Inimigos naturais das pragas da vinha: insectos e aracnídeos.

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Inimigos naturais das
pragas da vinha:
insectos e aracnídeos.
Quem são e onde estão?
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FICHA TÉCNICA
Prefácio
Título: Inimigos naturais das pragas da vinha: insectos e aracnídeos. Quem são e onde estão?
Edição: ADVID - Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense
Autores: Fátima Gonçalves, Cristina Carlos, Laura Torres.
Fotografias: Cristina Carlos, Fátima Gonçalves, Susana Sousa
Ano: 2013
Tiragem: 500 exemplares
Distribuição: ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense
ISBN: 978-989-98368-2-2
Depósito Legal: 374497/14
Design: www.hldesign.pt
O manual é uma excelente ferramenta para técnicos, viticultores e interessados
na matéria, providenciando de uma forma simples e sistematizada a informação
sobre artrópodes auxiliares da cultura da vinha. As fotografias complementam
exemplarmente o texto, permitindo dissipar eventuais dúvidas e ajudam a identificar
no campo aqueles antagonistas, pelo que recomendo vivamente a sua leitura e
divulgação.
Rui Soares, Real Companhia Velha
O manual sobre "Inimigos Naturais das pragas da vinha: insectos e aracnídeos"
é uma prova do resultado frutuoso do trabalho de cooperação na investigação e
disseminação de conhecimento entre diferentes tipos de instituições, fórmula que
quando correctamente balanceada entre o saber fazer, o saber científico e a capacidade
de divulgação, permite a apresentação de uma obra para que todos os que trabalham
em viticultura ou interessados nestas matérias possam utilizar e usufruir.
José Manso, Presidente da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense
Agradecimentos
As autoras agradecem a Luís Crespo, Roberto Canovai, Marta Goula, Lara Pinheiro
e Claire Villemant o apoio dado na identificação de, respectivamente, aranhas,
coccínelídeos, heterópteros, sírfídeos e himenópteros.
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Nota das autoras
As pressões socioeconómicas que se fazem sentir sobre a vitivinicultura, em especial as resultantes da globalização dos mercados e da necessidade de ter em atenção
o conceito de desenvolvimento sustentável, afectam de modo particular a protecção
da vinha, no sentido da redução do uso de pesticidas. Este objectivo foi a força dinamizadora do projecto EcoVitis − desenvolvido na forma de uma parceria entre a Real
Companhia Velha (na qualidade de promotor), a Sogevinus Quintas S.A., a Associação
para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense e a Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro −, que esteve na base da elaboração do presente documento. Nele se
dão a conhecer os principais grupos de insectos e aracnídeos, identificados no âmbito
do projecto, que exercem limitação natural sobre as pragas da vinha, e indicam-se
também práticas consideradas relevantes na maximização do valioso serviço por eles
prestado. É nosso desejo que o mesmo possa servir para encorajar o uso destas práticas, de modo a contribuir para a sustentabilidade, quer económica, quer ambiental,
da indústria do vinho.
ÍNDICE
Fátima Gonçalves
Cristina Carlos
Laura Torres
Dezembro de 2013
1 | Introdução ......................................................................................................................................................................................07
2 | Ácaros ..............................................................................................................................................................................................09
3 | Aranhas e opiliões ...................................................................................................................................................................15
4 | Coleópteros ................................................................................................................................................................................23
5 | Neurópteros ................................................................................................................................................................................31
6 | Heterópteros ..............................................................................................................................................................................35
7 | Dípteros ............................................................................................................................................................................................41
8 | Himenópteros ...........................................................................................................................................................................47
9 | Medidas de valorização ...................................................................................................................................................53
10 | Referências bibliográficas ........................................................................................................................................59
11 | Glossário ......................................................................................................................................................................................63
12 | Anexos ..........................................................................................................................................................................................65
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1
Introdução
Inimigos naturais das pragas das vinhas, também designados “antagonistas” ou
“auxiliares”, são organismos que actuam como factores reguladores das populações de
pragas, frequentemente impedindo que estas causem prejuízos.
Nestes auxiliares, destacam-se os artrópodes (insectos, ácaros e aranhas) que, habitualmente, se agrupam em predadores, parasitóides e parasitas.
Os predadores são organismos com vida livre em todos os estados de desenvolvimento, cujos estados imaturos necessitam de mais de um indivíduo (presa) para
completarem o desenvolvimento. Têm, em geral, tamanho maior do que as presas.
Estas são normalmente procuradas, capturadas e ingeridas ou sugadas de imediato.
Os adultos podem ter o mesmo regime alimentar que os imaturos ou consumir outros
alimentos, tais como pólen, néctar e meladas. Alguns predadores como os coccinelídeos, crisopídeos e certos grupos de ácaros são extremamente ágeis, caçando activamente as suas presas.
Os parasitóides são indivíduos de vida livre apenas no estado adulto, cujos estados
imaturos se desenvolvem total ou parcialmente à custa de um organismo de outra
espécie (hospedeiro) ao qual acabam por provocar a morte. Os parasitóides podem
ser endoparasitóides, quando se desenvolvem no interior do corpo do hospedeiro e
ectoparasitóides, quando se desenvolvem no seu exterior. A maior parte dos adultos
alimenta-se de néctar, meladas ou pólen; contudo em algumas espécies, as fêmeas
necessitam de incluir uma fonte proteica na sua alimentação, obtendo-a através da
perfuração do corpo do hospedeiro, para consumo da sua hemolinfa.
Os parasitas são organismos que vivem e se alimentam de um hospedeiro maior,
podendo enfraquecê-lo, mas raramente lhe provocando a morte.
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Figura 1.1 | Larva de crisopa a predar uma lagarta de traça-da-uva (à esquerda) e adulto de mírideo
a predar um afídeo (à direita).
2
Ácaros
Os parasitas são organismos que vivem e se alimentam de um hospedeiro maior,
podendo enfraquecê-lo, mas raramente lhe provocando a morte.
Figura 1.2 | Larva de ectoparasitóide a parasitar uma lagarta de traça-da-uva (à esquerda) e adulto
de endoparasitóide a emergir de uma pupa de traça-de-uva (à direita).
Figura 1.3 | Ninfa de cigarrinha-verde atacada por
parasita, neste caso um eritraeídeo.
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2 | ÁCAROS
Os ácaros são aracnídeos caracterizados por:
• no estado adulto, possuírem quatro pares de patas;
• não possuírem antenas nem asas;
• terem corpo ovóide ou piriforme e aspecto em geral brilhante e não segmentado.
Apesar dos ácaros mais conhecidos pelos viticultores serem os tetraniquídeos
(p. ex.: aranhiço-amarelo e aranhiço-vermelho), em virtude dos prejuízos que frequentemente causam à vinha, existem ácaros (predadores e parasitas) que limitam a acção das espécies nocivas, quer de outros ácaros, quer mesmo de alguns
insectos. Na vinha referem-se em particular as famílias dos fitoseídeos, anistídeos
e eritraeídeos.
2.1 | Fitoseídeos
2.1.1 | Morfologia
Ácaros de pequenas dimensões (em geral menos de 0,5 mm de comprimento),
patas compridas e corpo ovóide ou piriforme, brilhante, de cor esbranquiçada,
embora devido à transparência do tegumento, possa, consoante o alimento ingerido, apresentar coloração ou manchas avermelhadas, alaranjadas ou amareladas.
2.1.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os fitoseídeos são, sem dúvida, os principais agentes de limitação natural das
populações de ácaros fitófagos, nomeadamente ácaros tetraniquídeos, embora
também exerçam acção importante sobre outros ácaros. Trata-se de predadores
dotados de grande mobilidade, podendo ser encontrados na folhagem durante o
período vegetativo e ao nível do solo ou no ritidoma, durante o Inverno.
Num estudo efectuado na Região Demarcada do Douro (R.D.D.), Kampimodromus aberrans foi a espécie de fitoseídeo mais abundante nas vinhas situadas
a Norte do Douro e com baixa pressão de pesticidas, enquanto a Sul e em locais
mais húmidos dominou Typhlodromus pyri. No Quadro 1 indicam-se as espécies
apontadas por Rodrigues (2012) como tendo maior importância na limitação natural das populações dos principais ácaros que atacam a vinha.
Quadro 2.1 | Espécies de fitoseídeos com importância na limitação de ácaros fitófagos da vinha (Rodrigues, 2012)
Praga
Espécie de fitoseídeo
Amblyseius andersoni
acariose-do
aranhiço-
aranhiço-
-nó-curto
-amarelo
-vermelho
x
x
x
x
Phytoseius plumifer
Typhlodromus phialatus
Typhlodromus pyri
Typhlodromus rhenanoides
Figura 2.1 | Fitoseídeos: os ácaros predadores com maior importância na vinha.
x
x
Euseius stipulatus
Kampimodromus aberrans
erinose
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
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2.2 | Anistídeos
2.2.1 | Morfologia
Ácaros de dimensões relativamente grandes (até 3 mm de comprimento), corpo oblongo fazendo lembrar o de um caranguejo, de cor vermelha ou laranja e
patas compridas.
