematura do rei. O núcleo
central era uma pirâmide com sete degraus, estando o
complexo cercado por uma muralha. Debaixo da câmara
funerária (onde se encontrou um sarcófago, mas sem um
corpo dentro) existiam também galerias. As semelhanças
deste complexo com o do rei Djoser leva alguns
investigadores a considerar que ele pode também ter sido
concebido por Imhotep.
Serapeu
Serapeu é a denominação atribuída a um necrópole a
noroeste do complexo de Djoser onde se sepultaram os
bois sagrados Ápis em grandes sarcófagos de granito.
Esta estrutura, que consiste numa série de galerias
subterrâneas,
foi
descoberta
pelo
egiptólogo
francês Auguste Mariette e foi usada entre o tempo da
XVIII dinastia (talvez desde o reinado de Amenófis III) e
a era ptolemaica.
Necrópole de animais sagrados
44
Na parte norte de Sacará situa-se outra necrópole para
animais sagrados, onde se encontraram babuínos, falcões
e íbis mumificados; as mães dos touros Ápis foram
também sepultadas na área. A partir da Época Baixa
(século VII - século III a.C.) verificou-se um crescimento
da importância religiosa destes animais, tendo sido
construído nesta zona de Sacará templos dedicados ao
culto dos animais, acompanhados de estruturas
residenciais para os sacerdotes.
Sacará foi também um centro de devoção à deusa Bastet,
como revelam as milhares de múmias de gatos que foram
encontradas no sítio.
Mosteiro de Apa Jeremias
No final do século V d.C. foi fundado um mosteiro copta
em Sacará por Apa ("pai") Jeremias. À medida que a
comunidade cresceu, construíram-se capelas, igrejas e
outros edifícios, recorrendo aos materiais que se
encontram na zona. O mosteiro deixou de funcionar em
meados do século IX.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Sacar%C3%A1)
[8] Narmer
“Narmer foi um faraó do Antigo Egito da Época
Tinita (século XXXII a.C.). É pensado que ele é o
sucessor do faraó protodinástico Escorpião II (ou Selk)
e/ou Ka, e é considerado por alguns como sendo o
unificador do Egito e fundador da Primeira Dinastia, e
portanto o primeiro faraó do Egito unificado.
A identidade de Narmer está sujeita a contínuo debate,
embora o consenso dos egiptólogos é de que Narmer foi o
faraó protodinástico Menés (ou Merinar revertendo dois
hieróglifos que escrevem Narmer). Menés é também
creditado com a unificação do Egito, como o primeiro
45
faraó. Esta conclusão de identidade conjunta é
evidenciada por diferentes titularias reais em registros
arqueológicos e históricos, respectivamente.
Nome e identidade
O comumente usado nome Narmer é uma interpretação
do nome Hórus, um elemento da titularia real associado
com o deus Hórus, e é mais integralmente dado
como Hor(us) Nermeru, ou Hor(us) Merinar quando
revertendo a pronunciação de 2 hieróglifos no nome.
Nos hieróglifos egípcios, Narmer é representado
foneticamente pelo hieróglifo peixe-gato (n’r) e cinzel
(mr).
Narmer e Menés
Pela Época Tinita, o registro arqueológico refere-se ao
faraó por estes nomes Hórus, enquanto os registros
históricos,
como
evidenciados
nas
listas
de Turim e Abidos, usam uma titularia real alternativo, o
nome Nebty. Diferentes elementos titulares do faraó
foram muitas vezes usados isoladamente, por razões de
brevidade, embora a escolha variou de acordo com a
circunstância e período.
A corrente egiptóloga central segue o consenso de
achados de Petrie em reconciliação com os dois registros
e conecta o nome Hórus Narmer (arqueológico) com o
nome nebty Menés (histórico). Lloyd (1994) encontrou a
identificação "extremamente provável", e CervellóAutuori (2003) categoricamente afirma que "Menés é
Narmer e a Primeira Dinastia começa com ele".
Reinado
A
famosa Paleta
de
Narmer,
descoberta
em 1898 em Hieracômpolis, mostra Narmer exibindo a
insígnia de ambos Baixo e Alto Egito, dando origem à
teoria que ele unificou os dois reinos em 3100 a.C..
