A gestão de custo e formação de preço no comércio varejista. Francisco Hélio de Castro Rocha1 Profa. Gabriella de Menezes Baldão2 Resumo A origem do comércio é indefinida, mas sabe-se que desde os primórdios o ato de troca de mercadoria é constante, hoje atribuímos valores a essas mercadorias e definimos custos para vendê-las no mercado. O comercio varejista movimenta, anualmente, uma parcela boa da economia gerando emprego e renda, mas quando partimos para uma literatura voltada para gestão de custo deste seguimento sentimos uma dificuldade em encontrar algo voltado para esse tipo de negócio. Diante disso buscamos por meio de estudos, identificar alguns métodos de auxiliam no controle dos custos bem como na formação de preço. Haja vista que tanto os livros quanto as instituições de ensino superior focam a gestão de custo para indústria onde a formação de preço e as apurações dos custos ficam mais claras devido à facilidade encontrada na divisão da empresa em departamentos, facilitando assim o rateio dos custos. Já para o comércio fica mais complicado definir certos percentuais de participações das despesas, a maneira que a mesma forma seu preço de venda também faz como que elas percam mercado por não trabalhar de forma controlada. Estes e outros quesitos levantam a duvida, nossos gestores estão preparados e sabem perfeitamente adaptar as rotinas de custos no senário do setor terciário? Palavra chave: Comércio varejista. Gestão de custo. Formação e preço. Administração financeira. 1 Administrador (UESPI – Universidade Estadual do Piauí), Curso de MBA em Administração e Finanças - FATEC/FACINTER. 2 Administradora (Universidade Estadual de Ponta Grossa), Mestranda em Administração (Universidade Federal do Paraná (UFPR)), orientadora de TCC do Grupo Uninter. Introdução Este artigo foi elaborado por meio de pesquisa em literatura voltada para a gestão de custo e feita apreciação in loco de algumas empresas averiguando as rotinas de trabalho e partindo de estudos empíricos. O objetivo é identificar os métodos de custeio utilizados no comércio, apresentando os meios de elaboração de relatórios gerenciais que auxiliam na tomada de decisão e verificando as pratica para formação de preço. Tendo o comércio varejista uma enorme dificuldade de encontrar literatura focada na gestão de custos para seu segmento, surge a pergunta: como ajudar estas empresas a suprir essa deficiência? Haja vista que tanto os livros quanto as instituições de ensino superior focam a gestão de custo para indústria onde a formação de preço e as apurações dos custos ficam mais claras devido à facilidade encontrada na divisão da empresa em departamentos. Já para o comércio se torna mais complicado definir certos percentuais de participações das despesas como, por exemplo, a participação da logística do depósito que atente as 5 lojas em uma mesma região, e o salário do setor financeiro da loja faz parte do custo fixo ou da despesa direta da empresa? No ambiente fabril a preocupação maior é com os gastos relacionados com matérias-primas, salários e encargos dos funcionários, depreciações das máquinas e do prédio, manutenção etc. e a forma como esses gastos são atribuídos aos produtos fabricados, ou seja, se objetiva calcular o custo unitário de fabricação, geralmente com o uso de um método de custeio. No contexto varejista os custos restringem-se aos fatores inerentes à aquisição da mercadoria para revenda, não sendo necessário utilizar um método de custeio para atribuir os demais fatores que teria no caso industrial. A origem do comércio varejista Definir a origem do comércio é algo quase que impossível, pois o simples ato de trocar mercadoria já se configurava um ato comercial, as famílias produziam a partir da agricultura, produtos para subsistência e trocava parte desta produção com outras famílias tomando como valor o peso das mercadorias, somente após a invenção da moeda e que esses bens tomaram valores monetários atribuindo assim um custo na aquisição deste. O comercio de retalho, como é originalmente conhecido o comercio varejista, parte da comercialização de produtos em pequenas quantidades a consumidores finais e a etimologia desse tipo de comercio se deu na Europa, criada pelos portugueses por meio da palavra “vara”, medida utilizada para fracionar os retalhos comercializados nas feiras na idade média. Kotler (2000, p. 540) diz que todas as atividades de venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais são definidas como varejo. O local independe para se manter esse tipo de comércios antes nas ruas e shopping hoje no computador, telefone ou tv praticamos comércio varejista. A Gestão de Custos A gestão de custos tem como finalidade a geração de informações gerenciais para as empresas a fim de auxiliar no planejamento e na tomada de decisão. A gestão de custo faz parte da contabilidade financeira que teve sua origem na era mercantilista do século XVI e XVIII e após a revolução industrial essa espécie da contabilidade se ramificou para contabilidade de custo com o intuito de auxiliar as indústrias na apuração dos gastos com a produção para formação de preço ao consumidor. Após a revolução industrial as entidades viram a necessidade de auferir e aferir lucros econômicos partindo da simples equação (R > D = L) onde “R” é definida como receita adquirida maior que “D” a despesa originada para obtenção de receita se chegaria a “L” o lucro desejado. O aumento da receita deixou de ser o foco para a obtenção de lucro, pois os métodos utilizados para elevar essas receitas elevavam também às despesas, fazendo com que os gestores partissem para um novo ponto de vista, reduzindo os custos. Com tudo afim de melhor controlar esses tipos de gastos feitos nas empresas foram divididos da seguinte forma: gasto, desembolso, investimento, custo, despesa e perda. Segundo Wernek (2011, p. 29) podemos denominar cada uma dessas divisões conforme quadro abaixo: GASTO - Dispêndio de recurso ou divida contratada para obter bem ou serviço. Por ser um conceito abrangente, engloba os outros termos utilizados na gestão de custos. DESEMBOLSO – Representa o ato de pagar uma divida relacionada com a aquisição de algum bem ou serviço. INVESTIMENTO – Gasto registrado como Ativo no Balanço Patrimonial da empre- sa com expectativa de beneficio futuro. CUSTO – Abrange somente os valores relacionados com a compra de mercadoria para revenda. DESPESA – Identifica os gastos necessários ao funcionamento normal da empresa nas áreas administrativa, financeira e comercial (exceto os gastos relacionados com as mercadorias a revender) PERDA – Refere-se aos gastos que ocorrem de forma anormal, indesejada ou involuntária nas atividades operacionais da loja. Fonte: Wernek 2011, p. 29 Wernek (2011, p. 30) enfatiza que a importância de classificar cada um desses tipos de gastos está diretamente relacionada à concorrência quanto ao preço praticado, pois, segundo ele muitos comerciantes varejistas mantem um pensamento de que “todos os gastos da empresa deverá ser pago por alguém, ou seja, o cliente” fato esse que felizmente não ocorrera mais devido à globalização e universalização dos negócios, com o advento da informação em tempo real é possível consultar os preços e escolher a quem comprar em frações de segundo com a ajuda da internet e os meios de comunicação em massa que transportam essas informações pelo mundo. A gestão de custo no comercio varejista Muito se fala na gestão de custo para formação de preço, no controle dos gastos, na locação das despesas e outras, contudo mais voltada para uma visão industrial deixando o comércio a ver navios com relação a esse tipo de gestão tão conhecido e utilizado na indústria, mais ainda sofre o comercio voltado para o consumidor final que por muitas vezes tem a sua contabilidade de custos e formação de preço feita de forma empírica e, por muitas vezes, fazendo o consumidor pagar a conta por tal falta de controle. O primeiro passo para implantação de uma gestão de custo no comércio varejista é classificar os gastos quanto ao volume comercializado no período, para isso os custos e as despesas devem ser classificadas em fixas e variáveis, sempre lembrado que o custo está voltado para os gastos originalizados para obtenção de receita e a despesa trata-se de um gasto originado da operação da loja, ou seja são as despesas pagas para que haja o funcionamento da empresa. O custo e a despesa variável está diretamente relacionada ao volume vendido pois, quanto mais mercadoria uma loja venda maior será o gasto, a tabela a seguir exemplifica melhor essa informação: Tabela 1 Fatores / Quantidades vendidas (+)Preço de Venda ($) (-) Custo do produto ($) (-) Despesa do produto ($) - Tributos de vendas 17% - Comissões de vendas 3% (=) Resultado da venda Fonte: Wernek 2011, p. 32 1 Unidade 50 Unidades 1.000 50.000 500 25.000 170 