Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Valquíria Alves Viana do Castelo 2014 Microbiologia: Componente essencial em qualquer Programa de Controlo de Infecção PPCIRA 2013 Clinical Microbiology and Infection Prevention Daniel J. And Michael A. Saubolle JOURNAL OF CLINICAL MICROBIOLOGY, Sept. 2011, p. S57–S60 Hospital Epidemiology and Infection Control, Lippincott Willians & Wilkins, Philadelphia,2004 Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Préanalítico • Elaborar Normas de colheita e transporte • Racionalização dos pedidos microbiológicos Analítico Pósanalítico • Utilizar métodos validados e actualizados • Usar um programa de avaliação da qualidade • Definir regras de valorização clínica • Relatar informação clinicamente relevante • Em tempo útil Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Fornecer alertas diários Fluxograma do modo de funcionamento do Sistema de Alerta de Microrganismos “Problema” Isolado Microrganismo Problema Alerta! CCI informada via e-mail Informação de alerta no SAM CCI visita serviço e verifica implementação de medidas de contenção ou contacta com Unidade de Saúde onde o doente é seguido ou está internado. Microrganismos problema: Microrganismos de fácil transmissão Microrganismos multirresistentes Microrganismos Problema: Fácil transmissão: Infecções em crianças por vírus sincicial respiratório, parainfluenza, metapneumovírus, enterovírus Infecções por Influenza A Infecções entéricas, em doentes incontinentes, por E. coli enterohemorrágica O157:H7, Shigella, hepatite A ou rotavírus Clostridium dificille Mycobacterium tuberculosis Microrganismos Problema MDR: Placeholder for your own subheadline Enterococcus spp. resistentes à vancomicina; Streptococcus pneumoniae com resistência elevada à penicilina; Staphylococcus aureus resistentes à meticilina MRSA; Microrganismos Problema MDR: Placeholder for your own subheadline Acinetobacter spp multirresistente; Pseudomonas aeruginosa resistentes à piperacilina (e análogos), ceftazidima, carbapenemes ou aminoglicosideos Bacilos Gram-negativo resistentes às cefalosporinas de 3ª geração (E. coli, Klebsiella, Serratia, Enterobacter, Proteus, Providencia, Morganella e Citrobacter); Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Estratégias para o Controlo das IACS na ULSM Abordagem multidisciplinar Decisão institucional Formação Precauções básicas Isolamento de contacto Utilização racional de antibióticos Doentes de maior risco Vigilância Rastreio activo Prevalência na admissão >10% em 2012 :12,1% Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Vigilância activa – rastreio de colonização por MRSA e Acinetobacter baumannii MR Em 2007 introdução de exame cultural de rastreio de Acinetobacter baumannii MR Em 2008 introdução de teste rápido de rastreio de MRSA por PCR em tempo real em regime de urgência ( 24/7) Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Microrganismos 2013 N=6846 Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Avaliar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Criar orientações para a terapêutica empírica Amox-Ac.clavulânico Proteus mirabilis Klebsiella oxytoca Enterobacter cloacae Morganella morganii Pseud. aeruginosa Staphylococcus aureus Staph. saprophyticus Enterococcus faecalis Total de Estirpes mais Beta - lactâmicos resistênciasAmpicilina Klebsiella pneumoniae menos resistências Escherichia coli Estirpes da comunidade mais prevalentes (% de Susceptibilidade) - 2013 1738 347 223 54 47 39 150 166 40 162 53 83 62 69 90 100 80 71 Oxacilina Cef - Acetil/Sódica Cefotaxima 85 91 91 72 72 94 94 76 76 96 75 96 96 85 87 Ceftazidima 79 Piperacilina -Taz 78 Meropenem/Imip 81 83 Aminoglicosídeos Gentamicina 94 88 89 100 100 87 91 75 Outros Nitrofurantoína 