PERFIL DOS PACIENTES ADULTOS COM DIAGNÓSTICO DE LINFOMA DE HODGKIN EM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA EM HOSPITAL ONCOLÓGICO Autor: José Everaldo Valini Orientadora Enfª Espec. Lívia Módolo Martins Introdução: O presente estudo trata-se da análise do perfil sócio-clínico dos pacientes casos novos com diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, atendidos no Ambulatório de Oncologia e Hematologia do Hospital Amaral Carvalho (HAC), no ano de 2009. O LH é uma neoplasia maligna que se origina dos tecidos linfáticos, corresponde ao terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil, desenvolvendo-se principalmente em adultos jovens, com idade entre 20 e 30 anos e em maiores de 50 anos. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), infecção pelo vírus Epstein-Barr; e pelo vírus T-linfotrópicos humanos tipo I (HTLV-I), exposição ambiental e ocupacional a herbicidas são alguns fatores que estão associados ao desenvolvimento do LH. Levando em consideração o número elevado de pacientes com LH em tratamento neste Ambulatório, houve a necessidade de analisar o perfil dos pacientes casos novos, para que a atuação do enfermeiro seja focada na demanda demonstrada pelos pacientes nele assistidos. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo exploratório retrospectivo de natureza quantitativa que analisa o perfil sócio-clínico dos pacientes adultos casos novos com diagnóstico de LH. Resultados: Foram analisados 38 prontuários mediante os critérios de inclusão. Quanto ao gênero dos pacientes, 15 (39%) eram do sexo masculino e 23 (61%) sexo feminino. Em relação à etnia, 35 (92%) de etnia branca. Faixa etária entre 20 à 29 anos (33%). Grau de escolaridade, 13 (34%) tinham ensino médio completo. Consumo de álcool e tabaco, 16 (30%) dos 38 declararam ser etilista ou tabagista, sendo os etilistas um total de 06 (14%), já o tabagistas 10 (21%). Quanto à soropositividade para o HIV, dos 38 apenas 01 (3%) era soropositivo. Em relação aos subtipos do LH, dos 38 pacientes, 27 (71%) apresentavam o subtipo esclerose nodular. Em relação aos principais sinais clínicos, 25 (66%) apresentam na adenomegalia na região cervical. Dos 38 pacientes, 07 (18,4%) pacientes evoluíram a óbito devido a complicações da doença. Implicações para Enfermagem e Conclusão Parcial: O perfil do paciente com diagnóstico de LH evidenciado pelo estudo foi: indivíduo do sexo feminino, de etnia branca, na faixa etária dos 20 aos 29 anos, com ensino médio completo, tabagista, que chegam ao serviço de oncologia com adenomegalia cervical como principal sintoma e é estadiado como subtipo esclerose nodular. Atuação de enfermagem frente aos pacientes LH é de suma importância, principalmente para os pacientes recentemente diagnosticados. A vivência da condição do diagnóstico do LH, tenha sido ele descoberto no início ou em um estadiamento avançado, causa um impacto duplo na vida do indivíduo, pois é atribuída a doença oncológica a incerteza da cura e a possibilidade de morte iminente, além dos medos e privações a que este paciente sofrerá durante e após o tratamento. Cabe ao enfermeiro, que é o alicerce fundamental do cuidado, conhecer o perfil deste paciente, oferecendo a assistência e o cuidado a partir de ações de educação em saúde com pacientes e familiares frente ao tratamento, seu prognóstico e intercorrências clinicas, para que estes estejam preparados ao longo do tratamento. PALAVRAS – CHAVE: Oncologia. Linfoma Hodgkin. Perfil. Enfermagem