46
O consenso egiptólogo geral identificando Narmer como
Menés não é de forma universal. Isto tem implicações
para o acordado da história do Antigo Egito. Alguns
egiptólogos defendem que Menés é a mesma pessoa
que Hor-Aha, e que ele herdou um Egito já unificado de
Narmer; outros acham que Narmer iniciou o processo de
unificação, conseguindo parcialmente este feito, deixando
a conclusão para Menés. Argumentos que tenham sido
feitos que Narmer é Menés é por causa de sua aparição
em várias ostracas em conjunto com o hieróglifo do
tabuleiro de um jogo para mn que parece ser um registro
contemporâneo do contrário rei mítico.
No sítio de Nahal Tillah, um caco de cerâmica foi
encontrado com o serekh do rei Narmer mostrando que
os reis egípcios tinham cinco nomes reais, um dos quais
inclui também os sinais de min (Menés), sem título ainda
mas adjacente ao nome de Hórus de Narmer. Isso levaria
a conclusão de que os nomes reais de Menés
incluem Narmer. No entanto, há contradições dentro de
cada ostraca que menciona Menés, impedindo qualquer
prova definitiva de sua identidade. A lista de reis
recentemente
encontrada
nas
tumbas
de Den e Qa'a ambas listam Narmer como o fundador da
sua dinastia, que foi seguido por Hor-Aha (mas Menés
estava ausente).
Outra teoria é igualmente plausível que Narmer foi o
sucessor imediato para o rei que conseguiu unificar o
Egito (talvez Escorpião II, cujo nome foi encontrado em
uma
cabeça
de
clava
também
descoberta
em Hieracômpolis), mas ele adotou símbolos de
unificação que já haviam sido usados talvez por uma
geração.
Sua esposa é pensado ter sido Neithhotep (literalmente:
"Neith está satisfeita"), uma princesa do norte do Egito.
Inscrições com o seu nome foram encontradas em tumbas
pertencentes aos sucessores imediatos de Narmer, HorAha e Djer, insinuando que ela era mãe de Hor-Aha.
47
Tumbas e artefatos
Durante o verão de 1994, a expedição de escavadeiras de
Nahal Tillah, no sul de Israel, descobriu um fragmento
de cerâmica incisa (ostraca) com o sinal do serekh de
Narmer, o mesmo indivíduo, cuja paleta cerimonial de
ardósia foi encontrada por James E. Quibell no Alto
Egito. A ostraca foi encontrado em uma grande
plataforma circular, possivelmente as bases de um silo de
armazenamento em Halif Terrace. Datado de 3000 a.C.,
estudos mineralógicos do fragmento concluem que é um
fragmento de uma garrafa de vinho que havia sido
importado do Vale do Nilo para Canaã.
Narmer havia produzido cerâmica egípcia no sul
de Canaã – com o seu nome estampado nos vasos – e
depois exportou de volta para o Egito. Os locais de
produção incluem Tel Arad, Ein HaBesor, Rafá, e Tel
Erani.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Narmer)
[9] Alto Egito
“Alto Egito (árabe: ‫ أأأأ أأأ‬Sa'id Misr) é uma
faixa de terra, em ambos lados do Vale do Nilo, que se
estende desde os limites da catarata ao norte do
atual Assuão para a área entre El-Ayait e Dahshur
Zawyet (que fica ao sul do atual Cairo). O trecho norte do
Alto Egito, entre El-Ayait e Sohag é às vezes conhecido
como Médio Egito. O Alto Egito é mais frequentemente
usada como uma divisão do Egito Antigo. Os modernos
habitantes do Alto Egito são conhecidos como Sa'idis;
eles geralmente falam o Sa'idi arábico. O Alto Egito era
conhecido como Ta Shemau, que significa “terra de
juncos”. Foi dividido em 22 distritos chamados nomos. O
primeiro nomo foi mais ou menos onde é Assuão e o
vigésimo segundo foi na moderna Atfih (Aphroditopolis),
logo ao sul do Cairo.
