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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
Amanda Conceição Braga de Souza
Angela Brito Rodrigues Cruz
Danielle de Melo Viana
Nádila Ronnielly Fontel do Rosário
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE ATENDIDA NO
PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE - UM ESTUDO DE
CASO
Belém – PA
2008
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
Amanda Conceição Braga de Souza
Angela Brito Rodrigues Cruz
Danielle de Melo Viana
Nádila Ronnielly Fontel do Rosário
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE ATENDIDA NO
PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE - UM ESTUDO DE
CASO
Estudo de caso apresentado ao Centro Universitário do
Pará, como parte da 2ª avaliação do módulo “Atenção
Integral à Saúde da Coletividade”.
Orientadora: Hilma Souza e Adelaide Passos.
Belém – PA
2008
RESUMO
O presente estudo se propõe a apresentar o Programa de Estimulação Precoce da
Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente (URE-MIA/SESPA/Belém/PA),
estabelecer um plano assistencial de enfermagem a uma criança (I.V.R.P.),
acompanhada no referido programa, com diagnóstico médico de seqüela de meningite
tuberculosa (MT), e finalmente, destacar o papel da enfermagem no processo de
reabilitação dessa cliente. A seqüela da MT é ocasionada por lesão cerebral que
compromete funções neurais compatíveis com a região afetada. Seu quadro clínico é de
início insidioso, embora alguns casos possam ter um começo abrupto, marcado pelo
surgimento de convulsões. O acompanhamento da criança é realizado por uma equipe
multiprofissional que inclui a assistência sistematizada de enfermagem em nível de
recuperação da saúde. Os dados para este estudo foram obtidos durante as aulas práticas
do módulo: Atenção Integral à Saúde da Coletividade, por meio de entrevistas com os
cuidadores, equipe multiprofissional, registro fotográfico, observação direta da
dinâmica do programa e análise do prontuário da criança. Os resultados demonstraram a
importância desse programa para a nossa população, bem como a necessidade da
criação de serviços semelhantes em todo o Estado. Constatou-se ainda a relevante
contribuição da assistência sistematizada de enfermagem para a evolução do presente
caso, assim como de outras crianças portadoras de necessidades especiais
acompanhadas no programa. Portanto, concluímos que a assistência sistematizada de
enfermagem no Programa de Estimulação Precoce, otimiza a qualidade do atendimento
objetivando uma maior adesão da clientela, garantindo um trabalho e uma assistência de
qualidade.
Palavras-chave: estimulação precoce, meningite tuberculose, assistência de
enfermagem.
ABSTRACT
The present study if it considers to present the Program of Precocious
Stimulation of the Unit of Infantile and Adolescent Maternal Reference
(UREMIA/SESPA/Belém/PA), to establish a assistencial plan of nursing to a child
(I.V.R.P.), folloied in the related program, with medical diagnosis of sequel of
tuberculosa meningite (MT), and finally, to detach the paper of the nursing in the
process of whitewashing of this customer. The sequel of TM is caused by cerebral
injury that compromises compatible neural functions with the affected region. Its
clinical picture is of insidioso beginning, even so some cases can have an abrupt start,
marked for the sprouting of convulsions. The accompaniment of the child is carried
through by a multiprofessional team that includes the systemize assistance of nursing in
level of recovery of the health. The data for this study had been gotten during the
practical lessons, by means of interviews with the cuidadores, the multiprofessional
team, beyond photographic register, direct comment of the dynamics of the program and
analysis of the handbook of the child. The results had demonstrated the importance of
this program for our population, as well as the necessity of the creation of similar
services in all the State. The excellent contribution of the systemize assistance of
nursing for the evolution of the gift was still evidenced in case that, as well as of other
carrying children of folloied necessities special in the program. Therefore, we conclude
that the systemize assistance of nursing in the Program of Precocious Stimulation
optimizes the quality of the attendance objectifying a bigger adhesion of the clientele,
guaranteeing a work and an assistance of quality.
Word-key: precocious stimulation, meningite tuberculosis, assistance of nursing.
1. INTRODUÇÃO
O Programa de Estimulação Precoce (PEP) acolhe crianças com necessidades
especiais, tem como objetivo prevenir ou minimizar os problemas físicos ou
emocionais, através da equipe multidisciplinar juntamente com o apoio da família,
buscando o desenvolvimento e a integração da criança à Sociedade.
Dentre as necessidades especiais atendidas na URE-MIA, selecionamos uma
cliente que apresenta seqüela de meningite tuberculosa.
