ATUANDO NO SUPORTE NUTRICIONAL: UM

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ATUANDO NO SUPORTE NUTRICIONAL: UM DESAFIO PARA O TRABALHO DA
ENFERMAGEM
Ana Alice Silva Pazin
Ana Paula Dantas de Carvalho
Fernanda Francisco de Assis
Orientadora: Marilisa Baralhas
LINS – SP
2009
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ATUANDO NO SUPORTE NUTRICIONAL: UM DESAFIO PARA O TRABALHO DA
ENFERMAGEM
RESUMO
O suporte nutricional é considerado como fator essencial para a reabilitação de
pacientes clínicos, uma vez que uma alimentação adequada e rica em nutrientes
favorece a recuperação de indivíduos e promove uma vida saudável. Entretanto,
para a efetivação e a garantia desse processo, se faz necessário integrar as
diversas patologias com a dieta nutricional específica para cada uma delas, como
também conhecer a influência de outros fatores que interferem no suporte
nutricional, tais como, condição socioeconômica e cultural dos indivíduos. O
presente estudo objetivou descrever as ações da enfermagem mediante o paciente
sob o suporte nutricional. Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo bibliográfica.
Foi observado que a abordagem da enfermagem frente ao suporte nutricional se faz
importante para o esclarecimento do paciente a respeito de seu estado patológico,
contribuindo assim para uma melhor interação deste com o tratamento clínico e
dietético.
Palavras-Chave:
nutricional.
Assistência
de
enfermagem.
Suporte
nutricional.
Terapia
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INTRODUÇÃO
O ato de comer é considerado como um dos principais prazeres da vida do
ser humano. Clayton e Stock (2006) ressaltam que o corpo precisa de uma fonte
regular de energia para manter suas diversas funções, incluindo a respiração, a
transmissão nervosa, a circulação, o esforço físico e a manutenção da temperatura
central. Há diversas razões ambientais, culturais e comportamentais que determinam
o que comemos, porém a mais básica é manutenção da vida.
A alimentação era, por conseguinte, dos primeiros recursos terapêuticos
com que contou a Medicina em seus primórdios. Foi Hipócrates quem
primeiro assinalou que o alimento, que faz bem á pessoa com saúde,
pode ser-lhe inconveniente, quando enferma. E foi ele quem afirmou: “Se
você cair doente, alimentação correta lhe fornecerá a maior possibilidade
de cura” (LEITE, 1987, p. 11).
Segundo Leite (1987), Hipócrates ressaltou frequentemente em seus livros, a
importância do tratamento dietético em qualquer enfermidade. O mesmo autor ainda
ressalta que a dieta livre de tóxicos e compostos de todos os nutrientes em
quantidade suficiente é o primeiro passo para a manutenção da saúde e o
tratamento de qualquer doença.
Para Carvalho e Ramos (2005), a Revolução Industrial proporcionou a
população um maior consumo de alimentos processados e industrializados, que
cada vez mais se encontra presente no cardápio do ser humano. Desta forma, a
comodidade na utilização e consumo destes produtos desempenha um papel
determinante na escolha dos alimentos.
Segundo Carvalho e Ramos (2005), os processos tecnológicos, como por
exemplo, a utilização de agrotóxicos, permite em qualquer época do ano, uma
alimentação mais variada e abundante. Com a globalização, a oferta de alimentos
industrializados aumentou o número de refeições fora de casa.
Com isso, a incidência de obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial,
câncer, dentre outras doenças, tem aumentado de forma alarmante, devido à
redução no consumo de alimentos ricos em fibras e ao aumento na ingestão de
gorduras saturadas e colesterol, o que vem proporcionando o aparecimento de
doenças de forma significativa (CARVALHO; RAMOS, 2005).
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Sendo assim, uma alimentação deficiente e desequilibrada ou uma
superalimentação é suscetível de provocar doenças e a terapia nutricional permite
recobrar a saúde (CARVALHO; RAMOS, 2005).
Leite (1987) afirma que a suplementação com nutrientes pode ser útil em
diversas patologias.
Também é ressaltado pelo autor, que a medicina nutricional
contribuiu e evidenciou que a dieta da população é deficiente em nutrientes e vem
demonstrando a influência negativa de alguns fatores ambientais sobre o estado
nutricional.
Segundo Clayton e Stock (2006), as necessidades nutricionais variam de
acordo com o nível de atividade, idade e o sexo do individuo. Se as necessidades
nutricionais não forem tratadas adequadamente, a conseqüência será a desnutrição.
