A NATAÇÃO NO TRATAMENTO DOS SINTOMAS DA SÍNDROME DA FIBROMIALGIA Giovane Silva de Brito Concluinte da Gradução CDEF - UEPA Smayk Babosa Sousa - Orientador RESUMO: A Síndrome da Fibromialgia é uma doença reumática não deformante cujas causas ainda são desconhecidas, além de não apresentar uma cura eficaz para tal enfermidade. Contudo, muito se tem trabalhado em tratamentos alternativos em prol de proporcionar alívio dos sintomas característicos da fibromialgia. Esta pesquisa tem por objetivo a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com SFM, por intermédio da prática da natação. O método de pesquisa é de caráter qualitativo, com a utilização de artigos, periódicos, entre outros recursos bibliográficos que servisse de auxílio para verificar quais os benefícios da utilização da natação como forma de tratamento da Síndrome da Fibromialgia. Em virtude do baixo número de acervo envolvendo a relação da natação com a fibromialgia, este artigo apresenta características relevantes sobre ambos os assuntos e uma análise detalhada sobre os dados coletados, a fim de estabelecer um parâmetro de correlação entre os mesmos. Os resultados obtidos foram de caráter satisfatório. Levando em consideração a análise dos dados apresentados em relação a fibromialgia e a natação é possível inferir que a utilização da natação como forma de tratamento dos sintomas da SFM, bem como todos recursos que perpetuam tal modalidade, é capaz de proporcionar alívio das condições de estresse, depressão, insônia, entre outros sintomas. Além de propiciar melhorias na qualidade de vida dos pacientes com fibromialgia. Palavras-chave: Fibromialgia; Natação; Sintomas; Qualidade de vida. Swimming in the Treatment of Fibromyalgia Syndrome Symptoms ABSTRACT: Fibromyalgia Syndrome is a non-deforming rheumatic disease whose causes are still unknown, and does not provide an effective cure for this disease. However, much work has been done to estabilish alternative treatments in favor of providing relief of characteristic symptoms of the fibromyalgia. This research aims to improve the life’s quality of patients with FMS through the sport of swimming. The research method is qualitative, with the use of articles, periodicals and other library resources that would provide aid to review what the benefits of using swimming as a treatment of fibromyalgia syndrome. Due to the low number of collections involving the relationship of swimming with fibromyalgia treatment, this article presents relevant characteristics on both questions and a detailed analysis of the data collected, in order to establish a measure of correlation between them. The results were satisfactory. Taking into account the analysis of the data submitted in connection with fibromyalgia and swimming is possible to infer that the use of swimming as a treatment of FMS symptoms, and all resources that perpetuate this modality, can provide relief from stress conditions, depression, insomnia, among other symptoms. In addition to providing improved life’s quality of patients with fibromyalgia. Keywords: Fibromyalgia; Swimming; Symptoms; Life’s quality. 2 INTRODUÇÃO Quando uma pessoa se depara com qualquer enfermidade envolvendo algum integrante de sua família, acaba sofrendo com a dor psicológica na qual o enfermo se encontra até mesmo pelo simples fato de se sentir incapaz de agir no intuito de, ao menos, amenizar o sofrimento do ente querido. E quando se descobre que tal patologia se trata de um caso que ainda não possui cura, além de que seus efeitos colaterais são dolorosos e podem causar sérios danos ao indivíduo, a busca por um tratamento eficaz se torna um desafio ainda maior na vida de todos. Com o passar dos anos, o homem tem se deparado com novas doenças que, até pouco tempo, eram desconhecidas e/ou apresentavam baixo índice de incidência em meio à sociedade contemporânea. Muitas delas ainda se encontram em fase de estudos para a descoberta de suas possíveis curas ou até mesmo as causas de seu surgimento. Há casos em que o indivíduo é obrigado a conviver com a patologia durante toda a vida, podendo apenas diminuir a intensidade de seus sintomas e viver na esperança de que algum dia possa surgir uma cura para o seu problema. Lidar com processos patológicos não é uma tarefa fácil, visto que, como qualquer outro estudo que envolva seres humanos, requerem pesquisas árduas, sem mencionar todo o sistema burocrático existente para o início dos testes laboratoriais, principalmente àqueles envolvendo a utilização de drogas medicamentosas. Em virtude de todo esse conjunto de normas e a preocupação existente por parte dos pesquisadores para com os pacientes, é que muitas pesquisas denotam tempo prolongado de estudo e pesquisa para, enfim, servirem de experimentos. Porém, o fator tempo é determinante na vida de pessoas que apresentam algum problema patológico. Partindo disso, houve a necessidade