2.3.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os eritraeídeos são parasitas na fase de larva (assemelhando-se a pequenas “carraças”) e predadores livres, quando adultos; observam-se frequentemente a parasitar ninfas de cigarrinha-verde.
2.2.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os anistídeos são frequentemente observados nas inflorescências da videira,
caracterizando-se pelo facto de, quando incomodados, se movimentarem de
forma descoordenada e muito rápida. Alimentam-se de ácaros tetraniquídeos,
tripes, cigarrinhas e afídeos.
Figura 2.3 | Na vinha, observam-se com
frequência ninfas de cigarrinha-verde parasitadas
por eritraeídeos.
Figura 2.2 | Os anistídeos são importantes predadores de cigarrinha-verde.
2.3 | Eritraeídeos
2.3.1 | Morfologia
Ácaros de corpo oval, densamente peludo e cor avermelhada; patas longas
adaptadas para correr.
Figura 2.4 | Os opiliões também são
frequentemente parasitados por
eritraeídeos.
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3
Aranhas e opiliões
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3 | ARANHAS E OPILIÕES
As aranhas e opiliões são aracnídeos e como tal caracterizam-se por:
• possuírem quatro pares de patas;
• terem o corpo dividido em duas partes (cefalotórax e abdómen);
• serem desprovidos de asas e antenas.
3.1 | Aranhas
3.1.1 | Morfologia
As aranhas caracterizam-se por terem o corpo nitidamente dividido em cefalotórax e abdómen; a forma e coloração são muito variadas; possuem entre seis e
oito olhos, diferindo o número e padrão de distribuição entre famílias.
3.1.2 | Papel no ecossistema vitícola
As aranhas são os predadores mais frequentemente observados na vinha. Na
sua maior parte exercem predação sobre insectos, podendo utilizar várias técnicas
para capturar as suas presas: algumas constroem teias, outras saltam, correm ou
dissimulam-se no meio em que estão inseridas, usando o factor surpresa para
caçar. Muitas espécies vivem na vegetação, enquanto outras vivem na superfície
do solo, tendo preferência por solos com resíduos vegetais. A forma do corpo, padrão de distribuição dos olhos, tipo de teia que elaboram e comportamento, são
características que contribuem para a identificação da família a que pertencem.
Na R.D.D., é frequente observarem-se indivíduos das famílias dos salticídeos e
tomisídeos a alimentarem-se de insectos nas videiras, embora também se possam ver dictinídeos e araneídeos; no solo são frequentes os clubionídeos e licosídeos.
Figura 3.1 | Aranhas frequentemente observadas na vinha: salticídeo (A); tomisídeos (B, C), araneídeo (D), licosídeo (E) e dictinídeo (F).
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Quadro 3.1 | - Aranhas identificadas na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observadas (Carlos et
al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
Agelena sp.
x
Malthonica lusitanica
x
x
Malthonica sp.
x
x
Tegenaria bucculenta
x
x
Tegenaria sp.
x
x
x
Mangora sp.
x
x
Zelotes egregioides
x
Zelotes fulvopilosus
x
x
x
x
x
Zelotes semirufus
Hahnia nava
x
Clubiona sp.
S. Luíz
Arnozelo
Granja
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Linyphiidae
x
Corinnidae
Frontinellina frutetorum
x
Meioneta fuscipalpa
x
x
x
Pelecopsis bucephala
x
Dictynidae
x
x
Marilynia bicolor
x
x
x
Callilepis sp.
x
x
x
Prinerigone vagans
x
x
x
x
Alopecosa albofasciata
x
x
Arctosa personata
x
Gnaphosa alacris
Haplodrassus dalmatensis
x
x
x
Pardosa proxima
x
Pardosa sp.
Leptodrassex sp.
x
x
x
Micaria sp.
x
x
x
x
x
Pirata sp.
x
x
x
x
x
x
x
x
Nemesiidae
x
x
Miturgidae
Cheiracanthium sp.
x
x
x
Pardosa hortensis
x
x
x
Micaria albovittata
x
Typhochrestus bogarti
Arctosa sp.
Callilepis concolor
x
x
Lycosidae
Gnaphosidae
Nomisia exornata
x
Zelotes fuzeta
Clubionidae
Leptodrassus albidus
x
Hahniidae
Mangora acalypha
Nigma sp.
x
Synaphosus sauvage
Trachyzelotes sp.
Araneidae
Dictyna cf. civica
x
Setaphis carmeli
Tegenaria montigena
Tegenaria ramblae
x
Aciprestes
Nomisia sp.
Cidrô
Arnozelo
Agelenidae
Castianeira badia
Família/ Espécie
Carvalhas
Quintas
S. Luíz
Aciprestes
Granja
Cidrô
Família/ Espécie
Carvalhas
Quintas
Nemesia athiasi
x
Oecobiidae
Oecobius machadoi
x
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Quadro 3.1 (cont.) | - Aranhas identificadas na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observadas
(Carlos et al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
Oonops sp.
x
x
x
x
x
Philodromidae
x
x
Dipoena sp.
x
Episinus sp.
x
x
x
x
x
x
Arnozelo
S. Luíz
x
Ballus sp.
x
x
Chalcoscirtus infimus
x
Cyrba algerina
x
x
x
Thomisidae
Ozyptila pauxilla
x
x
x
x
Ozyptila sp.
x
x
x
x
x
Synema globosum
Euophrys sulfurea
x
x
x
x
x
Tmarus sp.
x
x
Thomisus sp.
x
Xysticus bufo
x
x
Evarcha sp.
x
Heliophanus sp.
x
Icius subinermis
x
Icius sp.
x
x
Myrmarachne sp.
x
x
Hyptiotes sp.
x
Uloborus sp.
x
x
Xysticus kochi
Xysticus sp.
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Zodariidae
Zodarion alacre
Zodarion styliferum
x
x
x
x
x
Zodarion duriense
Scytodidae
x
x
Uloboridae
Phlegra sp.
Scytodes thoracica
x
Titanoecidae
Pellenes sp.
Salticus scenicus
x
x
Titanoeca monticola
x
x
x
Synema sp.
Euophrys sp.
Neaetha sp.
x
Runcinia grammica
Salticidae
Scytodes sp.
x
Steatoda incomposita
Pisauridae
Scytodes velutina
x
Euryopis episinoides
Thanatus vulgaris
Pisaura sp.
Aciprestes
Loxosceles rufescens
Theridiidae
Oxyopes lineatus
Thanatus sp.
Granja
Sicariidae
Oxyopidae
Philodromus sp.
Cidrô
Arnozelo
Oonopidae
Oxyopes sp.
Família/ Espécie
Carvalhas
Quintas
S. Luíz
Aciprestes
Granja
Cidrô
Família/ Espécie
Carvalhas
Quintas
x
x
Zodarion sp.
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
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3.2 | OPILIÕES
3.2.1 | Morfologia e comportamento
Nos opiliões o corpo, quando visto pelo lado dorsal, parece constituído por uma
única região; o abdómen é geralmente segmentado e possuem um par de olhos
situados a meio do cefalotórax.
Frequentemente perdem uma ou mais patas, num fenómeno denominado
autotomia (libertam-se das patas, que se mantêm em movimento, por forma a
confundir os predadores).
3.2.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os opiliões alimentam-se de pequenos insectos, embora algumas espécies
também possam consumir material em decomposição (animal ou vegetal) e fungos.
4
Coleópteros
Figura 3.2 | Os opiliões distinguem-se das aranhas porque o seu corpo parece ser constituído por
uma única região e por possuírem apenas um par de olhos.
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25
4 | COLEÓPTEROS
Os coleópteros são insectos que se caracterizam por possuírem:
• asas anteriores espessadas e endurecidas (designadas élitros), sob as quais se
protegem as asas posteriores que são membranosas;
• armadura bucal do tipo trituradora.
Pela importância que desempenham na limitação natural das populações
de inimigos da vinha, destacam-se, na ordem dos coleópteros, as famílias dos
coccinelídeos, clerídeos, cantarídeos, malaquídeos, carabídeos e estafilinídeos.
De entre estas famílias, a melhor conhecida é sem dúvida a dos coccinelídeos,
à qual pertencem os insectos vulgarmente designados “joaninhas”, amplamente
utilizadas em programas de luta biológica a nível mundial.
4.1 | COCCINELÍDEOS
4.1.1 | Morfologia
Os adultos possuem corpo arredondado e tamanho pequeno a médio (0,8 a 16
mm de comprimento); as asas são de cores normalmente vistosas, apresentando manchas ou desenhos de forma variada. Os ovos têm forma de barrilete, e cor
amarelada, que escurece à medida que decorre o desenvolvimento embrionário. As
larvas são alongadas, de cores variadas, embora frequentemente escuras, por vezes
com manchas amareladas ou alaranjadas; possuem patas bem desenvolvidas; algumas espécies apresentam o corpo revestido por secreções cerosas de cor branca.
