2014 E-book 1_Roma e a Idade Média_7S_Un1 História K Editoria-RJ – design instrucional K ebooks virtual books Rio de Janeiro – RJ_ Brasil keditfundamental.jimdo.com 21 9836 - 2205 Vamos iniciar nossos estudos revendo a formação do Império Romano, a herança que esta civilização nos legou e como a Europa, após a queda de Roma, se reconstruiu. Esta é a história da reconstrução de um continente: a Europa. A queda de Roma modifica a face do mundo. A barbárie se estabeleceu. A reconstrução começa a partir das ruínas do império. As cidades romanas do período do império estavam interligadas por via terrestre ou marítima por vias e transportes romanos. Do mesmo modo, toda a estrutura de serviços do império dependia das forças romanas. O retorno das forças a Roma, fez com que o império fosse totalmente invadido. Roma já deixara de ser a capital do Império. Constantino deslocara a capital do Império para Bizâncio, fundando Constantinopla em 330 d.C. Roma já deixara de ser a capital do Mundo e o Império fora dividido em dois: Império Romano do Ocidente (capital Roma), que dura até 476, e Império Romano do Oriente (capital Constantinopla), que dura até 1453. Estes tópicos e outros serão nossos companheiros na 7ª série de História do Ensino Fundamental. Bom curso!. http://historia8keditfundamental.jimdo.com/ Página 1 Introdução Estamos disponibilizando o e-book 1 de uma série de quatorze e-books a serem produzidos para a 7ª série de História do Ensino Fundamental, cujo programa segue a orientação abaixo: Em cada unidade teremos quatro painéis com textos para leitura, explicações teóricas e exercícios, além de sites selecionados para pesquisa, vídeos e filmes. Uma possibilidade de um quadro branco online. http://historia8keditfundamental.jimdo.com/ Página 2 Sumário Painel 1: A formação de Roma e o cristianismo....................................4 Painel 2: A Idade Média: cavalaria e vassalagem................................22 Painel 3: Feiras Medievais e reconstrução das cidades européias.....38 Painel 4: Comércio com o Oriente e sua importância para a Europa. .49 Filmes compartilhados.........................................................................56 Atividades de Pesquisa........................................................................57 Vídeos, QUIZ, fórum e chat..................................................................58 Clique no mapa e conheça Roma. O império Romano em sua máxima extensão. http://historia8keditfundamental.jimdo.com/ Página 3 Painel 1: A formação de Roma e o cristianismo Esta é a história da reconstrução de um continente: a Europa. A queda de Roma modifica a face do mundo. A barbárie se estabeleceu. A reconstrução começa a partir das ruínas do império. Vamos então fazer uma pequena retrospectiva sobre a formação de Roma e da expansão do poder romano no mundo da Antiguidade ocidental por cerca de 1200 anos (753 a.C. até 476 d.C). A loba romana é um símbolo da sobrevivência, arte e agressividade do povo romano. Partindo de um ponto médio na Península Itálica, uma cidade foi criada entre colinas. Roma se expandiu. Grandes construtores, engenheiros e arquitetos, herdaram a cultura grega. Herdaram dos etruscos, povo que os antecedeu na Itália, o gosto pelos combates de gladiadores e construíram um grande teatro, o Coliseu, com palcos superpostos. Roma se expandiu por todo o mundo conhecido: Mediterrâneo, África e Oriente. Suas conquistas militares garantiram terras, impostos e gente para trabalhos servis – escravos numa escala nunca vista. Após 20 anos de caserna, os soldados recebiam um lote de terra e se tornavam colonizadores de novas áreas fora da Itália. Deste modo, Roma se expandiu e ensinou seu modo de ser ao mundo conquistado. A vida diária em Roma tinha sempre a presença dos soldados entre os cidadãos. Esta força militar garantia as conquistas e os serviços em todo o Império. Ler mais sobre História militar: http://darozhistoriamilitar.blogspot.com.br/2009/03/o-exercito-e-pax-romana.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_estrutural_do_ex%C3%A9rcito_romano Podemos encontrar as marcas do império romano em todo o mundo então conhecido. Como nos mostram os marcos dos imperadores em toda a Europa. Diversos fatores, especialmente a invasão de tribos bárbaras ao Império, caracterizou a queda do império. Hoje, ao viajarmos pelo mundo, encontramos não só aspectos da influência romana, mas monumentos que demonstram a coexistência nunca pacífica da expansão romana com os povos locais. Neste clima de luta e disputas, a Igreja Católica se expandiu constituindo-se num estado dentro de um estado - O Vaticano - com influência até os dias de hoje em todo o mundo. Tópico 1 – Fundação e a ascensão de Roma A região onde é hoje a Itália assistiu inúmeras invasões desde seus primórdios. A Itália, sem grandes barreiras naturais de montanhas ao norte e com um litoral de fácil acesso, sempre foi uma região que facilitava invasões. Os primeiros povos que temos notícia, já no Neolítico, foram provenientes do norte da África, da Gália e da Espanha. Itália – uma região de fácil acesso por mar. Vamos pensar nos primórdios de Roma... Os diferentes povos que formaram a Itália Muitas invasões ocorreram na Itália, diversos povos indo-europeus provenientes do norte a invadiram ao longo do tempo. Eram povos nômades e pastores, tendo introduzido na Itália cavalos, carros e rodas. Por volta de 1000 a. C. estes povos passaram da Idade do Bronze à Idade do Ferro. Fundadores de Roma Além de levas de gregos que invadiram a Itália durante oitocentos anos, os ítalos, os oscos e os umbros são considerados os povos que se amalgamaram e constituíram a base do povo romano. Etruscos Os etruscos são o povo guerreiro e mercador de onde os romanos receberam a base de sua cultura: As artes metalúrgicas; A arquitetura – arco e abóbada; As práticas de comércio; As lutas de gladiadores. Os gregos e a cultura romana Dos gregos os romanos receberam o alfabeto, sua arte e mitologia, a filosofia e literatura. A fundação de Roma A lenda diz que Roma foi fundada em 753 a.C. (data provavelmente inventada por escritores romanos), por Rômulo e Remo, na região do Lácio, ao sul do Tibre, uma região estratégica, de onde o povo romano partiu para conquistas dos povos vizinhos, da região dos Apeninos ao Mediterrâneo. Esta situação de contínuas invasões pode ser uma das razões para a constante militarização romana. Viajando em 3D pela Roma Antiga: uma reconstrução virtual. Clique na imagem abaixo. Roma e seus primeiros momentos: o rei e as famílias patrícias Os primeiros momentos de Roma foram marcados pelos patrícios – famílias de fundadores da comunidade – e pela figura do Rei, que exercia sua autoridade em consonância com a assembléia – cidadãos em idade militar e o Senado – conselho de anciãos, chefes de vários clãs, sendo o Rei o chefe de um dos clãs de fundadores de Roma. A derrubada da monarquia e a instauração da República. As primeiras conquistas romanas Esta é uma fase em que se dará a primeira expansão romana. Os romanos conquistam cidades próximas da planície onde habitavam os volscos e os équos. Conquistaram também a cidade etrusca de Veios no outro lado do Tibre, destruindo toda a cidade e transformando seus habitantes em escravos. Após um grande período de lutas e de expansão, os romanos conquistaram toda a península itálica em 265 a.C. A última família real A última família real deste período foi uma família de origem etrusca – os Tarquínios – que teria usurpado o poder e, posteriormente, sido deposta por uma revolta de outros clãs. O início da república O poder real estava sempre com o Senado e, no século VI a.C. foi instituída a república romana. A expansão da república e a base agrária A República, ao longo de dois séculos, consolidou-se com base em suas instituições - Senado, Assembleias Populares e Magistratura. Como sua atuação foi eminentemente militar, expansionista, pouco a pouco, as plantações e o cultivo agrícola foram se deslocando da península itálica para novas áreas conquistadas. Modo de integração das colônias ao mundo romano Era praxe doar aos soldados que haviam servido pelo período de vinte anos e davam baixa, terras para cultivo nas novas colônias conquistadas. Desta forma os romanos não só colonizavam estas áreas, mas integravam o povo local a sua cultura. Com isso, difundiam os costumes, a língua e o modo de vida romano em toda a Europa. Conheça diversas construções romanas. Crescimento urbano e dependência do exterior Deste modo, sua população na Península, tendo abandonado as atividades agrícolas originais, e não tendo desenvolvido simultaneamente atividades industriais artesanais, passa a ter como base de sua riqueza: • O expansionismo militar; • A cobrança de tributos; • A importação de produtos das regiões conquistadas para Roma. O crescimento urbano nas cidades e o clientelismo Aparecem, nesta fase da república, os tribunos por imposição dos plebeus. Pouco a pouco, o poder romano se torna urbano e clientelista, pois uma grande quantidade de indivíduos abandona o campo e se localiza nas cidades, transformando-se em massa de manobra política. A estes plebeus juntaram-se os escravos capturados em grande número nas conquistas romanas. Toda esta gente que não trabalha, vive de expedientes e é sustentada pelo Estado. Basicamente, é uma grande massa de manobra política. Clique na imagem. República Romana é a expressão usada por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C. Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidadeestado num grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da península Itálica e mais tarde para a Gália e todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo. A expansão romana pelo mundo Conquistada a península itálica em 265 a.C. Roma se lança às conquistas ao redor do Mediterrâneo e em países vizinhos. Os romanos, muito práticos, são excelentes construtores de pontes, aquedutos, cidades, estradas, excelentes soldados e administradores em torno de seus exércitos. A conquista de Cartago: o início da expansão imperialista Cartago, que dominava áreas de comércio do Mediterrâneo até a Inglaterra, de onde traziam prata e estanho, e produtos tropicais da África são seu primeiro alvo internacional de conquista. Iniciam as guerras contra Cartago ao longo de 100 anos. A expansão romana pelo Mediterrâneo Após conquistarem as colônias cartaginesas no Mediterrâneo, Roma, já República, amplia de forma globalizante suas conquistas pelo mundo conhecido da Antiguidade. Observe a sequência de conquistas pelo mundo: > Norte da África, > Sicília, > Sardenha, > Córsega, > Baleares, > Península Ibérica > Macedônia e a Grécia, > Ásia Menor, > Egito, > Cirenaica (atual Líbia), > Gália (França), > Bretanha (Inglaterra), > Germânia (Alemanha), > Ilíria (Albânia), > Trácia, > Síria > Palestina. > Transformam a Mauritânia, a Capadócia, a Armênia, os Partos e o Bósforo em reinos vassalos. Tópico 2 - Da república ao império romano e seu período final Durante a República, os senadores romanos possuíam um papel político especial: era o grupo executivo que comandava a política da República. "A crise da República romana teve início quando o Senado romano passou a ter seu poder desafiado pelo poderio militar de alguns generais". Outros fatores, como "a falta de uma reforma agrária; guerras civis e revoltas populares; movimentos separatistas e insurreições de escravos," contribuíram para o colapso de Roma. O triunvirato: o início da luta pelo poder imperial "Em 60 a.C., os três mais poderosos generais de Roma, Júlio César (o favorito da plebe), Pompeu (que triunfara na Hispânia) e Crasso (o homem mais rico de Roma), firmaram um acordo tácito denominado triunvirato (governo de três pessoas), para dividir o governo." Em 46 a.C, depois de um período de disputa com Pompeu, que é ‘derrotada em 48 a. C., a República termina quando Júlio César, após conquistas militares externas e tendo entrado com seus exércitos em Roma, força o Senado a aceitá-lo como ditador e transforma-se em ditador vitalício. Foi assassinado em 44 a.C por conspiradores sob comando de Brutus e Cássio, nas escadas do Senado. O período final de Roma é conturbado. Podemos pensar este período a partir de Júlio César, sendo que este período se estende por alguns séculos, até 476 d.C, quando se dá a queda do Império Romano, tornando-se mais agudo a partir de 278 d. C. Vamos aprender um pouco sobre a vida em Roma, durante o Império! Uma visão cinematográfica da trajetória de César e do Império Romano. Clique na imagem abaixo. As classes sociais no Império Romano Roma já é um grande centro cosmopolita onde todas as culturas do mundo da Antiguidade são representadas por imigrantes que aí vivem e influenciam nos destinos do país. Sua população era de dois milhões de pessoas em toda a Península Itálica ao fim da República (30 a. C. com Augusto) estando dividido em 4 castas: > Aristocratas – 300 famílias, detentores de cargos públicos e de latifúndios. > Équites – não sendo senadores, possuíam um patrimônio maior que 20.000 dólares. > Cidadãos – composta de plebeus, em grande maioria sustentada pelo estado – 320.000 ao tempo de Júlio César. > Escravos – grande maioria de habitantes, sobre os quais repousava todo o trabalho produtivo do país. Otávio e o Principado Após desinteligências entre os membros do triunvirato, governou Otávio por quarenta e quatro anos ( 31 a.C. a 14 d.C.). Este período é conhecido por Principado, uma vez que Otávio, chamado de Augusto e de Imperador (consagrado) pelo povo e exército, somente usava o título de Prínceps – Primeiro Cidadão do Estado. Otávio, herdeiro de César, participou do triunvirato, fortaleceu-se com os antigos soldados de César, conquistou politicamente o poder e implantou uma série de novos costumes morais na sociedade romana ao longo de seu governo. >>>Vamos conhecer um pouco de sua vida e os costumes romanos. A obra de Otávio Augusto Sua obra foi eminentemente administrativa – novas formas de taxação e controle administrativo, sistema de tribunais e autonomia administrativa às cidades e províncias, aperfeiçoamento de serviços postais através da malha administrativa de estradas. Roma, no tempo de Augusto, se tornou a cidade mais opulenta do mundo. Morte de Otávio Augusto e o início da decadência de Roma Com a morte de Augusto, se inicia a decadência gradual de Roma, com poucos imperadores que se destacaram: Vespasiano (70 a 79); Nerva (96 a 98); Trajano (98 a 117); Adriano (117 a 138); Antonino Pio (138 – 161); Marco Aurélio (161 – 180); A decadência moral romana A situação de disputa e de violência interna na sociedade, de violência com os povos colonizados e de negociatas que envolviam o patrimônio do estado, criaram uma situação de decadência, gosto pela crueldade e corrupção que irá se tornar mais séria na medida em que os recursos do estado escasseiam. Tópico 3 - O aparecimento do Cristianismo O império romano na Palestina Roma estendeu suas fronteiras por todo o mundo. Uma série de fatos ocorridos na Palestina, durante o reinado de Herodes da Judeia e de Otávio Augusto em Roma. Aquilo que hoje, para nós, é um dado de uma história santa, a morte e paixão do Cristo (o ungido), na Palestina, em Jerusalém, não passou, na época, de um julgamento de um arruaceiro que, de forma louca, desafiava as leis e os costumes judeus. Vamos seguir o raciocínio de diferentes filósofos e teólogos para entendermos um pouco sobre o que representou Jesus. Afinal: quem foi Jesus Cristo Veja mais, do ponto de vista arqueológico sobre a vida de Jesus Cristo em Vídeos Selecionados - Unidade 1 - Partes 2 a 5, TV Bandeirantes. Jesus Cristo – o perfil de um homem Era influenciado pelos ensinamentos pacíficos dos essênios, povo de tradição médica e terapêutica. Era um universalista, suas preocupações e sua missão eram a de pregar a todos, sem distinção. Era um pregador, um professor, um homem que fazia de sua tolerância o exemplo de sua vida e crenças. Jesus era, quando muito, um teólogo cujas doutrinas foram a causa de sua prisão e sua morte sacrificial na cruz por exigência do Sinédrio. Ser crucificado era um castigo comum aos criminosos no mundo romano. As razões da crucificação de Cristo Havia uma situação de disputa entre o modelo religioso do judaísmo mais tradicional, que exigia o Templo como central ao culto para os judeus, e o aparecimento de uma doutrina que ampliava a busca à santidade para além do Templo, para outros espaços, escolas e sinagogas, incluindo não-judeus. O processo legal Esta situação fez com que Jesus fosse apontado pelo Sinédrio como um criminoso perante os judeus. Deste modo, foi levado aos romanos que eram a autoridade legal na época e, assim, julgado por Pilatos e condenado à crucificação. O cristianismo se espalha pelo mundo Que sabemos historicamente sobre Jesus Cristo? Muito pouco. Segundo o jornalista Roberto Pompeu de Toledo: "Não há quem desconheça esta história. Tem um presépio no começo, pregação e milagres no meio e, no fim, um trágico ato de solidão, humilhação e morte. Não há história mais contada, de geração em geração, mais dissecada nos livros, nem mais repisada, nas artes plásticas, nos últimos 2.000 anos. Conhecem-se detalhes ínfimos. Por exemplo, que havia um burro e urna vaca na gruta, no nascimento do menino..." O cristianismo se espalha pelo mundo Esta situação, se a tomarmos como burocrática, jurídica, no contexto da época, pela própria característica de sua organização básica – Jesus já possuía ao seu redor doze discípulos – espalhou-se pelo mundo após sua morte. O cristianismo chega a Roma Estes testemunhos e a verdade de sua morte foram levados com sua mensagem de igualdade e justiça para todos se espalhou por diversos países até que, em 40 d.C chegou a Roma, onde apareceram os primeiros cristãos. A relação entre o mundo romano e os cristãos Nero incendeia Roma Nero - Entre 40 e 64 d. C. os cristãos não foram perseguidos, exceto por Nero, acusados do incêndio e Roma em 64 d. C. Tópico 4 - O Imperador Constantino e o Cristianismo A fase final do Império Romano demonstra que Roma já não era mais uma alternativa de poder. Constantino tem a capital do império em Bizâncio e Roma encontra-se abandonada à própria sorte. A decadência do império Romano A situação de decadência das instituições, cada vez mais com menores recursos do Estado, se amplia ao se iniciar o período final do império (284 a 476 d.C.). Não mais existia um governo constitucional – o Senado era uma instituição esvaziada o povo buscava salvadores da situação, mecenas que pudessem sustentá-los como clientes. Constantino I (306 a 