98 100 Cotrimoxazol 77 72 62 94 100 72 Ciprofloxacina 82 65 69 85 98 56 99 60 Clindamicina 69 Ác. Fusídico 95 Fosfomicina Clin Infect Dis 52: e103-e120 99* 74* 54* < 50% de sensibilidade entre 50 e 80% de sensibilidade >80% de sensibilidade Resistências Naturais Serviço de Patologia Clínica - Microbiologia l ULS Matosinhos - Hospital Pedro Hispano 98 100 Klebsiella pneumoniae Proteus mirabilis Enterobacter cloacae Pseud. aeruginosa Staphylococcus aureus Enterococcus faecalis Enterococcus faecium Total de Estirpes Escherichia coli Estirpes hospitalares mais prevalentes (% de Susceptibilidade) - 2013 308 174 69 35 142 145 106 72 Microrganismo multirresistente + frequente Ampicilina 47 Amox-Ac.clavulânico 76 55 40 8 67 78 78 52 Oxacilina Cefotaxima 100 90 51 99 72 78 Ceftazidima Piperacilina -Taz 85 39 99 69 79 Meropenem/Imip 100 100 100 Gentamicina 93 68 87 97 86 Amicacina 97 90 100 97 90 100 76 75 Aminoglicosídeos Outros Nitrofurantoína 98 99 Cotrimoxazol 75 49 67 91 Ciprofloxacina 73 44 59 86 100 68 Linezolide 100 100 100 Vancomicina 100 100 75 99 Colistina < 50% de sensibilidade entre 50 e 80% de sensibilidade >80% de sensibilidade Resistências Naturais Para mais informações consultar o site da ULSM Beta - lactâmicos Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Monitorizar e divulgar resistências Streptococcus pneumoniae R Penicilina Streptococcus pneumoniae R Penicilina Orientações da British Thoracic ; IDSA/ATS; Sociedade Portuguesa de Pneumologia ; normas nacionais Pseudomonas aeruginosa Pseudomonas aeruginosa – Evolução de Resistências Escherichia coli Escherichia coli ESBL+ Número de estirpes estudadas por ano Klebsiella pneumoniae Klebsiella pneumoniae ESBL+ Número de estirpes estudadas por ano Staphylococcus aureus Evolução da taxa e densidade de incidência de MRSA 100% 3,00 2,80 90% 2,50 80% 70% 67% 62% 60% 66% 1,90 65% 62% 2,00 1,80 57% 56% 57% 48% 50% 40% 1,50 1,30 1,20 0,95 30% 1,00 0,95 0,68 20% 0,59 0,50 10% 0% 580 429 356 285 276 218 189 139 145 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Taxa OXA ‰ 0,00 Clostridium difficille 50 0,40 43 40 38 0,31 0,30 0,28 29 30 0,20 19 20 0,14 0,17 0,19 22 0,20 0,18 0,13 13 0,10 0,09 10 0 19 17 22 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 13 19 38 29 43 17 19 22 22 N ‰ Número de estirpes estudadas por ano 0,00 Norma nº 004/2013 de 21/02/2013 atualizada a 08/08/2013 ASSUNTO: Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos PARA: Todos os laboratórios do Sistema Nacional de Saúde Microrganismos “problema” - notificação, com uma periodicidade de 3 meses, no máximo: a. Origem invasiva (do Sangue e LCR): • Pseudomonas aeruginosa √ 15 • Acinetobacter spp. √ 1 • Enterobacteriaceae √ 154 • Staphylococcus aureus √ • Enterococcus faecalis √ 14 22 • Enterococcus faecium √ • Streptococcus pneumoniae √ b. Outra origem: Clostridium difficile. √ 1 15 Proportion of Methicillin resistant Staphylococcus aureus (MRSA) isolates in participating countries in 2012 Proporção de MRSA isolados em hemoculturas e LCR em Portugal e ULSM em 2007-2012 Proporção (%) de MRSA - HPH Proporção (%) de MRSA - Portugal 60,0% 59,7% 54,6% 53,4% 52,9% 49,1% 48,4% 53,8% 45,9% 41,2% 35,0% 31,5% 38 21 33 28 21 17 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Proporção de Escherichia coli com Resistência a Cefalosporinas de 3ªg isoladas em hemoculturas e LCR em Portugal e ULSM em 2007-2012 Proporção (%) R 3ªg Cef-HPH Proporção (%) R 3ªg Cef-Portugal 14,7% 11,2% 11,8% 11,2% 12,1% 10,8% 9,8% 7,7% 6,0% 4,4% 2,6% 0,0% 91 77 72 90 61 75 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Proporção de Klebsiella pneumoniae com Resistência a Cefalosporinas de 3ªg isoladas em hemoculturas e LCR em Portugal e ULSM em 2007-2012 Proporção (%) R 3ªg Cef-HPH Proporção (%) R 3ªg Cef-Portugal 52,9% 44,3% 41,1% 36,2% 32,6% 29,1% 30,7% 28,8% 18,2% 18,2% 17,5% 6,5% 24 23 35 17 22 20 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Seite 43 Microrganismos alerta: Microrganismos de fácil transmissão MDR XDR PDR Clin Microbio Infect. 