LEVANTAMENTO ETNOFARMACOLÓGICO DAS PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS NOS MUNICÍPIOS DE TERRA NOVA DO NORTE E NOVA CANAÃ DO NORTE – MT Jeniffer May1, Rafaela Grassi Zampieron2, Diego Willian e Silva3 RESUMO O presente trabalho teve como principal objetivo, realizar um levantamento etnofarmacológico das espécies botânicas mais utilizadas nos ervanários dos municípios de Terra Nova do Norte e Nova Canaã do Norte e, posteriormente, uma revisão literária, a fim de corroborar ou não as indicações relatadas pelos entrevistados. Revela a importância das plantas medicinais como terapia e a finalidade da promoção de estudos etnofarmacológicos na região norte de Mato Grosso. O levantamento de dados ocorreu entre os meses de fevereiro e março de 2011, onde consistiu em uma pesquisa descritiva onde a metodologia empregada foi através de entrevistas semiestruturadas. O questionário abordou dados como, nome popular da planta, bem como a parte utilizada e forma de preparo, além da finalidade terapêutica. Foram selecionadas 9 plantas (Stachytarpheta cayennensis Rich. Vahl, “gervão”; Leunurus sibiricus L., “erva-macaé”; Annona muricata L., “graviola”; Leonotis nepetaefolia R. Br, “cordão-de-frade”; Strychnos pseudoquina A. St.- Hil, “quina”; Aristolochia triangularis CHAM. ET SCHL, “cipó-mil-homens”; Cochlospermum regium, “algodãozinho”; Petiveria alliacea, “guiné”; Taraxacum officinale, “dente-de-leão”) e estudadas por meio de uma revisão bibliográfica nos principais bancos de dados disponíveis, além de livros e outros. Os resultados revelaram cerca de 50 espécies medicinais nos 2 municípios, distribuídas em 31 famílias botânicas, sendo que as mais representativas foram Asteraceae (13%) e Lamiaceae (7,5%). A parte mais utilizada foi a folha (86,5% nos municípios estudados) e a forma de preparo das plantas ocorre principalmente através de infusão, citada por 90% dos entrevistados. Contudo, conclui-se que as citações populares em sua maioria conferem com as propriedades descritas na literatura consultada e através deste trabalho pode-se constatar a imensa biodiversidade norte-mato-grossense até então desconhecida, possui um vasto potencial medicinal, o qual deve ser explorado e conhecido, por meio de estudos experimentais que avaliem a composição química das espécies, bem como a farmacologia e toxicologia. ABSTRACT This work had as main objective, to survey ethnopharmacological of botanical species used in herbal remedies over the municipalities of Terra Nova do Norte and Nova Canaã do Norte and later a literary review in order to prove or disprove, with the indications reported by respondents . Reveals the importance of medicinal plants in therapy and the purpose of promoting studies ethnopharmacological in northern Mato Grosso. Data collection occurred between the months of February and March 2011, which consisted of a descriptive research methodology was used where through semi-structured. The questionnaire data as the plant's popular name, and the part used and method of preparation, as well as therapeutic purposes. We selected nine plants (Stachytarpheta cayennensis Rich. Vahl, "Gervão"; Leunurus sibiricus L., "erva-macaé"; Annona muricata L., "graviola"; Leonotis nepetaefolia R. Br, "cordão-de-frade"; Strychnos pseudoquina A. St .- Hil, "quina"; Aristolochia triangularis Cham. SCHL ET, "cipó-mil-homens"; Cochlospermum regium, "algodãozinho"; Petiveria alliacea, "guiné"; Taraxacum officinale "dente-de-leão") and studied by means of a literature review in the major databases available as well as books and others. The results revealed some 50 medicinal species in the two counties, distributed in 31 botanical families, and the most representative were Asteraceae (13%) and Lamiaceae (7.5%). The most used was the sheet (86.5% in the cities studied) and how to prepare the plants occurs mainly through infusion, cited by 90% of respondents. However, it is concluded that the citations for the most popular confer with the properties described in the literature and through this work, we can see the immense biodiversity northern Mato Grosso, hitherto unknown, has a vast