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COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DOS
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Washington, D.C. 20549
FORMULÁRIO 20-F
DECLARAÇÃO DE REGISTRO EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 12(b) OU (g) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934
OU
RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934
Para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2015
OU
RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934
Número de Registro na Comissão: 1-15250
OU
RELATÓRIO DE EMPRESA DE FACHADA EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934
BANCO BRADESCO S.A.
(Nome exato do Requerente conforme especificado em seu contrato social)
BANK BRADESCO
(Tradução do nome do Requerente em inglês)
República Federativa do Brasil
(Jurisdição da constituição ou organização)
Cidade de Deus S/N – Vila Yara 06029-900 – Osasco – SP, Brasil
(Endereço da sede social)
Luiz Carlos Angelotti (Diretor Gerente e Diretor de Relações com Investidores)
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 11 3684-4011
Cidade de Deus S/N – Vila Yara, 06029-900 – Osasco – SP, Brasil
(Nome, telefone, e-mail e/ou número do fax e endereço da pessoa de contato da Companhia)
Valores Mobiliários registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(b) da Lei:
Título de cada classe
Nome de cada bolsa de valores na qual estão registradas
American Depositary Shares, ou ADSs (expresso por American
Depositary Receipts, ou ADRs), cada uma delas representando 1
Ação Preferencial
Bolsa de Valores de Nova Iorque
Ações Preferenciais
Bolsa de Valores de Nova Iorque *
American Depositary Shares, ou ADSs (expresso por American
Depositary Receipts, ou ADRs), cada uma representando 1 Ação
Ordinária
Bolsa de Valores de Nova Iorque
Ações Ordinárias
Bolsa de Valores de Nova Iorque *
*Não caracterizado para negociação, mas somente em conexão com o registro de ADSs de acordo com as exigências da SEC.
Títulos registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(g) da Lei: Nenhum.
Títulos que requerem declaração obrigatória de acordo com o Artigo 15(d) da Lei: Nenhum.
Número de ações em circulação de cada classe de Capital Social ou ações ordinárias do emissor em 31 de dezembro de 2015:
2.520.694.623
Ações Ordinárias, sem valor nominal
2.508.781.030
Ações Preferenciais, sem valor nominal
Indicar assinalando se o requerente é um emissor renomado, conforme definido na Regra 405 da Lei de Valores.
Sim
Não
Se este relatório for um relatório anual ou intermediário, indicar assinalando se o requerente do registro não for obrigado a arquivar
relatórios conforme definido pelo Artigo 13 ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais de 1934.
Sim
Não
Indicar assinalando se o requerente do registro (1) apresentou todos os relatórios que devem ser apresentados nos termos dos Artigos
13 ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais de 1934 durante os 12 meses anteriores (ou outro período menor no qual o requerente foi
obrigado a apresentar esses relatórios), e (2) esteve sujeito a essas exigências de apresentação nos últimos 90 dias.
Sim
Não
Indicar assinalando se o requerente enviou eletronicamente e lançou em seu Web site corporativo, se houver, qualquer Arquivo de
Dados Interativos que deva ser submetido e lançado de acordo com a Regra 405 da Lei S-T (§232.405 desse capítulo) durante os 12
meses anteriores (ou para período mais curto solicitado pelo requerente para enviar e lançar esses arquivos).
Sim
Não
Indicar assinalando se o requerente do registro for um registrante antecipado de grande porte, um registrante antecipado ou um
registrante não antecipado. Veja as definições de “registrante antecipado e registrante antecipado de grande porte” na Regra 12b-2 da
Lei de Valores.
Registrante antecipado de grande porte
Registrante antecipado
registrante não antecipado
Indicar assinalando qual base contábil o requerente usou para preparar as demonstrações contábeis incluídas neste arquivamento:
Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), emitidas pelo Conselho de Normas Contábeis
U.S. GAAP
Internacionais
Outro
Se “outros”, indique com um X qual item de demonstrações contábeis o requerente decidiu seguir .
Item 17
Item 18
Se este for um relatório anual, indicar assinalando se o requerente do registro for uma “empresa de fachada” (conforme definido na
Regra 12b-2 da Lei de Valores).
Sim
Não
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS .......................................................................................... 4
DECLARAÇÕES PROSPECTIVAS ........................................................................................................................................ 5
PARTE I ........................................................................................................................................................................... 6
ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS, MEMBROS DA DIRETORIA EXECUTIVA E CONSULTORES ........................... 6
ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO ....................................................................................... 6
ITEM 3. INFORMAÇÕES RELEVANTES .............................................................................................................................. 6
3.A. DADOS FINANCEIROS SELECIONADOS .....................................................................................................................6
3.B. CAPITALIZAÇÃO E ENDIVIDAMENTO .......................................................................................................................8
3.C. MOTIVOS DA OFERTA E USO DOS RESULTADOS......................................................................................................8
3.D. FATORES DE RISCO ..................................................................................................................................................8
ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA .............................................................................................................. 20
4.A. HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DA COMPANHIA ................................................................................................20
4.B. VISÃO GERAL DOS NEGÓCIOS ................................................................................................................................23
4.C. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ...........................................................................................................................101
4.D. IMOBILIZADO DE USO .........................................................................................................................................101
ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS ................................................................................................................ 101
ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS .............................................................................. 101
5.A. RESULTADOS OPERACIONAIS ..............................................................................................................................101
5.B. LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL......................................................................................................................129
5.C. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO, PATENTES E LICENÇAS ...................................................................................141
5.D. INFORMAÇÕES SOBRE TENDÊNCIAS ...................................................................................................................141
5.E. CONTRATOS FORA DO BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................141
5.F. DIVULGAÇÃO TABULAR DE OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS ....................................................................................141
5.G. PORTO SEGURO ...................................................................................................................................................141
ITEM 6. CONSELHEIROS, MEMBROS DA DIRETORIA EXECUTIVA E FUNCIONÁRIOS....................................................... 141
6.A. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA ....................................................................................................141
6.B. REMUNERAÇÕES .................................................................................................................................................149
6.C. PRÁTICAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................149
6.D. FUNCIONÁRIOS....................................................................................................................................................152
6.E. PROPRIEDADE DE AÇÕES .....................................................................................................................................154
ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS ........................................................ 154
7.A. PRINCIPAIS ACIONISTAS ......................................................................................................................................154
7.B. TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS .....................................................................................................157
7.C. PARTICIPAÇÃO DE PERITOS E ADVOGADOS.........................................................................................................158
ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................................... 158
8.A. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS E OUTRAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................158
8.B. MUDANÇAS RELEVANTES ....................................................................................................................................160
ITEM 9. A OFERTA E A COTAÇÃO EM BOLSA ................................................................................................................ 160
9.A. DETALHES DA OFERTA E COTAÇÃO EM BOLSA ....................................................................................................160
9.B. PLANO DE DISTRIBUIÇÃO.....................................................................................................................................163
9.C. MERCADOS ..........................................................................................................................................................163
9.D. ACIONISTAS VENDEDORES ..................................................................................................................................165
9.E. DILUIÇÃO .............................................................................................................................................................165
9.F. DESPESAS DA EMISSÃO ........................................................................................................................................165
ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS .......................................................................................................................... 165
10.A. CAPITAL SOCIAL .................................................................................................................................................165
10.B. ATOS CONSTITUTIVOS E ESTATUTO SOCIAL ......................................................................................................165
10.C. CONTRATOS SIGNIFICATIVOS ............................................................................................................................173
10.D. CONTROLES DE CÂMBIO....................................................................................................................................174
10.E. TRIBUTAÇÃO ......................................................................................................................................................174
10.F. DIVIDENDOS E AGENTES DE PAGAMENTOS .......................................................................................................180
10.G. LAUDOS DE PERITOS..........................................................................................................................................180
10.H. DOCUMENTOS APRESENTADOS ........................................................................................................................180
10.I. INFORMAÇÕES SOBRE SUBSIDIÁRIAS .................................................................................................................181
ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO ......................................... 181
ITEM 12. DESCRIÇÃO DE OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO DE RENDA VARIÁVEL ......................................... 184
12.A. TÍTULOS DE DÍVIDAS ..........................................................................................................................................184
12.B. BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO E DIREITOS ..................................................................................................................184
12.C. OUTROS TÍTULOS ...............................................................................................................................................184
12.D. AÇÕES DEPOSITÁRIAS AMERICANAS .................................................................................................................185
PARTE II ...................................................................................................................................................................... 185
ITEM 13. INADIMPLÊNCIAS, DIVIDENDOS A MENOR E ATRASOS NOS PAGAMENTOS .................................................. 185
ITEM 14. MODIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS AOS DIREITOS DOS DETENTORES DE TÍTULOS E USO DOS RECURSOS ......... 185
ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS ................................................................................................................... 185
ITEM 16. [RESERVADO] ............................................................................................................................................... 186
16.A. ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA ....................................................................................186
16.B. CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA .............................................................................................................................186
16.C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DO AUDITOR PRINCIPAL ..........................................................................................187
16.D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE ARQUIVAMENTO PARA OS COMITÊS DE AUDITORIA ...........................................187
16.E. AQUISIÇÃO DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS ................................................................188
16.F. MUDANÇA NA AUDITORIA INDEPENDENTE DO REGISTRANTE ..........................................................................188
16.G. GOVERNANÇA CORPORATIVA ...........................................................................................................................188
PARTE III ..................................................................................................................................................................... 192
ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ..................................................................................................................... 192
ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ..................................................................................................................... 192
ITEM 19. ANEXOS ........................................................................................................................................................ 192
ASSINATURAS ............................................................................................................................................................. 194
APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS
Formulário 20-F
APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS
Neste relatório anual, os termos “Bradesco”, a “Companhia”, o “Banco”, o “Grupo Bradesco”, “nós”, a
“Organização”, “nosso” e “para nós” referem-se ao Banco Bradesco S.A., sociedade anônima constituída
segundo as leis do Brasil e, a menos que o contexto requeira de outra forma, suas subsidiárias consolidadas.
Todas as referências neste documento ao “real”, “reais” ou “R$” são relativas ao real brasileiro, a
moeda oficial do Brasil. E “dólares norte-americanos”, “dólar” e “US$” são relativas ao dólar norte-americano,
a moeda oficial dos Estados Unidos da América (“EUA”).
Nossas demonstrações contábeis consolidadas auditadas para os exercícios findos em 31 de
dezembro de 2015, 2014 e 2013, e respectivas notas explicativas, que estão incluídas no “Item 18.
Demonstrações Contábeis” deste relatório anual, foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais
de Contabilidade, emitidas pelo International Accounting Standards Board, ou “IASB” (chamadas de “IFRS”).
Utilizamos os princípios contábeis adotados no Brasil aplicáveis às instituições financeiras
autorizadas pelo Banco Central do Brasil (“Banco Central”) para determinados fins, tais como, avaliação de
desempenho, tomada de decisão, elaboração de relatórios aos acionistas brasileiros, realização de registros
na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), e na determinação do pagamento de dividendos e impostos.
Alguns dados relativos a setores da economia, apresentados neste relatório anual, foram obtidos nas
seguintes fontes: Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (ABECS); Associação
Brasileira de Empresas de Leasing (ABEL); Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros
e de Capitais (ANBIMA); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Banco Central; Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Federação Nacional de Previdência Privada e Vida
(FENAPREVI); Fundação Getulio Vargas (FGV); e Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Alguns números incluídos neste relatório anual foram submetidos a ajustes de arredondamento.
Assim sendo, os valores indicados como totais em alguns quadros podem não ser a soma aritmética dos
números que os precedem.
Referências a “ações ordinárias” e “ações preferenciais” neste relatório anual são referências às
nossas ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, e juntas, nossas “ações”. Referências a “ADSs de
ações preferenciais” neste relatório anual são referências às American Depositary Shares de ações
preferenciais, cada uma representando uma ação preferencial. As ADSs de ações preferenciais são
evidenciadas por American Depositary Receipts de ações preferenciais, ou ADRs de ações preferenciais,
emitidos conforme o Contrato de Depósito Alterado e reafirmado, datado de 22 de julho de 2009, por e entre
nós, o The Bank of New York Mellon, como depositário, e os detentores e beneficiários das ADSs de ações
preferenciais evidenciadas por ADRs de ações preferenciais emitidos por meio desse (o “Contrato de Depósito
de ADS de ações preferenciais”).
Referências a “ADSs de ações ordinárias” neste relatório anual são referências às American
Depositary Shares para nossas ações ordinárias, com cada ADS de ação ordinária representando uma ação
ordinária. As ADSs de ações ordinárias são evidenciadas por American Depositary Receipts de ações
ordinárias ou “ADRs de ações ordinárias”, emitidos conforme um Contrato de Depósito, datado de 13 de
março de 2012 por e entre nós, o The Bank of New York Mellon, como depositário, e os detentores e
beneficiários das ADSs de ações ordinárias evidenciadas por ADRs de ações ordinárias emitidos por meio
desse (o “Contrato de Depósito de ADS de ações ordinárias” e junto com o “Contrato de Depósito de ADS de
ações preferenciais”, os “Contratos de Depósito”).
Referências neste relatório anual para “ADSs” são referências às nossas ADSs de ações preferenciais
e ADSs de ações ordinárias citadas em conjunto.
Ao longo deste relatório anual, nós indicamos que certas informações estão disponíveis em diferentes
web sites operados por nós. Nenhuma das informações contidas nos web sites referidos ou mencionados
neste relatório anual faz parte ou está incorporada por referência nesse documento.
4 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
DECLARAÇÕES PROSPECTIVAS
Formulário 20-F
DECLARAÇÕES PROSPECTIVAS
Este relatório anual contém declarações prospectivas, definidas na Seção 27A do Securities Act of
1933 (“Lei de Valores Mobiliários de 1933”), conforme alterada, ou “Lei de Valores”, e a Seção 21E do
Securities Exchange Act of 1934 (“Lei de Mercado de Capitais de 1934”), conforme alterada, ou “Lei de
Mercado de Capitais”. Estas declarações prospectivas são baseadas, principalmente, em nossas expectativas
atuais e sobre projeções de eventos e tendências financeiras futuras, que afetam ou possam afetar nossos
negócios. Além dos itens discutidos em outras seções deste relatório anual, existem muitos fatores
importantes que poderiam fazer com que nossa condição financeira e o resultado das operações fossem,
substancialmente, diferentes daqueles definidos nas nossas declarações prospectivas, incluindo, mas não
limitados a:
 atual enfraquecimento das condições macroeconômicas brasileiras;
 condições econômicas mundiais;
 condições econômicas, políticas e de negócios no Brasil e no mercado em que atuamos;
 riscos de financiamento, crédito, investimentos e outras atividades;
 nosso nível de capitalização;
 custo e disponibilidade de fundos;
 aumentos em inadimplência por parte de tomadores, inadimplência de crédito e outros
inadimplementos, que resultem em aumentos em nossa perda por redução ao valor recuperável
de empréstimos e adiantamentos;
 autorização pelas autoridades brasileiras antitruste para a aquisição do HSBC Brasil e a
integração dos negócios adquiridos;
 perdas de clientes ou outras fontes de receita;
 nossa habilidade em executar nossas estratégias e planos de investimentos e de manter e
melhorar nosso desempenho operacional;
 nossas receitas advindas de novos produtos e negócios;
 contestações ou controvérsias ou processos legais ou regulamentares adversos;
 inflação, flutuações do real e/ou da taxa de juros, que podem afetar adversamente nossas
margens;
 condições de concorrência nos setores de serviços bancários e financeiros, de cartões de
crédito, gestão de ativos, seguros e setores relacionados;
 o valor de mercado dos títulos, principalmente, os títulos públicos emitidos por governos; e
 alterações em leis e regulamentos, inclusive pelo Banco Central, aplicáveis a nós e a nossas
atividades, e incluindo, entre outras, aquelas que afetam questões tributárias.
As palavras “acreditamos”, “esperamos”, “continuamos”, “entendemos”, “estimamos”, “vamos”,
“podemos”, “prevemos”, “devemos”, “pretendemos” e outras expressões similares identificam declarações
prospectivas. Tais declarações referem-se apenas à data em que foram feitas e não assumimos
responsabilidade de atualizar ou revisar publicamente quaisquer declarações prospectivas resultantes de
novas informações ou por quaisquer outros eventos.
À luz desses riscos e incertezas, as declarações prospectivas, eventos e circunstâncias discutidos
neste relatório anual podem não ser exatos e nossos resultados e desempenho reais podem ser,
substancialmente, diferentes daqueles previstos em nossas declarações prospectivas. Os investidores não
devem tomar decisões de investimento com base apenas nas declarações prospectivas deste relatório anual.
5 Bradesco
PARTE I
Formulário 20-F
PARTE I
ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS, MEMBROS DA DIRETORIA
EXECUTIVA E CONSULTORES
Não Aplicável.
ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO
Não Aplicável.
ITEM 3. INFORMAÇÕES RELEVANTES
3.A. Dados Financeiros Selecionados
Apresentamos a seguir, nossos dados financeiros selecionados, baseados em nossas
demonstrações contábeis em e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015, 2014, 2013, 2012 e
2011, preparadas segundo as Normas Internacionais de Contabilidade (“IFRS”) e auditadas pela KPMG
Auditores Independentes, uma firma de auditoria independente registrada. Os dados em e para os exercícios
findos em 31 de dezembro de 2015, 2014 e 2013 derivam de nossas demonstrações contábeis consolidadas
incluídas neste relatório anual. Os dados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011
derivam das nossas demonstrações contábeis consolidadas, não incluídas neste relatório anual.
Os dados financeiros a seguir devem ser lidos em conjunto com a “Apresentação de Informações
Financeiras e Outras Informações” e o “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras”.
Dados Financeiros Selecionados
Em milhares de
Exercício findo em 31 de dezembro de
Dados da Demonstração Consolidada de Resultado
Receita de juros e similares
Despesa de juros e similares
Resultado líquido de juros
Receita de serviços e comissões
Despesa de serviços e comissões
Resultado líquido de serviços e comissões
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos e passivos financeiros para negociação
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros disponíveis para venda
Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda estrangeira
Resultado de seguros e previdência
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Despesas de pessoal
Outras despesas administrativas
Depreciação e amortização
Outras receitas/(despesas) operacionais
Resultado antes dos impostos e participações em coligadas
Resultado de participação em coligadas e joint ventures
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
Atribuído aos acionistas
Controladores
Não controladores
(1)
dólares (1)
2015
Em milhares de reais
2015
2014
2013
2012
2011
35.698.742
(20.065.810)
15.632.932
5.017.526
(10.173)
5.007.353
(2.318.709)
(188.769)
(989.939)
1.544.720
(4.136.433)
(3.950.110)
(3.855.677)
(826.661)
(3.649.598)
2.269.109
429.360
2.698.469
2.426.121
5.124.590
127.048.252
(71.412.210)
55.636.042
17.856.873
(36.203)
17.820.670
(8.252.055)
(671.810)
(3.523.095)
5.497.505
(14.721.152)
(14.058.047)
(13.721.970)
(2.942.003)
(12.988.553)
8.075.532
1.528.051
9.603.583
8.634.322
18.237.905
103.893.096
(53.847.329)
50.045.767
16.759.980
(20.724)
16.739.256
(1.933.003)
(991.894)
(1.244.680)
5.411.845
(10.291.386)
(13.667.639)
(12.971.521)
(2.932.687)
(10.223.083)
17.940.975
1.389.816
19.330.791
(3.914.313)
15.416.478
90.682.625
(41.382.142)
49.300.483
14.535.723
(36.041)
14.499.682
(5.790.089)
(6.100.782)
(1.093.597)
6.933.680
(9.623.870)
(12.354.418)
(12.151.537)
(2.740.830)
(7.622.240)
13.256.482
1.062.687
14.319.169
(1.833.031)
12.486.138
83.031.854
(39.646.131)
43.385.723
12.757.131
(36.391)
12.720.740
2.110.112
1.895.974
(1.087.595)
1.413.016
(11.451.383)
(11.559.002)
(11.803.989)
(2.488.182)
(8.674.178)
14.461.236
980.212
15.441.448
(4.089.754)
11.351.694
82.152.096
(46.763.775)
35.388.321
10.932.237
(33.978)
10.898.259
(608.271)
365.302
2.625.816
3.076.175
(8.239.358)
(11.094.794)
(11.380.270)
(2.117.666)
(5.106.092)
13.807.422
803.820
14.611.242
(3.521.800)
11.089.442
5.095.087
29.503
18.132.906
104.999
15.314.943
101.535
12.395.920
90.218
11.291.570
60.124
10.958.054
131.388
Valores apresentados em dólares norte-americanos foram convertidos de reais brasileiros à taxa de câmbio de R$ 3,5589 = US$ 1,00, taxa cambial do Banco Central de 31 de março de 2016. Tais conversões não devem ser
entendidas como representativas de que os valores em reais apresentados, ou foram, ou poderiam ser convertidos em dólares norte-americanos naquela taxa.
6 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
3.A. Dados Financeiros Selecionados
Formulário 20-F
R$, exceto número de ações
Exercício findo em 31 de dezembro de
2015
Informações sobre Lucro e Dividendos por Ação
2014
2013
2012
2011
(1)
Lucro líquido por ação (2)
Ordinária
Preferencial
3,43
3,78
2,90
3,19
2,34
2,58
2,13
2,35
2,08
2,28
Dividendos/juros sobre o capital próprio por ação (3)
Ordinária
Preferencial
1,15
1,27
0,96
1,05
0,78
0,85
0,73
0,81
0,70
0,78
2.520.790.423
2.510.675.124
2.520.886.223
2.514.701.048
2.520.886.223
2.515.928.218
2.520.999.776
2.518.167.013
2.519.812.451
2.517.004.933
Média ponderada de ações em circulação (1)
Ordinária
Preferencial
(1)
Ajustado pelos eventos societários ocorridos nos períodos. Para maiores informações sobre esses eventos societários, veja "Item 9.A. Detalhes da Oferta e Cotação em Bolsa";
(2)
A Companhia não tem nenhuma obrigação permutável ou conversível em ações do capital. Como resultado, seu lucro diluído por ação não difere de seu lucro líquido por ação. Consequentemente, nossos
lucros diluídos e básicos por ação são iguais em todos os períodos apresentados; e
(3)
Titulares de ações preferenciais têm o direito de receber dividendos por ação em um valor 10,0% maior do que os dividendos por ação pagos aos detentores de nossas ações ordinárias. Para fins de cálculo
de lucro por ação de acordo com as IFRS, utilizamos o mesmo critério adotado para os dividendos por ação. Para uma descrição de nossas duas classes de ações, veja “Item 10.B. Atos Constitutivos e
Estatuto Social”.
Em US$
Exercício findo em 31 de dezembro de
Dividendos/juros sobre capital próprio por ação
Ordinária
Preferencial
(1)
2015
2014
2013
2012
2011
(1)
0,29
0,33
0,36
0,40
0,33
0,36
0,36
0,40
0,37
0,41
Os valores determinados em dólares norte americanos foram convertidos pela taxa de câmbio divulgada pelo Banco Central no final de cada período.
Em milhares de
Em 31 de dezembro de
2015
Dados do Balanço Patrimonial Consolidado
Ativo
Caixa e disponibilidades em bancos
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes líquido das perdas
por redução ao valor recuperável
Ativos não correntes mantidos para venda
Investimentos em coligadas e joint ventures
Imobilizado de uso
Ativos intangíveis e ágio
Impostos a compensar
Impostos diferidos
Outros ativos
Total do ativo
Passivo
Recursos de instituições financeiras
Recursos de clientes
Passivos financeiros para negociação
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Outras provisões
Impostos correntes
Impostos diferidos
Outros passivos
Total do passivo
Patrimônio líquido
Capital social
Ações em tesouraria
Reservas de capital
Reservas de lucros
Capital integralizado adicional
Outros resultados abrangentes
Lucros acumulados
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores
Participação de acionistas não controladores
Total do patrimônio líquido
Total do passivo e patrimônio líquido
Em milhares de reais
dólares (1)
2015
2014
2013
2012
2011
20.256.755
44.851.906
33.070.738
11.240.428
40.599.601
10.008.826
72.091.764
159.623.449
117.695.450
40.003.560
144.489.921
35.620.410
65.430.300
78.498.311
120.961.734
25.071.031
152.612.689
72.974.619
67.450.363
96.092.523
67.838.411
23.069.026
117.740.225
78.719.723
59.901.564
111.838.502
81.522.130
3.715.673
106.133.299
92.459.347
93.722.190
96.597.075
45.207.634
4.110.987
97.122.080
72.660.596
96.903.106
344.868.464
328.064.004
304.121.334
269.021.320
245.251.879
350.419
1.634.023
1.546.668
2.082.001
1.915.599
12.756.155
11.272.780
288.489.006
1.247.106
5.815.325
5.504.435
7.409.635
6.817.427
45.397.879
40.118.697
1.026.703.522
1.006.461
3.983.780
4.700.518
7.529.915
6.130.191
28.388.183
35.099.280
930.451.016
832.546
3.392.847
4.501.967
8.220.739
5.293.116
25.661.079
35.367.715
838.301.614
532.973
3.121.386
4.524.827
7.617.873
5.294.566
17.913.529
35.943.635
799.540.624
445.328
2.724.721
4.258.456
7.046.256
4.503.040
17.051.947
30.264.400
720.966.589
82.582.649
54.654.556
5.435.873
30.866.292
14.128.786
48.031.959
4.317.153
781.450
216.960
21.927.578
262.943.258
293.903.391
194.510.100
19.345.729
109.850.047
50.282.936
170.940.940
15.364.317
2.781.104
772.138
78.038.058
935.788.760
279.940.227
210.031.505
3.315.573
85.030.399
35.821.666
146.559.220
13.864.401
3.602.333
808.178
69.185.709
848.159.211
243.100.373
216.218.057
1.826.382
57.883.068
35.885.003
130.329.023
13.752.577
3.082.976
799.824
63.321.405
766.198.688
220.943.354
210.774.263
4.049.982
51.552.093
34.851.714
118.768.720
21.021.109
3.288.688
3.091.667
59.852.644
728.194.234
204.351.800
216.620.050
747.210
41.630.969
26.910.091
99.112.321
17.894.158
2.694.395
2.246.508
49.376.993
661.584.495
12.110.484
(121.118)
10.108
14.026.812
19.808
(1.124.708)
589.146
25.510.531
35.217
25.545.748
288.489.006
43.100.000
(431.048)
35.973
49.920.020
70.496
(4.002.724)
2.096.710
90.789.427
125.335
90.914.762
1.026.703.522
38.100.000
(298.015)
35.973
43.765.349
70.496
(659.501)
1.153.439
82.167.741
124.064
82.291.805
930.451.016
38.100.000
(269.093)
35.973
34.122.503
70.496
(1.102.887)
927.314
71.884.306
218.620
72.102.926
838.301.614
30.100.000
(197.301)
35.973
34.189.383
70.496
6.396.736
542.422
71.137.709
208.681
71.346.390
799.540.624
30.100.000
(183.109)
35.973
26.732.531
70.496
1.751.059
632.096
59.139.046
243.048
59.382.094
720.966.589
(1)
Valores apresentados em dólares norte-americanos foram convertidos de reais brasileiros à taxa de câmbio de R$ 3,5589 por US$ 1,00, taxa cambial do Banco Central de 31 de
março de 2016. Tais conversões não devem ser entendidas como representativas de que os valores em reais apresentados foram ou poderiam ser convertidos em dólares norteamericanos naquela taxa.
7 Bradesco
3.B. Capitalização e Endividamento
Formulário 20-F
Informações sobre Taxas de Câmbio
A taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano variou, significativamente, nos últimos anos.
Em 2011, o real apresentou desvalorização de 12,6% em comparação ao dólar norte-americano,
chegando a R$ 1,8758 em 31 de dezembro de 2011. Em 2012, o real apresentou desvalorização de 8,9% em
comparação ao dólar norte-americano, chegando a R$ 2,0435 em 31 de dezembro de 2012. Em 2013, o real
apresentou desvalorização de 14,6% em comparação ao dólar norte-americano, chegando a R$ 2,3426 em
31 de dezembro de 2013. Em 2014, o real apresentou desvalorização de 13,4% em comparação ao dólar
norte-americano, chegando a R$ 2,6562 em 31 de dezembro de 2014. Em 2015, o real apresentou
desvalorização de 47,0% em comparação ao dólar norte-americano, chegando a R$ 3,9048 em 31 de
dezembro de 2015.
Em 31 de março de 2016, a taxa de câmbio era de R$ 3,5589 por US$ 1,00, apresentando uma
valorização de 8,9% quando comparado a 31 de dezembro de 2015. Com o regime de câmbio flutuante,
atualmente vigente no Brasil, o real está sujeito à oscilações que podem resultar em desvalorizações ou
valorizações, se comparado ao dólar norte-americano e às outras moedas estrangeiras.
A tabela a seguir apresenta as taxas de venda no final do período, médias, máximas e mínimas,
divulgadas pelo Banco Central no fechamento, nos períodos e datas indicados:
Taxa de Venda de Dólares Norte-Americanos – Reais por US$ 1,00 – cotação de fechamento
Período
2011
2012
2013
2014
2015
Outubro
Novembro
Dezembro
2016
Janeiro
Fevereiro
Março
(1)
Fim do período
1,8758
2,0435
2,3426
2,6562
3,9048
3,8589
3,8506
3,9048
Média (1)
1,6705
1,9524
2,1641
2,3586
3,3314
3,2320
3,2836
3,3314
Máxima (1)
1,8758
2,1074
2,3725
2,6562
3,9729
3,9729
3,9729
3,9729
Mínima (1)
1,5563
1,7092
1,9754
2,2025
2,6562
2,6562
2,6562
2,6562
4,0428
3,9796
3,5589
3,9738
3,9757
3,8715
4,0428
4,0428
4,0428
3,9048
3,9048
3,5589
Média, máxima e mínima mensal das taxas do período indicado começando com dezembro do período anterior.
Fonte: Banco Central.
3.B. Capitalização e Endividamento
Não Aplicável.
3.C. Motivos da Oferta e Uso dos Resultados
Não Aplicável.
3.D. Fatores de Risco
Riscos macroeconômicos
A atual fragilidade das condições macroeconômicas brasileiras e a percepção de certos riscos e
incertezas relativas ao Brasil podem ter um efeito adverso significativo sobre nossa situação
financeira e o resultado das nossas operações.
Nós conduzimos a maioria de nossas operações no Brasil e, consequentemente, o resultado de
nossas operações são impactados significativamente pelas condições macroeconômicas no Brasil. Nos anos
anteriores, nos beneficiamos do ambiente econômico geralmente estável e do crescimento anual
relativamente forte do PIB do Brasil. Contudo, a partir de 2013, o crescimento do PIB do Brasil começou a
desacelerar em consequência de diversos fatores, incluindo o enfraquecimento da moeda brasileira, o nível
crescente do déficit em conta corrente e a inflação persistente.
A redução nos saldos primários nos últimos anos e o aumento do endividamento líquido do setor
público contribuíram para uma maior deterioração nas condições macroeconômicas. Outros eventos
contribuíram para a desaceleração mais intensa da atividade econômica no último ano, afetando de forma
ainda mais negativa a percepção do risco brasileiro. Ainda, a elevação da taxa de desocupação, como
8 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
resultado das condições macroeconômicas, cria riscos à atividade bancária (especialmente diante da
possibilidade de elevação da inadimplência das famílias e das empresas). Além disso, a inflação ainda
elevada no Brasil pode levar a um aumento da taxa básica de juros dos ativos financeiros, o que também
pode impactar nossas operações.
Em 2014, a Polícia Federal Brasileira e o Ministério Público Federal iniciaram uma série de
investigações anticorrupção, chamada “Operação Lava Jato” na qual, entre outras coisas, alguns executivos
e funcionários da Petróleo Brasileiro S.A. ("Petrobras"), uma companhia estatal brasileira, foram acusados de
aceitar pagamentos ilegais para influenciar decisões comerciais. Durante 2014, 2015 e 2016, estas
investigações anticorrupção foram aprofundadas e resultaram em diversos processos criminais, que
terminaram por incluir, além dos executivos e funcionários da Petrobras, vários executivos de empresas do
setor de construção civil brasileiro. Nos EUA, a SEC e o Departamento de Justiça Americano também estão
conduzindo suas próprias investigações para algumas dessas alegações. A natureza emblemática destas
investigações pode prejudicar a reputação do Brasil momentaneamente, o que poderia reduzir a confiança do
