situada reino

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Catequese 17
A Paixão e Morte de Jesus:
Os homens recusam o Reino que Jesus
propõe
I
Jesus é condenado à morte
II
Jesus toma a cruz aos ombros
III
Jesus cai pela primeira vez
IV
Jesus encontra a sua mãe
V
Jesus é ajudado por Simão de Cirene
VI
Verónica enxuga o rosto de Jesus
VII
Jesus cai pela segunda vez
VIII
Jesus encontra as mulheres
de Jerusalém
IX
Jesus cai pela terceira vez
X
Jesus é despojado das suas vestes
XI
Jesus é pregado na cruz
XII
Jesus morre na cruz
XIII
Jesus é descido da cruz
XIV
Jesus é sepultado
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Via Sacra
1. Cântico: "Prova de amor... "
Prova de amor maior não há,
Do que dar a vida pelo irmão.
Eis que Eu vos dou o Meu novo mandamento:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!"
Vós sereis os meus amigos, se seguirdes Meu preceito:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!"
Como o Pai sempre Me ama, assim também, Eu vos amei:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!"
Permanecei em Meu amor e segui Meu mandamento:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!"
E chegando a Minha páscoa, vos amei até o fim:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!"
Nisto todos saberão, que vós sais os Meus discípulos:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!"
2. Saudação do Presidente
Presidente:
A graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que anunciou o Reino de Deus e quis morrer por nosso amor, estejam connosco.
Todos:
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
3. Acolhimento
Presidente:
Nos nossos anteriores encontros de catequese, vimos como Jesus andou com os seus discípulos pelos
caminhos e aldeias da Palestina a anunciar a chegada do Reino de Deus... Aos que o escutavam, Jesus falava
de um mundo novo que Deus queria oferecer aos seus filhos e filhas, um mundo de paz, de amor, de justiça,
onde todos os homens e mulheres seriam respeitados, onde todos teriam o necessário para viver, onde todos
teriam a possibilidade de ser felizes... Os pobres, os pequenos, os doentes, os pecadores, aqueles que não
tinham nada e de quem ninguém gostava, ficaram felizes com essa "boa notícia"; mas os ricos, os poderosos,
aqueles que se consideravam os donos do mundo e da sociedade, ficaram preocupados, porque não queriam
que o mundo mudasse... Eles não estavam interessados em mudanças que lhes fizessem perder os seus
privilégios e achavam que esse "Reino de Deus" de que Jesus falava não devia acontecer.
Sabeis o que é que esses ricos e poderosos resolveram fazer? Resolveram matar Jesus...
Essa era, achavam eles, a forma de impedir que Jesus continuasse a falar do Reino de Deus e de fazer
desaparecer esse sonho que Jesus tinha semeado nos corações de tantas pessoas.
Hoje vamos ver o que é que as autoridades judaicas fizeram com Jesus, depois de terem tomado a decisão de
o matar. Vamos percorrer, com Jesus, alguns passos do caminho que Ele seguiu nas últimas horas da sua vida
neste mundo... Vamos dizer-lhe que entendemos a sua dor e que estamos ao seu lado neste caminho que Ele
vai percorrer.
4.
Via Sacra
Cântico: "Eis o caminho".
Primeira Estação: Jesus é preso
Presidente:
Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus,
Todos:
Que ao morrer na Cruz salvaste o mundo!
Narrador:
O evangelista Marcos conta que, numa noite de Quinta-feira do mês a que os judeus chamavam "Nisan",
depois de ter estado à mesa com os seus discípulos, Jesus estava a rezar num lugar conhecido como
Getsémani, que ficava fora das muralhas da cidade de Jerusalém... Foi aí que os soldados, enviados pelos
dirigentes judeus, o vieram prender. Vejamos como é que o evangelista Marcos nos descreve esse momento
(Mc 14, 43-52)...
Criança:
"Chegou Judas, um dos Doze, e, com ele,
muito povo com espadas e varapaus,
da parte dos sumos sacerdotes, dos doutores da Lei e dos anciãos.
Ora, o que o ia entregar tinha-lhes dado este sinal:
«Aquele que eu beijar é esse mesmo; prendei-o e levai-o bem guardado».