medicinal 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER potential, which must be explored and known, through experimental studies that evaluate the chemical composition of species as well as pharmacology and toxicology. INTRODUÇÃO O uso de produtos naturais já existe há milhares de anos por populações antigas e de diferentes países, os quais buscavam a cura de diversas doenças, de forma alternativa ou complementando a terapia com os fármacos sintéticos. No Brasil, país de flora inexplorada e ubíqua, o uso de plantas foi expandido pela cultura indígena, e sabe-se que este é um dos países dono de uma flora riquíssima em substâncias ativas (SOUSA, et al. 2008). As plantas medicinais ganharam seu espaço no comércio não só no Brasil, como também em outros países, por sua eficácia e praticidade em atender o consumidor que pode obtê-las de forma natural em raizeiros locais ou mesmo industrializadas, que são os medicamentos fitoterápicos, que como podemos observar, ambos vem se expandindo e ocupando seu espaço na medicina natural (NUNES, et al. 2003). Apesar de tudo, a crescente evolução das plantas medicinais tem incentivado que farmácias pudessem começar a comercializar de diferentes formas essas plantas, mesmo com o desafio de exigência dos padrões de qualidade e a falta de treinamento de profissionais farmacêuticos (COSTA, NUNES & PERES, 2010). Os produtos de origem vegetal estão envolvidos no desenvolvimento de 44% de todas as novas drogas. Para darmos contribuição a este processo de descobertas por meio das plantas medicinais, é extremamente necessário que busquemos na sua fonte natural promovendo a etnofarmacologia (SIMÕES, et al. 2004). Essa busca de informações é essencial, já que devemos confirmar sobre a segurança e eficácia encontradas na terapia com as plantas medicinais. Portanto este trabalho tem o intuito de revelar um pouco da vasta biodiversidade norte de Mato Grosso - MT, visto que ainda é um tanto desconhecida. 1. OBJETIVOS Realizar um levantamento etnofarmacológico das espécies vegetais mais utilizadas na medicina tradicional do norte do Mato Grosso/MT. Analisar a etnofarmacologia das plantas medicinais mais utilizadas e/ou indicadas por raizeiros ou ervanários do centro dos municípios de Nova Canaã do Norte e Terra Nova do Norte. 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER Questionar informações dos raizeiros/ervanários, direcionando informações relevantes, que serão importantes para o desenvolvimento do trabalho. Promover levantamento bibliográfico das plantas mais utilizadas na medicina tradicional da região. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 - Histórico e Importância do Estudo Científico das Plantas Medicinais A utilização das plantas medicinais para a cura das doenças é conhecido desde a antiguidade. Foi na China e no Egito que se encontraram as mais antigas obras, e foram utilizadas tanto para terapias mais simples como para a elaboração de medicamentos (CASTRO, 1998; LÓPEZ, 2006). No Brasil existem poucos estudos etnofarmacológicos das espécies nativas do cerrado, o que favorece ainda mais a importância de estudos que explorem a flora medicinal da região norte de Mato Grosso (COELHO, et al. 2005). Devido a muitos raizeiros e ervanários não respeitarem os requisitos mínimos de qualidade para os produtos comercializados, além da ausência da farmacovigilância, há uma má qualidade desses produtos, o que compromete sua eficácia. Contudo estudos devem ser incentivados já que grande parte das espécies, ainda não foram estudadas, do ponto de vista farmacológico e toxicológico (NUNES, et al. 2003). Moraes, Jorge & Neto (2003) relatam claramente sobre a ocultez da flora da região norte de Mato Grosso, estado que é um dos maiores exportadores de plantas medicinais do país, por isso estudos devem ser realizados, para desvendar essa rica flora mato-grossense (TOMAZZONI, NEGRELLE & CENTA, 2006). Entre aproximadamente 280 plantas medicinais aprovadas pela OMS, o Brasil possui quase todas elas, além de ter a maior e mais rica biodiversidade vegetal. Porém é importante explorar ainda mais essa riqueza e preservá-la, já que boa parte dos princípios ativos ainda não terem sido descobertos ou sequer estudados (LEÃO, RIBEIRO, 1999). 