48
História
A primeira casa do Alto Egito pré-dinástico
foi Hieracômpolis (em grego: Hierakonpolis), cuja
divindade patrono era a deusa abutre Nekhbet. Para a
maior parte do Egito faraônico, Tebas era o orifício
administrativo do Alto Egito. Após a sua destruição
pelos assírios sua
importância
diminuiu.
Sob
os ptolomeus a cidade de Ptolomaida, assumiu o papel de
capital do Alto Egito. O Alto Egito era representado pela
coroa branca Hedjet, e seus símbolos eram o lótus e o
carriço.
Por volta de 3200 a.C., o Alto Egito, sob Narmer,
conquistou o Baixo Egito, unificando todo o território sob
uma coroa.
No século XI, um grande número de pastores, conhecidos
como hilalianos, fugiram do Alto Egito e se mudaram
para o oeste da Líbia tão quanto para Tunis. Acredita-se
que as condições de pastagens degradadas no Alto Egito,
associados com o inicio do Período Medieval Quente,
foram à causa da migração.
No século
XX no Egito,
o
título Príncipe
de
Sa'id (significando príncipe do Alto Egito) foi usado
pelo herdeiro aparente ao trono egípcio. Apesar de a
monarquia egípcia ter sido abolida em 1953, o título
continua a ser usado por Muhammad Ali e chefe
hereditário, Sheikh Beja Khawr al`allaqi, Príncipe do
Sa'id.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Alto_Egito)
[10] Baixo Egito
“Baixo Egito é a região mais ao norte do Egito. Refere-se
ao fértil Delta do Nilo, que se estende desde a área
entre El-Aiyat e Dahshur Zawyet, sul da moderna Cairo,
ao Mar Mediterrâneo.
49
Hoje existem duas vias principais que o Nilo tem pelo
Delta do rio: uma no oeste, em Rashid e uma no leste
em Damieta. Na antiguidade, Plínio, o Velho disse que ao
atingir o Delta do Nilo há sete ramos (de leste para
oeste): Pelúsio, Tânis, Djedet, Phatnitic, Sebennytic, Rose
ta e Canopo. Hoje, a região do Delta está bem irrigada,
atravessada por muitos canais e canaletas.
O clima no Baixo Egito é mais suave do que o do Alto
Egito, devido principalmente à sua proximidade com
o Mar Mediterrâneo. As temperaturas são menos
extremas e as chuvas são mais abundantes.
O Baixo Egito foi conhecido como Ta-Mehu que significa
"terra do papiro". Foi dividido em 20 distritos
chamados nomos, o primeiro dos quais era Lisht. Porque
o Baixo Egito era mais subdesenvolvido, subdesenvolvido
para a vida humana e cheio de todos os tipos de plantas,
como gramíneas e ervas, o organização do nomo sofreu
várias alterações.
A capital do Baixo Egito foi Mênfis. Sua divindade
patrona foi à deusa cobra Uadjit. O Baixo Egito era
representado pela coroa vermelha Deshret, e seus
símbolos eram o papiro e a abelha.
O dialeto e os costumes dos egípcios das regiões de menor
altitude (Norte) dos que vivem em regiões de maior
altitude (Sul) variam historicamente. Mesmo em épocas
modernas, o Baixo Egito é muito mais industrializado e
influenciado pelo comércio com o resto do mundo do que
o Alto e Médio Egito.
História
O mais antigo período histórico desta região está
profundamente enterrado sob sedimentos e é pouco
conhecido, mas ninguém duvida da antiguidade de suas
cidades ou de sua importância econômica desde os
primeiros tempos.
50
O delta oriental era um ponto sensível onde o Antigo
Egito se comunicava com a Ásia. No final do Império
Médio, essa região foi invadida pelos hicsos, povos
asiáticos, e mais tarde se tornou a base do Egito para
suas campanhas bélicas na Ásia.
Na XIX dinastia, a capital do Egito foi transferida pelo
faraó Ramsés II para o Baixo Egito, na cidade de PiRamsés (ou Per-Ramsés). Assim o Delta encabeçou a
liderança
do
Egito.