30 300 8.500 1.500 15.000 Como podemos observar quanto maior a quantidade vendida de produtos mais elevados são os gastos, porem se passarmos a observar em uma visão percentual a margem fica constante independente da quantidade vendida, percentualmente os gastos são de 70% sobrando 30% de margem de lucro bruto. Os custos e despesas fixas são inversamente proporcionais a quantidade vendida, para cada produto vendido menor será o percentual de participação. Para que o produto possa absorver esse gasto deveremos utilizar um método chamado rateio que nada mais é que dividir proporcionalmente o gasto fixo pela quantidade vendida, a tabela a seguir ajuda a entender melhor essa operação: Tabela 2 Fatores / Quantidades vendidas (+) Lucro Bruto ($) (-) Custo operacionais ($) (-) Despesa operacionais ($) - Aluguel - Salários da administração (=) Resultado final Fonte: o autor, 2012 Valor ($) 200 100 300 1 Unidade 50 Unidades 300 200 15.000 200 100 300 -300 100 300 14.400 Vimos que os custos e as despesas fixas são constantes em relação a quantidade faturada, obrigando assim a loja vender mais produtos afim de aumentar o lucro, no exemplo acima vimos que a loja vendendo apenas uma unidade no mês obteria um prejuízo de $ 300 devido a margem de custos e despesas fixas existentes na transação, obrigando assim o comerciante a vender mais produtos para que possa compensar esses gastos, como vimos no quadro vendendo 50 unidades o comercio obtém um lucro de $ 14.400. Ainda podemos classificar mais dois tipos de custos e despesas, as semifixas e as semivariáveis. As semifixas são aqueles gatos que obrigatoriamente existiram enquanto a empresa estiver em operação, contudo ela se manterá fixa até certo volume vendido onde, superando esse volume, sofrerá um aumento e permanecerá constante até que a loja atinja outro volume maior de venda, como exemplo podemos citas uma loja de veículos que tem 2 mecânicos para atender uma certa demanda de clientes caso essa demanda aumente a loja contratará outro mecânico afim de suprir essa demanda aumentando assim a folha de pagamento, caso a demanda caia a loja poderá dispensar um funcionário e diminuirá também o gasto com folha de pagamento. No caso dos gastos semivariáveis assim como no variável, ele aumenta conforme o volume vendido, mas não na mesma proporção e existe uma parcela fixa desse gasto como no caso de energia elétrica e do telefone, ambas dispõe de uma tarifa fixa que aumentará conforme o consumo. Ainda na classificação das despesas e dos custos podemos defini-los conforme a facilidade de identificação na mercadoria que pode ser direta ou indireta. Os gastos diretos são facilmente identificados durante a apuração dos custos, como é o caso da aquisição de certa mercadoria para comercialização, aquele valor pago está diretamente relacionado ao custo da mercadoria vendida. Já no caso dos gastos indiretos existe certa dificuldade de identifica-los como no caso dos salários da administração da loja que não está diretamente ligado ao custo da mercadoria, mas, fará parte de alguma maneira dos gastos geral da empresa, e esse valor terá de ser atribuído ao custo da mercadoria por meio de rateio. O termo custo indireto, no comercio varejista, é pouco utilizado haja vista que todos os custos de uma loja são facilmente identificados. Outro passo para que a loja possa melhor distribuir os gastos será definir os centro de custos, procedimento esse que será de grande valia para formação de preço da mercadoria, pois só assim podemos saber precisamente a participação, por exemplo, das despesas com salários da logística em relação às despesas totais da loja. Centro de custo é um termo utilizado na contabilidade de custo para dividir a empresas em setores facilitando a distribuição dos gostos que poderá variar conforme o ramo de atividade os mais comuns são administrativo, comercial e logística, mas que também poderá obedecer ao tipo de atividade que a empresa desempenhar. A gestão de custo na formação de preço. Grande parte das lojas no comércio varejista faz a composição do preço de venda de suas mercadorias de forma empírica atribuindo uma taxa de marcação sobre o preço de compra causando assim perda de competitividade no mercado, onde por muitas vezes poderia fazer um valor ($) diferenciado da mercadoria ao cliente por não saber quanto custa essa loja aberta, o fato de atribuir essa margem de valor ao custo da mercadoria é chamada