337) Modifica a capital do Império para Constantinopla (antiga Bizâncio) e inicia uma política de tolerância aos cristãos que eram, na época, uma das únicas instituições organizadas e com quadros capazes de ajudá-lo em sua administração do Império. Turquia, Gengis Khan e a dança do ventre. Um império dividido Constantino estava em luta contra os três outros membros da tetrarquia, uma vez que o Império estava dividido entre quatro césares, sendo ele um dos tetrarcas. Em sua luta contra um dos césares, Maxêncio, em 312, conta a lenda, sonha com uma cruz e manda pintar esta cruz nos estandartes, escudos e capacetes. Vence a batalha e torna-se um defensor da fé cristã. Édito de Milão O imperador Constantino, pelo Edito de Milão, em 313, concede aos cristãos a liberdade de culto e igualdade de direitos, além da devolução dos bens expropriados da igreja cristã . O Cristianismo tornado religião oficial do Império Romano Em 392, com o imperador Teodósio, o cristianismo torna-se a religião oficial do Império Romano. Com esta política, de Constantino e de Teodósio, o cristianismo se tornou uma dos principais corporações capazes de administrar o Império, em sua fase final. Os bárbaros e o império romano: o início da Idade Média Filmes sobre as aventuras de Asterix. A conquista de imensas áreas pelo Império Romano, ao mesmo tempo em que amplia suas linhas de suprimento, sofre de problemas de controle em todo o império. As tropas romanas são preenchidas com soldados provenientes de países colonizados. A pressão dos povos bárbaros Neste momento, o Império sofre a crescente pressão dos chamados povos bárbaros, tanto os submetidos pelo Império Romano quanto os que vivem nas regiões limítrofes. A decadência do império Esta pressão cresce cada vez mais e isto leva o império a abandonar várias províncias e agravam-se as disputas internas. A dinâmica de defesa das regiões conquistadas torna as tropas romanas importantíssimas para frear a decadência do império. A ligação dos imperadores e do poder com o império é cada vez menor. Sugerimos uma visão das seguintes imagens sobre a pressão bárbara na Europa nas fronteiras romanas: http://faculty.maxwell.syr.edu/gaddis/HST354/Mar18/Default.htm A queda do Império Romano As cidades romanas do período do império estavam interligadas por via terrestre ou marítima por vias e transportes romanos. Do mesmo modo, toda a estrutura de serviços do império dependia das forças romanas. O retorno das forças a Roma, fez com que o império fosse totalmente invadido. A situação das cidades Estas estradas, as cidades e as instituições – escolas, hospitais, quartéis, aquedutos, prédios e pontes – estavam guardadas pelas forças armadas romanas, seu exército e marinha. Com o abandono das guarnições, o império ficou desprotegido. As invasões bárbaras Na medida em que as pressões dos bárbaros na fronteira do império e dos piratas no Mediterrâneo aumentavam, mais se enfraquecia o poder do Estado Romano. A pressão se torna, aos poucos, insustentável e as invasões bárbaras se sucedem. A perda total das províncias romanas Ao mesmo tempo, os exércitos são obrigados a abandonar as províncias mais longínquas e se encaminhar para Roma, face às disputas internas, deixando o caminho livre aos bárbaros que invadiram amplas áreas do império. Sugerimos para os alunos e professores que falem e escrevam em inglês a participação no seguinte grupo: http://www.ancientworlds.net/aw/Group/378205 Conheça as Vias Romanas na Antiguidade. Os últimos momentos de Roma Roma já deixara de ser a capital do Império. Constantino deslocara a capital do Império para Bizâncio, fundando Constantinopla em 330 d.C. Roma já deixara de ser a capital do Mundo e o Império fora dividido em dois: Império Romano do Ocidente (capital Roma), que dura até 476, e Império Romano do Oriente (capital Constantinopla), que dura até 1453. O último imperador romano O último imperador romano foi Rômulo Augústulo que foi deposto por um chefe bárbaro que se intitulou Rei de Roma, em 476. O início do feudalismo A ideia de um começo e um fim de um império é meramente didática. O quadro histórico se apresenta como um processo. No caso da desintegração do império romano, este processo é gradual. Pouco a pouco as instituições vão ficando cada vez mais inoperantes, as pressões de bárbaros na fronteira e as necessidades clientelísticas de Roma aumentam. Exercício: cite algumas das causas da decadência do Império Romano. Painel 2: A Idade Média: cavalaria e vassalagem Entre os séculos III e V d.C., o Império Romano pouco a pouco se desintegrava. ...Atacado constantemente, em suas fronteiras por bárbaros, cada vez mais sequiosos dos restos de suas riquezas e de ostentar o pretenso poder que o título “Imperador do Ocidente” sugeria, o Império Romano (753 a.C. até 476 d.C.) dava seus últimos passos. Introdução A partir de lutas políticas internas, este título foi conferido pela última vez , em 476, a Rômulo Augústulo, último imperador do Império Romano do Ocidente, deposto neste ano por um chefe bárbaro germânico de nome Odoacro. As lutas pelo poder da Roma decaída Assumindo Odoacro em 476, é intitulado “Rei de Roma”, vindo a ser derrotado em Ravenna por Teodorico, um chefe ostrogodo, apoiado pelo Imperador do Oriente, Zenão, e pela Igreja Romana, única instituição organizada que se mantinha poderosa nestes tempos tumultuados, em 494. A Ascensão Política da Igreja Católica Após a morte de Teodorico I, não mais o Império Romano, mas os escombros do que fora o Império Romano se situava nos territórios do que fora Roma. No meio do caos, cresce o poder da Igreja Católica Esta situação aprofunda a decadência da Europa e de seus sucessores em todos os lugares da Europa. Pouco a pouco, face à contínua fragmentação que se instaura, cresce o poder político da Igreja Católica, única entidade organizada neste período, capaz de manter traços civilizatórios entre os povos, caracterizando-se o início da Alta Idade Média por alguns fatores: Retorno ao barbarismo 1. Fragmentação política e volta ao barbarismo - de toda a sociedade até 2. então civilizada pelos romanos na Europa. Influência da cultura germânica - já que os bárbaros eram, em sua 3. maioria visigodos. Baixa atividade econômica - uma vez que, sem a organização 4. administrativa, judiciária e de segurança que eram proporcionadas pela máquina administrativa romana, as cidades e regiões deixaram de produzir e entraram em decadência. Fortalecimento do poder da Igreja Romana - como a única instituição 5. que mantinha algum tipo de organização neste período tumultuado. Reinstalação e adaptação ao ideário cristão das bases clássicas 6. originárias da cultura romana pela elite cristã - como um padrão estético e ideológico que aparece nas obras de arte do Renascimento. Reconstituição das bases comerciais no continente europeu com a renascença carolíngia - o que ocorrerá somente no século IX e que marca a passagem do período de Alta Idade Média para Baixa Idade Média. Tópico 1 – Características gerais da Idade Média A Idade Média apresenta certas características gerais que se formaram desde seus primórdios. É um período em que a sociedade ocidental chega ao caos completo a partir da queda de Roma em 476 d.C., conquistada pelos bárbaros, e inicia um processo de reordenação em todos os setores da vida, nos levando à Idade Moderna e ao Renascimento. Períodos da Idade Média Consideramos que todo o período chamado genericamente de Idade Média tem como datas-limite: 1. 476 d.C – Queda do Império Romano, tomada por bárbaros germânicos; 2. 1.453 d.C – Queda da cidade de Constantinopla, tomada pelos turcos otomanos. Divisão da Idade Média – Entre o século V ao século XIII 1. Alta Idade Média – Século V ao século IX. • • Século V – Queda de Roma. Século IX – Início da Renascença Carolíngia. 1. Baixa Idade Média • • Século IX – Renascença Carolíngia Século XIII – Declínio do feudalismo e início da Renascença. 1. Fase de transição para a Idade Moderna - após o século XIII • • Século XIII – Declínio do Feudalismo Século XVI – início da Idade Moderna. Uma afirmação e uma questão: e se não tivesse havido a queda de Roma e a Idade Média? Onde estaríamos em termos de progresso material? Concorda ou discorda? Economia de subsistência e transição para o capitalismo A economia feudal era uma economia de subsistência. Plantava-se, cultivava-se ou produzia-se o que era imediatamente usado. Deste modo não havia produção de excedentes que pudessem ser negociados. Havia carência de gêneros alimentícios e de todos os demais bens artesanais industriais. Os primeiros momentos de organização Aos poucos, muito gradualmente, os habitantes que sobreviveram à fome, aos assaltos de bárbaros foram se organizando de forma defensiva e, ao mesmo tempo, buscando novos caminhos para sua sobrevivência, plantando, reordenando seus rebanhos em estábulos fechados, organizando as linhas defensivas das cidades, inclusive um exército que pudesse defendê-los. A terra como um bem básico: a sobrevivência como meta. No período da Alta Idade Média, pela carência de atividade econômica e falta de organização política, as precárias sociedades procuram apenas permanecer onde tem seu bem básico, a terra, o feudo, defendê-lo e sobreviver, face às condições de insegurança e agressividade do meio externo. Que representou a Idade Média? A Idade Média representa a passagem dos estados feudais fragmentados, para os estados nacionais centralizados. Mesmo no período da Alta Idade Média, as lutas políticas demonstram esta tendência, principalmente no século IX, se analisarmos a trajetória de Carlos Magno. Analise visualmente a Idade Média clicando no banner abaixo. Os elementos e principais atores da sociedade feudal: estamentos A passagem de um membro de um destes estamentos (estado em que cada membro de uma sociedade permanece) para o outro, como forma de ascensão social era quase impossível, principalmente entre camponeses e nobreza, o que traz para esta sociedade uma característica de profunda imobilidade social. Encontramos três grupos divididos rigidamente: 1. A nobreza. 