Avaliação do músculo tibial anterior de ratos submetidos a um

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Avaliação do músculo tibial anterior de ratos submetidos a um modelo de paralisia cerebral
Pâmela Buratti1, Eduarda Baccin da Luz2, Caroline Covatti1, Lígia Aline Centenaro3, Lucinéia de Fátima Chasko
Ribeiro3, Marcia Miranda Torrejais3.
1
Discente do Mestrado em Biociências e Saúde, Unioeste, Cascavel, Brasil.
Bolsista no Programa de Iniciação Científica – Modalidade PIBIC Junior, Unioeste, Cascavel, Brasil.
3
Docente da disciplina de Anatomia Humana, Unioeste, Cascavel, Brasil.
2
*[email protected]
Palavras chaves: morfologia; morfometria; domínio mionuclear.
Introdução
A paralisia cerebral (PC) é a forma mais comum de
incapacidade motora crônica sendo decorrente de
fatores de risco pré, peri ou pós-natais e acarreta em
comprometimento no tônus muscular, movimento e
postura (BAX et al., 2005).
Este estudo teve como objetivo avaliar a morfologia e
morfometria do músculo tibial anterior (TA) de ratos
submetidos a um modelo de PC.
Materiais e Métodos
As ninhadas experimentais foram obtidas a partir de
ratas Wistar que, depois de detectada a prenhez, foram
injetadas intraperitonealmente a cada 12 horas, a partir
do 17º dia gestacional até o parto, com veículo (100 μL
de solução salina estéril) ou com lipopolissacarídeo
(LPS) (200 μg/kg de LPS em 100 μL de solução salina
estéril). Ao nascimento os machos foram separados em
dois grupos: Grupo controle (GC) - filhotes de mães
injetadas com solução salina; e Grupo PC (GP) filhotes de mães injetadas com LPS. O GP também foi
submetido à anóxia neonatal e a restrição sensóriomotora. Para a anóxia neonatal, os filhotes foram
colocados em uma câmara fechada, parcialmente imersa
em água a 37 °C±1, com fluxo de 9 L/min de nitrogênio
(100%) durante 20 minutos no dia do nascimento (P0).
A restrição sensório-motora foi realizada do primeiro
dia pós-natal (P1) até o 30º dia pós-natal (P30), através
da imobilização dos membros pélvicos dos animais
durante 16 h/dia. Aos 48 dias de vida, os animais foram
eutanasiados e o músculo TA coletado para análise
morfológica, quantificação da área (200 fibras/ animal)
e de núcleos por fibra muscular.
Resultados e Discussão
As fibras musculares do músculo TA apresentaram-se
cilíndricas e multinucleadas nos grupos estudados, com
a maioria de seus núcleos dispostos na periferia celular
e alguns núcleos centrais (Figura 1).
A
B
Fig. 1 – Fotomicrografias do músculo TA de ratos, secção
transversal, coloração com HE. A: GC e B: GP. Fibra
muscular (estrela), núcleos periférico (seta) e central (cabeça
de seta).
A análise morfométrica das fibras musculares
evidenciou aumento de 26% na área no GP quando
comparado ao GC (p = 0,0400), e também aumento de
90% no número de núcleos por fibra no GP em relação
ao GC (p = 0,0112). De acordo com o conceito de
domínio mionuclear, o núcleo é responsável pelo
controle de uma quantidade de sarcoplasma
(TEIXEIRA; DUARTE, 2011). O aumento na área e no
número de núcleos pode estar relacionado com a fusão
de células satélites devido ao processo de adaptação da
fibra muscular.
Conclusão
O modelo animal de PC alterou a área e a quantidade de
núcleos das fibras musculares. Sugere-se que estas
alterações estejam relacionadas ao processo de
regeneração muscular após lesão.
Agradecimentos
Ao Programa de Iniciação Científica - PIBIC Junior.
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Referências
Rosenbaum P, Bax M, Goldstein M, Paneth N, Jacobson B,
Leviton A (2005) Dev. Med. Child. Neurol.Suppl. 47: 571-76.
Teixeira CE, Duarte JA (2011). Arch. Exerc. Health. Dis. 2:
92-101.
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