2.2 Etnofarmacologia De acordo com esta resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tornase necessária a realização de pesquisas etnofarmacológicas, pois caracterizam uma das etapas para a validação de fitoterápicos (BRASIL, 2010). 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER A etnofarmacologia compreende um domínio mais aprofundado da etnobotânica, ou seja, uma exploração científica do uso tradicional dos vegetais, desde as formas de manejo, como também, formas de preparo, dose, indicação terapêutica, enfim todas as informações necessárias para favorecer o estudo científico (ELISABETSKY, 2003). A ANVISA, através da resolução RDC nº 14 de 31 de março de 2010, que dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos, define sendo medicamento fitoterápico aquele cuja forma de obtenção é exclusivamente de matérias-primas ativas vegetais, sendo que sua segurança e eficácia devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização ou evidências clínicas. Esta resolução regulamenta quanto às medidas necessárias para o registro de produtos nacionais e importados, das alterações pós-registro ou de renovação de registro (BRASIL, 2010). Nesse contexto, considerando-se que a etnofarmacologia da região norte do estado do Mato Grosso seja ainda incipiente, especialmente as espécies nativas, é de extrema importância que estudos como este sejam realizados, considerando que para a escolha de determinada planta medicinal é necessário que seja feito um estudo sobre a etnofarmacologia local (MACIEL, et al. 2002). 3 METODOLOGIA 3.1 Breve Caracterização da Área dos Municípios O estudo foi realizado nos ervanários dos centros dos municípios de Terra Nova do Norte e Nova Canaã do Norte. Devido à pequena população dessas cidades e a quantidade de raizeiros e ervanários também ser pequena, porém proporcional ao tamanho das mesmas, realizou-se o levantamento etnofarmacológico nos dois municípios. Ambos os municípios situam-se na região centro-oeste do estado de Mato Grosso, onde a economia está voltada principalmente para a pecuária e agricultura. Entretanto ambos desenvolvem funções nos setores comercial e industrial. 3. 2 Levantamento de Dados Etnofarmacológicos Realizou-se uma pesquisa de campo nesses municípios entre os meses de fevereiro e março do ano de 2011. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada em 8 ervanários localizados nos centros desses municípios, sendo que essas entrevistas foram realizadas de forma imparcial, dando maior liberdade ao entrevistado. 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER O formulário estava composto por questionamentos sobre as principais espécies vegetais de uso medicinal comercializadas pelos ervanários, suas respectivas indicações, partes utilizadas, formas de preparo, além do nome popular da planta. Após a coleta dos dados realizou-se uma categorização das informações obtidas e uma análise das espécies citadas. 3.3 Revisão Literária e Análise das Informações Posteriormente realizou-se uma busca de informações na literatura científica das plantas selecionadas, na qual utilizou-se os principais bancos de dados eletrônicos disponíveis, como Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Centro Especializado da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde (Bireme) e banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A inclusão de dados de monografias, teses e dissertações fez-se necessária, pois apresentam uma vasta diversidade de informações referentes ao trabalho. Além de artigos eletrônicos, utilizou-se também de cartilhas e livros, a fim de validar e valorizar ainda mais o presente trabalho, e evidentemente, respeitando os direitos autorais. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Etnofarmacologia dos Municípios de Terra Nova do Norte e Nova Canaã do Norte-MT Com base no levantamento de dados, realizado nos municípios de Terra Nova do Norte e Nova Canaã do Norte, foram listadas as plantas medicinais mais utilizadas na região. De acordo com esse levantamento verificou-se que muitas plantas necessitam de estudos mais detalhados para a comprovação da atividade farmacológica, visto que a biodiversidade da região norte do estado de Mato Grosso é ainda incipiente. Com isso, foram consultadas referências literárias, para contribuir com o embasamento científico da biodiversidade vegetal encontrada nessa região do estado. São utilizadas 7 (sete) ervas para o tratamento ou a cura das doenças. Dentre os ervanários que foram entrevistados, 3 (três) deles utilizam um aparelho denominado aurímetro para a seleção dessas ervas. No entanto, os sintomas do paciente são imprescindíveis para essa escolha, ou seja, cada caso é particular, nunca se utiliza as mesmas ervas para todos os 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER pacientes, nem mesmo se for a mesma enfermidade, já que a mesma se manifesta de forma diferente em cada pessoa. São utilizadas 7 (sete) ervas no tratamento de doenças, como por exemplo: pata de vaca, terramicina, cipó mil homens, erva santa maria, chapéu de couro, espinheira santa e uma folha de figatil, sendo estas para qualquer tipo de infecção. Em casos de verminoses deve-se utilizar as seguintes plantas: erva santa maria, hortelã, folha do coité, cipó mil homens e sementes de abóbora. O preparo das plantas, relatados pelos ervanários são apenas conhecimentos que fazem parte de sua etnofarmacologia. No entanto, devem ser realizados testes químico-farmacológicos para comprovação dos constituintes químicos, do preparo e da ação farmacológica. A RDC nº 10 de 09 de março de 2010 da ANVISA que regulamenta a utilização correta das plantas medicinais, bem como normatiza todas as preparações e produção de fitoterápicos, relata quanto a padronização de embalagens dos mesmos, enfim, tudo o que é destinado ao preparo e consumo das plantas medicinais (BRASIL, 2010). Deste modo, torna-se importante consultar a mesma, quando necessário, mesmo para uso e/ou comercialização tradicional e popular. 4.2 Atividade Farmacológica de Plantas Medicinais 4.2.1 “Gervão” - Stachytarpheta cayennensis Rich. Vahl (Verbenaceae) A planta Stachytarpheta cayennensis é popularmente conhecida no Brasil como gervão, rinchão e vassourinha de botão (MOREIRA, et al. 2007), e pertence à família Verbenaceae a qual compreende cerca de 100 gêneros e aproximadamente 2600 espécies de plantas (VANDRESSEN, 2010). Tradicionalmente também é utilizada como anti-inflamatória, analgésica, gastroprotetora e antimicrobiana, o que também já foi experimentado e comprovado em laboratório (DUARTE, et al. 2004; FALCÃO, et al. 2005; PEREIRA & FERRO, 2008), possui efeito leishmanicida (MOREIRA, et al. 2007) e ação bactericida (SILVEIRA, et al. 2007). A planta também é antiácida, antiedematogênica, anti-ulcerogênica e laxativa (BRASIL, 2006; PEREIRA & FERRO, 2008). Quanto a atividade farmacológica das folhas, apresentam ação antiespasmódica, vasodilatadora, antihelmíntica, anti-inflamatória, analgésica, antidiarréica e anti-ulcerogênica (BOSCOLO & VALLE, 2008; PEREIRA & FERRO, 2008). Resultados preliminares revelam que esta espécie também possui atividades: hipotensora, cardioprotetora, neuroprotetora, antisséptica, cicatrizante de lesões cutâneas e ainda larvicida (PEREIRA & FERRO, 2008). 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER Jesus, et al. 2009, ressaltam sobre a necessidade de estudos toxicológicos para esta planta e afirma que são necessários estudos farmacológicos em animais, para ter uma maior credibilidade e confiança aos que utilizam o gervão. Com relação a etnofarmacologia da região estudada, pode-se afirmar que as informações populares relatadas, foram comprovadas cientificamente, apesar de que não houve a especificação da doença em que a planta é empregada. 