Meningite tuberculosa é uma das formas mais graves da tuberculose. A seqüela é
ocasionada por uma lesão cerebral envolvendo nervos que causam complicações muito
graves, marcado pelo surgimento de convulsões, o tratamento e o acompanhamento do
cliente são realizados através de uma equipe multiprofissional que inclui assistência de
enfermagem em nível de recuperação da saúde.
2. OBJETIVOS
Mediante a problemática, optou-se por este estudo a fim de divulgar o programa
de estimulação precoce, conhecer o acompanhamento do processo de reabilitação,
destacar a função do enfermeiro e propor o plano assistencial de enfermagem ao caso
em estudo.
3. PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE
O Programa de Estimulação Precoce, demanda do ministério da saúde,
operacionalizado através da secretária de saúde do Estado e municípios do Pará. Situado
Av. Alcindo Cacela, 142 - Umarizal – Belém/PA.
Os pacientes vêm encaminhados ao programa por unidades de referências,
demanda interna, demanda externa, unidades municipais de saúde, programas de saúde
da família, hospitais, outros municípios, orfanatos, entre outros.
As patologias referenciadas e atendidas no programa são: atrasos no
desenvolvimento neuropsicomotor (ADNPM); anóxia neonatal; baixo peso; convulsão;
prematuridade; atraso de linguagem; hidrocefalia; seqüela de hiperbilirrubinemia;
síndrome genética; microcefalia, seqüela de meningite, entre outros.
No Pará, esse programa foi implantado em 1990, segundo registros da UREMIA durante o ano de 2007, foram inscritos 315 crianças, 170 tem idade de 0 a 11
meses e 145 de 1 a 5 anos. E ao final do ano registrou-se 197 altas do total de inscritos.
3.1. FLUXOGRAMA
Programa Estimulação Precoce
Recepção
Triagem na 1ª consulta com Pediatra do programa.
Criança Comprometida
Criança Normal
UMS
Matricula
no
PEP
S. DOWN
APAE
3.2. ORGANOGRAMA
Programa Estimulação
Precoce
Criança de 0 a 7 anos.
Equipe de Saúde Multidisciplinar
Neurologista
Pediatra
Terapeuta Ocupacional
Fisioterapeuta
Enfermeiro
Fonoaudiólogo
Assistente Social
Psicologo
Nutricionista
Apoio
Otorrino.
Odonto. Ped.
Angiologista
Alergologia
Oftalmo.
Ortopedia
Cardio.
Fisiatria
Dermato.
Cirurg. Infan.
4. MENINGITE TUBERCULOSA
É uma doença subaguda e grave, é uma das complicações mais grave da doença
da tuberculose. O seu quadro clinico é de inicio insidioso, embora alguns casos podem
ter um começo abrupto, marcado pelo surgimento de convulsões. É dividido em três
estágios. O primeiro, geralmente dura de 1 a 2 semanas, com sintomas inespecíficos
como: febre, mialgia, sonolência, apatia, irritabilidade, cefaléia, anorexia, vômitos, dor
abdominal e mudanças súbitas do humor. O diagnóstico é feito pelo exame do líquor.
No segundo estagio, persistem os sintomas sistêmicos, mas surgem sinais e lesão de
nervos cranianos, exteriorizando-se por paresias e plegias, estrabismo, ptose palpebral,
irritação meninges e hipertensão intracraniana. Podem surgir sinais de encefalite, com
tremores periféricos, distúrbios da fala, trejeitos e movimentos atetóides das
extremidades. No terceiro, surgem déficit neurológico focal, opistótono, rigidez de
nuca, alterações do rítmo cardíaco e da respiração e graus variados de perturbação da
consciência, incluindo o coma. O paciente pode ou não ser reator ao teste tuberculínico.
Mycobacterium tuberculosis, é o agente etiológico, bacilo Gram positivo e o seu
reservatório é o homem com a forma pulmonar bacilifera.
O modo de transmissão ocorre principalmente por via aérea, por contato direto
com gotículas de secreção orofaríngea. Os casos de tuberculose pulmonar com
baciloscopia de escarro positivo eliminam grande número de bacilos, com maior
probabilidade de desenvolvimento de formas graves da doença, como a meningite. Seu
período de incubação de 4 a 12 semanas após a infecção é detectado as lesões primárias.