2012 Mar;18(3):268-81. Multidrug-resistant, extensively drug-resistant and pandrug-resistant bacteria: an international expert proposal for interim standard definitions for acquired resistance. Norma nº 004/2013 de 21/02/2013 atualizada a 08/08/2013 ASSUNTO: Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos PARA: Todos os laboratórios do Sistema Nacional de Saúde Microrganismos “alerta” - notificação imediata, num prazo de 48 horas: Pseudomonas aeruginosa MR se <5% √ Acinetobacter spp. MR se <5% Enterobacteriaceae I ou R aos carbapenemes √ Staphylococcus aureus R vancomicina, daptomicina e linezolide√ Enterococcus faecalis R Vancomicina se <5% √ Enterococcus faecium R vancomicina se <5% Estirpes alerta 2013 (n=11) Estirpes Fenótipos Mecanismos de resistência R ertapenem S imipenem S meropenem ESBL: ampC adquirida (PMAB) associada a eventual mecanismo de impermeabilidade Klebsiella pneumoniae R ertapenem S imipenem S meropenem ESBL: ampC adquirida (PMAB) associada a eventual mecanismo de impermeabilidade Klebsiella pneumoniae R ertapenem S imipenem S meropenem ESBL: ampC adquirida (PMAB) associada a eventual mecanismo de impermeabilidade Klebsiella pneumoniae R ertapenem R imipenem R meropenem (sinergia carbapenemo/DPA) Produção de metalo-beta-lactamase (carbapenemo/DPA) Acinetobacter baumannii (n=5) Resistentes carbapenemos + tobramicina + amicacina+ ciprofloxacina + sensível à colistina Produção de carbapenemase cromossómica (grupo OXA 51) Produção de carbapenemase adquirida Pseudomonas aeruginosa (n=2) Resistentes carbapenemos + tobramicina + amicacina+ ciprofloxacina + pip/taz + sensível à colistina e ceftazidima Produção de carbapenemase cromossómica (grupo OXA 50) Enterobacteriaceae(n=4) Klebsiella oxytoca www.ulsm.pt Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Monitorizar e divulgar resistências Detecção, investigação e controlo de surtos Detecção, investigação e controlo de surtos Detecção precoce de “clusters” ou surtos (Aumentos significativos da incidência de determinado tipo de infecção ou de determinado agente) Rápida notificação, colaboração com a CCI para o rastreio de novos casos, de profissionais de saúde (se necessário) e respectiva determinação de fenótipos Guardar as estirpes para genótipos Clinical Microbiology and Infection Prevention Daniel J. And Michael A. Saubolle JOURNAL OF CLINICAL MICROBIOLOGY, Sept. 2011, p. S57–S60 Microbiologia no controlo e prevenção de IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Monitorizar e divulgar resistências Detecção, investigação e controlo de surtos Na CCI….CCIRA……PPCIRA Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) Grupo Coordenador Local do PPCIRA (CCIRA) da Unidade Local de Saúde de Matosinhos NÚCLEO EXECUTIVO Médico – Cirurgião – 2h/semanais Prof. Taveira Gomes Assistente Técnica – 35h/semanais D. Rosalina Alves Publicado no Boletim Informativo nº 03/2014 de 27/01/2014 Planeamento de Atividades 2014 3. Estratégias de Registo e Monitorização Continuar os objetivos já propostos, com participação na rede nacional de registo do PPCIRA, constituído por: 1. Microrganismos – Problema e Microrganismos-Alerta 2. Estudo de Prevalência de Infeção - Protocolo europeu HELICS 3. Vigilância da Infeção Nosocomial da Corrente Sanguínea 4. Protocolo europeu HELICS Cuidados Intensivos 5. Protocolo europeu HELICS Cirurgia 6. Vigilância da Infeção em Neonatologia 7. Campanha Nacional de Higiene das Mãos ……na CCI….CCIRA