Mal chegou, aproximou-se de Jesus, dizendo: «Mestre!»; e beijou-o.
Os outros deitaram-lhe as mãos e prenderam-no.
Então, um dos que estavam presentes, puxando da espada,
feriu o criado do Sumo Sacerdote e cortou-lhe uma orelha.
E tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Como se eu fosse um salteador,
viestes com espadas e varapaus para me prender!
Estava todos os dias junto de vós, no templo, a ensinar, e não me prendestes;
mas é para se cumprirem as Escrituras».
Então, os discípulos, deixando-o, fugiram todos".
Presidente:
Eis chegado o momento do confronto entre Jesus e aqueles que se opõem ao anúncio do Reino de Deus... Os
inimigos de Jesus aparecem à sua frente para o calar de vez... Prendem-no e preparam-se para o matar; e
Jesus ficou diante deles completamente sozinho, sem o apoio de ninguém. Foi um dos seus discípulos - Judas que o entregou aos soldados; e os seus outros amigos fugiram todos, com medo.
Oração:
Ó Jesus,
Nós percebemos a tua tristeza ao ficares sozinho diante da prisão e da morte.
Tu, que vieste trazer a Vida e a felicidade a todos os homens e mulheres,
dá força e esperança àqueles que vivem sozinhos
e não têm ninguém que os ajude a suportar a sua dor e a sua angústia;
fica ao lado daqueles que lutam contra a maldade e contra a injustiça
e não têm ninguém que os apoie e os defenda;
dá a mão a todas aquelas pessoas que estão cansadas
e já não aguentam mais as maldades e as injustiças que as fazem sofrer ...
Tu que és Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Ámem.
Cântico:
Eis o caminho,
Eis o caminho,
Eis o caminho da salvação. (Bis)
Segunda Estação: Jesus é condenado à morte
Presidente:
Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.
Todos:
Que ao morrer na Cruz salvaste o mundo!
Narrador:
Depois de ter sido preso, Jesus foi levado para casa do sumo-sacerdote, que se chamava Caifás. Os dirigentes
judeus aí presentes interrogaram-no, durante a noite. Não conseguiram encontrar acusações verdadeiras
contra Jesus e inventaram algumas mentiras para o poderem condenar à morte. De manhã, levaram-no diante
do governador romano, chamado Pilatos, para que este confirmasse a condenação de Jesus à morte.
O evangelista Marcos conta assim este episódio (Mc 15,1-5.12-15):
Criança:
"Logo de manhã, os sumos-sacerdotes levaram Jesus
e entregaram-no a Pilatos.
Perguntou-lhe Pilatos:
«És Tu o rei dos Judeus?»
Jesus respondeu-lhe:
«Tu o dizes».
Os sumos-sacerdotes acusavam-no de muitas coisas.
Pilatos interrogou-o de novo, dizendo:
«Não respondes nada? Vê de quantas coisas és acusadol»
Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos estava estupefacto.
Tomando novamente a palavra, Pilatos disse aos que acusavam Jesus:
«Então que quereis que faça daquele a quem chamais rei dos judeus?»
Eles gritaram:
«Crucifica-o!»
Pilatos insistiu:
«Que fez Ele de mal?»
Mas eles gritaram ainda mais:
«Crucifica-o! »
Pilatos, desejando agradar à multidão, entregou-o para ser crucificado".
Presidente:
Pôncio Pilatos era o governador romano que tinha autoridade para condenar Jesus à morte. Depois de falar
com Jesus, ele percebeu que Jesus não merecia morrer. .. Afinal, Jesus nunca tinha feito mal a ninguém; Ele só
queria que os homens aceitassem construir um mundo mais bonito, mais justo e mais feliz ... Mas as
autoridades judaicas não queriam que o Reino de Deus aparecesse e exigiram a morte de Jesus. E Pilatos, para
não ter problemas com os sacerdotes de Jerusalém, cedeu e condenou Jesus a morrer na cruz.
Oração:
Ó Jesus,
Tu foste condenado à morte sem teres feito mal a ninguém...