em se buscar novos métodos de prevenção e tratamentos que pudessem ser aplicados aos pacientes. O objetivo principal seria a tentativa de reduzir a quantidade de remédios utilizados, ou a suspensão dos mesmos durante todo o processo de tratamento do doente. Visto que o uso de medicamentos pode causar danos irreversíveis ao organismo (como a total dependência da droga) ou, até mesmo, efeitos 3 colaterais desagradáveis ao indivíduo. E, portanto, se possível for o tratamento sem a utilização de medicamentos, melhor seria para o organismo humano. Ao se pensar em tratamentos alternativos, houve o despertar de pesquisadores para a prática de atividades físicas, uma vez que tal prática é vista como fator essencial para a manutenção de uma vida saudável. Caracterizada como "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético" (MATSUDO; MATSUDO & NETO 2001, p.2) (correr, pular, chutar uma bola, etc.), a atividade física é, portanto, um fenômeno que já faz parte da rotina do homem. Contudo o que determina se a prática de exercícios físicos será ou não eficaz na prevenção e no tratamento de doenças fisiológicas, dentre outros fatores, será a intensidade e o programa a ser utilizado (CIOLAC & GUIMARÃES, 2004). Estudos comprovam que a atividade física traz benefícios para todas as regiões do organismo humano (músculos, articulações, SNC...) e, principalmente, aos órgãos primordiais, referentes ao bem-estar físico e mental do indivíduo, como: cérebro (reduz sintomas depressivos, além de melhorar a autoestima), coração (reduz doenças cardíacas), além de músculos e ossos (FOLHA DE SÃO PAULO apud SAÚDE EM MOVIMENTO, 2002). Por intermédio das informações apresentadas, houve a curiosidade de se estabelecer os benefícios de uma dada atividade física no tratamento de doenças. Contudo, algumas indagações e dúvidas surgiram ao longo deste trabalho: qual doença serviria como foco de pesquisa? Qual atividade seria indicada para o tratamento desta doença? Quais princípios foram estabelecidos para a escolha desta ou aquela modalidade? Até pouco tempo atrás não tinha o conhecimento a respeito da existência de uma doença chamada Síndrome da Fibromialgia (SFM), muito menos de seus danos ao organismo humano. Contudo, a partir do momento em que tal enfermidade fora diagnosticada em minha mãe, surgiu a necessidade de reunir o maior número de informações que pudessem esclarecer as dúvidas existentes acerca desta patologia. Tal medida foi o que motivou o desenvolvimento desta pesquisa em prol de se auxiliar e, simultaneamente, ajudar no tratamento desta pessoa. Ao descobrir que se tratava de uma doença que causa muito sofrimento aos portadores da mesma (os pacientes apresentam dores generalizadas 4 crônicas), a vontade de pesquisar e entender suas características de forma mais detalhada, se intensificou cada vez mais. O objetivo inicial foi a busca de informações que pudessem interligar o tratamento desta doença ao campo da Educação Física, curso que diz respeito a minha formação acadêmica. Visto que se tratava de uma doença incurável e que as formas de tratamentos existentes estavam voltadas apenas para os quadros sintomáticos referentes à SFM (antidepressivos, analgésicos, estimulantes para o sono, etc.), veio a busca de alternativas que pudessem agir de maneira positiva no tratamento dos sintomas, além de possibilitar a menor ingestão de medicamentos. Houve então o despertar para a prática do exercício físico como forma de tratamento desses sintomas. A modalidade escolhida foi a NATAÇÃO. O fator determinante para esta escolha foi o apreço pelo desporto (fui atleta de natação por 15 anos) e o conhecimento prévio sobre os benefícios de sua prática ao organismo humano. Entretanto, muitos artigos e publicações, dos quais tive acesso, apenas colocavam o exercício físico como tratamento, contudo não detalhavam, de maneira clara e objetiva, como os resultados eram obtidos e/ou que fatores estimulavam tais benefícios. Sabendo que a fibromialgia é diagnosticada pela pressão feita em dezoito pontos musculares do corpo humano (CHAITOW, 2002), levantei a hipótese do quão importante seria a prática da natação como forma de tratamento da fibromialgia, uma vez que a mesma possibilita trabalhar todos os grupamentos musculares e articulares do corpo, além de trazer grandes benefícios psicofisiológicos para a saúde das pessoas vítimas, ou não, de alguma patologia. E, portanto, serviria como alternativa no tratamento dos sintomas da SFM. Em se tratando de minha vida acadêmica pretendi com este trabalho iniciar um conjunto de estudos em busca de maiores conhecimentos acerca desta abordagem e construir novos limiares, os quais contribuirão para a construção de um futuro acadêmico voltado à pesquisa. Numa visão mais ampla de: a) contribuir com as demais pesquisas a respeito do assunto; b) somar e possibilitar o surgimento de novos tratamentos; c) garantir um contínuo processo de descobertas; d) possibilitar maiores esclarecimentos dos assuntos aqui abordados. 