9º ano - 2017 Colégio Ser! Prof.ª Marilia C. Camillo PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL CAUSAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Imperialismo (busca de mercados consumidores e matérias-primas); Neocolonialismo (partilha do planeta em áreas de interesse econômico); Revanchismo francês (após Guerra FrancoPrussiana) . Perda da Alsácia-Lorena; Pan-eslavismo russo: ideia da Rússia de unir todos os povos de língua eslava sob a sua tutela para poder conter o avanço do Império austrohúngaro.; Assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando. UNIFICAÇÃO ALEMÃ O mundo às vésperas do século XX Grande crescimento industrial: Inglaterra e França; Alemanha: crescimento industrial tardio. • Neocolonialismo: submissão econômica e alianças políticas europeias com as lideranças locais na Ásia e África; • Teorias racistas: subdesenvolvimento e atraso econômico associado a inferioridade étnicoracial; • Ultranacionalismo: crescia um sentimento de rivalidade entre as nações. PAZ ARMADA Guerra Franco-Prussiana (unificação da Alemanha); Grande crescimento econômico das potências europeias sustentado pela expansão dos domínios coloniais (Ásia e África); Neocolonialismo e Imperialismo: busca de fontes de matéria-prima e novos mercados consumidores para os produtos industrializados (séc. XIX e séc. XX); Partilha do planeta em vastos territórios coloniais e áreas de interesse das potências europeias; PARTILHA DA ÁFRICA (Conferência de Berlim 18841885). PAZ ARMADA ALEMANHA Industrialização tardia; Dificuldade em conquistar a África (mapa pág. 38); Entrada tardia na corrida neocolonialista (como Itália); Foco na Europa Oriental (Balcãs); Aproximação com a Itália. INGLATERRA E FRANÇA Primeiras potências a se industrializarem e primeiras na corrida neocolonialista; Junto com a Rússia, desagrado com a Alemanha pela aproximação à região dos Balcãs; Rússia ambicionava os Balcãs (interesses econômicos/comerciais – entrada tardia na corrida neocolonialista); PAN-ESLAVISMO Sentimento sérvio de hegemonia sobre a região da Bósnia, Herzegovina e Macedônia que demonstravam grande instabilidade desde a queda do Império Otomano na região. Rússia buscava obter um porto de águas quentes. O governo russo também direcionava sua política econômica para a expansão industrial, ambicionando os mercados consumidores de matéria-prima na península balcânica. Sérvia: principal região onde a Rússia vai propagar seu pan-eslavismo. DISPUTA PELOS BALCÃS ALEMANHA Aproximação com o Império Otomano (parte da atual Turquia) e península balcânica; Península balcânica: região não industrializada e conflituosa; Rivalidades com a França e Inglaterra... INGLATERRA E FRANÇA ...França: alimentava um forte sentimento de vingança pela perda da Alsácia-Lorena (revanchismo francês); ...Inglaterra: temiam que a pujança da indústria alemã a convertesse em potência naval (Inglaterra aproximase da França – tradicional inimiga inglesa). AUMENTA A TENSÃO Clima de tensão nas relações internacionais europeias crescia, impossibilitando uma resolução dos conflitos pacificamente. A qualquer momento, uma dessas diversas divergências que surgiam no mundo inteiro envolvendo interesses comerciais europeus poderiam deflagrar a guerra. A QUESTÃO MARROQUINA Choque de interesses que se desenrolou em solo marroquino durante os anos de 1904-1911; TROCA DE INTERESSES ENTRE FRANÇA E INGLATERRA: França e Inglaterra acordara, que sobre a Partilha da África, a Inglaterra manteria sua influência comercial na extensão do rio Nilo e em troca, aceitaria que a França mantivesse o Marrocos sob a sua área de influência. A QUESTÃO MARROQUINA Espanha controlava militarmente o litoral do Marrocos; Alemanha não aceitando a decisão entre a França e a Inglaterra, manda tropas para apoiarem a