release - Embaixada de Portugal

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R E L E A S E
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2016
10 ANOS PASSADOS DA MORTE DE GISBERTA
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SINOPSE:
O texto, mesmo sendo em grande parte ficcional, tem como base a história real do hediondo assassinato
da transexual Gisberta que, no ano de 2006, foi encontrada morta no fosso de um prédio em construção, na
cidade do Porto (Portugal), onde viveu os seus últimos dias. Brasileira, sem-abrigo e soropositiva, Gisberta foi
vítima da violência de 14 rapazes (com idades entre os 12 e 16 anos) que viviam em regime de semi-internato
numa instituição de acolhimento de menores sob a tutela da Igreja Católica. Após 3 dias de intermináveis
agressões físicas, Gisberta foi atirada ao fosso onde acabou por sucumbir. O laudo da autópsia determinou
morte em consequência de afogamento.
No espetáculo, a atriz Fernanda Neves interpreta a mãe de Gisberta, que vai relatando a um jornalista fatos
da vida do “seu menino”, desde a infância até o momento em que parte do Brasil para a Europa em busca do
seu direito de ser vista e respeitada como mulher. Esta mãe fala da sua dificuldade em aceitar as diferenças
e das várias tentativas de dissuadir o (a) filho (a), ainda na adolescência, a não seguir um caminho por ela,
e por muitos, considerado “anti natura”. Fala da solidão que viveu com a partida do “seu menino” para o
estrangeiro; expõe os seus medos; revela as suas decepções e evidencia a sua incompreensão quanto a
identidade de gênero. Assume que o seu amor só não foi incondicional, por ter estado escravizado a preceitos
sociais e religiosos. Um emaranhado de sentimentos que se misturam à revolta e ao ódio contra aqueles que
mataram o “seu menino”. E que acaba por resultar numa subsequente negação à Deus, no seu questionamento
aos dogmas da igreja, enquanto instituição que castra a liberdade dos que não seguem os padrões por ela
instituídos. A personagem acabará por assumir a sua parcela de culpa por nunca ter sido capaz de realizar o
desejo mais fulcral do “seu menino”: ser tratada por Gisberta.
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AS TRÊS ETAPAS DO ESPETÁCULO:
• ESTREIA E TEMPORADA DA VERSÃO DE 15 MINUTOS.
A primeira versão do espetáculo “GISBERTA” estreou em 01 de Maio de 2013. O conceito do Teatro Rápido,
espaço que funcionou durante dois anos na cidade de Lisboa, regia a realização de peças com a duração de
15 minutos e que eram apresentadas em 5 sessões diárias de quinta a segunda-feira. Cada mês era lançado
um tema ao qual, os artistas interessados, submetiam propostas de espetáculos inéditos para serem avaliadas
por uma comissão criada para este fim. Analisados e aceitos os projetos, os espetáculos eram apresentados
em simultâneo em 4 salas distintas existentes naquele espaço, durante o período de um mês.
“MATER” foi o tema proposto pelo Teatro Rápido para as peças que seriam apresentadas em Maio de 2013.
Dois meses antes, obedecendo cronograma do Teatro Rápido, enviamos a sinopse de “GISBERTA”, que nasceu
inspirado no tema proposto. O autor do texto e diretor do espetáculo, Eduardo Gaspar, lembrou-se deste caso
de violência sem precedentes em Portugal e, diante da escassa informação existente em relação a mãe da
transexual Gisberta, realizou uma pesquisa através de entrevistas feitas a outras transexuais que dissertaram
sobre as suas relações familiares, o que acabou por resultar na história contada no espetáculo. Eduardo Gaspar
optou por manter o caso do brutal assassinato de Gisberta como mote central da trama, como forma de denúncia
contra a transfobia e todos os preconceitos ainda, e infelizmente, presentes na sociedade atual.
Sobre o tema “MATER”, o autor escreveu: “De imediato, o tema “Mater” foi o ponto de partida para que,
através do relato da mãe/personagem pudéssemos rememorar o hediondo assassinato de Gisberta, acusando
e revelando a incapacidade de muitas pessoas em aceitar as diferenças. Ao mesmo tempo levantar o véu sobre
questões como a identidade de gênero, a exclusão, o abandono, a falta de tolerância, e a desculpabilização
de um crime incitado pelo ódio e pelo preconceito. Todas estas questões mostradas sobre o ponto de vista,
ainda que ficcional, da mãe de Gisberta.”