4.2.2 “Erva Macaé, santos filhos ou rubim” - Leonurus sibiricus L. (Lamiaceae) A espécie Leonurus sibiricus, conhecida popularmente como erva macaé, santos filhos ou rubim, pertence à família Lamiaceae, sendo originária da Índia, mas ocorre também em regiões tropicais da Ásia, África e América (ALMEIDA, 2006; OLIVEIRA, 2010). A planta possui diversas ações farmacológicas. Sen et al. 2010 e Torres, Ribeiro & Soares (2008), comprovam quanto a atividade analgésica e anti-inflamatória. As folhas possuem atividade antibacteriana, além de auxiliarem na prevenção de dermatites e outros problemas dermatológicos, corroborando assim sua utilização popular. As sementes são consideradas afrodisíacas pela medicina chinesa e a planta seca é ainda tonificante, podendo ser utilizada em disfunções menstruais (ALMEIDA, 2006; OLIVEIRA, 2010). As flores e folhas são eficientes no combate de diarreias e vômitos, além de serem excelentes no tratamento de resfriados, bronquite e reumatismo. Outra atividade comprovada se refere ao extrato metanólico das folhas, pois podem combater células neoplásicas de glândulas mamárias, além de demonstrarem atividade anti-inflamatória (ALMEIDA, 2006; OLIVEIRA, 2010). Almeida (2006) relata ainda sobre a eficiência dos compostos voláteis de Leonurus sibiricus, os quais possuem atividades fungicida, bactericida e inseticida. 4.2.3 “Graviola” - Annona muricata L. (Annonaceae) Annona muricata ou graviola como é popularmente conhecida tem se demonstrado muito eficaz no tratamento de algumas enfermidades, devido o seu alto poder farmacológico. Segundo Ferreli et al. 2002, um dos grandes responsáveis por suas ações farmacológicas são as chamadas acetogeninas annonáceas, compostos fitoquímicos bioativos presentes nas folhas que podem atuar como antioxidante. Os autores ainda relatam sobre as atividades antibacteriana, antiparasitária, antitumoral, pesticida, inseticida e efeito imunossupressor. Annona muricata possui também ação antidiabética comprovada por estudiosos (CARVALHO, DINIZ & MUKHERJEE, 2005). 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER Taylor (2002) relata sobre as propriedades e ações: antibacteriana, anti-helmíntico, anticonvulsivante, antidepressiva, antifúngica, antimicrobiana, antineoplásica, antiparasitária, antiespasmódica, antiviral, adstringente, citotóxica, febrífugo, inseticida, hipotensora, calmante, pesticida, sedativa, estomáquica, é ainda excelente contra vermes e parasitas. A casca, folhas e raízes são consideradas sedativas, antiespasmódica, hipotensora e calmante. As folhas apresentam ação: hipotensora, inseticida, antibacteriana, antitumoral, antiparasitária, antimalárica (BOSCOLO & VALLE, 2008). Taylor (2002) relata ainda atividade relaxante do músculo liso para as folhas. Taylor (2002) menciona que vários estudos realizados por diversos pesquisadores revelam que a casca e folhas possuem ação antiespasmódica, vasodilatadora, anticonvulsivante e cardiodepressora. Já as folhas, cascas, raízes, caule e extrato das sementes de Annona muricata possuem propriedade antibacteriana, enquanto que a casca é utilizada como antifúngica. As sementes demonstraram possuir atividade antiparasitária. As folhas, raízes e sementes possuem propriedade inseticida (TAYLOR, 2002). As folhas e o caule da graviola apresentam atividade citotóxica, tanto é que a autora relata que a mesma demonstrou-se ativa contra células cancerígenas. Como se pode observar Annona muricata é rica em substâncias ativas, e de acordo com as indicações relatadas pelos ervanários, as mesmas puderam ser confirmadas pela revisão literária realizada. 4.2.4 “Cordão-de-frade” - Leonotis nepetaefolia R. Br. (Lamiaceae) Segundo a literatura, Leonotis nepetaefolia possui atividade estimulante, diurética, febrífuga, sudorífica, antiespasmódica e carminativa (HAIDA, et al. 2007), pode ser utilizada contra dores reumáticas, inflamações urinárias, tônica, antifúngica, antimicrobiana e antiedematogênica (TORRES, RIBEIRO & SOARES, 2008). Santana et al. 2008 relatam quanto as propriedades terapêuticas, antiinflamatória, antidismenorreica, espasmolítica e antidiarréica, estimulante das glândulas mamárias e antibacteriana. Em contrapartida, para esta última estudos de Haida et al. 2007, revelam que desde então a planta não apresentava-se como antibacteriana. Os dados disponíveis na literatura para essa espécie convergem com as indicações descritas pelos ervanários informantes, exceto para a cura do ácido úrico, o qual não foi encontrada nenhuma base científica que corroborasse essa informação. 