independência marroquina; Várias negociações com solução somente em 1911, com a aceitação da Alemanha sobre a permanência do domínio francês na região... Em troca a Alemanha recebe o Congo francês como colônia. ESSE FOI O ÚLTIMO CONFLITO RESOLVIDO POR MEIOS DIPLOMÁTICOS. O SISTEMA DE ALIANÇAS (1878-1914) TRÍPLICE ALIANÇA Alemanha; Império Austro-Húngaro; Itália (sai). Depois Império Otomano. - Os alemães já haviam firmado tratados de aliança com a Itália desde 1882 (quando esta perdera o domínio da Tunísia para os franceses); buscou tratados com o Império Austro-Húngaro e Otomano formando a Tríplice Aliança. O SISTEMA DE ALIANÇAS (1878-1914) TRÍPLICE ENTENTE Grã-Bretanha (Inglaterra), França e Rússia. Depois Itália entra (interesses em concessões territoriais) - 1881 a 1887: Aliança dos Três Imperadores (Áustria/Rússia e Alemanha); - Rússia, em vários tratados afasta-se cada vez mais da Alemanha, aproximando-se da Entende Cordiale (Tratado de proteção mútua entre França e Inglaterra - 1904) - Rússia: sai em 1917 (Revolução Bolchevique) ENTENDE CORDIALE: Origem da Tríplice Entente DEFLAGRAÇÃO DA 1ª GUERRA MUNDIAL Balcãs: séc. XIX muito disputado entre Império Russo e Império Austro-Húngaro. Foi palco de lutas nacionalistas baseadas no paneslavismo; Intenção Russa: alcançar o Mar Mediterrâneo; Áustria-Hungria: anexara a BósniaHerzegovina (fronteira com a Sérvia) era apoiada pela Alemanha que pretendia construir uma estrada de ferro Berlim-Bagdá (para comercializar o petróleo do Oriente Médio dominado pelos ingleses); Países eslavos Bósnia-Herzegovina Sérvia DEFLAGRAÇÃO DA 1ª GUERRA MUNDIAL Em 1914, o arquiduque austríaco Francisco Ferdinando visita Sarajevo (capital da BósniaHerzegovina) para pacificar as manifestações nacionalistas e anunciar uma possível aliança entre a Áustria-Hungria e os eslavos. Foi assassinado por um terrorista sérvio (Mão Negra) em 24/ junho/1914. Esse ato acirrou os ânimos acionando o Sistema de Alianças. Em 28 julho, após forte pressão para que os sérvios entregassem o assassino, o Império Áustro-Húngaro declara guerra à Sérvia. DEFLAGRAÇÃO DA 1ª GUERRA MUNDIAL Contando com a aliança da França, os russos mobilizam tropas e declaram guerra ao Império Áustro-Húngaro. A Alemanha declara guerra à Rússia e à França. Atravessa a Bélgica para atacar a França. A Inglaterra comprometida em defender a neutralidade da Bélgica, envia um ultimato aos alemães, que não recuam. A Inglaterra entra na guerra ao lado da França. A Alemanha no front leste Estratégias alemãs: 1ª fase da guerra (movimentação das tropas Submeter a França atacando Paris para depois enfrentar a Rússia; Plano Schlieffen: o plano consistia em avançar para a França ocupando Paris pelo Norte, passando pela Bélgica; mas... ...os franceses impedem o avanço alemão na Batalha do Marne (200 mil mortos). Paris salva. Imobilização dos exércitos e impasse. Plano Schlieffen – agosto/1914 2ª fase: GUERRA DE TRINCHEIRAS Estratégia devastadora que levou à continuidade dos ataques: a fixação de tropas em trincheiras; Cada inimigo tinha a garantia de um ponto de partida para avançar em território alheio. Cada m² era disputado, sem grandes avanços. Muitas mortes... 2ª fase da guerra: 1914-1917 Trincheiras: marcar posições; Inovações bélicas (metralhadora, submarinos e aviões); Batalha do Rio Somme - França (jul a nov 1916): uma das maiores batalhas da 1ª GG. Ofensiva anglo-francesa, com objetivo de romper com as linhas de defesa alemãs; Maiores baixas para a Grã-Bretanha. Afetou a consciência nacional dos britânicos ; Batalha de Verdum - França (fev a dez 1916): 260.000 mortos. Vitória da França. Alemanha entrincheirada. 