As pupas têm forma hemisférica e cor amarela-acastanhada.
Figura 4.1 | Joaninha-de-sete-pintas, Coccinella septempunctata: adulto em postura (A), larva (B),
pupa (C) e adulto (D).
4.1.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os coccinelídeos são, quer no estado adulto, quer imaturo, maioritariamente predadores de insectos de corpo mole como afídeos (espécies afidífagas), cochonilhas (espécies coccidífagas) e ácaros (espécies acarífagas). Os ovos são normalmente colocados
em grupo junto às colónias de potenciais presas. Quando estas escasseiam, os adultos
podem sobreviver à custa de néctar, polén e meladas produzidas por outros insectos;
contudo, nestas condições, geralmente não se reproduzem.
Na vinha, é particularmente conhecida a limitação natural que exercem sobre cochonilhas e ácaros, embora também existam espécies que se alimentam de traça-da-uva.
Figura 4.2 | Adulto de Scymnus interruptus,
Figura 4.3 | As larvas de alguns coccinelídeos
frequentemente observado em vinhas e,
têm o corpo coberto de filamentos semelhantes
possivelmente, predador de cochonilha-algodão. aos da cochonilha-algodão, o que lhes permite
exercerem predação sobre este insecto sem
serem importunadas por formigas.
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Quadro 4.1 | Coccinelídeos identificados na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observados (Carlos
et al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
Figura 4.5 | Adulto de
cantarídeo.
Arnozelo
x
x
x
Adalia (Adalia) decempunctata
x
x
x
Clitostethus arcuatus
x
Coccinella (Coccinella) septempunctata
x
x
x
Coccinula quatuordecimpustulata
x
Henosepilachna argus
x
Platynaspis luteorubra
x
Propylea quatuordecimpunctata
Rhyzobius chrysomeloides
x
Granja
Adalia (Adalia) bipunctata
Cidrô
S. Luíz
Aciprestes
Família/ Espécie
Carvalhas
Quintas
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Rhyzobius forestieri
x
x
x
Rodolia cardinalis
x
Scymnus (Scymnus) bivulnerus
x
x
x
Scymnus (Scymnus) interruptus
x
Scymnus (Mimopullus) marinus
Scymnus (Pullus) subvillosus
Figura 4.4 | Adultos de cantarídeos.
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
4.2 | CANTARÍDEOS
4.3 | CLERÍDEOS
4.3.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho médio (5-12 mm de comprimento), corpo esguio
com coloração variável, apresentando frequentemente manchas ou faixas de cores vivas; o protórax é mais estreito do que a cabeça e a base dos élitros; os olhos
são proeminentes.
4.3.2 | Papel no ecossistema vitícola
São predadores, quer no estado adulto quer larvar, alimentando-se preferencialmente de insectos que escavam galerias em casca e troncos (nomeadamente
coleópteros); os adultos de algumas espécies também se podem alimentar de
pólen, observando-se, com frequência, sobre flores.
4.2.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho pequeno a grande (2 – 30 mm de comprimento),
corpo esguio, com coloração que vai desde o amarelado ao vermelho e preto, geralmente pubescente; possuem olhos proeminentes.
Figura 4.5 | Adulto de
cantarídeo.
4.2.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os cantarídeos são predadores, quer no estado adulto quer larvar, alimentando-se
de outros insectos. Os adultos de algumas espécies também se podem alimentar de
pólen e por isso se observam, com frequência, sobre flores.
Figura 4.5 | Adultos de Trichodes sp., frequentemente observados durante a Primavera, em flores.
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4.4 | MALAQUÍDEOS
4.4.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho pequeno a médio (3-10 mm de comprimento), e
têm o corpo com aspecto mole, alongado, achatado e geralmente mais largo na
zona oposta à cabeça; a extremidade do abdómen é geralmente exposta; apresentam cores brilhantes.
4.4.2 | Papel no ecossistema vitícola
4.5.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os carabídeos são predadores tanto no estado adulto como larvar. Vivem essencialmente no solo, onde se alimentam de insectos e outros invertebrados. Contudo,
também podem subir à vegetação para procurar as suas presas. Os adultos têm
hábitos nocturnos escondendo-se, durante o dia, sob pedras, folhas, cascas de árvores e outros detritos. Durante uma noite, um carabídeo adulto pode consumir o
equivalente ao seu peso.
Enquanto as larvas são exclusivamente predadoras, os adultos alimentam-se
sobretudo de pólen e néctar de flores, embora nalgumas espécies também se
alimentem de insectos.
Figura 4.7 | Adultos de carabídeos. Na vinha, são frequentemente encontrados debaixo do ritidoma
das videiras.
Figura 4.6 | Adultos de malaquídeos.
4.5 | CARABÍDEOS
4.5.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho pequeno a grande (1-80 mm de comprimento), com
formas e cores variadas, embora a maior parte tenha cores escuras com reflexos
metalizados; algumas espécies apresentam os élitros soldados, outras têm o tórax
proeminente, frequentemente mais estreito do que o abdómen; as patas são longas,
o que lhes permite uma rápida locomoção (raramente voam). As larvas têm corpo
alongado, cabeça grande e mandíbulas evidentes.
4.6 | ESTAFILINÍDEOS
4.6.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho pequeno a grande (1-40 mm de comprimento), e
têm o corpo delgado e mole, forma cilíndrica a espalmada; a coloração é normalmente escura; os élitros são muito curtos e truncados, deixando visível a maior
parte do abdómen; frequentemente erguem a extremidade do abdómen, fazendo
lembrar pequenos escorpiões.
30
31
4.6.2 | Papel no ecossistema vitícola
À semelhança dos carabídeos, os estafilinídeos são predadores tanto no estado
adulto como larvar; vivem essencialmente no solo, podendo subir à vegetação
para caçar.
5
Neurópteros
Figura 4.8 | Adultos de estafilinídeos.
32
33
5 | NEURÓPTEROS
Os neurópteros são insectos que se caracterizam por possuir:
• corpo mole;
• antenas compridas;
• armadura bucal trituradora;
• dois pares de asas membranosas e muito nervuradas que, quando em
repouso, se dispõem ao longo do corpo, em forma de telhado.
As famílias com maior importância, do ponto de vista da limitação natural dos
inimigos da vinha, são as dos crisopídeos, hemerobídeos e coniopterigídeos.
5.1 | CRISOPÍDEOS
5.1.1 | Morfologia
Os adultos são de dimensão pequena a média (cerca de 12 mm de comprimento) e cor frequentemente verde, por vezes acastanhada ou avermelhada; têm
olhos grandes, brilhantes e irisados, de forma semi-esférica. Os ovos, em geral fixos na extremidade de um pedúnculo (colocados isoladamente ou em grupo), são
de cor branca-esverdeada, que passa a acinzentada no final do desenvolvimento
embrionário. As larvas, de dimensão média (cerca de 8 mm de comprimento no
máximo desenvolvimento), têm aspecto afunilado, fazendo lembrar vagamente
minúsculos crocodilos; são esbranquiçadas a esverdeadas, com estrias avermelhadas, castanhas ou negras; apresentam, lateralmente, pequenas verrugas com
pêlos longos; têm armadura bucal constituída por duas mandíbulas robustas. Os
casulos, onde pupam, têm forma esférica, aspecto sedoso e cor esbranquiçada.
5.1.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os crisopídeos são predadores generalistas, muito abundantes no ecossistema vitícola, onde se alimentam de inimigos da cultura como a traça-da-uva, a
cigarrinha-verde, ácaros e cochonilhas. Algumas espécies desta família, como a
crisopa-comum, Chrysoperla carnea, são predadoras apenas no estado larvar,
alimentando-se, enquanto adultos, de substâncias açucaradas de origem natural (como pólen, néctar e meladas), enquanto outras também são predadoras no
estado adulto ou têm comportamento alimentar misto.
Figura 5.1 | Principais fases de desenvolvimento dos crisopídeos: ovos (A), larva (B), pupa (C) e adulto (D).
5.2 | HEMEROBÍDEOS
5.2.1 | Morfologia
Os adultos são de dimensão pequena a média (6-15 mm de comprimento),
têm cores sombrias, em geral pardacentas e as asas revestidas por finos pêlos. As
larvas têm corpo fusiforme, delgado e alongado.
5.2.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os hemerobídeos são predadores tanto no estado larvar como adulto, alimentando-se preferencialmente de ácaros e insectos de corpo mole.
34
35
Figura 5.2 | Adultos de hemerobídeo.
5.3 | CONIOPTERIGÍDEOS
5.3.1 | Morfologia
Os adultos são de dimensão pequena (2,5-5 mm de comprimento) e aspecto
frágil, com o corpo coberto por uma substância pulverulenta esbranquiçada; têm
antenas compridas. As larvas, de aspecto piriforme, são afiladas na parte posterior
do corpo e têm patas finas e compridas.
