LISTA DE EXERCÍCIOS – PORTUGUÊS – PROF. DANIEL – V

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LISTA DE EXERCÍCIOS – PORTUGUÊS – PROF. DANIEL – VERBOS
1) FUVEST 2009
Leia os seguintes versos, extraídos de uma canção de Dorival Caymmi.
Balada do rei das sereias
O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
— Ide-a lá buscar,
Que se a não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.
a) Aponte, na fala do rei (primeira estrofe), um efeito expressivo obtido por meio do
emprego da segunda pessoa do plural.
b) Sem alterar o sentido, reescreva a fala do rei, passando os verbos para a 3ª pessoa do
plural e substituindo, por outra, a conjunção que.
2) FUVEST 2009
Artistas, costureiras, soldadores e desenhistas manejam ferro, madeira, isopor e
tecido. No galpão do boi Garantido, o do coração vermelho, todos se esmeram (nunca
usam o verbo caprichar) para preparar um espetáculo que supere o do rival. No ano
passado, foi o Caprichoso, o da estrela azul, o ganhador da disputa de bois-bumbá do
famoso Festival de Parintins, que todo final de junho atrai cerca de cem mil pessoas
para a doce ilha situada na margem direita do rio Amazonas. No curral da torcida
caprichosa, “alegoristas”, passistas e percussionistas preferem não dizer que uma nova
vitória está garantida. Dizem, sim, com todas as letras, que está assegurada.
Fernanda Pompeu. Caprichada e garantida.
As marcas lingüísticas e o modo de organização do discurso que caracterizam o texto
são, respectivamente,
a) verbos no presente e no passado; descritivo-narrativo.
b) substantivos e adjetivos; descritivo-dissertativo.
c) substantivos; narrativo-dissertativo.
d) frases nominais; apenas narrativo.
e) adjetivos substantivados; apenas descritivo.
3) FUVEST 2009
Texto para as questões 3 e 4:
Assim se explicam a minha estada debaixo da janela de Capitu e a passagem de
um cavaleiro, um dandy, como então dizíamos. Montava um belo cavalo alazão, firme
na sela, rédea na mão esquerda, a direita à cinta, botas de verniz, figura e postura
esbeltas: a cara não me era desconhecida. Tinham passado outros, e ainda outros viriam
atrás; todos iam às suas namoradas. Era uso do tempo namorar a cavalo. Relê Alencar:
“Porque um estudante (dizia um dos seus personagens de teatro de 1858) não pode estar
sem estas duas coisas, um cavalo e uma namorada”. Relê Álvares de Azevedo. Uma das
suas poesias é destinada a contar (1851) que residia em Catumbi, e, para ver a namorada
no Catete, alugara um cavalo por três mil-réis...
Machado de Assis. Dom Casmurro.
As formas verbais “Tinham passado” e “viriam” traduzem idéia, respectivamente, de
anterioridade e de posterioridade em relação ao fato expresso pela palavra
a) “explicam”.
b) “estada”.
c) “passagem”.
d) “dizíamos”.
e) “montava”.
4) FUVEST 2009
Com a frase “como então dizíamos”, o narrador tem por objetivo, principalmente,
a) comentar um uso lingüístico de época anterior ao presente da narração.
b) criticar o uso de um estrangeirismo que caíra em desuso.
c) marcar o uso da primeira pessoa do plural.
d) registrar a passagem do cavaleiro diante da janela de Capitu.
e) condenar o modo como se falava no passado.
5) FUVEST 2008
Para Pirandello, o cômico nasce de uma “percepção do contrário”, como no famoso
exemplo de uma velha já decrépita que se cobre de maquiagem, veste-se como uma
moça e pinta os cabelos. Ao se perceber que aquela senhora velha é o oposto do que
uma respeitável velha senhora deveria ser, produz-se o riso, que nasce da ruptura das
expectativas, mas sobretudo do sentimento de superioridade. A “percepção do
contrário” pode, porém, transformar-se num “sentimento do contrário” — quando
aquele que ri procura entender as razões pelas quais a velha se mascara, na ilusão de
reconquistar a juventude perdida. Nesse passo, a velha da anedota não mais está distante
do sujeito que percebe, porque este pensa que também poderia estar no lugar da velha
— e seu riso se mistura com a compreensão piedosa e se transforma num sorriso. Para
passar da atitude cômica para a atitude humorística, é preciso renunciar ao
distanciamento e ao sentimento de superioridade.