A desnutrição é uma das principais fontes de morbidade e mortalidade em pacientes
que sofrem de doenças, pois esses indivíduos são muitos mais vulneráveis a
infecções e falência de órgãos.
Para Carvalho e Ramos (2005) a alimentação prescrita ao doente visa à
recuperação da saúde, sendo até considerada como única forma de tratamento. No
entanto, seria mais interessante abordar a necessidade de despertar nos indivíduos
o interesse em manter a saúde e integridade do organismo visando à prevenção e
não a correção dos problemas.
Deste modo, é possível concluir que o hábito alimentar do ser humano
precisa ser melhorado e modificado, contudo, isso somente será possível a partir da
conscientização da sociedade no que diz respeito à importância de uma alimentação
nutricional completa e equilibrada (CARVALHO; RAMOS, 2005).
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O SUPORTE NUTRICIONAL X ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
O desafio da enfermagem em relação ao suporte nutricional é a articulação
dos diversos saberes a fim de gerar mudanças no processo educativo e nas
práticas profissionais. Na prática assistencial, não se dá à devida importância ao
cuidado nutricional, comumente o momento da alimentação não é valorizado na
assistência, portanto, a inapetência, a aceitação ou a rejeição dos alimentos
também passam despercebidos. Sendo assim, conclui-se que, há necessidade de
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atendimento às individualidades, considerando que no processo patológico, a
alimentação tem um significado emocional tão importante quanto o terapêutico para
o paciente, estando diretamente relacionada aos fatores socioculturais, étnicos,
religiosos (BOOG; CAMPOS, 2006).
Para Boog e Campos (2006, p. 03) o suporte nutricional é definido como:
“... o conjunto de medidas a serem tomadas a fim de prover ao paciente
uma alimentação com finalidade terapêutica, que garanta o
fornecimento adequado de nutrientes, previna a desnutrição e contribua
para o controle do processo patológico e recuperação da saúde,
proporcionando, ao mesmo tempo, o maior grau possível de satisfação
sensorial e psicológica".
O cuidado ao paciente/cliente implica as ações de diferentes profissionais da
saúde. No momento em que ocorrem grandes transformações nas sociedades
globalizadas, nas quais os interesses se tornam mais técnicos do que humanos,
mostra-se oportuno resgatar o cuidado humano, como forma de melhor
compreender os aspectos envolvidos na prestação do cuidado nutricional ao
cliente/paciente. Assim, resgatar o papel do enfermeiro no acompanhamento da
aceitação da dieta, bem como do estado nutricional; uma vez que é a enfermagem,
por meio do contato diário com o paciente, que tem melhores condições de detectar
uma inapetência (BOOG; CAMPOS, 2006)
Segundo Boog e Campos (2006), a Enfermagem deve ter clareza acerca da
complexidade e interpenetração dos fenômenos relativos à alimentação e à nutrição,
que implicam questões bioquímicas, fisiológicas, emocionais, psicológicas, culturais,
sociais, ecológicas, interferindo na relação dos seres humanos com a alimentação,
individual e coletiva.
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SUPORTE NUTRICIONAL FRENTE A PATOLOGIAS ESPECÍFICAS
Neste item, comenta-se sobre Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial
Sistêmica, Insuficiência Renal Crônica falará sobre: definição, sinais e sintomas,
complicações e o plano alimentar.
3.1
Diabetes Mellitus
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É uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose
ou açúcar no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas
quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde. O distúrbio envolve o
metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências
tanto quando surge rapidamente, como quando se instala lentamente. Quando não
tratada adequadamente, causa doenças tais como infarto do coração, derrame
cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre
outras complicações. Embora, ainda não haja uma cura definitiva para o Diabetes há
vários tratamentos disponíveis que quando seguidos de forma regular, proporcionam
saúde e qualidade de vida para o paciente portador ( Wikipédia, 2008).