investidor, dificultando a obtenção de financiamento para empresas localizadas no Brasil. Não podemos
prever por quanto tempo continuarão estas investigações anticorrupção ou quão significativos serão seus
efeitos para a economia brasileira. Se a incerteza acerca da economia brasileira continuar ou se existir uma
redução relevante na confiança do investidor, os resultados de nossas operações poderão ser afetados
adversamente.
Além disso, nossa subsidiária Banco Bradesco BBI S.A. (“Bradesco BBI”) é parte em alguns
processos judiciais e administrativos instaurados contra a Petrobras e outros réus, devido à sua atuação em
uma oferta de títulos da Petrobras. Nós ou nossas subsidiárias podemos nos tornar parte em outros processos
judiciais e/ou administrativos contra a Petrobras ou outras companhias, que ainda não foram instaurados. Um
resultado negativo desses processos judiciais em andamento ou de quaisquer outros processos pode
prejudicar nossa reputação e afetar adversamente nossa situação financeira e o resultado das nossas
operações.
A continuidade de qualquer desses fatores ou a combinação deles, pode levar a uma maior
desaceleração do crescimento do PIB, que poderá ter um efeito adverso sobre nossa situação financeira e
resultado das nossas operações.
O governo exerce influência sobre a economia brasileira e as condições político-econômicas do Brasil
têm um impacto direto sobre nossos negócios.
Nossas condições e os resultados financeiros das operações dependem, substancialmente, da
economia brasileira, que, no passado, caracterizou-se por frequentes e ocasionalmente drásticas
intervenções do governo e por ciclos econômicos voláteis.
No passado, o governo alterou, frequentemente, as políticas monetárias, fiscal e tributária para
influenciar o curso da economia brasileira. Não podemos controlar nem temos como prever quais medidas ou
políticas o governo pode adotar em resposta à atual ou futura situação econômica brasileira nem como a
intervenção ou as políticas governamentais afetarão a economia brasileira e como elas afetarão nossas
operações e receitas.
Nossos negócios, a situação financeira e o valor de mercado de nossas ações, ADSs de ações
preferenciais e ADSs de ações ordinárias podem ser afetados de maneira negativa por alterações em
determinadas políticas envolvendo controles cambiais, impostos e outros fatores como, por exemplo:
 flutuações nas taxas cambiais;
 flutuações na taxa básica de juros;
 crescimento econômico doméstico;
 instabilidade política, social ou econômica;
 políticas monetárias;
 política fiscal e mudanças no regime tributário;
 políticas de controle cambial;
 liquidez dos mercados nacionais de crédito, de capitais e financeiro;
 a capacidade de nossos clientes em cumprir com suas outras obrigações conosco;
 reduções em níveis salariais e de renda;
 crescimento de taxas de desemprego;
9 Bradesco
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
 medidas macroprudenciais;
 inflação;
 alegações de corrupção contra partidos políticos, funcionários públicos eleitos ou outros
funcionários públicos, incluindo alegações relacionadas à investigação da “Operação Lava Jato”;
e
 outros acontecimentos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou no exterior,
que afetem o país.
Mudanças ou incertezas em relação a implementação das políticas, listadas anteriormente, podem
contribuir para incertezas econômicas no Brasil, elevando a volatilidade no mercado de capitais brasileiro e
reduzindo o valor de seus títulos negociados no exterior.
Historicamente, o cenário político do país tem influenciado no desempenho da economia brasileira e
as crises políticas têm afetado a confiança dos investidores e do público em geral, os quais resultaram em
uma desaceleração da economia e uma maior volatilidade dos títulos de companhias brasileiras emitidos no
exterior.
Variações cambiais podem afetar de maneira negativa a economia brasileira, nossos resultados e a
situação financeira.
Variações no valor do real podem impactar nossos negócios. Após um longo período de valorização,
interrompido apenas no final de 2008 com o resultado da crise global, o real brasileiro começou a enfraquecer
na metade de 2011. Esta tendência se acelerou nos últimos 4 anos e no começo de 2016. A moeda mais
fraca tornou alguns produtores locais mais competitivos (principalmente os exportadores), mas também fez
com que a gestão da política econômica, principalmente, a inflação, ficasse cada vez mais difícil, mesmo com
a desaceleração de seu crescimento. Um real mais fraco impacta adversamente as empresas brasileiras com
dívidas denominadas e/ou indexadas em dólar americano.
Em 31 de dezembro de 2015, nossa exposição líquida em ativos e passivos denominados ou
indexados em moedas estrangeiras (principalmente em dólares norte-americanos) era de 3,3% de nossos
ativos totais. Se a moeda brasileira se desvaloriza ou deprecia, há risco de incorrermos em perdas nos nossos
passivos denominados ou indexados em moeda estrangeira, por exemplo, nossas dívidas de longo prazo
denominadas em dólares norte-americanos, empréstimos em moeda estrangeira e termos ganhos em nossos
ativos monetários denominados ou indexados em moeda estrangeira, pois os passivos e ativos são
convertidos em reais. Portanto, se nossos passivos denominados ou indexados em moeda estrangeira
excederem de maneira significativa nossos ativos monetários denominados ou indexados em moeda
estrangeira, inclusive quaisquer instrumentos financeiros usados para fins de hedge, uma grande depreciação
ou desvalorização da moeda brasileira, poderia afetar substancial e negativamente os resultados financeiros
e o preço de mercado de nossas ações, ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias, mesmo
que o valor dos passivos não tenha sido alterado em sua moeda original. Além disso, nossas operações de
empréstimo dependem, significativamente, de nossa capacidade de casar o custo dos fundos indexados em
dólar com as taxas cobradas de nossos clientes. Uma depreciação ou desvalorização significativa do dólar
norte-americano pode afetar a nossa capacidade de atrair clientes nesses termos ou de cobrar taxas
indexadas em dólar.
Por outro lado, quando a moeda brasileira é valorizada, podemos incorrer em perdas em nossos
ativos monetários denominados ou indexados em moedas estrangeiras, tais como o dólar norte-americano e
nossos passivos denominados ou indexados em moeda estrangeira podem diminuir, pois os passivos e os
ativos são convertidos em reais. Portanto, se nossos ativos monetários denominados ou indexados em moeda
estrangeira excederem, significativamente, nossos passivos denominados ou indexados em moeda
estrangeira, inclusive quaisquer instrumentos financeiros usados para fins de hedge, uma grande valorização
da moeda brasileira, poderia afetar substancial e negativamente nossos resultados financeiros, mesmo que
o valor do ativo monetário não seja alterado em sua moeda original.
10 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
Se o Brasil tiver uma inflação considerável no futuro, nossas receitas e nossa capacidade de acessar
mercados financeiros estrangeiros serão reduzidas.
No passado, o Brasil vivenciou taxas extremamente altas de inflação. A inflação e as medidas do
governo para combatê-la tiveram efeitos negativos sobre a economia brasileira e contribuíram para o aumento
da incerteza econômica no Brasil e para a alta volatilidade nos mercados brasileiros de títulos, o que podem
vir a ter um efeito negativo sobre nós.
A memória e o potencial de inflação ainda estão presentes, apesar da estabilidade monetária
alcançada na metade dos anos 90, que se intensificou depois de 1999 com a adoção do sistema de metas
de inflação. Ainda há preocupações de que os níveis de inflação possam subir novamente no futuro. A atual
política econômica no Brasil é baseada em um regime monetário no qual o Banco Central atua de forma a
garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma meta pré-estabelecida, anunciada publicamente. As
taxas de inflação alcançaram 10,7% em 2015, 6,4% em 2014 e 5,9% em 2013, conforme mensuradas pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou “IPCA”.
As medidas do governo para combater a inflação têm, frequentemente, incluído a manutenção de
uma política monetária restritiva com altas taxas de juros, restringindo assim a disponibilidade de crédito e
reduzindo o crescimento econômico. Como resultado, as taxas de juros têm flutuado significativamente.
Aumentos na taxa básica de juros estabelecida pelo COPOM (SELIC), podem nos afetar de maneira negativa
por meio da redução de demanda por nosso crédito e aumento dos nossos custos de captação, de despesas
com a dívida interna e do risco de inadimplência de clientes. Reduções da taxa SELIC também podem ter um
efeito negativo sobre nós, por meio da redução da receita financeira, que auferimos sobre nossos ativos que
rendem juros e diminuir nossas receitas e margens.
Futuras ações do governo, incluindo a imposição de impostos, intervenções no mercado de câmbio e
ações para ajustar ou fixar o valor do real, assim como qualquer crescimento do PIB acima dos níveis
esperados, podem ocasionar aumentos na inflação. Se o Brasil passar por flutuações nas taxas de inflação
no futuro, nossos custos e margens líquidas podem ser afetados e, se houver falta de confiança por parte dos
investidores, o preço de nossos títulos e valores mobiliários pode cair. As pressões inflacionárias também
podem afetar nossa habilidade em acessar mercados financeiros no exterior e pode levar a políticas de
combate à inflação que podem ter efeitos adversos sobre nossos negócios, situação financeira, resultado das
operações e sobre o valor de mercado de nossas ações, ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações
ordinárias.
Mudanças nas taxas básicas de juros pelo COPOM podem afetar substancial e negativamente nossas
margens e os resultados das operações.
O COPOM estabelece as taxas básicas de juros para o sistema bancário brasileiro (SELIC). A taxa
básica de juros foi de 14,25%, 11,75% e 10,0% a.a., em 31 de dezembro de 2015, 2014 e 2013,
respectivamente. Mudanças na taxa básica de juros podem afetar negativamente os resultados de nossas
operações, uma vez que possuímos ativos e passivos indexados à SELIC. Ao mesmo tempo, altas taxas
básicas de juros podem aumentar a probabilidade de inadimplência dos clientes, resultado da desaceleração
da atividade econômica. De forma análoga, taxas reduzidas podem aumentar a alavancagem dos tomadores,
gerando risco adicional ao sistema financeiro.
O COPOM ajusta a taxa SELIC para administrar aspectos da economia brasileira, incluindo a proteção
das reservas e os fluxos de capital. Não temos controle sobre a taxa SELIC estabelecida pelo COPOM ou a
frequência com que essa taxa é ajustada.
Acontecimentos e a percepção de risco no Brasil e em outros países, especialmente os emergentes,
podem afetar, de maneira negativa, o valor de mercado dos títulos brasileiros, incluindo nossas ações,
ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias.
O valor de mercado de títulos emitidos por empresas brasileiras é afetado, em diferentes níveis, pelas
condições econômicas e de mercado em outros países, incluindo outros países latino-americanos e países
emergentes. Embora as condições econômicas nesses países possam diferir de maneira significativa das
condições econômicas no Brasil, a reação dos investidores a acontecimentos nesses outros países pode ter
um efeito adverso no valor de mercado dos títulos de emissores sediados no Brasil. Crises em outros países
emergentes podem reduzir o interesse dos investidores por títulos de emissores sediados no Brasil, incluindo
os nossos, o que pode vir a afetar negativamente o valor de mercado de nossas ações, ADSs de ações
preferenciais e ADSs de ações ordinárias.
A crise financeira global tem consequências significativas em todo o mundo, incluindo o Brasil, tais
como a volatilidade dos mercados de capitais, a indisponibilidade de crédito, taxas de juros mais altas, uma
desaceleração geral da economia mundial e taxas de câmbio voláteis, entre outras que tiveram e podem
continuar a ter, direta ou indiretamente, um impacto negativo sobre nossos negócios, situação financeira,
11 Bradesco
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
resultado das operações, valor de mercado de títulos de emissores sediados no Brasil, inclusive os nossos,
e nossa habilidade para financiar nossas operações.
Riscos relacionados a nós e ao setor bancário brasileiro
Podemos levar um tempo maior que o esperado para receber a autorização dos órgãos reguladores
brasileiros para a aquisição das operações do HSBC Brasil ou podemos não ser capazes de integrar
de forma bem sucedida o negócio adquirido do HSBC Brasil.
Em 3 de agosto de 2015, comunicamos ao mercado que celebramos um contrato de compra e venda
de ações com o HSBC Latin America Holdings para a aquisição de suas operações no Brasil (“HSBC Brasil”).
A aquisição foi aprovada pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2016 e, até a data desse relatório anual,
a aquisição estava pendente de aprovação por outros órgãos reguladores brasileiros.
A aquisição e a integração do HSBC Brasil envolvem certos riscos, incluindo o risco de:
 integração da nova rede de comunicação, sistemas de informação, sistema contábil,
financeiro e pessoal, sistema de riscos e outros sistemas de administração, planejamento e
divulgação financeira, bases de clientes e produtos, dentro do nosso negócio podendo funcionar
com dificuldade ou com custos inesperados e estabelecer demandas adicionais à nossa
Administração Sênior, sistemas de informação, operações de front office e back office e
capacidade de marketing;
 ocorrência de eventos não esperados, tais como perdas nos ativos e/ou reconhecimento de
passivos ou contingências relacionados ao negócio adquirido;
 restrições ou limitações nos termos da aquisição, risco de exigir a exposição de certos ativos
ou negócios ou impedir a aprovação da transação, impostos pelos órgãos reguladores; e
 atrasos no processo de integração, que podem acarretar despesas operacionais maiores que
as esperadas em relação ao negócio adquirido.
Adicionalmente, a operação esperada, a sinergia financeira e outros benefícios advindos da aquisição
podem não ser totalmente atingidos.
Se falharmos em atingirmos oportunidades de crescimento de negócios e outros benefícios dessa
aquisição, ou incorrer em custos de integração maiores que os esperados, nossos resultados das operações
e condição financeira podem ser adversamente afetados.
Poderemos enfrentar elevação em nosso nível de atraso no pagamento de empréstimos, na medida
em que nossa carteira de empréstimos e adiantamentos amadurece.
A nossa carteira de empréstimos e adiantamentos vem crescendo nos últimos anos. Qualquer
aumento correspondente no nosso nível de empréstimos e adiantamentos vencidos, poderá mover-se mais
lentamente que a taxa de crescimento de empréstimos, já que, tipicamente, eles não vencem dentro de um
curto espaço de tempo após sua origem. Os níveis de empréstimos vencidos são normalmente maiores para
nossos clientes pessoa física do que para os clientes pessoa jurídica.
Em 31 de dezembro de 2015, nossa perda por redução ao valor recuperável aumentou 20,5% em
comparação com 31 de dezembro de 2014, enquanto que nossa carteira de empréstimos e adiantamentos a
clientes cresceu 6,1% sobre o mesmo período.
Em 31 de dezembro de 2014, nossa perda por redução ao valor recuperável aumentou 6,4% em
comparação com 31 de dezembro de 2013, enquanto que nossa carteira de empréstimos e adiantamentos a
clientes cresceu 7,8% sobre o mesmo período.
Em 2015, nosso índice de inadimplência evoluiu para 4,1%, devido à desaceleração da atividade
econômica no período. Em 2014 e 2013, nossos índices de inadimplência, calculados com base em
informações elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (“BR GAAP”), que considera
o total das operações vencidas acima de 90 dias sobre o total da carteira de empréstimos e adiantamentos
permaneceram estáveis em 3,5%.
Um crescimento rápido de empréstimos também pode reduzir o índice de empréstimos vencidos em
relação aos empréstimos totais, até que a taxa de crescimento diminua ou a carteira se torne mais madura.
Condições econômicas adversas e menor taxa de crescimento de nossos empréstimos e adiantamentos a
clientes podem resultar num aumento de nossa perda por redução ao valor recuperável dessas operações,
12 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
baixas contábeis e índice de empréstimos e adiantamentos vencidos em relação ao total de empréstimos, o
que pode ter um efeito adverso em nossos negócios, situação financeira e resultado das operações.
Condições adversas nos mercados de crédito e capitais podem afetar adversamente a nossa
capacidade de acessar recursos oportunamente e a custos reduzidos.
A volatilidade, incertezas nos mercados de crédito e capitais tem geralmente reduzido a liquidez,
resultando em custos elevados de captação para instituições financeiras e não financeiras. Tais condições
podem impactar nossa capacidade em substituir, oportunamente e a custos reduzidos, as obrigações que
estão vencendo e/ou o acesso a recursos para executar nossa estratégia de crescimento. Se formos forçados
a adiar aumentos de capital ou pagar taxas de juros desestimulantes a fim de obter capital, nossa situação
financeira e o resultado das operações podem sofrer um efeito adverso.
O ambiente cada vez mais competitivo crescente nos segmentos bancário e de seguros do Brasil pode
afetar negativamente as perspectivas de nossos negócios.
Os mercados para serviços financeiros, bancários e de seguros no Brasil são altamente competitivos.
Enfrentamos significativa competição de outros grandes bancos e seguradoras, públicas e privadas sediadas
no Brasil ou no exterior, em todas as principais áreas de operação.
A concorrência aumentou como resultado das consolidações entre as instituições financeiras no Brasil
e das regulamentações do Conselho Monetário Nacional, que chamamos de “CMN”, que tornaram mais fácil
para os clientes trocarem seus recursos/negócios de bancos. A competição elevada pode nos afetar
significativa e adversamente, entre outras coisas, limitando nossa habilidade em reter e aumentar nossa base
atual de clientes e expandir nossas operações, reduzir nossas margens de lucro sobre produtos bancários e
outros produtos e serviços que oferecemos, limitando as oportunidades de investimento.
A maior competitividade pode afetar negativamente os resultados de nossos negócios e negócios em
potencial, entre outras coisas:
 limitar nossa capacidade de aumentar nossa base de clientes e expandir nossas operações;
 reduzir nossas margens de lucro de serviços e produtos bancários, de seguros, de
arrendamento mercantil e outros serviços e produtos oferecidos por nós; e
 aumentar a concorrência para oportunidades de investimento estrangeiro.
Perdas com nossos investimentos em títulos para negociação e disponíveis para venda podem ter
impacto significativo sobre os resultados das nossas operações e são imprevisíveis.
O valor de alguns de nossos investimentos em ativos financeiros pode cair significativamente, devido
à volatilidade dos mercados financeiros, podendo variar em curtos períodos. Em 31 de dezembro de 2015,
investimentos em ativos financeiros para negociação e disponíveis para venda representaram 27,0% do nosso
ativo, sendo que os ganhos e as perdas realizados ou ganhos e perdas não realizados para ativos financeiros
para negociação e disponíveis para venda têm tido e podem continuar a ter um impacto significativo sobre os
resultados das nossas operações. Os valores desses ganhos e perdas, os quais contabilizamos à medida
que os investimentos em ativos financeiros são vendidos, ou em determinadas circunstâncias em que são
reconhecidos a valor justo, podem oscilar substancialmente entre um período e outro. O nível de oscilação
depende, em parte, de nossas políticas de investimento e do valor justo dos ativos financeiros, que por sua
vez, pode variar consideravelmente. Não podemos prever o montante de ganhos ou perdas realizadas num
determinado período futuro, e nossa administração acredita que as variações de um período a outro não têm
valor prático de análise. Adicionalmente, quaisquer rendimentos sobre nossa carteira de investimentos podem
deixar de contribuir para o lucro líquido nos mesmos níveis que os de períodos recentes, sendo que
poderemos deixar de auferir uma valorização em nossa carteira consolidada de investimentos, ou qualquer
parcela de valorização correspondente.
Podemos sofrer perdas associadas a exposições das contrapartes.
Estamos sujeitos à possibilidade das contrapartes não honrarem suas obrigações contratuais. Tais
contrapartes podem tornar-se inadimplentes devido à falência, falta de liquidez, falha operacional ou por
outros motivos. Esse risco pode surgir, por exemplo, com operações de swap ou outros contratos de
derivativos, em que as contrapartes têm a obrigação de nos pagar ou executar moedas ou outros negócios,
que não ocorram no momento exigido devido à incapacidade de entrega ou a falhas no sistema de agentes
de compensação, câmbio, câmaras de compensação ou outros intermediários financeiros. Esse risco de
contraparte é mais acentuado em mercados complexos, onde há maior risco de fracasso das contrapartes.
13 Bradesco
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
As nossas atividades de negociação e transações com derivativos podem ocasionar perdas
substanciais.
Atuamos em negociações com valores mobiliários, comprando títulos de renda fixa e variável,
principalmente, para vendê-los no curto prazo, com o objetivo de gerar lucros sobre diferenças de preço de
curto prazo. Esses investimentos poderiam nos expor à possibilidade de perdas financeiras substanciais no
futuro, já que os títulos estão sujeitos a flutuações no valor e podem gerar perdas. Além disso, entramos em
transações com derivativos para administrar nossa exposição a risco cambial e de taxa de juros. Essas
transações com derivativos têm por objetivo nos proteger contra aumentos ou reduções nas taxas de câmbio
ou de juros.
O governo regulamenta as operações das instituições financeiras e das seguradoras brasileiras.
Alterações nas leis e nos regulamentos existentes ou a imposição de novas leis e regulamentos
podem afetar negativamente nossas operações e nossas receitas.
Os bancos brasileiros e as seguradoras, inclusive nossas operações bancárias e de seguros estão
sujeitos à extensa e contínua fiscalização regulamentar por parte do governo. Não temos controle sobre a
regulamentação governamental, a qual rege todos os aspectos das nossas operações, inclusive a imposição
de:
 necessidades de capital mínimo;
 necessidades de depósitos compulsórios/reservas;
 limites de investimento em ativos fixos;
 limites de empréstimo e outras restrições de crédito;
 requisitos contábeis e estatísticos;
 cobertura mínima; e
 políticas obrigatórias de provisionamento.
A estrutura reguladora, que governa os bancos e as seguradoras sediados no Brasil, está
constantemente evoluindo. As leis e os regulamentos existentes podem ser alterados, a forma pela qual as
leis e regulamentos são executados ou interpretados, poderia mudar e novas leis e novos regulamentos
poderiam ser adotados. Tais alterações podem afetar negativamente nossas operações e receitas.
O governo, em particular, historicamente promulgou regulamentos que afetam as instituições
financeiras numa tentativa de implementar suas políticas econômicas. Esses regulamentos visam controlar a
disponibilidade de crédito e reduzir ou aumentar o consumo no Brasil. Essas alterações podem nos afetar
negativamente, pois os nossos retornos sobre os depósitos compulsórios são menores do que os que
obtemos com nossos outros investimentos. Os regulamentos emitidos pelo Banco Central não passam pelo
processo legislativo, de forma que sua promulgação e implementação pode ocorrer em um espaço muito curto
de tempo, afetando nossas atividades de maneira imprevista e repentina.
A maioria das nossas ações ordinárias é de detida, direta e indiretamente, por um único acionista e
nosso Conselho de Administração não possui membros independentes, consequentemente, seus
interesses podem entrar em conflito com os interesses de nossos outros investidores
Em 31 de dezembro de 2015, a Fundação Bradesco possuía, direta e indiretamente, 56,7% de nossas
ações ordinárias. Como resultado, a Fundação Bradesco tem o poder, entre outras coisas, de evitar uma
mudança no controle de nossa empresa, mesmo que uma transação desta natureza fosse benéfica aos
nossos outros acionistas. Tem também o poder de aprovar transações entre partes relacionadas ou
reorganizações societárias. De acordo com os termos do Estatuto Social da Fundação Bradesco, todos os
membros da nossa Diretoria Executiva ou estatutária, que trabalhem conosco há mais de dez anos, são
membros da Mesa Regedora da Fundação Bradesco. A Mesa Regedora não possui outros membros.
Nosso Conselho de Administração é composto de 8 membros e nenhum deles é considerado
independente de acordo com os critérios estabelecidos na Legislação Societária Brasileira. A Legislação
Societária Brasileira determina que somente pessoas naturais podem ser nomeadas para o Conselho de
Administração de uma Companhia e, não há determinação legal ou estatutária exigindo que tenhamos
conselheiros independentes. Consequentemente, os interesses de nosso Conselho de Administração podem
não estar sempre alinhados com os interesses dos detentores de nossas ações ordinárias e os detentores
destas ações não tem as mesmas proteções ainda que a maioria dos membros de nosso Conselho de
Administração fosse independente. Além disso, nossos conselheiros são associados à Fundação Bradesco e
14 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
podem surgir circunstâncias em que os interesses da Fundação Bradesco e de seus associados conflitem
com os interesses de outros acionistas.
A Fundação Bradesco e nosso Conselho de Administração pode tomar decisões com relação à nossa
política referente a aquisições, alienações de participações societárias, financiamentos ou outras transações,
as quais podem ser contrárias aos interesses dos detentores de ações ordinárias e ter um impacto negativo
sobre os interesses dos detentores de ações ordinárias. Para mais informações sobre os nossos acionistas,
ver “Item 7.A. Principais Acionistas”.
Mudanças nos regulamentos com relação às exigências de reservas e depósito compulsório podem
reduzir as margens operacionais.
O Banco Central tem alterado periodicamente o nível de depósitos compulsórios que as instituições
financeiras no Brasil são obrigadas a cumprir.
Os depósitos compulsórios, geralmente, têm retornos mais baixos que outros investimentos e
depósitos, pois:
 uma parcela de nossos depósitos compulsórios não recebe remuneração do Banco Central;
e
 uma parcela de nossos depósitos compulsórios deve ser usada para financiar o programa
federal de habitação, o setor rural brasileiro, clientes de baixa renda e pequenas empresas em
um programa conhecido por “programa de microcrédito”.
As normas relacionadas ao recolhimento compulsório vêm sendo alteradas pelo Banco Central de
tempos em tempos, conforme “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios – Captação de depósitos”.
Nossos depósitos compulsórios para depósitos à vista, de poupança e a prazo e compulsórios
adicionais foram de R$ 54,8 bilhões em 31 de dezembro de 2015. A exigência de reserva tem sido usada pelo
Banco Central para controlar a liquidez como parte da política monetária no passado e nós não temos controle
sobre suas imposições. Qualquer aumento nas exigências de depósito compulsório pode reduzir nossa
capacidade de empréstimos e fazer outros investimentos e, como resultado, pode nos afetar de maneira
negativa. Para mais informações sobre depósitos compulsórios, veja “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios –
Captação de depósitos”.
Mudanças nos impostos e outros lançamentos fiscais podem nos afetar negativamente.
O governo promulga regularmente reformas para regimes fiscais e outros lançamentos que afetam a
nós e aos nossos clientes. Essas reformas incluem mudanças na taxa de incidência e, ocasionalmente, a
promulgação de tributos temporários, cujos rendimentos são destinados para fins governamentais. Os efeitos
dessas mudanças e outras mudanças que resultam da promulgação de reformas tributárias adicionais não
foram, e não podem ser, quantificados. Não há garantias de que essas reformas, uma vez implementadas,
não possam ter um efeito negativo sobre os nossos negócios. Além disso, tais mudanças podem ocasionar
incertezas no sistema financeiro, aumentando o custo de empréstimos e contribuindo para o aumento da
carteira de empréstimos e adiantamentos vencidos.
A Constituição Brasileira estabelecia um teto para as taxas de juros de empréstimos e se o governo
decretar nova legislação com efeito similar no futuro, o resultado de nossas operações pode ser
adversamente afetado.
O artigo 192 da Constituição Brasileira, promulgada em 1988, estabelecia um teto de 12,0% a.a. sobre
as taxas de juros de empréstimos bancários. Entretanto, após a promulgação da Constituição Brasileira, essa
taxa não havia sido executada, pois o regulamento que cuidava do teto estava pendente. O entendimento de
que esse teto ainda não está em vigor foi confirmado pela Súmula Vinculante n° 7, uma decisão vinculatória
final promulgada em 2008 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conforme entendimento prévio de tal tribunal
sobre esse assunto. Desde 1988, várias tentativas foram feitas para regular os juros de empréstimo,
principalmente, os bancários, mas nenhuma alternativa foi implementada ou confirmada pelos tribunais
superiores brasileiros.
Em 29 de maio de 2003, a Emenda Constitucional n°40 (“EC 40/03”) foi promulgada e revogou todos
os subitens e parágrafos do artigo 192 da Constituição Brasileira. Essa emenda permite que o Sistema
Financeiro Brasileiro, seja regulado por leis específicas para cada setor do sistema em vez de uma única lei
relativa ao sistema como um todo.
Com a entrada em vigor da Lei nº 10.406/02 (o “Código Civil”), ao menos que as partes em um
empréstimo tenham acordado a aplicação de uma taxa diferente, a princípio o teto da taxa de juros foi
vinculado à taxa de juros básica cobrada pelo Tesouro Nacional. Atualmente, há alguma incerteza sobre se
15 Bradesco
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
a referida taxa básica, mencionada no Código Civil é: (i) a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia,
que chamamos de “SELIC”, estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (“COPOM”), que era de 14,25%
a.a. em 31 de dezembro de 2015 e, em 31 de março de 2016, era de 14,25% a.a. também; ou (ii) a taxa de
juros de 12,0% a.a., prevista no artigo 161, parágrafo 1, da Lei nº 5.172/66, na redação em vigor, (“Código
Tributário Brasileiro”), que é a taxa de juros devida quando os impostos não são pagos em dia.
Qualquer aumento ou redução substancial no teto da taxa de juros pode ter um efeito material nas
condições financeiras, nos resultados de operações ou perspectivas das instituições financeiras sediadas no
Brasil, inclusive sobre nós.
Além disso, alguns tribunais brasileiros emitiram decisões no passado, que limitam as taxas de juros
sobre transações de financiamento ao consumo, que são consideradas abusivas ou excessivamente
onerosas em comparação com as práticas do mercado. Decisões futuras dos tribunais brasileiros, bem como
mudanças na legislação e nos regulamentos que restringem as taxas de juros cobradas pelas instituições
financeiras, podem ter um efeito negativo em nossos negócios.
Nossas perdas relativas a sinistros de seguros podem variar de tempos em tempos. As diferenças
entre as perdas com sinistros reais e as premissas de subscrição e as provisões relacionadas podem
ter um efeito adverso sobre nós.
O resultado de nossas operações depende significativamente do ponto até onde nossos sinistros
reais são consistentes com as premissas que usamos para avaliar nossas obrigações ligadas aos sinistros
de apólices vigentes e futuras e para precificar nossos produtos de seguros. Buscamos limitar nossa
responsabilidade e precificar nossos produtos de seguros com base no pagamento esperado de benefícios,
calculado por meio do uso de vários fatores, como premissas sobre retorno de investimento, mortalidade e
invalidez, despesas, continuidade e certos fatores macroeconômicos, tais como inflação e taxas de juros.
Essas premissas podem desviar-se de nossa experiência anterior, inclusive devido a fatores além de nosso
controle, tais como desastres naturais (enchentes, explosões e incêndios), desastres humanos (protestos,
ataques terroristas e de gangues) e mudanças em taxas de mortalidade e invalidez, como resultado de
avanços na medicina e aumento da longevidade, entre outros. Portanto, não podemos determinar
precisamente os valores que pagaremos, finalmente, para liquidar essas obrigações ou quando esses
pagamentos precisarão ser feitos, ou se os ativos que garantem nossas obrigações de seguros, junto com os
prêmios e contribuições futuros, serão suficientes para cobrir o pagamento dessas obrigações. Esses valores
podem variar em relação aos valores estimados, principalmente, quando tais pagamentos não ocorrerem até
um futuro avançado, como é o caso de alguns de nossos produtos de vida. Consequentemente, a constituição
das provisões é inerentemente incerta e nossas perdas reais geralmente divergem, algumas vezes
substancialmente, de tais quantias estimadas. Até o ponto em que a experiência com sinistros reais seja
menos favorável do que as premissas subjacentes utilizadas no estabelecimento dessas obrigações,
podemos ser obrigados a aumentar nossas reservas, o que pode afetar adversamente nossa situação
financeira e o resultado de nossas operações.
Somos conjuntamente responsáveis por sinistros de nossos clientes se nossos resseguradores
falharem em cumprir com suas obrigações de acordo com os contratos de resseguro.
A compra de resseguro não nos exime de nossa responsabilidade para com nossos clientes se o
ressegurador falhar em cumprir suas obrigações, conforme os contratos de resseguro. Consequentemente, a
insolvência dos resseguradores ou a falha em fazer os pagamentos oportunos descritos nesses contratos,
poderia ter um efeito adverso sobre nós, já que continuamos responsáveis perante os nossos segurados.
Uma falha ou violação em nossos sistemas operacionais, de segurança ou de tecnologia pode
temporariamente interromper nossos negócios, aumentando nossos custos e ocasionando perdas.
Apesar de possuirmos ostensivos controles de segurança de informações, contínuos investimentos
em infraestrutura, operações e gerenciamento de crises em ordem, nossos sistemas de processamento de
dados, sistemas operacionais negócios financeiros, contábeis, instrumentos ou outros, podem parar de operar
corretamente por um período de tempo limitado, ou ficar temporariamente desativados ou danificados, como
resultado de uma série de fatores, incluindo eventos que são totalmente, ou parcialmente, fora de nosso
controle, tais como: falhas elétricas ou de telecomunicações; colapsos; falhas nos sistemas ou outros eventos
afetando terceiros, com os quais nós fazemos negócios ou em nossos instrumentos utilizados para as
atividades do negócio, incluindo câmbio, câmaras de compensação, intermediários financeiros ou provedores
de serviços; e eventos acerca de política local e de larga escala, ou problemas sociais e ataques cibernéticos.
Devido à natureza de nossas operações, dependemos substancialmente de tecnologia, e, portanto,
estamo expostos a infecções por vírus, softwares maliciosos e demais ataques mal intencionados, os quais
16 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
podem prejudicar inesperadamente o funcionamento de nossos sistemas, utilizados para gerenciar e
armazenar informações confidenciais e/ou sensíveis, referentes as nossas operações.
Nós e outras instituições financeiras já passamos por ataques aos nossos sistemas de informática.
Embora não tenhamos sofrido perdas materiais ou de dados com esses ataques, até agora, é possível que,
dado o uso de novas tecnologias, a crescente dependência da internet, a natureza mutante e sofisticação dos
ataques, não sejamos capazes de prever e evitar todos os ataques efetivamente no futuro.
Ataques cibernéticos e interrupções temporárias, ou falhas na estrutura física ou nos sistemas
operacionais que suportam nossos negócios e clientes, podem resultar em atrito com clientes, multas
regulatórias, penalidades ou intervenção, reembolso ou outros custos de compensação.
O Supremo Tribunal Federal está decidindo casos relacionados a expurgos inflacionários, os quais
podem elevar nossos custos e causar perdas.
Encontra-se em discussão no Supremo Tribunal Federal (“STF”), a mais alta instância do poder
judiciário brasileiro e o responsável por julgar questões constitucionais, o direito de tomadores de depósitos
de poupança obterem diferenças de correção monetária em razão de alegados expurgos inflacionários
decorrentes dos planos econômicos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II implementados nos anos 80
e 90, antes do plano Real, em 1994. O julgamento teve início em novembro de 2013, mas foi interrompido
recentemente. De acordo com as instituições que defendem os poupadores, os bancos aplicaram
incorretamente os índices de correção monetária e deveriam ser obrigados a indenizar os respectivos
poupadores pela não correção destes valores.
Em uma decisão relacionada, o Superior Tribunal de Justiça (“STJ”), a mais alta instância responsável
por julgar leis federais, decidiu, em maio de 2014, que a data de início da incidência dos juros de mora para
as indenizações dos poupadores deve ser a data da citação inicial do processo (e não a data de liquidação
da sentença) aumentando, com isso, o valor de eventual dano para as instituições financeiras na hipótese de
decisão desfavorável do STF.
Não podemos prever o resultado desse caso. No entanto, dependendo da decisão do STF, os bancos
(inclusive nós) podem incorrer em custos relevantes, o que poderia causar perdas para nós.
Riscos relativos às nossas ações, ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias.
Os Contratos de Depósito que regem as ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias
determinam que, os detentores destas ADSs apenas receberão instruções para votar se nós