5.3.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os coniopterigídeos são predadores, tanto no estado larvar como adulto, alimentando-se de artrópodes de corpo mole como ácaros, cochonilhas e afídeos;
os adultos também se podem alimentar de substâncias açucaradas de origem
natural, como meladas.
Figura 5.3 | Adulto (à esquerda) e larva (à direita) de coniopterigídeo.
6
Heterópteros
36
37
6 | HETERÓPTEROS
Os heterópteros são insectos que passam por metamorfoses simples, isto é,
os estados imaturos, que neste caso se designam ninfas, assemelham-se aos
adultos, embora as asas e o aparelho reprodutor não estejam ainda totalmente
desenvolvidos. Caracterizam-se por possuírem:
• dois pares de asas bem desenvolvidas, sendo que as anteriores têm a parte
basal espessada e coriácea (hemiélitros) e as posteriores são totalmente membranosas; em repouso a zona apical das asas anteriores fica sobreposta; a parte
basal das asas delimita, no tórax, uma zona triangular;
• armadura bucal do tipo picador-sugador.
As principais espécies de heterópteros predadores incluem-se nas famílias dos
nabídeos, mirídeos, antocorídeos e reduvídeos. Na vinha observam-se frequentemente indivíduos pertencentes a duas outras famílias, isto é ligaeídeos e pentatomídeos, cujo papel se desconhece, mas que, no caso de algumas espécies, poderão
também ser predadoras.
têm o corpo delgado, de cor amarelada, acinzentada ou acastanhada; possuem
cabeça e rostro alongados, antenas compridas e patas anteriores raptórias, que
lhes permitem agarrar as presas; a zona membranosa dos hemiélitros têm diversas nervuras. As ninfas têm coloração escura, lembrando vagamente formigas.
6.1.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os nabídeos são predadores generalistas, tanto no estado de ninfa como de adulto. Alimentam-se de ácaros, cigarrinhas e larvas de lepidópteros; o género Nabis sp.
é apontado como sendo importante predador da traça-da-uva.
Figura 6.2 | Os nabídeos são predadores de outras espécies de artrópodos. Nas imagens, adultos
de Himacerus sp.
6.2 | MIRÍDEOS
Figura 6.1 | Apesar de, na vinha, se desconhecer o papel dos pentatomídeos (à esquerda) e
ligaeídeos (à direita), admite-se que algumas espécies sejam predadoras de outros artrópodos.
Figura 6.1 | Ligaeídeo e pentatomídeo.
6.1 | NABÍDEOS
6.1.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho pequeno a médio (3-12 mm de comprimento), e
6.2.1 | Morfologia
Os adultos têm dimensões pequenas a médias (até 10 mm de comprimento) e
coloração variada (verde, castanha, preta ou vermelha); a nervação da zona membranosa do hemiélitro apresenta uma ou duas células fechadas. As ninfas têm
aspecto semelhante ao dos adultos, tendo apenas as asas menos desenvolvidas.
6.2.2 | Papel no ecossistema vitícola
Embora a maioria dos mirídeos sejam fitófagos, esta família inclui espécies
que são predadoras, tanto no estado adulto como no imaturo, de ácaros, afídeos
38
39
e outros insectos de corpo mole. Na vinha, destaca-se Malacocoris chlorizans, um
importante predador da cigarrinha-verde, cujas ninfas se podem confundir com
as da praga. Distinguem-se delas porque, quando incomodadas, movimentam-se de forma rápida e para a frente, ao contrário das de cigarrinha-verde, que se
deslocam de lado e de forma mais lenta.
Figura 6.4 | Ninfa (à esquerda) e adulto (à direita) de antocorídeo.
6.4 | REDUVÍDEOS
6.4.1 | Morfologia
Figura 6.3 | Ninfa e adulto de Malacocoris chlorizans, predador da cigarrinha-verde.
6.3 | ANTOCORÍDEOS
6.3.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho pequeno a médio (1,5-5 mm de comprimento), e
têm corpo oval alongado e achatado dorso-ventralmente, de cor castanha-escura
ou negra brilhante; a nervação da zona membranosa do hemiélitro não possui
células fechadas. As ninfas têm forma de pêra e cor amarelada ou castanha-avermelhada.
Os adultos têm tamanho médio a grande (4-40 mm de comprimento), coloração escura matizada de castanho, branco, vermelho ou laranja; a cabeça é estreita,
dando a impressão de ter um pequeno pescoço; as patas do tipo raptórias são
longas e com pêlos finos que ajudam a prender as presas.
6.4.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os reduvídeos são predadores tanto no estado de ninfa como de adulto, alimentando-se essencialmente de insectos, nomeadamente afídeos, cigarrinhas e
lagartas.
6.3.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os antocorídeos são predadores tanto no estado de ninfa como de adulto. Alimentam-se de pequenos artrópodos como tripes, afídeos, cicadelídeos, ácaros, e
ovos e lagartas de lepidópteros. Na vinha refere-se o género Orius sp., apontado
como predador de ovos e lagartas de traça-da-uva, para além de aranhiço-vermelho, acariose-do-nó-curto e erinose.
Figura 6.5 | Adulto de Rhynocoris sp.
40
41
Quadro 6.1 - Heterópteros predadores identificados na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observados (Carlos et al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
Granja
x
x
x
Anthocoris nemoralis
Arnozelo
Cidrô
Orius (Orius) niger
S. Luíz
Carvalhas
Família/ Espécie
Aciprestes
Quintas
x
x
x
x
x
x
x
Anthocoridae
Lygaeidae
Geocoris (Geocoris) megacephalus
Miridae
Deraeocoris (Knightocapsus) lutescens
x
x
x
Heterotoma cf. planicornis
x
x
x
Deraeocoris (Deraeocoris) ruber
x
x
Deraeocoris (Camptobrochis) serenus
x
x
x
x
x
x
x
x
Nabidae
Nabis (Nabis) mediterraneus
x
Himacerus (Aptus) mirmicoides
x
Prostemma bicolor
x
x
x
7
Dípteros
42
43
7 | DÍPTEROS
Os dípteros, ordem a que pertencem insectos como as moscas e os mosquitos,
são caracterizados por possuírem:
• um único par de asas (as asas posteriores transformaram-se em estruturas
com forma de clava, denominadas halteres ou balanceiros);
• armadura bucal do tipo sugador, adaptada para picar ou lamber;
• olhos grandes, que ocupam grande parte da cabeça.
Nesta ordem destacam-se, pela importância que desempenham na limitação
populacional de inimigos da vinha, as famílias dos sirfídeos e dos cecidomídeos,
onde se incluem espécies predadoras, e a dos taquinídeos e pipunculídeos, de que
fazem parte espécies parasitóides.
7.1 | SIRFÍDEOS
7.1.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho médio a grande, e têm cores vistosas brilhantes,
apresentando listas ou manchas amarelas num fundo escuro por vezes metalizado.
Muitas espécies lembram abelhas ou vespas, semelhança que é, por vezes, notável.
Contudo nenhum destes sirfídeos pica. Observam-se frequentemente a pairar sobre as flores, batendo as asas com rapidez, lembrando minúsculos helicópteros. Os
ovos têm forma oval e cor branca-acinzentada. As larvas têm aspecto vermiforme e
coloração muito variada (branca, verde, acastanhada). As pupas têm forma de gota e
coloração semelhante à das larvas.
7.1.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os sirfídeos são predadores apenas no estado larvar, alimentando-se de afídeos, cochonilhas e outros insectos de corpo mole; os adultos alimentam-se de
polén, néctar e outras substâncias açucaradas de origem natural (p. ex.: meladas
secretadas por outros insectos). São predadores interessantes do ponto de vista
da limitação natural dos inimigos das culturas particularmente porque os adultos
possuem grande mobilidade, assegurando uma rápida recolonização das culturas,
tanto na Primavera como após a ralização de tratamentos fitossanitários.
Nesta família, a espécie Xanthandrus comtus está referida como sendo um
importante predador de lagartas de traça-da-uva.
Figura 7.1 | Principais estados de desenvolvimento dos sirfídeos: ovo (A), larva (B), pupa (C) e
adulto (fêmea de Episyphus balteatus) (D).
7.2 | CECIDOMÍDEOS
7.2.1 | Morfologia
Os adultos são muito pequenos, de cor acastanhada e com patas relativamente
longas comparativamente ao corpo. As larvas têm coloração amarela, laranja ou
vermelha.
7.2.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os cecidomídeos são predadores no estado larvar, enquanto os adultos se alimentam de meladas produzidas por outros insectos e de néctar.
Na vinha, estes insectos estão referenciados como sendo importantes predadores de cochonilha-algodão e de ácaros eriofídeos, responsáveis pela acariose-do-nó-curto e pela erinose.