A meningite tuberculosa só é transmissível se estiver associada à tuberculose
pulmonar bacilífera, a qual a transmissibilidade se mantem enquanto houver doença
pulmonar ativar, assim que se inicia o tratamento quimioterápico anula a
contagiosidade. Suas complicações podem ser observadas com o aumento do perímetro
encefálico, retardamento mental, espasticidade e hipertonicidade muscular;
O Diagnóstico é feito através da punção lombar para estudo do líquido céfaloraquidiano (LCR), em geral, apresenta 50 a 500 linfócitos por ml. A reação de Mantoux
é positiva em 30% a 80% dos adultos e 90% das crianças. Nas primeiras semanas do
tratamento é freqüente uma piora liquórica, portanto, com o seguimento (controle) são
mais importantes o nível de consciência, os sinais meninges, febre e estado geral. A
tomografia cerebral pode ser indicada para detectar a existência de tuberculose e
hidrocefalia. A ressonância magnética evidência o espessamento meníngeo e os
possíveis tuberculomas.
O prognóstico é dado através da taxa de mortalidade global dos pacientes com
tuberculose do SNC, que gira em torno de 10%, sobretudo em lactentes e idosos. Nos
pacientes portadores de AIDS a incidência é maior e, consequentemente, o índice de
mortalidade também (cerca de 21%). Pacientes tratados tardiamente, já em coma,
apresentam taxa de óbito de 80%. Entre 20% e 30% dos pacientes que sobrevivem
apresentam seqüelas neurológicas (epilepsia, hemiparesias, retardo mental, surdez,
distúrbios visuais e oculomotores).
Para tratar os pacientes com meningite tuberculosa utiliza-se o esquema II de
controle da tuberculose (2 RHZ / 7 RH, sendo que 2 RHZ – 1ª fase, no prazo de 2 meses
e 7RH, em 7 meses) . O uso e corticosteróides pode ser necessário por um prazo de 2 a
4 meses. A fisioterapia deverá ser iniciada o mais precocemente possível;
Os pacientes portadores dessa doença podem apresentar algumas seqüelas, como
paralisia cerebral, retardo mental ou surdez. Pode causar danos irreparáveis ao
raciocínio, redução do quociente de inteligência (QI), principalmente as bactérias que
forem diagnosticadas com atraso. Nos extremos da idade, a doença é mais grave,
sobretudo na infância. Pode haver evolução para hidrocefalia, que é um aumento do
líquor no SNC. O SNC tem, basicamente 3 componentes: cérebro, sangue e líquor. O
líquor é o líquido céfalo-raquidiano. Se existe aumento de um desses fatores, os outros
ficam desequilibrados. As seqüelas provocadas pela meningite são tardias e persistentes,
pois a infecção é o sistema NC, onde teoricamente não há regeneração celular.
O risco de adoecimento é mais elevado nos primeiros anos de vida, porém, é
pouco comum nos menores de seis meses. Os grupos etários mais avançados e os
indivíduos HIV positivos também apresentam maior risco de adoecimento. Como
medida de controle é necessário à orientação da população sobre sinais e sintomas da
doença e a importância da manutenção de ambientes domiciliares e ocupacionais
ventilados. A vacinação com BCG reduz a incidência das formas graves de tuberculose.
4. FARMACOLOGIA:
A paciente faz uso do fonobarbital. Toma 30 gotas à noite.
Fenobarbital
Tem ação em convulsões experimentalmente induzidas e formas clínicas de
epilepsia; afeta a duração e a intensidade das crises artificialmente induzidas, e não o
limiar crítico, sendo (como a fenitoína) ineficaz no tratamento de crises de ausência. Os
usos clínicos do fenobarbital são praticamente os mesmos que os da fenitoína, embora a
fenitoína seja preferida em razão da ausência de sedação. É um dos anticonvulsivantes
mais usados.
Farmacodinâmica
 Age no sistema nervoso central.
Efeitos farmacocinéticos
 Após administração oral cerca de 80 % da dose administrada é rapidamente
absorvida pelo trato digestivo e inicia sua ação entre 30 e 60 minutos. A
concentração plasmática máxima é obtida dentro de aproximadamente 8 horas
em adultos e 4 horas em crianças. Difunde-se através da placenta e é excretado
no leite materno. Liga-se às proteínas plasmáticas em torno de 60% em crianças
e 50% em adultos. Distribui-se em todo o organismo, principalmente no cérebro
devido sua lipossolubilidade. O principal local de metabolização é o fígado,
dando origem a um metabólito hidroxilado inativo que sofre posterior
glucoroconjugação ou sulfoconjugação para excreção renal, cerca de 25% são
excretados na urina sem biotransformação. A sua meia-vida plasmática pode
atingir 40 a 70 horas em crianças e 50 a 140 horas em adultos.