autorizarmos o banco depositário contatar estes detentores para obterem instruções de voto, e
existem também limitações práticas sobre capacidade de votar que podemos conceder a tais
detentores.
Os direitos de voto dos detentores de ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias são
regidos pelos Contratos de Depósito. Estes Contratos de Depósito determinam que, o banco depositário
enviará instruções sobre voto aos detentores apenas se nós autorizarmos e instruirmos o depositário a fazêlo. Se não autorizarmos e instruirmos o banco depositário, os detentores de ADSs de ações preferenciais e
ADSs de ações ordinárias não poderão votar em nossas assembleias, a não ser que resgatem suas ADSs de
ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias e recebam as ações preferenciais ou ordinárias subjacentes,
conforme o caso, de acordo com os termos do Contrato de Depósito aplicável.
Além disso, existem limitações práticas sobre à capacidade dos detentores de ADSs de ações
preferenciais e ADSs de ações ordinárias para o exercício de seus direitos de voto, devido às etapas e
procedimentos adicionais envolvidos na comunicação com os referidos detentores. Por exemplo, nossos
acionistas deverão receber nossos avisos diretamente ou por meio de publicação de notificação em jornais
brasileiros e poderão exercer seus direitos de voto estando presentes na assembleia, ou por intermédio de
um procurador. Os detentores de ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias, por outro lado,
não deverão receber nossos avisos diretamente e não poderão votar pessoalmente em assembleia. Em vez
disso, de acordo com os Contratos de Depósito, o banco depositário, se autorizado e orientado por nós,
enviará quaisquer avisos de assembleias recebidos por ele, enviados por nós, aos detentores de ADS de
ações preferenciais ou de ADSs de ações ordinárias, juntamente com uma declaração quanto à maneira pela
qual as instruções podem ser transmitidas pelos detentores. Para exercerem sua capacidade de voto, os
detentores de ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias terão então de instruir o banco
depositário sobre como votar as ações representadas por suas ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações
ordinárias. Devido a esse passo adicional envolvendo o banco depositário, se e quando autorizarmos e
instruirmos o banco depositário a enviar informações sobre voto aos detentores de ADSs de ações
preferenciais e ADSs de ações ordinárias, o processo para o exercício de direitos de voto será mais demorado
para os detentores de ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias do que para os detentores
17 Bradesco
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
de nossas ações. As ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias, para as quais o banco
depositário não receber as instruções de voto em tempo hábil, não poderão votar na assembleia.
Segundo a Legislação Societária Brasileira, os detentores de ações preferenciais têm direitos
limitados de voto, consequentemente, os detentores de ADSs de ações preferenciais terão, do mesmo
modo, capacidade limitada de votar.
Segundo a Legislação Societária Brasileira (Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei nº 9.457/97, pela Lei nº
10.303/01, as quais chamamos conjuntamente de “Legislação Societária Brasileira”) e o nosso Estatuto, os
detentores de nossas ações preferenciais não têm direito a voto nas nossas assembleias gerais de acionistas,
exceto em certas circunstâncias limitadas (veja “Item 10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social - Organização
- Direitos de voto”, para mais informações sobre direitos de voto de nossas ações). Isso significa que, ao
contrário dos detentores de ações ordinárias, detentores de ações preferenciais não terão direito a voto nas
operações societárias, inclusive qualquer fusão ou consolidação proposta com outras empresas, entre outras
coisas.
Conforme discutido acima em “- Os Contratos de Depósito, que regem as ADSs de ações
preferenciais e ADSs de ações ordinárias, determinam que os detentores destas ADSs apenas receberão
instruções para votar se nós autorizarmos o banco depositário contatar estes detentores para obterem
instruções de voto, e existem também limitações práticas sobre capacidade de votar que podemos conceder
a tais detentores”, os detentores de ADSs de ações preferenciais apenas poderão votar, se autorizarmos e
instruirmos o banco depositário neste sentido. Como resultado do fato de que os detentores de ações
preferenciais têm direitos de voto limitados, a capacidade de voto que podemos conceder aos detentores de
ADSs de ações preferenciais correspondente às ações preferenciais, conforme o Contrato de Depósito
aplicável, poderia ser limitada do mesmo modo.
A volatilidade e a iliquidez relativas dos mercados de títulos brasileiros podem limitar
substancialmente a sua habilidade para vender as ações que servem de lastro às ADSs de ações
preferenciais e ADSs de ações ordinárias no preço e no momento que desejar.
Investir em títulos negociados em mercados emergentes como o Brasil, frequentemente, envolve risco
maior que investir em títulos de emissores em países mais desenvolvidos, e estes investimentos são
geralmente considerados mais especulativos por natureza. O mercado de títulos brasileiro é substancialmente
menor, menos líquido e pode ser mais volátil que os mercados de títulos maiores, tais como o dos EUA.
Embora V.Sa(s). tenham o direito de retirar a qualquer momento do banco depositário as nossas ações, que
servem de lastro para as ADSs de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias, sua habilidade para
vendê-las, pelo preço e no momento que desejar, pode ser substancialmente limitada. Também há
concentração significativamente maior no mercado brasileiro de títulos do que nos maiores mercados de
títulos, tais como o dos EUA ou o de outros países. As 10 maiores empresas, em termos de capitalização de
mercado, representavam 51,5% da capitalização total de mercado da Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuros (“BM&FBOVESPA”) em dezembro de 2015.
As nossas ações, as ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias não tem direito a um
dividendo fixo ou mínimo.
Os detentores de nossas ações, ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias não têm
direito a um dividendo mínimo ou fixo. Conforme nossos Contratos de Depósito, se o depositário (na figura
de detentor das ações ordinárias e preferenciais subjacentes às ADSs de ações ordinárias e ADSs de ações
preferenciais) receber quaisquer dividendos ou distribuições em espécie de nós, ele deverá distribuir uma
quantia correspondente em dólar norte-americano, líquida das taxas do depositário e de alguns ajustes de
imposto retido na fonte, conforme determinam os Contratos de Depósito, aos detentores de nossas ADSs de
ações ordinárias e ADSs de ações preferenciais tão logo seja possível. Contudo, se não pagarmos dividendos
aos detentores de nossas ações ordinárias e preferenciais, não haverá pagamento de dividendos aos
detentores de nossas ADSs de ações ordinárias e ADSs de ações preferenciais.
Conforme nosso Estatuto, nossas ações preferenciais têm direito a dividendos 10,0% superiores aos
atribuídos às ações ordinárias. Embora, de acordo com nosso Estatuto Social atual, sejamos obrigados a
pagar aos nossos acionistas, no mínimo 30,0% de nosso lucro líquido anual ajustado, os acionistas que
participam da Assembleia Geral Ordinária podem optar por suspender essa distribuição compulsória de
dividendos, se o Conselho de Administração os aconselhar de que o pagamento do dividendo não é
compatível com nossa situação financeira. Nem nosso Estatuto nem a lei brasileira especificam as
circunstâncias nas quais a distribuição não seria compatível com nossa situação financeira, e nossos
acionistas controladores nunca deixaram de deliberar a distribuição obrigatória de dividendos. Entretanto, a
legislação brasileira prevê que uma companhia não precisa pagar dividendos se tal pagamento ameaçar a
existência da companhia, ou prejudicar o curso normal de suas operações.
18 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
3.D. Fatores de Risco
Formulário 20-F
Ademais, em 1º de março de 2013, o CMN emitiu Resolução nº 4.193/13, em um esforço de
implementação de Basileia III no Brasil. De acordo com estas regras, uma restrição do pagamento de
dividendos e juros sobre o capital próprio pode ser imposta pelo Banco Central, na hipótese de as exigências
de capital adicional definidas pelo Banco Central não serem cumpridas, conforme descrito no item
“5.B.Liquidez e Recursos de Capital - Adequação e alavancagem de capital”.
Como detentor das ADSs de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias, V.Sa(s). terá(ão)
direitos de acionista(s) mais restritos e menos definidos do que aqueles praticados nos EUA ou em
certas outras jurisdições.
Nossos assuntos societários são regidos pelo nosso Estatuto Social e pela Legislação Societária
Brasileira, que podem diferir dos princípios legais, que se aplicariam se fôssemos constituídos numa jurisdição
norte-americana ou em certas outras jurisdições fora do Brasil. Pela Legislação Societária Brasileira, V.Sa(s).
e os detentores das nossas ações poderão ter direitos mais restritos e menos definidos para proteger seus
interesses relativos aos atos praticados pelo nosso Conselho de Administração ou pelos detentores de ações
ordinárias, que os direitos regidos por leis de outras jurisdições fora do Brasil.
Embora a Legislação Societária Brasileira imponha restrições sobre negociações com informações
privilegiadas ou sobre manipulações de preço, os mercados brasileiros de valores mobiliários não são tão
altamente regulamentados e supervisionados como os mercados de valores mobiliários dos EUA ou os de
certas outras jurisdições. Além disso, a negociação com as próprias ações e a preservação dos interesses do
acionista podem ser menos fortemente reguladas e cumpridas no Brasil do que nos EUA, o que poderia lhe(s)
pôr em desvantagem na condição de detentor(es) das nossas ações que servem de lastro às ADSs de ações
preferenciais ou ADSs de ações ordinárias. Por exemplo, comparadas às com as leis societárias gerais de
Delaware, a Legislação e as Práticas Societárias Brasileiras possuem regras e precedentes judiciais menos
detalhados e bem estabelecidos relativos à avaliação das decisões da Administração com respeito aos
padrões de dever de zelo e de lealdade, dentro do contexto de reestruturações societárias e operações com
partes relacionadas, assim como para operações de alienação de negócios. Ademais, os acionistas de
empresas localizadas em Delaware precisam ser detentores de 5,0% do capital social em circulação de uma
empresa para ter legitimidade para entrar com ações derivadas de acionistas, enquanto os acionistas de
empresas sediadas no Brasil normalmente não têm legitimidade para entrar com ações de classe.
Pode ser difícil executar ações de responsabilidade civil contra nós ou nossos conselheiros e
executivos.
Somos organizados de acordo com as leis do Brasil e todos os nossos conselheiros e executivos
residem fora dos EUA. Além disso, uma parcela substancial de nossos ativos e a maior parte ou todos os
ativos de nossos conselheiros e executivos estão localizados no Brasil. Como resultado, pode ser difícil para
os investidores abrirem processos sobre tais pessoas, dentro dos EUA ou em outras jurisdições fora do Brasil,
ou executar julgamentos contra elas, incluindo qualquer ação com base em responsabilidades civis, conforme
as leis de títulos federais dos EUA.
Se emitirmos novas ações, ou se nossos acionistas venderem suas ações no futuro, o preço de
mercado das ADSs de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias poderá diminuir.
As vendas de quantidades substanciais de ações, ou a crença de que isso possa ocorrer, poderiam
diminuir o preço de mercado de nossas ações e das ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias,
por meio de diluição de seu valor. Se emitirmos novas ações ou se nossos acionistas existentes venderem
as ações que detêm, o preço de mercado das ações e, por consequência, o preço de mercado das ADSs de
ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias poderá diminuir significativamente.
Pagamentos sobre as ADSs de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias podem estar sujeitos
à retenção nos EUA, segundo a FATCA (“Foreign Account Tax Compliance Act” ou Lei de
Conformidade Tributária para Contas Estrangeiras).
Os EUA decretaram lei chamada de “FATCA,” que, em linhas gerais, impõe um novo regime de
retenção e reporte com relação a algumas fontes de pagamento americanas (incluindo juros e dividendos),
resultados brutos da venda de propriedade que possa produzir juros e dividendos de origem americana e
certos pagamentos feitos por entidades classificadas como instituições financeiras, de acordo com a FATCA.
Os EUA entraram em um acordo intergovernamental (Intergovernamental Agreement, o “IGA”) com o Brasil
para implementação da FATCA. De acordo com o IGA, em sua redação atual, não esperamos que
pagamentos feitos com relação às ADSs de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias estejam sujeitos
a retenção, de acordo com a FATCA. Contudo, aspectos importantes sobre quando e como a FATCA será
aplicada ainda permanecem indefinidos, e não é possível garantir que a retenção, de acordo com a FATCA,
não se tornará relevante no que se refere a pagamentos feitos com relação às ADSs de ações preferenciais
ou ADSs de ações ordinárias no futuro. Investidores potenciais devem consultar seus próprios consultores
19 Bradesco
ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA
Formulário 20-F
tributários no que se refere ao impacto potencial da FATCA. Para mais informações sobre a FATCA, veja
“Item 4.B Visão Geral dos Negócios – Regulamentação e Supervisão”.
V.Sa(s). poderá(ão) ser impedido(s) de exercer direitos de preferência relativos às nossas ações.
V.Sa(s). não poderá(ão) exercer direitos de preferência relativos às nossas ações que servem de
lastro para suas ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias, salvo se estiver em vigor uma
declaração de registro, segundo a Lei de Valores Mobiliários com relação àqueles direitos ou uma isenção de
declaração de registro da referida Lei de Valores Mobiliários. Da mesma forma, de tempos em tempos,
poderemos distribuir direitos aos nossos acionistas. O banco depositário não oferecerá direitos a V.Sa(s).
como detentor das ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias, salvo se os direitos estiverem
registrados de acordo com as disposições da Lei de Valores Mobiliários ou sujeitos a uma isenção dos
requisitos de registro. Não temos obrigação de arquivar uma declaração de registro relativa às ações ou outros
títulos referentes a esses direitos, nem podemos lhe(s) assegurar de que pretendemos arquivar tal declaração
de registro. Dessa forma, V.Sa(s). poderá(ão) receber somente o produto líquido da venda pelo banco
depositário dos direitos recebidos com relação às ações representadas por suas ADSs de ações preferenciais
e ADSs de ações ordinárias, ou, caso os direitos de preferência não possam ser vendidos, serão dados como
extintos no decurso do prazo. É possível que V.Sa(s). não possa(m) participar em nossas eventuais ofertas
de direitos de subscrição, resultando portanto em uma possível diluição de seus investimentos no Bradesco.
Se V.Sa(s). permutar(em) suas ADSs de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias por ações
que as lastreiam, correrá(ão) o risco de não poder remeter moeda estrangeira para o exterior, assim
como de perder os benefícios fiscais brasileiros.
A legislação brasileira exige que as partes obtenham um registro no Banco Central para remeter
moedas estrangeiras, incluindo dólares norte-americanos, para o exterior. O custodiante brasileiro das ações
deverá obter do Banco Central os registros necessários para o pagamento de dividendos ou outras
distribuições em dinheiro, relativos às ações ou após alienação das ações. No entanto, se V.Sa(s).
permutar(em) as ADSs de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias pelas ações que as lastreiam,
somente poderá(ão) contar com o certificado do custodiante durante 5 dias úteis a partir da data da permuta.
A partir de então, V.Sa(s). deverá(ão) obter seu próprio registro de acordo com as regras do Banco Central e
da CVM, para obter e remeter os dólares norte-americanos para o exterior, após a alienação das ações ou o
recebimento de distribuições relativas às ações. Se V.Sa(s). não obtiver(em) o certificado de registro, V.Sa(s).
poderá(ão) não ser capaz(es) de remeter os dólares norte-americanos, ou outras moedas, para o exterior,
ficando sujeito(s) a um tratamento fiscal menos favorável relativo aos rendimentos das ações. Para mais
informações, veja “Item 10.D. Controles de Câmbio”.
Se V.Sa(s). tentar(em) obter seu próprio registro, poderá(ão) incorrer em despesas ou enfrentar
demora no processo, o que poderia causar atraso para o recebimento de dividendos ou distribuições relativas
às ações, ou o retorno oportuno do seu capital. O registro do custodiante, ou qualquer certificado de registro
de capital estrangeiro que V.Sa(s). possa(m) vir a obter, poderá ser afetado por futuras mudanças na
legislação. Poderão ser impostas no futuro restrições aplicáveis à V.Sa(s), à alienação das ações de lastro
ou à repatriação do produto da alienação.
ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA
4.A. História e Desenvolvimento da Companhia
Somos uma sociedade anônima constituída segundo as leis do Brasil. Nossa sede social está
localizada na Cidade de Deus, Vila Yara, 06029-900, Osasco, São Paulo, Brasil, e o número de telefone de
nossa sede social é (55-11) 3684-4011. Nossa agência em Nova Iorque está localizada na 450 Park Avenue,
32º e 33º andares, Nova Iorque, 10022.
Nossa empresa foi fundada em 1943 como um banco comercial sob o nome de “Banco Brasileiro de
Descontos S.A.”. Em 1948, iniciamos um período de intensa expansão, que fez com que nos tornássemos o
maior banco comercial do setor privado (não controlado pelo governo), no Brasil, no final da década de 60.
Expandimos nossas atividades em todo o país durante a década de 70, conquistando mercados brasileiros
urbanos e rurais. Em 1988, incorporamos nossas subsidiárias de financiamento imobiliário, banco de
investimento e financiadora, tornando-nos um banco múltiplo, e mudamos nossa denominação para “Banco
Bradesco S.A.”.
Desde 2009, atuamos em todos os municípios brasileiros e nossa grande rede bancária nos permite
maior proximidade com nossos clientes, possibilitando que nossos gerentes conheçam também as regiões
20 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.A. História e Desenvolvimento da Companhia
Formulário 20-F
economicamente ativas e outras condições importantes para nossa atividade. Esse conhecimento nos ajuda
na avaliação e limitação de riscos em operações de crédito, entre outros riscos, bem como no atendimento
de necessidades específicas de nossos clientes.
Atualmente, somos um dos maiores bancos no Brasil, em termos de total de ativos. Oferecemos
ampla gama de produtos e serviços bancários e financeiros, no Brasil e no exterior, para pessoas físicas,
grandes, médias e pequenas empresas e a importantes sociedades e instituições nacionais e internacionais.
Nossos produtos e serviços abrangem operações bancárias, tais como: empréstimos e adiantamentos,
depósitos, emissão de cartões de crédito, consórcio, seguros, arrendamento mercantil, cobrança e
processamento de pagamentos, planos de previdência complementar, gestão de ativos e serviços de
intermediação e corretagem de valores mobiliários.
Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos, numa base consolidada:
 R$ 1,0 trilhão em total de ativos;
 R$ 370,3 bilhões em total de empréstimos e adiantamentos a clientes;
 R$ 195,8 bilhões em total de depósitos;
 R$ 90,9 bilhões em patrimônio líquido, incluindo participações dos acionistas não
controladores;
 R$ 170,9 bilhões em provisões técnicas para nossas operações de seguros e planos de
previdência;
 R$ 58,3 bilhões de financiamento ao comércio exterior;
 44,2 milhões de detentores de apólices de seguros;
 26,0 milhões de clientes correntistas;
 60,1 milhões de contas de poupança;
 3,2 milhões de detentores de títulos de capitalização;
 2,4 milhões de detentores de planos de previdência;
 1.562 grupos empresariais brasileiros e multinacionais no Brasil como clientes Corporate;
 uma média de 30,3 milhões de transações realizadas diariamente, sendo 1,5 milhão nas
4.507 agências e 28,8 milhões por meio dos Canais Digitais, representados por Bradesco
Celular, Internet, Autoatendimento e Fone Fácil;
 uma rede nacional constituída de 4.507 agências e 4.247 postos de atendimento e postos de
atendimento eletrônico em empresas, localizados nas instalações de clientes pessoas jurídicas
selecionadas, 31.527 máquinas de autoatendimento da rede própria e 18.940 máquinas da rede
Banco24Horas, que possibilitam a realização de operações de saques, emissão de extratos,
consultas de saldo, empréstimos, pagamentos de boletos de cobrança, transferências entre
contas Bradesco e contas de outros bancos, consulta de comprovantes salariais, consulta de
cheques pagos e compensados, prova de vida do Instituto Nacional do Seguro Social (“INSS”) e
serviços de cartão pré-pago. Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos 92.861 funcionários, para
mais informações sobre nossos funcionários, veja “Item 6.D. Funcionários”; e
 um total de 3 agências e 11 subsidiárias localizadas em Nova Iorque, Londres, nas Ilhas
Cayman, Tóquio, Buenos Aires, em Luxemburgo, em Hong Kong e no México.
Aquisições recentes
Em julho de 2015, celebramos um contrato de compra e venda de ações para aquisição de 100% do
capital social do HSBC Brasil. Com a aquisição, assumiremos todas as operações no Brasil, incluindo varejo,
seguros e administração de ativos, bem como todas as agências e clientes. O preço acordado é de
aproximadamente US$ 5,2 bilhões e será ajustado pelo variação do patrimônio líquido do HSBC Brasil a partir
de 31 de dezembro de 2014 e será pago na data da conclusão da operação. A aquisição possibilitará ganho
de escala e otimização de plataformas, com aumento da cobertura nacional, consolidando a liderança em
números de agências em vários estados, reforçando nossa presença no segmento de alta renda. Permitirá,
também, a expansão de nossas operações, com o aumento da gama de produtos que são oferecidos no
Brasil, especialmente nos mercados de seguros, cartão de crédito e administração de fundos (asset
management). O Banco Central aprovou a aquisição em dezembro de 2015 e a conclusão está sujeita, ainda,
a aprovação dos demais órgãos reguladores, e ao cumprimento das demais formalidades legais.
21 Bradesco
4.A. História e Desenvolvimento da Companhia
Formulário 20-F
Em janeiro de 2014, a Bradesco Saúde S.A. (“Bradesco Saúde”) concluiu a operação de aquisição
indireta de participação acionária representativa de 6,5% do capital social e votante da Odontoprev divulgada
ao mercado em outubro de 2013. Com essa aquisição, a Bradesco Saúde elevou sua participação no capital
social total e votante da Odontoprev S.A. (“Odontoprev”) de 43,5% para aproximadamente 50,0%. A
Odontoprev já era consolidada com base no controle obtido através de acordo de acionistas.
Outras alianças estratégicas
Em julho de 2014, nós, em conjunto com o Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Banco Santander, HSBC
Brasil, Caixa Econômica Federal (“Caixa”) e Banco Citibank, assinamos um novo acordo de acionistas da
Tecban, que prevê a consolidação de suas redes externas de autoatendimento pela Rede Banco24horas.
Este acordo foi aprovado pelas autoridades competentes e entrou em vigor em novembro de 2014.
Em julho de 2014, nós comunicamos a formalização da parceria estratégica com a IBM Indústria
Máquinas e Serviços Ltda. (“IBM”). Ficou acordado que as atividades de suporte e manutenção de hardware
e software atualmente prestadas pela Scopus Tecnologia Ltda. (“Scopus Serviços”) passarão a ser prestadas
pela IBM, que assumirá a estrutura operacional da Scopus Serviços e todos os contratos de suporte e
manutenção firmados entre a Scopus Serviços e seus demais clientes.
As atividades de consultoria em inovação e soluções em tecnologia de informação atualmente
desenvolvidas pela Scopus Serviços passarão a ser atendidas pela Scopus Soluções em TI S.A. (“Scopus
Soluções”), cujo capital social continuará detido integralmente por nós. A propriedade da marca “Scopus”
continuará sendo mantida por nós.
Em maio de 2014, nós e o Banco do Brasil constituímos a Livelo S.A. (“LIVELO”), que tem como
objetivo explorar negócios relacionados a programa de fidelidade por coalizão, permitindo ao cliente acumular
e resgatar pontos em diversos parceiros.
Em abril de 2014, nós e o Banco do Brasil, por meio da joint-venture Companhia Brasileira de
Soluções e Serviços (“CBSS”), constituímos, em sociedade com a Cielo, a empresa STELO S.A. (“STELO”),
uma empresa de meios eletrônicos de pagamentos que irá administrar, operar e explorar os segmentos de
facilitadoras de pagamentos voltada para o comércio eletrônico, bem como negócios de carteira digital.
A Bradesco Asset Management (“BRAM”) tem desenvolvido importantes alianças e a
internacionalização tem sido parte dessa estratégia, tendo a BRAM ampliado o número de plataformas de
fundos nos quais nossos produtos são distribuídos nos mercados da Europa, América Latina e Ásia.
Efetuamos acordos de advisory viabilizando a oferta de fundos globais de Renda Variável, com foco na
Europa, América Latina (ex-Brasil), Australásia e mais recentemente no Japão. Nos EUA, por meio da
subsidiária BRAM US LLC, a BRAM possui fundos dedicados a investidores norte-americanos. No Japão, a
MUAM - Mitsubishi UFJ Asset Management, nossa parceira, oferece para investidores de varejo Fundos de
Renda Fixa e Renda Variável, que investem no mercado brasileiro. Na Europa, a BRAM oferece, aos
investidores estrangeiros, fundos domiciliados em Luxemburgo com estratégias distintas sob a família
“Bradesco Global Funds”, que foi lançada em 2009 com uma equipe de distribuição baseada em Londres.
Estratégia de Negócios
Os elementos-chave de nossa estratégia são: (i) a consolidação e a expansão de nossa posição como
uma das principais instituições financeiras e de seguros do Brasil; (ii) a maximização do valor para o acionista;
e (iii) a manutenção de padrões elevados de responsabilidade corporativa e sustentabilidade.
Para atingir esses objetivos, pretendemos seguir as estratégias abaixo:
Consolidar e aproveitar nossa Rede de Atendimento e nossa Marca como uma das principais
instituições financeiras e de seguros no Brasil, que oferece uma carteira completa de produtos e
serviços a todos os níveis da sociedade.
Acreditamos que nossa posição como uma das principais instituições financeiras do país, com
presença em todas as regiões brasileiras, por meio de ampla rede de canais de distribuição, e exposição a
pessoas físicas de todos os níveis de renda, bem como a empresas de pequeno, médio e grande porte, nos
permitirá manter a estratégia de crescimento orgânico. Continuaremos, também, a expandir o segmento de
negócios relacionado a produtos de seguros, previdência complementar e capitalização, para consolidar
nossa liderança nesse setor. Como parte dessa estratégia, pretendemos ampliar as vendas de nossos
produtos bancários tradicionais, seguros, previdência complementar e capitalização por meio de nossa vasta
rede de agências, de nossos serviços disponíveis pela Internet e demais canais de distribuição. Estamos
comprometidos com investimentos significativos em nossa plataforma de TI para sustentar esse crescimento.
22 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Além disso, pretendemos continuar a alavancar nossos relacionamentos com clientes de grande porte e
pessoas físicas de alta renda, para desenvolver ainda mais nossas operações de banco de investimento,
private banking e gestão de ativos, por intermédio do Bradesco BBI, Banco Bradesco Europa, Bradesco
Securities e outras subsidiárias no Brasil e em centros financeiros de destaque, como Londres, Nova Iorque,
Hong Kong e Tóquio.
Manter a qualidade dos ativos e os níveis de risco operacional.
Estamos centrados no crescimento sustentável para assegurar nossos padrões de qualidade de
ativos e níveis de risco. Pretendemos manter a qualidade de nossa carteira de empréstimos por meio do
aprimoramento contínuo de nossos modelos de riscos de inadimplência, assegurando melhores resultados
em crédito e provisões adequadas para perdas incorridas. Nossa estratégia envolve a manutenção de nossa
política existente no negócio de seguros, de avaliação cuidadosa dos spreads de risco por intermédio de uma
sólida análise atuarial, firmando, simultaneamente, contratos de resseguro com instituições de renome a fim
de reduzir nossa exposição a grandes riscos.
Com relação à gestão de riscos, pretendemos manter nossa abordagem integrada, que utiliza método
centralizado para identificar, avaliar, controlar, monitorar e atenuar os riscos operacionais e de crédito,
mercado e liquidez. Pretendemos continuar a utilizar comitês especializados de gestão de risco para a adoção
de políticas institucionais, diretrizes operacionais e limites de exposição ao risco, de acordo com as melhores
práticas internacionais, a fim de manter os riscos operacionais em níveis adequados.
Complementar o crescimento orgânico com alianças estratégicas e buscar aquisições selecionadas.
Para complementar nossa estratégia de crescimento orgânico, buscamos constantemente
oportunidades de alianças estratégicas e aquisições selecionadas para consolidar nossa posição como uma
das principais instituições financeiras do Brasil e ampliar nossa presença em mercados em expansão como
crédito direto ao consumidor, banco de investimento, corretora e seguros. Acreditamos que nossa parceria
estratégica com o Banco do Brasil e a Caixa em cartões de débito, crédito e pré-pagos para correntistas e
não correntistas é um exemplo dessas oportunidades de crescimento. De forma similar, a participação na
Odontoprev aumentou nossa presença no segmento de planos odontológicos, permitindo-nos consolidar
nossa posição de liderança no mercado segurador. Continuaremos a nos concentrar na qualidade de ativos,
potencial de sinergias operacionais, vendas e aquisição de know-how para maximizar o retorno para nossos
acionistas.
Foco na responsabilidade corporativa e sustentabilidade como princípios centrais de nossa empresa.
Acreditamos que a responsabilidade corporativa e a sustentabilidade são fundamentais para nossas
operações e incorporamos os 3 princípios a seguir à nossa estratégia global: finanças sustentáveis, gestão
responsável e investimentos em projetos sociais e ambientais. Buscamos sempre desenvolver e incorporar
conceitos de finanças sustentáveis ao processo de projeto e gerenciamento de nossos produtos e serviços e
em nossos relacionamentos com clientes e fornecedores. Acreditamos que nossa inclusão nos índices de
sustentabilidade da Bolsa de Valores de Nova York e da BM&FBOVESPA representa o reconhecimento de
nosso sucesso na implementação de princípios de sustentabilidade. Como parte dessa estratégia,
continuaremos a aplicar, em nossas atividades de financiamento e investimento, a análise de riscos
socioambientais, de acordo com as práticas internacionais, inclusive os Princípios do Equador, que
subscrevemos em 2004. A responsabilidade corporativa sempre foi um de nossos princípios fundamentais,
como comprovado pelos investimentos significativos em educação, que vimos fazendo desde 1956, por
intermédio da Fundação Bradesco, presente em todos os estados brasileiros e Distrito Federal, com 40
Escolas próprias instaladas prioritariamente em regiões de acentuadas carências socioeconômicas,
oferecendo ensino formal gratuito e de qualidade a crianças e jovens, na Educação Básica – da Educação
Infantil ao Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de Nível Médio, Educação de Jovens e Adultos e
na Formação Inicial e Continuada voltada à geração de emprego e renda.
4.B. Visão Geral dos Negócios
Nós operamos e administramos nossos negócios por meio de dois segmentos: (i) o segmento
bancário; e (ii) o segmento de seguros, previdência e capitalização.
As informações, sobre segmentos, foram preparadas com base em relatórios disponibilizados à
Administração para avaliar o desempenho e tomar decisões referentes à alocação de recursos para
investimentos e outros fins. Nossa Administração usa uma variedade de informações, incluindo financeiras,
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (“BR GAAP”) e não financeiras, medidas em
diferentes bases. Desta forma, as informações contidas nos segmentos, foram preparadas de acordo com o
BR GAAP e as informações consolidadas, foram preparadas segundo o IFRS. Para mais informações quanto
as diferenças entre os saldos dos resultados consolidados e por segmento, veja “Item 5.A. Resultados
23 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Operacionais – Resultados das Operações para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 comparado
com o exercício findo em 31 de dezembro de 2014” e “Item 5.A. Resultados operacionais – Resultados das
operações para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 comparado com o exercício findo em 31 de
dezembro de 2013”.
Em 31 de dezembro de 2015, conforme as fontes a seguir citadas entre parênteses, éramos:
 um dos líderes entre os bancos em depósitos de poupança, com R$ 91,9 bilhões,
representando 13,8% dos depósitos de poupança no Brasil (Banco Central);
 um dos líderes de repasse nas operações de empréstimos do BNDES, desembolsando R$
8,1 bilhões (BNDES);
 o líder em volume dos serviços de cobrança registrada bancária no Brasil (Banco Central);
 um dos líderes em financiamento de veículos ao consumidor, com participação de mercado
de 13,3% (Banco Central);
 o líder entre os bancos no pagamento de benefícios do INSS, com pagamento aos mais de
8,9 milhões de aposentados, pensionistas e outros beneficiários do INSS, que representam
27,5% do total de inscrições daquele Instituto (INSS);
 um dos líderes em operações de arrendamento mercantil no Brasil, com R$ 3,1 bilhões em
aberto, através de nossa subsidiária Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, ou
“Bradesco Leasing” (ABEL);
 um dos líderes da indústria de gestão de recursos de terceiros, através de nossas subsidiárias
BRAM, com R$ 395,8 bilhões em ativos sob gestão, e BEM Distribuidora de Títulos e Valores
Mobiliários Ltda., ou “BEM DTVM”, especializada em serviços de administração fiduciária,
custódia e controladoria de recursos de terceiros, com R$ 158,8 bilhões de ativos administrados
(ANBIMA);
 o líder em cotas ativas de consórcio, através de nossa subsidiária Bradesco Administradora
de Consórcios Ltda., ou “Bradesco Consórcios”, com um total de 1.194.015 cotas ativas divididas
em 3 segmentos, sendo: (i) automóveis, com 914.039 cotas; (ii) imóveis, com 231.464 cotas; e
(iii) caminhões/ tratores/ máquinas e equipamentos, com 48.512 cotas (Banco Central); e
 o maior em operação no mercado segurador brasileiro, atuando em todas as linhas do
segmento, com 25,5% de market share (SUSEP/ANS) através do Grupo Bradesco Seguros, o
qual é composto, basicamente, pela Bradesco Seguros S.A., ou “Bradesco Seguros” e suas
subsidiárias: (i) Bradesco Vida e Previdência S.A., ou “Bradesco Vida e Previdência”; (ii)
Bradesco Capitalização S.A., ou “Bradesco Capitalização”; (iii) Bradesco Auto/RE Companhia de
Seguros S.A., ou “Bradesco Auto/RE”; e (iv) Bradesco Saúde S.A., ou “Bradesco Saúde”. O
faturamento do Grupo Bradesco Seguros, foi de R$ 64,6 bilhões em prêmios de seguros,
contribuições de previdência complementar e receitas de títulos de capitalização em 2015.
A seguir, destacamos os principais prêmios e reconhecimentos recebidos em 2015:
 Melhor Banco Brasileiro, na edição de 2015, do The Banker Awards (The Banker / Financial
Times);
 Marca de Banco Mais Valiosa da América Latina, segundo levantamento realizado pela
consultoria BrandAnalytics da Millward Brown para a edição 2015 do BrandZ Top 50 Marcas Mais
Valiosas da América Latina. Também, figura na quarta colocação do ranking geral entre todos
os segmentos, com valor de US$ 5,2 bilhões;
 Figurou em 3 importantes rankings de eficiência na gestão de pessoas: “Melhores Empresas
para Trabalhar no Brasil” (Guia 2015 Você S/A – As 150 Melhores Empresas para Você
Trabalhar); “As melhores na Gestão de Pessoas” (Jornal Valor Econômico em parceria com AonHewitt); e “As 50 Melhores Empresas Psicologicamente Saudáveis” (Editora Gestão e RH);
 Marca do Setor Bancário mais valiosa da América Latina e a 15ª no ranking mundial, segundo
estudo realizado pela revista The Banker e pela Brand Finance;
 Melhor Banco Brasileiro, pelo quarto ano consecutivo, pelo Prêmio Awards for Excellence
2015, concedido pela revista inglesa Euromoney;
24 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 Maior Grupo Privado do país, com receitas de R$ 201,2 bilhões, no ranking Valor Econômico,
elaborado pelo Valor Econômico, que lista os 200 grandes grupos que atuam no Brasil;
 Integra, pela 16ª vez, a lista anual das “135 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil”, em
pesquisa realizada pela revista Época, com a avaliação do Great Place To Work;
 Destaque, pela quinta vez consecutiva, no Guia Você S/A – “As Melhores Empresas para
Começar a Carreira” – Edição 2015, levantamento realizado pela revista Você S/A em parceria
com a Fundação Instituto de Administração – FIA e Cia. de Talentos;
 Destaque entre “As Melhores Empresas para o Consumidor 2015”, segundo o levantamento
Época Reclame Aqui, figurando como campeão nas categorias Bancos e Serviços Financeiros,
Cartões e Seguros;
 Destaque na edição 2015 do anuário Melhores e Maiores da revista Exame, integrando os
rankings: “200 Maiores Grupos por Receita Líquida”; “50 Maiores Bancos por Patrimônio”; “100
Maiores Bancos da América Latina por Patrimônio”; “200 Maiores Empresas da América Latina
por Valor de Mercado”; “50 Maiores Seguradoras por Prêmios Emitidos”, com destaque para a
Bradesco Saúde, no primeiro lugar da lista, a Bradesco Vida e Previdência e a Bradesco
Auto/RE;
 Destaque na edição 2015 do Anuário Valor 1000, publicado pelo jornal Valor Econômico, no
qual, além de integrar o ranking dos maiores Bancos, também ocupa o primeiro lugar entre as
seguradoras, com a Bradesco Seguros, a Bradesco Vida e Previdência e a Bradesco Saúde;
