Cultivo das Cucurbitáceas Agosto/2011 Aspectos botânicos 27 espécies conhecidas 5 domesticadas C. moschata Rasteiras com entrenós curtos Folhas não são cortadas, mas apresentam ângulos bastante marcados Folhas e pecíolos são recobertos de numerosos pêlos que não se tornam espinhosos Pedúnculo apresenta cinco costelas ou ângulos e se alarga ou se achata no lugar da inserção no fruto Sementes - cor branco-cinza O sistema radicular ramificado, vigoroso e pouco profundo. pequena capacidade de regeneração quando sofre danos. Folhas simples, alternadas, de nervura palmeada e base geralmente cordiforme. As folhas de C. moschata são, comumente, mais escuras e com manchas prateadas distribuídas no seu limbo. Aspectos botânicos C. maxima caules muito longos As folhas são grandes de lóbulos arredondados Os numerosos pêlos que cobrem toda as partes verdes da planta nunca se tornam espinhosos Pedúnculo do fruto é sempre arredondado e sem costelas As sementes são sempre cobertas de uma película pouco aderente. Elas são marginais de cor branca . Elas são ovais e inchadas. Aspectos botânicos C. pepo As folhas e os caules têm espinhos As folhas profundamente cortadas com lóbulos angulosos O pedúnculo dos frutos se caracteriza por divisões (de 5 a 8) muito marcadas e não se alarga no lugar da inserção Essas divisões se prolongam, sobre os frutos como costelas ou colorações diferentes As sementes são esbranquiçadas e achatadas. Elas estão sempre na margem e são de cor branco cinza uniforme Aspectos botânicos C. pepo 2 variedades: C. pepo var. pepo – abobrinha C. pepo var. ovifera - Flores Grandes, solitárias, axilares, opostas às gavinhas, cálice estrelado, corola campanulada, gamopétala Cor variando de amarelo claro a salmão, ovário ínfero, estigma com três lóbulos. As plantas são, geralmente, monóicas. Alógamas http://www.kokopelli-seed-foundation.com/actu/upload/22-70-2.jpg Frutos http://www.kokopelli-seed-foundation.com/actu/upload/22-68-2.jpg Baga indeiscente, possuindo, em média, de 100 a 300 sementes. Origem Registros arqueológicos - homem nas Américas - pelo menos 10.000 anos. O valor nutritivo e a palatabilidade das sementes principal coletores foram, provavelmente, a atração e domesticação para mais os tarde primeiros para a Origem C. moschata – sudeste do México, América Central, Colômbia e Peru Japão considerado o centro secundário de origem da C. moschata devido à grande variabilidade Há evidências de sítios arqueológicos que mostram que, há 2.000 anos a.C., cultivava-se C. moschata nas Américas - Nordeste do México, tendo sua domesticação sido feita pelos índios americanos. Importância econômica Alto valor alimentício e versatilidade culinária dos frutos Principais países produtores: China, Ucrânia, Argentina, Turquia, Itália e México Brasil: as abóboras apresentam um papel social e econômico importante, constituindo-se em alimento básico de populações das regiões Norte, Nordeste e Centro Sul Importância econômica Os principais centros de comercialização de abóbora são os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso Destacam-se as Centrais de Abastecimento (CEASAs) Aspectos relevantes Produção - pequenos e médios produtores que cultivam a abóbora de forma tradicional As diferentes formas de cultivo - proporciona a seleção diferenciada da variabilidade genética Necessidade: Plantas com características adequadas ao cultivo irrigado, resistentes a doenças foliares, com tamanho e formato de frutos mais adequados ao comércio e com boas características de textura da polpa e sabor Variabilidade www.sct.embrapa.br/.../2004/img/vcrioulas.jpg Variabilidade static.flickr.com/96/236751668_755227ba71_o.jpg Variabilidade www.kokopelli-seed-foundation.com/images/squa... C. moschata www.tbg.kahaku.go.jp/.../image55.gif C. maxima Aspectos nutricionais Fonte de beta-caroteno, precursor da vitamina A de 0,4 a 9,0 mg/100 g de peso fresco sendo uma das principais fontes dessa vitamina. 