5 Contudo, no que consiste a Síndrome da Fibromialgia? Quais suas causas, sintomas? Quais os riscos e os benefícios da prática da natação em um portador de fibromialgia? Esses e outros questionamentos servirão como base norteadora para o desenvolvimento desse trabalho, além da busca por responder uma única pergunta científica, foco deste estudo: como a natação pode de alguma forma ajudar no tratamento da fibromialgia? Em virtude do baixo teor de informações envolvendo a relação entre a SFM e da ação do desporto natação no organismo de pessoas portadoras desta doença, fez-se necessário a busca de parâmetros contidos nos dois objetos de estudos, de maneira individualizada e, posteriormente, traçar um elo entre os assuntos, a fim de obter suporte teórico consistente para o desenvolvimento desta pesquisa. E, como pesquisador, buscar servir como ponte de ligação entre esses dois elos, por intermédio de todo o material pesquisado e analisado, que estivesse ao meu alcance. Em se tratando da SFM, pode-se dizer que ainda é considerada como uma grande incógnita para os pesquisadores desta área, pois sua origem, prognóstico, tratamentos e cura eficazes, até então, são desconhecidas pelo homem. Contudo, vale ressaltar que houve um grande avanço no que diz respeito à obtenção de informações e tratamentos que podem, pelo menos, amenizar os efeitos colaterais característicos dos sintomas desta síndrome. Tais métodos de tratamentos são de suma importância no período em que uma possível cura é estudada. Portanto, o objetivo principal deste artigo é buscar alternativas as quais possam auxiliar no processo de melhoria do bem-estar físico e mental do portador de SFM através de aulas de natação, além de, através da quantificação e qualificação das informações levantadas, contribuir com pesquisas que possam surgir posteriormente, no intuito de tornar este tratamento ainda mais eficaz. Auxiliando na identificação e no desenvolvimento de um possível tratamento eficaz para a SFM. Apesar de ainda não haver uma cura específica para este problema, esta pesquisa focou na diminuição das dores musculares causadas pela SFM, assim como outros sintomas: insônia, depressão, etc., por intermédio de pesquisa bibliográfica, sobre os benefícios que a prática da atividade física traz ao ser humano, enfatizando o quadro clínico dos pacientes com fibromialgia. 6 METODOLOGIA Uma pesquisa de cunho teórico, de grande relevância social, uma vez que visa, através de levantamentos bibliográficos, comprovar a eficácia da prática da natação no tratamento dos sintomas típicos da Síndrome da Fibromialgia. Tendo como base alguns estudos, informações e pesquisas existentes. A forma de abordagem utilizada foi de característica qualitativa, enquanto que o processo de levantamento de dados remeteu-se em duas diretrizes: a) uma pesquisa voltada para as características e informações referentes à SFM; b) informações baseadas nos benefícios proporcionados pela prática da natação ao ser humano como um todo. Seja ele apresentando alguma patologia ou não. Em virtude do pouco acervo de livros e pesquisas acerca dos benefícios da natação ao indivíduo portador da Síndrome da Fibromialgia, a pesquisa será composta pelo maior número de informações ao alcance deste pesquisador (artigos, revistas, livros, etc.), a fim de construir um trabalho científico estruturado e informativo, o qual foi estruturado planejado para ocorrer em três etapas. A primeira etapa esteve voltada ao levantamento do maior número possível de material que pudesse servir de informação para melhor conhecer todas as características relevantes sobre a SFM: informações básicas, sintomas, estado físico e psicológico do paciente em virtude da doença, etc. Tal fase teve como base de estudo o livro Síndrome da Fibromialgia um guia para o tratamento, de Chaitow. A segunda destinou-se à coleta de dados de cunho científico, por intermédio de pesquisas bibliográficas, de acervos referentes aos benefícios da natação para o homem, principalmente quanto à anatomia, fisiologia e biomecânica da mesma, uma vez que tais informações sobre grupamentos musculares e articulares envolvidos na execução dos nados, poderiam ser fatores primordiais para se atingir o objetivo desta. A terceira destinou-se a triagem de tudo aquilo que foi pesquisado. Os dados foram analisados minuciosamente. E nesta fase foram observados os recursos de maior relevância de acordo com o objeto de estudo deste projeto, descartando tudo aquilo que não serviu como subsídio para o desenvolvimento 7 desta pesquisa. Foi nesta fase também que ocorreu a elaboração do trabalho final: com as possíveis análises dos resultados alcançados, por meio dos acervos bibliográficos obtidos e estudados. RESULTADOS DA COLETA DE DADOS A fibromialgia é uma condição