Contra-indicações
 É contra-indicado em pacientes com lesão hepática ou renal grave, crianças
hipercinéticas, hipersensibilidade ao fármaco, depressão respiratória
particularmente o recém-nascido, e pacientes com insuficiência respiratória,
hepática, coma, dispnéia, na gravidez e durante a amamentação.
Posologia
 Adultos: por via oral: 2 a 3mg/kg/dia em dose única ou fracionada.
 Crianças: usam-se 3mg/kg a 4mg/kg, por dia, em dose única ou fracionada, mas
em lactentes de poucas semanas as doses são menores 1mg/kg a 2 mg/kg. Não se
deve ultrapassar 120mg ao dia.
5. COMPETÊNCIAS DA ENFERMAGEM NO PROGRAMA
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Consulta de Enfermagem;
Participação no atendimento de urgência quando necessário;
Supervisão do serviço de Enfermagem;
Planejamento;
Organização do material impresso e registro;
Solicitação de material permanente de consumo;
Estatística anual;
Estimular a participação efetiva dos cuidadores nas atividades do programa;
Durante a consulta de enfermagem o enfermeiro deve ter seus objetivos muito
bem definidos, pois as orientações referentes aos cuidados de higiene a uma
criança com necessidade especial é de suma importância, pois dele dependerá o
sucesso do atendimento dos demais profissionais que atuam no manuseio direto
do paciente pois certas infecções cutâneas – mucosas podem retardar o
tratamento. Uma mucosa oral integra certamente ira favorecer um atendimento
mais eficaz por parte do fonoaudiólogo e do nutricionista;
A equipe do programa de estimulação precoce compete otimizar a qualidade do
atendimento objetivando uma maior adesão da clientela, visando um tratamento
mais eficaz.
Critérios de alta na enfermagem:
Faixa etária 5 anos com extensão até 7 anos;
Esquema vacinal completo;
Condições de higiene satisfatória;
Criança com peso ideal para idade.
6. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado Na Unidade
de Referência Materno Infantil e Adolescente, uma instituição pública de saúde do
Sistema Único de Saúde, em Belém do Pará, durante a aula prática relativa ao módulo:
Atenção Integral à Saúde da Coletividade, do curso de graduação de enfermagem do
CESUPA. Participou deste estudo, uma cliente atendida com seqüela de meningite
tuberculose.
Os dados foram coletados através de entrevista e aconteceu em momento e local
favorável, possibilitando ao cliente e seu responsável o conforto para atender as
solicitações, bem como obter informações dos profissionais de saúde, análise de
prontuário multiprofissional, registro fotográfico e observação de campo.
Para a realização do estudo, foram respeitados os aspectos éticos que envolvem
pesquisas em seres humanos, tendo o cliente e seus cuidadores sido informados sobre o
objetivo e consentimento livre e esclarecimento para participação do estudo.
Foi necessária a revisão de literaturas em livros, revistas e dados indexados na
internet, e para a identificação dos diagnósticos de enfermagem, adotou-se a taxonomia
da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). A partir das
identificações dos diagnósticos, procedeu-se a análise fundamentando-se a literatura
selecionada, e em seguida, elaborado o plano de assistencial de enfermagem.
7. ANÁLISE DE CASO
 HISTÓRICO DA PACIENTE
IVPR, dois anos, sexo feminino, cor parda, natural de Belém-PA. Mora com
mais de treze pessoas, em casa alvenaria, com sete cômodos, um banheiro interno, fossa
séptica, água encanada e tratada, energia elétrica, quintal seco, rua bloqueteada, coleta
de lixo regular, há presenças de roedores e insetos na redondeza.
Foi admitida na Policlínica em 2005, apresentando febre, onde permaneceu por 9
dias, após a alta foi encaminhada ao Instituto Evandro Chagas. Genitora informa que
continuou apresentando febre. Depois de um mês, com sintomas de febre e vômito foi
internada na Clínica Pio XII, recebendo alta logo em seguida. Após alguns dias, deu
entrada à Santa Casa de Misericórdia do Pará, apresentando crises convulsivas onde
ficou por um mês, recebendo cuidados na Unidade de Terapia Intensiva. Após a saída
da santa casa, foi encaminhada ao Hospital Universitário João de Barros Barreto, para
implantar a derivação ventrículo peritoneal (DVP) devido apresentar hidrocefalia. Após
a alta foi encaminhada à Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente, onde
foi admitida no Programa de Estimulação Precoce, em maio de 2007. Ao iniciar o
tratamento não deambulava e não falava, não sentava e não se mexia.
