Boletim SBI: julho 2016 - Sociedade Brasileira de Infectologia

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BOLETIM SBI
JULHO / 2016
PALAVRA DO
PRESIDENTE
POR SERGIO CIMERMAN,
PRESIDENTE DA
SOCIEDADE
BRASILEIRA DE
INFECTOLOGIA
J
unho, como era de se esperar, foi um mês
especial para a SBI. Mais do que isso, foi um
mês surpreendente. O 1º Infecto Centro-Oeste foi um sucesso e superou as nossas expectativas. Mais de 600 profissionais e estudantes da
área de saúde se inscreveram para participar do
evento. Obviamente, havia profissionais de todo
o Brasil, mas o ponto forte foi a possibilidade de
também agregar infectologistas de todo o Centro-Oeste.
O alto nível das aulas também chamou a atenção, confirmando que Goiânia, bem como outras
tantas cidades pungentes do Centro-Oeste, merecia um evento de grande porte que reafirme
compromissos e traga discussões científicas altamente qualificadas.
Agora, em julho, estamos com força total para
diversas ações pelo Brasil no “Julho Amarelo”.
Nossa ideia é chamar a atenção para a prevenção, diagnóstico e tratamento adequados para as
hepatites virais. Acreditamos na educação, acima de tudo, como forma de proteger e cuidar de
nossa população. A SBI segue, assim, planejando e executando projetos, movimentando-se e em
ação continua pelos avanços na infectologia, pela
prevenção ao alcance de todos!
RDC 72
COMITÊ DE
ARBOVIROSES ANALISA
O RDC 72 DA AVISA
QUE INCLUI RISCO DE
ZIKA VÍRUS ENTRE
PRIORIDADES PARA
TRIAGEM DE DOADORES
O
Comitê Científico de Arboviroses da SBI analisou a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC
72, de 31 de março de 2016 – da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que trata do regulamento técnico para o funcionamento dos Bancos de
Células e Tecidos Germinativos do país. O Zika Vírus
foi incluído nos critérios de exclusão temporária de doadores de células e tecidos germinativos e embriões.
“A INCLUSÃO DO ZIKA
VÍRUS NOS CRITÉRIOS DE
EXCLUSÃO TEMPORÁRIA DE
DOADORES DE CÉLULAS E
TECIDOS GERMINATIVOS E
EMBRIÕES, DE ACORDO COM
A RDC 72, REPRESENTA UM
AVANÇO E ATUALIZAÇÃO
NAS RECOMENDAÇÕES
BRASILEIRAS.”
(ANTONIO BANDEIRA)
“A inclusão do Zika
Vírus nos critérios de
exclusão temporária
de doadores de células e tecidos germinativos e embriões, de
acordo com a RDC 72,
representa um avanço e atualização nas
recomendações brasileiras”, afirma o coordenador do Comitê, o
infectologista Antonio
Bandeira.
Ele destaca ainda a sugestão da SBI de que também
sejam excluídos da triagem para doação, os candidatos que apresentem pelo menos uma destas condições nos últimos seis meses: quadro exantemático sem causa definida ou com documentação de
infecção pelo vírus Zika, comprovada pelo método
RT-PCR.
Confira o documento na íntegra: http://www.infectologia.org.br/cloud/uploads/2016/06/
Analise_sobre_Resolucao_DC_ANVISAN_-72_2016.pdf
IMAGEM DO MOSQUITO AEDES
AEGYPTI E ZIKA VÍRUS
SIES
REALIZA JORNADA
INFECTOLOGIA
EM VITÓRIA
SAIBA O QUE FOI DESTAQUE NA JORNADA DE
INFECTOLOGIA DO SIES EM VITÓRIA:
• ATUALIZAÇÕES SOBRE ZIKA VÍRUS, • CHIKUNGUNYA E DENGUE
• BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES
• VACINA CONTRA A DENGUE
• PALESTRA SOBRE A CURA DA AIDS
A Sociedade de Infectologia do Espírito Santo
(SIES) realizou a Jornada de Infectologia nos dias
10 e 11 de junho, na capital Vitória. O evento, que
reuniu 94 médicos, foi coordenado pela presidente do SIES, Janaína Casotti, em parceria com a
infectologista Sandra Fagundes.