reumática não deformante, ou seja, as dores não são causadas, nem associadas a traumas, inflamações, nem por qualquer outro fator do sistema musculoesquelético. É tido como um complexo de doenças e síndromes, portanto seu tratamento e diagnóstico se tornam muito difícil aos profissionais da área da saúde (MENSE; SIMONS & RUSSELL, 2008). Apresenta como características principais as dores generalizadas e distúrbios do sono. O paciente convive com a dificuldade de dormir (insônia) ou com um sono não reparador, o indivíduo acorda cansado e com má disposição. As dores são constantes e ininterruptas, provocando maior estrese e mal-estar, podendo leva-lo a um quadro clínico de depressão (outro sintoma muito comum causado pela SFM). Atinge cerca de 5% da população mundial (CAMPBELL et al., 1983; Wolfe & CATHEYN apud FIBROMIALGIA, 2010?), sendo um fator mais comum em pessoas do sexo feminino, cerca de oito vezes mais frequente do que em pessoas do sexo masculino, com idades entre vinte e nove e cinquenta e sete (29 e 59) anos (YUNUS et al., 1981; CATHEY et al., 1986; MULLER, 1987; WOLFE et al., 1990 apud FIBROMIALGIA, 2010?). Entretanto, não há distinção quanto à ocupação profissional, idade ou etnia. Suas causas ainda são desconhecidas e não há cura específica para o diagnóstico de fibromialgia, apenas tratamentos para amenizar os sintomas provenientes da dela (CHAITOW, 2002). Segundo Mense; Simons & Rrussell (2008), atualmente o índice de casos de fibromialgia tem aumentado. Isso ocorre devido à conscientização da população, além da grande especulação da mesma pelos meios de comunicação. Outro fator determinante no número de pacientes com SFM se dá devido a maior compreensão por parte dos médicos e profissionais de saúde a cerca o assunto. Quanto maior é o conhecimento no que diz respeito a fibromialgia, mais “fácil” se torna para os especialistas um diagnóstico mais preciso. 8 Ainda segundo Mense; Simons & Rrussell, não há como afirmar que a fibromialgia é uma doença nova, uma vez que não apresenta deformações estruturais do sistema musculoesquelético, portanto, não há como obter informações por meio de restos mortais (fósseis) ou através de análise de cadáveres. Entretanto existem hipóteses e dúvidas referentes à presença da SFM nos tempos remotos. Uma hipótese está fundamentada na utilização dos banhos termais. Sabe-se que os banhos em águas quentes trazem conforto e alívio para o ser humano, seja para amenizar a dor ou para um simples estado de relaxamento. Com isso, fica a dúvida se os usuários dos banhos termais utilizavam-se deste recurso para promover alívio de dores recorrentes e se tal condição estaria ligada à SFM. Como citado acima, os banhos termais proporcionam alívio e conforto maior para os indivíduos que se encontram em situação de dor e/ou desconforto físico. A fibromialgia é uma condição que ainda não apresenta uma causa específica e nem um tratamento que seja eficaz na cura da doença. O que é apresentado são métodos de tratamentos para os sintomas da mesma. Mas antes de se iniciar um tratamento para as condições da SFM, é necessário conhecer um pouco mais sobre como é feito o diagnóstico da mesma, além de conhecer quais os sintomas presentes em um indivíduo portador de fibromialgia. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da fibromialgia é pouco provável nos consultórios, visto que, ao se depararem com os sintomas provenientes da SFM, muitos médicos buscam associá-los a outras patologias estudadas durante todo o seu processo de aprendizagem acadêmica e/ou profissional. Todavia, esse quadro vem sofrendo mudanças com passar dos anos, devido a grande repercussão da doença e da maior assimilação acerca de suas características por parte dos médicos. O mais aceito e utilizado até os dias atuais é o diagnóstico feito por intermédio da pressão digital em alguns pontos pré-determinados do corpo humano, conhecidos como pontos de gatilho (TPs). No total são 18 pontos, estudados e definidos pela American College of Rheumatologistis (ACR) (MENSE; SIMONS & RUSSELL, 2008). 9 Tais pontos são caracterizados por apresentarem nódulos (caroços) na junção do músculo com o nervo, que servem como estímulo da dor. Ao serem submetidos à uma pressão de 4kg de equivalência, os TPs geram dores agudas nos pacientes. Caso o indivíduo apresente sinais de dor em pelo menos 11 dos 18 pontos, juntamente com o sintoma de dor generalizada, o mesmo é caracterizado como fibromiálgico (nome dado ao indivíduo portador da fibromialgia) (CHAITOW, 2002). Entretanto, segundo Chaitow (2002), passados algumas experiências, surgiram alguns questionamentos acerca desta forma de se chegar ao diagnóstico da SFM: E se o indivíduo estiver sofrendo de dor generalizada, mas, no ato do exame da pressão digital, não apresentar dores em pelo menos 11 dos 18 pontos? Se ele apresentar 09? Ou mesmo 10? O mesmo não é caracterizado como