100 g de polpa de abóbora contém cerca de: 94% de água, 0,5 g de proteína, 3,5 g de hidratos de carbono, 0,8 mg de ferro, 44 mg de fósforo, 2800 u.i. de vitamina "A", 55 g de tiamina, 0,7 mg de niacina e 9 mg de ácido ascórbico Usos Frutos consumidos: maduros, imaturos, cozidos ou fritos, podendo, juntamente com as sementes, ser armazenados por longos períodos. Brotos e flores cozidos constituem o alimento chamado cambuquira. Polpa é utilizada na alimentação humana e animal, bem como na industrialização de doces e sopa tanto no Brasil quanto em outros países. As sementes contém de 30 a 40% de proteína e percentagem similar de óleo, sendo amplamente usadas na dieta humana e na alimentação animal, na África Central e América Andina podendo ainda ser utilizada como vermífugo na medicina caseira. Clima Temperatura é um dos fatores climáticos mais importantes para a cultura das cucurbitáceas, que se adaptam bem a zonas quentes e semiáridas, com temperaturas de 18 a 30 C, não suportando temperaturas abaixo de 10 C, quando as plantas paralisam o crescimento. Clima Germinação ocorre na faixa de temperatura de 10 a 35 C, sendo considerada ideal a faixa de 25 a 30 C . Dentro desta faixa, a medida que a temperatura se eleva a germinação ocorre de maneira mais rápida e uniforme. A produtividade das cucurbitáceas depende da eficiência da polinização que, em condições naturais, é entomófila. As abelhas, principais agentes polinizadores, necessitam de temperaturas relativamente elevadas para permanecerem em atividade, sendo a faixa ideal de 28 a 30 C. A expressão do sexo, embora controlada geneticamente, é uma característica afetada pelo comprimento do dia (fotoperíodo). Em condições de menor comprimento do dia é maior o número de flores femininas, em relação aos dias mais longos, resultando em maior número de frutos formados. Interação entre a intensidade luminosa e a temperatura sobre o comportamento das cucurbitáceas: Quando a planta é cultivada em temperatura abaixo do valor ótimo, para cada espécie ou cultivar, a sua taxa de crescimento foliar é determinada pela intensidade luminosa. A área foliar é afetada quando ocorre redução da intensidade luminosa ou período de iluminação. Portanto, qualquer alteração na luminosidade que venha afetar a área foliar terá, consequentemente, efeito na produção e na qualidade dos frutos. Umidade do solo e do ar Plantio - o solo deverá estar úmido e, no dia anterior, as sementes deverão ser colocadas em água, o que acelera a germinação. As plantas, nos estádios iniciais do crescimento, são menos exigentes em umidade no solo. Quando se inicia a emissão de hastes secundárias há um aumento do consumo de água. O cultivo em condições de umidade relativa elevada favorece o aparecimento de doenças nas folhas e nos frutos, prejudicando sensivelmente a sua produção e qualidade. O teor de umidade do solo também exerce influência na relação flores masculinas/femininas. Quando a umidade do solo está abaixo do ótimo para a cultura, ocorre maior produção de flores masculinas do que em condições ideais. Na fase de polinização e desenvolvimento do fruto, deve-se evitar que a umidade em excesso crie um ambiente favorável às doenças. Cultivares A escolha da espécie e da cultivar é uma das decisões mais importantes para o sucesso da cultura. O agricultor precisa considerar principalmente: os aspectos de comercialização do produto, suas características agronômicas, suscetibilidade a doenças e pragas e ainda a idoneidade da semente. Abóbora ou jerimum de leite ‘Menina Brasileira’ Frutos são colhidos tanto para o consumo de frutos verdes (abobrinha) quanto de frutos maduros. As plantas são rústicas, vigorosas, cuja haste principal atinge, em média, 5m . Os frutos pesam, em média, de 2 a 5 kg, são alongados e apresentam na extremidade uma região globular, onde se alojam as sementes. Nos frutos maduros, a polpa é de coloração alaranjada intensa, sendo de qualidade razoável quanto ao teor de fibras, sabor e qualidades culinárias. O fruto é colhido como "abobrinha