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AS TRÊS ETAPAS DO ESPETÁCULO:
• ESTREIA E TEMPORADA DA VERSÃO ATUAL.
“GISBERTA”, com duração de 1 hora, estreou em Outubro de 2013, na cidade do Funchal (Ilha da Madeira),
tendo sido posteriormente apresentado em outras cidades portuguesas, nomeadamente, Porto, Santarém,
Lisboa, Faro, Ponta Delgada, Montijo e Figueira da Foz.
Não só o resultado artístico, como também as inúmeras reações emocionadas do público (e indiscritíveis em
palavras), reforçaram a nossa certeza da importância em dar seguimento ao espetáculo. O conceito de 15
minutos seria impraticável fora do Teatro Rápido, portanto era inconteste que o texto fosse reescrito e que
o espetáculo passasse por uma reformulação que resultasse num formato possível de ser apresentado no
circuito normal de teatros.
A maior preocupação do autor foi a de manter intacta a essência da história, sem descaracterizá-la, sem que
houvesse qualquer desvio que afastasse a atenção do público sobre o ponto central da narrativa; do enfoque
assente no formato que acabou por originar a nova versão.
Na versão atual, o enfoque que norteia à vida da personagem “mãe” ganhou relevo. Tornou-se mais percetível
o seu universo, os seus medos, as suas angústias… É possível uma maior compreensão da relação com o
“seu menino”. Temos mais latente a possibilidade de identificação ou rejeição do público em relação aos
pensamentos e atitudes da personagem.
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AS TRÊS ETAPAS DO ESPETÁCULO:
• INTERNACIONALIZAÇÃO E NOVA TEMPORADA.
No presente ano, realizaremos a etapa de internacionalização do espetáculo, que se inicia no mês de março,
no Brasil, país de origem de Gisberta, nas cidades de Brasília, e Belo Horizonte, estendendo-se posteriormente
para outros países de língua lusófona. Em 2016, assinala-se os dez anos da morte de Gisberta. Por esta razão,
está sendo articulada também uma reposição do espetáculo em Lisboa e Porto.
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FICHA TÉCNICA:
TEXTO E DIREÇÃO: Eduardo Gaspar
INTERPRETAÇÃO: Fernanda Neves
FIGURINO: Dino Alves
ESPAÇO CÉNICO E ILUMINAÇÃO: Eduardo Gaspar
MÚSICA ORIGINAL: Marcelo Pellegrini
CRIAÇÃO GRÁFICA E FOTOGRAFIAS: Inês Torres da Silva
DIREÇÃO TÉCNICA: Ricardo Ladeira
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Sara Lamares
PRODUÇÃO: Fadas e Elfos – Associação Cultural
VÍDEO
IMAGENS E EDIÇÃO: Daniel Amaro
IMAGENS ADICIONAIS: Filipe Saraiva
INTERPRETAÇÃO: Lara Crespo, Maria David Ribeiro, Rui Conceição, Hugo Bento,
Samuel Tavares, Gonçalo Oliveira, Romaikel Abreu e Mário Cardoso.
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INTERNACIONALIZAÇÃO E NOVA TEMPORADA:
• DATAS DE APRESENTAÇÃO:
• 11 de Março 2016 às 20h30
Teatro SESC Paulo Gracindo
Setor Leste Industrial, QI 1 Lotes 620, 640,660 e 680 Gama DF
• 12 e 13 de Março 2016 às 20h30
Teatro SESC Garagem
W4 Sul, QD. 713/913, Lote F, Brasília-DF
• 18 e 19 de Março 2016 às 20h00
• 20 de Março às 19h00
Teatro de Bolso Júlio Mackenzie do SESC Palladium
Av. Augusto de Lima, 420, Centro, Belo Horizonte
NOTA: Todas as apresentações serão seguidas de uma conversa com o público.
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APOIOS:
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