2. O clero. 3. Os camponeses. Do mesmo modo, havia um alto clero – filhos de família nobre ou burguesa – e um baixo clero: membros provenientes de camadas pobres da população. Se pensarmos em diferentes povos e diferentes culturas, a evolução, da queda de Roma para a Idade Média foi igual em todos os lugares? Diferentes feudalismos por toda a Europa. Cada região incorporou seus costumes ao modo de ser do sistema feudal, tendo por bases a terra e os bens de produção – moinhos, lagares para produção de óleo ou azeite, campos que precisavam ser protegidos como um bem pelo senhor feudal do local. Diferenças entre feudalismos É possível identificarmos diferenças características entre os diversos feudalismos na Europa: inglês, francês, italiano, alemão, ibérico, etc. Vários são os fatores culturais que irão contribuir para estas diferenças. O sistema de vassalagem e os senhores da guerra Entre estes fatores temos a adoção de certas instituições provindas de suas origens que serviram de base para a formação das sociedades medievais em seu modo de vida e em suas instituições. Instituições daí derivadas • Influência da civilização romana – as “villas”, o “colonato” e o cristianismo, já implantado no Império Romano quando de sua derrocada. Os romanos possuíam um sistema de organização social muito desenvolvido e hierarquicamente estabelecido. Porém, durante as invasões bárbaras nas terras do império, os grandes senhores romanos abandonavam as cidades, fugindo da crise econômica e das invasões bárbaras. As villas Estes grandes senhores estabeleciam-se em seus latifúndios no campo, onde passavam a desenvolver uma economia agrária voltada para a subsistência. Esses centros rurais eram conhecidos por vilas romanas, originando os feudos medievais. O colonato Homens menos desprovidos de posses, também se encaminhavam para os campos, onde havia alimentos e passavam a trabalhar para estes grandes senhores, iniciando deste modo o colonato, pagando diferentes taxas e parte da produção da terra. Esta foi a origem do sistema servil do período feudal. Influência da cultura germânica – instituições como o “comitatus” e o direito consuetudinário Os bárbaros que invadiram o império em diferentes frentes eram povos nômades, voltados para atividades agropastoris. Viviam em tribos que eram autônomas, relacionando-se entre si mediante alianças, origem do sistema de vassalagem e sob direção de um chefe comum. Este tipo de relacionamento era denominado “comitatus”, ou seja, as relações entre o chefe e seus guerreiros, baseadas em honra, lealdade e liberdade. Os guerreiros juravam lealdade ao chefe e os chefes bárbaros os e equipavam com cavalos e armaduras, sendo esta a origem da cavalaria medieval. Como eram povos nômades, suas leis e costumes, ao contrário dos romanos, ia com eles onde estivessem. Não era a lei que imperava numa determinada terra ou região, era a lei que acompanhava o homem e sua tribo para onde se deslocassem. Influência dos valores cristãos que são adotados pelos germânicos pouco a pouco. O cristianismo teve um papel preponderante na organização da nova sociedade medieval pelas seguintes razões: • Já havia se tornado a religião oficial do império romano. • Estava organizada nas cidades em paróquias e na região rural em mosteiros. • Trazia valores cristãos que se tornaram universais ao serem adotados pelos • povos bárbaros. Em seus quadros havia pessoas com capacidade política e administrativa, • razão porque o imperador Constantino, em 336 d.C. a incorporou como religião oficial do império. Mantinham a cultura e a educação greco-romana em seus mosteiros, o que significava que detinham as bases tecnológicas médicas, de engenharia, de matemática, de processos agrários, em suma, os conhecimentos da época. As modificações do feudalismo na fase da Alta Idade Média A Alta Idade Média vai do século V, logo após a queda de Roma, ao século IX, quando tem início Renascença Carolíngia, o período em que Carlos Magno é coroado imperador. Diversos são os fatores que influenciaram este período: • As guerras contra bárbaros invasores e mesmo entre senhores feudais. • A destruição e as pestes que caracterizaram o primeiro período feudal pela • fome e abandono das populações nas cidades. O feudalismo também irá sofrer influência, em sua evolução, de invasões sofridas na Europa, ao longo do século VIII e que trouxeram para a Europa os muçulmanos, os magiares, os normandos e os eslavos. O papel e o poder do cristianismo Esta situação terá seu apogeu nos séculos IX e X quando se cristalizará a sociedade feudal, rigidamente estabelecida entre nobreza, clero e servos. Cristianismo e sua força imperial Nesta fase, o cristianismo, com sua cultura teocêntrica, adquirirá força imperial suficiente para mediar conflitos entre as forças políticas que se digladiavam pelo poder, sejam feudos ou reinos que aí se formam. Leia mais sobre o poder do Papa na Idade Média. Clique na imagem abaixo: Tópico 3 – Baixa Idade Média A segunda fase da Idade Média, chamada de Baixa Idade Média, se situa entre os séculos XI a XV, (1100 a 1500) quando se inicia um período de modificações que lentamente vai alterar a estrutura do feudalismo e nos fazer adentrar na Idade Moderna. A Importância de Carlos Magno Um dos primeiros momentos de renascença cultural e econômica da Idade Média foi, sem dúvida, o império de Carlos Magno. Ler mais sobre o império carolíngio – Tópico 3 - e responda: Vamos começar pela queda de Roma. Segue-se um período de devastação e trevas. De alguma forma, as antigas cidades começaram a se organizar de forma feudal. Relações de vassalagem forma estabelecidas entre nobres. Prevaleceram os senhores da guerra, os nobres, tendo como principal estamento a Igreja Católica. Aos poucos o comércio cresce. O Império de Carlos Magno foi constituído entre os anos de 771 e 814, a partir de várias guerras de conquista, anexando aos seus domínios grande parte da Europa central, a Itália do norte e do centro, ao território atual da França. Carlos Magno ajudou o Papa a se reinstalar no trono pontifício e, recebeu de Leão III o título de "Augusto, coroado por Deus, grande e pacífico imperador dos romanos". Um império ocidental era um sonho há muito acalentado na Europa, desde a queda de Roma em 476 d.C. O império de Carlos Magno ordenou as relações sociais de tal maneira que houve um renascimento cultural e a população começou a crescer. A partir destas considerações responda: a) O imperador Carlos Magno realizou o sonho da igreja católica de reconstituir o império romano numa versão católica? b) Pesquise nos seguintes sites: http://idademedia.wordpress.com/ http://idademedia.wordpress.com/2013/09/10/sao-silvestre-itirou-a-igreja-da-miseria-das-catacumbas-e-a-fez-merecidamentepomposa-e-soberana/ Envie suas respostas ao seu professor como uma redação de 10 linhas. Retome o tópico 3 e pesquise sobre feudalismo procurando definir: A Idade Média e sua organização social Para entendermos a importância de Carlos Magno, é preciso considerar o modo como as sociedades europeias se ordenaram a partir da queda de Roma, criando algumas instituições econômicas, jurídicas e sociais que iremos analisar. Estudo dirigido: Vamos começar analisando a França feudal. Responda: http://historia8keditfundamental.jimdo.com/un-1-roma-e-o-in %C3%ADcio-da-idade-m%C3%A9dia/painel-2-idade-m%C3%A9diacavalaria-e-vassalagem/ a) A ideia de feudo tem a ver com a ideia de terra que alguém possui? b) Um feudo é somente a terra ou qualquer coisa que gere riqueza e produção pode ser um feudo? c) Dê alguns exemplos. d) Uma feira comercial que se realizava numa estrada ou entroncamento de duas estradas num feudo pagava uma taxa ao senhor feudal? Do mesmo modo uma cidade? e) Descreva as construções que poderiam aparecer num feudo? Pesquise em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-era-vida-idademedia-677615.shtml f) Um feudo deveria ser autossuficiente. Teria de fazer seus próprios móveis, construir sua própria casa, fazer pão, vinho e demais alimentos que pudessem ser guardados. Como você pensa que seria a vida escolar num feudo? Haveria algum tipo de escola? g) Existia o campo do senhor e o campo dos servos. Que nomes tinham? h) Qual a diferença entre um servo e um escravo? i) Quais os direitos dos senhores feudais? j) Um servo da gleba poderia melhorar de vida? Passar a nobre, por exemplo? k) Leia o seguinte texto: Tiago Cordeiro | 01/04/2010 14h46 *Ilustrações Eduardo Schaal “Sábado de um típico camponês na França do século 10 começa às 5 da manhã. Ele, a esposa