 O Grupo Bradesco Seguros recebeu o selo RA 1000, que é concedido pelo site Reclame Aqui
às empresas que prestam atendimento de excelência aos clientes;
 O Grupo Bradesco Seguros, pela quarta vez consecutiva, é líder na categoria “Seguros” do
anuário Época Negócios 360º, conforme levantamento realizado em parceria com a Fundação
Dom Cabral. A Bradesco Saúde e a Odontoprev obtiveram colocação na faixa superior máxima
no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), do programa de Qualificação das
Operadoras 2015 (ano-base 2014), elaborado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS); e
 As Ouvidorias do Bradesco e do Grupo Bradesco Seguros foram destaque do Prêmio
Ouvidoria Brasil, pela quarta vez consecutiva, entre as 10 Melhores do País, em levantamento
da Associação Brasileira de Ouvidores (ABO) e da Associação Brasileira das Relações EmpresaCliente (Abrarec), com apoio da revista Consumidor Moderno.
Receita por área de negócio
A tabela a seguir resume nossas principais receitas brutas por área de negócio relativamente aos
períodos indicados:
Em milhares de reais
Exercício findo em 31 de dezembro de
2015
2014
2013
69.877.296
19.195.003
62.634.879
17.570.839
57.561.074
15.639.215
58.760.780
50.454.983
44.887.215
Atividade Bancária
Empréstimos e adiantamentos (1)
Tarifas e comissões
Seguros e planos de previdência complementar
Prêmios retidos de seguros e plano de previdência
(1)
Inclui empréstimos industriais, financiamento por cartões de crédito, empréstimos em conta corrente, financiamento ao comércio e empréstimos estrangeiros.
Para mais informações sobre nossos segmentos, veja Nota 5 das nossas demonstrações contábeis
consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Não discriminamos as nossas receitas por região geográfica dentro do Brasil e menos de 3,0% de
nossas receitas advém de operações internacionais. Para mais informações sobre nossas operações
internacionais, veja – “Serviços Bancários Internacionais”.
Atividade bancária
Em nosso segmento bancário, oferecemos uma gama de produtos e serviços bancários aos nossos
clientes, incluindo operações de depósitos e operações de empréstimos e adiantamentos, serviços de cartão
de débito e crédito e soluções para o mercado de capitais, através de nossa ampla rede de distribuição.
25 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Possuímos uma base diversificada de clientes, que inclui tanto pessoas físicas, quanto pequenas,
médias e grandes empresas no Brasil. Historicamente, temos cultivado uma forte presença no segmento mais
amplo do mercado brasileiro, a população de média e baixa renda.
A tabela a seguir demonstra os dados financeiros selecionados para nosso segmento de atividade
bancária para os períodos indicados. Estas informações por segmento são preparadas de acordo com o BR
GAAP, que são as práticas onde estão baseados os relatórios usados pela Administração para avaliar
desempenho e tomar decisões:
Atividade Bancária - Em milhares de reais
Exercício findo em 31 de dezembro de
2015
2014
2013
Dados da Demonstração de Resultado
Resultado líquido de juros
Despesas com perda por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos
Outras receitas e despesas (1)
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores
Lucro líquido atribuível a acionistas não controladores
46.934.849
43.034.717
41.600.095
(16.479.985)
(10.432.347)
(9.731.376)
(31.200.150)
(21.285.902)
(24.455.897)
(745.286)
11.316.468
7.412.822
12.621.169
(771.896)
789.516
11.875.883
10.544.572
8.202.338
11.874.609
10.532.724
8.195.099
1.274
11.848
7.239
894.579.942
872.867.916
768.059.393
Dados do Balanço Patrimonial
Ativos Totais
Dados selecionados dos resultados das operações
Receita de juros e similares
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
8.031.038
8.569.988
8.898.478
Empréstimos e adiantamentos a clientes
61.846.258
54.064.891
48.662.596
Ativos financeiros
32.283.414
24.899.632
19.225.270
4.587.412
4.277.351
3.110.877
58.905
46.598
38.671
Recursos de instituições financeiras
(31.212.421)
(26.429.261)
(21.615.019)
Recursos de clientes
(12.392.644)
(11.903.447)
(9.941.279)
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
(11.597.283)
(4.669.830)
(6.703.975)
(3.787.060)
(3.646.584)
(3.132.915)
Resultado líquido de juros
46.934.849
43.034.717
41.600.095
Resultado líquido de serviços e comissões
19.195.003
17.570.839
15.639.215
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outras receitas financeiras de juros
Despesa de juros e similares
Obs.: As transações entre os segmentos não foram eliminadas.
(1)
Para mais informações, consultar "Item 5.A. Resultados Operacionais".
Produtos e serviços bancários
Com o objetivo de atender as necessidades de cada cliente, disponibilizamos uma gama de produtos
e serviços, tais como:
 depósitos com clientes, inclusive contas correntes, contas de poupança e depósitos a prazo;
 empréstimos e adiantamentos (à pessoa física e jurídica, financiamentos imobiliários,
microcrédito, repasses BNDES/Finame, crédito rural, arrendamento mercantil – leasing, entre
outros);
 cartões de crédito, cartões de débito e cartões pré-pagos;
 soluções de cash management;
 soluções para o poder público;
 gestão e administração de ativos;
26 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 serviços relativos a mercados de capitais e atividades bancárias de investimento;
 serviços de intermediação e negociação;
 soluções para o mercado de capitais;
 serviços bancários internacionais;
 financiamentos à importação e exportação; e
 consórcios.
Depósitos com Clientes
Oferecemos aos nossos clientes uma variedade de produtos e serviços de depósitos, principalmente
por meio de nossas agências, os quais incluem:
 contas correntes sem remuneração, nas modalidades:
- Conta Fácil – reúne sob o mesmo número, uma conta corrente e uma conta de
poupança movimentadas com um único cartão;
- Click Conta – conta para menor com idade entre 11 a 17 anos. Disponibiliza site
exclusivo na internet, cartão de débito, serviço de mesada automática, cursos on-line
gratuitos, entre outros benefícios; e
- Conta Universitária – conta corrente com foco no jovem em fase universitária, dispõe
de tarifa reduzida, crédito subsidiado, site exclusivo na internet, cursos on-line gratuitos,
entre outros benefícios destinados a esse público.
 contas de poupança tradicionais, que rendem atualmente a taxa referencial, conhecida como
“TR”, mais 6,2% de juros a.a., quando a SELIC for maior que 8,5% a.a., ou, “TR” mais 70,0% da
SELIC, quando a SELIC for inferior a 8,5% a.a.; e
 depósitos a prazo, que são representados por certificados de depósitos bancários - “CDBs” e
rendem juros a uma taxa fixa ou variável.
Em 31 de dezembro de 2015, possuíamos 26,0 milhões de clientes correntistas, sendo 24,5 milhões
de clientes correntistas pessoas físicas e 1,5 milhão de clientes correntistas pessoas jurídicas. Na mesma
data, possuíamos 60,1 milhões de contas de poupança.
A tabela a seguir apresenta um desdobramento por tipo de produto de nossos recursos de clientes
nas datas indicadas:
Em 31 de dezembro de
Recursos de clientes
Depósitos à vista
Reais
Moeda estrangeira
Depósitos de poupança
Reais
Depósitos a prazo
Reais
Moeda estrangeira
Total
2015
23.012.068
21.122.202
1.889.866
91.878.765
91.878.765
79.619.267
53.932.917
25.686.350
194.510.100
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2014
11,8%
10,9%
1,0%
47,2%
47,2%
40,9%
27,7%
13,2%
100,0%
32.086.299
31.113.116
973.183
92.154.815
92.154.815
85.790.391
56.998.851
28.791.540
210.031.505
15,3%
14,8%
0,5%
43,9%
43,9%
40,8%
27,1%
13,7%
100,0%
2013
39.633.427
39.009.598
623.829
80.717.805
80.717.805
95.866.825
71.625.097
24.241.728
216.218.057
18,3%
18,0%
0,3%
37,3%
37,3%
44,3%
33,1%
11,2%
100,0%
27 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
A tabela a seguir apresenta um desdobramento por tipo de produto de nossos empréstimos e
adiantamentos a clientes, nas datas indicadas:
Em 31 de dezembro de
2015
Empréstimos e adiantamentos a clientes em aberto por tipo de operação
Outros empréstimos e adiantamentos a pessoas físicas
Financiamento imobiliário
Repasses BNDES/Finame
Outros empréstimos e adiantamentos a pessoas jurídicas
Crédito rural
Leasing
Cartão de crédito
Financiamento à importação e exportação
Total
Em milhares de reais
2014
2013
80.070.794
48.114.515
79.827.931
40.103.169
77.444.991
27.870.462
38.158.108
107.047.136
13.710.274
3.072.777
30.943.428
49.206.636
370.323.668
42.168.754
102.310.327
17.057.992
4.319.149
28.072.447
35.336.912
349.196.681
40.543.267
99.021.346
13.651.917
5.713.481
25.473.079
34.261.025
323.979.568
A tabela a seguir apresenta um resumo da concentração de nossos empréstimos e adiantamentos a
clientes em aberto por tomador, nas datas indicadas:
Em 31 de dezembro de
Tomador
O maior tomador
Os 10 maiores tomadores
Os 20 maiores tomadores
Os 50 maiores tomadores
Os 100 maiores tomadores
2015
2014
2,8%
9,2%
13,3%
19,5%
23,8%
2013
2,0%
6,9%
10,0%
14,2%
17,8%
0,7%
5,3%
8,2%
12,9%
16,6%
Outros empréstimos e adiantamentos a pessoas físicas
Concedemos um volume significativo de empréstimos a clientes pessoas físicas, o que nos permite
evitar a concentração de créditos individuais, bem como nos proporciona os benefícios da fidelização do
cliente. Tais empréstimos consistem, basicamente, de:
 crédito pessoal, com limite pré aprovado de livre acesso aos nossos clientes, através de
nossas agências, autoatendimento, call center, mobile e internet banking, com vencimento médio
de 4 meses e incidência de uma taxa de juros média de 8,6% a.m., em 31 de dezembro de 2015;
 financiamento de automóveis, com vencimento médio de 14 meses e taxa de juros média de
1,7% a.m., em 31 de dezembro de 2015;
 empréstimos, por meio de saques a descoberto em contas correntes (ou “cheque especial”),
com liquidação média de um mês e sujeitos a taxas de juros, que variavam de 11,1% a 12,0%
a.m., em 31 de dezembro de 2015; e
 crédito consignado aos aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos e setor
privado.
Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos em aberto crédito pessoal, financiamentos de automóveis e
cheque especial, no valor total de R$ 80,1 bilhões, representando 21,6% de nossa carteira de empréstimos e
adiantamentos.
O Banco Bradesco Financiamentos (“Bradesco Financiamentos”) oferece linhas de financiamento de
crédito direto ao consumidor e arrendamento mercantil para aquisição de veículos, por meio de nossa extensa
rede de correspondentes no país, composta por revendas e concessionárias de veículos leves, pesados e
motos, além de empréstimos consignados, públicos e privados, no Brasil.
Através da marca “Bradesco Promotora”, oferecemos crédito consignado aos aposentados e
pensionistas do INSS e servidores públicos (federais, estaduais e municipais), bem como produtos agregados
(seguros, cartões e outros).
Financiamentos imobiliários
Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos ativos 117,2 mil contratos de financiamentos sob hipoteca ou
alienação residencial. O valor global em aberto desses financiamentos totalizava R$ 48,1 bilhões,
representando 13,0% de nossas operações de empréstimos e adiantamentos.
28 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Os financiamentos imobiliários são realizados nas faixas do SFH - Sistema Financeiro Habitacional,
do CHH - Carteira Hipotecária Habitacional ou pela CHC - Carteira Hipotecária Comercial. Os financiamentos
do SFH com prestações variáveis são realizados a taxas de juros anuais de 11,0% a 12,0% mais TR e de
12,5% a 15,0% pelo CHC.
Os financiamentos residenciais do SFH e CHH têm prazo máximo de até 30 anos e os financiamentos
comerciais de até 10 anos.
Nossos financiamentos para término de construção residencial concedidos a pessoas físicas,
possuem prazo máximo de até 360 meses, incluindo até 24 meses para término da obra e 2 meses de
carência. O restante (até 334 meses) para retorno do empréstimo. Os pagamentos são efetuados à taxa de
juros de 11,0% a 12,0% a.a. mais a variação da TR para imóveis enquadrados nas regras do SFH, ou taxa
de juros de 12,5% a 14,0% a.a. mais a variação da TR, para imóveis enquadrados no CHH.
Também concedemos financiamentos de plano empresário no SFH com prazo de obra de até 36
meses e taxa de juros de 12,0% a.a. mais TR. Estes financiamentos são para construção, cuja finalidade é o
repasse dos financiamentos aos compradores das unidades após término da obra. Caso a dívida não seja
quitada integralmente o saldo devedor remanescente deve ser pago pelo empresário em até 36 meses a TR
mais taxa de juros de 12,0% a.a. em SFH e TR mais 18,0% a.a. em CHH.
A regulamentação do Banco Central estabelece que dos recursos captados em depósito de poupança
65,0%, devem ser direcionados em operações de financiamento imobiliário; 24,5% em encaixe obrigatório;
5,5% em encaixe obrigatório adicional, e os recursos remanescentes, em disponibilidades financeiras e em
outras operações admitidas nos termos da legislação e da regulamentação em vigor.
Repasses do BNDES/ Finame
O governo tem alguns programas para conceder financiamentos de longo prazo com recursos do
próprio governo, com taxas de juros abaixo do mercado a setores da economia que tenha escolhido para
desenvolver. Nós tomamos recursos desses programas através do BNDES, que é um banco brasileiro de
desenvolvimento do governo, ou da Agência Especial de Financiamento Industrial (“Finame”), a subsidiária
de financiamento de equipamentos do BNDES. Nós, então, repassamos os recursos para os tomadores nos
setores dirigidos da economia. Determinamos a margem sobre alguns dos empréstimos com base nos
créditos dos tomadores. O repasse, cujo risco é nosso, é efetuado com obtenção de garantias reais.
De acordo com o BNDES, em 2015, desembolsamos R$ 8,1 bilhões, dos quais 60,1% para micro,
pequenas e médias empresas (base outubro/15). A carteira de repasses do BNDES totalizou R$ 38,2 bilhões,
em 31 de dezembro de 2015, representando 10,3% de nossa carteira de empréstimos e adiantamentos
naquela data. Este montante não inclui os repasses do BNDES relacionados ao crédito rural e financiamento
à importação e exportação discutidos a seguir.
Outros empréstimos e adiantamentos a pessoas jurídicas
Concedemos empréstimos tradicionais para as necessidades diárias de nossos clientes pessoas
jurídicas. Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos R$ 107,1 bilhões de empréstimos em aberto a pessoas
jurídicas, representando 28,9% de nossa carteira de empréstimos e adiantamentos. Oferecemos uma grande
variedade de empréstimos a nossos clientes pessoas jurídicas sediados no Brasil, inclusive:
 empréstimos a curto prazo de até 29 dias;
 empréstimos para capital de giro para cobrir necessidades de caixa de nossos clientes;
 contas correntes garantidas e cheque especial pessoa jurídica;
 desconto de duplicatas, notas promissórias, cheques, recebíveis de cartões de crédito e
fornecedores, entre outros;
 financiamento de compras e vendas de bens e serviços; e
 linhas de investimentos para a aquisição de ativos e maquinários.
Esses produtos de empréstimos em geral sofrem incidência de uma taxa de juros entre 1,6% e 12,0%
a.m..
Além dessas modalidades, oferecemos fiança garantia.
Crédito Rural
Concedemos empréstimos ao setor rural financiados com recursos oriundos de parcela de depósitos
à vista, conforme regulamentação do Banco Central, repasses de empréstimos do BNDES e recursos
próprios. Em 31 de dezembro de 2015, a carteira de crédito rural totalizava R$ 13,7 bilhões, representando
29 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
3,7% de nossos empréstimos e adiantamentos. Conforme regulamentação do Banco Central, os empréstimos
oriundos de depósitos compulsórios são oferecidos a uma taxa fixa. A taxa fixa anual era 8,7%, em média,
em 31 de dezembro de 2015. O vencimento desses empréstimos em geral coincide com o ciclo da respectiva
colheita, com o principal vencendo na época em que a colheita é vendida. Para os repasses de empréstimos
do BNDES, destinados a investimentos ao setor rural, o prazo é de até 10 anos, com vencimentos semestrais
ou anuais. Como garantia de tais empréstimos, geralmente, obtemos uma hipoteca sobre a área na qual a
atividade rural financiada é exercida.
Desde julho de 2012, os regulamentos do Banco Central nos obrigaram a utilizar no mínimo 34,0%
da média anual (de junho a maio do ano seguinte) de nossos depósitos à vista para fornecer crédito ao setor
rural.
Arrendamento mercantil (Leasing)
Segundo a ABEL, em 31 de dezembro de 2015, nossas empresas de arrendamento mercantil
estavam entre as líderes do setor, com 17,2% de participação do mercado. Segundo a mesma fonte, o valor
presente das carteiras de arrendamento mercantil no Brasil em 31 de dezembro de 2015 era de R$ 17,9
bilhões.
Em 31 de dezembro de 2015, possuíamos 29.884 contratos de arrendamento mercantil em aberto,
totalizando R$ 3,1 bilhões, representando 0,8% de nossa carteira de empréstimos e adiantamentos.
O mercado brasileiro de arrendamento mercantil é dominado por grandes bancos e empresas
afiliadas a fabricantes de veículos, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Os contratos de arrendamento
mercantil brasileiros em geral se referem a veículos, computadores, maquinário industrial e outros
equipamentos.
Oferecemos, substancialmente, contratos de arrendamento mercantil financeiro (em contraposição
ao operacional). Nossas operações de arrendamento mercantil envolvem, basicamente, o arrendamento de
caminhões, guindastes, aeronaves e maquinário pesado. Em 31 de dezembro de 2015, 58,7% de nossos
contratos de arrendamento mercantil em vigor se referiam a automóveis.
Conduzimos nossas operações de arrendamento através da nossa principal empresa de
arrendamento mercantil, a Bradesco Leasing e também pelo Bradesco Financiamentos.
Obtemos financiamento para nossas operações de arrendamento mercantil, basicamente, por meio
da emissão de debêntures e títulos no mercado doméstico.
Em 31 de dezembro de 2015, a Bradesco Leasing possuía R$ 91,0 bilhões de debêntures em
circulação no mercado doméstico. Estas debêntures têm vencimento em 2032 e incorrem juros mensais com
base na taxa do CDI (taxa de juros interbancária).
Termos dos contratos de arrendamento mercantil
Os contratos de arrendamento mercantil financeiro representam uma fonte de financiamento de médio
e longo prazo para clientes brasileiros. Segundo as leis brasileiras, o prazo mínimo de contratos de
arrendamento mercantil financeiro é de 24 meses para operações referentes a produtos com uma vida útil
média de 5 anos ou menos e de 36 meses para operações referentes a produtos com uma vida útil média
superior a 5 anos. Não existe um prazo máximo determinado por lei para contratos de arrendamento mercantil.
Em 31 de dezembro de 2015, o vencimento médio remanescente dos contratos em nossa carteira de
arrendamento mercantil era de aproximadamente 57 meses.
Microcrédito
Concedemos microcrédito a tomadores de baixa renda e pequenas empresas, de acordo com a
regulamentação do Banco Central, que exige que os bancos direcionem 2,0% de seus depósitos à vista a tais
operações de empréstimos. Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos 6.199 operações de microcrédito em
aberto, totalizando R$ 13,0 milhões.
Conforme a regulamentação do Banco Central, a maioria das operações tem uma taxa de juros efetiva
máxima de 2,0% a.m.. Entretanto, as operações de microcrédito produtivo orientado têm uma taxa de juros
efetiva de 4,0% a.m.. O CMN exige que o valor máximo emprestado a qualquer tomador fique limitado a: (i)
R$ 2.000 para pessoas físicas de baixa renda em geral; (ii) R$ 5.000 para pessoas naturais ou jurídicas
empreendedoras de atividade produtiva de natureza profissional, comercial ou industrial, desde que, o
somatório do valor da operação com saldo em outras operações de crédito não ultrapasse R$ 40.000; e (iii)
R$ 15.000 nas operações de microcrédito produtivo orientado. Além disso, o prazo das operações de
microcrédito não pode ser inferior a 120 dias e a taxa de abertura de crédito deve variar entre 2,0% e 3,0%
do valor do crédito concedido.
30 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
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Formulário 20-F
Cartões de crédito
Disponibilizamos aos nossos clientes uma linha de cartões de crédito que conta com os cartões de
crédito das bandeiras American Express, Elo, Visa, Mastercard e os cartões Private Label e que se destacam
pela amplitude dos benefícios e comodidades oferecidas a seus associados.
Auferimos receitas de nossas operações de cartões de crédito por meio de:
 taxas sobre compras efetuadas nos estabelecimentos comerciais;
 tarifas de emissão/anuidades;
 juros sobre os saldos financiados;
 juros e tarifas sobre saques efetuados nos caixas eletrônicos; e
 juros sobre antecipação dos valores a serem recebidos pelos estabelecimentos, que
efetuaram vendas aos portadores de cartão de crédito.
Oferecemos aos nossos clientes a mais completa linha de cartões de crédito e serviços correlatos,
inclusive:
 cartões emitidos e com uso restrito ao Brasil;
 cartões internacionais, válidos no Brasil e no Exterior;
 cartões destinados a clientes com elevados gastos, tais como: o “Gold”, o “Platinum” e o
“Infinite/Black” das bandeiras Visa, American Express e MasterCard;
 cartões múltiplos, uma combinação no mesmo plástico das funções crédito e débito, que além
das tradicionais transações bancárias, podem ser utilizados para operações de compras;
 cartões com marcas compartilhadas, mais conhecidos como co-branded, emitidos por meio
de parcerias com empresas;
 cartões afinidades, emitidos por meio de associações civis, tais como: clubes esportivos e
organizações não governamentais; e
 cartões Private Label, destinados exclusivamente a clientes de estabelecimentos varejistas,
com a finalidade de alavancar negócios e fidelizar os clientes aos estabelecimentos, que podem
ou não ter bandeira para uso fora do estabelecimento, entre outros.
Detemos 50,0% das ações da Elopar, holding de investimentos, que inclui a Alelo (cartões benefício,
pré-pagos e Money card), Livelo (programa de fidelidade por coalizão), Stelo (carteira digital para compras na
internet), participação na Elo Serviços (bandeira) e na Ibi Promotora (lojas para vendas de cartões, crédito
pessoal, consignado e outros produtos).
No Exterior, também contamos com uma unidade de negócios de cartões, a Bradescard México, a
qual mantém parceria com a rede de lojas C&A, com as lojas Suburbia, do Grupo Walmex, e com a rede de
lojas LOB.
Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos diversos parceiros com cartões co-branded, afinidade e
Private Label/híbridos. A oferta de cartões de crédito a esse público integra nossa estratégia de
relacionamento com o cliente, disponibilizando produtos bancários, como seguros e financiamentos aos
associados dos cartões de crédito.
A tabela a seguir apresenta o nosso faturamento e o número de transações de cartões de crédito nos
anos indicados:
2015
Faturamento – R$
Crédito
Número de transações
Crédito
Em milhões
2014
2013
140.063,8
131.999,9
119.407,0
1.530,3
1.423,4
1.346,7
Financiamento à importação e exportação
Para informações sobre financiamento à importação e exportação, veja “Item 4.B. Visão Geral dos
Negócios - Agências e subsidiárias no exterior”.
31 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Soluções de cash management
Gestão de recebimentos e pagamentos - Para atender às necessidades de gestão de caixa (cash
management) dos clientes, tanto do setor público quanto do privado, oferecemos várias soluções eletrônicas
para a gestão de recebimentos e pagamentos, apoiadas por nossa rede de agências, correspondentes
bancários e canais eletrônicos, que objetivam maior rapidez e segurança das informações e na movimentação
dos recursos dos clientes. As soluções oferecidas incluem: (i) a prestação de serviços de cobranças e
pagamentos; e (ii) o gerenciamento on-line de recursos, permitindo que nossos clientes paguem fornecedores,
salários, impostos e outras contribuições devidas às entidades governamentais ou públicas. Essas soluções,
que também podem ser customizadas, facilitam o dia a dia de nossos clientes e também, contribuem para a
geração de outros negócios. Nossas receitas são auferidas por meio de tarifas sobre serviços de cobrança,
arrecadação e processamento de pagamentos e, também, pelo trânsito dos recursos recebidos até a sua
disponibilização aos favorecidos.
Global cash management - O Global cash management visa estruturar soluções para empresas
estrangeiras, que atuam no mercado brasileiro e empresas brasileiras, que realizam negócios no mercado
internacional. Por meio de soluções personalizadas, parcerias com bancos internacionais e acesso à rede
SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) oferecemos produtos e serviços para
o gerenciamento de caixa dessas empresas.
Solução de recebimentos e pagamentos - Em 2015, foram realizados 1,4 bilhão de recebimentos:
arrecadação de tributos, contas de consumo (água, luz, telefone e gás), custódia de cheques, depósitos
identificados e ordens de crédito, através do nosso sistema de teleprocessamento (ordem de crédito por
teleprocessamento ou OCT). O volume processado em 2015, através dos meios eletrônicos (Pag-For
Bradesco, Net Empresa e Pagamento Eletrônico de Tributos), foi de 774 milhões de documentos.
Nichos de mercado – Oferecemos aos nossos clientes de nichos específicos de mercado, como
educação, condomínios, saúde e despachantes/autoescola, o apoio de uma equipe qualificada para estruturar
soluções customizadas, agregando valor ao negócio do cliente, de acordo com o seu perfil, características e
necessidades. Outra importante característica dessa área é o apoio ao desenvolvimento dos Arranjos
Produtivos Locais (“APL”), prestando atendimento aos negócios e assistência a esses clientes. Destacamos
ainda, o “Bradesco Franquias e Negócios”, programa que tem a missão de buscar soluções personalizadas e
direcionadas observando as características e necessidades do franchising brasileiro (franqueadores e
franqueados). O objetivo é centralizar o atendimento a todos os franqueados de nossas redes conveniadas,
aumentando a quantidade de clientes e o volume de negócios junto a este importante setor da economia
nacional.
Soluções para o poder público
Para atender a administração pública, dispomos de uma área específica e oferecemos atendimento
especializado com o objetivo de identificar oportunidades de negócios e estruturar soluções sob medida a
entidades e órgãos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, nos âmbitos federal, estadual e municipal,
além das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e de economia mista, Forças Armadas (Exército,
Marinha e Aeronáutica) e Forças Auxiliares (Polícias Federal, Militar e Civil).
Um site exclusivo foi desenvolvido para esses clientes (www.bradescopoderpublico.com.br),
apresentando soluções corporativas de pagamentos, recebimentos, recursos humanos e tesouraria aos
governos federal, estadual e municipal. O site, também, reserva espaço exclusivo aos servidores públicos e
militares e traz todos os produtos e serviços que o Bradesco disponibiliza a esses clientes.
O relacionamento é realizado e mantido por gerentes de negócios especializados no atendimento
desse público, os quais ficam localizados nas plataformas distribuídas em todo o território nacional e que
podem ser identificadas no site.
No ano de 2015, participamos de licitações promovidas pelo poder público e obteve êxito superior a
87,9% nas disputas. Além disso, continuamos na liderança dos pagamentos de benefícios do INSS, com mais
de 8,9 milhões de aposentados e pensionistas.
Gestão e administração de ativos
Administramos e gerimos recursos de terceiros através de:
 fundos mútuos;
 carteiras de investimentos de pessoas físicas e jurídicas;
32 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 fundos de previdência complementar, inclusive os ativos que garantem as provisões técnicas
da Bradesco Vida e Previdência;
 seguradoras, inclusive os ativos que garantem as provisões técnicas da Bradesco Seguros;
e
 FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), FIIs (Fundos de Investimentos
Imobiliários) e FIPs (Fundos de Investimento em Participações).
Em 31 de dezembro de 2015, administrávamos ou geríamos 2.054 fundos e 320 carteiras, atendendo
2,7 milhões de investidores. Esses fundos formam uma ampla família de fundos de renda fixa, renda variável,
investimento no exterior e multimercados, entre outros.
As tabelas a seguir apresentam o patrimônio líquido dos fundos e carteiras sob administração, a
quantidade de cotistas e a quantidade de fundos de investimento e carteiras administradas nas datas
indicadas.
Distribuição do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de
Fundos de Investimento
Renda Fixa
Renda Variável
Cotas de Fundos de Terceiros
Total
Carteiras Administradas
Renda Fixa
Renda Variável
Cotas de Fundos de Terceiros
Total
Total Geral
Em 31 de dezembro de
Fundos de Investimento
Carteiras Administradas
Total Geral
Em milhares de reais
2015
2014
485.125.394
21.295.410
3.922.457
510.343.260
419.767.839
27.019.024
5.315.610
452.102.473
32.797.032
4.896.936
2.246.577
39.940.546
550.283.806
26.542.111
8.130.414
1.955.085
36.627.610
488.730.084
2015
Quantidade
2.054
320
2.374
2014
Cotistas
2.710.988
1.138
2.712.126
Quantidade
1.697
237
1.934
Cotistas
2.776.357
518
2.776.875
Nossos produtos são distribuídos, em sua vasta maioria, por meio da nossa rede de agências, do
serviço bancário por telefone e da internet ( www.bradesco.com.br - opção investimentos).
Serviços relativos aos mercados de capitais e atividades bancárias de investimento
Banco de Investimento da Organização, “Bradesco BBI”, é responsável pela originação e execução
de fusões e aquisições e pela originação, estruturação, sindicalização e distribuição de operações de renda
fixa e renda variável no Brasil e exterior.
No ano de 2015, o Bradesco BBI assessorou seus clientes em um montante total de R$ 170,9 bilhões,
em 144 transações em todos os produtos de investment banking.
Renda variável - O Bradesco BBI coordena e coloca ofertas públicas de ações no mercado de
capitais nacional e internacional e intermedeia ofertas públicas de aquisição de ações. O Bradesco BBI
encerrou 2015 marcando significante presença em IPOs e Follow-ons de emissores no Brasil. O Bradesco
BBI participou como coordenador e joint bookrunner em 5 ofertas, que somadas, representaram um volume
de R$ 18,3 bilhões: Follow-on da Telefônica Brasil S.A., no valor de R$16,1 bilhões; Follow-on da Valid
Soluções e Serviços de Segurança em Meios de Pagamento e Identificação S.A., no valor de R$ 396,0
milhões; Follow-on da Metalúrgica Gerdau S.A., no valor de R$ 900,0 milhões; OPA de aquisição de controle
da Tempo Participações S.A., no valor de R$ 318,0 milhões; e IPO da FCP Par Corretora de Seguros S.A.,
no valor de R$ 603,0 milhões.
Renda fixa - Após ter sido acionado em várias transações durante 2015, o Bradesco BBI encerra o
ano com grande destaque em renda fixa. Em 31 de dezembro de 2015, o Bradesco BBI era líder de mercado
em termos de valor, segundo o ranking de renda fixa de distribuição da ANBIMA. No período, coordenou 68
operações no mercado doméstico em ofertas, que totalizaram mais de R$ 14,0 bilhões. No mercado
internacional, o Bradesco BBI está constantemente ampliando sua presença em distribuição no exterior, tendo
33 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
atuado em 2015, como joint bookrunner em 4 emissões de bonds, sendo 3 envolvendo emissores baseados
nos EUA, que ultrapassaram o montante de US$ 4,2 bilhões. Além disso, o Bradesco BBI liderou várias
operações de liability management para companhias brasileiras, recomprando mais de US$ 675 milhões de
dívida. O Bradesco BBI recebeu, em 2015, prêmio de Melhor Banco de Investimento no Brasil, pela revista
britânica Euromoney.
Operações estruturadas - O Bradesco BBI oferece soluções financeiras sob medida de forma a
atender as necessidades dos clientes em suas demandas por investimentos, aquisição, reorganização
societária, recompra de ações, melhoria de indicadores financeiros, otimização da estrutura de capital e
segregação de ativos e risco, utilizando diversos instrumentos para captação de recursos pelas empresas.
Adicionalmente, o Bradesco BBI possui forte presença no segmento de financiamento para aquisição de
empresas (acquisition finance) e em operações de securitização (CRI, CRA, FIDC). No ano de 2015, o
Bradesco BBI ocupou a liderança no ranking de securitização publicado pela ANBIMA, como resultado da
estruturação de 11 operações, no montante total de R$ 3,4 bilhões.
Fusões e aquisições - O Bradesco BBI presta serviço de assessoria a importantes clientes em
operações de fusão, aquisição, venda de companhia e ativos, private placement, formação de joint ventures,
reestruturações financeiras e societárias e privatizações. Em 2015, o Bradesco BBI classificou-se entre os
principais bancos que assessoraram fusões e aquisições no Brasil. Durante o período, o Bradesco BBI
assessorou 21 transações anunciadas, com valor de R$ 47,6 bilhões.
Financiamento de projetos - O Bradesco BBI possui uma sólida reputação como assessor e
estruturador financeiro para diversos projetos nas modalidades de “Project” e “Corporate Finance”, buscando
otimizar soluções de financiamento para projetos nos diversos setores por meio de crédito e de mercados de
capitais. O Bradesco BBI recebeu a importante premiação “Latin America Port Deal of the Year”, da IJGlobal,
pela sua atuação como assessor e estruturador líder do financiamento de longo prazo para o Porto do Açu,
da Prumo Logística. Em 31 de dezembro de 2015, o Bradesco BBI estava envolvido em assessoria e
estruturação financeira de cerca de 33 projetos, que totalizam R$ 68,8 bilhões em investimentos.
Serviços de intermediação e negociação
A Bradesco S.A. CTVM, ou “Bradesco Corretora”, atua no mercado financeiro, e tem como objetivo
intermediar compra e venda de ações, contratos futuros de commodities, ativos financeiros, índices, opções,
aluguel de ações, contratos a termo, no mercado primário e secundário. Além disso, oferece uma ampla gama
de produtos como Fundos de Investimentos, Clubes de Investimentos, títulos do governo através do Tesouro
Direto, admitidos às negociações na BM&FBOVESPA e no mercado de balcão organizado, prestando serviço
customizado para clientes pessoa física de elevada riqueza líquida, grandes empresas e investidores
institucionais.
Durante o ano de 2015, a Bradesco Corretora negociou R$ 104,7 bilhões nos mercados de renda
variável da BM&FBOVESPA e, classificou-se em 9º lugar no Brasil, em termos de volume total de
negociações.
Além disso, durante o mesmo período, a Bradesco Corretora negociou 17,7 milhões contratos de
futuros, swaps e opções, num valor total de R$ 1,4 trilhão, na BM&FBOVESPA. Em 2015, a Bradesco
Corretora classificou-se em 14° lugar no mercado brasileiro, em termos de número de contratos de futuros,
opções e swaps executados.
A Bradesco Corretora recebeu da BM&FBOVESPA, dentro do Programa de Qualificação Operacional
(PQO), os 4 selos de excelência (Carrying Broker, Agro Broker, Retail Broker e Execution Broker), indicando
a alta qualidade de suas operações em mercados futuros. Além disso, é certificada pelo selo Cetip (Central
de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos).
A Bradesco Corretora oferece aos seus clientes a possibilidade de negociar valores mobiliários pela
internet, por meio de seu serviço “Home Broker”. No ano de 2015, as negociações pelo “Home Broker”
totalizaram R$ 11,1 bilhões, correspondendo a 1,5% de todas as operações realizadas via internet na
BM&FBOVESPA, classificando a Bradesco Corretora em 18º lugar no mercado brasileiro.
A Bradesco Corretora possui um serviço completo de análise de investimento com cobertura dos
principais setores e empresas do mercado brasileiro. Com uma equipe de 25 analistas composta por
especialistas setoriais, que divulgam suas opiniões aos clientes de modo equitativo, por meio de relatórios de
acompanhamento e guias de ações, com ampla base de projeções e múltiplos de comparação. A Bradesco
Corretora também possui uma equipe própria de economistas dedicada às demandas específicas dos
clientes, focado no mercado de ações. São enviados mais de 170 relatórios mensalmente, em português e
inglês, para os mais importantes investidores domiciliados no Brasil, EUA, Europa e Ásia.
34 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
A Bradesco Corretora atua, também, por meio dos espaços Bradesco Corretora distribuídos pelo
Brasil. Trata-se de mais um canal de atendimento, onde profissionais certificados orientam clientes
interessados em realizar compra e venda de ações e outros produtos.
A Bradesco Corretora oferece o serviço de representante de investidores não residentes, em
operações realizadas no mercado financeiro e de capitais, nos termos da Resolução CMN nº 4.373/14. Para
mais informações sobre a Resolução CMN nº 4.373/14, veja “Item 10.D. Controles de Câmbio”.
Soluções para o mercado de capitais
Em 2015, marcamos presença como um dos principais prestadores de soluções para o mercado de
capitais e mantivemos a liderança no ranking de custódia de ativos da ANBIMA no mercado doméstico.
Dentre os principais serviços desse segmento se destacam: custódia qualificada de valores
mobiliários para investidores e emissores, controladoria de fundos de investimentos, clubes e carteiras
administradas; escrituração de valores mobiliários (ações, BDRs – Brazilian Depositary Receipts, cotas de
fundos de investimento, CRIs - Certificados de Recebíveis Imobiliários e debêntures); custódia de ações para
lastro de DRs - Depositary Receipts, empréstimo de ações, banco liquidante, depositário (Escrow Account –
Trustee), agente de compensação, representação fiscal e legal para investidores não residentes, e
administração fiduciária para fundos de investimento.
O Bradesco Custódia possui 12 certificações relacionadas à Gestão da Qualidade ISO 9001:2008, 3
certificações referentes à proteção de dados GoodPriv@cy e certificação na norma internacional ISAE 3402,
que compreende a emissão do relatório de Asseguração de Controles em Organização Prestadora de
Serviços. Estas certificações ampliam as estruturas de controles, elevando o nível de eficácia e qualidade dos
processos.
Em 31 de dezembro de 2015, os principais serviços prestados pelo Bradesco Custódia apresentavam
a seguinte composição:
 custódia e controladoria de fundos de investimento e carteiras administradas, com:

R$ 1,0 trilhão em ativos custodiados de clientes;

R$ 1,5 trilhão em patrimônio dos fundos de investimento e carteiras administradas
que utilizam os serviços de controladoria; e

26 Programas de DRs (Depositary Receipts) registrados, com valor de mercado de
R$ 61,1 bilhões, de acordo com o ranking ANBIMA.
 administração fiduciária para fundos de terceiros, com:

R$ 254,2 bilhões era o total de patrimônio dos fundos de investimento de terceiros
sob administração fiduciária, por meio da BEM DTVM.
 escrituração de valores mobiliários:

242 empresas integram o Sistema Bradesco de Ações Escriturais, abrangendo 4,5
milhões de acionistas;

324 empresas com 443 emissões integram o Sistema Bradesco de Debêntures
Escriturais, com valor atualizado de R$ 310,7 bilhões;

536 fundos de investimento integram o Sistema Bradesco de Cotas Escriturais, com
valor atualizado de R$ 69,1 bilhões; e

33 Programas de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) registrados, com valor de
mercado de R$ 2,4 bilhões.
 depositário (escrow account):

8.216 contratos, com volume financeiro de R$ 12,2 bilhões.
Em dezembro de 2013, a CVM alterou as regras que regem tais atividades, com a emissão das
Instruções de n°541, n°542 e n°543, que tratam, respectivamente, das atividades de depósito centralizado,
custódia e escrituração de valores mobiliários. De acordo com essas novas regras, os escrituradores atuam
na qualidade de mantenedores dos registros sobre a emissão de ativos escriturais e os custodiantes são
responsáveis pela guarda de ativos emitidos fisicamente ou são detentores das posições de custódia dos
clientes nos depositários centrais. E os prestadores de serviço de depósito centralizado serão essenciais para
a negociação de um ativo em mercados organizados, concentrando todos os atos correspondentes aos ativos
neles depositados. Referidas instruções entraram em vigor em 1º de julho de 2014.
35 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Em janeiro de 2015, o Banco Central regulamentou as atividades de depósito centralizado e de
registro de ativos financeiros, através da Circular nº 3.743/15, disciplinando as atividades de registro e de
depósito centralizado de ativos financeiros e a constituição de gravames e de ônus sobre ativos financeiros
depositados.
Serviços bancários internacionais
Na qualidade de banco comercial privado, oferecemos uma extensa linha de serviços internacionais,
como operações de câmbio, financiamento ao comércio exterior, linhas de crédito e atividades bancárias. Em
31 de dezembro de 2015, apresentávamos a seguinte estrutura no exterior:
Agências:
 1 na cidade de Nova Iorque;
 1 nas Ilhas Cayman; e
 1 em Londres.
Subsidiárias:
 1 na cidade de Londres, denominada Bradesco Securities U.K.;
 1 nas Ilhas Cayman, denominada Cidade Capital Markets Ltd. ou “Cidade Capital Markets”;
 1 na Argentina, denominada Banco Bradesco Argentina S.A. ou “Bradesco Argentina”;
 1 em Luxemburgo, denominada Banco Bradesco Europa S.A. ou “Bradesco Europa”;
 1 no Japão, denominada Bradesco Services Co. Ltd. ou “Bradesco Services Japan”;
 1 no México, denominada Bradescard México, Sociedad de Responsabilidad Limitada ou
“Bradescard México”;
 2 em Hong Kong, denominadas: (i) Bradesco Trade Services Ltd. ou “Bradesco Trade”; e (ii)
Bradesco Securities Hong Kong ou “Bradesco Hong Kong”; e
 3 em Nova Iorque, denominadas: (i) Bradesco Securities Inc. ou “Bradesco Securities U.S.”;
(ii) Bradesco North America LLC ou “Bradesco North America”; e (iii) BRAM US LLC.
Nosso Departamento Internacional e Câmbio, no Brasil, coordena nossas operações internacionais,
tendo como suporte 28 unidades operacionais especializadas em negócios de câmbio, localizadas nos
principais centros exportadores e importadores do país.
Receitas de operações no país e no exterior
A tabela a seguir fornece um desmembramento de nossas receitas (receitas de juros e similares e
receitas de serviços e comissões), originárias de nossas operações no país e no exterior para os períodos
indicados:
Para o exercício findo em 31 de dezembro de
No país
No exterior
Total
2015
Em milhares de
reais
141.487.792
3.417.333
144.905.125
%
2014
Em milhares de
reais
97,6%
118.500.386
2,4%
2.152.690
100,0%
120.653.076
%
2013
Em milhares de
reais
98,2%
103.248.646
1,8%
1.969.702
100,0%
105.218.348
%
98,1%
1,9%
100,0%
Agências e subsidiárias no exterior
As agências e subsidiárias no exterior fornecem, principalmente, financiamento a clientes, brasileiros
e não brasileiros, em moeda estrangeira (especialmente operações de financiamento ao comércio exterior).
O total de ativos das agências externas, excluindo-se as transações intra-grupo, somava o equivalente a R$
76,2 bilhões, em 31 de dezembro de 2015, denominados em outras moedas que não o real.
Os recursos necessários para o financiamento à exportação - corrente do comércio exterior brasileiro
são obtidos, principalmente, junto à comunidade financeira internacional, por meio de linhas de crédito
concedidas por bancos correspondentes no exterior. Emitimos títulos de dívida mobiliária no mercado de
capitais internacional no montante de US$ 8,7 bilhões, durante 2015, como fonte adicional de recursos.
A seguir, destacamos uma breve descrição sobre as nossas subsidiárias no exterior:
Bradesco Europa - Em abril de 2002, adquirimos o Banque Banespa International S.A., de
Luxemburgo, atualmente denominado Banco Bradesco Europa. O Bradesco Europa, através de sua unidade
36 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
em Luxemburgo e sua agência em Londres, dedica-se também a prestar serviços adicionais aos clientes do
segmento private banking. Em 31 de dezembro de 2015, seus ativos totalizavam R$ 19,5 bilhões.
Bradesco Argentina - Visando expandir as operações na América Latina, foi constituída em
dezembro de 1999, nossa subsidiária na Argentina, a Bradesco Argentina, com a finalidade de conceder
financiamentos, principalmente, para empresas sediadas no Brasil com estabelecimentos locais e, em menor
escala, para empresas sediadas na Argentina que tem negócios com o Brasil. Em 31 de dezembro de 2015,
a Bradesco Argentina apresentava R$ 176,8 milhões em ativos.
Cidade Capital Markets - Em fevereiro de 2002, o Bradesco adquiriu a subsidiária Cidade Capital
Markets em Grand Cayman, decorrente da aquisição de seu controlador no Brasil, o Banco Cidade. Em 31
de dezembro de 2015, o Cidade Capital Markets apresentava ativos de R$ 159,1 milhões.
Bradesco Securities (U.S., U.K. e H.K.) - A Bradesco Securities, nossa subsidiária integral, opera
como broker dealer nos EUA, na Inglaterra e em Hong Kong:
 o foco de atuação da Bradesco Securities U.S. é a intermediação de compra e venda de
ações, com destaque em operações de ADRs e de ações ordinárias. Também está autorizada a
operar com Bonds, Commercial Paper, Certificados de Depósito, entre outros papéis, podendo
ainda prestar serviços de Investment Advisory. Em 31 de dezembro de 2015, a Bradesco
Securities U.S. possuía ativos de R$ 116,5 milhões;
 o foco de atuação da Bradesco Securities U.K. é a intermediação de operações de renda
variável e renda fixa de empresas brasileiras para investidores institucionais globais. Em 31 de
dezembro de 2015, a Bradesco Securities U.K. possuía ativos de R$ 39,9 milhões; e
 o foco de atuação da Bradesco Securities H.K. é viabilizar a negociação de ADRs e títulos
públicos e privados emitidos por empresas brasileiras para investidores institucionais globais.
Em 31 de dezembro de 2015, a Bradesco Securities H.K. possuía ativos de R$ 21,3 milhões.
BRAM U.S. LLC – É gestora de fundos e carteiras de investimentos dedicados a investidores norteamericanos. Em 31 de dezembro de 2015, seus ativos somavam R$ 4,3 milhões.
Bradesco North América LLC – Constituída, em agosto de 2011, para ser utilizada como holding
para concentração dos investimentos do Bradesco em sociedades não bancárias nos EUA. Em 31 de
dezembro de 2015, seus ativos somavam R$ 6,0 milhões.
Bradesco Services Japan - Em outubro de 2001, foi constituída a Bradesco Services Japan, para
dar suporte e prestar serviços especializados à comunidade brasileira no Japão, incluindo o envio de
remessas ao Brasil e aconselhamento referente a investimentos no Brasil. Em 31 de dezembro de 2015,
possuía ativos de R$ 4,0 milhões.
Bradesco Trade Services - Uma instituição não financeira, subsidiária de nossa agência nas Ilhas
Cayman, que constituímos em janeiro de 2007, em Hong Kong, em parceria com a unidade local do Standard
Chartered Bank.
Bradescard México - A unidade de negócios de cartões, mantém parceria com a rede de lojas C&A,
e também, com as lojas Suburbia, do Grupo Walmex, e rede de lojas LOB. Em 31 de dezembro de 2015,
possuía ativos de R$ 690,1 milhões.
Operações bancárias nos EUA
Em janeiro de 2004, o Federal Reserve Bank dos EUA nos autorizou a operar como controladora
financeira nos EUA. Como resultado, temos permissão para operar no mercado americano, diretamente ou
através de uma subsidiária, e entre outras atividades, vender produtos de seguros e certificados de depósitos,
fornecer serviços de subscrição, assessorar colocações privadas, gestão de carteiras, serviço de banco
mercantil e administrar carteiras de fundos mútuos.
Financiamento à importação e exportação
As atividades de financiamento do comércio exterior brasileiro consistem em financiar os clientes em
suas operações de exportação e importação.
Nos financiamentos à importação, o Bradesco repassa os recursos em moeda estrangeira
diretamente aos exportadores estrangeiros, vinculando o pagamento em moeda local pelos importadores
brasileiros. Já nos financiamentos à exportação, são efetuadas antecipações dos recursos em reais mediante
o fechamento do contrato de câmbio de exportação vinculando ao futuro recebimento dos recursos em moeda
estrangeira no vencimento do contrato. Os financiamentos de exportação feitos antes do embarque da
mercadoria são chamados de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio, ou “ACCs”, momento em que os
37 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
recursos recebidos são utilizados na fabricação dos bens/serviços que serão exportados. Quando os
financiamentos são feitos após o embarque da mercadoria/execução do serviço, recebem o nome de
Adiantamento sobre Contrato de Exportação, ou “ACEs”.
Existem ainda outras modalidades de financiamento à exportação, tais como: pré-pagamento de
exportação, repasse de recursos do BNDES-EXIM, Nota de Crédito de Exportação e Cédulas de Crédito de
Exportação, ou (“NCEs”/ “CCEs”), e programa de equalização de taxas – PROEX (Programa de
Financiamento à Exportação).
Nossa carteira de comércio exterior é financiada, basicamente, por linhas de crédito obtidas com
bancos correspondentes. Mantemos relacionamento com inúmeras instituições financeiras americanas,
europeias, asiáticas e latino-americanas para esse fim, contando com grande rede de bancos
correspondentes em todo o mundo, aproximadamente 1.400 instituições, das quais 58 nos concediam linhas
de crédito em 31 de dezembro de 2015.
Nossa área internacional encerrou o ano de 2015 registrando saldo de R$ 42,3 bilhões em
financiamento à exportação, R$ 11,2 bilhões em financiamento à importação e R$ 4,8 bilhões em fianças
internacionais. Quanto ao volume de exportação contratado ao longo de 2015, o Bradesco atingiu a cifra de
US$ 28,2 bilhões. No segmento de importação, o volume fechado foi da ordem de US$ 19,0 bilhões em
contratações. Em 2015, com base em informações disponibilizadas pelo Banco Central, atingimos um market
share no mercado local de 15,3% em exportação e de 12,2% em importação.
A tabela a seguir demonstra a composição de nossa carteira de ativos de comércio exterior em 31 de
dezembro de 2015. A carteira inclui operações com característica de crédito, sem característica de crédito e
operações em contas de compensação.
2015
Financiamento à exportação
Câmbio Comprado Exportação – Letras a Entregar
Câmbio Comprado Exportação – Letras Entregues
Pré-pagamento de exportação
Repasse de recursos tomados via BNDES/EXIM
Proex - Programa de Equalização de Taxas
Nota/Cédula de Crédito à Exportação – NCE/CCE
Total do financiamento à exportação
Financiamento à importação
Financiamentos à importação - denominados em moeda estrangeira
Desconto de Saque de Importação
Créditos Abertos para Importação
Total do financiamento à importação
Fianças Internacionais
Total da carteira de comércio exterior
Em milhares de reais
9.451.145
376.393
14.632.172
2.368.735
66.340
15.450.071
42.344.856
8.109.609
2.840.999
245.751
11.196.359
4.786.633
58.327.848
Produtos de câmbio
Além do financiamento à importação e exportação, nossos clientes têm acesso a diversos outros
produtos e serviços de câmbio, tais como:
 fechamento de contratos de câmbio via WEB;
 cobrança de importação e exportação;
 transferência financeira do/para o exterior;
 recebimento antecipado de exportação;
 conta no exterior em moeda estrangeira;
 conta de cliente domiciliado no exterior em moeda nacional;
 constituição de disponibilidade no exterior;
 operações estruturadas em moeda estrangeira; através de nossas unidades externas;
38 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 empréstimos externos para clientes - Decreto-Lei nº 4.131/62;
 empréstimos de capital de giro no exterior;
 convênios - recebimento de recursos do exterior via ordens de pagamento - pessoa física;
 cartões pré-pago em moeda estrangeira (pessoa física e jurídica);
 compra e venda de traveler checks e papel moeda;
 compra de cheques em moeda estrangeira;
 atestado de idoneidade financeira internacional; e
 atestado de capacidade financeira internacional.
Consórcios
No Brasil, pessoas ou empresas que querem adquirir determinados bens, podem adquirir por meio
de autofinanciamento, formando um grupo conhecido como “consórcio”, no qual os participantes aportam
seus recursos para programarem a compra. Os grupos de consórcio, que são formados para a compra de
imóveis, automóveis, caminhões/tratores/máquinas e equipamentos, têm prazo de duração, número de cotas
previamente determinados e é gerido por uma administradora.
A Bradesco Consórcios administra grupos de consórcios e encerrou o ano de 2015 com um total de
1.194.015 cotas ativas nos 3 segmentos, com um faturamento total dos grupos superior a R$ 49,6 bilhões;
lucro líquido de R$ 822,4 milhões; e receitas de prestação de serviços de consórcios de R$ 1,0 bilhão.
Seguros, planos de previdência complementar e títulos de capitalização
Oferecemos uma gama de produtos e serviços aos nossos clientes, incluindo seguro de vida, saúde,
acidentes, automóveis e bens; tanto para pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, planos de previdência
complementar individuais e corporativos, bem como os títulos de capitalização, através de nossa ampla rede
de distribuição.
A tabela a seguir apresenta dados financeiros selecionados sobre nosso segmento de seguros e
planos de previdência complementar, relativamente aos períodos indicados. Estas informações por segmento
são preparadas de acordos com o BR GAAP, que são as práticas onde estão baseados os relatórios usados
pela Administração para avaliar desempenho e tomar decisões:
Exercício findo em 31 de dezembro de
Dados da Demonstração de Resultado
Resultado líquido de juros
Outras receitas e despesas (1)
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores
Lucro líquido atribuível a acionistas não controladores
Dados do Balanço Patrimonial
Ativos Totais
Dados selecionados dos resultados das operações
Resultado de seguros e previdência
Prêmios emitidos
Contribuições de previdência complementar
Prêmios de cosseguros cedidos
Prêmios restituídos
Prêmios de resseguros
Prêmios retidos de seguros e plano de previdência
Variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência
Sinistros retidos
Custos de aquisição diferidos de planos de seguros e previdência
Resultado de seguros e previdência
Seguros, Planos de Previdência Complementar e
Títulos de Capitalização - Em milhares de reais
2015
2014
2013
5.973.694
2.539.976
8.513.670
(3.192.918)
5.320.752
5.215.765
104.987
4.556.146
2.742.922
7.299.068
(2.843.493)
4.455.575
4.354.752
100.823
5.589.989
446.117
6.036.106
(2.253.451)
3.782.655
3.692.531
90.124
209.789.872
181.949.261
160.295.583
55.920.681
3.795.219
(88.612)
(522.309)
(344.199)
58.760.780
(28.286.039)
(21.724.043)
(3.254.551)
5.496.147
47.745.885
3.724.762
(135.728)
(525.895)
(354.041)
50.454.983
(24.008.174)
(18.143.688)
(2.892.373)
5.410.748
42.226.410
3.584.290
(154.125)
(543.779)
(225.581)
44.887.215
(20.001.807)
(15.484.691)
(2.468.101)
6.932.616
Obs.: As transações entre os segmentos não foram eliminadas.
(1)
Para mais informações, consultar "Item 5.A. Resultados Operacionais".
39 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Produtos e serviços de seguros
Oferecemos produtos de seguros por meio de várias entidades diferentes, às quais nos referimos
conjuntamente como “Grupo Bradesco Seguros”. O Grupo Bradesco Seguros é líder do mercado segurador
brasileiro. Os produtos de seguros oferecidos em nossos canais de atendimento, são:
 seguro de vida e acidentes pessoais;
 seguro de saúde;
 seguros de automóveis, ramos elementares e responsabilidade;
 resseguros;
 planos de previdência complementar; e
 títulos de capitalização.
Seguro de vida e acidentes pessoais
Oferecemos produtos de seguros de vida, acidentes pessoais e eventos aleatórios (como seguro para
perda de emprego) através de nossa subsidiária Bradesco Vida e Previdência. Em 31 de dezembro de 2015,
havia 29,6 milhões de detentores de apólice de seguro de vida.
Seguro de saúde
As apólices de seguro saúde preveem cobertura para despesas de assistência médico-hospitalares.
Oferecemos os seguros da Bradesco Saúde para empresas que contratam o benefício para os seus
funcionários, sejam empresas de pequeno, médio ou grande porte.
Em 31 de dezembro de 2015, a Bradesco Saúde e sua subsidiária Mediservice Administradora de
Planos de Saúde S.A (“Mediservice”) possuíam mais de 4,4 milhões de beneficiários, compreendendo os
beneficiários de planos empresariais e individual/familiar. Em torno de 132 mil empresas no Brasil possuem
planos da Bradesco Saúde e suas subsidiárias, incluindo 50 das 100 maiores empresas do país.
A Bradesco Saúde possui uma das maiores redes referenciadas de prestadores de serviços médicohospitalares do Brasil. Em 31 de dezembro de 2015, contava com 12.207 laboratórios, 15.750 clínicas
especializadas, 15.610 médicos e 2.711 hospitais, localizados em todo o país.
Seguros de automóveis, ramos elementares e responsabilidade
Oferecemos produtos de seguros de automóveis, ramos elementares e responsabilidade através de
nossa subsidiária Bradesco Auto/RE. O seguro de automóveis cobre prejuízos decorrentes de roubo/furto e
danos aos veículos, danos aos passageiros e danos causados a terceiros. Os seguros de ramos elementares
massificados são destinados a pessoas físicas, principalmente, nos riscos residenciais e seguros de
equipamentos, e pessoas jurídicas de pequeno e médio porte, cujo patrimônio é coberto por seguro multirisco
empresarial.
Entre os seguros de ramos elementares massificados destinados às pessoas físicas, o “Bilhete
Residencial” é um produto com custo relativamente acessível e alta rentabilidade. Para pessoas jurídicas, a
Bradesco Auto/RE oferece o Bradesco Seguro Empresarial, que se adequa às necessidades de nossos
clientes, de acordo com seu ramo de atividade. Para os seguros de ramos elementares corporativos e de
responsabilidade, a Bradesco Auto/RE dispõe de uma equipe especializada, que oferece aos grandes grupos
empresariais produtos e serviços sob medida, de acordo com as necessidades específicas de cada segurado.
Neste segmento, os seguros aeronáuticos, de transportes, riscos de engenharia, nomeados, operacionais e
de petróleo são os ramos mais comercializados.
Em 31 de dezembro de 2015, a Bradesco Auto/RE encerrou o exercício com 1,5 milhão de veículos
segurados e 2,2 milhões de apólices e bilhetes de ramos elementares, tornando-a uma das principais
seguradoras do país.
Resseguros
As seguradoras devem operar com resseguradores registrados junto à SUSEP. O Congresso
Brasileiro promulgou, em janeiro de 2007, a Lei Complementar n° 126/07, que extinguiu o monopólio exercido
pelo IRB-Brasil Re e instituiu 3 categorias de resseguradores: local, admitido e eventual, abrindo o mercado
de resseguros à competição no Brasil. Os resseguradores classificados como admitido e eventual, com sede
no exterior, devem atender a requisitos mínimos específicos, previstos na legislação em vigor.
40 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Na própria Lei Complementar, o IRB-Brasil Re foi qualificado como ressegurador local e autorizado a
continuar com as suas operações, procedendo às adaptações necessárias no prazo determinado pela
legislação.
A partir do final de 2007, vários foram os normativos instituídos pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados (“CNSP”) e SUSEP, estabelecendo regras para a operação de resseguro, retrocessão e
intermediação, sendo a Resolução CNSP nº 168/07, a base principal da atividade.
Pelo Decreto nº 6.499/08, da Presidência da República, o limite máximo de cessão a resseguradores
eventuais é de 10,0% (seguradoras) ou 50,0% (resseguradores locais) dos prêmios cedidos em resseguro
em cada ano civil. A Resolução CNSP nº 203/09, ampliou o limite para as seguradoras de 10,0% para 25,0%,
no caso dos ramos garantia de obrigações públicas e riscos de petróleo e a Resolução CNSP nº 194/08, para
até 100%, no caso de riscos nucleares.
A Resolução CNSP nº 241/11, possibilitou a transferência de certos riscos associados à operações
de resseguro ou retrocessão com resseguradores não autorizados pela SUSEP.
A Resolução CNSP nº 322/15, alterou o art. 14 da Resolução CNSP nº 168/07, de forma que o limite
máximo permitido, atualmente, para que uma seguradora ou um ressegurador sediados no Brasil possam
transferir riscos para empresas ligadas ou sediadas no exterior, pertencentes ao mesmo conglomerado
financeiro, seja de 20,0%. A resolução vigora até dezembro de 2016, aumentando a taxa anualmente até
75,0%, a partir de janeiro de 2020. Também o art.15, que prevê contratação obrigatória mínima de 40,0%, da
cessão de resseguro, com resseguradores locais, foi alterado passando a prever redução, anual e paulatina,
até 15,0%, a partir de janeiro de 2020.
Em 31 de dezembro de 2015, existiam 128 resseguradores autorizados a operar no mercado
brasileiro, incluindo o IRB Brasil RE e o Lloyd’s de Londres. Vinte e seis corretores de resseguro possuíam
autorização para intermediar operações de resseguro e retrocessão.
Em 2015, o Grupo Bradesco Seguros pagou aproximadamente R$ 344,0 milhões de prêmios de
resseguros, cabendo ressaltar que, praticamente todas as carteiras de ramos elementares, exceto
automóveis, possuem proteção de resseguro e, em sua maioria, com a conjugação de planos proporcionais
e não proporcionais, por risco e/ou por evento.
A política de compra de resseguro e a aprovação dos resseguradores, que integram os seus
contratos, competem à Alta Administração, que observa, além dos requisitos mínimos legais e
regulamentares, alguns outros parâmetros, na escolha desses parceiros, que minimizam o risco de crédito
intrínseco à operação, tais como: rating mínimo A- da S&P (ou equivalente), exceto para os resseguradores
locais e patrimônio líquido compatível aos montantes cedidos. Outro aspecto importante nessa gestão de
compra de resseguro, é o fato de buscar trabalhar dentro de suas capacidades contratuais automáticas,
evitando assim a compra frequente de coberturas em contratos facultativos e exposições mais elevadas ao
risco de crédito.
Atualmente, parte expressiva dos contratos automáticos (proporcionais e não proporcionais) e
facultativos são cedidos ao IRB Brasil RE. Alguns resseguradores admitidos participam com menor percentual
individual, mas todos possuindo capital e rating superiores aos mínimos estabelecidos pela legislação
brasileira.
Planos de previdência complementar
Administramos planos de previdência complementar para pessoas físicas e jurídicas desde 1981 por
meio de nossa subsidiária integral, a Bradesco Vida e Previdência, que é atualmente a principal
administradora de planos de previdência complementar no Brasil, pelos critérios carteira de investimentos e
provisões técnicas, segundo informações publicadas pela Fenaprevi e pela SUSEP.
A Bradesco Vida e Previdência oferece e administra uma variedade de planos individuais e grupais
de previdência. Nossos maiores planos para pessoas físicas, em termos de contribuições, são os VGBL e
PGBL e não estão sujeitos à tributação na fonte sobre a receita gerada pela carteira do fundo.
Em 31 de dezembro de 2015, a Bradesco Vida e Previdência respondia por 28,8% do mercado de
planos de previdência complementar e VGBL, com base nas contribuições, de acordo com a SUSEP. Os
fundos de pensão administrados perfaziam, 28,7% do VGBL, 25,5% do PGBL e 13,5% de previdência
tradicional. Em 31 de dezembro de 2015, a Bradesco Vida e Previdência detinha 29,4% dos ativos
administrados, sendo 28,0% do VGBL, 21,9% do PGBL e 51,9% de previdência tradicional, de acordo com a
Fenaprevi.
A legislação brasileira em vigor permite a existência de administradoras de planos de previdência
complementar, tanto “abertas” quanto “fechadas”. Entidades de planos de previdência complementar
41 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
“abertas” são aquelas disponíveis para todas as pessoas físicas e jurídicas que, por meio de uma contribuição
regular, desejam filiar-se a um plano de benefícios. Entidades de planos de previdência complementar
“fechadas” são aquelas disponíveis para grupos de pessoas, tais como, empregados de uma determinada
empresa ou grupo de empresas do mesmo setor de atividades, profissionais liberais de um mesmo campo ou
membros de sindicatos. As administradoras de planos de previdência complementar concedem benefícios
mediante contribuições periódicas de seus membros, seus respectivos empregadores ou ambos.
Administramos planos de previdência complementar e VGBL, que cobrem 2,4 milhões de
participantes, sendo 62,7% em planos de pessoas físicas individuais e o restante em planos de pessoas
físicas através de empresas. Os planos empresariais responderam por 22,2% das provisões técnicas.
Segundo os planos VGBL e PGBL, os participantes podem contribuir em parcelas ou em pagamentos
únicos. Os participantes nos planos de previdência complementar podem deduzir as contribuições efetuadas
ao PGBL até o limite de 12,0% da receita bruta tributável na declaração de ajuste anual do imposto de renda.
Na ocasião do resgate ou do gozo de benefícios, incidirá o imposto de renda na fonte, conforme a legislação
em vigor. Os participantes dos planos VGBL não poderão deduzir suas contribuições na declaração do
imposto de renda. Na ocasião dos resgates e/ou recebimento de benefícios, incidirá a tributação sobre esses
benefícios, conforme legislação em vigor.
Os planos VGBL e PGBL podem ser adquiridos por empresas no Brasil em benefício de seus
empregados. Em 2015, a Bradesco Vida e Previdência administrava recursos da ordem de R$ 106,1 bilhões
no VGBL e R$ 22,8 bilhões no PGBL. A Bradesco Vida e Previdência também administrou R$ 27,5 bilhões
em planos de previdência complementar.
A Bradesco Vida e Previdência também oferece planos de previdência para pessoas jurídicas, que
são em geral, negociados e adaptados às necessidades específicas para esse tipo de cliente.
A Bradesco Vida e Previdência aufere receitas, basicamente:
 das contribuições de planos de previdência complementar e PGBL, prêmios de seguros de
vida e de acidentes pessoais e prêmios de VGBL;
 das receitas de taxas de administração que são cobradas com base nas provisões
matemáticas dos participantes dos planos; e