fibromiálgico? E se sentir dores em pelo menos 11 TPs, mas não estiver na condição de dor generalizada? Estudos mostraram que cerca de 2% da população satisfaz os critérios estabelecidos pela ACR. Entretanto, a grande maioria está avançando naquela direção, de acordo com pesquisas britânicas e americanas que demonstram que cerca de 20% da população sofre de dor “generalizada” que satisfaz a definição da ACR, com quase o mesmo número, mas não necessariamente as mesmas pessoas, demonstrando 11 dos 18 pontos especificados como sendo dolorosos num teste apropriado, também de acordo com a definição do ACR. (CHAITOW, 2002, p. 6) Foi então que em 1992, no Second World Congress on Myofascial Pain and Fibromialgia, em Copenhagen, um documento de consenso de fibromialgia foi apresentado. Tal documentação aceitou os termos de definição de fibromialgia estabelecidos pela ACR como base para um diagnóstico e, para melhor estabelecer essa condição, acrescentou uma série de outros sintomas àquela definição (CHAITOW, 2002). SINTOMAS Como descrito anteriormente, o documento de Copenhagen acrescentou uma série de outros sintomas (fora a dor generalizada e múltiplos pontos sensíveis), como: fadiga persistente, rigidez matinal generalizada, sono não reparador e ansiedade. O documento de Copenhagen acrescenta que a SFM parece ser uma parte de um complexo maior que inclui sintomas como cefaleia, irritação da bexiga, dismenorreia, extrema sensibilidade ao frio, 10 pernas inquietas, padrões indefinidos de adormecimento e formigamento, intolerância a exercícios, entre outros (CHAITOW, 2002, p. 7). Aparentemente, nenhum dos sintomas acima citados representa grandes riscos para a saúde do fibromiálgico, contudo, alguns desses podem servir como “propulsores” para novos quadros clínicos preocupantes. Por exemplo: cefaléia crônica e rigidez matinal podem propiciar desconforto, malestar e até irritação ao paciente, mas não provocam mudanças físicas e funcionais. Enquanto que a depressão e a insônia podem acarretar grandes disfunções ao indivíduo (MENSE; SIMONS & RUSSEIL, 2008). A depressão pode ser considerada o fator no qual os médicos devem ter atenção especial. As doenças psicológicas são preocupantes, pois, indivíduos com depressão, são capazes de atos extremos, até o ato de tirar sua própria vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença (depressão) está associada à morte de cerca 850.000 pessoas por ano (MING & MORAES, 2009). Um dado alarmante, em todos os aspectos, no qual, dentro dessa estimativa, há provável presença de várias pessoas vítimas de fibromialgia as quais apresentavam sintomas de depressão em seu quadro clínico. Outro problema que deve ser tratado com rigor é o estado de insônia. Sua origem se dá por diversos fatores, entre eles o estresse e maus hábitos. É uma condição na qual a vítima sofre com a ausência do sono e que perdura por longas noites. No caso de pessoas com fibromialgia, além de muitas noites sem dormir, muitos convivem com o problema de um sono não reparador, ou seja, tais indivíduos apresentam a capacidade de dormir, todavia, quando acordam, continuam cansados e sem disposição (VARELLA, [21--]). É comum encontrar pessoas mal humoradas no trabalho, na sala de aula e no convívio social, devido a uma noite de sono mal dormida. Se uma noite de insônia é capaz de provocar mudanças imediatas no comportamento de uma pessoa, sucessivas noites de insônia trazem riscos sérios à saúde da mesma: psicose, ansiedade, depressão, além de provocar a redução da síntese de proteína e de secreção do hormônio do crescimento. Portanto, é preciso estabelecer tratamento para esse sintoma e para os demais sintomas envolvidos no processo da SFM. Uma vez que a doença em si não apresenta cura, é preciso buscar técnicas de tratar seus sintomas, a fim 11 de proporcionar ao paciente conviver de maneira passiva com a fibromialgia, sem grandes riscos á sua saúde física e/ou mental. OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA O HOMEM A prática de atividade física apresenta grande importância quando relacionada com a manutenção da saúde e do bem-estar. A busca pela prática de exercícios muitas vezes está fundamentada em melhorias de quadros patológicos, como também em sua prevenção; além de propiciar diminuição de estresse, através da busca pelo prazer e relaxamento. Em relação aos benefícios da atividade física para a saúde do homem, a natação é vista como uma das mais completas dentre as modalidades existentes. Numa visão histórica, não existem relatos precisos sobre o surgimento da prática à natação. O que é mais aceito pelos estudiosos da área é que tal modalidade surgiu juntamente com a civilização (CATTEAU & GAROFF apud DAMASCENO, 1997), visto que a mesma necessitava de alguma forma da arte de nadar para sua sobrevivência: seja nos momentos de obtenção de alimento (pesca) quanto no hábito de deslocar-se para um