DESENVOLVIMENTO DAS SEMENTES Profª. Marcela Carlota Nery Tecnologia e produção de sementes Formação da Semente Fonte: Daniel de Granville www.ib.usp.br/beelife www.passionflow.couk/images/nitseed DAG 503 - Fisiologia de Sementes Tecnologia e produção de sementes 1 Formação da Semente Sacarose Frutose Glicose Acúmulo de açúcares Acúmulo Aminoácidos Amidas Proteínas Amidos Lipídeos, etc Substâncias mais simples Tecnologia e produção de sementes Desenvolvimento da Semente Semente É o óvulo desenvolvido após a fecundação com estruturas complexas constituídas de reservas de nutrientes, um embrião, protegido pelo tegumento. -Morfogênese Embrião -Maturação da semente Reservas Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 2 Desenvolvimento da Semente Dicotiledôneas O cotilédone funciona como um órgão de reserva transitório, o embrião acumula amido, proteína e fosfato. Monocotiledôneas O embrião armazena uma pequena quantidade de lipídeos no escutelo. A reserva de carboidratos são polimerizadas no endosperma e as proteínas são armazenadas na camada de aleurona. Tecnologia e produção de sementes Reguladores de Crescimento São substâncias produzidas naturalmente em pequenas quantidades pela própria planta e normalmente, atuam longe do seu local de origem Auxinas Giberelinas Citocininas Aba Fitatos Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 3 Objetivo Determinar a maturidade fisiológica, momento no qual a semente se desliga da planta-mãe, sem prejuízo a qualidade fisiológica. Determinação da melhor época de colheita. Tecnologia e produção de sementes Diferenciação Morfogênese Maturação Pós-Germinação Germinação Matéria seca (Emb. e End.) Mobilização de Reservas Amaciamento do endosperma Solidificação do endosperma Tolerância a Dessecação Dessecação Conteúdo de GA3 ABA Dormência Dupl. DNA, div.cel. Reparo DNA, Dupl. Dupl. DNA Quiescência B-Tubulina, microtúbulos B-Tubulina, microtúbulos Protrusão 28 35 42 49 56 DIAS APÓS A POLINIZAÇÃO 63 12 24 36 48 HORAS APÓS A EMBEBIÇÃO Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 4 4 S IN T E S E D E L E A P R O T E IN A S H ID R Ó L IS E D E PR O T E IN A S D E R ESERV A IN ÍC IO D O S PRO CESSO S D E R EPAR O S SEM ENTES R E C A L C IT R A N T E M E T A B O L IZ A Ç Ã O D E A ÇU C AR ES GERMINAÇÃO GERMINÁVEL 3 D IS F U N Ç Ã O D A M EM BR A N A PR O T E Ç Ã O D E M EM BRANAS FO R M A Ç Ã O D E V ID R O RADÍCULA E CRESCIMENTO PROTUSÃO DA METABOLISMO REATIVAÇÃO DO ENZIMAS MEMBRANAS E EMBEBIÇÃO E REATIVAÇÃO DE QUIESCÊNCIA DESSECAÇÃO ACUMULO DE MATÉRIA SECA DO EIXO DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 1 2 NÍVEIS DE HIDRATAÇÃO Características Bioquímicas Tecnologia e produção de sementes Unidades de Conservação Criopreservação Conservação a longo prazo Espécies com sementes sensíveis à desidratação N2 líquido – 196°C vapor – 150°C Desafio - impedir a formação de cristais de gelo. (Wetzel et al., 2003) Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 5 Características Físicas e Fisiológicas Tamanho das sementes Teor de água Conteúdo de massa seca Germinação Vigor Tecnologia e produção de sementes Características Físicas e Fisiológicas Tamanho da semente Zigoto Semente madura Carvalho e Nakagawa, 1980. Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 6 Características Físicas e Fisiológicas Teor de água (%) Zigoto Semente madura Carvalho e Nakagawa, 1980. Tecnologia e produção de sementes Características Físicas e Fisiológicas Teste de tetrazólio em sementes de soja Danos de umidade ESTRIAS Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 7 Características Físicas e Fisiológicas Massa seca (g) Zigoto Semente madura Carvalho e Nakagawa, 1980. Tecnologia e produção de sementes Características Físicas e Fisiológicas Germinação (%) Zigoto Semente madura Carvalho e Nakagawa, 1980. Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 8 Características Físicas e Fisiológicas Tecnologia e produção de sementes Características Físicas e Fisiológicas Vigor Zigoto Semente madura Carvalho e Nakagawa, 1980. Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 9 índices de Maturação (g. %) Características Físicas e Fisiológicas Teor de umidade Tamanho Vigor Matéria seca Germinação Tecnologia e produção de sementes Relação fonte-dreno no desenvolvimento da semente Folhas Açúcares (sacarose) Sacarose glicose + frutose Embrião e Endosperma Outras partes da planta carboidratos + aa´s Raiz nutrientes minerais Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 10 Germinação de sementes Profa. Marcela Carlota Nery Tecnologia e produção de sementes Desenvolvimento de sementes Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes Fonte: Marcos Filho, 2005 11 Conceitos de Germinação • Fim “repouso fisiológico” – início germinação Fisiologistas Tecnologistas Agrônomos É a reativação do crescimento do embrião, resultando na ruptura da cobertura da semente e na emergência da plântula (Copeland & McDonald, 1995) Conjunto de processos fisiológicos no embrião que se inicia com a embebição e culminam na protrusão da radícula dos envoltórios da semente. Tecnologia e produção de sementes fl hp rp rs A B C E D rp Representação esquemática das fases da germinação de sementes de Calophyllum brasiliense até o estádio de plântula. A – emergência da raiz primária, B – alongamento da raiz primária, C-D – alongamento do hipocótilo e emissão das raízes secundárias, E – folíolos expandidos. rp – raiz primária, hp – hipocótilo, fl – folíolo, rs – raiz secundária. UFLA, Lavras, MG, 2006. Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 12 Processo de Germinação Embebição Protrusão da radícula Processo bioquímico preparatório Tecnologia e produção de sementes Processo de Germinação Processo dirigido pelo gradiente de potencial hídrico (Ψ Ψ) entre a semente e seu ambiente: Ψ=Ψm+Ψp+Ψs Fase I: rápida entrada de água causa alteração na permeabilidade das membranas; Fase II: estabilização do conteúdo de água e ativação dos processos metabólicos; Fase III: início do crescimento do eixo embrionário e a retomada da absorção de água. Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 13 FASE III Ψp TEOR DE ÁGUA FASE II FASE I -Ψ Ψm - Ψo GERMINAÇAO VISÍVEL TOLERANTE INTOLERANTE TEMPO Tecnologia e produção de sementes Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 14 Tecnologia e produção de sementes Tipos de germinação • • a) b) • • Epígea ► cotilédones saem para fora do solo Ex.: feijão Fanerocotiledonar – cotilédones libertam do envoltório Criptocotiledonar – cotilédones+tegumento Hipógea ► cotilédones permanecem abaixo do solo Ex.: milho Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 15 Tecnologia e produção de sementes Fanerocotiledonar Criptocotiledonar Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 16 Tecnologia e produção de sementes MILHO Coleóptilo Primeiras folhas Hipocótilo Radícula Raiz Primária Raiz Seminal Germinação Hipógea Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 17 Fatores que afetam a germinação a) Fatores internos 1) Vitalidade e viabilidade Viabilidade: capacidade de uma semente em reter seu potencial germinativo; Vitalidade: se refere a organismo que tem vida. 2) Longevidade Tempo durante o qual a semente conserva a sua viabilidade. 3) Grau de maturidade 4) Dormência Não germinam quando colocadas em ambiente ideal. 5) Sanidade 6) Genótipo Tecnologia e produção de sementes Fatores que afetam a germinação b) Fatores do ambiente 1) Água • A semente deve atingir determinado conteúdo de água para germinar; • As sementes respondem diferentemente à quantidade de água no substrato: Um excesso pode tanto promover como inibir a germinação; • A entrada de água na semente depende de um gradiente de potencial hídrico entre o meio e a semente; • A deficiência de água pode ou mesmo inibir totalmente a germinação. 2) Temperatura • Atua na indução ou quebra de dormência quanto no crescimento embrionário; • Quebra de dormência pela estratificação; • Em algumas situações na germinabilidade e a velocidade de germinação apresentam temperaturas ótimas. Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 18 Fatores que afetam a germinação b) Fatores do ambiente 3) Oxigênio CONSUMO DE O2 RESPIRAÇÃO DURANTE A EMBEBIÇÃO DAS SEMENTES Padrão de consumo de O2 por sementes (exemplo hipotético). Tecnologia e produção de sementes Fatores que afetam a germinação b) Fatores do ambiente 3) Oxigênio 4) Luz fotoblásticas (+), fotoblásticas (–) e neutras Luz Vermelha Dormência FV660 Germinação FVE730 Vermelho distante Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 19 Fatores que afetam a germinação c) Fatores químicos • • Substâncias orgânicas: aleloquímicos e herbicidas ou pesticidas; Substâncias inorgânicas: íons como o nitrato. d) Fatores bióticos • • • • • Cobertura vegetal viva; Fungos presente no solo; Animais revolvem o solo; Ingestão de sementes por animais; Formigas que transportam frutos e sementes. Tecnologia e produção de sementes DAG 503 - Fisiologia de Sementes 20