ALERGIA AO OVO DE GALINHA (AOG)

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Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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HISTÓRIA NATURAL
ALERGIA AO OVO DE GALINHA (AOG)
AOG inicia-se nos dois primeiros anos de vida. A maior incidência a
AOG é nas crianças até 3 anos de idade gira em torno de 2%. Nas crianças
com dermatite atópica a incidência AOG aumenta um pouco mais, em torno
de 3%.
O ovo de galinha, leite de vaca e o trigo são à base de nossa
alimentação, alimentos importantes usados em nossa culinária.
ALÉRGENOS DO OVO DE GALINHA
AOG é desencadeada principalmente pela as proteínas da clara do
ovo. O ovomucoide é considerado um alergeno importante, apresenta
relativa estabilidade ao calor e a digestão as proteinases quando comparado
com outros alérgenos do ovo.
Os principais alérgenos (proteínas) são o ovomucóide (Gal d1), a
ovoalbumina (Gal d2) e a ovotransferrina (Gal d3) todos encontrados na clara
e alfa-livetina (Gal d5) encontrada na gema. As claras de outras aves como,
peru, pata, gansa e codorna apresentam reação cruzadas com a clara de ovo
de galinha.
A importância do conhecimento dos sinais e sintomas facilita o
diagnóstico, com isto evita sofrimento desnecessário ao portador da AOG
com alimentação restritiva.
QUADRO CLÍNICO
A sensibilização ao ovo geralmente ocorre por via digestiva. A
sensibilização pode se manifestar de forma imediata (anticorpos IgE) e tardia
(imunidade celular), embora os dois mecanismos possam ocorrer
simultaneamente.
Os sintomas imediatos começam em minutos após a ingestão do ovo,
pode afetar o sistema respiratório (asma/rinite), gastrointestinal (vômitos,
diarreia e dores abdominais), sistema cardiovascular (queda de pressão e
choque anafilático) e/ou pele (urticaria e angioedema).
Os sintomas tardios ao ovo ocorrem mais na infância é a dermatite
atópica. As exacerbações da DA ocorrem em torno de 6 horas após a
ingestão do ovo e podem não ser precedidas por reações imediatas.
Destaca-se um risco aumentando de anafilaxia grave induzida por
alimentos em pacientes asmáticos.
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AV. BANDEIRANTES, 515 – TELEFONE (43) 3324-3303 – LONDRINA - PARANÁ
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Esofagite eosinofílica pode ser uma associação entre imunidade
celular e humoral, com predominância celular. Os mais afetados são meninos
portadores de Dermatite atópica.
Sensibilização ao ovo pode ocorrer por via inalatória, descrito em
trabalhadores expostos a concentrações elevadas de suas proteínas dispersas
no ar. O contato com estes alérgenos da clara do ovo induz crises de asma
ocupacional.
RESUMO DAS ALERGIAS AO OVO
Mecanismo
Clínica
Hipersensibilidade
imediata
Hipersensibilidade
imediata
Hipersensibilidade
imediata-tardia
imediata-tardia
Hipersensibilidade
Urticária, angioedema, coceira;
Rinite, laringoespasmo, broncoespasmo,
Choque anafilático;
Urticária de contato;
Asma ocupacional;
Esofagite eosinofílica;
Exacerbação dermatite atópica;
DIAGNÓSTICO
A história clinica é muito importante na investigação diagnóstica,
pois 75% das percepções dos pais foram corretas e 25% incorretas.
Quando o mesmo quadro é relatado acima de 3 vezes, existe um
acerto dos pais em 100%.
TESTES ALÉRGICOS PARA OVO
TIPO DE TESTE
Dosagem de IgE
Teste de provocação
Teste de exclusão do alimento
RAST Test
OBSERVAÇÃO
Não tem valor diagnóstico, pois não descrimina a
alergia da não-alergia;
Padrão diagnóstico, porém tem custo elevado,
demorado e pode induzir reações clínicas
potencialmente graves;
Teste in vitro e prick test positivo tem pouca
utilidade, se a história clinica não for convincente;
Quando positivo indica sensibilição, porém não
indica o risco de reações fatais.
TRATAMENTO
A dieta de exclusão do ovo é o único meio disponível na prevenção da
reação alérgica. Isto inclui a educação da família (paciente, pais, avós) e/ou
cuidadores.
Lembrando que a exclusão não descarta o risco de exposições
acidentais aos componentes do ovo.
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EVOLUÇÃO
Alergia ao ovo manifesta-se em torno de 3 anos e 70% deles se
tornam tolerantes ao alimento. Embora existam casos de tolerância
mais tardia. Medicações não são efetivas em prevenir reações graves.
VACINAS
A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola – MMR) e a dupla
viral (sarampo, rubéola - MR) são preparadas em fibroblastos de embriões de
galinha e podem conter quantidade mínima de alérgenos de ovo de galinha.
A Academia Americana de Pediatria não contraindica as vacinas e vários
estudos indicaram que as vacinas MMR e MR podem ser administras com
segurança a todos os pacientes com alergia ao ovo.
A ANVISA recomenda que as vacinas contra Influenza e febre
amarela não devem ser aplicadas em portadores de alergia ao ovo.
OLHO VIVO
DIETA SEM OVOS (ESPECIALMENTE A CLARA)
Palavra-chave – rótulo
Alimentos a vigiar
Albumina
Lisozima
Globulina
Lecitina
Ovoalbumina
Ovoglobulina
Ovomucina
Ovovitelina
Chocolates;
Sorvetes, sorvetes de frutas e sobremesas;
Pudins, bolos e musses
Produtos de pastelaria;
Carnes preparadas;
Merengues;
Sopas;
Molhos e molhos de salada;
Maionese ;
Torrada à francesa, waffles e panquecas;
(Yang, AC; Varalda, DB; - Alergia a ovo - Clínica da Alergia Alimentar – Castro, LFM; Jacob, CMI;
Castro, APBM; pag 99-114, Ed Manole, 2010).
Bertoni, LC; Desordens Alimentares: medidas preventivas, 2 de 5; 18/2/2009 –
www.alergiarespiratoria.com.br;
Bertoni, LC; Desordens Alimentares: Intolerância alimentar metabólica, 3 de 5; 16/3/2009 –
www.alergiarespiratoria.com.br;
IMPORTANTE
AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ALERGISTA PARA ESCLARECIMENTO.
.
As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui caráter informativo e educativo.
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Member of Brazilian of Allergy and Clinical Immunology Society (ASBAI)
Member of World Allergy Organization (WAO)
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