verde" quando atinge cerca de 25 cm de comprimento e pesa em torno de 350 g. ‘Goianinha’ É uma cultivar do grupo "Baianinha", o qual apresenta plantas com hastes longas, com predominância da haste principal, que pode atingir a média de 6,0 m. Os frutos são alongados, com a região terminal dilatada, peso médio entre 300 a 800 gramas, medindo entre 13 a 23 cm de comprimento, 4 a 6 cm de diâmetro do pescoço e de 8 a 10 cm de diâmetro do bojo. A coloração externa do fruto é rajada de verde escuro e creme, em faixas longitudinais. A polpa tem a coloração alaranjada intensa, apresenta poucas fibras e boas qualidades culinárias. ‘Caravela’ Também chamada de "Caravelle", é uma cultivar de grande aceitação para o consumo de frutos maduros no mercado do Rio de Janeiro. São plantas muito vigorosas, com hastes longas. Os frutos, de formato oblongo, medem de 40 a 50 cm de comprimento e 20 a 30 cm de diâmetro com peso entre 6 a 12 kg. A coloração externa dos frutos é branco-creme uniforme e a polpa avermelhada. ‘Jacarezinho’ É um dos cultivares de polinização aberta mais plantados na região Nordeste do Brasil. Apresenta plantas vigorosas e produtivas. Os frutos são de formato achatado, com peso médio de 2,0 a 3,0 kg, coloração externa verde escuro, mesclado com pontuações e estrias cremes. A polpa é de coloração avermelhada e de boa qualidade para consumo. Moranga ou Jerimum-cabloco ‘Coroa IAC’ Planta vigorosa, haste principal com forte dominância apical, podendo atingir até 10 m. Os frutos são achatados, com gomos pouco salientes, coloração externa verde-cinzaclara, polpa espessa, enxuta e de coloração amarelo escuro. O peso dos frutos varia em torno de 2 a 3 kg. ‘Exposição’ Planta vigorosa, com dominância da haste principal, atingindo até 10m. Os frutos são achatados, de gomos salientes e coloração externa avermelhada, peso médio entre 3 a 4 kg. A polpa é menos enxuta que o cultivar Coroa IAC, menos espessa e de coloração avermelhada. Tem menor aceitação na região Nordeste. Híbridos interespecíficos (C. maxima x C. moschata) ‘Tetsukabuto’ É o híbrido mais importante cultivado nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Apresenta plantas vigorosas, porém menores que das cultivares "Canhão" e "Menina Brasileira". As plantas são macho-estéreis, exigindo o cultivo paralelo de plantas polinizadoras. Os frutos são levemente achatados, pesam em média 1,5 a 2,0 kg e apresentam a epiderme verde-escura, grossa e dura, algumas vezes com pequenas pontuações e manchas amarelas. A polpa é de coloração amarelo-alaranjada, espessa e enxuta, com 12 a 18% de sólidos totais. O ciclo é de 90 a 120 dias. www.isla.com.br/cgi-bin/artigo.cgi?id_artigo=111 www.isla.com.br/cgi-bin/artigo.cgi?id_artigo=302 ‘Lavras 1’ e ‘Lavras 2’ Origem: Ambas são híbridos F1 interespecíficos, cujo progenitor feminino é a cultivar Delicious de C. maxima e o progenitor masculino, em ambos os casos, é pertencente a espécie C. moschata. ‘Lavras 1’ As plantas são de porte pequeno, cuja haste principal atinge em média de 2,5 a 3,0 m, com 3 a 7 hastes laterais, de menor comprimento. Apresentam boa tolerância a oídio (Oidium sp). O inicio da floração ocorre de 42 a 50 dias após o plantio. Possui plantas macho-estéreis, necessitando de cultivares polinizadoras. Os frutos são levemente achatados, pesam em média de 1,6 a 2,5 kg, tem coloração externa verde-escura, podendo apresentar pontuações ou pequenas manchas amarelas. A polpa do fruto é espessa, de coloração amarelo-alaranjada e enxuta, com 13 a 19% de sólidos totais. A produtividade varia em média entre 8 e 10 t/ha. ‘Lavras 2’ Apresenta plantas de pequeno porte, com a haste principal atingindo de 3,0 a 3,5 m e 4 a 6 hastes laterais de menor tamanho. As plantas são macho-estéreis e tem boa tolerância a oídio. Os frutos são achatados, de coloração verde-escura e pesam em média de 1,5 a 2,0 kg. A polpa é espessa, de coloração amarelo-alaranjada e bastante enxuta, com 12 a 16% de sólidos totais. Época de plantio Em locais