Adaptado de Elias Thomé Saliba, Raízes do riso.
a) Considerando o que o texto conceitua, explique brevemente qual a diferença
essencial entre a “percepção do contrário” e o “sentimento do contrário”.
b) “Ao se perceber que aquela senhora velha é o oposto do que uma respeitável velha
senhora deveria ser, produz- se o riso (...)”.
Sem prejuízo para o sentido do trecho acima, reescreva-o, substituindo “se perceber” e
“produz-se” por formas verbais cujo sujeito seja “nós” e “é o oposto” por “não
corresponde”. Faça as adaptações necessárias.
6) FUVEST 2007
Muitos políticos olham com desconfiança os que se articulam com a mídia.
Não compreendem que não se faz política sem a mídia. Jacques Ellul, no século
passado, afirmava que um fato só se torna político pela mediação da imprensa. Se 20
índios ianomâmis são assassinados e ninguém ouve falar, o crime não se torna um fato
político. Caso apareça na televisão, o que era um mistério da floresta torna-se um
problema mundial.
Adaptado de Fernando Gabeira, Folha de S. Paulo.
b) Reescreva os dois períodos finais do texto, começando com “Se 20 índios fossem
assassinados...” e fazendo as adaptações necessárias.
7) FUVEST 2007
Leia o trecho de uma canção de Cartola, tal como registrado em gravação do autor:
(...)
Ouça-me bem, amor,
Preste atenção, o mundo é um moinho,
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos,
Vai reduzir as ilusões a pó.
Preste atenção, querida,
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares, estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés.
Cartola, “O mundo é um moinho”.
b) Caso o autor viesse a optar pelo uso sistemático da segunda pessoa do singular,
precisaria alterar algumas formas verbais. Indique essas formas e as respectivas
alterações.
8) FUVEST 2006
No trecho “Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva”, o segmento
sublinhado pode ser corretamente substituído por: “Sem que nem ao menos se
a) dêem as mãos”.
b) davam as mãos”.
c) deram as mãos”.
d) dessem as mãos”.
e) dariam as mãos”.
9) Os verbos estão corretamente empregados apenas na frase:
a) No cerne de nossas heranças culturais se encontram os idiomas que as transmitem de
geração em geração e que assegurem a pluralidade das civilizações.
b) Se há episódios traumáticos em nosso passado, não poderemos avançar a não ser que
os encaramos.
c) Estresse e ambiente hostil são apenas alguns dos fatores que possam desencadear
uma explosão de fúria.
d) A exigência interdisciplinar impõe a cada especialista que transcenda sua própria
especialidade e que tome consciência de seus próprios limites.
e) O que hoje talvez possa vir a tornar-se uma técnica para prorrogar a vida, sem dúvida
amanhã possa vir a tornar-se uma ameaça.
10) FUVEST 2005
Sobre o emprego do gerúndio em frases como “Nós vamos estar analisando os seus
dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”, um jornalista escreveu uma
crônica intitulada “Em 2004, gerundismo zero!”, da qual extraímos o seguinte trecho:
Quando a teleatendente diz: “O senhor pode estar aguardando na linha, que eu
vou estar transferindo a sua ligação”, ela pensa que está falando bonito. Por sinal, ela
não entende por que “eu vou estar transferindo” é errado e “ela está falando bonito” é
certo.
a) Você concorda com a afirmação do jornalista sobre o que é certo e o que é errado no
emprego do gerúndio? Justifique sucintamente sua resposta.
11) FUVEST 2005
Às seis da tarde
Às seis da tarde
as mulheres choravam
no banheiro.
