Estudo comprova que Cirurgia do Diabetes é mais eficaz que

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Estudo comprova que Cirurgia do Diabetes é mais eficaz que
tratamento convencional
Pacientes que passaram pela cirurgia do diabetes tiveram uma queda média de 21% nos níveis
de glicose no sangue após um ano. Já o tratamento convencional resultou em um aumento de
11% da taxa. Procedimento no Brasil é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina.
Estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, avaliou a
eficácia da cirurgia do diabetes comparada ao tratamento convencional, com remédios orais e
aplicação de insulina.
Os pacientes que se submeteram a cirurgia do diabetes tiveram, em um ano, uma
queda de 21% na taxa de glicose no sangue. Já os pacientes que foram submetidos ao
tratamento convencional tiveram no mesmo período um aumento de 11%. “Os resultados dos
estudos são bastante promissores. É importante frisar que não se trata de uma nova técnica,
conforme vem sendo comunicado à opinião pública. Identificamos que as cirurgias realizadas
para obesidade promovem um controle do diabetes tipo 2 bastante eficaz. Ou seja, os
procedimentos demonstraram-se mais efetivos para controle da doença metabólica do que
para perda de peso”, afirma Thomas Szegö, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica (SBCBM), segunda maior associação da especialidade no mundo com
quase 1000 filiados.
A cirurgia se mostrou eficaz também na redução do consumo de medicamentos orais e
insulina. Antes da cirurgia, 84,3% dos pacientes estavam tomando medicação para controlar a
doença e um ano após o procedimento, apenas 22,4% ainda faziam uso de alguma substância.
No grupo de tratamento convencional, porém, a porcentagem de pacientes que necessitam de
insulina ou medicamento oral saltou de 66,7% para 82% em um ano.
Três tipos de cirurgia são comprovadas como eficientes no controle do diabetes: a
banda gástrica ajustável, o by-pass gástrico e as derivações bilio-pancreáticas. As técnicas que
criam um atalho para o alimento, que é desviado do duodeno e chega antes à parte final do
intestino, alteram a secreção de alguns hormônios intestinais, como p.e o GLP-1, cujo aumento
estimula a produção de insulina, resultando na melhora ou até mesmo no controle do diabetes
tipo 2.
A Associação Americana de Diabetes recomenda manter os níveis de glicose no sangue
abaixo de 7%. Para avaliar a eficácia da cirurgia do diabetes na busca deste objetivo, os
pesquisadores também analisaram os dados de um grupo de pacientes que passaram pelo
procedimento cirúrgico entre 2001 a 2006 e um grupo de pacientes com diabetes controlado
com remédios e insulina.
No grupo que passou pela cirurgia, os níveis de glicose no sangue passaram de uma
média de 7,5% no pré-operatório, para 5,8% após um ano, fixando-se em 6,1% após três anos.
Naqueles que receberam o tratamento convencional, os níveis aumentaram de uma média de
7% para 7,8% após três anos.
Segundo Dr. Szego, os bons resultados da cirurgia para o controle do diabetes tipo 2
devem-se, basicamente, a dois fatores: a perda de peso do paciente e, principalmente, a
alterações hormonais. “Ficou cientificamente comprovado que com estas técnicas
conseguimos controlar o diabetes da grande maioria dos pacientes”, afirma o presidente da
SBCBM.
Segundo o CFM, a cirurgia do diabetes pode ser indicada no tratamento de pacientes
diabéticos tipo 2, com IMC (Índice de Massa Corpórea - peso dividido pela altura ao quadrado )
acima de 35. Ainda está em estudo pelo CFM a liberação do procedimento para pacientes com
IMC entre 30 e 35. Para pacientes com o IMC abaixo de 30 a cirurgia ainda não é indicada,
porém o Brasil desponta como o país que mais investe em estudos para adaptar o método que
irá beneficiar pacientes não obesos.
Mais informações e entrevista:
Target Consultoria em Comunicação Empresarial
Rafael Ernandi
Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
[email protected]
(11) 3063-0477
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