Anais do I Congresso de Saúde DeVry | UNIFAVIP - "Saúde Humanizada: sujeitos, práticas e perspectivas em busca de uma qualidade de vida em sociedade" - ISBN: 978-85-5722-008-9 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - NUTRIÇÃO CLÍNICA FIBRA ALIMENTAR – INGESTÃO ADEQUADA E EFEITOS SOBRE A SAÚDE DO METABOLISMO OSVALDO CORDEIRO GALVÃO NETO, KARINE BARRETO DA SILVA, YARA DAYANA DIAS RODRIGUES, GEÓRGIA KAROLINE CAVALCANTE GALVÃO Introdução: O consumo de fibras alimentares de forma adequada na dieta usual parece reduzir o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas tais como, doença arterial coronariana (DAC), acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitos (DM) e algumas desordens gastrointestinais. Além disso, o aumento na ingestão de fibras melhora os níveis dos lipídeos séricos, reduz os níveis de pressão arterial, melhora o controle da glicemia em pacientes com DM, auxilia na redução do peso corporal e ainda atua na melhora do sistema imunológico. Os avanços tecnológicos aplicados nos alimentos, como o refinamento, leva a retirada de elementos essenciais ao nosso organismo, como fibras, vitaminas e minerais. Objetivo: Identificar a eficácia do uso dos alimentos integrais na a saúde e no metabolismo dos indivíduos. Métodos: Foi realizado por meio de uma pesquisa no banco de dados scielo, google acadêmico, pubmedi, EBSCO, biblioteca virtual de saúde, no idioma português entre os anos de 2006 à 2013. Resultados: De uma forma geral as fibras são classificadas como fibras solúveis e fibras insolúveis. As solúveis são facilmente fermentadas no colón, enquanto as insolúveis não são fermentadas, entretanto ambas ajudam no trabalho de formação do bolo fecal, promovendo maior mobilidade ao trato gasto intestinal. Entende-se que os efeitos positivos da fibra alimentar estão de alguma forma relacionados ao fato de que uma parte da fermentação de seus componentes ocorre no intestino grosso, levando uma maior velocidade ao trânsito intestinal, além de melhor balanço sobre o pH do cólon e sobre a produção de subprodutos com importante função fisiológica. A maior ingestão de fibra alimentar na dieta está associado com menores prevalências de DAC, AVC e doença vascular periférica. Os fatores de risco ligados às DCV, como HAS, DM e obesidade, são também menos frequentes em indivíduos com maior consumo de fibras na dieta. O consumo destas fibras de forma adequado apresenta redução na pressão arterial diastólica, entretanto, não apresenta redução considerável na pressão arterial sistólica. Na obesidade, as fibras ingeridas por pacientes obesos reduz a ingestão maior quantidade de caloria, - 225 - Anais do I Congresso de Saúde DeVry | UNIFAVIP - "Saúde Humanizada: sujeitos, práticas e perspectivas em busca de uma qualidade de vida em sociedade" - ISBN: 978-85-5722-008-9 uma vez que aumentam o bolo alimentar e promove a saciedade, além de aumentar o tempo de mastigação e expandir o estômago. As fibras têm papel fundamental no paciente com DM, pois seu consumo influencia na redução da resposta glicêmica pós-prandial após as refeições ricas em carboidratos. Esse efeito é provavelmente explicado pela viscosidade das fibras solúveis, que desse modo retarda o esvaziamento gástrico e a absorção de macronutrientes a partir do intestino delgado. Entretanto, estudos revelaram não ser a fibra solúvel a responsável, mais sim, o consumo de fibra insolúvel de cereais e grãos integrais que está consistentemente associado ao risco reduzido de DM tipo 2. Conclusão: Com isso, podemos concluir que a ingestão de fibras alimentares está associada a redução significativa dos níveis de glicose, pressão arterial e de lipídeos séricos. Como também sobre redução de doenças crônicas, incluindo DCV, DM e neoplasia de cólon em indivíduos com maior ingestão de fibras. Apesar das evidências, são necessários mais estudos que comprovem de forma coesa a ingestão de fibra no tratamento dessas patologias. Palavras-chaves: Fibras na Dieta; Prevenção de Doenças; Colesterol; Diabetes Mellitus. - 226 -