44
45
Figura 7.2 | Na vinha observam-se com frequência larvas de cecidomídeos do género Dicrodiplosis
a alimentarem-se em colónias de cochonilha-algodão (à esquerda). À direita mostra-se um adulto.
Figura 7.3 | Ovo de taquinídeo sobre o corpo de uma lagarta de traça-da-uva (à esquerda) e adulto
correspondente (à direita).
7.3 | TAQUINÍDEOS
7.4 | PIPUNCULÍDEOS
7.3.1 | Morfologia
7.4.1 | Morfologia
Os adultos são de tamanho pequeno a grande (2-20 mm de comprimento), de
cor cinzenta-acastanhada e corpo revestido de sedas espessas (muito semelhantes a
moscas domésticas). As larvas têm forma cilíndrica e cor esbranquiçada e as pupas têm
forma de barrilete e cor castanha.
7.3.2 | Papel no ecossistema vitícola
Os taquinídeos são importantes parasitóides de lagartas, embora também parasitem
insectos de outras ordens como hemípteros, coleópteros e ortópteros. Os ovos são colocados na vegetação por forma a serem consumidos pelos hospedeiros, ou na superfície
ou interior do corpo deste; o desenvolvimento larvar decorre no interior do hospedeiro; os
adultos possuem vida livre e alimentam-se de meladas produzidas por outros insectos e
de néctar. Na vinha, são referidos como parasitóides de traça-da-uva.
Adultos de tamanho pequeno (2-11,5 mm) e coloração escura; olhos compostos
muito grandes que ocupam a quase totalidade da cabeça; asas longas e estreitas.
7.4.2 | Papel no ecossistema vitícola
Trata-se de uma família bem
conhecida, em parte devido ao
facto de as larvas serem, até onde
se sabe, parasitóides de auquenorrincos (p. ex.: cicadelídeos e
cercopídeos), com excepção dos
indivíduos do género Nephrocerus,
que parasitam adultos de tipulídeos. Os adultos alimentam-se
de meladas excretadas por auqueFigura 7.4 | Adulto de pipunculídeo.
norrincos. As fêmeas depositam
os ovos em ninfas jovens ou, mais
raramente, em adultos dos seus hospedeiros. Na vinha, admite-se que possam
desempenhar um importante papel na limitação natural de cigarrinha-verde e da
cigarrinha-da-flavescência-dourada.
46
47
8
Himenópteros
48
49
8 | HIMENÓPTEROS
Os himenópteros são insectos que se caracterizam por possuírem:
• dois pares de asas membranosas e translúcidas, pouco nervuradas, sendo as
anteriores maiores do que as posteriores;
• armadura bucal do tipo triturador ou lambedor-sugador;
• ovipositor geralmente bem desenvolvido;
• antenas relativamente longas.
Nesta ordem incluem-se insectos como as abelhas, abelhões, vespas e formigas, sendo uma ordem associada a importantes serviços do ecossistema, como a
polinização e a limitação natural de pragas das culturas. Neste contexto, destaca-se o papel desempenhado por “vespinhas” parasitóides, de aparência, biologia
e hospedeiros muito diversos, de entre as quais, se referem em particular as espécies incluídas nas superfamílias dos calcidóideos, icneumonóideos e crisidóideos.
Figura 8.1 | Lagarta de traça-da-uva parasitada pelo eulofídeo Elachertus affinis (à esquerda) e
respectivo adulto (à direita), considerado o principal parasitóide da traça-da-uva.
8.1 | CALCIDÓIDEOS
8.1.1 | Morfologia
Os adultos têm dimensões muito pequenas (0,5-3 mm de comprimento), coloração escura metalizada (com reflexos azuis, verdes bronzeados ou purpúreos),
asas com poucas nervuras e antenas com menos de 14 artículos.
8.1.2 | Papel no ecossistema vitícola
Sendo parasitóides, os estados imaturos dos calcidóideos vivem na dependência de um hospedeiro, enquanto os adultos possuem vida livre e alimentam-se de
substâncias açucaradas como pólen, néctar ou meladas. Normalmente parasitam
ovos e estados imaturos jovens de insectos. Destaca-se, pela sua importância na
limitação natural dos inimigos da vinha, a famílias dos eulofídeos, que inclui o parasitóide Elachertus affinis, considerado o principal inimigo natural da traça-da-uva na R.D.D.; salientam-se ainda as famílias dos calcidídeos e pteromalídeos,
que incorporam parasitóides da traça-da-uva, dos encirtídeos, que compreende
parasitóides da cochonilha-algodão, nomeadamente Anagyrus sp. próx. pseudococci, e dos mimarídeos, de que fazem parte parasitóides de cigarrinhas, designadamente Anagrus atomus, referido como o principal agente de limitação natural
da cigarrinha-verde.
Figura 8.2 | Adulto de Brachymeria sp.,
calcidídeo parasitóide de traça-da-uva.
Figura 8.4 | Na família dos mimarídeos incluemse importantes parasitóides de cigarrinhas-da-vinha.
Figura 8.3 | Adulto de Anagyrus sp. próx. pseudococci, encirtídeo parasitóide da cochonilha-algodão, comum na R.D.D.
50
51
8.2 | ICNEUMONÓIDEOS
8.2.1 | Morfologia
Adultos de dimensão pequena a grande (1-27 mm de comprimento), de cor
negra, castanha ou alaranjada, asas geralmente bem desenvolvidas, com nervação
mais desenvolvida do que a dos calcidóideos, e antenas com 13 ou mais artículos.
8.2.2 | Papel no ecossistema vitícola
O comportamento dos icneumonóideos é muito semelhante ao dos calcidóideos. Pelo papel desempenhado na limitação natural de inimigos da vinha, destacam-se nesta superfamília, os icneumonídeos e os braconídeos, onde se conhecem
importantes espécies de parasitóides de traça-da-uva.
8.3.2 | Papel no ecossistema vitícola
Pelo papel que podem ter na limitação natural de pragas da vinha, destacam-se na superfamília dos crisidóideos, as famílias dos driinídeos e betilídeos. Os
driinídeos são parasitóides de auquenorrincos e em particular de cigarrinhas, podendo desempenhar um importante papel na limitação natural de cigarrinha-verde e cigarrinha-da-flavescência-dourada. São das poucas famílias de parasitóides em que a larva inicia o desenvolvimento no interior do corpo do hospedeiro,
desenvolvendo posteriormente uma estrutura em forma de saco, que projecta
para fora do abdómen do hospedeiro, onde termina o desenvolvimento. Os betilídeos são maioritariamente parasitóides externos (ectoparasitóides) de larvas
de coleópteros e microlepidópteros.
Figura 8.7 | Os driinídeos são importantes parasitóides de cigarrinhas da vinha. Nas imagens,
observa-se uma cigarrinha parasitada (à esquerda) e um adulto de driinídeo (à direita).
Figura 8.5 | Adulto de Campoplex capitator,
icneumonídeo parasitóide de lagartas de traçada-uva.
Figura 8.6 | Adulto de Ascogester quadridentata, braconídeo parasitóide de lagartas de
traça-da-uva, muito frequente na R.D.D.
8.3 | CRISIDÓIDEOS
8.3.1 | Morfologia
Adultos de dimensão pequena (quase sempre inferior a 7 mm), brilhantemente coloridos e com o corpo fortemente esculpido; alguma espécies apresentam
dimorfismo sexual acentuado, em que as fêmeas não têm asas e apresentam
adaptações morfológicas muito características (p. ex.: terem aparência de formigas), enquanto os machos são alados.
Figura 8.8 | Adulto de betílideo.
52
53
Quadro 8.1 - Himenópteros identificados na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observados
(Carlos et al., 2013; Gonçalves et al., dados não publicados)
Arnozelo
S. Luíz
Aciprestes
Granja
Hospedeiro
Cidrô
Família/ Espécie
Carvalhas
Quintas
Braconidae
Ascogaster quadridentada
traça-da-uva
x
x
Chalcididae
Brachymeria sp.
traça-da-uva
x
x
Encyrtidae
Anagyrus próx pseudococci
cochonilha-algodão
Ericydnus sp.
cochonilha-algodão
Leptomastidea sp.
cochonilha-algodão
x
x
x
x
x
Eulophidae
Elachertus affinis
x
traça-da-uva
x
traça-da-uva
x
x
x
x
x
x
x
x
Ichnemonidae
Campoplex capitator
x
9
Medidas de valorização
54
55
9 | MEDIDAS DE VALORIZAÇÃO
A presença e actuação de inimigos naturais das pragas depende, em grande
parte, da criação de condições que assegurem a sua sobrevivência, reprodução e
actividade neste ecossistema intervencionado pelo homem.
Deste ponto de vista, deve evitar-se a sua destruição pelos pesticidas, não
usando os mais tóxicos para estes auxiliares e, sempre que possível, reduzindo as
doses e o número de aplicações dos que for indispensável usar (Anexos 1.1, 1.2, 1.3).