Há dois tipos de Diabetes Mellitus conhecidos como DM tipo I e DM tipo II. O
Diabetes Mellitus tipo I, é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as
células pancreáticas produtoras de insulina (células betas). Sendo assim, nos
primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue diversos
anticorpos sendo os mais importantes, o anticorpo anti-ilhota pancreáticos, contra
enzimas das células beta; anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico –
antiGAD, anti-insulina. No tipo II provocado predominantemente por um estado de
resistência à ação da insulina, associado a uma relativa deficiência de sua secreção
ocorre diversos mecanismos de resistência à ação da insulina, sendo o principal
deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
O Diabetes é considerado uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos
não são observados quaisquer sintomas no paciente. Os sintomas do DM são
decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se
desenvolvem a longo prazo. Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente
e podem levar a complicações severas que são a cetoacidose diabética, no DM tipo
I e o coma hiperosmolar , no DM tipo II,
entretanto, pacientes com diabetes tipo I
podem apresentar também cetoacidose diabética, um estado extremo de
desregulação metabólica caracterizada pelo cheiro de acetona na respiração do
paciente, respiração Kussmaul, isto é,
respiração rápida e profunda, poliúria,
náusea, vômito, dor abdominal e qualquer um dos vários estados de consciência
alterados como, confusão mental, letargia, hostilidade, e outros. Na cetoacidose
diabética severa, pode ocorrer o coma, progredindo para a morte, sendo uma
emergência médica e requer atenção de um especialista (Wikipédia, 2008).
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Pode ser resultante a desidratação devido à perda de líquido corporal tendo
como sinais e sintomas: sede excessiva, aumento do volume da urina; aumento do
número de micções; enurese (incontinência urinaria noturna) fadiga, fraqueza,
tonturas; visão turva; aumento de apetite e perda de peso.
As complicações do Diabetes são muito menos comuns e severas nas
pessoas que possuem os níveis glicêmicos bem controlados, mantendo-os entre 70
e 110mg/dl São consideradas complicações agudas: cetoacidose diabética, coma
hiperosmolar não-cetótico, hiperglicemia,
crônicas compreendem: aterosclerose,
coma diabético e
amputações. Já as
hipertensão (por aumento de H2O no
sangue, além da glicolisação irregular do colágeno e proteínas das paredes
endoteliais o que pode causar tromboses e coágulos por todo o sistema circulatório),
tromboses e coágulos na corrente sanguínea, problemas dermatológicos (por
desnaturação de proteínas endoteliais), pé diabético,
problemas neurológicos,
principalmente no pé como perda de sensibilidade e propriocepção, dificuldade em
coagular o sangue, problemas metabólicos generalizados e fator de risco à
periodontite (Wikipédia, 2008).
O plano alimentar baseia-se muitas vezes em uma dieta demasiadamente
limitada para a idade e atividade do doente. Em geral, é desaconselhável a ingestão
de carboidratos de ação rápida como: sumos, bolos, cremes e incentivando os de
ação lenta como: pão, bolachas, arroz, massa, de modo a evitar picos de glicemia.
A alimentação adequada deve:
a) Permitir a manutenção do balanço energético e do peso saudável;
b) Diminuir a quantidade de calorias sob a forma de gorduras;
c) Mudar o consumo de gorduras saturadas para gorduras insaturadas;
d) Reduzir o consumo de gorduras trans (hidrogenada);
e) Aumentar a ingestão de frutas, verduras, legumes e cereais integrais;
f) Comer menos açúcar livre; diminuir a ingestão de sal (sódio) sob todas as formas;
g) O consumo de grãos integrais pode interferir tanto na intolerância glicêmica
quanto na resistência à insulina e desempenhar um papel importante no tratamento
e na prevenção do Diabetes.
3.2
Hipertensão Arterial
A Hipertensão Arterial Sistêmica também conhecida como Hipertensão
Arterial Essencial ou Doença Hipertensiva, vulgarmente chamada de “Pressão Alta”
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é caracterizada pelos níveis pressóricos. A Hipertensão Arterial, ocorre quando os
níveis pressóricos encontram-se acima dos valores de referência para a população
em geral (TEIXEIRA, 2001).
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004, os valores admitidos
são:120x80mmHg, em que a pressão arterial é considerada ótima, e 130x85mmHg
sendo considerada limítrofe. Valores pressóricos superiores a 140x90mmHg
denotam Hipertensão Arterial.
Qualquer indivíduo pode apresentar pressão arterial acima de 140x90mmHg
sem que seja considerado hipertenso. Apenas a manutenção de níveis
permanentemente elevados, em múltiplas medições, em diferentes horários,
posições e condições (repouso, sentado ou deitado) caracteriza a Hipertensão
Arterial.
É considerada também uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos
não são observados quaisquer sintomas no paciente. Esta falta de sintomas pode
fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu medicamento ou até mesmo
questione a sua necessidade, o que leva a grande número de complicações.
Quando estes ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como: cefaléia,
vertigens, náuseas, Dispnéia, Visão turva e Epistaxes.