4.2.5 “Quina” - Strychnos pseudoquina A. St. - Hil. (Loganiaceae) 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER O gênero Strychnos possui 150 espécies as quais podem ser encontradas em todo o mundo, sendo mais evidente na Ásia, África e nas Américas do Sul e Central (SILVA, et al. 2005). Strychnos pseudoquina pertence à família Loganiaceae (HONÓRIO-FRANÇA, et al. 2008), sendo nativa do cerrado (VARANDA, 2006) e tem sido muito utilizada devido o seu alto poder medicinal. Uma das partes mais utilizadas da planta é a entrecasca, porém as folhas apresentam atividade gastroprotetora, então é interessante prosseguir com estudos que comprovem a segurança e eficácia especialmente das folhas, inclusive para a preservação da espécie (JESUS, et al. 2009). É interessante ressaltar que no estudo etnofarmacológico realizado neste ano na região norte de Mato Grosso, observou-se a indicação de quina como tônica e corroborando esta afirmação Silva et al. 2005 relatam que esta espécie possui ação tônica e estimulante. Outra indicação que pode ser comprovada pela literatura é para “afecções do estômago”, estudos de Silva et al. 2010 revelam que a planta foi eficiente na proteção da mucosa gástrica em camundongos, além de exibir efeito hipoglicemiante, o que também corrobora a indicação popular da etnofarmacologia regional. Os autores ainda relatam que a mesma não possui efeito cicatrizante (SILVA, et al. 2010). Estudos de Varanda (2006) e Nunes (2008) indicam que os alcaloides presentes em Strychnos pseudoquina apresentam atividades antimicrobiana e antitumoral. Ainda com relação aos alcaloides de quina, segundo Santos (2006) os mesmos presentes nas folhas da planta possuem atividade anti-ulcerogênica. Mesmo com o grande emprego das folhas, cascas e raízes de Strychnos pseudoquina, é necessário que novos estudos sejam realizados com o intuito de elucidar os componentes responsáveis pela utilização, além de outros que avaliem os compostos tóxicos presentes na espécie (CARVALHO, 2009). 4.2.6 “Cipó mil-homens” - Aristolochia triangularis CHAM. ET SCHL (Aristolochiaceae) Aristolochia triangularis CHAM. ET SCHL ou cipó mil-homens como é popularmente conhecida é uma espécie trepadeira, pertencente à família Aristolochiaceae, constituída por aproximadamente 400 espécies (SCALON et al. 2007). Aristolochia triangularis é rica em propriedades farmacológicas, e também vêm sendo estudada por pesquisadores. Estudos de Scalon et al. 2007 revelam que o caule e as raízes desta planta contém diversas propriedades farmacológicas, como antisséptica (FENNER,et al. 2006; CORRÊA & BIASI, 2003), digestiva, diurética, depurativa e sedativa (CORRÊA & BIASI, 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER 2003). Sendo empregada ainda como antídoto ofídico e podendo atuar como abortivo (BEVILAQUA, SCHIEDECK & SCHWENGBE, 2007). Esta espécie é ainda antitérmica e emenagoga (CORRÊA & BIASI, 2003), podendo ser utilizada em casos de prisão de ventre, nevralgia facial e febres relacionadas com a malária (SCALON, et al. 2007). De acordo com Bevilaqua, Schiedeck & Schwengbe (2007) as folhas de Aristolochia triangularis têm atividade bactericida, cicatrizante, anti-inflamatória e ainda anti-úlcera (FENNER, et al. 2006). Além destas ações, esta espécie contém propriedades antirreumática e antihelmíntica (CORRÊA & BIASI, 2003). Vale ressaltar que parte das indicações etnofarmacológicas foram então comprovadas através da revisão literária realizada. 4.2.7 “Algodãozinho” - Cochlospermum regium (Cochlospermaceae) Cochlospermum regium é uma planta nativa do cerrado, pertencente à família Cochlospermaceae e conhecida popularmente como algodãozinho ou algodãozinho-do-campo. Esta espécie vem sendo muito estudada devido seu alto potencial farmacológico. Possui atividade antinociceptiva (USTULIN, et al. 2009) e ainda antioxidante. Confirmandose a indicação popular, a autora relata que os órgãos subterrâneos desta espécie são indicados em casos de inflamações e infecções ginecológicas principalmente, podendo ser preparada de diferentes formas, dependendo da enfermidade a que se destina. Castro et al. 2004 relatam algumas propriedades farmacológicas para C. regium, como antibacteriana e efeito anti-edematogênico, sendo porém divergido em estudos de Solon (2009), que revela que esta espécie não possui ação anti-edematogênica. É importante considerar que apesar das vantagens da utilização de C. regium, esta espécie deve ser utilizada com cautela, visto que a mesma possui compostos tóxicos, que podem ser prejudiciais à saúde (USTULIN, et al. 2009). 