2ª fase – Guerra de Trincheiras Trincheiras: marca registrada da 1ª Guerra Mundial Metralhadora Arma de destruição em massa da 1ª Guerra Mundial, inviabilizou movimentos de infantaria (deslocamento à pé e em massa de exércitos); Em casamatas, um só homem, munido de uma metralhadora conseguia abater até 100 inimigos. A Alemanha na frente Oriental Várias vitórias sobre os exércitos russos o que colabora com a saída da Rússia em 1917, através de acordo com a Alemanha. 1917 – Revolução Bolchevique. 3ª fase: 1917-1918 1917: ano decisivo... Entrada dos EUA na guerra: Navio norte-americano atingido por submarino alemão; Para salvar seus capitais investidos na Europa; Marinha alemã aumenta pressão sobre a marinha inglesa, para impedir o apoio dos suprimentos que vinham dos EUA via Oceano Atlântico; EUA: estava neutro desde o início do conflito. Rendição da Tríplice Aliança A entrada dos Estados Unidos beneficiou a Entente. A Rússia assinou um acordo de paz com a Alemanha, depois de sua saída da guerra, o que favoreceu a Alemanha. Logo depois, a Alemanha rompeu os Alpes, invadiu Veneza e iniciou um bombardeio em Paris. Os aliados revidaram e venceram os alemães e os austríacos foram vencidos pela Itália e abandonaram a guerra. A Alemanha não podia mais vencer a guerra e, diante da derrota militar e a revoltar popular, Guilherme II abdicou e a república foi proclamada em 9 de novembro de 1918. No dia 11, o governo alemão assinou o armistício aceitando as condições dos aliados. No entanto, o território alemão permanecia militarmente intacto, dando a impressão de que o conflito poderia se arrastar indefinidamente. Nesse contexto, surgem vários “tratados de paz”, para pôr fim ao conflito. De Woodrow Wilson, presidente dos EUA – 14 pontos de Wilson: “paz sem vencidos e sem vencedores” – pretensões colonialistas limitadas. Armistício de Copiégene – nov/1918 Critério para a definição das fronteiras nacionais seria: a nacionalidade. Não foi mantido pelas nações vencedoras no congresso em Versalhes em 1919. Sem a presença da Alemanha e demais derrotados, a França e a Inglaterra pressionaram os dirigentes estadunidenses a endurecer as sanções impostas aos derrotados. Restou à Alemanha aceitar as condições do Tratado de Versalhes. TRATADO DE VERSALHES - 1919 Culpava a Alemanha pela eclosão do conflito; Imposição de duras penas como reparação dos “danos de guerra” sofridos nos territórios dos participantes da Tríplice Aliança (Itália/Áustria-Hungria; Anexação da Alsácia-Lorena pela França; Divisão das colônias alemãs pela França e Inglaterra; Redução do exército alemão a 100 mil homens; Proibição de armamentos pesados como blindados e força aérea; Entre outras sanções. (pág. 46) O pós-guerra Desenvolvimento do sistema capitalista na Europa; EUA – notadamente o grande vencedor do conflito. Foi grande fornecedor de empréstimos às nações da Entente e desenvolveu grande parque industrial, com grande acúmulo de capitais; Japão – outra nação emergente, ocupou colônias alemãs na Ásia e região do Pacífico (acesso a fontes de matéria-prima); Dificuldade financeira do Império Russo e a derrubada do czarismo; Reconstrução gigantesca das nações europeias envolvidas no conflito; O pós-guerra Saldo de 12 milhões de mortos e um número ainda maior de inválidos de guerra; Desemprego – desmobilização dos exércitos traria para casa um número imenso de pessoas que não achariam emprego facilmente; Endividamento dos governos das nações envolvidas na guerra. Adolf Hitler soldado alemão na Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra, Hitler desenvolveu um patriotismo alemão apaixonado, apesar de não ser cidadão alemão: um detalhe que não retificaria antes de 1932. Ficou chocado pela capitulação da Alemanha em novembro de 1918, sustentando a ideia de que o exército alemão não tinha sido, de fato, derrotado. Como muitos nacionalistas alemães, culpou os políticos civis pela capitulação. O MUNDO ENTRA NO PERÍODO ENTREGUERRAS FIM