Não choravam por isso
ou por aquilo
choravam porque o pranto subia
garganta acima
mesmo se os filhos cresciam
com boa saúde
se havia comida no fogo
e se o marido lhes dava
do bom e do melhor
choravam porque no céu
além do basculante
o dia se punha
porque uma ânsia
uma dor
uma gastura
era só o que sobrava
dos seus sonhos.
Agora
às seis da tarde
as mulheres regressam do trabalho
o dia se põe
os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
não querem
chorar na condução.
(Marina Colasanti — Gargantas abertas)
Basculante = um tipo de janela.
Gastura = inquietação nervosa, aflição, mal-estar.
b) No poema, o emprego dos tempos do imperfeito e do presente do indicativo deixa
claro que apenas um deles é capaz de indicar ações repetidas, durativas ou habituais.
Concorda com essa afirmação? Justifique sucintamente.
12) FUVEST 2003
Dos verbos assinalados, só está corretamente empregado o que aparece na frase:
a) A atual administração quer crescer a arrecadação do IPTU em 40%.
b) A economia latino-americana se modernizou sem que a estrutura de renda da região
acompanhou as transformações.
c) Se fazer previsões sobre a situação econômica já era difícil antes das eleições, agora
ficou ainda mais complicado.
d) A indústria ficará satisfeita só quando vender metade do estoque e transpor o
obstáculo dos juros.
e) Por mais que os leitores se apropriam de um livro, no final, livro e leitor tornam-se
uma só coisa.
13) FUVEST 2003
Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:
a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica aqui!
b) Mostra que você tem bom coração. Contribua para a campanha do agasalho!
c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz!
d) Não subestime o consumidor. Venda produtos de boa procedência.
e) Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de um policial.
14) FUVEST 2002
Estas duas estrofes encontram-se em O samba da minha terra, de Dorival Caymmi:
Quem não gosta de samba
bom sujeito não é,
é ruim da cabeça
ou doente do pé.
Eu nasci com o samba,
no samba me criei,
do danado do samba
nunca me separei.
a) Reescreva a primeira estrofe, iniciando-a com a frase afirmativa “Quem gosta de
samba” e fazendo as adaptações necessárias para que se mantenha a coerência do
pensamento de Caymmi. Não utilize formas negativas.
b) Reescreva os dois primeiros versos da segunda estrofe, substituindo as formas
“nasci” e me criei, respectivamente, pelas formas verbais correspondentes de “provir” e
“conviver” e fazendo as alterações necessárias.
15) FUVEST 2001
a) “Se eu não tivesse atento e olhado o rótulo, o paciente teria morrido”, declarou o
médico.
Reescreva a frase acima, corrigindo a impropriedade gramatical que nela ocorre.
16) FUVEST 2001
Leia o excerto, observando as diferentes formas verbais.
Chegou. Pôs a cuia no chão, escorou-a com pedras, matou a sede da família. Em
seguida acocorou-se, remexeu o aió, tirou o fuzil, acendeu as raízes de macambira,
soprou-as, inchando as bochechas cavadas. Uma labareda tremeu, elevou-se, tingiu-lhe
o rosto queimado, a barba ruiva, os olhos azuis. Minutos depois o preá torcia-se e
chiava no espeto de alecrim. Eram todos felizes. Sinhá Vitória vestiria uma saia larga de
ramagens. A cara murcha de sinhá Vitória remoçaria (…).
(…)
A fazenda renasceria — e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem dizer seria dono
daquele mundo.
(Graciliano Ramos, Vidas secas)
a) Considerando que no primeiro parágrafo predomina o pretérito perfeito, justifique o
emprego do imperfeito em “o preá torcia-se e chiava no espeto de alecrim”.
b) Explique o efeito de sentido produzido no excerto pelo emprego do futuro do
pretérito.
17) FUVEST 2001
(…) e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta, e, a certos respeitos, verdadeira
dona da casa.