de mark-up. Para formação do preço de venda do produto ou serviço partimos de três grandes fatores, a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio e margem de segurança. A margem de contribuição é um termo pouco conhecido no comércio varejista, pois quase ninguém utiliza para calcular o preço de venda, o seu objetivo é determinar o quanto um produto contribui para o resultado operacional, ou seja, receita total da venda subtraída do custo direto da mercadoria vendida e das despesas variáveis de vendas. O resultado trata-se da margem de contribuição do produto que será utilizada para pagamento das despesas fixas. A equação abaixo ajuda a definir o valor da margem de contribuição: MC = RT – (C + DV) Onde, MC= margem contribuição RT = receita total C = custos DV = despesas variáveis Se observarmos a tabela 1 podemos identificar que a margem de contribuição do produto é de $ 300,00; pois do preço de venda foram deduzidos os custos operacionais com a venda sobrando o valor que servirá para cobrir as despesas administrativas e o lucro da empresa. Wernke (2011, p. 85) enfatiza alguns benefícios informativos a respeito da margem de contribuição tais como: permite avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições especiais; Auxilia a administração quais produtos merecem destaque; Identificam quais mercadorias geram resultados negativos; Facilitam a decisão de quais produtos comercializar; Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto à redução de preço e auxiliam os gestores a encontrar a relação entre custos, volumes, preços e lucros. O ponto de equilíbrio é o valor das receitas com vendas que permite cobrir dos gastos totais (custos, despesas fixas e despesas variáveis), neste ponto, os gastos são iguais à receita total da loja, ou seja, a empresa não apresenta lucro nem prejuízo. A partir desse ponto a empresa começa a obter lucro, pois o volume vendido cobre todos os gastos, o gráfico abaixo nos mostrar melhor essa posição: Gráfico 1 Fonte: http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/ponto_de_equilibrio.htm Podemos observar que a linha da receita ultrapassa a linha do custo total definindo o ponto de equilíbrio, e que conforme aumenta essa receita o lucro também aumentará. Temos duas formas de determinar o ponto de equilíbrio por meio de equações conforme o quadro abaixo: Quadro 1 1Através do volume de vendas; PE = (DF/MC)X VT Onde, VT = Vendas totais PE = ponto de equilíbrio DF = Despesas fixas MC = Margem de contribuição 2- Ponto de Equilíbrio Unidades Produzidas: PE = (DF x VT)/[PV unit - (Cunit +DV unit)] Onde, VT = Vendas totais PE = Ponto de equilíbrio DF = Despesas fixas PV unit = Preço de venda unitário do produto C unit = Custo unitário do produto DV unit = Despesa variável unitária Fonte: http://www.portaladm.adm.br/ANC/anc11.htm A quantidade de produtos ou valor de receita em que se opera acima do ponto de equilíbrio é denominada margem de segurança operacional que pode ser representada pela equação: MSO = Volume de Unidades Vendidas (-) Quantidade no Ponto de Equilíbrio Quanto maior a margem de segurança maior será o lucro obtido pela empresa e mais distante ela ficará do prejuízo. A partir dessas informações o gestor de custo poderá atribuir valores para formação do preço de venda, sempre observando o mercado e buscando ajustes a fim de obter maior lucro e menores custos. Dentre os preços praticados pela loja está o preço de venda a vista que parte no menor valor ofertado para comercialização do produto. Alguns fatores deverão ser observados quanto à formação desse preço, o ciclo operacional e o ciclo financeiro. O ciclo operacional de um produto inicia-se a partir da compra para comercialização do mesmo e termina quando a empresa recebe o valor pelo qual esse produto foi vendido em sua totalidade, no meio termo existem os custos com armazenagem que deverá ser levado em conta na hora da composição do preço, caso esse produto tenha um giro rápido essa mercadoria absorverá um custo menor que uma mercadoria de menor giro. Dentro o ciclo operacional encontramos o ciclo financeiro que inicia-se no ponto em que ocorre o pagamento da mercadoria e tem o seu fim quando o cliente termina de pagar a mercadoria, ou seja, juntamente com o fim do ciclo operacional. Como na venda a vista não haverá prazo para pagamento nem tão pouco encargos financeiros, o gestor deverá ter o conhecimento preciso da