As mobilizações do solo devem ser reduzidas ao estritamente necessário, por
afectarem negativamente as populações de artrópodos que aí habitam, como as
aranhas, os carabídeos e os estafilinídeos; pela mesma razão, devem evitar-se
solos demasiado limpos, aconselhando-se a manutenção dos resíduos resultantes dos cortes da vegetação e da trituração da lenha de poda, de forma a criar
uma espécie de “mulching” onde esses auxiliares se possam abrigar.
A instalação/manutenção de infra-estruturas ecológicas na parcela ou na sua
vizinhança (num raio de cerca de 150 m) é fortemente recomendada por proporcionar aos auxiliares locais de abrigo e refúgio, quando as condições lhe são
adversas, designadamente em termos climáticos ou em resultado da realização
de tratamentos fitossanitários. Incluem-se nestas infra-estruturas os muros de
pedra, fendas rochosas, amontoados de lenha e comunidades vegetais como o
enrelvamento do solo, pequenos bosques e sebes.
Figura 9.1 | Os muros de pedra e árvores antigas desempenham uma importante função ecológica,
ao providenciar refúgio para a fauna auxiliar da vinha.
56
57
As sebes asseguram a sobrevivência de inúmeras espécies da fauna, tendo
importante função na valorização de mimarídeos do género Anagrus, que são
dos principais parasitóides de ovos da cigarrinha-verde. Como demonstrado por
vários autores, a actuação destes indivíduos na vinha é incrementadas pela presença, na vizinhança das parcelas, de sebes de roseiras-bravas, ameixeiras-bravas,
aveleiras e silvas. Por sua vez os ácaros fitoseídeos (K. aberrans e T. pyri) beneficiam da presença de sebes que incluam a madressilva, a aveleira, o sabugueiro e o
lódão. De notar que K. aberrans, sendo muito sensível aos pesticidas, é frequente
nas plantas que constituem as sebes e tem grande facilidade de dispersão pelo
vento, o que lhe confere a capacidade de recolonizar rapidamente as parcelas de
vinha.
Figura 9.2 | As comunidades vegetais que constituem as matas (A), o revestimento dos taludes
(B), as sebes (C) e o coberto da entrelinha (D) são importantes infra-estruturas que providenciam
alimento alternativo e abrigo das condições desfavoráveis, à fauna auxiliar.
Para além de servir como local de refúgio, a vegetação herbácea e arbustiva
envolvente das parcelas (bordaduras de caminhos, entrelinhas e taludes) disponibiliza aos auxiliares alimento alternativo e/ou suplementar, para quando este
é escasso no interior da cultura. As plantas que compõem estas infra-estruturas ecológicas (Anexo 2), podem facultar-lhes néctar e polén (importante para
a alimentação de alguns adultos), assim como presas/hospedeiros alternativos,
na forma de insectos/ácaros que não atacam a vinha). Os afídeos, por exemplo,
frequentemente observados em ervilhacas, leitugas e funcho-bravo, excretam
meladas que são extremamente ricas em açúcares e muito importantes para a
sobrevivência e reprodução de auxiliares como crisopídeos e sirfídeos. No caso
dos ácaros fitoseídeos, a existência nas vinhas, de um coberto vegetal que inclua
plantas produtoras de pólen, é particularmente importante para o desenvolvimento das suas populações no início do Verão. Os cortes a efectuar a esta vegetação deverão ser sempre realizados por forma a evitar a sua total destruição
e permitir que aqueles organismos se possam refugiar para outros locais (cortes
alternados, se possível a partir do centro das parcelas para a bordadura).
Figura 9.3 | As plantas da família das fabáceas, como a ervilhaca, frequentes no coberto vegetal
herbáceo da vinha, facultam presas às larvas de sirfídeos (à esquerda) e coccinelídeos (à direita), na
forma de afídeos que não atacam a cultura, permitindo o seu desenvolvimento atempado.
Figura 9.4 | Os adultos de sirfídeos alimentam-se de pólen de plantas da família das asteráceas. Na imagem, uma fêmea de Sphaerophoria
scripta, um dos sirfídeos mais frequentemente
observados na vinha.
Figura 9.5 | As flores de apiáceas, por possuírem
nectários expostos, são procuradas por muitos
insectos que se alimentam do seu néctar. Na
imagem um adulto de crisopa-comum a alimentar-se numa inflorescência de cenoura-brava.
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10
Referências bibliográficas
Figura 9.6 | O funcho-bravo é hospedeiro de afídeos, que não atacando a vinha, constituem importantes fontes alimentares para os inimigos naturais das pragas. Nas imagens, observam-se ovos de
crisopídeos (A) e sirfídeo (B) colocados junto a uma colónia de afídeos, assim como uma larva (C) e
um adulto (D) de coccinelídeo Scymnus aptezi a alimentar-se de afídeos.
Figura 9.7 | As sebes de madressilvas são particularmente interessantes na valorização dos
ácaros predadores, que nelas encontram abundância de presas, tal como eriofídeos e tetraniquídeos, estados imaturos de outros pequenos
artrópodos e também pólen.
Figura 9.8 | As roseiras-bravas são hospedeiras
de cigarrinhas que, não atacando a vinha,
permitem a sobrevivência, no Inverno, de
parasitóides do género Anagrus. Durante o
período de actividade vegetativa, parte da
população destes auxiliares desloca-se para
a vinha, para parasitar os ovos de cigarrinhas
nocivas à cultura, como é o caso da cigarrinha-verde.
60
61
10 | Referências bibliográficas
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Rodrigues R. 2012. Organismos auxiliares. Em Manual Bayvitis: a fitossanidade da videira. II Edição. Bayer CropScience: 178-192.
Sentenac G. (coord). 2011. La faune auxiliaire des vignobles de France. Éditions
France Agricole, 421 pp.
Torres LM. 2006. A fauna auxiliar do olival e a sua conservação. João Azevedo
Editor. Terra transmontana, 92 pp.
Torres L, Ferreira J. 2012. Insectos auxiliares – identificação e limitação natural
de pragas. Em Ferreira J (coord.). As bases da agricultura biológica – Tomo I, Produção vegetal. 2ª Ed. Edibio, Edições, Lda, Castelo de Paiva: 330-343.
11
Glossário
64
65
11 | Glossário
Abdómen – região do corpo dos artrópodos situada após o tórax ou o cefalotórax
consoante se trate de insectos ou de aracnídeos
Balanceiros – pequenas estruturas situadas de cada lado do mesotórax, representando as asas posteriores (dípteros) (ver halteres)
Cefalotórax – região do corpo dos aracnídeos constituída por segmentos cefálicos
e torácicos
Coriáceo – duro como o couro
Élitros – asa anterior espessa, coriácea ou córnea (coleópteros)
Hemiélitro – asa anterior dos heterópteros
Halteres – ver balanceiros
Ninfa - estado imaturo dos insectos que passam por metamorfoses simples;
estado imaturo de ácaros, possuindo quatro pares de patas
Protórax – segmento do tórax dos insectos mais próximo da cabeça, onde se
localiza o primeiro par de patas (patas anteriores)
Raptórias – modificadas como garras
Rostro – estruturas protraídas das peças bucais dos insectos sugadores
Tórax – região do corpo situada atrás da cabeça, que apresenta as patas e as asas
12
ANEXOS
ácaros
cigarrinha-da-flavescência
dourada; cigarrinha-verde;
ácaros tetraniquídeos
traça-da-uva
ácaros tetraniquídeos
cochonilhas
cigarrinha-da-flavescência
dourada; cigarrinha-verde
cigarrinha-da-flavescência dourada; áltica;
mosca-da-fruta
mosca-da-fruta
traça-da-uva
pirale; formas hibernantes
de insectos e ácaros;
cochonilhas; ácaros
traça-da-uva
ácaros
traça-da-uva; pirale
cigarrinha-da-flavescência
dourada; cigarrinha-verde
enxofre
fenepiroximato
fenoxicarbe
hexitiazox
imidaclopride
indoxacarbe
lambda-cialotrina
lufenurão
metoxifenozida
óleo de Verão
spinosad
spirodiclofena
tebufenozida
tiametoxame
-
○(1) ʘ(2)
○
?(1)
-
○(1;2)
●(2)?(1)
-
○(1)
○(1;2)
ʘ(2) ?(1)
-
○(2)
(1)
?(1)
-
○(1)
○
ʘ(2) ?(1)
○(1;2)
○(1;2)
○(2)
○
(1;2)
●(2)?(1)
ʘ(2) ?(1)
○(2) ʘ(1)
ʘ(2) ?(1)
○
(1;2)
○(1)
●(2)?(1)
○(1;2)
ʘ(2) ?(1)
ʘ(2) ?(1)
(2)
ʘ
ʘ(2)
○
(1)
○(2) ʘ(1)
●(1;2)
ʘ(2)
ʘ(1;2)
○
(1;2)
ʘ(2) ?(1)
●(2)?(1)
○(1;2)
ʘ(2)
ʘ(2)
○(2)
-
?