determinado espaço. As referências mais antigas relativas à arte de nadar datam, segundo Navarro (1897), de 9000 anos aC, relatando em pinturas, vasos, mosaicos etc. as proezas de grandes heróis, atestando a importância desta técnica e de seu domínio (DAMASCENO, 1997, p. 7). Atualmente a natação é vista como importante campo de estudo, em virtude de seus efeitos benéficos ao homem. Dentre os quais é possível destacar: melhoria do sistema cardiovascular, redução da frequência cardíaca, melhoria da circulação sanguínea, alívio de dores (“A natação é um dos desportos mais recomendados pelos especialistas para acalmar patologias que impliquem muitas dores, como a fibromialgia.” (PORTAL SÃO FRANCISCO, s.d, n.p)), proteção dos ligamentos e tendões, além de possibilitar o trabalho de todas as articulações e músculos do organismo humano, etc. As articulações são, igualmente, beneficiadas. Aumentando de tamanho, os músculos resguardam com eficácia superior tendões e ligamentos. A natação leva ainda ao exercício de todas as articulações, potencia a sua agilidade e promove a lubrificação destas, contribuindo para o alívio das dores resultantes de artroses. Patologias como a fibromialgia têm com a natação uma calmia dos sintomas dolorosos, à semelhança de outras que impliquem padecimentos relacionados com a dor (PORTAL SÃO FRANCISCO, s.d, n.p). 12 Contudo, além dos fatores fisiológicos, para o desenvolvimento de uma pesquisa mais consistente, é cabível ressaltar os valores psicológicos beneficiados pela prática deste desporto. A ATIVIDADE FÍSICA E A MANUTENÇÃO DO SONO Em gral de nível psicológico, os praticantes da modalidade natação apresentam níveis de relaxamento mental consideráveis, pois o próprio ambiente aquático, desde que esteja em condições de temperatura dentro do ideal, é capaz de proporcionar tal sensação de bem-estar e prazer (CUNHA & CAROMANO, 2003). Outro fator a ser considerado é o da melhoria do sono. “Alguns estudos descrevem a função crucial do hipotálamo na regulação da temperatura corporal e na indução do sono.” (LU; GRECO; SHIROMANI & SAPER apud MATINS; MELLO & TUFIK, 2001, p.32). Os praticantes da natação, assim como de qualquer outra atividade que apresente relativo grau de intensidade e esforço, apresentam aumento na qualidade do sono em virtude do desgaste físico e do aumento da temperatura corporal ocorridos em detrimento do desenvolver da atividade física. Em tese, tais efeitos do exercício possibilitariam a capacidade de “facilitar “o disparo” do início do sono, por ativar os processos de dissipação de calor controlados pelo hipotálamo, assim como os mecanismos indutores do sono dessa mesma região.” (DRIVER & TAYLOR apud MATINS; MELLO & TUFIK, 2001, p.32). Portanto, a atividade física estimularia o hipotálamo no controle da regulação da temperatura, durante e após a prática do exercício físico, além de propiciar a sensação de sono. Outra hipótese acerca da influência da prática de uma atividade física e a manutenção do sono baseia-se na concepção de que o sono serviria como um processo de conservação de energia e a restauração corporal, através de mecanismos homeostáticos reguladores do sono (DAVIS; FRANK & HELLER apud MATINS; MELLO & TUFIK, 2001). Ou seja, com a quebra do equilíbrio homeostático corporal, há a necessidade de tal equilíbrio ser reestruturado, o que é possibilitado pela manutenção do sono. Segundo os dados apresentados acima, a prática da natação dispõe de diversos benefícios ao ser humano, dentre eles os fatores fisiológicos, neurais e psicológicos. Um conjunto de sistemas trabalhados, simultaneamente, utilizando da prática de um único desporto. Contudo, o que foi mostrado até 13 agora foram os benefícios ao se desenvolver tal atividade. E o ambiente no qual se desenvolve esta modalidade? Uma vez que o ambiente no qual se desenvolve a prática da natação é o meio líquido, não se podem resumir os benefícios da natação nos meros movimentos de braçadas e pernadas, mas em todo contexto e alterações psicofisiológicos do estado de imersão para a manutenção da saúde e do bemestar. Portanto, quando o assunto envolve os benefícios da natação para o organismo do homem, todos os recursos envolvidos devem ser levados em consideração. O PODER DA IMERSÃO E A HIDROTERAPIA É comum se deparar com pessoas que, ao chegarem do trabalho, da escola ou de qualquer outro lugar, com certo nível de estresse, querem logo é tomar aquele banho para relaxar e recuperar as energias. Não é de hoje que a água é vista como fonte de relaxamento e prazer físico e mental para o ser humano. Contudo, estudos mostraram que a água, quando utilizada de maneira apropriada, é capaz de ajudar na recuperação de muitos quadros clínicos e patologias, por meio de um tratamento conhecido como hidroterapia. Além de servir como meio de relaxamento, estudos comprovam que atividades desenvolvidas em meio líquido são capazes de