HOJE NA ECONOMIA Edição 402 07/10/2011 Mercados operam na defensiva nesta manhã. Esperançosos, aguardam o anúncio de um acordo entre os dirigentes europeus sobre um plano para proteger os bancos dos efeitos da crise da dívida que assola a região. Ao mesmo tempo, esperam pela divulgação do relatório sobre o mercado de trabalho americano de setembro, que será divulgado nesta manhã. O quadro de tensão permanece, uma vez que o que se tem, no momento, são promessas e boas intenções. A decisão do Banco da Inglaterra em injetar mais recursos na economia e do BCE em retomar as compras de títulos, mantendo a oferta de recursos aos bancos europeus, não animou os investidores. Enquanto isso, a agência de rating Moody’s rebaixou a nota de crédito de doze instituições financeiras do Reino Unido e seis de Portugal. No mercado acionário, o índice STOXX600 registra ligeiras oscilações, enquanto em Londres o FTS-100 mostra perda de 0,26%. Mesmo movimento observa-se na França (-0,37%), enquanto Alemanha opera em torno da estabilidade. O euro é negociado a US$ 1,3426/€ neste momento, com queda de 0,08%. Os futuros dos índices S&P e D&J também operam em baixa: -0,25% e -0,24%, respectivamente. Investidores à espera dos dados sobre o mercado de trabalho que poderão mostrar se a economia dos EUA conseguirá evitar a recessão. Segundo o consenso do mercado, em setembro a economia gerou apenas 55 mil novas vagas, ante zero no mês anterior. A taxa de desemprego deve permanecer em 9,1%, pelo terceiro mês consecutivo. Esse dado poderá ser o divisor de águas no dia de hoje. No momento, o mercado permanece em dúvida se trilha mais um dia de aversão ao risco ou não. O dólar permanece, neste momento, relativamente estável frente às principais moedas, o mesmo ocorrendo com os ativos considerados porto seguro, como o iene que está cotado a ¥76,69/US$, praticamente estável. No mercado de commodities, o índice geral recua 0,23% no momento, sendo que agrícolas caem 0,40% e metálicas sobem 0,32%. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 82,21/barril, com queda de 0,45%. Mercado de ações no Brasil deve seguir as reações do mercado americano aos números da folha de pagamentos de setembro. Sinais de que a economia dos EUA conseguirá evitar a recessão podem animar os investidores em busca de ativos de risco, beneficiando o Ibovespa. No mercado de câmbio, o quadro é semelhante ao de ações. No mercado de juros, atenção para a divulgação do IPCA de setembro, que segundo o consenso deve ficar em torno de 0,54% (0,37% em agosto). Uma inflação mais salgada poderá manter pressionados os vértices mais longos da curva de juros futuros. Superintendência de Economia Sul América Investimentos - Associada ao ING www.sulamericainvestimentos.com.br