receitas financeiras.
Títulos de capitalização
A Bradesco Capitalização é líder entre as empresas do setor privado, segundo a SUSEP, e oferece
aos seus clientes títulos de capitalização comercializados nos formatos de contribuições únicas ou mensais.
Cada título varia de acordo com o valor (de R$ 8 a R$ 50.000), forma de pagamento, prazo de contribuição e
periodicidade dos sorteios, cujos prêmios em dinheiro chegam até R$ 5,0 milhões (prêmios líquidos). Concede
aos clientes atualização pela TR mais juros de, aproximadamente, 0,5% a.m. sobre o valor da provisão
matemática, que pode ser resgatada pelo titular ao final do prazo de carência do título. Em 31 de dezembro
de 2015, atingimos cerca de 7,6 milhões de títulos de capitalização “tradicionais” ativos e cerca de 13 milhões
de títulos de capitalização de incentivo ativos. Dado que o objetivo dos títulos de incentivo é agregar valor ao
produto da empresa parceira ou até mesmo incentivar a adimplência dos seus clientes, os títulos possuem
prazos de vigência e carência reduzidos e baixo valor unitário de comercialização. No total, a empresa
encerrou 2015 com aproximadamente 21 milhões de títulos de capitalização ativos e 3,2 milhões de clientes.
A Bradesco Capitalização é a única empresa do setor a possuir a classificação de grau de
investimento com o mais alto rating em escala nacional "brAA+", concedida pela agência de classificação de
riscos Standard & Poor's.
Canais de distribuição dos produtos de seguros, previdência e capitalização
Vendemos nossos produtos de seguros, previdência e capitalização por meio de nosso site e de
corretores exclusivos sediados em nossa rede de agências bancárias e por meio de outros corretores, não
exclusivos, em todo o Brasil, todos eles remunerados com base em comissões. Os títulos de capitalização
são comercializados através das agências bancárias, internet, central de atendimento, máquinas de
autoatendimento e canais de distribuição externos.
42 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
A tabela a seguir apresenta a distribuição das vendas dos produtos indicados através de nossas
agências e fora delas:
Porcentagem do total das vendas, por produto
2015
Produtos de seguros
Vendas através das agências
Vendas fora das agências
Produtos de previdência complementar
Vendas através das agências
Vendas fora das agências
Títulos de capitalização
Vendas através das agências
Vendas fora das agências
2014
2013
38,0%
62,0%
36,0%
64,0%
37,9%
62,1%
87,9%
12,1%
86,6%
13,4%
86,1%
13,9%
87,0%
13,0%
83,0%
17,0%
82,1%
17,9%
Canais de distribuição
A tabela a seguir, apresenta nossos principais canais de distribuição nas datas indicadas:
Canais de Distribuição (1) - Em Unidades
Pontos de Atendimento
- Agências
2015
(2)
(3)
- PAs
- PAEs - Posto de Atendimento Eletrônico em Empresas
- Pontos Externos da Rede de Autoatendimento Bradesco
- Pontos Assistidos da Rede Banco24Horas
- Bradesco Expresso (Correspondentes)
- Bradesco Promotora de Vendas
- Agências / Subsidiárias no Exterior
Máquinas de Autoatendimento
- Rede Bradesco
- Rede Banco24Horas
(1)
(4) (5)
(4)
2014
2013
65.851
75.176
72.736
4.507
3.511
4.659
3.486
4.674
3.586
736
1.145
1.180
627
1.344
3.003
11.721
12.450
11.583
43.560
1.175
14
50.467
31.527
18.940
50.006
2.073
13
48.682
31.089
17.593
46.851
1.846
13
48.203
33.464
14.739
Oferecemos nossos produtos e serviços, também, através dos canais digitais: (i) telefone (contact center ); (ii) aplicativo no celular; e (iii) Internet;
(2)
A redução refere-se: (i) à migração de “Pontos Externos da Rede de Máquinas de Autoatendimento – Bradesco” para a “Rede Banco 24Horas”, (ii) à desativação de
máquinas dos “Pontos Assistidos da Rede Banco24Horas”, e (iii) à diminuição dos correspondentes Bradesco Expresso;
(3)
PA (Posto de Atendimento): resultado da consolidação do PAB (Posto de Atendimento Bancário), PAA (Posto Avançado de Atendimento) e Postos de Câmbio, conforme
Resolução CMN nº 4.072/12;
(4)
Inclui pontos comuns entre a Rede Bradesco e a Rede Banco24Horas; e
(5)
A redução verificada refere-se ao compartilhamento dos Terminais de Autoatendimento (TAA), que compõem a rede externa, pelos TAAs da Rede Banco24Horas.
Parcerias com empresas de varejo – Bradesco Expresso
Nós firmamos parcerias com supermercados, drogarias, mercearias, lojas de departamento, entre
outros varejistas, para prestação do serviço de correspondente bancário denominado “Bradesco Expresso”.
Essas empresas prestam serviços bancários básicos, como recebimento de contas de consumo, boletos de
cobrança, saques de contas correntes, contas poupança e benefícios da previdência social, depósitos, entre
outros. Os serviços são prestados por funcionários dos próprios estabelecimentos, enquanto as decisões de
crédito ou abertura de contas são tomadas por nós.
Os principais serviços que oferecemos através do Bradesco Expresso são:
 recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas;
 recepção e encaminhamento de propostas de empréstimos, financiamentos e cartões de
crédito;
 saques e depósitos em conta corrente e poupança;
 pagamento de benefícios do INSS;
 consulta de saldo e extratos de conta corrente, poupança e INSS;
 recebimento de contas de consumo, cobrança bancária e tributos; e
 recarga de celular pré-pago.
43 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Em 31 de dezembro de 2015, a rede Bradesco Expresso totalizava 43.560 pontos de atendimento,
sendo 6.154 pontos de atendimento contratados no exercício, com uma média de 38,5 milhões de transações
mensais ou 1,8 milhão de transações por dia útil.
Canais Digitais
Os canais digitais oferecem mobilidade e independência aos clientes para que eles possam ampliar
seus negócios conosco.
Buscamos tornar a experiência bancária ainda mais conveniente, rápida e segura. Além dos
tradicionais canais de atendimento, como o Autoatendimento, Fone Fácil e internet, os clientes e usuários têm
acesso ao Banco em qualquer lugar através do Bradesco Celular. Apresentamos a seguir, uma breve
descrição dos nossos canais digitais:
Internet - O Portal Bradesco engloba 15 ambientes de acesso à conta (sites transacionais), que
permitem a realização de transações bancárias e 42 sites institucionais, com informações sobre a
Organização, orientações sobre segurança, divulgação de ações socioambientais, publicações específicas
para investidores, entre outros.
Autoatendimento - A rede de autoatendimento Bradesco conta com 31.527 máquinas, distribuídas
por todo o país, proporcionando acesso rápido e prático aos produtos e serviços do Banco. Além das nossas
máquinas próprias, os clientes podem utilizar as 18.940 máquinas da Rede Banco24Horas, que possibilitam
a realização de operações de saques, emissão de extratos, consultas de saldo, empréstimos, pagamentos
de boletos de cobrança, transferências entre contas Bradesco e para outros bancos, consulta de
comprovantes salariais, consulta de cheques pagos e compensados, prova de vida INSS e serviços de cartão
pré-pago. Em 2015, foram realizadas 2,0 bilhões de transações nas máquinas de autoatendimento.
No Brasil, fomos pioneiros no uso do sistema de leitura biométrica, que identifica os clientes e
autentica as transações realizadas nas máquinas de autoatendimento, por meio de um sensor/luz invisível,
que captura a imagem do padrão vascular da palma da mão. Essa tecnologia possibilita aos nossos clientes
realizar operações utilizando somente o cartão e a leitura da palma da mão. Além disso, para maior
comodidade e rapidez, o cliente ainda pode fazer saques e consultas de saldo sem o cartão, apenas com o
uso da biometria e uma senha de 6 dígitos.
Acreditamos que o sistema de leitura biométrica seja uma das mais avançadas tecnologias de
segurança mundial. Essa tecnologia já está disponível em 100% das máquinas da rede de autoatendimento
Bradesco e na Rede Banco24Horas.
A biometria, também, permite que clientes aposentados e pensionistas façam a prova de vida com o
uso da biometria de forma automática, através de um convênio firmado com o INSS.
Bradesco Celular - O Bradesco foi o primeiro banco brasileiro a colocar o banco no celular.
Por meio desse canal, o cliente pode realizar com comodidade e segurança, consultas de saldos e
extratos, pagamentos, recarga de celular pré-pago, transferências, empréstimos, cotação e acompanhamento
de ordem de compra e venda de ações, dentre outros.
O Bradesco Celular disponibiliza também:
 Acesso gratuito: nosso acesso gratuito permite ao cliente acessar a conta pelo Bradesco
Celular gratuitamente, sem consumir seu plano de dados. Nosso acordo firmado com as
operadoras Claro, Oi, Tim e Vivo (companhias de telefonia móvel) é um passo importante não
só para facilidade no acesso, mas também para a inclusão digital no país;
 Depósito de cheque via celular: nosso aplicativo Bradesco permite aos clientes capturarem
a imagem do cheque com a câmera do smartphone e eliminam a necessidade da entrega do
cheque físico na agência ou nas máquinas de autoatendimento;
 Pagamento com leitor de código de barras: nosso leitor de código de barras permite que
os clientes, ao pagarem um boleto, posicionem a câmera no código de barras, que é preenchido
automaticamente;
 Touch ID: esta funcionalidade permite que o cliente associe sua impressão digital à uma
senha de 4 dígitos, tornando mais rápido e prático o acesso à conta pelos aplicativos. Está
disponível nos aplicativos Bradesco, Bradesco Exclusive e Bradesco Prime para iPhones com
leitor de digital;
44 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 Recarga Direta Bradesco: um serviço que permite recarregar celulares pré-pagos por meio
de ligação realizada do próprio aparelho, mesmo se não houver créditos para falar. Essa
facilidade está disponível, atualmente, para usuários de celulares Vivo, Claro e Tim;
 Pagamentos via SMS: respondendo a um SMS, nossos clientes previamente cadastrados
podem efetuar o agendamento ou o pagamento de seus boletos de cobrança bancária
cadastrados no DDA ou de contas de consumo;
 InfoCelular: com ele, o cliente cadastrado recebe em seu celular mensagens SMS sobre
transações bancárias realizadas em sua conta, com rapidez e segurança, de acordo com o
período e o valor por ele escolhidos;
 Bradesco Net Empresa Celular: aplicativo exclusivo que permite ao cliente pessoa jurídica
fazer a gestão da sua empresa a qualquer hora e em qualquer lugar;
 Chave de segurança (Token) integrada ao celular: é um serviço inovador e pioneiro no
mercado, sendo mais uma opção de conveniência ao nosso cliente, permitindo-lhes autenticar
as transações realizadas no próprio aparelho e nos demais canais digitais; e
 Bradesco Celular via SMS (SMS Banking): esse serviço permite aos nossos clientes
consultar saldos, ver os 3 últimos lançamentos do extrato e recarregar celular pré-pago, tudo por
SMS.
Fone Fácil (Contact Center) - O Fone Fácil é o nosso banco por telefone. O sistema de atendimento
personalizado, com especialistas financeiros e o atendimento eletrônico, fazem do Fone Fácil um dos mais
eficientes canais de atendimento e uma das mais premiadas centrais de relacionamento bancário do país,
disponível aos clientes 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Através deste canal, o cliente pode adquirir produtos, obter informações sobre sua conta, cartão de
crédito, planos de previdência privada e capitalização, e realizar diversas transações, tais como: consulta de
saldos, extratos, pagamentos, transferências, operações de crédito, investimentos, cadastramento da chave
de segurança – Token no celular, cadastramento e desbloqueio de senha, cancelamento e reemissão de
cartão.
Além do atendimento personalizado e eletrônico, os clientes, por meio de números específicos, têm
acesso a diversas centrais de atendimento telefônico, sendo as principais: Internet Banking, Net Empresa,
Consórcio, Previdência Privada, Bradesco Financiamentos e o Alô Bradesco.
Redes Sociais – Temos forte atuação nas redes sociais desde 2004, realizando o monitoramento da
nossa marca, nossos produtos e serviços, prestando atendimento e nos relacionando com os clientes e não
clientes 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nosso time especialista em mídias sociais busca responder
quaisquer perguntas em cerca de 5 minutos. Mantemos conteúdos relevantes sobre o universo financeiro,
tecnologia e relacionamento em todas as principais plataformas sociais.
Espaço Next Móvel - Em 2012, nós implantamos o Bradesco Next, um espaço totalmente digital e
multitouch de interação, que foi idealizado para testar novas formas de usabilidade, formatos, layout e design
para serviços bancários. A estratégia em relação ao Bradesco Next é desenvolver novos serviços digitais que
possam ser utilizados em nossas agências.
Em 2015, 92,0% de nossas transações foram realizadas através dos canais digitais. A tabela a seguir
apresenta a quantidade de transações realizadas através dos canais digitais:
Em milhões de transações
Exercício findo em 31 de dezembro de
Internet PF + PJ - inclui WebTA (1)
Autoatendimento
Bradesco Celular
Fone Fácil (contact center )
Total
(1)
2015
Variação Percentual
2014
4.585
1.982
3.664
278
10.509
4.492
2.087
1.908
410
8.897
2,1%
(5,0)%
92,0%
(32,2)%
18,1%
WebTA é um serviço de transmissão de arquivos ao Banco via Internet, realizado pelos clientes pessoa jurídica, que usam o produto "Net Empresa".
45 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Segmentação de Clientes
Trabalhamos com um modelo de segmentação de clientes, que consiste em reunir grupos de clientes
com um mesmo perfil, permitindo atendimento personalizado, de acordo com a necessidade de cada cliente.
Nossos 5 segmentos oferecem uma gama de produtos e serviços diferenciados desenvolvidos para
pessoas físicas e jurídicas. Apresentamos abaixo nossa segmentação de clientes:
Segmentação de Clientes
Pessoa Jurídica
Corporate - Grandes empresas, com faturamento anual acima de R$ 250 milhões
Bradesco Empresas - Empresas médias, com faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 250 milhões
Varejo (Empresas e Negócios) - Empresas pequenas, com faturamento anual de até R$ 30 milhões
Pessoa Física
Private Bank - Clientes com um mínimo de R$ 3 milhões para investimento.
Prime - Clientes com renda mensal a partir de R$ 10 mil ou investimentos a partir de R$ 100 mil.
Varejo Exclusive - Clientes com renda mensal entre R$ 4 mil e R$ 9.999,99 ou disponibilidade de investimento à partir de R$ 40 mil.
Varejo Classic - Clientes com renda mensal de até R$ 3.999,99 ou disponibilidade de investimento inferior a R$ 40 mil.
Bradesco Corporate
O Bradesco Corporate é responsável pelo atendimento de 1.562 grupos empresariais, dentro do
universo das grandes empresas e investidores institucionais (faturamento superior a R$ 250,0 milhões/ano).
Com presença nos principais centros, atuação customizada e abrangência global, o Bradesco Corporate
possui uma equipe altamente qualificada para atender todas as necessidades dos clientes através de um
portfólio completo de produtos, soluções estruturadas e serviços financeiros.
Bradesco Empresas
O Bradesco Empresas atende companhias com faturamento entre R$ 30 milhões e R$ 250
milhões/ano, em suas 70 unidades de negócios posicionadas estrategicamente no território nacional, nas
diversas capitais brasileiras. Além destas unidades, possui ainda 93 “Espaços Empresas” em localidades
estratégicas, não cobertas pelo Bradesco Empresas, em ambientes com estrutura especializada para o
atendimento de grupos econômicos, que se enquadram no perfil do segmento.
O Bradesco Empresas oferece produtos de gerenciamento de negócios como: empréstimos,
financiamentos, investimentos, comércio exterior, operações de hedge, cash management e operações
estruturadas na área de mercado de capitais, buscando melhores resultados e a satisfação de seus clientes.
Bradesco Private Bank
O Bradesco Private Bank é responsável por assessorar pessoas físicas de elevado patrimônio,
holdings familiares e empresas de participações, com disponibilidade de investimento a partir de R$ 3,0
milhões. Para tanto, oferece uma grande gama de serviços e produtos financeiros buscando a solução mais
adequada para cada perfil de cliente. Oferece também assessoria em planejamento tributário, sucessório e
patrimonial, bem como assessoria em operações estruturadas e ativos não financeiros.
Atualmente, o Bradesco Private Bank conta com 15 escritórios pelo País e conta também com o
suporte das unidades no exterior localizadas em Nova Iorque, Londres, Luxemburgo e Ilhas Cayman.
Bradesco Varejo
Estamos presentes em 100% dos municípios brasileiros. O Bradesco Varejo conta com uma rede de
4.109 Agências, 3.449 Postos de Atendimento (PA), 736 Postos de Atendimento Eletrônico (PAEs) e 43.560
unidades dos correspondentes bancários - Bradesco Expresso, além de milhares de equipamentos de
autoatendimento.
A rede de atendimento disponibiliza produtos e serviços inclusive em locais distantes, de difícil acesso
e, também, em regiões com grandes concentrações de pessoas com menor poder aquisitivo, a exemplo das
Comunidades Rocinha, Cidade de Deus, Rio das Pedras, Complexo do Alemão, Gardênia Azul, Cantagalo,
Turano, Santa Marta, Mangueira, Chapéu Mangueira e Vila Kennedy no Rio de Janeiro, Heliópolis e
Paraisópolis em São Paulo, além dos 2 barcos, “Voyager III” e “Voyager V”, que prestam serviços bancários
nas comunidades ribeirinhas da região amazônica, contribuindo para a inserção de pessoas pouco ou não
bancarizadas e no processo de mobilidade social.
46 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Bradesco Prime
O Bradesco Prime atua no segmento de pessoas físicas e possui uma rede de atendimento com 305
agências e 448 “Espaços Bradesco Prime” estrategicamente posicionados. O segmento Prime oferece os
seguintes benefícios aos clientes:
 atendimento personalizado prestado por gerentes de relacionamento: um profissional
experiente e qualificado para oferecer consultoria financeira completa. Certificado pela ANBIMA,
cada gerente de relacionamento administra uma carteira reduzida de clientes;
 ambientes diferenciados: o cliente Bradesco Prime conta com uma rede de agências
exclusivas que oferecem conforto, tranquilidade e privacidade para tratar de seus negócios.
Conta também com os “Espaços Bradesco Prime”, um ambiente reservado e diferenciado,
instalados em agências Varejo, que mantêm integralmente a proposta de valor do segmento.
Além disso, tem à sua disposição a nossa ampla rede de agências distribuídas pelo Brasil,
incluindo os equipamentos de autoatendimento – Rede Bradesco e Banco24Horas; e
 produtos e serviços exclusivos: o Bradesco Prime oferece uma variedade de produtos e
serviços financeiros: Internet Banking (prime.bradesco), central de atendimento (Fone Fácil
Bradesco Prime), consultor on-line, fundos de investimento. Dispõe, também, de soluções de
crédito com taxas diferenciadas, um portfólio diversificado de seguros, planos de previdência
complementar e cartões de crédito.
Presente em todas as capitais brasileiras, o Bradesco Prime vem, ao longo de sua existência,
investindo em tecnologia, no aprimoramento do relacionamento com os clientes e na capacitação de seus
profissionais. Conquistou posição de destaque no mercado brasileiro de serviços bancários para clientes de
alta renda e consolidou-se como o maior provedor de serviços para esses clientes, com pontos de
atendimento estrategicamente posicionados em todo o Brasil.
47 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Principais subsidiárias
A seguir, apresentamos um quadro simplificado contendo nossas principais subsidiárias nas atividades de serviços financeiros e seguros e nossa participação
com direito a voto em cada uma delas em 31 de dezembro de 2015 (todas consolidadas em nossas demonstrações contábeis no “Item 18. Demonstrações
Contábeis”). Com exceção do Bradesco Argentina, Bradesco Europa, Bradesco Grand Cayman Branch e Bradesco New York Branch, as demais subsdiárias
significativas foram constituídas no Brasil. Para mais informações em relação à consolidação de nossas subsidiárias significativas, veja Nota 2a de nossas
demonstrações contábeis consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Banco Bradesco S.A.
99,99%
Banco Alvorada S.A.
Bancos
100,00%
Banco Bradesco
Financiamentos S.A.
Bancos
100,00%
Bradesplan Participações Ltda.
Holding
100,00%
União Participações Ltda.
Holding
100,00%
Banco Bradesco Cartões S.A.
Cartões
100,00%
Tempo Serviços S.A.
Prestação de Serviços
100,00%
Banco Bradescard S.A.
Cartões
100,00%
Bradesco Grand Cayman Branch
Bancos
100,00%
Bradesco New York Branch
Bancos
100,00%
Bradesco Vida e Previdência S.A.
Planos de Previdência Complementar e Seguros de Vida
100,00%
Bradseg Participações S.A.
Holding
99,99%
Bradesco Argentina S.A.
Bancos
99,80%
Banco Bradesco BBI
Banco de Investimento
100,00%
Bradesco Seguros S.A.
Seguros
100,00%
Bradesco S.A. Corretora de TVM
Intermediação de Valores
100,00%
BRAM - Bradesco Asset
Management S.A. DTVM
Gestão de Ativos
100,00%
Bradesco Capitalização S.A.
Títulos de Capitalização
100,00%
Bradesco SegPrev
Investimentos Ltda.
Holding
100,00%
Banco Bradesco Berj S.A.
Bancos
100,00%
Bradesco Saúde S.A.
Seguros
100,00%
Bradesco Administradora de
Consórcios Ltda.
Consórcios
48 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
100,00%
Bradesco Europa S.A.
Bancos
100,00%
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Leasing
100,00%
Ágora Corretora de Títulos e Valores
Intermediação de Valores
100,00%
Bradesco Auto/RE Cia de
Seguros S.A.
Seguros
100,00%
Banco Boa Vista Interatlântico S.A.
Bancos
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Gerenciamento de riscos
A atividade de gerenciamento dos riscos é altamente estratégica em virtude da crescente
complexidade dos serviços e produtos e da globalização dos nossos negócios. O aprimoramento desta
atividade nos permitiu ser o primeiro e único Banco no país autorizado pelo Banco Central a utilizar, desde
janeiro de 2013, modelos internos de risco de mercado, que já eram utilizados na gestão, para apuração do
capital regulamentar, conforme previsto no Acordo de Capital de Basileia.
Buscamos exercer o controle corporativo dos riscos de modo integrado e independente, preservando
e valorizando o ambiente de decisões colegiadas, desenvolvendo e implementando metodologias, modelos,
ferramentas de mensuração e controle. Promovemos ainda, a atualização dos funcionários em todos os níveis
hierárquicos, desde as áreas de negócios até o Conselho de Administração.
Nosso processo de gerenciamento permite que os riscos sejam proativamente identificados,
mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, o que se faz necessário em face da complexidade dos
produtos financeiros e do perfil das nossas atividades.
Estrutura de gerenciamento de riscos
A estrutura da atividade de gerenciamento de riscos e capital é composta por comitês que subsidiam
nosso Conselho de Administração e nossa Diretoria Executiva na tomada de decisões estratégicas.
O Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital tem por atribuição assessorar o
Conselho de Administração no desempenho de suas atribuições na gestão e controle dos riscos e do capital.
Subsidiando esse comitê, existe o Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital e os Comitês
Executivos de Gestão de Riscos: (i) de crédito; (ii) de mercado e liquidez; (iii) operacional e socioambiental;
(iv) do Grupo Bradesco Seguros e da BSP Empreendimentos Imobiliários; e (v) de basileia, existindo ainda o
Comitê Executivo de Produtos e Serviços e os comitês executivos das áreas de negócios, que, dentre suas
atribuições, sugerem os limites de exposição a seus respectivos riscos e elaboram planos de mitigação a
serem submetidos ao Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e ao Conselho de
Administração.
Risco de crédito
O risco de crédito é representado pela possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não
cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados,
bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do
tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação, aos custos de
recuperação e a outros valores relativos ao descumprimento de obrigações financeiras da contraparte.
Nosso gerenciamento de risco de crédito é um processo contínuo e evolutivo de mapeamento,
desenvolvimento, aferição e diagnóstico por meio de modelos, instrumentos e procedimentos; exige alto grau
de disciplina e controle nas análises das operações efetuadas e preserva a integridade e a independência
dos processos.
Buscamos controlar a exposição ao risco de crédito, que decorre, principalmente, de operações de
empréstimos e adiantamentos, de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. Há,
também, o risco de crédito em obrigações financeiras relacionadas a compromissos de crédito ou prestação
de garantias financeiras.
Com o objetivo de não comprometer a qualidade da carteira, são observados todos os aspectos
pertinentes ao processo de concessão de crédito, concentração, exigência de garantias, prazos, dentre
outros.
Exercemos continuamente o mapeamento de todas as atividades, que podem gerar exposição ao
risco de crédito, com as respectivas classificações quanto à probabilidade e magnitude, assim como a
identificação dos seus gestores, mensuração e planos de mitigação.
49 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Processo de gerenciamento do risco de crédito
O processo de gerenciamento do risco de crédito é realizado de maneira corporativa. Este processo
envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente, sendo que a
mensuração e controle do risco de crédito são realizados de maneira centralizada e independente.
Nossa área de monitoramento de risco de crédito participa ativamente do processo de melhoria de
modelos de classificação de riscos de clientes, realizando o acompanhamento de grandes riscos por meio do
monitoramento periódico dos principais eventos de inadimplência, nível de provisionamento frente às perdas
esperadas e inesperadas.
Esta área atua continuamente na revisão dos processos internos, inclusive papéis e
responsabilidades, capacitação e demandas de tecnologia da informação, bem como na revisão periódica do
processo de avaliação de riscos, visando à incorporação de novas práticas e metodologias.
Nosso risco de crédito tem seu controle e acompanhamento corporativo feito na área de risco de
crédito do Departamento de Controle Integrado de Riscos. O departamento assessora o Comitê Executivo de
Gestão de Risco de Crédito, onde são discutidas e formalizadas as metodologias para mensuração do risco
de crédito. Os temas de relevância debatidos neste comitê são reportados ao Comitê de Gestão Integrada de
Riscos e Alocação de Capital, que está subordinado ao Conselho de Administração.
Além do Comitê, a área promove reuniões mensais com todos os executivos e diretores de produtos
e segmentos, com o objetivo de posicioná-los quanto à evolução da carteira de empréstimos e adiantamentos,
inadimplência, adequação dos níveis de perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos, recuperações de crédito, perdas brutas e líquidas, limites e concentrações de carteiras, dentre
outros. Essas informações, também, são reportadas mensalmente ao Comitê de Auditoria.
A área acompanha ainda todo e qualquer evento, interno ou externo, que possa trazer impacto
significativo ao risco de crédito, tais como: fusões, falências, quebra de safra, além de monitorar os setores
de atividade econômica onde tenhamos as exposições mais representativas.
Tanto o processo de governança como os limites existentes são validados pelo Comitê de Gestão
Integrada de Riscos e Alocação de Capital e submetidos para aprovação do Conselho de Administração, que
são revisados ao menos uma vez por ano.
Risco de mercado
O risco de mercado é representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de preços e
taxas de juros dos instrumentos financeiros, uma vez que as nossas carteiras ativas e passivas podem
apresentar descasamentos de prazos, moedas e indexadores.
Este risco é identificado, mensurado, mitigado, controlado e reportado. Nosso perfil de exposição a
risco de mercado está alinhado às diretrizes estabelecidas pelo processo de governança, com limites
monitorados tempestivamente de maneira independente.
Todas as operações que nos expõem a risco de mercado são mapeadas, mensuradas e classificadas
quanto à probabilidade e magnitude, sendo todo o processo aprovado pela estrutura de governança.
Nosso processo de gerenciamento de riscos conta com a participação de todas as camadas
hierárquicas, que abrange desde as áreas de negócios até o Conselho de Administração.
Em consonância com a Governança Corporativa, tendo por objetivo preservar e fortalecer a nossa
administração do risco de mercado, bem como atender aos dispositivos da Resolução nº 3.464/07, do CMN,
o Conselho de Administração aprovou a Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez, cuja revisão é
realizada, no mínimo, anualmente pelos comitês competentes e pelo próprio Conselho de Administração,
fornecendo as principais diretrizes de atuação para aceitação, controle e gerenciamento dos riscos de
mercado e liquidez.
Além desta política, dispomos de normas específicas para regulamentar o processo de gerenciamento
de risco de mercado, conforme segue:

classificação das operações;

reclassificação das operações;

negociação de títulos públicos ou privados;

utilização de derivativos; e

hedge.
50 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
A mensuração e o controle do risco de mercado são feitos por meio de metodologias de estresse,
Value at Risk (“VaR”), Economic Value of Equity (“EVE”) e análise de sensibilidade, além de limites de gestão
de resultados e exposição financeira. O uso de diversas metodologias para a mensuração e avaliação dos
riscos é importante, pois elas são sempre complementares e seu uso combinado permite a captura de
diversos cenários e situações.
Processo de gerenciamento do risco de mercado
O processo de gerenciamento do risco de mercado é realizado de maneira corporativa. Este processo
envolve diversas áreas com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente, sendo que a
mensuração e controle do risco de mercado são realizados de maneira centralizada e independente. O
processo de gerenciamento, aprovado pelo Conselho de Administração, é também revisado, no mínimo,
anualmente pelos comitês e pelo próprio Conselho de Administração.
Definição de limites
As propostas de limites de risco de mercado são validadas em comitês específicos, referendadas pelo
Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, e submetidas à aprovação do Conselho de
Administração, conforme as características dos negócios, que são segregados nas seguintes carteiras:
Carteira trading: composta por todas as operações realizadas com instrumentos financeiros,
inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros instrumentos da
própria carteira, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As operações detidas com
intenção de negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefícios a partir de variação de
preços, efetivos ou esperados, ou realização de arbitragem.
A carteira trading é monitorada pelos limites de:
 Value at Risk (VaR);

estresse;