e os quatro filhos acordam em sua casa de um único cômodo, comem mingau de pão e dão início à labuta. O pai e os mais velhos, de 12 e 14 anos, vão para o campo - a colheita de trigo e cevada está atrasada. A família passou os dois dias anteriores cumprindo o trabalho obrigatório nas terras do senhor feudal. Há muito que fazer. A mãe e os mais novos, de 6 e 8 anos, vão lidar com a horta e as galinhas. Todos fazem uma rápida pausa para comer (sempre que possível, peixe). O batente só termina quando já está escuro. Eles dormem juntos, sobre um amontoado de palha, iluminados por velas de sebo e aquecidos por uma pequena fogueira no centro do cômodo. Descansam felizes. O dia seguinte é o único da semana em que a rotina árdua muda um pouco: seguem o comando dos sinos e vão à missa. Rezam por suas almas e são orientados mais a temer o diabo que a adorar a Deus. Assim viveram, durante dez séculos, 90% dos habitantes do Velho Continente...” http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-era-vida-idademedia-677615.shtml l) O texto acima fala do século 10. De que ano a que ano ia o século 10. m) No texto do site, você leu sobre as condições de abrigo, trabalho, segurança e alimentação das populações na Idade Média. Qual sua impressão deste tipo de vida? n) Era muito diferente da vida durante o Império Romano? Você acha que houve um crescimento ou um declínio da qualidade de vida, e compararmos o Império Romano em relação à Idade Média? o) Por tudo o que você leu e pesquisou até agora, houve muita pressão sobre os meios de produção, sobre o meio ambiente, sobre as relações de trabalho ao final da Idade Média para que se gerasse riqueza e alimentação para todas as pessoas, nobreza, clero e servos? Isto causou algum problema na sociedade medieval? p) Que impostos um servo pagava? Como conseguia pagar? Tópico 4 - Os problemas do final da Idade Média. O século XIV irá apresentar um panorama dramático. As cidades e o campo, em função do aumento populacional e das feiras comerciais, estabeleceram um comércio interno em condições muito especiais: o camponês deixava de produzir para seu consumo a fim de produzir para gerar uma quantidade maior de excedentes. Os três fatores que mudaram a face da Idade Média: A Grande Fome -1315 - 1317 Lista de todas as grandes fomes no mundo. A Guerra dos cem anos - 1337 - 1453. A peste bubônica: 1348 - 25 milhões morrreram. Leia o tópico inicial e responda através de pesquisa: As causas da Grande Fome Este quadro foi tão dramático que, entre 1315 e 1317, caracterizou-se a primeira grande crise do século XIV: "A Grande Fome", e teve efeitos desastrosos. As consequências da exaustão dos campos Produzindo para atender ao mercado, gerando excedentes, os campos se exaurem, não produzem mais o suficiente para a cidade e para o povo das zonas rurais, gerando, cada vez mais fome. Que fazem as pessoas das cidades? As pessoas das cidades, desesperadas pela fome, se dirigem aos campos e, não havendo muito a fazer, destroem o pouco que existe e as próprias plantações. As consequências do aumento de população e a fome Devemos observar que a taxa de crescimento da população, já a partir do século X crescera exponencialmente com: 1. As melhorias na alimentação, nas cidades e no campo, a partir da produção agrícola impulsionada pelas técnicas de produção desenvolvida nos mosteiros. 2. Com a exploração de novas terras, pântanos foram drenados, e novas áreas provenientes de florestas, derrubadas para cultivo, aumentaram a possibilidade de produção o que, consequentemente, deveria atender à necessidade de alimentos nas cidades. 3. O impulso dado pelas atividades comerciais de distribuição, deste modo, forçou demais os processos produtivos de alimentos, produzindo mais exaustão nos campos e, com isto, fome nas cidades. Exercício de pesquisa. 1ª Questão: Em todos estes séculos tivemos fome. Na sua visão, qual a razão básica, a mais simples que você possa pensar? Discuta com seus colegas e escreva sobre o tema, enviando ao seu professor ou debatendo em sala de aula. Índice: • Século V a.C. • Século II a.C. • Século V • Século VII • Século VIII • Século IX • Século X • Século XI • Século XIII • Século XIV • Século XV • Século XVI • Século XVII • Século XVIII • Século XIX • Século XX • Século XXI http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_fomes_em_massa 2ª Questão: Estas são estatísticas de 2010. Com base nestes dados, como você explica tal contingente de pessoas passando fome em diferentes continentes? A Organização das nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação – FAO divulgou dados de 2010 sobre o estado nutricional da população mundial. Cerca de 1 bilhão de pessoas apresentavam quadro de subnutrição. É um número menor do que aquele apresentado em 2009, o que pode significar um avanço, mas, ainda nos deparamos com um número inaceitavelmente elevado de pessoas subnutridas. Nº de pessoas subnutridas por Região: * África subsaariana: 238 milhões * Ásia e Pacífico: 578 milhões * América Latina e Caribe: 53 milhões * Oriente Médio e África do Norte: 37 milhões * Países desenvolvidos: 19 milhões Total = 925 milhões Fonte: FAO http://assertbrasil.com.br/fome-no-mundo/ As causas da Guerra Tratou-se de uma guerra onde conceitos de feudalismo e da modernidade tecnológica para a época tornam-se aparentes e se confrontaram. Causas da Guerra dos Cem Anos A França pretendeu anexar Flandres ao seu território. Flandres era uma grande região comercial e importante centro de manufaturas têxteis, e por isso motivo de disputa pelos reis da França e Inglaterra durante a guerra dos cem anos Como a Inglaterra era a maior fornecedora de matérias-primas, houve um inevitável choque de interesses. Questões dinásticas, a partir da morte do rei francês, em 1328, colocaram o rei da Inglaterra, Eduardo III na linha de sucessão do trono francês. A nobreza francesa escolheu um descendente da linha Valois e, com o agravamento do choque de interesses, a guerra se iniciou em 1337. Pesquise mais: http://historia8keditfundamental.jimdo.com/un-1-roma-e-o-in%C3%ADcio-daidade-m%C3%A9dia/painel-2-idade-m%C3%A9dia-cavalaria-e-vassalagem/ http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia015.asp Responda através de pesquisas no site mencionado abaixo sobre a expulsão dos árabes de Portugal e de Espanha: “RESPONDA: 1) Qual foi a principal causa da Guerra dos Cem Anos? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2) A Península Ibérica, até por volta do século VIII era ocupada pelos povos bárbaros. Também os nobres não eram tão unidos politicamente, mesmo assim eles se uniram na guerra da Reconquista. Quais foram os principais motivos?” ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Leia mais: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia015.asp A peste negra Peste bubônica Neste contexto desastroso, entre os anos de 1347 a 1350, a Europa foi assolada pela "Peste Bubônica", trazida do Oriente por ratos contaminados, em navios, o terceiro fator de aprofundamento da crise do feudalismo. A partir das péssimas condições de higiene das cidades, pelo grande volume de cadáveres insepultos, a doença transmitida por ratos que proliferavam no campo e nas cidades, a peste bubônica reduziu ao silêncio inúmeras cidades, matando 1/3 da população europeia, algo em torno de 75 milhões de pessoas. Pesquise mais e responda: a) A peste negra atingiu a América e o Brasil ou foi só um fenômeno na Europa medieval? b) Qual a outra doença que atingiu o Brasil e matou, em todo o mundo, 20 milhões de pessoas. c) Como era a medicina na Idade Média. Descreva para seus colegas. Leia mais: http://www.efecade.com.br/peste-negra/ http://www.issoebizarro.com/blog/materias-issoebizarro/bizarra-medicinana-idade-media/ Painel 3: Feiras Medievais e reconstrução das cidades européias Tópico 1 - Crescimento do comércio e rotas internacionais na Idade Média. A queda do Império Romano modificou completamente a reordenação do comércio na Europa. Novos caminhos e novas cidades surgiram através de ligas de comerciantes que se organizavam para distribuir as mercadorias em feiras e em rotas de comércio bem definidas na Europa. Centros de confluência mundiais - Desde o tempo da hegemonia romana no mundo, o comércio com a Europa possuía vários centros de confluência e de distribuição comercial importantes: • Constantinopla - para onde se dirigiam caravanas vindas do Oriente • próximo, da África e de lugares tão distantes como China e Índia, todos confluindo para aquele centro comercial da Antiguidade. Mar Mediterrâneo – Cidades litorâneas - eram centros de distribuição, • atendendo ao comércio marítimo litorâneo tanto do lado norte africano como do lado sul europeu. Eram cidades que viviam de comércio e se transformaram em grandes empórios comerciais na África ou na Europa, incluindo-se, entre elas Lisboa, Amsterdã e Londres. Roma – Ao longo de todo seu império Roma era o grande centro comercial da Antiguidade. • Após a queda de Roma: no século VI, outras cidades italianas – Veneza, Gênova, e outras – iniciaram contatos com comerciantes do norte da África e garantiram monopólio de comércio de especiarias e demais produtos do Oriente, se tornando elas próprias os principais centros comerciais da Europa ainda na Idade Média. Roma caiu. Que aconteceu com as