Ao exame físico encontra-se consciente, orientada, não deambulando e não
articulando palavras e com dificuldade para apanhar objetos com a mão esquerda, pele
íntegra, mucosas normocoradas, couro cabeludo sem lesões, pavilhão auricular, conduto
auditivo e fossas nasais sem anormalidades, acuidade visual normal, cavidade oral
íntegra.
 PLANO ASSISTENCIAL ENFERMAGEM
Problemas
- Dificuldade
em formar
frases
Diagnósticos
- Comunicação
verbal prejudicada,
relacionada à
habilidade diminuída,
retardada ou ausente
para receber,
processar, transmitir,
evidenciado por
dificuldade para
formar frases e
verbalizar.
Intervenções
- Incentivar a articulação de palavras;
- Identificar um método para comunicar as
necessidades básicas;
- Identificar fatores que promovam
comunicação;
- Estabelecer um método de comunicação
apropriado par a idade;
- Fazer o encaminhamento e o
acompanhamento como o fonoaudiólogo.
Resultados
- Demonstrar melhor
capacidade de
expressar-se;
- Evidenciar
entendimento por
parte dos cuidadores;
- Apresentar
evolução no
tratamento com a
fonoaudióloga.
- Dificuldade
para
apreensão de
objetos com a
mão esquerda
- Atraso no
crescimento e
desenvolvimento,
relacionada à
conseqüências de
incapacidade física,
evidenciada por
dificuldade em
desempenhar
habilidades típicas do
grupo etário.
- Orientar o cuidador a possibilitar a
independência da criança nas atividades
diárias, como: escovar os dentes, segurar o
copo e a colher, enxugar a boca e outros;
- Permitir horas de lazer, com
acompanhamento do cuidador;
- Acompanhar e realizar a higiene da
criança.
- Demonstrar um
crescimento nos
comportamentos
apropriados à idade;
- Apresentar melhora
na apreensão;
- Realizar atividades
diárias sozinha;
- Demonstrar
interesse em realizar
as atividades;
- Apresentar
habilidades motoras.
- Falta de
equilíbrio
- Risco de queda,
relacionada a
neuropatia,
evidenciado por
dificuldade na marcha.
- Identificar os fatores de risco para
- Demonstrar
acidentes;
melhora na marcha.
- Inspecionar regularmente a pele da criança;
- Promover um ambiente seguro para as
atividades.
- Dificuldade
em
deambular
- Deambulação
prejudicada,
relacionada a prejuízo
neuromuscular
evidenciada pela
capacidade
prejudicada de
percorrer as distâncias
necessárias.
- Incentivar a deambulação segura e
movimento completo;
- Garantir que a criança esteja usando os
auxiliares para a deambulação;
- Alertar e demonstrar situação de perigo;
- Promover a mobilidade e o movimento
ideal;
- Auxiliar no transporte ou locomoção da
criança;
- Proporcionar educação para a saúde;
- Aumentar os percursos progressivos a cada
dia;
- Avaliar a resposta à deambulação.
- Aumentar as
distâncias
percorridas;
- Apresentar
adaptação na sua
forma de locomoção
6. CONCLUSÃO
Os resultados deste trabalho nos permitiram conhecer, a importância do
programa de estimulação precoce, para a reabilitação do paciente, minimizando os
problemas físicos ou emocionais, buscando desenvolvimento e a integração do paciente
à sociedade, através do processo educativo e assistencial com uma intenção integrada de
equipe multiprofissional.
A atuação do enfermeiro no programa de estimulação precoce, trazendo uma
contribuição relevante à prática profissional do enfermeiro e ao atendimento
integralizado às necessidades da paciente e da sua família, e houve a possibilidade de
identificar os diagnósticos que colaboraram para a elaboração do plano assistencial de
enfermagem.
Portanto, podemos constatar que a assistência sistematizada de enfermagem para
a evolução do presente caso e de outras crianças portadoras de necessidades especiais,
no programa de estimulação precoce, otimiza a qualidade do atendimento, refletindo
numa maior adesão da clientela, e conseqüentemente, promovendo uma melhor
qualidade de vida para essas crianças especiais, levando em consideração o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de acordo com a saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HINRICHSEN, Sylvia Lemos. DIP, doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janiero:
MEDSI, 2005. 1098p. il.
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