A atualização sobre Zika, Chikungunya e Dengue, bactérias multirresistentes, vacina contra a
Dengue e a palestra sobre “A Cura da Aids” foram
os destaques do evento que contou com apoio da
SBI, por meio da divulgação nas mídias sociais.
“A jornada foi aprovada pelos participantes
pela atualidade dos temas abordados. A ideia
é realizar a jornada de infectologia a cada dois
anos”, afirmou Casotti.
“QUEREMOS REDUZIR OS RISCOS
DE FEBRE AMARELA URBANA, COMO
EM REGIÕES COMO SÃO PAULO E RIO
DE JANEIRO, ONDE HÁ INCIDÊNCIA
DE MOSQUITOS, E EVITAR CASOS
IMPORTADOS DA DOENÇA DE
REGIÕES COM EPIDEMIA.”
(JESSÉ REIS ALVES)
MINISTÉRIO DA SAÚDE SEGUE
SUGESTÃO DA SBI E PASSA
A EXIGIR CERTIFICADO
INTERNACIONAL DE VACINA
CONTRA FEBRE AMARELA
A
partir deste mês, o Governo Brasileiro passou a
exigir o Certificado Internacional de Vacinação
de Febre Amarela de viajantes que venham ou
que tenham tido passagem por Angola e República Democrática do Congo, no continente africano.
A decisão foi ao encontro da posição da Sociedade Brasileira de Infectologia, que enviou documento ao Ministério da Saúde/Anvisa, no último 28 de abril, com a
sugestão da exigência do certificado, seguindo, inclusive, recomendação da Organização Mundial de Saúde
(OMS).
“A SBI se posicionou, o que fez com que o governo passasse a exigir, como recomenda a OMS, o certificado de
vacinação de febre amarela de quem vem de Angola e
região”, afirma o Coordenador do Comitê de Medicina
dos Viajantes da SBI, Jessé Reis Alves.
“Queremos reduzir os riscos de febre amarela urbana,
como em regiões como São Paulo e Rio de janeiro, onde
há incidência de mosquitos e evitar casos importados
da doença de regiões com epidemia”, afirmou o Infectologista.
A sugestão da SBI levou em conta a atual situação epidemiológica da febre amarela e o alerta ativo sobre a
doença na região africana. Angola registrou 185 mortes
pela doença e 483 casos somente no primeiro trimestre
do ano, de acordo com o Ministério da Saúde do país
e a OMS. Por outro lado, o Governo Angolano exige
o certificado de vacina para os viajantes oriundos do
Brasil, embora não haja surto no território nacional.
ELASTO 2016
REÚNE ESPECIALISTAS
EM SÃO PAULO
O ELASTO 2016 – Simpósio de Atualização
em Elastografia Hepática, coordenado pelo infectologista Dimas Carnaúba Júnior, reuniu no
dia 16 de junho na capital paulista, 120 médicos entre Infectologistas, Hepatologistas, Gastroenterologistas e Clínicos Gerais.
Segundo Carnaúba Júnior, o objetivo do evento
foi atualizar os profissionais de saúde com relação à elastografia hepática. O especialista explica que a biópsia hepática continua a ser o método “padrão ouro” para a verificação da fibrose
hepática, mas recentemente a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no
SUS) passou a recomendar também o diagnóstico por meio da ultrassonografia elastográfica. O
evento contou com o apoio da SBI.
SBI POSICIONA-SE
FAVORAVELMENTE
À REALIZAÇÃO DOS
JOGOS OLÍMPICOS
NO RIO DE JANEIRO
N
o parecer “Posicionamento da Sociedade
Brasileira de Infectologia (SBI) frente às
possíveis consequências da infecção pelo
vírus Zika”, divulgado em 10 de junho, a entidade manifestou-se favorável à realização dos Jogos
Olímpicos no Rio.
“A SBI considera que o risco dos atletas com relação ao
Zika Vírus é substancialmente baixo, já que a transmissão da doença hoje na região do Rio de Janeiro
não está mais em alta e várias medidas foram tomadas para limitar o contágio”, afirmou o Coordenador
do Comitê de Arboviroses da SBI, Antonio Bandeira.