Mais
tarde,
no Período
Ptolomaico e Romano, a sua proximidade com os centros
políticos e econômicos do mundo antigo favoreceu o seu
desenvolvimento.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Baixo_Egito)
[11] Esoterismo
“Esoterismo é o nome genérico que evidencia um
conjunto
de
tradições
e
interpretações filosóficas das doutrinas e religiões ou
mesmo das Fraternidades Iniciáticas - que buscam
transmitir um rol acerca de determinados assuntos que
diz respeito a natureza da vida que estão sutilmente
ocultas. Um sentido popular do termo é da percepção de
que transmitem um conhecimento enigmático ou
incomum, sempre com vetor oculto. Segundo alguns, o
esoterismo é o termo para as doutrinas cujos princípios e
conhecimentos não podem ou não devem ser
"vulgarizados", sendo comunicados a um restrito
número de partidários adeptos. Tais escolhas de
partidários acontecem da instituição (de caráter
esotérico) para indivíduo ou do indivíduo - ao manifestar
interesse - para a instituição esotérica, não havendo, à
rigor, um âmbito de secreto, mas de ritos tradicionais e
burocracias internas que acontecem tanto de forma
discreta e privada quanto aberta, pois a filiação não está
à margem de qualquer lei. No entanto, é possível entrar
51
em contato com o esoterismo por conta própria, isto é,
desvinculado de qualquer instituição. Encontra-se esse
tipo de conhecimento em leituras; e costumeiramente as
bibliotecas e livrarias oferecem esta especificidade e
gênero deste acervo.
No tempo presente, com a despreocupação da sociedade
para com arregimentação de conceitos variados, o
esoterismo, enquanto característica sobre assuntos das
coisas ocultas, tem adquirido uma deturpação na conexão
com o misticismo. Não são, naturalmente, sinônimos,
uma vez que o esoterismo contém variadas correntes
ocultistas, ciências ocultas e mesmo correntes místicas
dentro de seu rol. Logo não são, a rigor, a mesma coisa; o
misticismo desce do plano do esoterismo (que é um termo
genérico), e tem a sua especificidade, onde se apresenta,
costumeiramente, como práticas do ensinamento místico
que conduz à experiência empírica para comprovações
fenomenológicas pessoais do que fora estudado pelos
seus adeptos. O considerado 'místico', como se
reconhecem, tem um propósito à alcançar e não se limita
aos estudos. Portanto, temos que esoterismo é o termo
que afunila e comporta toda e qualquer ciência oculta.
Em suma, esoterismo evidencia a característica do
conhecimento "das verdades e leis últimas que regem
todo o universo", porém ligando ao mesmo tempo o
natural com o que chamam de 'sobrenatural'. Há
doutrinas, nomeadamente as espiritualistas, que são
também chamadas esotéricas. Há também, com o
fenômeno da globalização e o conhecimento mútuo entre
as nações e suas culturas, a percepção da compatibilidade
do esoterismo com as religiões mais famosas do Oriente;
a saber, o Budismo, o Tao etc., uma vez que tem muitos
pontos de afinidade conceitual e consonância na
aplicabilidade.
Esotérico versus Exotérico
52
Existem
duas
espécies
de
conhecimento: esotérico e exotérico. O termo "exotérico"
(antônimo de "esotérico", apesar de ter a mesma
pronúncia) se refere ao ensinamento que nas escolas
da Antiguidade grega era transmitido ao público sem
restrições, por se tratar de ensinamento dialético,
provável e verossímil. O conhecimento exotérico ou
conhecimento do mundo exterior é aquele que
percebemos através dos sentidos físicos. Helena
Blavatsky, que é considerada a criadora da
moderna Teosofia, dizia que o termo "esotérico" referese o que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e
que é designado como "exotérico". Aponta o significado
verdadeiro da doutrina, sua essência, em oposição ao
exotérico que é a "vestimenta" da doutrina, sua
"decoração". Também segundo ela, todas as religiões e
filosofias concordam em sua essência, diferindo apenas
na "vestimenta", pois todas foram inspiradas no que ela
chamou de "Religião-Verdade".
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Esoterismo)
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