resultado; e

exposição financeira/concentração.
Carteira banking: composta por operações não classificadas na carteira trading, provenientes dos
demais negócios da Organização e seus respectivos hedges.
A carteira banking é monitorada pelos limites de risco da taxa de juros.
O risco de mercado é controlado e acompanhado por área independente, o Departamento de Controle
Integrado de Riscos, que diariamente calcula o risco das posições em aberto, consolida os resultados e realiza
os reportes determinados pelo processo de governança existente.
Além dos reportes diários, as posições da carteira trading são semanalmente discutidas no Comitê
Executivo de Tesouraria, e as posições da carteira banking e os reportes de liquidez são tratados
quinzenalmente no Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão de Ativos e Passivos. Em ambos os
comitês, os resultados e os riscos são avaliados e as estratégias são debatidas. Tanto o processo de
governança como os limites existentes são validados pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação
de Capital e submetidos para aprovação do Conselho de Administração, os quais são revisados ao menos
uma vez por ano.
No caso de rompimento de qualquer limite controlado pelo Departamento de Controle Integrado de
Riscos, a diretoria da área de negócio responsável pela posição é informada do consumo do limite e,
tempestivamente, o Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital é convocado para a tomada
de decisão. Na situação em que o comitê decida pelo aumento do limite e/ou alteração ou manutenção das
posições, o Conselho de Administração é convocado para aprovação do novo limite ou revisão da estratégia
de posição.
Para mais informações sobre como avaliamos e monitoramos o risco de mercado, veja “Item 11.
Informações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco de Mercado”.
51 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Risco de liquidez
O risco de liquidez é representado pela possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar
eficientemente suas obrigações, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas,
bem como pela possibilidade da instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido
ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma
descontinuidade no mercado.
O conhecimento e o acompanhamento deste risco são cruciais, sobretudo para que possamos
garantir condições para liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro.
Processo de gerenciamento do risco de liquidez
O processo de gerenciamento do risco de liquidez é realizado de maneira corporativa. Este processo
envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente, sendo que a
mensuração e o controle do risco de liquidez são realizados de maneira centralizada e independente,
contemplando o acompanhamento diário da composição dos recursos disponíveis, o cumprimento do nível
mínimo de liquidez e o plano de contingência para situações de estresse.
Nossa Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez aprovada pelo Conselho de Administração
tem como um de seus objetivos assegurar a existência de normas, critérios e procedimentos que garantam o
estabelecimento de Reserva Mínima de Liquidez (RML), bem como a existência de estratégia e de planos de
ação para situações de crise de liquidez. A política e os controles estabelecidos atendem plenamente ao
disposto pela Resolução nº 4.090/12 do CMN.
Nossos critérios e procedimentos aprovados determinam a reserva mínima de liquidez a ser mantida
diariamente e os tipos de ativos elegíveis para composição dos recursos disponíveis. Além disso, são
estabelecidos os instrumentos para gestão da liquidez em cenário normal e em cenário de crise e as
estratégias de atuação a serem seguidas em cada caso.
A gestão do risco de liquidez é realizada pelo Departamento de Tesouraria, com base nas posições
disponibilizadas pela área de back-office, que tem por responsabilidade fornecer as informações necessárias
para gestão e acompanhamento do cumprimento dos limites estabelecidos. Já o Departamento de Controle
Integrado de Riscos é responsável pela metodologia de mensuração da reserva mínima de liquidez, controle
dos limites estabelecidos por tipo de moeda e empresa (inclusive para as não financeiras), revisão de
políticas, normas, critérios e procedimentos e realização de estudos para as novas recomendações.
O risco de liquidez é acompanhado nas reuniões do Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão
de Ativos e Passivos, que acompanha as reservas de liquidez, com descasamentos de prazos e moedas.
Adicionalmente, o acompanhamento também é feito pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação
de Capital e pelo Conselho de Administração.
Risco operacional
O risco operacional é representado pela possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou
inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Essa definição inclui o risco
legal associado às atividades desenvolvidas por nós.
Processo de gerenciamento do risco operacional
O processo de gerenciamento do risco operacional é realizado de maneira corporativa. Este processo
envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente, sendo que a
mensuração e o controle do risco operacional são realizados de maneira centralizada e independente. Para
isso, são realizados os seguintes procedimentos:
 identificação, avaliação e monitoramento dos riscos operacionais inerentes às nossas
atividades, bem como de novos produtos/serviços e sua adequação aos procedimentos e
controles;
 mapeamento e tratamento dos registros de perdas operacionais para composição da base de
dados internos;
 mensuração, controle e reporte da evolução das perdas operacionais com a avaliação da
efetividade das ações mitigatórias junto às áreas de negócios/dependências;
 avaliação e cálculo da necessidade de capital para risco operacional; e
 elaboração de relatórios sobre risco operacional para as áreas relacionadas ao processo de
gerenciamento, inclusive aos comitês e à Alta Administração.
52 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Estes procedimentos são suportados por diversos controles internos, sendo certificados de forma
independente, quanto a sua efetividade e execução, visando assegurar níveis aceitáveis de riscos nos nossos
processos.
O risco operacional é controlado e acompanhado, primariamente, por área independente, o
Departamento de Controle Integrado de Riscos, sendo apoiada por diversas áreas que fazem parte do
processo de gerenciamento deste risco.
O Departamento de Controle Integrado de Riscos coordena a Comissão de Controles Internos e Risco
Operacional (“CIRO”). Esta Comissão, que reporta ao Comitê Executivo de Gestão de Riscos Operacional e
Socioambiental (“CEROS”), tem como objetivo analisar o comportamento das perdas operacionais das áreas
de negócios/dependências, a eficiência e eficácia dos processos e controles adotados, bem como os
indicadores e cenários, e avaliar dados externos de perdas operacionais incorporando/ajustando,
eventualmente, processos e controles.
O CEROS, por sua vez, é assessorado pelo Departamento de Controle Integrado de Riscos e reporta
os assuntos de relevância ao Comitê de Auditoria e ao Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de
Capital, que está subordinado ao Conselho de Administração.
O processo de governança é aprovado pelo Conselho de Administração, sendo revisado ao menos
uma vez por ano.
Controles internos e compliance
A efetividade dos nossos controles internos é sustentada por profissionais capacitados, processos
bem definidos e implementados e tecnologia compatível com as necessidades dos negócios.
A metodologia de controles internos que aplicamos está alinhada com as diretrizes do Committee of
Sponsoring Organization of the Treadway Commission (“COSO”) versão 2013, o qual tem o propósito de
fornecer um modelo para controles internos, gerenciamento de riscos corporativos e fraude com o intuito de
aprimorar a performance e supervisão organizacional.
A existência, execução e efetividade dos controles que asseguram níveis aceitáveis de riscos em
nossos processos são certificadas pela área responsável pela execução dos testes de aderência dos
controles, sendo os resultados reportados aos Comitês de Auditoria e de Controles Internos e Compliance,
bem como ao Conselho de Administração, com o propósito de proporcionar segurança quanto à condução
adequada dos negócios e para o alcance dos objetivos estabelecidos, em conformidade com leis e
regulamentações externas, políticas, normas e procedimentos internos, além de códigos de conduta e de
autorregulação aplicáveis.
Prevenção a atos ilícitos
Conduzimos nossos negócios e nossos diversos relacionamentos com base na ética e transparência,
conceitos que permeiam nossa cultura organizacional, cujos valores e princípios estão ratificados em nosso
Código de Conduta Ética e nos nossos Códigos de Conduta Ética Setoriais.
Em 2015, foram realizados treinamentos com foco na política, na norma e nos procedimentos de
prevenção a atos ilícitos, combinando palestras e cursos presenciais destinados ao Conselho de
Administração, à Diretoria Executiva e às áreas com maior exposição a risco.
O treinamento aos nossos funcionários é composto de programas em diversos formatos, tais como
cartilhas, vídeos, cursos presenciais e à distância, além de palestras presenciais específicas para áreas nas
quais são requeridas.
Para 2016, está prevista a continuidade e reforço de treinamento aos administradores e funcionários.
Dispomos de canais de denúncia corporativos, disponíveis em nosso no site de Relações com
Investidores (www.bradescori.com.br/Governança Corporativa), onde também são utilizados para acolher
denúncias de prática de atos ilícitos, das diversas partes interessadas.
Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento ao Terrorismo - O Programa
de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo é baseado em políticas,
normas, procedimentos e sistemas específicos, que estabelecem orientações para prevenir e detectar o uso
da nossa estrutura e/ou nossos produtos e serviços para fins de lavagem de dinheiro e financiamento ao
terrorismo. Esse Programa é apoiado pelo Comitê Executivo de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro
e ao Financiamento ao Terrorismo, a quem compete avaliar os trabalhos quanto à sua efetividade e a
necessidade de alinhar procedimentos às regulamentações estabelecidas e às melhores práticas nacionais e
53 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
internacionais. Os casos suspeitos ou atípicos identificados são encaminhados à Comissão de Avaliação de
Transações Suspeitas, composta por várias de nossas áreas, que avalia a necessidade de reporte aos órgãos
reguladores.
Prevenção e Combate à Corrupção - A prevenção e o combate à corrupção e ao suborno são feitos
de forma contínua e permanente, ratificando o nosso compromisso de atuar de forma ética nos negócios e
relacionamentos. O Programa de Prevenção e Combate à Corrupção é amparado pelo Código de Conduta
Ética, pela Política Corporativa Anticorrupção e pelo Comitê de Conduta Ética, todos aprovados pelo Conselho
de Administração. Também, foi instituída a Norma Corporativa Anticorrupção, com regras e procedimentos
voltados à concessão de presentes, brindes, patrocínios, doações, contratação e gestão dos parceiros de
negócios, que visam prevenir e combater a corrupção e o suborno, em conformidade com a legislação e a
regulamentação vigentes no Brasil e nos países onde possuímos unidades de negócios. Aplicamos a
autoavaliação (corporativa, operacional e administrativa), que é uma das ferramentas para se apurar o nível
de conhecimento, entendimento e aplicação do programa, bem como subsidiar as ações para a sua
disseminação. Em 2016, daremos continuidade às ações destinadas ao aprimoramento do programa de
integridade, previsto pela Lei n° 12.846/13. As principais iniciativas preveem a revisão do mapeamento de
riscos de corrupção e o monitoramento automatizado das concessões destinadas a terceiros, incluindo,
quando aplicável, os agentes públicos.
Validação Independente de Modelos de Gestão e Mensuração de Riscos e Capital
Utilizamos modelos internos para gerir riscos e capital, desenvolvidos a partir de teorias estatísticas,
econômicas, financeiras, matemáticas ou conhecimento de especialistas, que apoiam e facilitam a
estruturação de assuntos críticos e propiciam padronização e agilidade às decisões.
Para identificar, mitigar e controlar os riscos inerentes aos nossos modelos, representados por
potenciais consequências adversas oriundas de decisões baseadas em modelos incorretos ou obsoletos, há
o processo de validação independente, cujo principal objetivo é verificar se os modelos funcionam conforme
os objetivos previstos, assim como se seus resultados estão adequados para os usos aos quais se destinam.
Essa validação ocorre mediante a aplicação de um rigoroso programa de provas, que aborda aspectos de
adequação dos processos, governança e construção dos modelos e suas premissas, sendo os resultados
reportados aos gestores, à Auditoria Interna, aos Comitês de Controles Internos e Compliance e de Gestão
Integrada de Riscos e Alocação de Capital.
Atividades de tesouraria
Nossa tesouraria tem como principal objetivo otimizar os resultados com recursos existentes e
minimizar os riscos envolvidos respeitando os limites estabelecidos por nossa Alta Administração e as
diretrizes estabelecidas pela nossa área de controle integrado de riscos.
As principais funções atuais da tesouraria são as seguintes:
 administrar e planejar o fluxo de caixa em moeda nacional e estrangeira;
 propor e executar as estratégias de gestão de ativos e passivos do conglomerado financeiro;
 gerenciar os descasamentos de prazos, taxas e liquidez gerados pelas atividades do banco;
 definir custos para operações ativas e passivas do banco;
 cotar e gerir as operações comerciais que geram risco de mercado de taxa de juros, câmbio,
commodities e índice de preços;
 realizar operações de trading proprietário com objetivo de arbitrar as oportunidades
identificadas entre o cenário prospectivo da Tesouraria e os preços de mercado; e
 participar das análises e decisões relativas a operações com crédito direcionado e gestão de
capital.
Segurança corporativa
O Departamento de Segurança Corporativa tem por principal missão atuar de forma preventiva e
corretiva no combate às fraudes e na segurança da informação e dos sistemas que suportam o negócio,
criando, implementando e mantendo regras, processos e tecnologias. Para atingir seus objetivos, atua
estrategicamente e de maneira corporativa na segurança dos canais de atendimento, informações e sistemas,
avaliando, tratando e propondo melhorias, que visem a prevenir eventuais exposições críticas de
vulnerabilidades, suportado pela possibilidade da visão global dos incidentes e das tendências, obtidas interna
54 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
e externamente. É, também, o ponto focal para emissão de pareceres técnicos, quanto aos aspectos de
segurança estratégica, na implementação de produtos, serviços ou processos.
Dentre os principais itens voltados a “Visão Global de Segurança Corporativa”, destacamos:
 a definição de um "Sistema de Gestão de Segurança da Informação", baseado na "Política
Corporativa de Segurança da Informação" e de um conjunto de diretrizes e diretivas, que
contemplam os princípios de confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação.
Objetiva a proteção dos nossos ativos de informações e de nossos clientes. Estas atividades são
complementadas por ações de conscientização e de treinamento voltadas a todos os nossos
funcionários e da avaliação de riscos à segurança das informações nos produtos, serviços e
processos;
 as áreas de "Prevenção à Fraudes e de Segurança em Canais Eletrônicos", têm a missão de
gerir processos para identificar e mitigar riscos, objetivando evitar perdas financeiras e impactos
negativos à imagem. Atuam por meio do monitoramento de transações dos canais de
atendimentos eletrônicos e de ações estratégicas e corporativas a fim de propor aos gestores
das áreas técnicas e de negócios, soluções que visem agregar segurança do produto e dos
acessos aos canais de atendimento eletrônico; e
 a gestão estratégica e operacional dos processos de identidade e acesso lógico a aplicativos,
visando proteger os recursos sistêmicos, além de atuar com as unidades de negócio e tecnologia,
objetivando a definição e reestruturação de controles automatizados e a coordenação corporativa
de todas as ações atinentes a gestão de acessos.
Política de crédito
Nossa política de crédito está voltada para:
 garantir os níveis de segurança, qualidade, liquidez e diversificação na aplicação dos ativos;
 buscar agilidade e rentabilidade nos negócios; e
 minimizar os riscos inerentes às operações de empréstimos e adiantamentos.
Nossa política de crédito define os critérios para a fixação de limites e concessões de créditos. As
aprovações de crédito podem ser determinadas no âmbito da agência e, se necessário em alçadas superiores,
incluindo nosso Conselho de Administração, de acordo com as regras definidas em nossa política interna.
Nossa Diretoria Executiva também aprova os modelos de avaliação e os processos de crédito que nossas
agências e departamentos utilizam para cada tipo de empréstimo ao apreciar solicitações de crédito.
Os negócios são diversificados, pulverizados e destinados a indivíduos e empresas, que demonstram
capacidade de pagamento e idoneidade. Procura-se sempre ampará-los com garantias condizentes com os
riscos assumidos, considerando as finalidades e os prazos dos créditos concedidos, além da classificação de
risco. O sistema de classificação, definido pelo Banco Central, divide o risco em 9 níveis, de “excelente” a
“péssimo”. Em consonância com o compromisso de constante aperfeiçoamento metodológico, a classificação
de risco de crédito dos nossos clientes/grupos econômicos contempla uma escala de 17 níveis, dos quais 13
representam as operações de curso normal, proporcionando, inclusive, maior aderência aos requisitos
previstos nas regras de Basileia. Para mais detalhes, vide “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios –
Regulamentação e Supervisão – Regulamentação Bancária – Tratamento de Empréstimos e Adiantamentos”.
Nossas agências possuem limites de alçada definidos, de acordo com o seu porte e garantia
oferecidos na operação. Apesar disso, o exercício dessas alçadas está vinculado às condições do tomador,
no que se refere a:
 classificação no mínimo como “aceitável”, segundo nossos sistemas internos de classificação
de créditos (score e rating);
 ficha cadastral atualizada; e
 inexistência de restrições cadastrais relevantes.
Temos limites de crédito conforme nossos tipos de empréstimos. Aprovamos previamente os limites
de crédito para nossos clientes pessoas físicas e jurídicas e, atualmente, concedemos créditos ao setor
público somente em circunstâncias muito limitadas. Em todos os casos, os recursos somente são concedidos
se o órgão competente aprovar a linha de crédito.
55 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Os limites de crédito para nossos clientes “grandes empresas” são reavaliados no máximo a cada
180 dias. Para os demais clientes, pessoas físicas, pequenas e médias empresas, a reavaliação ocorre a
cada 90 dias.
Nosso limite máximo de exposição por cliente (ex.: pessoas físicas, jurídicas ou grupos econômicos),
determinado conforme a classificação de rating cliente, é de até 10,0% do nosso patrimônio líquido.
Casos que excedam o nível máximo de comprometimento de risco de crédito, conforme descrito na
tabela a seguir e cuja responsabilidade total proposta seja igual ou superior a R$ 2,0 bilhões, devem ser
submetidos ao Conselho de Administração para sua aprovação.
Rating Cliente
% do Patrimônio Líquido
AA1
AA2
AA3
A1
A2
A3
B1
B2
B3
C1
C2
C3
D
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0,7
0,5
0,3
Nossa política de crédito não é estática e como parte de nosso processo de administração de risco,
continuamos a aprimorar nossos procedimentos de concessão de crédito, incluindo procedimentos para
coletar dados sobre tomadores, calcular prejuízos em potencial e avaliar as classificações aplicáveis. Além
disso, estamos avaliando nossa administração do risco de crédito institucional à luz das recomendações de
Basileia, inclusive:

reestruturar nossa metodologia para calcular possíveis prejuízos;
 identificar e implantar alterações em nossos processos de relatório, para aprimorar a
administração de nossa carteira de crédito;

reprojetar nossa estrutura de controle de informações; e
 avaliar a estrutura organizacional de nossas práticas de avaliação de crédito, incluindo uma
análise da demanda por tecnologia e tratar de novas questões.
56 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Empréstimos e adiantamentos a clientes pessoa física
Para clientes pessoas físicas, dependendo da garantia proposta, do porte da agência e do
enquadramento nos parâmetros de crédito, empréstimos de até R$ 50.000 podem ser aprovados nas
agências. Se o valor e o tipo da garantia não estiverem dentro das alçadas para aprovação no âmbito da
agência, a aprovação do empréstimo é submetida ao Departamento de Crédito e, se necessário, às alçadas
superiores. A tabela a seguir estabelece os limites dentro dos quais os gerentes das agências podem aprovar
empréstimos às pessoas físicas, dependendo do valor e do tipo de garantias oferecidas:
Em milhares de reais
Valor do Risco Total
Créditos sem
Garantias Reais
Créditos com
Garantias Reais
Autoridade responsável pela decisão
Gerente de agência muito pequena (1)
Gerente de agência pequena
Gerente de agência média
(2)
(3)
Gerente de agência grande
(4)
(1)
Agência com captação total até R$ 1.999.999;
(2)
Agência com captação total entre R$ 2.000.000 e R$ 5.999.999;
(3)
Agência com captação total entre R$ 6.000.000 e R$ 14.999.999; e
(4)
Agência com captação total igual ou acima de R$ 15.000.000.
até 5
até 10
até 10
até 20
até 15
até 30
até 20
até 50
Nós utilizamos um sistema específico de Credit Scoring (classificação de crédito) para analisar essas
operações, o que nos proporciona um nível de agilidade e confiabilidade, além da padronização de
procedimentos no processo de análise e deferimento dos créditos. Todos os modelos são permanentemente
monitorados e revisados sempre que necessário. O Departamento de Crédito possui uma equipe dedicada
ao desenvolvimento de modelos que visa o aprimoramento contínuo das ferramentas.
Disponibilizamos às nossas agências ferramentas que lhes permitem analisar empréstimos e
adiantamentos para pessoas físicas de maneira rápida, eficiente e padronizada, bem como a produção dos
correspondentes contratos de empréstimo automaticamente. Com tais ferramentas, nossas agências podem
responder rapidamente aos clientes, manter baixos custos operacionais e garantir um adequado controle dos
riscos inerentes ao processo de crédito no mercado brasileiro.
A tabela a seguir estabelece os limites de alçadas para empréstimos às pessoas físicas acima das
alçadas das agências:
Valor do Risco Total
Autoridade responsável pela decisão
Departamento de Crédito
Diretor de Crédito
Comitê Executivo de Crédito (Reunião Diária)
Comitê Executivo de Crédito (Reunião Plenária)
Conselho de Administração
Em milhares de reais
até 16.000
até 18.000
até 60.000
até 2.000.000
igual ou superior a 2.000.000
Empréstimos e adiantamentos a clientes pessoa jurídica
Para clientes pessoas jurídicas, dependendo da garantia proposta, do porte da agência e do
enquadramento nos parâmetros de crédito, empréstimos de até R$ 400.000,00 podem ser aprovados na
agência. Se o valor e o tipo da garantia não estiverem dentro das alçadas para aprovação da agência, a
aprovação do empréstimo é submetida ao Departamento de Crédito e, se necessário, às alçadas superiores.
A tabela a seguir estabelece os limites dentro dos quais os gerentes das agências podem aprovar
empréstimos às pessoas jurídicas, dependendo do valor e do tipo de garantias oferecidas.
57 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Em milhares de reais
Valor do Risco Total
Créditos sem
Garantias Reais
Créditos com
Garantias Reais
Autoridade responsável pela decisão
Gerente de agência muito pequena (1)
Gerente de agência pequena
Gerente de agência média
(2)
(3)
Gerente de agência grande
(4)
Gerente de agência Bradesco Empresas
(5)
(1)
Agência com captação total até R$ 1.999.999;
(2)
Agência com captação total entre R$ 2.000.000 e R$ 5.999.999;
(3)
Agência com captação total entre R$ 6.000.000 e R$ 14.999.999;
(4)
Agência com captação total igual ou acima de R$ 15.000.000; e
(5)
Agência exclusiva para atendimento de empresas de médio porte (middle mark et ).
até 10
até 60
até 20
até 120
até 30
até 240
até 50
até 400
até 100
até 400
A tabela a seguir estabelece os limites para empréstimos a clientes pessoas jurídicas acima das
alçadas das agências:
Valor do Risco Total
Autoridade responsável pela decisão
Departamento de Crédito
Diretor de Crédito
Comitê Executivo de Crédito (Reunião Diária)
Comitê Executivo de Crédito (Reunião Plenária)
Conselho de Administração
Em milhares de reais
até 16.000
até 18.000
até 60.000
até 2.000.000
igual ou superior a 2.000.000
No intuito de atender às necessidades dos clientes no menor prazo possível e com segurança, o
Departamento de Crédito foca suas análises, de maneira segmentada, utilizando metodologias e instrumentos
diferenciados para a análise de crédito em cada segmento, devendo-se considerar, principalmente:
 nos segmentos “Varejo”, “Prime” e “Private” – Pessoa Física, a idoneidade, a categoria
profissional/atividade, a renda mensal, o patrimônio (bens móveis, imóveis, eventuais ônus e
participações em empresas), o endividamento bancário e o histórico de relacionamento conosco,
atentando-se nas operações de empréstimos e adiantamentos para as condições de prazo e de
taxas vigentes e para as garantias envolvidas;
 no segmento “Varejo – Pessoa Jurídica”, além dos pontos acima, focamos nos proprietários
das empresas, assim como consideramos o tempo de atividade e o faturamento mensal;
 nos segmentos “Empresas” e “Corporate”, a capacidade de gestão, o posicionamento da
Empresa/Grupo no mercado, o porte, a evolução econômico-financeira, a capacidade de geração
de caixa e as perspectivas do negócio, sempre abrangendo a proponente, seus
controladores/coligadas e o setor de atividade; e
 incluem-se também as análises de risco socioambiental em projetos, que buscam avaliar o
cumprimento da legislação socioambiental por parte dos clientes, bem como atender aos
“Princípios do Equador”, conjunto de regras que estabelecem critérios mínimos socioambientais
que deverão ser atendidos para concessão de crédito, criados em 2002 pelo IFC – International
Finance Corporation, braço financeiro do Banco Mundial.
Captação de depósitos
Nossa principal fonte de captação são depósitos de pessoas físicas e jurídicas no Brasil. Em 31 de
dezembro de 2015, nossos depósitos totalizavam R$ 195,8 bilhões, representando 20,9% do total de nossas
obrigações.
Oferecemos os seguintes tipos de contas de depósito e de registro:
58 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 contas correntes;
 contas de poupança;
 depósitos a prazo;
 depósitos interfinanceiros, oriundos de instituições financeiras; e
 contas para registro de salários.
A tabela a seguir demonstra nosso total de depósitos de clientes e recursos de instituições financeiras,
por tipo e por fonte, nas datas indicadas:
Em 31 de dezembro de
Recursos de clientes
Depósitos à vista
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Recursos de instituições financeiras
Depósitos à vista
Depósitos interfinanceiros
Total
% do total de
depósitos
2015
Em milhares de reais
2015
2014
2013
11,8%
46,9%
40,7%
23.012.068
91.878.765
79.619.267
32.086.299
92.154.815
85.790.391
39.633.427
80.717.805
95.866.825
0,4%
0,2%
100,0%
807.715
466.448
195.784.263
940.997
641.205
211.613.707
986.310
963.855
218.168.222
Segundo normatização da autoridade monetária, devemos depositar no Banco Central uma
porcentagem de nossos depósitos recebidos de clientes, em depósitos à vista, poupança, a prazo e depósitos
de empresas de leasing, na forma de depósitos compulsórios, conforme segue abaixo:
Recursos a prazo - somos obrigados a depositar em conta no Banco Central 25,0% da soma do
saldo inscrito nas nossas rubricas contábeis de: (i) depósitos a prazo; (ii) CDIs de empresas de leasing; (iii)
recursos de aceite cambial; (iv) cédulas pignoratícias de debêntures; (v) títulos de emissão própria; e (vi)
contratos de assunção de obrigações – vinculados a operações realizadas no exterior, deduzido da parcela
de R$ 30,0 milhões. O exigível apurado é recolhido em espécie e recebemos a remuneração do valor
depositado à taxa SELIC.
O recolhimento da exigibilidade pode ser efetuado com dedução do valor equivalente a determinadas
operações realizadas pelas instituições financeiras. No caso do recolhimento de exigibilidade sobre recursos
a prazo, essa dedução está limitada a 60,0% da exigibilidade, a partir do período de cálculo com início em
agosto de 2014.
Em julho de 2014, o Banco Central fez novos ajustes nas regras dos recolhimentos compulsórios, em
especial com o objetivo de: (i) permitir que, pelo prazo de 1 ano, 50,0% dos valores do recolhimento
compulsório relativo a depósito a prazo sejam utilizados na contratação de novas operações de crédito e na
compra de carteiras diversificadas (pessoas jurídicas e físicas) geradas por instituições elegíveis; e (ii) ampliar
o rol de instituições financeiras elegíveis à condição de cedentes (vendedoras) das operações aceitas para
fins de dedução do recolhimento.
A partir de agosto de 2014, o Banco Central elevou a parcela do compulsório sobre depósitos a prazo
sem remuneração de 50,0% para 60,0%. Além disso, possibilitou a aquisição de novas letras financeiras dos
bancos elegíveis e restringiu o abatimento das concessões para veículos apenas ao incremento adicional em
relação à média diária observada no primeiro semestre de 2014.
Em outubro de 2014, o Banco Central incluiu os empréstimos para capital de giro como aplicações
elegíveis para abatimento da parcela dos recolhimentos compulsórios sobre depósitos a prazo, que estavam
sem remuneração (60,0% do total). O abatimento pode ser realizado apenas no montante incremental à média
diária do primeiro semestre de 2014.
Em maio de 2015, o Banco Central passou a remunerar 100% do saldo recolhido. No mês de
dezembro do mesmo ano, determinou não recolher compulsório dos depósitos a prazo captados em
operações de assistência ou suporte financeiro de liquidez com fundos ou outros mecanismos constituídos
pelas instituições financeiras.
Os depósitos a prazo são representados por certificados de depósitos bancários - “CDBs” e pagam
uma taxa de juros pré-fixada ou pós-fixada que, em geral, é uma porcentagem da taxa de juros interbancária.
A distribuição entre os CDBs às taxas pré-fixadas e às taxas pós-fixadas varia periodicamente, dependendo
das expectativas de taxas de juros do mercado.
59 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Depósitos à vista - somos obrigados a depositar 45,0% do saldo médio diário dos depósitos a vista,
cobranças de recebíveis, recebimento de impostos, recursos em trânsito de terceiros e obrigações para
prestação de serviços de pagamento, que exceder R$ 70,0 milhões, no Banco Central em bases não
remuneradas, nos termos da Circular nº 3.632/13, alterada pela Circular nº 3.775/15. Em dezembro de 2012,
o Banco Central passou a autorizar a utilização, de até 20,0% de tal saldo, para a oferta de financiamentos à
aquisição e produção de certos bens de capital, entre outros, observadas determinadas condições. Esta
utilização estava restrita às instituições independentes ou integrantes de conglomerados financeiros que
apresentaram, relativamente ao mês de abril de 2014, valor de Patrimônio de Referência (“PR”) Nível I
superior a R$ 3,0 bilhões. As normas aplicáveis a esta dedução foram alteradas pelo Banco Central em
fevereiro de 2015. Em dezembro de 2015, o Banco Central definiu através da Circular nº 3.775, que os
financiamentos contratados, a partir de dezembro de 2015, somente poderiam ser utilizados como redutor no
compulsório até julho de 2019.
Com os ajustes nas regras de recolhimento compulsório, realizado em julho de 2014, outro objetivo
do Banco Central era de reduzir de R$ 6,0 bilhões para R$ 3,0 bilhões, o valor do PR Nível I das instituições
elegíveis para utilizar financiamentos concedidos, nos termos da Resolução nº 4.170/12 (que trata das
condições necessárias à concessão de financiamentos passíveis de subvenção econômica pela União em
determinados programas), para fins de redução da exigibilidade sobre recursos à vista, ampliando o número
de bancos que poderão abdicar de parte (até 20,0%) de seus recolhimentos compulsórios sobre depósitos à
vista para empréstimos e financiamentos, que sejam enquadráveis no PSI – Programa de Sustentação do
Investimento do BNDES.
Depósitos de poupança - semanalmente devemos depositar, em uma conta no Banco Central, um
valor em reservas equivalente a 24,5% do saldo médio total de nossos depósitos de poupança. A conta é
remunerada pela: “TR” mais 6,2% de juros a.a.; ou “TR” mais 70,0% da SELIC para as captações efetuadas
a partir de maio de 2012, quando a SELIC for inferior a 8,5% a.a..
Em junho de 2015, o Banco Central permitiu utilizar até o limite de 18,0% da exigibilidade dos saldos
dos financiamentos de imóveis residenciais para dedução no compulsório sobre a poupança. Em dezembro
de 2015, o Banco Central permitiu, através da Circular nº 3.775/15, que os financiamentos contratados no
período de dezembro de 2015 a julho de 2016, para projetos no âmbito do programa instituído pelo Decreto
nº 6.025, poderiam ser utilizados como redutor no compulsório até 15% dos 18% utilizados para dedução no
compulsório.
Conforme a Circular nº 3.655/13, alterada pela Circular nº 3.755/15, devemos depositar no Banco
Central, toda semana, um valor adicional correspondente a: (i) 11,0% sobre o saldo médio dos depósitos a
prazo; e (ii) 5,5% sobre o saldo médio dos depósitos de poupança. Ainda segundo tal norma, não há
recolhimento compulsório sobre depósitos à vista. Esse valor adicional é cumprido em reservas e somos
remunerados à taxa SELIC. Vale notar que, as normas sobre depósitos adicionais têm sido alteradas pelo
Banco Central com certa frequência, e podem sofrer novas alterações sem prévio aviso.
Em fevereiro de 2013, o Banco Central definiu as regras da cobrança de custo financeiro sobre
deficiência no cumprimento de exigibilidade de recolhimento compulsório, encaixe obrigatório ou
direcionamento obrigatório. O custo financeiro cobrado das instituições que eventualmente tenham
deficiências no cumprimento dos recolhimentos compulsórios foi ajustado para SELIC mais 4,0% a.a..
Desde 2013, não há exigência de recolhimento compulsório sobre posição vendida de câmbio.
Adicionalmente, a regulamentação do Banco Central exige que:
 apliquemos, no mínimo, 34,0% dos depósitos à vista para oferecer crédito rural. Em junho de
2014, o CMN aprovou mudanças na forma de apuração deste percentual;
 destinemos 2,0% dos depósitos à vista em operações de microcrédito; e
 destinemos ao menos 65,0% do valor total dos depósitos recebidos em contas de poupança
ao financiamento imobiliário residencial ou construção habitacional. Os montantes que podem
ser utilizados para satisfazer esta exigência incluem, além de financiamentos imobiliários
residenciais diretos, letras hipotecárias, empréstimos imobiliários residenciais baixados ou
empréstimos para construção habitacional e outros financiamentos, todos de acordo com o
especificado na orientação emitida pelo Banco Central.
Os depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, depósitos em contas correntes de depósitos
para investimento, os depósitos de poupança, os depósitos a prazo com ou sem emissão de certificado, letras
hipotecárias, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras de crédito imobiliário e depósitos mantidos em contas
não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação
60 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares são garantidos, no
seu somatório, pelo Fundo Garantidor de Crédito, conhecido como “FGC”, até o valor de R$ 250.000 por
cliente ou conta de depósito, na hipótese de liquidação de um banco.
Outras fontes de captação
Nossas outras fontes de captação incluem operações nos mercados de capitais, operações de
importação/exportação e repasses.
A tabela a seguir indica a fonte e o valor de nossas outras fontes de captação nas datas indicadas:
Em 31 de dezembro de
Fontes de Recursos
Captações no mercado aberto
Letras financeiras
Obrigações por repasses
Dívidas subordinadas
Obrigações por empréstimos
Letras de crédito imobiliário
Letras de agronegócio
Euronotes
Títulos emitidos por meio de securitização de ordens de pagamento
Letras hipotecárias
Certificados de operações estruturadas
Total
2015
222.291.364
71.691.563
42.101.046
50.282.936
28.236.838
20.223.220
7.642.250
6.204.942
3.575.729
512.343
452.762.231
Em milhares de reais
2014
219.359.890
54.961.063
43.779.544
35.821.666
15.218.591
11.862.705
8.570.579
6.276.614
2.694.477
404.915
260.046
399.210.090
2013
185.055.358
35.208.325
40.863.996
35.885.003
15.230.854
5.995.699
4.371.017
8.412.859
3.291.063
604.105
334.918.279
Nossas operações no mercado de capitais atuam como uma fonte de recursos para nós, através de
nossas operações com instituições financeiras, fundos mútuos, fundos de investimento com renda fixa e
variável, e fundos de investimento estrangeiros.
Em 31 de dezembro de 2015, 2014 e 2013, as operações de captação no mercado aberto (que
consistem de títulos vendidos sujeitos a contratos de recompra) representavam, respectivamente, 49,1%,
54,9% e 55,3% de nossas outras fontes de captação. Esses valores incluem títulos vinculados a
compromissos de recompra, principalmente, composto por títulos públicos brasileiros e títulos emitidos por
empresas privadas. Este tipo de operação geralmente é de curto prazo e apresenta volatilidade de volume,
uma vez que é diretamente impactado pela liquidez do mercado.
Efetuamos operações com letras financeiras, produto que foi introduzido no mercado no início de
2010, com o objetivo de atender a demanda de financiamentos de longo prazo. Por ter prazos mais longos,
contribui para o desejável alongamento dos prazos dos passivos do sistema bancário, considerando que o
prazo médio dos empréstimos também tem se elevado, em razão do crescimento da participação dos
financiamentos para habitação e para investimentos na carteira total de crédito.
Efetuamos operações de repasse quando atuamos como agente de transferência de recursos de
órgãos de desenvolvimento, concedendo créditos a terceiros que, por sua vez, são financiados pelas
Organizações de Desenvolvimento (o BNDES, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
(BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)), que são os principais provedores desses
recursos. Os critérios para empréstimo, a decisão de emprestar e os riscos de crédito são de nossa
responsabilidade, sujeitos a certas limitações estabelecidas pelos órgãos que concedem os recursos.
Processamento de dados
Contamos com ambiente tecnológico atualizado, suportado por um data center (“CTI” – Centro de
Tecnologia da Informação) localizado na Cidade de Deus, Osasco – SP, com área de 11.900 metros
quadrados, construído especialmente para abrigar a infraestrutura de tecnologia da informação (TI) e dotado
de requisitos para garantir a disponibilidade total dos nossos serviços.
Os dados são continuamente replicados em um centro de processamento (site secundário), localizado
em Alphaville, cidade de Barueri - SP, onde estão instalados equipamentos com capacidade suficiente para,
em situação de impedimento do CTI, assumir as atividades dos principais sistemas. Todos os canais de
atendimento contam com serviços de telecomunicações que alcançam qualquer um dos 2 centros de
processamento. Anualmente são realizados exercícios que simulam o impedimento do CTI, para garantir a
efetividade da estrutura, dos processos e procedimentos de contingência. Esses exercícios contam com a
participação dos gestores de negócios e são acompanhados por auditorias independentes. Adicionalmente
61 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
às cópias de segurança dos arquivos eletrônicos gravados e mantidos no CTI, são gravadas e mantidas
segundas cópias desses arquivos no centro de processamento de Alphaville.
A infraestrutura de TI de Alphaville, também, abriga todas as atividades voltadas ao desenvolvimento
de sistemas aplicativos.
Em caso de interrupção de fornecimento da energia elétrica pública, ambos os centros têm autonomia
para 72 horas ininterruptas. Após este período inicial, os centros de tecnologia podem continuar funcionando
indefinidamente, dependendo apenas do reabastecimento de combustível que alimenta os geradores
responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica.
A estrutura de TI é suportada por processos estabelecidos à luz da referência ITIL (IT Infrastructure
Library) e COBIT (Control Objectives for Information and related Technology), aplicando práticas consagradas
de gerenciamento dos serviços de TI e sendo certificado pela ISO20000 – Gestão de Serviços.
Contamos com sistemas de prevenção de invasão (detector de intrusão), sistemas de antivírus e
antispam designados para fornecer proteção ao ambiente de TI. Além disso, contamos com programa de
atualização contínua de segurança dos principais softwares e hardwares utilizados, tais como certificação
digital em servidores WEB, equipamentos de criptografia HSM 8000 e coprocessador ICSF.
Nossas ferramentas de segurança monitoram softwares, hardwares e compartilhamento de
informações das estações e servidores. Além disso, possuímos um sistema de prevenção contra perdas de
informações (DLP - Data Loss Prevention), desenvolvido para garantir a proteção dos dados da empresa.
Anualmente, é realizado o “Penetration Test” por empresa de auditoria independente. Os processos de
segurança são certificados pela ISO27000 – Segurança da Informação.
Os sistemas de internet possuem segregação da infraestrutura, permitindo que diferentes segmentos
de clientes (pessoa física, pessoa jurídica e funcionários) utilizem os recursos de maneira independente,
devido a criticidade e melhor prestação de serviços.
Sazonalidade
Geralmente, enfrentamos sazonalidade em alguns de nossos negócios. Em financiamento ao
consumo (incluindo cartões de crédito, financiamento de bens e outros) há alguma sazonalidade, com maiores
níveis de transações de cartões de crédito e financiamento de bens no final do ano e uma queda subsequente
destes níveis no começo do ano. Também, temos alguma sazonalidade em nossas tarifas de cobrança no
começo do ano, quando os impostos e outras contribuições fiscais são, geralmente, pagas no Brasil. Nos
negócios de PGBL e VGBL, há uma certa sazonalidade no final do ano, quando geralmente são pagos o
décimo terceiro salário e a participação nos lucros.
Concorrência
Enfrentamos uma concorrência significativa em todas as nossas principais áreas de operação, pois
os mercados brasileiros de serviços financeiros e bancários são altamente competitivos e passam por
processo de consolidação intenso nos últimos anos.
Em 31 de dezembro de 2015, as instituições financeiras públicas detinham 45,7% dos ativos do
Sistema Financeiro Nacional (“SFN”), seguido pelas instituições financeiras privadas nacionais (considerando
os conglomerados financeiros) com 37,3%, e pelas instituições financeiras com controle estrangeiro com
17,0%.
As instituições financeiras do setor público desempenham um papel importante no setor de atividades
bancárias no Brasil e operam, essencialmente, dentro dos mesmos parâmetros legais e regulamentares que
as instituições financeiras do setor privado, com a ressalva de que determinadas operações bancárias, que
envolvam entes públicos devem ser feitas exclusivamente com instituições financeiras públicas (incluindo,
mas não limitado aos depósitos de recursos da União e depósitos judiciais).
Em abril de 2012, foi editada a Circular nº 3.590/12, que estabeleceu que as seguintes operações
passam a ser analisadas pelo Banco Central sob o ponto de vista de seus efeitos sobre a concorrência, sem
prejuízo do exame relativo à estabilidade do sistema financeiro:





