Ecossistema Vaginal – Gutemberg Almeida – Trocando Ideias 2016

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TROCANDO IDÉIAS XX
ECOSSISTEMA VAGINAL
Gutemberg Almeida
ABPTGIC
UFRJ
ISSVD
CONTEÚDO VAGINAL NORMAL
VOLUME – 3 a 4g/dia
ASPECTO – fluida
COR - incolor, transparente, branca-leitosa
ODOR – inodoro
pH – 3,8 a 4,5
BACTÉRIAS - 105 a 106 bactérias/ml
MODIFICAÇÃO NO CONTEÚDO VAGINAL
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
•Idade
•Fases do ciclo
•Excitação sexual
•Gravidez
ALTERAÇÕES DO ECOSSISTEMA
•Antibióticos
•Duchas vaginais
•Preparados vaginais
•Relações sexuais freqüentes
•Infecções
ECOSSISTEMA VAGINAL
Células - epitélio escamoso, cilíndrico, leucócitos
Transudato - água, sais minerais e aminoácidos
Fluxo vaginal - descamação celular, transudato
vaginal, secreções do útero e trompas, muco cervical,
glândulas de Bartholin e Skene
Microbiota (flora) – Lactobacillus vaginalis produtores
de peróxido + 15 tipos de cocos
- Germes possíveis: Gardnerella, Mobiluncus,
Candida, Streptococus agalatiae, Micoplasma
Estrogênio
Células escamosas
Lactobacillus (H2O2)
Glicogênio
Ácido Lático
Aumento de Lactobacillus
Diminuição do pH
Inibição das bactérias anaeróbias
Sobel J, Annu Rev Med, 2000
MICROFLORA VAGINAL
Lactobacillus vaginalis (produtores de peróxido)
Stafilococcus coagulase–negativo
Stafilococcus coagulase-positivo
Streptococcus anaeróbios
Enterococcus
Difteróides
Bacteróides
Mycoplasma
Escherichia coli
Coliformes
ESTUDO DO CONTEÚDO VAGINAL
Anamnese
Exame físico
Medida do pH
Teste das aminas (Whiff test)
Citologia a fresco – microscópio
Bacterioscopia corada (GRAM) - microscópio
Culturas específicas
ESTUDO DO CONTEÚDO VAGINAL
A FRESCO (SF 0,9% e OHK 10%)
Simples, barato, rápido, objetivo
Alta sensibilidade e alta especificidade
CULTURAS ESPECÍFICAS
Candida spp - Sabouraud, Nickerson
Trichomonas vaginalis – Diamond
Gardnerella vaginalis – não se usa
Sistema de escore de esfregaço vaginal (GRAM)
Escore
0
1
2
3
4
Lactobacilos
4+
3+
2+
1+
0
Gardnerella/ Bacteróides
0
1+
2+
3+
4+
Cocos curvos
0
1+ ou 2+
3+ ou 4+
Escore = Lactobacilus + Gardnerella/Bacteróides + Cocos curvos
0 a 3 – Flora bacilar (NORMAL)
4a6 –
(INTERMEDIÁRIA)
7 a 10 – Flora cocácea (VAGINOSE)
Nugent et al., J Clin Microbiol, 1991
ESTUDO DO CONTEÚDO VAGINAL
Flora tipo I : Lactobacilos 90% + Bactérias 10% (Bacilar)
Flora tipo II: Lactobacilos 50% + Bactérias 50% (Intermediária)
Flora tipo III: Lactobacilos 10% + Bactérias 90% (Cocácea)
Donders et al, Am J Obstet Gynecol, 2000
CÉLULA SUPERFICIAL
Lactobacillus vaginalis
CÉLULA SUPERFICIAL
Bactérias
VAGINOSE BACTERIANA
CONCEITO
O termo vaginose é utilizado pois não há resposta
inflamatória, ou seja, acúmulo de leucócitos.
bacteriana porque é caracterizada por
aumento anormal de bactérias anaeróbicas e
aeróbicas, com predomínio das anaeróbicas
Lactobacillus H202
Acido lático
Gardnerella
Anaeróbios
Mobiluncus
pH
Mycoplasma
Descamação
Poliaminas
Enzimas
Transudação
Corrimento
Clue cells
Odor
Enzimas: Cadaverina, Putressina, Trimetilamina
Sobel J, Annu Rev Med, 2000
VAGINOSE BACTERIANA
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE AMSEL
Fluxo vaginal - branco-acinzentado, aderente, bolhoso
pH – maior que 4.5
Teste das aminas (Whiff test) – positivo
Células escamosas - Clue cells
Obs: O diagnóstico clínico falha em 40%
Mínimo de três critérios
Não se utiliza cultura do conteúdo vaginal
Critérios de Nugent é o padrão-ouro
Amsel et al., Am J Med, 1983
VAGINITE ATRÓFICA
ETIOLOGIA
• MENOPAUSA
•
•
•
•
•
OOFORECTOMIA BILATERAL
FALÊNCIA OVARIANA PRECOCE
RADIOTERAPIA
QUIMIOTERAPIA
MEDICAÇÕES ANTI-ESTROGÊNICAS
• PUERPÉRIO E LACTAÇÃO
Estrogênio
Células escamosas
Lactobacillus (H2O2)
Glicogênio
Ácido Lático
Aumento de Lactobacillus
Diminuição do pH
Inibição das bactérias anaeróbias
Sobel J, Annu Rev Med, 2000
Estrogênios
Lactobacillus (H2O2)
Células escamosas
Glicogênio
Ácido Lático
Diminuição de Lactobacillus
Aumento do pH
Supercrescimento de bactérias coliformes
VAGINITE ATRÓFICA
SINTOMAS
• RESSECAMENTO
•
•
•
•
•
•
DESCONFORTO
QUEIMAÇÃO
PRURIDO
CORRIMENTO
DISPAREUNIA
SANGRAMENTO
Obs: 60 a 90% das mulheres são assintomáticas
VAGINITE ATRÓFICA
SINAIS
•
•
•
•
•
•
VAGINA LISA
MUCOSA VAGINAL FINA
PALIDEZ DA MUCOSA
HIPEREMIA DIFUSA
PETÉQUIAS
CORRIMENTO
VAGINITE ATRÓFICA
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO
•
•
•
•
pH - 6,5
WHIFF TEST – Negativo
CITOLOGIA A FRESCO
CITOLOGIA CORADA (Papanicolaou)
Ausencia de células superficiais, lactobacillus e
parasitas
Presença de células parabasais e leucócitos
III CONGRESSO
LATINOAMERICANO
DE PATOLOGIA VULVOVAGINAL
7 - 8/ Outubro /2016
WINDSOR FLÓRIDA HOTEL
Rio de Janeiro - Brasil
OBRIGADO
INSTITUTO DE GINECOLOGIA DA UFRJ
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