Tu, que foste vítima da maldade e do egoísmo dos homens maus,
dá força e esperança a todos aqueles que são vítimas do egoísmo dos outros,
fica ao lado dos pequenos e dos pobres que sofrem as maldades dos poderosos;
dá coragem a todos aqueles que se esforçam por ser bons e ajudar os outros
mas que depois são maltratados e insultados por isso...
Tu que és Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Ámen.
Cântico:
Eis o caminho,
Eis o caminho,
Eis o caminho da salvação. (Bis)
Terceira Estação: Jesus é torturado pelos soldados
Presidente:
Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.
Todos:
Que ao morrer na Cruz salvaste o mundo!
Narrador:
Era costume que os condenados à morte fossem maltratados antes de serem mortos... Isso também
aconteceu com Jesus: no pátio do palácio de Pilatos, os soldados ataram Jesus a uma coluna e bateram-lhe
com chicotes feitos com tiras de couro que tinham pedaços de metal na ponta. Além disso, os soldados
também quiseram humilhar Jesus... Sabendo que Ele tinha pregado o Reino de Deus, fingiram que Jesus era
um rei e troçaram dele... Ouçamos como o evangelista Mateus nos descreve essa cena, passada em casa de
Pilatos (Mt 27,27-31):
Criança:
"Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório
e reuniram toda a coorte à volta dele.
Despiram-no e envolveram-no com um manto escarlate.
Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça,
e uma cana na mão direita.
Dobrando o joelho diante dele, escarneciam-no, dizendo:
«Salve! Rei dos Judeus!»
E, cuspindo-lhe no rosto, agarravam na cana e batiam-lhe na cabeça.
Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto,
vestiram-lhe as suas roupas e levaram-no para ser crucificado."
Presidente:
Quando ouvimos falar num rei, pensamos logo num personagem rico e importante, que se senta num trono, que
usa uma coroa de oiro na cabeça e um cetro de oiro nas mãos, que veste roupas vistosas, que tem muito poder e
soldados às suas ordens... Era dessa forma que os judeus pensavam que seria "o Messias" que, à imagem do
grande rei David, viria reinar sobre o Povo de Deus. Jesus é um rei assim, à imagem dos reis da terra? Claro que
não... Em lugar de ter poder e autoridade, Ele foi condenado a morrer; em lugar de uma coroa de oiro e de um
cetro de oiro, Ele tem na cabeça uma coroa de espinhos que o magoa e na mão uma cana que nada vale; em lugar
de soldados que cumpram as suas ordens, Ele está rodeado de soldados que o torturam e troçam dele... Em Jesus
não vemos um rei forte e poderoso, à imagem dos reis da terra; vemos um homem que enfrenta a morte porque
amou muito os outros homens e mulheres e quis que todos eles pudessem viver num mundo mais feliz e mais
livre. É dessa forma - pelo amor, pela entrega da sua vida ao serviço dos outros - que Jesus se torna para nós
importante e passa a reinar nos nossos corações.
Oração:
Ó Jesus,
Tu nunca procuraste ter poder ou aparecer como uma pessoa forte e importante,
mas fizeste-te simples, pobre, humilde, cheio de amor e de bondade.
Faz com que nós sejamos como tu:
pessoas que não procuram dominar os outros, mas que apenas servir e ajudar;
pessoas que não se preocupam em serem admiradas,
mas que apenas se interessam por ajudar os outros a serem felizes.
Tu que és Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Ámen.
Cântico:
Eis o caminho,
Eis o caminho,
Eis o caminho da salvação. (Bis)
Quarta Estação: Jesus leva a cruz a caminho do Calvário
Presidente:
Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.
Todos:
Que ao morrer na Cruz salvaste o mundo!
Narrador:
Do palácio de Pilatos, Jesus foi levado por um caminho muito estreito, que conduzia para fora das muralhas da
cidade de Jerusalém. Juntamente com Jesus iam mais dois homens que tinham também sido condenados a
morrer na cruz. Jesus, que tinha perdido muito sangue quando os soldados lhe bateram no pátio da casa de
Pilatos, caminhava com muita dificuldade... Diz-se, até, que ele teria caído por diversas vezes, pois não aguentava
o peso da cruz que levava às costas. Ao longo do caminho estavam algumas mulheres que, ao ver o sofrimento
daqueles homens, choravam. Vejamos como é que o evangelista Lucas nos descreve esse "caminho" que Jesus
percorreu com a cruz (Lc 23,26-32):
Criança:
"Quando o iam conduzindo,
lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo,
e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus.
