50º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 50º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2004 Costão do Santinho • Florianópolis • Santa Catarina • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-04-6 [email protected] Palavras-chave: K562, eletroporação e transferência gênica Santos, DG; Delgado-Cañedo, A; Kvitko, K Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Genética. Otimização de protocolo para transferência gênica empregando a técnica de eletroporação em linhagem eritroleucêmica K562 A linhagem celular K562 é derivada de pacientes acometidos por leucemia mielóide crônica (LMC). Essas células caracterizam-se pela presença do chamado cromossomo Philadelphia (Ph+) correspondente a translocação t(9;22) gerando uma proteína quimérica (BCR-ABL) com atividade constitutiva de tirosina quinase. Essa linhagem pode ser também empregada em estudos de eritropoiese, na avaliação de outros genes envolvidos na LMC e em estudos de novas abordagens terapêuticas, in vitro, envolvendo a LMC. A eletroporação tem se destacado nos últimos tempos como um método promissor para transferência gênica. Este método de transferência gênica induz a permeabilização da membrana celular, através do emprego de um pulso elétrico, permitindo a entrada de moléculas exógenas. Os parâmetros exigidos para o melhor emprego dessa técnica são altamente variáveis, sendo então necessário que se leve em consideração diversos fatores. Dentro desse contexto, empregando a linhagem celular K562, temos como objetivo a otimização de um protocolo de eletroporação de células eucarióticas, visando a eficiente transferência de DNA (pEGFP-N1), com a mínima morte celular. Nesse estudo, células K562 [1 x 107células/ml] foram eletroporadas sobre diferente condições de voltagem, capacitância e resistência, além de serem centrifugadas, para formação de pellet, a fim de aumentar a viabilidade. O equipamento empregado para eletroporação foi Gene Pulser I (Bio-Rad). A avaliação da viabilidade celular tanto antes quanto após o pulso foi realizada empregando teste de exclusão por azul tripan. A eficiência de transfecção foi observada 48hs após eletroporação, sendo então as células analisadas através de citometria de fluxo quanto a expressão da proteína EGFP. Dentro das diversas combinações de parâmetros testados, a condição que obteve melhor eficiência foi 420 V, 960 uF e 100 ohms. Nessa situação, atingiu-se entre 40-50% de células vivas, com eficiência de transfecção acima de 50%. A alta eficiência obtida na eletroporação, quando comparado com os dados da literatura, abre uma grande perspectiva na aplicação dessa ferramenta para futuras transferências de material genético, visando esclarecer a etiologia da LMC. 524