4.2.8 “Guiné” - Petiveria alliacea L. (Phytolaccaceae) Petiveria alliacea é uma planta nativa da Amazônia e da América Central, podendo ser encontrada em outras regiões e pertence à família Phytolaccaceae. Segundo a literatura esta planta possui ação anti-inflamatória e analgésica (FONTOURA, et al. 2005; GUEDES, et al. 2009), e ainda anti-helmíntica (BOSCOLO & VALLE, 2008) antimicrobiana e antineoplásica (GUEDES, et al. 2009). 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER A infusão das raízes demonstrou atividade antinociceptiva e ação anestésica central. Outra atividade farmacológica evidente da espécie que alguns autores relatam é o efeito anticonvulsivante. Petiveria alliacea possui ainda ação hipoglicemiante (BOSCOLO & VALLE, 2008) e atividade anti-inflamatória oral e tópica (DI STASI & HIRUMA-LIMA, 2002). Petiveria alliacea também pode apresentar-se tóxica, já que a mesma possui compostos que conferem os efeitos abortivo e emenagogo (BOSCOLO & VALLE, 2008; OLIVEIRA, et al. 2010). 4.2.9 “Dente-de-leão” - Taraxacum officinale (Asteraceae) Taraxacum officinale pertence à família Asteraceae. É uma espécie exótica, originária da Eurásia (MARTINS-RAMOS, BORTOLUZZI & MANTOVANI, 2010). Além do Brasil dente-de-leão como é vernaculamente conhecida, é também utilizada em outros países como na Alemanha, América do Norte e México (BACCHI, 2010). A autora ainda relata que quanto a atividade farmacológica de Taraxacum officinale existe apenas ensaios em animais e o seu mecanismo de ação é ainda desconhecido, porém existem alguns relatos sobre a ação farmacológica desta planta. O extrato aquoso da raiz possui atividade diurética (PEREIRA, 2008; BEVILAQUA, SCHIEDECK & SCHWENGBE, 2007), antioxidante e antitumoral (PEREIRA, 2008). Enquanto que o extrato etanólico apresenta ação hipoglicemiante, anti-inflamatória e ainda anticoagulante (PEREIRA, 2008). A planta também possui propriedades cicatrizante e tônica, além de exibir excelente atividade bactericida (BEVILAQUA, SCHIEDECK & SCHWENGBE, 2007). De acordo com Martins-Ramos, Bortoluzzi & Mantovani (2010) e Bevilaqua, Schiedeck & Schwengbe (2007) esta espécie pode ser utilizada como antirreumática e em casos de distúrbios digestivos, hepáticos e biliares. Para este último estudos revelam que os ácidos presentes na planta são os responsáveis pelo efeito colerético (PEREIRA, 2008), o que comprova-se então o uso popular desta planta na região estudada. Outra interessante utilidade de T. officinale e que a diferencia das outras plantas estudadas, é que esta espécie pode ser adicionada nas refeições alimentares diárias. Estudos relatam que as folhas de T. officinale podem ser ingeridas como hortaliça em saladas e suas raízes após torradas substituem o café, devido a mesma auxiliar na digestão (MARTINS-RAMOS, BORTOLUZZI & MANTOVANI, 2010). Em sua constituição estão presentes as vitaminas A, B, C e D e o potássio, um mineral muito importante na alimentação diária, o que auxilia em diversas ações farmacológicas da planta. 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER Conforme os autores, esta planta é excelente na menopausa e em tratamentos que visam o emagrecimento (BEVILAQUA, SCHIEDECK & SCHWENGBE, 2007). Uma relevante atividade desta exótica espécie está no tratamento de doenças coronarianas. Estudos recentes mostram que tanto as raízes como as partes aéreas de Taraxacum officinale podem ser utilizadas no tratamento da aterosclerose (PIZZIOLO, et al. 2011). Outra importante informação se deve à sua toxicidade, estudos de Veiga Junior, Pinto & Maciel (2005) revelam que esta espécie pode causar reações alérgicas, além de potencializar a ação de diuréticos, principalmente em idosos portadores de hipertensão. 