Seguiam Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres
que batiam no peito e se lamentavam por Ele.
Jesus voltou-se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém,
não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos;
pois virão dias em que se dirá: 'Felizes as estéreis,
os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram'.
Hão de, então, dizer aos montes: 'Caí sobre nós!' E às colinas: 'Cobri-nos!'
Porque, se tratam assim a árvore verde, o que não acontecerá à seca?»
E levavam também dois malfeitores, para serem executados com Ele".
Presidente:
Jesus leva aos ombros uma pesada trave de madeira... Ele tem os ombros feridos das pancadas que levou, sentese muito fraco e cheio de dores... Mas, certamente, o que mais lhe custa é ver que as pessoas que estão no
caminho, a vê-lo passar, já esqueceram as suas palavras acerca desse mundo novo de paz e de amor a que ele
chamava o "Reino de Deus". O que mais pesa nos ombros de Jesus é a injustiça, a maldade, o egoísmo, a violência
daqueles que recusaram o Reino de Deus e que condenaram Jesus à morte; o que mais pesa nos ombros de Jesus
é que as pessoas já tenham esquecido a proposta que Ele lhes veio fazer...
Oração:
Ó Jesus,
Naquela tarde em que Tu caminhavas para a cruz,
carregavas nos teus ombros um grande peso:
era o peso da maldade, do egoísmo, do ódio, da ingratidão.
Nós sabemos que hoje, no nosso mundo, há muitos homens e mulheres
que também carregam um grande peso de sofrimento e de tristeza
e que, muitas vezes, não têm quem os ajude e lhes dê força.
Faz que nós sejamos como aquele homem que te ajudou a levar a tua cruz
e que ajudemos aqueles que estão tristes, que estão sozinhos, que estão a sofrer,
a carregar o peso dos seus sofrimentos, dos seus trabalhos, das suas dores.
Tu que és Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Ámen.
Cântico:
Eis o caminho,
Eis o caminho,
Eis o caminho da salvação. (Bis)
Quinta Estação: Jesus é pregado na cruz
Presidente:
Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus,
Todos:
Que ao morrer na Cruz salvaste o mundo!
Narrador:
Os soldados, Jesus e os outros dois condenados chegaram, ao fim de algum tempo, a uma pequena elevação com
dez ou doze metros de altura, situada fora das muralhas de Jerusalém, ao lado de um caminho onde passavam
muitas pessoas. Esse lugar era conhecido como "lugar do crânio", ou "lugar da caveira", que na língua de Jesus se
dizia "Gólgota", Em português, nós chamamos a esse lugar "Calvário". Foi aí que Jesus foi
crucificado. Antes de o pregarem na cruz com pregos, os soldados tiraram-lhe as roupas, como era costume fazer
na altura. O evangelista Marcos descreve assim a crucifixão de Jesus (Mc 15,23-32):
Criança:
"Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não quis beber.
Depois, crucificaram-no e repartiram entre si as suas vestes,
tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um.
Eram umas nove horas da manhã, quando o crucificaram.
Na inscrição com a condenação, lia-se: «O rei dos judeus».
Com Ele crucificaram dois ladrões,
um à sua direita e o outro à sua esquerda.
Deste modo, cumpriu-se a passagem da Escritura que diz:
'Foi contado entre os malfeitores'.
Os que passavam injuriavam-no e, abanando a cabeça, diziam:
«Olha o que destrói o templo e o reconstrói em três dias!
Salva-te a ti mesmo, descendo da cruzl»
Da mesma forma, os sumos-sacerdotes e os doutores da Lei
troçavam dele entre si:
«Salvou os outros mas não pode salvar-se a si mesmo!
O Messias, o Rei de Israel! Desça agora da cruz para nós vermos e acreditarmos!»
Até os que estavam crucificados com Ele o injuriavam".