Custou-lhe muito a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe o ofício; mas
afinal cedeu. Creio que chorava, a princípio: tinha nojo de si mesma. Ao menos, é certo
que não levantou os olhos para mim durante os primeiros dois meses; falava-me com
eles baixos, séria, carrancuda, às vezes triste. Eu queria angariá-la, e não me dava por
ofendido, tratava-a com carinho e respeito; forcejava por obter-lhe a benevolência,
depois a confiança. Quando obtive a confiança, imaginei uma história patética dos meus
amores com Virgília, um caso anterior ao casamento, a resistência do pai, a dureza do
marido, e não sei que outros toques de novela. Dona Plácida não rejeitou uma só página
da novela; aceitou-as todas. Era uma necessidade da consciência. Ao cabo de seis meses
quem nos visse a todos três juntos diria que Dona Plácida era minha sogra.
Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos, — os cinco contos achados
em Botafogo, — como um pão para a velhice. Dona Plácida agradeceu-me com
lágrimas nos olhos, e nunca mais deixou de rezar por mim, todas as noites, diante de
uma imagem da Virgem, que tinha no quarto. Foi assim que lhe acabou o nojo.
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas)
Em relação a “Custou-lhe muito a aceitar a casa”, as formas verbais “farejara” e “doía”
expressam, respectivamente,
a) posterioridade e simultaneidade.
b) simultaneidade e anterioridade.
c) posterioridade e anterioridade.
d) anterioridade e simultaneidade.
e) simultaneidade e posterioridade.
18) FUVEST 2001
A única frase em que as formas verbais estão corretamente empregadas é:
a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies podem transmitir vírus perigosos.
b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajuste fiscal imediato, o Brasil
ainda estará muito longe de tornar-se um participante ativo do jogo mundial.
c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mesmo partido, embora nenhum
fará a sociedade em que eu acredito.
d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não causará problema se o suprir
de carne e o manter na jaula.
e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, mas dizê-lo por completo
equivalia a um sacrilégio, ao pecado de saber mais do que nos convinha.
RESPOSTAS (extraídas do Anglo Resolve)
1) a) A segunda pessoa do plural não é comum, mas usada em contextos restritos, como
na linguagem religiosa e em relações altamente cerimoniosas entre interlocutores. O uso
religioso transfere, por extensão, um traço de sacralidade para invocações ou
transmissão de ordens revestidas de cerimônia. Portanto, ao empregá-la na fala do rei, o
enunciador obtém desse recurso discursivo um efeito argumentativo: o enunciado
assume tom grandiloqüente, quase sagrado ou mítico; a ordem e a punição em caso de
insucesso são reforçadas e se constrói a imagem de um rei poderoso num lugar de
autoridade.
b) Vão-na lá buscar, pois se a não trouxerem virarão espuma das ondas do mar!
Observações:
• O verbo terminado em ditongo nasal vão, por adaptação fonética, provoca o acréscimo
da consoante n ao pronome oblíquo a.
• A conjunção que tem valor explicativo no contexto, já que introduz um argumento
favorável à ordem dada na oração anterior. Pode, portanto, ser substituída também por
visto que ou porque.
• Apesar de o enunciado da questão informar que os versos foram extraídos de uma
canção de Dorival Caymmi, trata-se, na verdade, das estrofes finais do poema de mesmo
título de Manuel Bandeira.
2) A
3) C
4) A
5) a) A “percepção do contrário” consiste no reconhecimento de uma situação que
contraria o esperado, isto é, significa notar que algo é o oposto do que deveria ser. O
“sentimento do contrário” implica não só reconhecer essa situação oposta, mas também
entender os motivos que a provocaram. Num caso, o contrário é reconhecido: o sujeito,
na esfera do cômico, mantém-se distante do objeto observado e numa posição superior a
este. No outro, toma-se consciência das razões que motivaram a oposição entre a
expectativa e o resultado: o sujeito, na passagem do cômico para o humorístico,
aproxima-se do objeto, identificando-se com ele. Renunciando à posição de
superioridade, ele substitui o riso pelo sorriso. O sentimento, assim, é posterior à
percepção, nascendo a partir dela.
b) Ao percebermos que aquela senhora não corresponde ao que uma velha senhora
deveria ser, rimos (...).
6) b) Se 20 índios fossem assassinados e ninguém ouvisse falar, o crime não se
tornaria um fato político. Caso aparecesse na televisão, o que teria sido um mistério
da floresta se tornaria um problema mundial.