Na avaliação de Jessé Reis Alves, Infectologista e
Coordenador do Comitê de Medicina dos Viajantes
“A SBI CONSIDERA
QUE O RISCO
DOS ATLETAS
COM RELAÇÃO
AO ZIKA VÍRUS É
SUBSTANCIALMENTE
BAIXO JÁ QUE A
TRANSMISSÃO DA
DOENÇA HOJE NA
REGIÃO DO RIO DE
JANEIRO NÃO ESTÁ
MAIS EM ALTA E
VÁRIAS MEDIDAS
FORAM TOMADAS
PARA LIMITAR O
CONTÁGIO.”
(ANTONIO BANDEIRA)
da SBI, a manifestação da associação dá a real dimensão dos riscos do Zika Vírus a partir de dados e
do trabalho de médicos brasileiros que têm experiências anteriores como a da Dengue.
Ambos os infectologistas recomendam que atletas e
público usem repelentes à base de Icaridina (acima
de 20%), DEET (acima de 20%) e IR3535 (crianças)
durante os Jogos no Rio de Janeiro.
“A recomendação do CDC (Centro de Controle e
Prevenção de Doenças Transmissíveis/EUA) é de
que se use o preservativo nas relações sexuais até
pelo menos seis meses após ter estado em área sujeita ao Zika, como forma de precaução da contaminação com o vírus”, ressalta Reis Alves.
LEIA O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA, CLICANDO
EM: http://www.infectologia.org.br/cloud/
uploads/2016/06/Parecer_SBI_Olimpiadas_
Rio_2016.pdf.
INFECTOLOGISTAS REALIZAM
AÇÕES PARA COMBATER AS
HEPATITES NO “JULHO AMARELO”
90% DOS CASOS
TÊM CURA QUANDO
DIAGNOSTICADOS A
TEMPO
QUANDO NÃO TRATADA,
A DOENÇA PODE LEVAR À
CIRROSE HEPÁTICA E AO
CÂNCER DE FÍGADO .
I
nfectologistas de pelo menos nove cidades brasileiras (São Paulo, Uberaba, Fortaleza, Belém,
Brasília, Goiânia, Vitória, Manaus e Santos)
divulgaram no começo do mês a iniciativa de diversas ações de mobilização para o “Julho Amarelo”, mês de incentivo à prevenção, diagnóstico
e tratamento das Hepatites Virais.
A maioria das ações pretende promover o teste,
o acolhimento e encaminhamento dos pacientes.
Universidades, hospitais e programas dos governos aderiram às parcerias regionais para promoverem as ações que também devem usar de
recursos lúdicos para chamar a atenção para o
tema, como bexigas e braçadeiras.
“Queremos que as pessoas conheçam o risco
real, se preocupem e busquem o teste para
hepatites virais”, afirmou a Coordenadora do
Comitê Científico de Hepatites Virais, Maria
Cássia Jacintho Mendes Corrêa.
CONGRESSO REUNIU
MAIS DE 600 PROFISSIONAIS
EM GOIÂNIA
M
ais de 600 médicos e profissionais de saúde
participaram do 1º Congresso de Infectologia
do Centro-Oeste (Infecto Centro-Oeste), congresso que aconteceu em Goiânia entre os dias 23 e
25 de junho. Quem participou do evento viveu uma
verdadeira maratona em busca do conhecimento, mas
a excelente qualidade das aulas e as confraternizações foram as marcas registradas do congresso.
O lançamento oficial realizado na noite do dia 23 foi
um momento de relembrar a dedicação da equipe que
comandou a organização do congresso em um período
de apenas três meses. Os discursos não poderiam ser
diferentes e tiveram um tom de agradecimento.
“Foi uma experiência inesquecível. Tivemos a oportunidade debates profundos, além de ter sido uma reafirmação de amizade. Esses três meses me deixaram
lembranças maravilhosas”, declarou o médico José
David Urbaez Brito, presidente da Comissão Científica do Evento.
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia,
Sergio Cimerman, que foi um dos idealizadores do
evento, afirmou que a comissão organizadora conseguiu agregar os especialistas do Centro-Oeste, o que
foi um ponto forte do evento. “Além disso, o programa
ficou robusto”, disse Cimerman sobre a diversificação
e o aprofundamento dos temas escolhidos para serem
abordados nas apresentações de especialistas que vieram de todo o país.