Presidente:
Para os judeus, a cruz era a morte mais terrível e vergonhosa, a morte que estava reservada para as pessoas que
tinham cometido os crimes mais graves... E Jesus ali está, na cruz, a sofrer esta morte. Tem muitas dores,
certamente. Pior ainda, tem à sua volta pessoas que riem e troçam dele. No entanto, Ele não fez nada para sofrer
uma morte tão dolorosa... Ele só está ali, pregado naquela cruz, porque amava muito os homens e as mulheres,
sobretudo os pobres e os pequenos e queria fazer nascer para eles um mundo novo, onde todos pudessem ser
felizes... Ele está ali porque nos ama. A cruz era, para todos os que ali estavam, um sinal de dor e de morte; a cruz
é, para nós que entendemos Jesus e que gostamos dele, um sinal do grande amor que Ele nos tinha.
Oração:
Ó Jesus,
a cruz era um instrumento de morte e de tortura, mas Tu não fugiste dela;
aceitaste-a e fizeste dela um símbolo do teu amor.
Ajuda-nos a aceitar as cruzes que nós temos de levar todos os dias:
ajuda-nos a cumprir o nosso dever de estudar, mesmo quando nos apetece brincar;
ajuda-nos a fazer os trabalhos que os nossos pais nos pedem,
mesmo quando nos apetece mais ver televisão;
ajuda-nos a fazer bem aos outros,
mesmo quando nos apetece vingar-nos do mal que nos fizeram;
ajuda-nos a amar os outros, mesmo quando não gostamos deles.
Tu que és Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Ámen.
Cântico:
Eis o caminho,
Eis o caminho,
Eis o caminho da salvação. (Bis)
Sexta Estação: Jesus morre na cruz
Presidente:
Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.
Todos:
Que ao morrer na Cruz salvaste o mundo!
Narrador:
Depois de terem crucificado Jesus, os soldados ficaram ali, junto da cruz, para não deixar alguma pessoa pudesse
aproximar-se do condenado a fim de o tirar da cruz. Passaram-se algumas horas... Para Jesus foram, certamente,
horas de muito sofrimento, de dores insuportáveis. À medida que o tempo passava, Ele ia perdendo sangue e
ficando mais fraco. Também ia tendo cada vez mais dificuldade em respirar (Mc 15,33-41):
Criança:
"Ao chegar o meio-dia, fez-se trevas por toda a terra, até às três da tarde.
E às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz:
«Eloí, Eloí, lemá sabachtáni?»,
que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?
Ao ouvi-lo, alguns que estavam ali disseram:
«Está a chamar por Elias!»
Um deles correu a embeber uma esponja em vinagre,
pô-Ia numa cana e deu-lhe de beber, dizendo:
«Esperemos, a ver se Elias vem tirá-lo dali.»
Mas Jesus, com um grito forte, expirou.
E o véu do templo rasgou-se em dois, de alto a baixo.
O centurião que estava em frente dele,
ao vê-lo expirar daquela maneira, disse:
«Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!»".
Presidente:
Em que é que Jesus está a pensar ao longo daquelas horas em que sofre tanto? Certamente está a pensar em
Deus, o seu "Papá" (como Ele costumava chamar-lhe), como fez em todos os outros momentos da sua vida.
Aquela frase que Ele diz - "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste" - é a primeira frase de uma oração, o
salmo 22, que os judeus costumavam rezar quando sofriam muito, quando se sentiam sós e abandonados,
quando estavam em grande perigo... Era a oração que eles usavam para pedir a Deus socorro e ajuda. E é isso que
Jesus faz também, neste momento em que sofre muito: pede a Deus que não se afaste, que não o abandone... Ele
morre a rezar, a pedir ao seu Pai que o ajude, que o salve. E Deus, o Pai de Jesus, abandonou-o? Claro que não.
Quando Jesus morre, Deus lá está para o acolher junto de si. E Deus, o "Papá" de Jesus, vai fazer com que a morte
do seu Filho muito querido traga Vida a todos os homens e mulheres do mundo inteiro.
Oração:
Ó Jesus,
Tu morreste a rezar, a pedir ajuda a Deus,
o Pai em quem Tu confiavas completamente e de quem gostavas tanto...