propiciar, ao indivíduo, vários outros benefícios, como: analgesia, diminuição do impacto nas articulações, entre outros fatores psicofisiológicos. Desde um simples banho, até mesmo à uma atividade física mais intensa e/ou terapêutica (natação, hidroginástica, hidroterapia, etc) (BIASOLI & MACHADO, 2006). O termo hidroterapia deriva do grego “hydor”, “hydatos” que significam água e “therapeia”, tratamento. A utilização da água como meio de cura foi utilizada pelos gregos na época de Hipócrates como forma de tratamento de pacientes com “doenças reumáticas, neurológias, icterícia, assim como tratamento de imersão para espasmos musculares e doenças articulares (460375 a.C)” (BIASOLI & MACHADO, 2006). Como ressaltado acima, com o simples ato de manter o corpo imerso no meio líquido, é possível a obtenção de estímulos fisiológicos no organismo humano. Mas, além de efeitos fisiológicos, a imersão é capaz de promover um estado de relaxamento ao indivíduo, tanto físico quanto mental (alterações psicofisiológicas). E para maior êxito no tratamento, é necessário todo um 14 processo de imersão. Duas das técnicas que utilizam a imersão como forma de tratamento e relaxamento são: o Floatation Rest e o Watsu (este último também conhecido como water shiatsu). Segundo CUNHA & CAROMANO (2003) o Floatation Rest consiste na privação dos estímulos externos, juntamente com o estado de flutuação do corpo em um tanque e/ou piscina, em condições de temperatura neutra (igual ou relativamente próximas à temperatura corporal), composta por água e sais EPSOM (Mg2SO4). O ambiente é localizado em uma sala escura e sem ruídos. A privação dos estímulos externos é importante para a manutenção do relaxamento, evitando que influências e outros fatores externos possam interromper ou comprometer o tratamento. O tratamento Watsu assemelha-se ao trabalho desenvolvido no Floatation Rest, apresentando como principal diferença a utilização da água aquecida, além da implementação de trabalhos de “alongamentos e movimentos passivos, mobilização de articulações e hara – trabalho, bem como pressão sobre acupontos para equilibrar os pontos de energia através dos meridianos.” (DULL apud RUOTI et al. apud CUNHA & CAROMANO, 2003, p.101). Tais técnicas são utilizadas como forma de redução do estresse, da dor crônica, ansiedade, tensão, hipertonia muscular, além da melhoria do sono. Contudo, vale ressaltar, que é necessário o acompanhamento de um especialista para o desenvolvimento de qualquer atividade que possa vir a ser trabalhada dentro ou fora da água. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este momento é destinado à correlação dos dados apresentados acerca da doença SMF e as informações adquiridas sobre os benefícios da natação para o organismo humano. Ao longo desta pesquisa, alguns fatos e opiniões despertaram a curiosidade deste pesquisador. Alguns relatos e artigos tratam a fibromialgia como uma doença única e exclusivamente psicológica, baseado no fato de que os pacientes apresentam distúrbios neurais e psicológicos, tais como: dor generalizada, sem uma provável causa; índices elevados de insônia e depressão, entre outros fatores. Tais colocações não podem ser consideradas como errôneas, entretanto uma questão fica em aberto, quando se leva em consideração o principal método 15 para se diagnosticar a presença da fibromialgia em uma pessoa: se o problema é um fator estritamente psicológico, como é possível o fibromiálgico apresentar nódulos dolorosos em certos pontos do corpo (TP)? É possível afirmar que a SFM interfere de maneira significativa no sistema nervoso e psicológico dos pacientes, mas, se os pontos de tensão são um dos fatores determinantes para atestar se uma pessoa apresenta ou não a doença, seria mais correta a afirmação de que se trata de um distúrbio “neuropsicofisiológico”. E para que um tratamento seja eficaz, é preciso se estabelecer um trabalho interdisciplinar de médicos, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, etc. Voltando o foco para o trabalho dos educadores físicos, na prática da natação; dos fisioterapeutas, no tratamento por meio da hidroterapia; e as informações apresentadas; é possível inferir que o trabalho com a natação poderia ajudar no tratamento das dores crônicas. Visto que a mesma possibilita o fortalecimento e o trabalho contínuo de músculos, articulações e ligamentos. E, com isso, pode ser eficaz na diminuição e/ou no desaparecimento dos nódulos dolorosos presentes nos 18 pontos, pré-estabelecidos pela ACR, no corpo humano. Contudo, não se resume em simplesmente desenvolver uma aula de natação e esperar que os resultados sejam satisfatórios. O professor de educação deve atuar de várias outras formas, afim de que o mesmo consiga alcançar o objetivo principal do tratamento. Tais formas consistiriam em: estudar minuciosamente a doença; entender que o paciente se encontra desestimulado, devido