“QUANDO RECEBI O CONVITE PARA PRESIDIR
O CONGRESSO, EU ACHEI DESAFIADOR,
PORÉM AGORA VEJO QUE FOI, ACIMA DE
TUDO, EXTREMAMENTE GRATIFICANTE.”
(CHRISTIANE REIS KOBAL)
Já a infectologista Christiane Reis Kobal, presidente
do congresso, que é de Goiânia, ressaltou que o Estado de Goiás se sentiu orgulhoso por poder ser o
“anfitrião” do congresso. De acordo com ela, foram
incansáveis as trocas de e-mails e telefonemas entre
os organizadores, inclusive altas horas da noite, tudo
com o intuito de planejar minuciosamente o evento. “
Quando recebi o convite para presidir o congresso, eu
achei desafiador, porém agora vejo que foi, acima de
tudo, extremamente gratificante”, disse Kobal.
HEMODIÁLISE
CRÔNICA
DEIXA O PACIENTE
TÃO VULNERÁVEL
QUANTO UM
SOROPOSITIVO
ALGUMAS DAS RAZÕES
QUE DEIXAM O PACIENTE
DE HEMODIÁLISE CRÔNICA
VULNERÁVEL ÀS INFECÇÕES:
• ACÚMULO DE TOXINAS
• SOBRECARGA DE FERRO
• DESNUTRIÇÃO
• ALTERAÇÃO NO METABOLISMO DA GLICOSE
D
urante uma aula no 1º Infecto Centro-Oeste, em Brasília, o médico José
David Urbaez, presidente da Comissão
Científica do evento, recomendou aos infectologistas que fiquem muito atentos à história
vascular dos pacientes que necessitam de hemodiálise crônica. Ele lembra que a hemodiálise acaba produzindo um quadro de saúde
semelhante ao do paciente de HIV.
Para Urbaez, sempre que se fala no uso do cateter, é fundamental lembrar que “os acessos
não são infinitos”. “É fundamental conhecer
a história vascular do paciente porque disso depende a vida dele”, afirma Urbaez. Ele
ressalta a importância também de observar a
integridade da pele para prevenir a colonização por bactérias.
De acordo com ele ainda, há estudos que
mostram que a mortalidade pode chegar a
ser oito vezes maior, quando não existe um
olhar mais cuidadoso por parte do médico.
Para ele, é essencial que o médico redobre
sua atenção com o tratamento adequado da
água utilizada e com o processo de limpeza
do dialisador.
O extrato social ao qual o paciente pertence
também deve ser analisado pelo médico, pois
a umidade e as condições de higiene inadequadas, por exemplo, são pontos extremamente negativos na prevenção às infecções.
INVESTIGAÇÃO
DE HERPES
NEONATAL NÃO
DEVE SE LIMITAR À
GESTANTES COM
HISTÓRICO DA
DOENÇA
COMO PROCEDER QUANDO
HÁ DIAGNÓSTICO DE
HERPES NEONATAL NUMA
GESTANTE:
1. ORIENTAR A MÃE A
ADOTAR A CESARIANA
(TIPO DE PARTO MAIS
PROTETOR NESTE CASO);
2. PEDIR EXAMES DE PCR E
CULTURA;
3. MINISTRAR ACICLOVIR
PARA A MÃE A PARTIR DA
SEMANA 36 E PARA O BEBÊ
POR 6 MESES APÓS O
NASCIMENTO;
4. INCENTIVAR A
AMAMENTAÇÃO, DESDE
QUE NÃO HAJA VESÍCULA
NA MAMA (SE HOUVER
VESÍCULA EM OUTRA PARTE
DO CORPO, RECOMENDAR
CUIDADO EXTREMO COM A
HIGIENE)
Durante sua apresentação no 1º Infecto Centro-Oeste, ele lembrou que o Herpes Neonatal é uma
doença muito grave e de alta letalidade: cerca de
85% das crianças com a doença acabam indo a óbito, por isso é preciso olhar atento. Muitas vezes, ao
contrário do que se imagina, a doença não apresenta vesículas. “Se o paciente tem sintomas clínicos,
aja, faça alguma coisa”, declarou Vicente.
I
nfectologistas que investigam casos suspeitos de
Herpes Neonatal devem ficar atentos a algumas
“ciladas” que podem confundir o diagnóstico.