O aumento contínuo da pressão arterial faz com que ocorram danos nas
artérias de diversas partes do organismo, como a
aterosclerose. Sendo assim
qualquer artéria do corpo pode ser obstruída pela aterosclerose, portanto todos os
órgãos podem sofrer alterações decorrentes da hipertensão arterial, sendo
freqüentes: no coração - Infarto Agudo do Miocárdio (IAM); no cérebro - Acidente
vascular cerebral (AVC); nos rins
- Insuficiência renal (IRC) e nos olhos
-
Diminuição da visão e problemas na retina.
O plano alimentar consiste basicamente na restrição de alguns alimentos:
peixes de água salgada, espinafre, beterraba, couve manteiga, acelga, chicória,
creme de leite, margarina ou manteiga com sal, Sorvete cremoso, pão francês,
italiano, centeio, de forma, torradas sem redução de sódio, farinha de rosca,
bolachas salgadas, biscoitos e sanduíches de lanchonete.
Entretanto, considera-se importante evitar alguns alimentos como: sal,
temperos prontos com sal, caldo de carne concentrado, maionese, catchup, molho
inglês, molho de soja, massa de tomate industrializada, feijoada, toucinho defumado,
carne seca, paio, lingüiça; mortadela, presunto, queijos, salsicha, patês, salame,
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ervilha, milho, azeitona, picles, todos os tipos de enlatados e conservas, carnes e
vegetais enlatados, salgadinhos, amendoim salgado, pipoca com sal, sardinha,
frituras e sopas industrializadas.
Também é importante ressaltar algumas recomendações, tais como:
a) Dar preferência a carnes magras (coxão duro, patinho), peito de frango e peixes
de água doce (pintado, dourado);
b) Substituir o sal de cozinha por temperos como louro, cebola, alho, suco de limão,
salsa, pimenta e vinagre;
c) Substituir manteiga ou margarina com sal, por sem sal;
d) Dar preferência a bolachas e pães doces ou sem sal;
e) Preparar as refeições sem sal, adicionando uma colher (de café) rasa de sal
sobre o prato já preparado (CAMPOS, 2003).
3.3
Insuficiência Renal Crônica
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é o resultado das lesões renais
irreversíveis e progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de
realizar as suas funções. O ritmo de progressão depende da doença original e de
causas agravantes, como hipertensão, infecção urinária, nefrite, gota e diabetes
(GONÇALVES, 2009).
Muitas vezes a destruição renal progride pelo desconhecimento e descuido
dos portadores das doenças renais, geralmente quando surge uma doença renal
ocorre nos dois rins, raramente atingindo um só. Quando o rim adoece por uma
causa crônica e progressiva a perda da função renal pode ser lenta e prolongada,
por isso, o acompanhamento médico das doenças renais é importante para
prolongar o bom funcionamento do rim por muito tempo, mesmo com certos graus
de insuficiência (GONÇALVES, 2009).
O rim pode ser atingido por doença de origem imunológica, inflamatória,
infecciosa, neoplásica, degenerativa, congênita e hereditária. Quando a doença
renal se torna irreversível, na maioria das vezes, a perda da função é lenta e
progressiva, entretanto, a detecção precoce também auxilia no controle da doença,
evitando que ela atinja os estágios mais avançados, necessitando de terapia renal
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substitutiva como diálise ou transplante. A perda de 25%, 50% ou de até 75% das
funções renais apresenta poucos problemas médicos. Porém, perdas superiores a
75% da função renal alteram de tal modo o funcionamento do organismo, que
modifica a qualidade de vida do paciente (Busato, 2009).
São facilmente identificáveis os problemas clínicos que a insuficiência renal traz
aos pacientes que perderam mais de 75% da função do rim: Hipertensão Arterial,
anemia severa, que não responde ao tratamento com sulfato ferroso; anasarca, pele
seca,
pálida,
turva,
esbranquiçada
ou
sanguinolenta,
fraqueza,
cansaço,
emagrecimento, prurido no corpo, anorexia, inapetência, náuseas, vômitos, gastrite,
edema pulmonar, cheiro desagradável na boca como cheiro de urina, aborto, urina
clara; Alterações dos exames plasmáticos, uréia sempre superior a 150mg% e a
creatina maior do que 6mg%, o ato de urinar pode sofrer alterações como dor,
ardência, incontinência urinaria, ou urinar em pequenas e grandes quantidades em
inúmeras micções diurnas ou noturnas e quando há cálculos a dor é aguda, intensa
e em cólica (Busato, 2009).