rotas de comércio que funcionavam através de Roma? Cessa imediatamente o comércio do Ocidente através de Roma com o Oriente após a Queda de Roma. • Estradas inseguras - As cidades europeias perderam suas características • de centros de negócios e de segurança, uma vez que os poderes locais se fragmentaram e com eles os controles das vias de acesso às cidades. Invasões bárbaras - Bárbaros invadiram e conquistaram as cidades, já • que não mais existia um exército romano para defendê-las. Afluxo de piratas - Piratas infestavam o mar Mediterrâneo, o que muito • afetava os mercadores. Invasões no litoral - Invasões, vandalismo, rapina eram comuns nas • cidades litorâneas, especialmente europeias, empreendidas por piratas de diversas procedências. Século IX - Aos poucos, muito lentamente, em três séculos que se seguiram à queda de Roma, as cidades foram estabelecendo linhas de defesa, se organizando, retomando padrões de produção, mesmo que de forma ainda muito incipiente e, pouco a pouco, o comércio se irá organizar em pequenas feiras nos burgos e no cruzamento de estradas. Império de Carlos Magno - A partir do império de Carlos Magno, em 800, as rotas internacionais foram pouco a pouco restabelecidas com o objetivo de atender o mercado europeu de especiarias vindas do Oriente. • Renascimento Carolíngio - Pouco a pouco, entretanto, na medida em que • as relações políticas e societárias vão se restabelecendo, pequenos renascimentos comerciais e culturais ocorrem, sendo o mais importante o Renascimento Carolíngio no século IX. Isto indica que as relações societárias se solidificavam e, pouco a pouco, as cidades e o comércio revivem. A Idade Média entra numa nova fase onde o comércio predomina e se impõe a partir do século IX. Relações de feudalismo reorganizam as sociedades - As sociedades • retomam aos seus padrões de organização. Comerciantes e corporações de ofício, poderes eclesiásticos e os senhores feudais estabelecem padrões de alianças possíveis. Condições de uma sociedade feudal - As condições da sociedade europeia da Idade Média são, no entanto, muito carentes. Não há indústrias, não há integração de serviços administrativos, de justiça, de impostos devido aos privilégios dos senhores feudais. Burgueses, comerciantes e mesmo a realeza buscam se reafirmar através dos recursos que podem gerar nas cidades e de diversos tipos de aliança. Vamos analisar, ao longo do tempo, as modificações na sociedade européia desde o ano 800 d.C. • Aumento da pressão demográfica imprime novas condições de produção • e novas condições de vida, refletindo-se nas cidades e nas atividades comerciais que cresceram bastante. Ampliação das rotas comerciais - Pouco a pouco tivemos o • restabelecimento e a ampliação das chamadas rotas comerciais oriente/ocidente e, especialmente, o aumento do comércio das cidades litorâneas do Mediterrâneo. Papel das cidades italianas - que irão reiniciar os contatos com os mercadores do oriente, através de Constantinopla, assegurando a distribuição de mercadorias diversas e de luxo e especiarias na Europa de uma forma monopolística. Renascimento do comércio Séculos XII e XIII - este processo de renascimento do comércio fez com que alguns instrumentos e práticas fossem desenvolvidos: a) Reaparecimento de moeda, bancos e instrumentos de crédito. 1. 2. 3. b) Intensificação das feiras e mercados. Desenvolvimento de novas rotas comerciais. Urbanização de portos e cidades. Sistemas de defesa de cidades, de grandes associações comerciais 4. ou hansas. Reordenações jurídicas e convergência de interesses entre a realeza e a burguesia. Ampliação do comércio - O comércio, portanto, passando a gerar riquezas de uma forma rápida e crescente, atraiu e ampliou a atenção dos burgueses e das corporações de ofício que expandem seus negócios em associações de comércio. Trabalho de pesquisa: leia os textos, pesquise nos sites indicados e responda ao questionário abaixo: Texto imagético 1 - Observe, através das imagens, como o mundo europeu evoluiu entre o século V d.C. (queda de Roma) e o mundo de Carlos Magno – século IX. Texto 2: Descrição da economia, Idade Média, reinado de Carlos Magno, século IX. “A economia baseava-se na agricultura e na pecuária. O comércio era pouco praticado. Por isso quase não havia circulação de moeda. Produzia-se nos feudos quase tudo o que neles se consumia- eram auto-suficientes, e não só no que se refere á alimentação, como também ao fabrico de ferramentas, armas, calçados, roupas, móveis. Não existia conforto o estilo de vida era simples e rude até mesmo para os senhores fui dais. Os condes e marqueses tinham fartura, mas poucos desfrutavam do conforto e do luxo. Apenas produtos como azeite e sal vinham de fora, trazidos por ambulantes que percorriam os feudos, comercializando-os. E das poucas cidades comerciais que continuaram existindo naquela época. As principais eram Veneza e Gênova, localizadas na península Itálica. Era por meio delas que os condes conseguiam metais, para fabricar armas, além de ouro e prata para fazer as poucas moedas que utilizavam. No entanto, as possibilidades de essas cidades conseguirem produtos eram limitadas, porque os acessos ao Oriente eram controlados por povos inimigos dos Europeus.” http://cleusa-oliveira.blogspot.com.br/2011/06/castelo-feudal-7o-ano-efii.html Texto 3: Fatores que contribuíram para a reconstrução da economia na Europa entre os séculos X e XV. “•Conquista de Constantinopla: os turcos conquistaram bloqueando o comércio de especiarias pelo Mar Mediterrâneo; Constantinopla em 1453, •Necessidade de Novos Mercados: os europeus precisavam seu artesanato e manufaturas e precisavam de gêneros alimentícios e de matérias primas; •Falta de Metais Preciosos: era preciso descobrir novas jazidas de ouro e prata para cunhagem de moedas porque na Europa não havia mais esses metais preciosos; •Interesse dos Estados Nacionais: a aliança da burguesia com os reis ajudou em muito nesse processo; •Propagação da Fé Cristã: a difusão da fé religiosa justificava conquistar e converter povos da América, África e da Ásia; •Ambição Material: todos que se envolviam nas longas viagens marítimas queriam demais enriquecer com as descobertas que estavam por vir; “•Progresso Tecnológico: a expansão marítima só foi possível graças ao desenvolvimento e o uso da bússola, do astrolábio, do quadrante, da caravela e do aperfeiçoamento dos mapas geográficos aliada à noção de que a Terra era redonda.” http://fazendohistorianova.blogspot.com.br/2012/10/15-expansao-europeia-dos-seculosxv-e.html Renascimento do comércio Tópico 2 - Modificações no sistema feudal Aos poucos a sociedade da Idade Média se modificava. As novas oportunidades de riquezas comerciais e a demanda aos produtos agrícolas fizeram com que muitos servos se tornassem homens livres. O sistema feudal, baseado na terra, imobilista, agrícola, começa a dar sinais de decadência e ser pouco a pouco substituído por um sistema comercial e industrial mais dinâmico. Modificações constatadas na sociedade feudal a partir do século IX: • Modo de vida nas cidades - Os homens livres, antigos camponeses servos e vilões, começam a ter um modo próprio de vida nas cidades que os atrai como uma fonte de oportunidades em produção artesanal, através de salários ou em comércio. • Deslocamento do poder - O poder se desloca do castelo do senhor feudal passando a ser dividido com os burgueses que detinham recursos financeiros nas cidades, onde novas atividades surgem, e para onde migram os servos, abandonando o campo que se encontra em crise. • Desbravamento de novas terras para o cultivo - Há ainda a abertura de novas terras para cultivo, por desmatamento de florestas ou drenagem de pântanos, já que há necessidade de mais produção de excedentes agrícolas é imperiosa nas cidades cuja população cresce. • Arrendamento de terras - Posteriormente, a carência de recursos dos nobres feudais fez com que arrendassem terras aos antigos camponeses, agora arrendatários, produtores e, em seguida, comerciantes de excedentes agrícolas nas feiras das cidades. • A Peste Negra no século XIV - fez com que menos camponeses estivessem disponíveis para o cultivo, havendo uma tendência a libertar os camponeses para que se conseguissem pessoas no trabalho, agora pago. Tópico 3 - As rotas comerciais na Europa Pouco a pouco a Europa se reconstruiu e se organizaram sociedades comerciais para venda de excedentes de produtos e importação de mercadorias que não existiam na Europa, as especiarias. Inicia-se um ciclo de exploração das feiras e de rotas comerciais, em torno das quais nascem novas cidades. Algumas rotas comerciais se destacam, entre outras: • Rota do mar Báltico ao mar do Norte – envolvendo a Escandinávia, a Alemanha, Flandres e Inglaterra. Formadas por associações comerciais denominadas hansas, entre elas a Liga Hanseática ou Teutônica, era uma das mais fortes ligas comerciais de todos os tempos, envolvendo governos de cidades (160) e de países, bem como sua nascente burguesia comercial. • Rota de Champagne – esta rota comercial englobava as planícies do leste da França de Flandres ao norte até a Itália ao sul. A Rota de Champagne era composta de diversas feiras medievais, muitas das quais se transformaram em cidades, sendo esta rota destruída, no fim da Idade Média pela Guerra