Ajuda-nos a confiar completamente em Deus, que também é nosso Pai;
ajuda-nos a entender que Deus está sempre ao lado
dos homens e das mulheres que sofrem, que são maltratados e desprezados;
e, quando estivermos doentes, quando estivermos em perigo,
quando nos sentirmos tristes, desanimados ou perdidos,
ajuda-nos a confiar em Deus,
faz-nos perceber que Deus cuida de nós e nos dá vida.
Tu que és Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Ámen.
Cântico:
Eis o caminho,
Eis o caminho,
Eis o caminho da salvação. (Bis)
Sétima Estação: Jesus morre na cruz
Presidente:
Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.
Todos:
Que ao morrer na Cruz salvaste o mundo!
Narrador:
O dia em que Jesus morreu era, para os judeus, um dia muito importante... Nessa tarde, ao pôr do sol, começava
a celebrar-se a festa da Páscoa, a festa em que os judeus recordavam a libertação do Egito... Toda a gente queria
despachar aquele problema da crucifixão de Jesus e ir para a cidade celebrar a festa; portanto, era preciso tirar
rapidamente o corpo de Jesus daquela cruz e colocá-lo numa sepultura. O evangelista Marcos diz-nos como é que
as coisas se passaram (Mc 15,42-47):
Criança:
"Ao cair da tarde, visto ser a Preparação, isto é, véspera do sábado,
José de Arimateia, respeitável membro do Conselho
que também esperava o Reino de Deus,
foi corajosamente procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
Pilatos espantou-se por Ele já estar morto e,
mandando chamar o centurião,
perguntou-lhe se já tinha morrido há muito.
Informado pelo centurião,
Pilatos ordenou que o corpo fosse entregue a José.
Este, depois de comprar um lençol,
desceu o corpo da cruz e envolveu-o nele.
Em seguida, depositou-o num sepulcro cavado na rocha
e rolou uma pedra sobre a entrada do sepulcro.
Maria de Magdala e Maria, mãe de José, observavam onde o depositaram".
Presidente:
Na tarde daquele dia, quando o corpo de Jesus foi depositado naquele sepulcro, parecia que tudo tinha acabado,
não é verdade? Mas nós sabemos que a história de Jesus não acabou naquele sepulcro. Dentro de algumas horas,
esse Deus por quem Jesus tinha chamado ao morrer na cruz, vai ressuscitar o seu Filho... E Jesus vai aparecer e vai
mostrar a todos que o seu amor venceu a maldade dos homens que o condenaram e mataram; vai mostrar a
todos que o egoísmo, a violência e o ódio não vão ganhar... Vai mostrar a todos que, quando se vive para Deus e
se faz o que Deus propõe, a morte transforma-se em Vida nova.
Oração:
Ó Jesus,
Diante do sepulcro onde foi colocado o teu corpo, queremos agradecer-te...
Queremos agradecer-te porque Tu fizeste sempre o que Deus te pediu,
Mesmo que isso significasse teres problemas e seres incompreendido;
queremos agradecer-te por tudo o que Tu nos disseste e ensinaste;
queremos agradecer-te porque Tu nos mostraste o caminho do Reino de Deus;
queremos agradecer-te por nos teres amado tanto;
queremos agradecer-te porque nunca pensaste em Ti,
nos teus interesses e na tua segurança, mas pensaste apenas na nossa felicidade;
queremos agradecer-te porque, ao sofreres e morreres por nós,
nos mostraste como é que se encontra o caminho que conduz à Vida;
queremos agradecer-te porque contínuas ao nosso lado, a dar-nos Vida.
5. Adoração da cruz
Presidente:
Agora cada um de nós irá ajoelhar-se diante desta cruz, por uns momentos.
Enquanto estivermos assim, ajoelhados junto da cruz, vamos dizer a Jesus o quanto lhe agradecemos por tudo o
que Ele fez por nós. E vamos pedir-lhe, também, que cuide de nós, da nossa família, das pessoas de quem
gostamos, dos mais pobres, dos mais pequenos, de todos aqueles homens e mulheres que sofrem por causa da
maldade, do egoísmo, da violência, do ódio, da injustiça.
6. Cântico: " Salvé ó cruz ... "
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