4.3 Análise dos Dados Com o levantamento etnofarmacológico obtiveram-se alguns dados, os quais estão relatados através de gráficos e sequencialmente a discussão dos mesmos. A família predominante em número de espécies na etnofarmacologia dos municípios estudados foi a Asteraceae (13%), seguida pela Lamiaceae (7,5%). A Liliaceae também obteve destaque, já que foi a segunda família mais citada em relação às espécies de Nova Canaã do Norte. Segundo os dados obtidos no levantamento, a forma de preparação dessas plantas resultou-se em uma prevalência da infusão (90% em média nos 2 municípios) evidentemente, já que a parte mais utilizada foi a folha, e forma de extração de princípios ativos para a folha geralmente é a infusão. Posteriormente a decocção, cerca de 15% das formas utilizadas, e as demais formas corresponderam em torno de 3%, exceto a maceração que revelou uma média de 7% nos municípios estudados. Através da pesquisa etnofarmacológica pode-se observar que quanto a parte utilizada das plantas medicinais houve uma predominância das folhas, média de 86,5% nos dois municípios, seguido das cascas (5,5%), planta inteira (4%), sendo que a mesma não foi citada em Terra Nova do Norte, porém correspondeu a 8% em Nova Canaã do Norte, por isso então a média de 4%. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos resultados obtidos e através da discussão realizada, considera-se que através deste trabalho foi possível analisar e avaliar toda a etnofarmacologia dos municípios estudados. Este é o primeiro trabalho etnofarmacológico realizado em ambos os municípios, e apesar da pequena população existente, há uma rica biodiversidade natural, que de fato 1 Professora auxiliar FACIDER; 2 Professora e Coordenadora do Curso de Farmácia FACIDER, 3 coord.farmá[email protected] Av. Senador Júlio Campos 1039, Jardim Europa, Setor Leste-Centro; Professora auxiliar FACIDER necessita ser explorada e analisada do ponto de vista químico, farmacológico e toxicológico, já que podem ser precursoras de novos medicamento. Por serem naturais, as plantas medicinais são vistas como tratamento trivial e até mesmo inofensivas, o que é de fato um equívoco. Sabemos que além de propriedades terapêuticas, as plantas medicinais também possuem compostos químicos, os quais podem ser nocivos à saúde humana. Portanto, devem ser utilizadas com cautela, sendo importante conhecer sua composição química e toxicidade, pois as mesmas podem causar interações com outras plantas e/ou medicamentos, além de possuírem efeitos colaterais. É evidente que as plantas medicinais são extremamente importantes, devido o seu vasto potencial medicinal, o que de fato, tornou-se ainda mais válido com essa pesquisa. Com relação as espécies citadas e revisadas na literatura, pode-se observar que as indicações relatadas pelos ervanários, na sua grande maioria, conferem com as atividades biológicas descritas na literatura consultada, o que valoriza ainda mais o saber tradicional, que muitas vezes é negligenciado. Conforme já mencionado, a biodiversidade vegetal da região norte do estado é ainda desconhecida, então pode-se considerar que este trabalho contribuiu de forma extremamente importante para que isso se torne um fato passado, visto que o Mato Grosso é um dos estados brasileiros com grande potencial para a descoberta de novos medicamentos, devido sua imensa biodiversidade, já que abriga os maiores biomas naturais. Contudo, espera-se que este trabalho seja de certa forma, um grande incentivo para que novas pesquisas sejam realizadas, a fim de desvendar a imensa flora norte-mato-grossense. É necessário que estudos experimentais sejam realizados com o intuito de contribuir cada vez mais com o conhecimento científico das plantas medicinais, uma fonte inesgotável, que são indispensáveis nos dias atuais. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Luiz Fernando Rolim. Composição química e atividade alelopática de extratos foliares de Leonurus sibiricus L. (Lamiaceae). 2006. 107f. Botucatu: UNESP, 2006. 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