As pessoas bem nutridas resistem mais às infecções, às cirurgias e ao próprio
tratamento dialítico; a terapia nutricional do portador de Insuficiência Renal Crônica é
de extrema importância no controle dos níveis séricos de uréia, creatinina, potássio,
sódio e na prevenção ou tratamento do edema, contribuindo para a recuperação
e/ou manutenção do estado nutricional. Portanto, os cuidados dietéticos incluem
inúmeras restrições alimentares como proteína, potássio, fósforo e sódio; sendo
assim a ingestão de água deve ser rigorosamente controlada para manter o balanço
hídrico e evitar o edema.
Alguns alimentos como os vegetais, o leite e as carnes têm sódio
naturalmente; em outros, o sódio é acrescentado em forma de sal. Os alimentos que
são enriquecidos com sal e que, portanto, são ricos em sódio devem ser ingeridos
com moderação ou evitados para que se tenha bom controle do sódio no organismo
e evite situações descritas anteriormente.
As gorduras saturadas e o colesterol devem ser controlados para evitar a
hipercolesterolêmica e complicações cardíacas. A dieta deve ser hipercalórica para
que o paciente não tenha perda de peso, se desnutra e evite que as proteínas da
dieta sejam utilizadas como fonte de energia, gerando uréia, ao invés de
participarem da síntese de proteínas corporais, diminuindo ou compensando o
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catabolismo protéico, entretanto a ingestão inadequada de alimentos pode agravar o
quadro de morbidade desses pacientes (COELHO; GOMES, 2003).
4
CONCLUSÃO
Com esse estudo, espera-se da enfermagem uma reflexão quanto a
assitencia prestada ao suporte nutricional do paciente. Em realção ao paciente
espera-se contriubuir para qualidade de vida, reabilitação e prevenção de doenças.
O Suporte Nutricional, não é certamente, a única resposta a um tratamento
clinico, porém, junto com outras modalidades de tratamento, a Terapia Nutricional
pode reduzir a gravidade dos sintomas, diminuindo as necessidades de medicações,
e retardando a progressão da doença.
O trabalho no suporte nutricional é de extrema importancia, pois o contato
direto enfermagem/paciente proporciona maior facilidade nas orientações, portanto,
é necessario a integrações dessas ações ao plano de cuidado para com o paciente,
a fim de diminuir os casos das doenças crônicas, como Diabetes Mellitus,
Hipertensão Arterial e Insuficiencia Renal Cronica; sendo assim, conclui-se que não
é necessario deixar sob responsabilidade total o suporte nutricional para o
nutricionista.
Com base no referencial bibliográfico, cabe a enfermagem se empenhar e
oferecer um atendimento especializado, nas etapas da sistematização da
assistência de enfermagem; entretanto a enfermagem está em posição privilegiada
para avaliar o estado nutricional do cliente, e orientar quanto ao aporte nutricional,
pois, o suporte nutricional é realizado por uma equipe multidisciplinar, sendo o
nutricionista o principal elo entre paciente e Terapia Nutricional.
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Acting in nutritional support: a challenge for the work of nursing summary
Nutritional support is regarded as essential factor for clinical rehabilitation of patients,
since adequate nutritional and rich in nutrients favours the recovery of individuals and
promotes a healthy lifestyle. However, for operationalizing and ensuring that process
is necessary to integrate the various diseases with specific nutritional diet for each of
them, but also know the influence of other factors affecting nutritional support, such
as socioeconomic and cultural condition of individuals. This study if describing the
actions of nursing by the patient in nutritional support. This is a search bibliographic
type descriptive. It was noted that the approach of nursing forward to support
nutrition is important for the clarification of the patient about his pathological
condition, thereby contributing to better interaction of this clinical treatment and diet.
Keywords: nursing care. Nutritional support. Nutritional therapy.
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Referências
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docentes. Revista de Nutrição. Campinas, vol.19, n.2, mar./ abr.2006. Disponível
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Crônica. Disponível em: www.sban.com.br/educacao/nutrire/.../nut14_4.htmAcesso:
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Wikipédia, 2008. Disponível em: < pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus - 98k>
Acesso: 10/07/2009.
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Autores:
Ana Alice Silva Pazin – Graduando em Enfermagem
[email protected] . Fone (14) 35414188
Ana Paula Dantas de Carvalho – Graduando em enfermagem
[email protected]. Fone (14) 35321257
Fernanda Francisco de Assis – Graduando em enfermagem
[email protected]. Fone (14) 35472625
Orientador:
Prof. M. Sc.Marilisa Baralhas. Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Medicina
de Botucatu Unesp.
[email protected] .Fone (14) 97390619
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