(1)
●(1;2)
●
(2)
○(1;2)
○(2)
○(1;2)
○(1;2)
○(1;2)
○(1;2)
○(2)
(1)
●(2)?(1)
(2)
○(1;2)
○(2)
-
○(1;2)
●(2) ○(1)
○(1;2)
○(2)
○
(2)
-
(1)
●(2)
○(2)
○(1)
-
-
-
●(1;2)
ʘ(2) ?(1)
ʘ(2) ?(1)
○
(1;2)
ʘ(2) ?(1)
○(2) ?(1)
ʘ(2) ?(1)
○(2)?(1)
●(1;2)
(2)
Antocorídeos
ʘ(2)
Nabídeos
-
-
-
○(1)
-
○
(1)
○(1)
●(1)
?(1)
○(1)
-
-
-
-
?(1)
-
●
(1)
-
-
?(1)
Himenópteros
parasitóides
●(1)
●(2)?(1)
○(1;2)
○(2)
ʘ(2)
○(2)
○
(1;2)
●(2)?(1)
●(2)?(1)
ʘ(2)
●(2)?(1)
○
(1;2)
○(2) ?(1)
●(2)?(1)
ʘ(2) ?(1)
●(2)?(1)
●(2)?(1)
●
(1;2)
○(2) ?(1)
○(2) ?(1)
●(1;2)
Ácaros fitoseídeos
?
(1)
●(1)
○(1) ʘ(2)
○(1;2)
ʘ(2) ?(1)
ʘ(2) ?(1)
ʘ(2)
○
(1;2)
○(1;2)
●(2)?(1)
○(2) ?(1)
ʘ(2) ?(1)
○
(1;2)
○(1;2)
ʘ(2)
ʘ(2) ?(1)
●(2)?(1)
●(1;2)
●
(2)
○(1,2)
○(2) ʘ(1)
●(1;2)
?(1)
○(1)
-
○(1)
-
○
(2)
○(1)
?(1)
○(1)
○(1)
-
-
●(1)
-
-
?(1)
?
(1)
-
○(1)
●(1)
Aranhas
●(1)
○(1)
○(1)
●(1)
-
-
-
●(1)
●(1)
●(1)
○(1)
-
-
○(2)
?(1)
●(1)
-
○(1)
●(1)
●(1)
Legenda: Toxidade fauna: ○ Neutro a pouco tóxico; ʘ Medianamente tóxico; ●Tóxico ou muito tóxico; ? Informação contraditória; -- Informação inexistente; (1) e-phy, 2014; (2) Oliveira et al.,
2014
traça-da-uva
emamectina
(benzoato)
●(1;2)
?(1)
● ○
●
-
ʘ
?
cochonilhas
cigarrinha-da-flavescência dourada; áltica;
curculionídeos
clorpirifos
deltametrina
ʘ(2)
●(2)
(1)
-
(2)
○(1;2)
○(1) ʘ(2)
○(2)
traça-da-uva
●(1)
clorantranilipol
○(1;2)
○(1;2)
?(1)
traça-da-uva
ʘ(1)
Coccinelídeos
Bacillus thurigiensis
Coleópteros do solo
● (1)
Sirfídeos
áltica
Finalidade
Crisopídeos
α-cipermetrina
SUBSTÂNCIA
ACTIVA
Abelhas
Anexo 1.1. | Toxidade de substâncias activas insecticidas e acaricidas homologadas em protecção integrada da vinha em 2013, para os principais inimigos naturais das
pragas das vinhas e polinizadores
66
67
podridão-cinzenta
mildío
mildío
mildío
mildío
mildío; podridão-negra
podridão-cinzenta
oídio
míldio
oídio
oídio
míldio
míldio
míldio
míldio
míldio
míldio
Bacillus subtilis QST 713
benalaxil+mancozebe
benalaxil – M +
mancozebe
benalaxil+folpete
benalaxil – M + folpete
bentiavalicarbe+
mancozebe
boscalide
boscalide +
cresoxime - metilo
ciazofamida
ciflufenamida
ciflufenamida +
difenoconazol
cimoxanil +
hidróxido de cobre
cimoxanil +
oxicloreto de cobre
cimoxanil + oxicloreto de
cobre + propinebe
cimoxanil + cobre (oxicloreto
+ sulfato) + mancozebe
cimoxanil + famoxadona
cimoxanil + famoxadona
+ folpete
-
●
-
míldio
-
-
-
(2)
(2)
-
ʘ
ʘ(2)
○
○
-
-
-
-
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ʘ(2)
ʘ(2)
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-
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-
○(2)
○(2)
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-
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○(2)
-
○(2)
○(2)
(2)
○(2)
○(2)
(2)
○(2)
○(2)
-
○(2)
○(2)
ʘ(2)
○(2)
○(2)
Crisopídeos
○(1;2)
Antocorídeos
○(2)
Nabídeos
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Himenópteros
parasitóides
ʘ
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●(1)
-
○(1)
-
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●(2)
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○(2)
○(2)
○(1;2)
ʘ(2)
○
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○(2)
ʘ(2)
ʘ(2)
ʘ(2)
○(2)
○(1;2)
Ácaros fitoseídeos
ʘ(2)
ʘ(2)
-
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-
-
-
-
-
ʘ(2)
ʘ(2)
○(2)
○(2)
○(2)
○(2)
○(2)
○(2)
○(2)
ʘ(2)
○
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○(2)
ʘ(2)
ʘ(2)
ʘ(2)
○(2)
○(1;2)
Aranhas
Legenda: Toxidade fauna: ○ Neutro a pouco tóxico; ʘ Medianamente tóxico; ●Tóxico ou muito tóxico; ? Informação contraditória; - - Informação inexistente; (1) e-phy, 2014; (2) Oliveira et al., 2014
cimoxanil + propinebe
cimoxanil + metirame
cimoxanil+ mancozebe
-
ʘ(2)
ʘ(2)
-
míldio
cimoxanil+ fosetil-Al +
mancozebe
ʘ(2)
-
-
ʘ(2)
ʘ(2)
-
ʘ(2)
-
ʘ(2)
-
-
-
-
-
-
-
-
míldio; oídio
cimoxanil + folpete +
tebuconazol
ʘ(2)
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ʘ(2)
ʘ(2)
ʘ(2)
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-
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-
-
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●(2)
-
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○(1)
-
-
-
-
-
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-
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míldio
míldio
cimoxanil + folpete
+metalaxil
ʘ
(2)
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ʘ(2)
-
ʘ(2)
○(2)
○(2)
míldio
míldio
cimoxanil + folpete +
mancozebe
-
○(2)
-
-
○(2)
○(2)
-
-
ʘ(2)
-
○(1)
○(1)
Coleópteros do solo
-
míldio
cimoxanil +folpete +
fosetil-Al
Coccinelídeos
○(1;2)
Sirfídeos
-
míldio
cimoxanil + folpete
míldio; oídio
oídio; míldio; podridão-negra
azoxistrobina + folpete
cimoxanil+flusilazol+folpete
oídio; míldio; escoriose;
podridão-negra
Finalidade
azoxistrobina
SUBSTÂNCIA ACTIVA
Abelhas
Anexo 1.2 | Toxidade de substâncias activas fungicidas homologadas em protecção integrada da vinha em 2013, para os principais inimigos naturais das pragas das vinhas
e polinizadores.
68
69
míldio
míldio
míldio
oídio
míldio
míldio
míldio
oídio; escoriose
oídio
míldio; escoriose
míldio
oídio
podridão-cinzenta
míldio
míldio; escoriose
míldio; escoriose
míldio
míldio
míldio
míldio
míldio
míldio; oídio
míldio
míldio
míldio; escoriose
míldio
podridão-cinzenta
míldio; escoriose
míldio
míldio; podridão-negra
míldio
podridão-cinzenta
oídio
míldio; escoriose
míldio; escoriose;
podridão-negra
cimoxanil + sulfato de
cobre e cálcio
ciprodinil
ciprodinil+ fludioxonil
cresoxime-metilo
dimetomorfe + folpete
dimetomorfe + mancozebe
dimetomorfe
+ piraclostrobina
enxofre
espiroxamina
famoxadona+ mancozebe
fenamidona+fosetil de Al
fenebuconazol
fenehexamida
fluopicolida + fosetil-Al
folpete
folpete + fosetil-Al
folpete + fosetil-Al +
iprovalicarbe
folpete+iprovalicarbe
folpete + mandipropamida
folpete + metalaxil
folpete + metalaxil-M
folpete + piraclostrobina
folpete + valifenalato
fosetil-Al
fosetil-Al + mancozebe
hidróxido de cobre
iprodiona
mancozebe
mancozebe + metalaxil
mancozebe + metalaxil-M
mancozebe + zoxamida
mepanipirime
meptildinocape
metirame
metirame + piraclostrobina
Coccinelídeos
Colóopteros do solo
○
○
-
○ ●
-
○
-
-
○(1)
-
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○(1;2)
○(1;2)
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-
-
Nabídeos
-
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Antocorídeos
-
-
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ʘ(2)
Sirfídeos
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Crisopídeos
ʘ(2)
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●(2)
Himenópteros
parasitóides
(2)
(2)
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○
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? ʘ
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○(1)
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○(1;2)
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○
○
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○
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○(1;2)
○(2)
○(2)
○(2)
●(2)
Ácaros fitoseídeos
○(2)
○(2)
-
-
○(2)
ʘ(2)
Aranhas
Legenda: Toxidade fauna: ○ Neutro a pouco tóxico; ʘ Medianamente tóxico; ●Tóxico ou muito tóxico; ? Informação contraditória; - - Informação inexistente; (1) e-phy, 2014; (2) Oliveira et al., 2014
míldio
Finalidade
cimoxanil+propinebe
+tebuconazol
SUBSTÂNCIA ACTIVA
Abelhas
Anexo 1.2 (cont.) | Toxidade de substâncias activas fungicidas homologadas em protecção integrada da vinha em 2013, para os principais inimigos naturais das pragas
das vinhas e polinizadores.