altos (acima de 800m de altitude): a época de plantio vai de agosto a março. Nos demais meses, as baixas temperaturas são fatores limitantes ao cultivo. Em locais baixos (abaixo de 400 m de altitude) com invernos suaves, pode-se semear durante todo o ano . Preparo do solo Plantas se adaptam ao cultivo na maioria dos tipos de solos. São preferíveis os solos profundos, com textura média, contendo de 30 a 35% de argila, facilmente drenáveis e que proporcionem suficiente retenção de água e nutrientes para o desenvolvimento das plantas O pH do solo ideal para a cultura é na faixa de 5,5 a 6,5 . A sua correção, quando necessária, deverá ser feita com antecedência de 90 dias do plantio, usando-se calcário dolomítico de acordo com a recomendação da análise de solo. O solo deve ser arado a uma profundidade média de 25 cm e, quando necessário, gradeado. É recomendável não pulverizar o solo, deixando alguns torrões que servirão de suporte para fixação de gavinhas. Adubação A adubação orgânica é de grande importância, sendo recomendável cerca de 20 toneladas de esterco bovino por hectare. A adubação química deve ser feita de acordo com os resultados da análise de solo. Espaçamento Varia em função da espécie, da cultivar e do sistema de produção adotado. Abóboras muito vigorosas e de hastes longas - 5 x 4 m ou 4 x 4 m, (2 pl./cova). Abóboras de porte médio e os jerimuns- caboclo - 4 x 3 m, (2 pl./cova). O híbrido Tetsukabuto - 3 x 3 m ou 3 x 2 m. Os híbridos Lavras 1 e 2 - 3 x 2 m ou 3 x 1,5 m. (todos com 2 pl./cova). Excelentes produções - uma planta por cova, com aumento do número de covas por linha de plantio. Assim espaçamentos como 4 x 1 m ou 3 x 1m, com uma planta por cova, tem proporcionado a alguns produtores o aumento do número de frutos sem afetar significativamente o seu peso médio. Coveamento e sulcamento Coveamento/sulcamento Covas nas dimensões médias de 30 x 30 x 25 cm. Os sulcos em nível, distanciados no espaçamento adotado e com uma profundidade de 20 cm. Dentro de cada sulco, distribuem-se as covas na densidade de plantio adotada, com o auxílio de enxada. Geralmente, os pequenos produtores usam o plantio em cova, enquanto os médios e grande produtores, que fazem o preparo do solo totalmente mecanizado, adotam o plantio em sulcos. Propagação Semeadura direta É o método mais utilizado, sendo colocadas de 2 a 4 sementes por cova, dependendo do poder germinativo das sementes, do seu preço e do número de plantas que permanecerá em cada cova. Semeadura em bandejas ‘Tetsukabuto’ (sementes com preço elevado por serem importadas). Também tem sido usado em outros cultivares, para se realizar o replantio nas falhas. O transplante - plantas apresentarem de duas a três folhas definitivas. Tratos culturais Desbaste consiste na retirada das plantas em excesso na cova, deixando uma ou duas plantas, de acordo com o sistema de plantio. A prática é executada quando as plântulas apresentarem duas a três folhas definitivas, procurando retirá-las de forma a não abalar as que permanecerem. Esta prática deve ser realizada com o solo úmido. Condução de ramos Consiste em direcionar o crescimento das ramas para fora dos sulcos de irrigação e das faixas destinadas ao trânsito. Esta operação facilita as capinas, pulverizações, adubações e colheitas, e ainda evitam o apodrecimento dos frutos que se desenvolveriam nos sulcos de irrigação. A movimentação das hastes só é aconselhável quando estas ainda estiverem pequenas, sem estarem firmemente enraizadas. Também é aconselhável não fazer o penteamento após o pegamento do fruto, para evitar o seu desprendimento, que ocasionará redução na produção. Polinização Os híbridos ‘Tetsukabuto’, ‘Lavras 1’ e ‘Lavras 2’, por apresentarem o caráter de macho-esterilidade, necessitam o cultivo paralelo de uma cultivar polinizadora. A escolha dessa cultivar deve ser em função da sincronização do florescimento com o híbrido, devendo-se entretanto, observar o seu valor comercial. Com essa finalidade pode-se