Para o infectologista Vicente Porfírio Pessoa Júnior,
não se deve esperar histórico de herpes, nem vesículas para iniciar uma investigação dos casos nas
gestantes.
Para ele ainda, outro problema é investigar apenas quando a mãe relata um histórico de herpes.
Segundo ele, estudos mostram que 60% das mães
afirmam não ter tido herpes anteriormente. “Esta
informação [de que não há histórico de herpes] não
é confiável”, afirma o médico.
Ele também defende que todos os médicos “briguem” por acompanhamento pré-natal de qualidade
para todas as gestantes. Outro desafio é o de cobrar
que planos de saúde e laboratórios disponibilizem
os examede PCR e de cultura
“VI MUITAS VEZES A CLASSE
MÉDICA SIMPLESMENTE
VIRAR AS COSTAS PARA ESTE
PACIENTE. ISSO ESTÁ ERRADO.
NÓS, COMO MÉDICOS, TEMOS
QUE OFERECER ALGO A MAIS.”
(ESPER KALLAS)
PARA ESPER O
KALLAS,
MÉDICOS
DEVEM
RECONHECER
PARCELA DA
POPULAÇÃO
VULNERÁVEL
AO HIV E
OFERECER
ALTERNATIVA
infectologista, professor e pesquisador Esper
Kallas é categórico ao afirmar que os estudos
realizados até hoje sobre medidas de prevenção à aids chegaram sempre a duas conclusões importantes. A primeira é a de que o ser humano gosta
de fazer sexo. A segunda diz respeito ao fato de que
uma parcela da população sempre vai se expor, não
importa o que venha a ser oferecido.
Kallas participou do 1º Infecto Centro-Oeste e falou
sobre a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), tratamento
que poderá ser incluído na lista de medicações oferecidas pelo SUS.
Para ele, é muito importante que a comunidade médica tenha uma postura de reconhecer que uma parcela da população é mais vulnerável e, a partir disso,
criar alternativas. “Vi muitas vezes a classe médica
simplesmente virar as costas para este paciente. Isso
está errado. Nós, como médicos, temos que oferecer
algo a mais”, disse Kallas.
Num dos estudos mais importante feitos sobre o tratamento, houve a larga disponibilização de dispositivos
de prevenção para os pesquisados. Inicialmente, 60%
do público do estudo relataram ter o hábito de fazer
sexo sem preservativo. Após 12 semanas, o número
havia caído pela metade (30%). Para o pesquisador, os
números contrariam o mito de que a PrEP, por si só,
estimularia as pessoas a abandonarem o uso do preservativo e, ao mesmo tempo, reafirmou a existência
de uma parcela que não adere ao uso do preservativo.
INJUSTIÇA
Para o pesquisador ainda é muito injusto quando os
próprios médicos acusam o uso da PrEP de representar a medicalização das medidas preventivas. “O uso
de medicamentos é uma das ferramentas mais antigas e eficazes de prevenção”, disse Kallas, lembrando
que o AZT foi usado durante muitos anos no tratamento preventivo de profissionais que passaram por
acidentes ocupacionais.
“É A ÚNICA
PUBLICAÇÃO
CIENTÍFICA
BRASILEIRA
QUE REGISTROU
CRESCIMENTO
CONTINUO NOS
ÚLTIMOS SEIS
ANOS”
(CARLOS BRITES)
BJID, PUBLICAÇÃO
CIENTÍFICA DA SBI,
CRESCE POR SEIS ANOS
CONSECUTIVOS EM RANKING
INTERNACIONAL
A
revista “The Brazilian Journal of Infectious Diseases” (BJID), publicação oficial da Sociedade
Brasileira de Infectologia (SBI), alcançou Fator
de Impacto (FI) de 1,412 no ranking do “The Journal of
Citation Reports”, aumentando pelo sexto ano consecutivo. O ranking é divulgado anualmente.
“É a única publicação científica brasileira que registrou
crescimento continuo nos últimos seis anos”, afirma
o editor-chefe da BJID, o infectologista Carlos Brites.
Ele explica que o FI avalia o número de vezes que os
artigos veiculados na revista são citados em outras publicações científicas reconhecidas internacionalmente.