70
71
oídio
oídio
míldio
míldio
míldio
míldio
míldio
míldio
oídio
oídio
podridão-cinzenta
oídio; escoriose
oídio
oídio
míldio
míldio
míldio
oídio
oídio; podridão-negra
oídio
podridão-cinzenta
oídio; podridão-negra
miclobutanil
miclobutanil + quinoxifena
oxicloreto de cobre
oxicloreto de cobre +
dimetomorfe
oxicloreto de cobre +
iprovalicarbe
oxicloreto de cobre +
mandipropamida
oxicloreto de cobre +
metalaxil
óxido cuproso
penconazol
piraclostrobina
pirimetanil
propinebe
proquinazida
quinoxifena
sulfato de cobre e cálcio
sulfato de cobre tribásico
sulfato de cobre e cálcio +
mancozebe
tebuconazol
tebuconazol
+ trifloxistrobina
tetraconazol
tiofanato de metilo
trifloxistrobina
Coccinelídeos
○
○
○
-
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(1;2)
○
-
-
○(2)
-
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-
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○(2)
○(2)
○
(1;2)
-
-
(1;2)
-
○(2)
○(1)
○(2)
○(2) ?(1)
-
○
-
(1;2)
○(2)
-
-
●
○(2)
-
-
-
-
○
-
○(2)
(1)
○
○
(2)
○
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○(1) ʘ(2)
-
○(2)
○(1;2)
ʘ(2)
ʘ(2)
○(2)
○(2)
○
(2)
-
-
○
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-
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-
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Nabídeos
-
-
-
-
-
-
-
○
(1;2)
-
○
(1)
-
Antocorídeos
○(2)
○(1;2)
ʘ(2)
ʘ(2)
ʘ(2)
-
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(2)
○(2)
(1)
ʘ(2)
○(2)
-
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-
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Crisopídeos
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○(2)
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(1;2)
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○
(1)
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Sirfídeos
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Colóopteros do solo
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○
(1;2)
-
○
●(2)
○
(1;2)
○
(2)
○(1;2)
○(2)
ʘ(2)
ʘ(2) ?(1)
ʘ(2)
○(2)
○
?
(2) (1)
○
(1;2)
?(1) ʘ(2)
○(2)
○(2)
○(1;2)
ʘ(2)
○(2)
○
○
○
(2)
(2)
-
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-
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?
●
(2) (1)
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○(1;2)
○(1;2)
(1)
○(1;2)
○(2)
○(2)
○(2)
○(2)
○
(1;2)
○(2)
○
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(1)
?
ʘ(2)
○(2)
(1)
○(2)
○(2)
○(2)
○(2)
○(2)
○
(1;2)
○(2)
○
(1;2)
○(2)
Himenópteros
parasitóides
(1;2)
Ácaros fitoseídeos
○(2)
Aranhas
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○(1)
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○(1)
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○(1)
-
Legenda: Toxidade fauna: ○ Neutro a pouco tóxico; ʘ Medianamente tóxico; ●Tóxico ou muito tóxico; ? Informação contraditória; - - Informação inexistente; (1) e-phy, 2014; (2) Oliveira et al., 2014
oídio
Finalidade
metrafenona
SUBSTÂNCIA ACTIVA
Abelhas
Anexo 1.2 (cont.) | Toxidade de substâncias activas fungicidas homologadas em protecção integrada da vinha em 2013, para os principais inimigos naturais das pragas
das vinhas e polinizadores.
72
73
-
-
amitrol + tiocianato de amónio
carfentrazona-etilo
cicloxidime
diflufenicão + glifosato (sal de
isopropilamónio)
diflufenicão + glifosato (sal de
isopropilamónio) + oxifluorfena
flazassulfurão
fluazifope- P-butilo
glifosato (sal de amónio)
glifosato (sal de isopropilamónio)
glifosato (sal de potássio)
glifosato + oxifluorfena
glifosato +piraflufena-etilo
glufosinato de amónio
isoxabena
oxifluorfena
pendimetalina
quizalofope-P-etilo
-
(2)
-
○
-
○(2)
○(2)
(2)
○
○
?
(2)
●
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ʘ
(2)
○(2)
○(2)
ʘ
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○(2)
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(2)
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○
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●
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(2)
○(2)
ʘ
(2)
(2)
ʘ(2)
○
●
(2)
○(2)
ʘ(2)
ʘ
(2)
ʘ(2)
ʘ
(2)
○
(2)
-
-
-
○
(2)
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●(2)
○
(2)
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●
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○(1)
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-
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(2)
●(2)
○(2)
ʘ
?
(2)
(1)
●
(2)
●(2)
●(2)
ʘ
(2)
ʘ(2)
ʘ
(2)
ʘ
●(2)
○(2)
○
(2)
○(2)
○
(1;2)
○
(2)
○(2)
○(2)
(2)
ʘ(2)
ʘ(2)
○
(2)
○(2)
○(2)
○
○
○
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(2)
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(2)
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ʘ
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-
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-
-
-
Himenópteros
parasitóides
-
-
Ácaros fitoseídeos
-
○(2)
(2)
○
(2)
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-
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○
(2)
Antocorídeos
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Nabídeos
(2)
○
-
○
(1)
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-
-
-
-
-
-
(2)
-
Crisopídeos
-
-
-
Coleópteros do solo
○
-
Sirfídeos
○(2)
Aranhas
Legenda: Toxidade fauna: ○ Neutro a pouco tóxico; ʘ Medianamente tóxico; ●Tóxico ou muito tóxico; ? Informação contraditória; - - Informação inexistente; (1) e-phy, 2014; (2) Oliveira et al., 2014
-
Coccinelídeos
amitrol
SUBSTÂNCIA ACTIVA
Abelhas
Anexo 1.3l Toxidade de substâncias activas herbicidas homologadas em protecção integrada da vinha em 2013, para os principais inimigos naturais das pragas
das vinhas e polinizadores
74
75
76
77
Anexo 2 | Plantas com interesse na valorização de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
herbáceas
herbáceas
Almeiroa, Crepis capillaris
Arruda, Ruta montana
Espargo-silvestre-menor, Asparagus acutifolius
Funcho-bravo, Foeniculum vulgare
Cenoura-brava, Daucus carota
Énula-peganhosa, Inula viscosa
Hipericão, Hypericum perforatum
Leituga, Hypochoeris radicata
Erva-polvilhenta, Andryala integrifolia
Ervilhaca-comum, Vicia sativa
Malva, Malva sp.
Nabiça, Brassica napus
78
79
Anexo 2 (cont.) | Plantas com interesse na valorização de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
herbáceas
arbustivas
Pampilho-de-micão, Coleostephus myconis
Saruga, Bromus diandrus
Alecrim, Rosmarinus officinalis
Bela-luz, Thymus mastichina
Tremocilha, Lupinus luteus
Trevo-comum, Trifolium pratense
Esteva, Cistus ladanifer
Estevinha, Cistus salvifolius
Trevo-branco, Trifolium repens
Urtiga, Urtiga dioica
Giesta-branca, Cytisus multiflorus
Giesta-negral, Cytisusb scoparius
80
81
Anexo 2 (cont.) | Plantas com interesse na valorização de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
arbóreas
arbustivas
Madressilva, Lonicera sp.
Rosêlha, Cistus albidus
Abrunheiro-bravo, Prunus spinosa
Espinheiro, Crataegus monogyna
Rosmaninho, Lavandula stoechas
Silva, Rubus sp.
Folhado, Viburnum tinus
Medronheiro, Arbutus unedo
Sabugueiro, Sambucus nigra
Salgueiro, Salix sp.
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Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projecto EcoVitis “Maximização dos serviços do ecossistema vinha".
Co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural – Ministério da Agricultura e do Mar – Fundo
Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural – A Europa investe nas zonas rurais.
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