dos 100 anos entre Inglaterra e França (1337/1443) e o comércio passando para a rota Mediterrâneo/Atlântico/ mar do Norte. • Rota do mar Mediterrâneo/Atlântico/mar do Norte – esta rota comercial incluía o mar Mediterrâneo e todas as cidades litorâneas, bem como o Oceano Atlântico e o mar do Norte. Sua importância pode ser medida em função da prosperidade das cidades litorâneas do Mediterrâneo e do Atlântico Norte (entre elas Lisboa e Porto), o surgimento de uma burguesia comercial forte nestas cidades e o impulso às Grandes Navegações no século XIV. Observe como se desenvolveu a rota do mar Mediterrâneo/Atlântico/mar do Norte, com especial relevo para Lisboa. Clique na imagem abaixo. Tópico 4 - Renascimento urbano na Europa Em consequência deste processo de reativação do comércio, podemos observar inúmeras mudanças que se caracterizaram como reativação das atividades econômicas, novas alianças no plano político e novas técnicas capazes de mudar o panorama dos locais onde eram empregados, em toda Europa. Vamos entrar numa oficina típica da Idade Média, onde bens eram produzidos. Hoje, quando você entrar numa loja de conserto de sapatos (já bem mais rara, hoje em dia), pense que está entrando numa oficina medieval. Vamos analisar como o trabalho, a produção e o comércio evoluíram na Idade Média. Em consequência deste processo de reativação do comércio, podemos observar inúmeras mudanças que se caracterizaram como reativação das atividades econômicas, novas alianças no plano político e novas técnicas capazes de mudar o panorama dos locais onde eram empregados, em toda Europa. Desenvolvimento do comércio e das cidades a partir do século IX. Podemos perceber o Renascimento urbano nos seguintes eventos: • Surgimento da burguesia - Aparecimento, fortalecimento e consolidação da burguesia comercial nas principais cidades europeias. • Homens livres, feiras e mercados - Cada vez mais homens livres se dedicavam ao comércio ou as manufaturas nascentes em todas as cidades da Europa, à medida que as cidades cresciam em importância no plano comercial com as feiras e mercados. • Crescimento da produção artesanal e de manufaturados - Cresciam também as corporações de ofício e os grêmios profissionais, procurando regular a produção segundo certos princípios de qualidade e garantir corporativamente a reserva de mercado para cada produto manufaturado. • Independência das cidades face aos senhores feudais - Também a ampliação e o crescimento das cidades vieram mostrar o quanto as cidades se independiam dos senhores feudais tradicionalmente pertencentes ao campo. Por que o sistema feudal começou a declinar ao final do século XIV? Várias causas. Observe: encarecimento dos produtos, barreiras comerciais, taxações excessivas. Os problemas causados pelo feudalismo à estrutura comercial. • Entraves causados pelo feudalismo ao progresso comercial - Com o crescimento da produção e do comércio nas cidades, podemos ver que os problemas criados pelos senhores feudais, desde a limitação da autoridade real até os mais sérios entraves criados ao desenvolvimento do comércio das cidades, tais como: • Pesos e medidas - Estipulação de pesos e medidas diversos entre regiões, o que dificultava as tarifas comerciais. • Uso de camponeses como soldados - Arregimentação de tropas entre camponeses, impedindo um processo de produção de subsistência extremamente frágil. • Impostos diversos, moedas e padrões variados entre diversas regiões complicavam o comércio, o que impedia a padronização e o cálculo de custos das mercadorias. • Legislação e aplicação de justiça ineficaz - Legislação e aplicação de justiça totalmente ineficaz na forma como era exercida pelos nobres feudais e mesmo pela igreja, criando sérios problemas sociais que são objeto de questionamento por burgueses, pela realeza e pelas corporações de ofício, causando sérios prejuízos ao comércio em crescimento. O fortalecimento da realeza • Aliança entre realeza e burguesia - Todos estes fatores levaram o regime feudal a uma situação de total instabilidade, criando condições para novas alianças no plano político entre a realeza e a burguesia. • Centralização promovida pela burguesia - A realeza, centralizadora, • • • • • • • • estipulou as condições para a centralização de: Tributos; Moeda; Exército; Legislação; Segurança e ordem pública; Aplicação de justiça; Administração comum dos negócios públicos. Financiamento do reino pela burguesia - Coube à burguesia, neste processo de aliança com a realeza, o financiamento deste processo de fortalecimento do poder real contra monopólios que passou a explorar, concedidos pelo Rei. • Desenvolvimento de novos processos tecnológicos - Paralelamente a este processo, novos processos tecnológicos, especificamente guerreiros, destruíram o poder feudal construído à base de relações de suserania e vassalagem: o aparecimento de exércitos profissionais, as armas de fogo, a infantaria e a artilharia que acabaram por superar a cavalaria feudal. Caminho aberto às Grandes Navegações • Situação do monopólio italiano e demais países - A situação de monopólio das cidades italianas era, por certo, um entrave ao crescimento de países europeus como, por exemplo, Espanha, França e Inglaterra e Portugal. • Estratégia de desenvolvimento dos portugueses - Portugal que, em 1415, iniciara a conquista de Ceuta, na África e tentava chegar às Índias costeando a África, sabendo da importância estratégica de um caminho para as Índias através de navegação ao invés de por caravanas terrestres, que era o modo como chegavam as mercadorias à Constantinopla, sendo daí negociadas com os italianos, sempre em bases monopolistas e distribuídos na Europa com preços altíssimos. Em 1498, Uma expedição portuguesa comandada por Vasco da Gama chegou às Índias. A expedição deu um lucro de 6.000% e o processo de globalização do planeta teve início, passando a ser Portugal a nação mais rica do mundo naquele século. Painel 4: Comércio com o Oriente e sua importância para a Europa A consequência imediata da queda de Roma foi administrativa e ocorreu como um colapso em todo o Império. Imagine o caos. Todas as instituições que faziam com que o Império Romano funcionasse – leis, exército, segurança, edifícios, aquedutos, estradas, serviços médicos, de correios e tantos outros - entraram em colapso. Tópico 1 - As conseqüências da queda de Roma – 476 a. C. Vida e segurança imediatamente afetadas A segurança mais básica dos cidadãos, seu padrão mínimo de sobrevivência, foi afetada. Sair para as imediações da cidade para coleta de alimentos ou qualquer outra atividade se tornou uma ação de alto risco, podendo haver roubos, estupros, mortes e até casos de canibalismo são relatados neste período, quando havia fome, peste ou miséria muito acentuadas. Entre o século V d.C. (queda de Roma) e o século IX (Império de Carlos Magno), o sonho de um império romano reconstituído esteve sempre presente, e a questão fundamental de todos os atores sociais da época foi: Como organizar o caos e a busca ao poder imperial de Roma Pouco a pouco, políticas empreendidas pela Igreja Católica foram tomando forma: • Crescimento do poder pontifical: • Com a submissão dos bispos italianos ao poder do Papa; • Com a conversão de grupos bárbaros ao cristianismo; • Com as alianças entre o papado e os diversos pequenos reinos, ducados, condados e demais pequenos estados então constituídos; • Finalizando com a aliança entre o papa e Carlos Magno, o poder imperial de Roma passa às mãos da Igreja Católica. Tópico 2 - Renascimento do comércio ao final da Idade Média O Renascimento do comércio na Europa, a partir do século XII, cada vez mais se intensificou. Isto trouxe inúmeras modificações sociais, políticas e econômicas na Europa. Novas oportunidades comerciais eram dia a dia identificadas, as cruzadas desvendaram um mundo novo a ser conquistado: o Oriente. As novas práticas na economia Nos séculos XII e XIII, (1101/1200 e 1201/1300) este processo de renascimento do comércio fez com que alguns instrumentos e práticas fossem desenvolvidos: a) reaparecimento de moeda, bancos e instrumentos de crédito; b) intensificação das feiras e mercados; c) desenvolvimento de novas rotas comerciais. As novas oportunidades de riquezas comerciais e a demanda aos produtos agrícolas fizeram com que muitos servos se tornassem homens livres, na medida em que faltavam servos para a mão de obra no campo. Vamos analisar os fatores modificam relações de trabalho, de produção e de ordenamento jurídico e apressaram o fim do sistema feudal. A decadência do Poder Feudal O sistema feudal, baseado na terra, começava a dar sinais de decadência: • Modo próprio de vida - Os homens livres, antigos camponeses servos e vilões, começam a ter um modo próprio de vida nas cidades, baseado no comércio livre em feiras. • Deslocamento do poder político - O poder político e econômico se desloca do castelo do senhor feudal e passa a residir também nas cidades, onde novas atividades surgem, e para onde migram os servos que fugiam dos campos. • Ampliação da fronteira agrícola - Para atender à demanda de alimentos há ainda a abertura de novas terras para cultivo, por desmatamento de florestas ou drenagem de pântanos e novos trabalhadores são necessários, tendo-se que pagar por eles em forma de salários. • Arrendamento