O BJID é uma revista bimestral, que conta com a colaboração de infectologistas brasileiros, além de especialistas de outros 65 países. Confira a edição de julho-agosto/2016 clicando em: http://www.bjid.org.br/.
SORTEIO DE BOLSAS
DE ESTUDO PARA
CURSO ON-LINE SOBRE
ANTIBIOGRAMA
Graças a uma parceria da SBI com a “EviMed”,
foram sorteadas dez bolsas de estudos para o
curso on-line “Interpretação do Antibiograma
na prática clínica diária”, que acontecerá entre
27 de julho e 14 de setembro, organizado pela
European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing – EUCAST. Das dez bolsas, cinco
eram destinadas a associados adimplentes da
SBI e as outras cinco para médicos residentes
em Infectologia. Os sorteados foram, em ordem
alfabética:
SÓCIOS DA SBI:
• Karla Regina Oliveira de Moura Ronchini
• Maria DL Giacomini
• Nélio Artiles Freitas
• Paulo Giovanni Pinheiro Cortez
• Wladimir Queiroz
MÉDICOS RESIDENTES:
• Ferdinando Lima de Menezes
• Johana Marlen Jerias Fernandez
• Juliana Loes Torres
• Philipe Quagliato Bellinati
• Yrving Lucas Vasconcelos e Paiva
Os interessados podem se inscrever para o curso pelo link http://ATBgrama.evimed.net/.
Em breve, faremos novos sorteios. Acompanhem pelo nosso site www.infectologia.org.br
e pela nossa fanpage no Facebook: https://
www.facebook.com/SociedadeBrasileiradeInfectologia.
SBI NAS MÍDIAS SOCIAIS:
SIGA, CURTA, COMPARTILHE, INTERAJA!
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@sbinfecto
CONFIRA ALGUNS CLIQUES DO 1º INFECTO CENTRO-OESTE E CLIQUE
PARA VER O ÁLBUM COMPLETO DO EVENTO EM NOSSA FANPAGE:
CLIQUE AQUI PARA VER MAIS FOTOS!
AGENDA
EVENTOS COM
APOIO DA SBI
CONGRESSOS
SBI 2016
Tome nota dos nossos Congressos Regionais 2016.
Participem! É hora de trocarmos experiências.
10º Congresso Paulista de Infectologia
Santos (São Paulo)
De 24 a 27 de agosto
VI Congresso Norte-Nordeste de Infectologia
São Luís (Maranhão)
De 8 a 10 de setembro
1º Congresso Sul-Brasileiro de Infectologia
Curitiba (Paraná)
De 29 de setembro a 1º de outubro
Confira os eventos apoiados pela Sociedade
Brasileira de Infectologia
Curso on-line: Intepretação do antibiograma
na pratica clinica diária
27/07 a 14/09/2016
http://ATBgrama.evimed.net
10º TID 2016 - International Transplant
Infectious Diseases Conference
18/08/2016
Hong Kong
V Workshop de Comorbidades e Eventos
Adversos em HIV/Aids
18 a 20/08/2016
São Paulo
52º Medtrop - Congresso de Medicina
Tropical
21 a 24/08/2016
Maceió (AL)
EXPEDIENTE:
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)
Rua Domingos de Morais, 1061 - Vila Mariana
CEP 04009-002
(11) 5572-8958 / (11) 5575-5647
Presidente: Sergio Cimerman
Vice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum
1º Secretária: Maria Cassia Jacintho Mendes Correa
2º Secretário: Luciano Zubaran Goldani
1º Tesoureiro: Marcos Antonio Cyrillo
2º Tesoureiro: Kleber Giovanni Luz
Coordenador Científico: Clóvis Arns da Cunha
Coordenadora de Informática: Maria do Perpétuo Socorro
Costa Correa
Coordenador de Comunicação: José David Urbaéz Brito
Assessor da Presidência: Leonardo Weissmann
Secretária: Givalda Guanás
Produção do Boletim SBI: Axis Comunicação
Jornalista responsável: Adriana Matiuzo Mtb 4.136
Contato: [email protected]
Reportagem, redação, revisão e fotografia:
Adriana Matiuzo
Alexandra Penhalver (Mtb 29.956)
Editor de Arte e Diagramação: Gilberto Leite
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