FM61. Identificação do ácido fusídico em creme

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FM61. Identificação do ácido fusídico em creme dermatológico por espectrofotometria na região
do visível
Curbete MM, Salgado HRN
Introdução: O ácido fusídico foi descoberto na década de 1960, a partir do fungo Fusidium
coccineum. É um antibiótico esteroide, indicado no tratamento de infecções graves causadas por
micro-organismos do gênero Staphylococcus e de outras espécies de bactérias Gram-positivas,
incluindo as cepas Staphylococcus aureus meticilina resistentes. Embora seja um antibiótico presente
no mercado há mais de 50 anos, existem poucos artigos que descrevem métodos analíticos para sua
identificação ou quantificação, além disso, não existe monografia deste antibiótico na Farmacopeia
Brasileira, mesmo sendo comercializado no Brasil. A espectrofotometria na região do visível é
amplamente utilizada em determinações analíticas de formas farmacêuticas, bem como na
identificação e quantificação de compostos orgânicos e inorgânicos. É uma técnica de análise bastante
simples que se baseia na interação da substância com a energia radiante, resultando na absorção de luz
pela substância química analisada. Objetivo: O objetivo do estudo foi desenvolver e validar um
método por espectrofotometria de absorção na região do visível para a identificação do ácido fusídico
na forma farmacêutica de creme dermatológico. Metodologia: A análise foi realizada por meio de uma
reação de identificação, que consistiu no aquecimento em banho maria a 70ºC por 40 minutos, de uma
solução contendo o ácido fusídico-substância química de referência e uma mistura de NH2OH.HCl e
NaOH a 12,5%. Após o arrefecimento, essa solução foi diluída com uma solução contendo o Fe(NO3)3
em meio ácido. As leituras foram realizadas por meio de uma varredura de 400-800 nm. O mesmo
procedimento foi realizado para as soluções do placebo e da amostra do creme dermatológico, cujas
concentrações finais foram de 100 µg/mL. As soluções da amostra e placebo passaram pela extração
líquido-líquido descontínua, com diclorometano e solução de HCl 0,5 mol/L seguido por um
procedimento de precipitação com hexano e solubilização em etanol. Resultados e discussão: A
reação basicamente consistiu na formação de um complexo com íons ferro III, após a conversão do
ácido fusídico em ácido hidroxâmico. O complexo formado apresentou coloração púrpura e absorção
em aproximadamente 524 nm. Esta técnica permitiu a identificação do ácido fusídico na forma
farmacêutica de creme dermatológico e apresentou vantagem em relação ao método desenvolvido por
Vladimirov e colaboradores em 1995, pois o Fe(NO3)3 é economicamente mais viável e não apresenta
característica explosiva como o perclorato férrico, o que promove maior segurança no procedimento de
execução da técnica. Sendo assim, essa substituição pode ser realizada nas análises de identificação
e/ou quantificação do ácido fusídico em outras formas farmacêuticas.
Palavras–chave: ácido fusídico, espectrofotometria, visível.
Apoio Financeiro: FAPESP, CNPq, PADC-FCF, LEO Pharma Ltda.
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