de terras - Posteriormente, a carência de recursos dos nobres feudais fez com que arrendassem terras a comerciantes que empregavam antigos camponeses ou servos da gleba fugidos como mão de obra assalariada. • A Peste Negra - no século XIV, fez com que menos camponeses estivessem disponíveis para o cultivo, havendo uma tendência a libertar os camponeses para que se conseguissem pessoas no trabalho. Um novo mundo se descortina fruto da expansão portuguesa e espanhola: Tópico 3 - O início da economia de mercado e o renascimento urbano. O final do feudalismo ficou caracterizado por diversas causas – políticas, sociais e de uso de técnicas de produção agrícola e guerreira – já descritas. Todas estas causas produziram como efeito maior alimentação disponível e aumento inevitável de população. O Renascimento Urbano Com o renascimento comercial e o expansionismo das cruzadas dos séculos XII a XIII, deu-se o renascimento urbano. A prosperidade e o crescimento das cidades em função de seu comércio, das manufaturas nascentes e do incremento das rotas de comércio caracterizaram este período. Pouco a pouco, as cidades compraram o seu direito de autonomia à nobreza feudal, libertando-se da tutela dos senhores feudais. Reconstituição da Europa e busca às novas rotas comerciais Os séculos XIV e XV ainda viriam o esgotamento das minas de ouro e prata da Europa e, com falta de metais preciosos, uma drástica redução na cunhagem de moedas, as transações comerciais foram muito afetadas. Outros fatores conjugados: > A falta de metais preciosos; > o movimento de reconstituição comercial da Europa, em busca de novos mercados e novos recursos para sua produção; > a fragilidade evidente do feudalismo, nos meados do século XV, fez com que os europeus buscassem novas rotas comerciais para suprir os mercados dos produtos monopolizados, em termos de comércio: >> por Constantinopla – grande centro comercial entre o Oriente e o Mediterrâneo – e seus parceiros, as cidades italianas, que detinham o monopólio da distribuição dos produtos orientais na Europa. >> contornando a África - como fizeram os portugueses. Tópico 4 - A queda de Constantinopla: o marco do fim da Idade Média Como podemos entender, também a Igreja católica atuava como um senhor feudal, sendo preponderante seu papel no campo em mosteiros e político seu domínio nas cidades, nos bispados e paróquias. O papel da Igreja Católica e o Feudalismo. > A preservação do conhecimento do Império Romano Durante todo o período da Alta Idade Média, foi nos mosteiros, perdidos entre campos e montanhas da Europa, que um pouco do conhecimento da civilização de Roma foi guardado ou mesmo gestado. > As novas técnicas de agricultura Os monges perceberam novas técnicas em agricultura, criaram novos arados, passaram a utilizá-los em animais e começaram a ter um novo manejo da terra diferenciado e mais eficaz. > Excedentes de produção e melhoria da qualidade de vida Estas descobertas geraram um excedente em produção que facilitou melhores condições alimentação e, por conseqüência, de saúde, maior aumento populacional. > Pressão demográfica e patrocínio das Cruzadas Esta pressão demográfica, aliada a outros fatores políticos e religiosos, se constituiu no movimento das cruzadas européias. > Objetivo das Cruzadas Seu objetivo mais básico foi expansionista, isto é, voltou-se para a conquista de novos feudos no Oriente, na Terra Santa, na busca de metais preciosos e de conquistas a novas terras e riquezas. Constantinopla: o marco do final da Idade Média Que representava Constantinopla para a Europa da Idade Média? Neste sentido, a queda de Constantinopla, tomada pelos turcos otomanos em 1453, uma cidade-chave aonde chegavam as caravanas provenientes do Oriente e de onde saíam os navios abarrotados de mercadorias para o comércio das cidades litorâneas da Europa, é o marco do final da Idade Média. O início da Idade Moderna A expansão marítima, a unificação política em torno das idéias de nações e a busca a novas rotas marítimas dos portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses, viria a marcar a Modernidade e a formação das monarquias nacionais, encerrando a fragmentação territorial feudal e sua descentralização de poder político. Resumo dos dois momentos: Idade Média e Idade Moderna: Você irá compartilhar em sua aula de diversos filmes que darão a medida exata da realidade, relativa aos tópicos estudados. Clique na imagem e veja os filmes online. Filmes compartilhados Diversos filmes e vídeos foram selecionados para ilustrar suas aulas. Após acompanhar no site a aula produzida e utilizar o e-book com os resumos, veja os seguintes filmes e os comente com seus colegas. Rômulo e Remo – O mito da fundação de Roma. Asterix e Cleópatra – Desenho animado. Os últimos dias de Pompeia. Átila, o Huno. Irmão Sol, irmã Lua – A vida de São Francisco de Assis. O Incrível Exército Brancaleone – sátira da Idade Média ano 1000 d.C. Os Cavaleiros da Távola Redonda – Um filme clássico sobre a cavalaria medieval na Inglaterra. As brumas de Avalon – Um filme de ficção sobre a religião pagã na Inglaterra no tempo do rei Artur. Vídeos selecionados A Queda do Império Romano – Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Ascensão e queda do Império Romano – a partir da invasão dos godos. Assista muito mais: Parte 1 - Discussão apresentada pelo filósofo Mario César Cortella. Quem foi e como viveu Jesus de Nazaré. ...E muito mais para você! Atividades de Pesquisa Um jogo de estratégia para você seus amigos. Construa um império! Vamos usar bem e inteligentemente os recursos da Internet! A Internet é uma fonte infindável para pesquisas. Tem coisas maravilhosas, excelentes pesquisas... Mas também tem coisas muito ruins e opiniões falhas. Você deve pesquisar na Internet, mas SEMPRE exerça sua crítica, converse com seus pais e professores. Consulte livros recomendados por seus professores, sobre os assuntos estudados. Use a Internet, uma ferramenta formidável, com cuidado e inteligência. Lembre-se desta frase de Einstein: "O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário". Algumas opções para sua pesquisa: > Textos para Leitura > Sites Selecionados > Pesquisas, debate e redação > Curiosidades Vídeos, QUIZ, fórum e chat Fórum - História – 7ª Série – Unidade 1 COMPARE OS DOIS TEXTOS ABAIXO, TIRE SUAS CONCLUSÕES: Conheça um pouco a História dos templários e como seu símbolo aparece nas caravelas de Pedro Álvares Cabral. Discuta com seus colegas, sob orientação de seu professor, os textos abaixo: Os Templários em Portugal “Extinta há quase 700 anos, a Ordem do Templo é quase um mito urbano, tornado ainda mais atraente por Dan Brown em 0 Código Da Vinci...” COMPARE AO TEXTO ABAIXO: RELATO DA CERIMÔNIA DE EMBARQUE DE PEDRO ÁLVARES CABRAL EM PORTUGAL “A saída solene de Lisboa Tudo estava pronto para que a maior frota que Portugal já lançara ao mar partisse. Conta-nos o historiador João de Barros: “foi El-Rei, que então estava em Lisboa, um domingo oito dias de Março do ano de 1500, com toda a corte ouvir missa a Nossa Senhora de Belém que é em Restelo”. [v] Paralelamente: que tal ler um dos mais interessantes “best sellers’” da atualidade? “O Código Da Vinci”. Clique na imagem abaixo. Copyleft - Texto-resumo com exercícios correspondente à Unidade 1, painéis 1, 2, 3 e 4 . Permitida cópia, reprodução, estocagem em qualquer tipo de mídia e transmissão de todas as formas possíveis e por diferentes meios: eletrônico, mecânico, gravação eletrônica, escaneamento sem prévia permissão do editor, tendo em vista o cliente ter acesso eletrônico à nossa página por senha individualizada, o que inclui nossa consultoria e o fornecimento de nossos serviços de difusão educacional na internet. Todo o material contido neste livro é fornecido apenas para fins educacionais e informativos. Nenhuma responsabilidade pode nos ser atribuída por quaisquer resultados ou efeitos que resultem da utilização deste material indevidamente. Fontes de textos e imagens, sites, vídeos e outros elementos são sempre mencionados ou linkados. 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Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: (...) XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo constituam uma criação intelectual. (...) Capítulo IV Das Limitações aos Direitos Autorais Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou; (“...) VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral.” Agradecimentos Fontes e nomes de autores através dos quais pesquisamos e fizemos citações de textos ou de imagens encontram-se em web-bibliografia ao final de cada unidade deste livro eletrônico e destinam-se ao aprofundamento dos alunos e professores interessados no assunto. Estamos à disposição para acrescentar outras fontes, textos ou exercícios específicos ou regionalizados a critério dos professores ou diretores de escolas que venham a implantar nossa tecnologia e dispor de nossa consultoria. O Editor. Um novo mundo já está acontecendo na educação. Clique na imagem e leia a reportagem abaixo. Mensagem pessoal do editor: k e-books virtual shop. Utilizamos todos os elementos disponíveis na Internet para que você tenha excelentes aulas, seja como aluno ou como professor. Tudo agora depende de você. 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