margem de contribuição desse produto, bem como o ponto de equilíbrio e a margem de segurança desejado para que se possa trabalhar o preço de venda a vista. Assim como no preço de venda a vista o preços a prazo deverão seguir os mesmos passos e levando em conta, ao final o custo com o parcelamento, pois nes- se caso o ciclo financeiro e operacional ficará muito mais longo que no caso de venda a vista. Nos casos em que a loja financia por meio de instituições financeiras o gestor deverá levar em conta os encargos dessa transação como no caso das vendas com cartão de credito que mesmo reduzindo o risco de financiamento a loja ainda tem um custo com os encargos cobrados pela operadora de cartão. No caso da loja efetuar as vendas a prazo por meio de crediário próprio, como é o que acontece na maioria das pequenas lojas, terão de ser levados em conta fatores relevantes como risco na venda, capital de giro, ciclo de estoque e o fluxo de caixa. O risco na venda baseia-se do calculo que a empresa faz para cobrir eventuais inadimplências que poderá ocorrer a fim de financiar esses devedores duvidosos, normalmente esse percentual será atribuído após um estudo detalhado velando em conta o prazo praticado pela empresa e avaliando sempre o fluxo de caixa. O capital de giro é um recurso que a empresa utiliza durante o período em que as receitas não cobrem as despesas, nesse caso trata-se de um recurso que a empresa destina para garantir o pagamento dos gastos existentes nesse período. Esse capital de giro poderá ser financiado por instituições financeiras. No caso do ciclo de estoque é importante levar em conta que a loja não existirá apenas para vender um produto apenas e fechar suas portas, ela pretende manter uma constante no mercado e assim necessita de estoque para continuar operando daí e necessidade de ficar atento a esse ciclo pois assim que vendo um produto, outro deverá estar a disposição do cliente evitando perda de venda e automaticamente de mercado. Por fim o fluxo de caixa torna-se aliado fundamental para formação do preço de venda a prazo, pois por meio dele a loja fará uma gestão dos recursos de forma eficiente sempre controlando as receitas e as despesas, programando por meio do fluxo de caixa previsto e ajustando ocorrências através do fluxo de caixa realizado. Conclusão Gerir custo não é somente saber onde o dinheiro da empresa está investido é saber como e onde locar cada despesa para controlar e buscar alternativas para que a loja possa se manter de forma competitiva no mercado. Saber diferenciar custos de despesas, bem como os tipos de gastos parece ser ferramentas primordiais para se controlar os gastos, e um dos grandes fatores para viver no mercado consumidor está na formação do preço de venda, haja vista que no varejo é onde todo investi- mento feito na indústria e na prestação de serviço chega ao fim, pois vai para o consumidor final. O comércio varejista movimenta anualmente milhões em recursos e contribui com uma parcela alta para a geração de emprego e renda no país, sendo assim é muito importante para ela gerir de maneira correta seus recursos e administrar os custos. Estamos longe de encontrar um método perfeito para controlar os custos do comércio varejista, mas diante da carência existente podemos afirmar que com um pouco de conhecimento sempre buscando o ponte de equilíbrio, calculando a margem de contribuição, ferramenta importante na formação de preço, e planejando uma margem de segurança onde a loja possa concorrer de forma leal e aguerrida no mercado, o comerciante terá sucesso acima de tudo e continuara, esse máquina, girando a roda do desenvolvimento e da distribuição de renda. Referências ANDREOLLA, Nadir. Custo e Formação do Preço de Venda no Comércio. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2004. FACULDADES BOM JESUS. Finanças empresariais/ Fae Business School. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002. 88p. (Coleção gestão empresarial, 4) IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. 12. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005. LOBRIGATTI, Luís Alberto Fernandes. Guia do Empreendedor: Custo no Comércio. São Paulo: SEBRAE/SP, 2004. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001. SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo: Atlas, 2001. WERNKE, Rodney. Gestão de Custos no Comércio Varejista. 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