plantar cultivares pertencentes às espécies C. moschata, C. maxima ou C. pepo, desde que se observe concordância para o período de florescimento. A polinização pode ser feita de forma natural ou artificial, havendo diferença na proporção entre o híbrido e a cultivar polinizadora, de acordo com o sistema adotado. Polinização natural : Quando for realizada somente por insetos, deve-se plantar uma cova da cultivar polinizadora para cinco covas do híbrido. Polinização artificial: Deve-se plantar uma cova da cultivar polinizadora para oito a dez covas do híbrido. Deve-se coletar, nas primeiras horas da manhã, as flores masculinas, retirar as pétalas, deixando apenas o filamento e as anteras. Em seguida, leva-se a flor masculina sobre o estigma da flor feminina do híbrido de modo a cobri-los totalmente com pólen. Quanto mais pólen for utilizado melhor será a possibilidade de pegamento do fruto. www.kokopelli-seed-foundation.com/actu/new_ne... Controle de plantas invasoras Métodos manuais, mecânicos e químicos. Em pequenas áreas cultivadas as plantas invasoras são controladas com o uso de métodos manuais e mecânicos, enquanto em áreas extensas emprega-se o controle integrado dos métodos manuais, mecânicos e químicos. Controle manual/mecânico capina manual por enxada ou utilizando-se cultivadores de tração animal ou motorizada. O arranquio manual é utilizado nas covas e nas proximidades das hastes, para evitar que sejam causados danos à cultura pelas ferramentas e implementos. A freqüência de capinas diminui com o crescimento da cultura. Uso de produtos químicos recomendados em áreas extensas e em regiões onde a mão de obra é escassa. Doenças Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) afeta toda a parte aérea da planta causando manchas nas folhas, caule e frutos Controle - prevenção visando evitar a entrada da doença na área de cultivo sementes sadias, eliminação de restos culturais, rotação de cultura e cultivares resistentes Doenças Crestamento gomoso do caule (Didymella bryoniae) Mudas - necrose na região do colo e seu tombamento Cotilédones - manchas necróticas circulares - atingem o caule da plântula Ramos - encharcados, com exsudação de goma, coloração parda, passando a cinza e apresentando numerosos corpos de frutificação negros Folhas - manchas pardas, circulares. Em estádio mais avançado, verificam-se numerosos pontos negros que são os corpos de frutificação do fungo Fruto - são pouco frequentes. Quando ocorrem, são necróticas, circulares, pardas e profundas. O tecido afetado exsuda goma Controle: Cultivares resistentes, eliminação de restos culturais e controle químico Doenças Mancha angular (Pseudomonas syringae pv. lachrymans) Folha - manchas encharcadas, de formato angular, ficando restritas ás nervuras manchas adquirem coloração marrom, apresentando um halo amarelado Fruto - manchas encharcadas, tornando-se posteriormente necróticas. Ao se cortar o fruto, observa-se extensas áreas internas necrosadas, incluindo as sementes. Controle: rotação de cultura, sementes sadias, evitar irrigação por aspersão, eliminação de restos culturais; evitar plantios em épocas quentes e úmidas. Colheita É feita manualmente, usando-se uma tesoura ou serra, deixando-se de 1,0 a 1,5 cm do pedúnculo, condição esta que possibilita um maior tempo de armazenamento do fruto. O ponto de colheita varia de acordo com a preferência do consumidor. Em algumas regiões colhe-se os frutos completamente maduros. Em outras, preferem-se frutos pouco maduros, que são conhecidos pela terminologia "de vez". Normalmente tem início de 110 a 150 dias após a semeadura, para a maioria dos cultivares Comercialização Os frutos são comercializados geralmente sem passar por nenhuma classificação, sendo feita a granel. Em Minas Gerais, no caso dos híbridos, para melhor apresentação do produto, utiliza-se a classificação em duas categorias: frutos com peso superior a 1,5 kg, considerados de primeira e os frutos com peso até 1,5 kg, classificados de segunda