apresentar uma doença autoimune e que, portanto, o profissional deve atuar na estimulação para a prática da atividade (aqui colocada na forma de aulas de natação); planejar e efetuar os programas de maneira cuidadosa, visando sempre a integridade de seus pacientes; entre outras formas de abordagens metodológicas. Em relação ao trabalho dos fisioterapeutas com a utilização da hidroterapia, tal método possibilitaria um trabalho centrado no relaxamento e na condição de tratamento dos distúrbios neurais e fisiológicos. As técnicas abordadas acima, WATSU e FLOATATION REST, se tornariam eficazes no tratamento dos quadros de depressão, estresse e da própria insônia. Uma vez que tais técnicas influenciariam na condição de relaxamento do paciente e, consequentemente, na diminuição do estresse. Havendo melhorias de tais 16 sintomas e dos distúrbios que os mesmos podem causar sobre o organismo como: mal humor, irritabilidade, entre outros. Vale lembrar, que a prática da natação não se encontra dissociada do trabalho da hidroterapia, pois o próprio deslocar na piscina e a sensação de prazer provenientes da imersão do organismo em meio aquático, não deixam de ser caracterizados como uma forma de tratamento hidroterápico. Estimulando o relaxamento e os seus reais benefícios fisiológicos. O que pode contribuir com a diminuição do índice de insônia, depressão e estresse, fatores sintomáticos preocupantes característicos na Síndrome da Fibromialgia. Através da análise dos levantamentos apresentados neste, é possível estabelecer uma ligação positiva entre a prática da natação no tratamento dos principais sintomas característicos da Síndrome da Fibromialgia. Contudo, vale ressaltar que indivíduos portadores desta doença, apresentam resistência quanto à prática de qualquer atividade física. Portanto, é necessário estabelecer técnicas e formas de aplicação desta modalidade nos pacientes com fibromialgia, de modo que seja respeitado, o controle de intensidade, volume das sessões de tratamento e, principalmente, os limites e capacidades físicas do paciente. Outro fator, que a princípio não era foco desta pesquisa, mas que se tornou relevante para melhor eficácia no tratamento da SFM é a importância do trabalho interdisciplinar. De acordo com as informações apresentadas, são de fundamental importância a presença dos médicos, fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos e outros profissionais da área da saúde trabalhando em prol de um mesmo objetivo: a manutenção da saúde e do bem-estar das pessoas. Por fim, este trabalho possibilitou maior compreensão sobre o que se trata a fibromialgia, além de propor uma maneira saudável de tratamento para a mesma. E, dentro de um limiar acadêmico, houve a possibilidade de propor uma forma de atuação do educador físico como agente promotor da saúde. Estabelecendo, portanto, a importância do trabalho do educador físico frente a um trabalho interdisciplinar, dentro do campo da manutenção do bem-estar físico e mente das pessoas. 17 REFERÊNCIAS BIASOLI, M. C.; MACHADO, C. M. C. Hidroterapia: aplicabilidades clínicas. Rev. Bras. Med., v. 63, n. 5, maio, 2006. CHAITOW, L. Síndrome da Fibromialgia um guia para o tratamento. 1 ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2002. CIOLAC, Emmanuel Gomes; GUIMARÃES, Guilherme Veiga. Exercício físico e síndrome metabólica. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 10, n. 4, Jul/Ago, 2004. CUNHA & CAROMANO, Efeitos fisiológicos da imersão e sua relação com a privação sensorial e o relaxamento em hidroterapia. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 14, n. 2, p. 95-103, maio/ago. 2003. DAMASCENO, Leonardo Graffius. Natação, psicomotricidade e desenvolvimento – Campinas, SP: Autores Associados, 1997. (coleção Educação física e esporte). FIBROMIALGIA, Diagnóstico. Disponível em<http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=medicos_artigo s&id_mat=25> Acesso em: 13/09/2011 FRANCISCO, Portal São. Natação. Disponível em<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/natacao/natacao-5.php> Acesso em: 12/11/2011. MATSUDO, S; MATSUDO, V. K. R; NETO, T. L. B. Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos. Rev. Bras. Méd. Esporte. Rio de Janeiro, v.7, n.1, jan-fev.2001. MENSE, Siegfried; SIMONS, David G.; RUSSELL, I. Jon. Dor muscular: Natureza, diagnóstico e tratamento. São Paulo: Manoeli, 2008. MING, Laura; MORAES, Renata. O ponto fraco: Cientistas descobrem que a espessura do córtex pode estar associada à depressão. Rev. Boaventura, v. 17, n. 7, p. 24-25, abril, 2009. VARELLA, Dráuzio. Insônia. Disponível http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/insonia/> Acesso 23/08/2011. em< em: SAÚDE em movimento. Benefícios da Atividade Física - Nos efeitos sobre o organismo. Disponível em <http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_ noticia=641>. Acesso em: 18/08/2011.