Observação: Teria sido marca anterioridade em relação a aparecesse, mas em sentido
não-literal seria aceitável também seria, era, tinha sido ou fora. Outra possibilidade
válida para a redação do segundo período: Caso aparecesse na televisão, o que teria
sido um mistério da floresta tornar-se-ia um problema mundial.
7) b) As formas verbais que deveriam ser alteradas, caso o autor optasse pelo uso
sistemático da segunda pessoa do singular, são:
• “Ouça-me”, do primeiro verso da primeira estrofe, que deveria ser mudado em Ouveme.
• “Preste atenção”, do segundo verso da primeira estrofe (repetido no primeiro verso da
segunda estrofe), que deveria ser mudado em Presta atenção.
8) D
9) D
10) a) Se se considera “erro” o uso lingüístico que não se ajusta ao uso consagrado e
nem atende às circunstâncias em que determinado mecanismo costuma ser empregado,
então a construção “vou estar transferindo” pode ser tida como errada, ou seja,
inadequada em relação às normas vigentes. O nome gerundismo designa, com efeito, a
tendência a indicar o futuro simples por meio da construção IR + ESTAR +
GERÚNDIO. O que o
uso consagra é indicar o futuro por meio do verbo IR (no presente) + infinitivo: eu vou
transferir. A construção IR + ESTAR + GERÚNDIO é legitimamente usada no contexto
em que se indica uma ação futura que será praticada simultaneamente a outra ação
mencionada também no futuro. Por exemplo: Amanhã, quando você estiver fazendo a
prova, eu vou estar voando para Recife. Já a construção “Ela está falando bonito” é
habitualmente usada para indicar uma ação simultânea ao ato da fala, com tendência
continuativa. O uso da locução ESTAR (presente) + GERÚNDIO, em lugar da forma
simples do presente do indicativo, é corrente e tida como normal em nossa linguagem.
11) b) Não. Os verbos no imperfeito do indicativo expressam ações repetidas no
passado, revelando práticas habituais da mulher, as quais lhe conferiam dada natureza.
Os verbos no presente do indicativo também manifestam ações recorrentes, práticas que
se repetem caracterizando a nova condição feminina: não se trata de um presente
pontual, mas freqüentativo, de validade indeterminada: as ações enunciadas valerão até
que nova transformação se processe (os verbos ora conjugados no presente serão
conjugados, então, no imperfeito, e os novos fatos, enunciados no presente).
12) C
13) D. Exceto a alternativa d, todas as outras apresentam inadequações de conjugação
verbal. As frases contêm marcas de coloquialidade no emprego do imperativo,
misturando a 2ª pessoa gramatical e a 3ª.
Corrigindo as frases de acordo com o primeiro verbo, temos:
a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clique aqui.
3ª pessoa
3ª pessoa
b) Mostre que você tem bom coração. Contribua para a campanha do agasalho!
3ª pessoa
3ª pessoa
c) Cura-te a ti mesmo e sê feliz.
2ª pessoa
2ª pessoa
e) Em caso de acidente, não siga viagem. Peça o apoio de um policial.
3ª pessoa 3ª pessoa
14)
15) a) Se eu não estivesse atento e não tivesse olhado o rótulo, o paciente teria morrido.
Obs.: outra possibilidade seria utilizar “nem” em vez de “e não”.
16) a) A predominância do pretérito perfeito no primeiro parágrafo indica o aspecto
pontual das ações de Fabiano. Já o emprego das formas verbais no pretérito imperfeito
(“torcia” e “chiava”) traduz uma ação durativa, inacabada, que enfatiza o estado de
euforia das personagens, tomadas por uma alegria duradoura, embora ingênua.
b) Ao ver o preá chiando “no espeto de alecrim”, Fabiano começa a sonhar com uma
vida melhor para a família. Assim, as formas verbais no futuro do pretérito (“vestiria”,
“remoçaria”, “renasceria” e “seria”) produzem um efeito de sentido de probabilidade
que funciona como uma passagem para um mundo idealizado.
17) D
18) E
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