transferências do controle societário;
incorporações;
fusões;
transferências do negócio; e
outros atos de concentração.
62 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Em agosto de 2012, o CMN estabeleceu novos requisitos e procedimentos para constituição,
autorização para funcionamento, cancelamento de autorização, alterações de controle, reorganizações
societárias e condições para o exercício de cargos em órgãos estatutários ou contratuais.
Empréstimos e adiantamentos
A concorrência do mercado de empréstimos e adiantamentos tem aumentando nos últimos anos.
Nossos principais concorrentes são o Itaú Unibanco, o Banco do Brasil e o Santander Brasil. Em dezembro
de 2015, nosso market share total era de 9,9% e, entre os bancos privados, era de 22,4%.
Cartões de crédito
O mercado de cartões de crédito no Brasil é altamente competitivo. Nossos principais concorrentes
são o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco e o Santander Brasil. A Administração acredita que os principais
fatores de concorrência nessa área são as taxas de juros, as anuidades, a rede de distribuição de cartões e
os benefícios oferecidos nos cartões.
Consórcios
Atualmente, o mercado de consórcios conta com aproximadamente 170 administradoras, distribuídas
em administradoras de banco, de fabricantes e independentes.
Destacamos como diferencial competitivo, nossa associação à credibilidade da marca Bradesco e a
capilaridade da rede de distribuição, com a maior rede de atendimento em todo território brasileiro.
Banco de Investimento
O mercado de banco de investimento no Brasil passa por um momento de recessão, aumentando
ainda mais a pressão competitiva. Entre os principais concorrentes, estão Itaú BBA, BTG Pactual, Santander
e outras instituições internacionais. As principais vantagens competitivas são relacionamento com os clientes
e capacidade de execução.
Arrendamento mercantil
De um modo geral, o mercado brasileiro de arrendamento mercantil é dominado por sociedades
afiliadas a fabricantes de veículos e de equipamentos, e grandes bancos. Atualmente, usufruímos algumas
vantagens competitivas por termos a maior rede de atendimento entre os nossos concorrentes do setor
privado.
Gestão de ativos
A indústria de gestão de recursos de terceiros no Brasil encerrou o ano de 2015 com R$ 2,8 trilhões
em patrimônio líquido, segundo o ranking ANBIMA. A BRAM detinha uma fatia de R$ 395,8 bilhões, uma
evolução de 13,6% em relação aos 12 meses precedentes, ou 13,8% deste mercado, sendo que somos a
instituição líder em número de clientes de fundos de investimentos com 2,7 milhões de cotistas.
Seguros, planos de previdência complementar e títulos de capitalização
Setor de seguros
Líder do mercado segurador brasileiro, com 25,5% de participação em 31 de dezembro de 2015, o
Grupo Bradesco Seguros enfrenta concorrência crescente por parte de diversas empresas nacionais e
multinacionais, em todos os ramos do setor.
Nossos principais concorrentes são: BB Seguridade, Itaú Unibanco Seguros, SulAmérica Seguros,
Porto Seguro, Caixa Seguros e Zurich/Santander, que juntos representam aproximadamente 54,9% dos
prêmios totais gerados no mercado, conforme informações disponibilizadas pela SUSEP em dezembro de
2015.
O setor de seguros alterou-se nos últimos anos no Brasil, à medida que empresas estrangeiras
passaram a constituir associações com seguradoras nacionais. Sob esse aspecto, os principais fatores
competitivos são os preços praticados, a estabilidade financeira e o reconhecimento do nome e dos serviços
prestados pelas empresas. Com relação aos serviços, a concorrência envolve, principalmente, a capacidade
de atendimento das agências de comercialização, incluindo tratamento dos sinistros, nível de automação e
desenvolvimento de relacionamento de longo prazo com os clientes.
Nós acreditamos que a capilaridade de nossa rede de atendimento, presente em todos os municípios
do país, proporciona ao Grupo Bradesco Seguros significativa vantagem competitiva sobre a maioria das
seguradoras, promovendo economia de custos e sinergias de comercialização.
63 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Em relação ao ramo de saúde, embora a maioria das atividades de seguros seja realizada por
empresas com atuação em âmbito nacional, também existe concorrência por parte de empresas que atuam
local ou regionalmente.
Setor de previdência complementar
As políticas de estabilização monetária do governo estimulam o setor de previdência complementar,
atraindo novos players internacionais.
Com 28,8% do total de contribuições no setor (SUSEP), a Bradesco Vida e Previdência tem como
principais diferenciais competitivos a marca “Bradesco”, a capilaridade da rede de agências, a estratégia, o
pioneirismo e a inovação de produtos.
Setor de títulos de capitalização
Bradesco Capitalização detém 25,6% do mercado em receitas de títulos de capitalização e 22,2% em
provisões técnicas, de acordo com a SUSEP. Dentre os fatores competitivos no setor, destacam-se oferta de
produtos de baixo custo com maior número de sorteios, segurança, estabilidade financeira e reconhecimento
da marca.
REGULAMENTAÇÃO E SUPERVISÃO
A estrutura institucional básica do Sistema Financeiro Brasileiro foi estabelecida em 1964 pela Lei nº
4.595/64, conhecida como a “Lei da Reforma Bancária”. A Lei da Reforma Bancária trata sobre a Política e
as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias, e criou o CMN.
Principais instituições financeiras
Em 31 de dezembro de 2015, operavam no Brasil 9 conglomerados financeiros, compostos por
bancos comerciais e múltiplos do setor público controlados pelos governos federais e estaduais, (incluindo a
Caixa Econômica Federal) e 144 conglomerados financeiros, compostos por bancos comerciais e múltiplos
do setor privado. Para fins da regulamentação brasileira, seguradoras, entidades de previdência
complementar e emissores de títulos de capitalização não são considerados instituições financeiras.
Principais órgãos reguladores
CMN
O CMN é responsável pela supervisão geral das políticas monetária, de crédito, orçamentária, fiscal
e da dívida pública no Brasil. O CMN tem as funções de:
 regulamentar os empréstimos e adiantamentos realizados por instituições financeiras
brasileiras;
 regulamentar a emissão da moeda brasileira;
 supervisionar o câmbio e as reservas de ouro do Brasil;
 determinar as políticas de poupança, câmbio e investimento no Brasil; e
 regulamentar os mercados de capitais no Brasil.
Em dezembro de 2006, o CMN determinou a criação de um modelo de supervisão baseado em risco
pela CVM, o Sistema de Supervisão Baseada em Risco (“SBR”), que deve: (i) identificar os riscos a que está
exposto o mercado; (ii) dimensionar tais riscos, classificando-os segundo níveis de dano potencial; (iii)
estabelecer formas de mitigar os riscos identificados e o prejuízo que podem causar; e (iv) controlar e
monitorar a ocorrência dos eventos de risco. Entre outros efeitos, tal sistema permite uma via rápida de análise
de processos de emissão de valores mobiliários.
Banco Central
O Banco Central foi criado pela Lei nº 4.595/64. É o principal executor das orientações do CMN,
responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, além de ser responsável por:
 implementar as políticas monetária e de crédito estabelecidas pelo CMN;
 regulamentar e supervisionar as instituições financeiras brasileiras dos setores público e
privado;
 controlar e monitorar o fluxo de moeda estrangeira de/para o Brasil; e
 fiscalizar o mercado financeiro brasileiro.
64 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
O presidente do Banco Central é nomeado pelo Presidente do Brasil para um mandato por tempo
indeterminado, sujeito à aprovação pelo senado brasileiro.
O Banco Central supervisiona instituições financeiras ao:
 determinar exigências mínimas de capital, exigências de reservas compulsórias e limites
operacionais;
 autorizar documentos corporativos, aumentos de capital, aquisição de participações em
novas companhias e o estabelecimento ou transferência de matrizes ou filiais (no Brasil ou no
exterior);
 autorizar mudanças no controle acionário das instituições financeiras;
 exigir a apresentação de demonstrações contábeis anuais e semestrais auditadas, trimestrais
revisadas, bem como as informações mensais não auditadas; e
 exigir total acesso a informações referentes a empréstimos e adiantamentos e operações de
câmbio, operações de importação e exportação, e outras atividades econômicas relacionadas
diretamente.
CVM
A CVM é responsável por regulamentar os mercados de valores mobiliários brasileiros, de acordo
com as políticas de mercado de capitais e valores mobiliários determinadas pelo CMN.
Regulamentação bancária
Principais limitações e restrições de atividades de instituições financeiras
Segundo as leis e regulamentos aplicáveis aos bancos, uma instituição financeira operando no Brasil:
 não pode operar sem a aprovação prévia do Banco Central e, no caso de banco estrangeiro,
sem autorização concedida por decreto presidencial;
 não pode investir em ações de qualquer outra empresa acima dos limites regulamentares;
 não pode emprestar mais de 25,0% de seu PR a uma única pessoa ou grupo;
 não pode possuir imóveis, com exceção dos de uso próprio; e
 não pode conceder créditos ou prestar garantias para:

qualquer pessoa física, que controle a instituição ou detenha, direta ou indiretamente,
mais de 10,0% do seu capital acionário;

qualquer pessoa jurídica, que controle a instituição com a qual esteja sob controle
comum, ou qualquer diretor, conselheiro ou membro do Conselho Fiscal e do Comitê de
Auditoria de tal pessoa jurídica, ou qualquer membro da família próxima de tais pessoas
físicas;

qualquer pessoa jurídica, que detenha, direta ou indiretamente, mais de 10,0% de
seu capital social (com algumas exceções);

qualquer pessoa jurídica, que a instituição financeira controle ou detenha, direta ou
indiretamente, mais de 10,0% do capital social;

qualquer pessoa jurídica, cuja diretoria seja constituída, no todo ou em parte, pelos
mesmos membros que a diretoria da instituição; ou

diretores estatutários e conselheiros da instituição (ou membros de sua família
próxima) ou qualquer companhia, que seja controlada por esses diretores estatutários,
conselheiros ou membros de sua família próxima ou em cujo capital social tais pessoas
detenham, direta ou indiretamente, mais de 10,0% do capital social.
A restrição relacionada ao limite de concentração a uma única pessoa ou grupo não é adotada para
aplicações em depósitos interbancários executadas por instituições financeiras sujeitas à consolidação de
suas demonstrações contábeis.
65 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Adequação e alavancagem de capital
As instituições financeiras sediadas no Brasil estão sujeitas a uma metodologia de medição e padrões
de capital baseada em um índice ponderado de ativos por risco, de acordo com as Resoluções nº 4.192/13 e
nº 4.193/13 do CMN. Os parâmetros dessa metodologia são semelhantes aos parâmetros internacionais para
medições de capital mínimo aprovado, segundo adotado pelo Acordo de Basileia. Para mais informações
sobre Basileia III, veja “Item 5.B – Liquidez e Recursos de Capital – Cumprimento de exigências referentes à
capital – Basileia III”.
De acordo com a Resolução No. 4.280/13 do CMN, as instituições financeiras, exceto as cooperativas
de crédito, devem manter registros contábeis consolidados (para fins de cálculo de suas exigências de capital)
de seus investimentos em empresas sempre que as instituições mantiverem, direta ou indiretamente,
individualmente ou em conjunto com outros parceiros, uma participação que assegure o controle das
empresas investidas. Quando sua participação não resulta no controle de uma empresa, as instituições
financeiras podem optar por contabilizar a participação como resultado de participação em empresas não
consolidadas ao invés de consolidar tais participações.
Observadas determinadas condições e dentro de certos limites, as instituições financeiras podem
incluir instrumentos elegíveis na determinação de suas exigências de capital, para fins de cálculo de seus
limites operacionais, desde que tal instrumento cumpra com os requisitos da regulamentação vigente.
Desde janeiro de 2015, as instituições financeiras sediadas no Brasil calculam suas exigências de
capital em base consolidada com as instituições integrantes de seu conglomerado prudencial.
A Resolução No. 4.280/13 do CMN define que as seguintes entidades localizadas no país ou no
exterior, devem ser consideradas como integrantes do conglomerado prudencial de seus controladores
diretos ou indiretos: (i) instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central; (ii) administradoras de consórcio; (iii) instituições de pagamento; (iv) sociedades que realizem
aquisição de operações de crédito, inclusive imobiliário, ou de direitos creditórios; e (v) outras pessoas
jurídicas sediadas no Brasil que tenham por objeto exclusivo a participação societária nas entidades acima
mencionadas.
Em razão das mudanças da base para cálculo das exigências de capital das instituições financeiras
para o conglomerado prudencial, o CMN alterou, em dezembro de 2014, o escopo das regras para
gerenciamento do risco de crédito, mercado, operacional, liquidez e, também, do gerenciamento de capital
com o intuito de ajustá-las também ao conceito de conglomerado prudencial. Pela Resolução nº 4.388/14 do
CMN, o gerenciamento de riscos pode ser realizado em uma única unidade responsável pelo conglomerado
prudencial e das respectivas instituições integrantes (capacidade que era prevista apenas para o
gerenciamento de riscos de mercado). Além disso, o normativo atualiza também o escopo de aplicação do
limite para a exposição cambial.
Ponderação de Risco
Por meio da Circular nº 3.644/13, o Banco Central consolidou os fatores de ponderação de risco a
serem aplicados a diferentes exposições, para fins do cálculo do requerimento de capital mediante abordagem
padronizada. Segundo tal norma, conforme recentes alterações, devem ser aplicados, em suma, fatores de
ponderação de risco que variam de 0,0% até 1.250,0% para os riscos de crédito, dependendo da natureza e
características da exposição. Os fatores de ponderação de risco aplicáveis a diferentes exposições são,
frequentemente, alterados pelo Banco Central.
Ademais, existem normas específicas do Banco Central para determinação dos procedimentos para
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente a outras exposições.
Em dezembro de 2014, e depois novamente em outubro de 2015, o Banco Central alterou os
procedimentos para o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco, relativa ao cálculo do capital
requerido para o risco operacional, mediante abordagem padronizada. No modelo atual, o cálculo é feito a
partir do risco das instituições financeiras e de suas controladas diretas e indiretas, com base na receita bruta
dos últimos 3 anos. Com a aplicação do conceito de conglomerado prudencial, não se dispõe de uma base
de dados retroativa para essa informação. Para contornar esse entrave, foi adotado um modelo de transição
para apuração do risco operacional a partir de janeiro de 2015.
Para mais informações sobre nossos Índices de Capital, veja “Item 5.B – Liquidez e Recursos de
Capital – Cumprimento de exigências referentes à capital – Basileia III”.
66 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Depósitos Compulsórios
O Banco Central impõe às instituições financeiras sediadas no Brasil, periodicamente, uma reserva
compulsória e exigências correlatas. O Banco Central usa as exigências de reservas como um mecanismo
para controlar a liquidez do SFN.
As normas sobre depósitos compulsórios e exigibilidade adicional são alteradas periodicamente pelo
Banco Central. Para um resumo sobre as atuais exigências, veja “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios –
Captação de depósitos”.
A exposição consolidada total de uma instituição financeira em moedas estrangeiras e ouro não pode
exceder 30,0% de seu PR. Além disso, se a sua exposição for superior a 5,0% do PR, a instituição financeira
deve possuir um capital adicional equivalente a pelo menos 100% da exposição. Vale notar que, a partir de
julho de 2007, o valor compensado internacionalmente em decorrência de exposições contrárias (compradas
e vendidas) realizadas no país e no exterior por instituições integrantes do mesmo conglomerado passou a
ser adicionado ao cálculo da exposição líquida consolidada do conglomerado.
Exigências de composição de ativos
De acordo com a Resolução nº 2.844/01, conforme alterada, as instituições financeiras sediadas no
Brasil não podem alocar mais de 25,0% de seu PR em empréstimos e adiantamentos (inclusive garantias) a
um mesmo cliente (inclusive sua matriz, afiliadas e subsidiárias) ou em valores mobiliários de qualquer
emitente. Não podem também atuar na qualidade de subscritoras (com exclusão de subscrição de melhores
esforços) de valores mobiliários emitidos por qualquer emitente representando mais de 25,0% do PR.
De acordo com a Resolução nº 2.283/96, o ativo permanente (definido como propriedades e
equipamentos, outros que não operações de arrendamentos mercantis, investimentos não consolidados e
ativos diferidos) de instituições financeiras brasileiras não pode exceder a 50,0% de seu PR.
Operações compromissadas
As operações compromissadas estão sujeitas aos limites de capital operacional, com base no
patrimônio líquido da instituição financeira, conforme ajustado com as disposições regulamentares do Banco
Central. Uma instituição financeira somente pode deter operações compromissadas em valores de até 30
vezes o seu PR. Dentro desse limite, operações compromissadas envolvendo valores mobiliários privados
não podem exceder 5 vezes o valor do PR da instituição financeira. Limites em operações compromissadas,
envolvendo valores mobiliários emitidos por autoridades governamentais brasileiras, variam de acordo com o
tipo de valores mobiliários envolvidos na operação e o risco percebido do emitente, conforme estabelecido
pelo Banco Central.
Repasse de recursos tomados no exterior
As instituições financeiras e as empresas de arrendamento mercantil estão autorizadas a tomar
emprestado recursos em moeda estrangeira nos mercados internacionais (por meio de empréstimos diretos
ou da emissão de valores mobiliários de dívida) de modo a repassar tais recursos no Brasil. Estes repasses
tomam a forma de empréstimos em reais, mas indexados ao dólar norte-americano. Os termos do repasse
precisam refletir os termos da operação original. A taxa de juros cobrada no empréstimo externo precisa
também se adequar às práticas do mercado internacional. Além do custo original da operação, a instituição
financeira poderá somente cobrar uma comissão de repasse.
Ademais, o montante do empréstimo em moeda estrangeira deverá ficar limitado ao somatório das
operações externas da instituição financeira para a qual devem ser direcionados os recursos dos
empréstimos. Por fim, nos termos da Circular nº 3.434/09 do Banco Central, a totalidade dos empréstimos e
adiantamentos efetuados à conta dos recursos deverá, como condição para a liberação do valor à instituição
financeira, ser entregue em garantia ao Banco Central.
Posição em moeda estrangeira
As operações envolvendo a compra e venda de moeda estrangeira no Brasil somente podem ser
realizadas por instituições devidamente autorizadas pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio.
A partir do ano de 1999, o Banco Central adotou o regime de livre flutuação da taxa de câmbio, o que
gerou aumento de volatilidade. Desde meados de 2011, o real tem apresentado uma trajetória de depreciação
diante do dólar. O Banco Central tem feito intervenções no mercado de câmbio para controlar a volatilidade
da taxa de câmbio.
67 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
O Banco Central não impõe limites para as posições compradas (isto é, nas quais o valor total das
compras de moeda estrangeira é maior que o valor das vendas) e posições vendidas (isto é, nas quais o valor
total das compras de moeda estrangeira é menor que o valor das vendas) de bancos autorizados a operar no
mercado de câmbio.
As normas que tratam do mercado de câmbio costumam ser alteradas pelo CMN e pelo Banco Central
com frequência.
Registro de derivativos e operações de hedge contratados no exterior e informações sobre derivativos
Em dezembro de 2009, o Banco Central instituiu regras específicas, que entraram em vigor a partir
de fevereiro de 2010, exigindo que as instituições financeiras brasileiras registrem suas posições assumidas
em derivativos contratados no exterior por entidade de registro e liquidação financeira de ativos
regulamentada pelo Banco Central e pela CVM. Especificamente, as transações com derivativos contratados
no exterior devem: (i) ser registradas em até 2 dias úteis; e (ii) abranger informações sobre os ativos
subjacentes, valores, moedas envolvidas, prazos, contrapartes, forma de liquidação e parâmetros utilizados.
Em janeiro de 2010, as regras de registro foram expandidas para operações de hedge realizadas no
mercado de balcão no exterior ou em bolsas estrangeiras.
De maneira a facilitar a administração dos riscos relacionados a derivativos incorridos pelas
instituições financeiras, a CVM previu, em novembro de 2010, a possibilidade de que as entidades
administradoras de mercado criem mecanismos de compartilhamento de informações sobre operações com
contratos derivativos negociados ou registrados em seus sistemas, observadas as normas de sigilo bancário.
Tratamento de empréstimos e adiantamentos
As instituições financeiras são obrigadas a classificar seus empréstimos e adiantamentos em 9
categorias, que vão de AA até H, com base em seu risco. Essas classificações de risco de crédito são
determinadas de acordo com critérios estabelecidos pelo Banco Central e estão relacionados:

às condições do devedor e do garantidor, tais como: a situação econômica e financeira, o
nível de endividamento, a capacidade de gerar lucros, o fluxo de caixa, os atrasos em
pagamentos, as contingências e os limites de crédito; e

às condições da operação, tais como: a natureza e finalidade, o tipo, o nível de liquidez, a
suficiência das garantias e o valor total do crédito.
No caso de tomadores pessoas jurídicas, as 9 categorias, de acordo com nosso conceito, são as
seguintes:
Rating
Classificação
Bradesco
Conceito Bradesco
AA
Excelente
Empresa/grupo de primeira linha, com porte, tradição e liderança no mercado com
conceito e situação econômico-financeira excelentes.
A
Ótima
Empresa/grupo de porte, situação econômico-financeira ótima, atuando em
mercados com perspectivas positivas e/ou potencial de expansão.
B
Boa
C
Aceitável
Empresa/grupo com situação econômico-financeira satisfatória, porém, com
desempenho sujeito às variações da economia.
D
Regular
Empresa/grupo com situação econômico-financeira declinante, ou com dados
contábeis não satisfatórios, sob a gestão de risco.
Empresa/grupo que, independente do porte, possui boa situação econômicofinanceira.
Uma operação de empréstimo e adiantamento poderá receber uma melhor classificação (upgrade)
se tiver garantia ou pior classificação (downgrade) se estiver em inadimplência.
As operações de créditos de liquidação duvidosa são classificadas, segundo a perspectiva de perda,
conforme os ratings E-H a seguir:
Rating
Classificação Bradesco
E
F
G
H
Deficiente
Ruim
Crítica
Péssima
68 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
No caso de operações com pessoas físicas, nós também adotamos um sistema similar de
classificação em 9 categorias. Nós classificamos o crédito com base na renda, patrimônio e histórico de crédito
de pessoa física, bem como outras informações cadastrais.
As instituições financeiras são requeridas, para fins regulamentares, a classificar o nível de risco de
suas operações, de acordo com determinados critérios definidos pelo Banco Central, levando em conta tanto
as características do devedor e seus garantidores quanto a natureza da operação, seu valor etc., de modo a
identificar possíveis perdas.
Essa determinação de risco deve ser revista no mínimo a cada 6 meses, no caso de operações que
sejam concedidas ao mesmo cliente ou grupo econômico, cujo valor agregado exceder a 5,0% do PR da
instituição financeira, e uma vez a cada 12 meses, para todas as operações, com algumas exceções.
Os empréstimos e adiantamentos vencidos e não pagos, por sua vez, devem ser revisados
mensalmente. Para operações com essas características, as disposições regulamentares estabelecem
classificações de risco máximas, como segue:
Número de Dias Vencidos (1)
15 a 30 dias
31 a 60 dias
61 a 90 dias
91 a 120 dias
121 a 150 dias
151 a 180 dias
Mais de 180 dias
(1)
Classificação Máxima
B
C
D
E
F
G
H
O período deve ser contado em dobro no caso de empréstimos e adiantamentos cujo vencimento seja superior a 36 meses.
As instituições financeiras deverão determinar se qualquer um dos empréstimos deve ser
reclassificado como resultado destas classificações máximas. Caso positivo, precisam ajustar as suas
provisões regulamentares.
As disposições regulamentares especificam um provisionamento mínimo para cada categoria de
empréstimo, que é medido como uma porcentagem do valor total da operação de empréstimo e adiantamento,
como segue:
Classificação do Empréstimo
Provisão Mínima %
AA
A
B
C
D
E
F
G
0,5
1,0
3,0
10,0
30,0
50,0
70,0
100,0
H (1)
(1)
As instituições financeiras precisam baixar contabilmente quaisquer empréstimos seis meses após receberem a classificação H.
Os empréstimos e adiantamentos de até R$ 50.000 podem ser classificadas pelo método de avaliação
próprio da instituição financeira ou de acordo com os critérios de atraso nos pagamentos, anteriormente
descritos, observado que a classificação deve corresponder, no mínimo, ao risco nível A, de acordo com o
Banco Central.
As instituições financeiras precisam disponibilizar as suas políticas de empréstimos e classificação de
empréstimos para o Banco Central e para seus auditores independentes. Também, terão que submeter ao
Banco Central, informações relativas à sua carteira de empréstimos, juntamente com as suas demonstrações
contábeis. Tais informações precisam incluir:
69 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 discriminação das atividades e natureza dos tomadores;
 vencimentos dos empréstimos; e
 valores dos empréstimos renegociados, baixados para perda e recuperados.
O Banco Central exige das instituições financeiras autorizadas a elaboração e remessa das
informações sobre a carteira de empréstimos e adiantamentos em observância a diversos requisitos e pode
admitir divergências de até 5,0% por nível de risco e 2,5% no total conciliado.
Exclusividade em empréstimos e adiantamentos a clientes
Em janeiro de 2011, o Banco Central emitiu a Circular nº 3.522/11, que veda às instituições
financeiras, na prestação de serviços e na contratação de operações, a celebração de convênios, contratos
ou acordos que impeçam ou restrinjam o acesso de clientes a empréstimos e adiantamentos ofertados por
outras instituições, inclusive aquelas com consignação em folha de pagamento. Tal norma tem por objetivo o
aumento da concorrência na oferta de crédito aos clientes, e evitar em especial a prática comum, segundo a
qual bancos estatais mantinham contratos de exclusividade com órgãos da administração pública para a
oferta de crédito consignado. Não obstante à contestação a respeito da aplicação das regras aos contratos já
existentes, é pacífico que novos contratos não poderão conter a cláusula em questão, liberalizando a
concorrência no mercado do crédito consignado e permitindo que os funcionários de determinado ente estatal
ou empresa privada celebram contratos de crédito consignado com qualquer instituição financeira autorizada
a oferecê-los.
Sistema de Pagamentos Brasileiro (“SPB”)
O SPB foi regulamentado e estruturado por legislação editada em 2001 e medidas foram adotadas
visando a aumentar a agilidade do sistema pela adoção da compensação multilateral, a segurança e a solidez
do sistema, pela redução do risco de inadimplemento sistêmico e do risco de crédito e liquidez das instituições
financeiras.
Os sistemas integrantes do SPB deverão manter dispositivos de segurança e regras de controle de
risco de contingências de compartilhamento de perdas entre os participantes e de execução direta de
posições em custódia de contratos e de garantias pelos participantes. Adicionalmente, tornou-se obrigatória
para as câmaras de compensação e prestadoras de serviços de liquidação, importantes para o sistema, a
segregação de patrimônio como garantia adicional para liquidação das operações.
Atualmente, a responsabilidade pela liquidação das operações foi atribuída às câmaras de
compensação ou prestadoras de serviços responsáveis por ela. Uma vez que uma transação financeira tenha
sido submetida para compensação e liquidação, normalmente, torna-se obrigação da câmara de
compensação e/ou prestador de serviço de liquidação relevante a compensação e liquidação da mesma, não
existindo mais o risco de falência ou insolvência de parte do participante do mercado que submeteu a
transação para compensação e liquidação.
As instituições financeiras e outras instituições autorizadas pelo Banco Central devem, segundo as
regras, criar mecanismos para identificar e evitar riscos de liquidez, de acordo com certos procedimentos
estabelecidos pelo Banco Central. Segundo estas regras, as instituições devem manter, no mínimo:
 políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de liquidez claramente documentadas,
que estabeleçam limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco
de liquidez, nos níveis estabelecidos pela administração da instituição;
 processos para identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição ao risco de liquidez em
diferentes horizontes de tempo, inclusive intradia, contemplando, no mínimo, a avaliação diária
das operações com prazos de liquidação inferiores a 90 dias;
 avaliação, com periodicidade mínima anual, dos processos de que trata o item imediatamente
anterior;
 políticas e estratégias de captação que proporcionem diversificação adequada das fontes de
recursos e dos prazos de vencimento;
 plano de contingência de liquidez, regularmente atualizado, que estabeleça
responsabilidades e procedimentos para enfrentar situações de estresse de liquidez;
 realização periódica de testes de estresse com cenários de curto e de longo prazo,
idiossincráticos e sistêmicos, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever
as políticas, as estratégias, os limites e o plano de contingência de liquidez; e
70 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 avaliação do risco de liquidez como parte do processo de aprovação de novos produtos,
assim como da compatibilidade destes com os procedimentos e controles existentes.
As instituições financeiras foram diretamente beneficiadas pela reestruturação do SPB. As operações,
anteriormente, processadas ao final do dia, levavam à existência de um saldo, positivo ou negativo, para cada
instituição, o que não é mais permitido. Sua liquidação agora deve ser processada em tempo real, e, desde
março de 2013, os valores acima de R$ 1.000 estão sendo processados por transferência eletrônica entre as
instituições com recursos imediatamente disponíveis. Caso sejam efetivados por cheques, será cobrada taxa
bancária adicional.
O Banco Central e a CVM têm o poder de regulamentar e monitorar o SPB.
Em outubro de 2013, foi promulgada a Lei nº 12.865/13 que, dentre outros, dispõe sobre os arranjos
de pagamento e as instituições de pagamento integrantes do SPB. Em novembro de 2013, regulamentando
a lei em questão: (i) o CMN estabeleceu as diretrizes que devem ser observadas na regulamentação,
vigilância e supervisão das instituições de pagamento e dos arranjos de pagamento integrantes do SPB; e (ii)
o Banco Central: (a) estabeleceu requisitos e procedimentos para a autorização de constituição e
funcionamento, o cancelamento da autorização, as alterações de controle, da estrutura de cargos de
administração, da denominação social e do local da sede, as reorganizações societárias, as condições para
o exercício de cargos de administração das instituições de pagamento e a autorização para a prestação de
serviços de pagamento por instituições financeiras; (b) criou o regulamento que disciplina, entre outros, a
prestação de serviço de pagamento no âmbito dos arranjos de pagamentos integrantes do SPB e estabelece
os critérios segundo os quais os arranjos de pagamento não integrarão o SPB, entre outros; e (c) estabeleceu
regras sobre o gerenciamento de riscos, os requerimentos mínimos de patrimônio, a governança de
instituições de pagamento, a preservação do valor e da liquidez dos saldos em contas de pagamento.
Em abril de 2014, o Banco Central alterou as regras que disciplinam os arranjos e as instituições de
pagamento. As principais alterações foram: (i) estabeleceu que a alocação de recursos no Banco Central
deve corresponder ao saldo de moeda eletrônica mantido em contas de pagamento, acrescido do saldo de
moeda eletrônica em trânsito entre contas de pagamento na mesma instituição de pagamento. Para
proporcionar o contínuo funcionamento desse mercado, essa alocação deverá ser realizada, de forma
gradativa, passando de 20,0% em 2014 para 100% em 2019; e (ii) revisou as referências dos parâmetros
definidos para que um arranjo possa ser considerado integrante do SPB.
Em setembro de 2015, o Banco Central publicou a Circular nº 3.765/15, que altera a Circular
nº 3.682/13, trazendo importantes mudanças nas regras aplicáveis aos arranjos de pagamento integrantes do
SPB. Dentre as principais alterações, destacam-se: (i) a obrigatoriedade de compensação e liquidação das
ordens eletrônicas de crédito ou de débito de forma centralizada, em sistema de compensação e de liquidação
autorizado a funcionar pelo Banco Central; (ii) o estabelecimento de novos requisitos para a interoperabilidade
entre os arranjos, a introdução do conceito de instituição domicílio, a alteração dos critérios para manutenção
de arranjos de pagamento fechados; e (iii) e a mudança dos prazos para redução dos volumes operacionais
mínimos aplicáveis aos arranjos de pagamento não integrantes do SPB.
Intervenção
O Banco Central irá intervir nas operações e administração de qualquer instituição financeira não
controlada pelo governo, se a instituição:
 sofrer prejuízos devido à má administração, que coloquem os credores em risco;
 transgredir de maneira recorrente as disposições regulamentares bancárias; ou
 estiver insolvente.
A intervenção também poderá ser ordenada, segundo pedido da administração da instituição
financeira e não poderá exceder a 12 meses. Durante o período de intervenção, ficam suspensas a
exigibilidade das obrigações vencidas, a fluência dos prazos das obrigações vincendas contratadas antes da
intervenção e a exigibilidade dos depósitos na instituição existentes na data da decretação.
Liquidação administrativa
O Banco Central liquidará uma instituição financeira, se:
 a situação econômica ou financeira da instituição estiver em risco, particularmente, quando a
instituição deixar de cumprir as suas obrigações à medida que estas vencem, ou no caso de
declaração de falência;
71 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 a administração cometer uma transgressão grave às leis, regras ou disposições
regulamentares bancárias;
 a instituição sofrer um prejuízo que sujeite seus credores não garantidos a um risco severo;
ou
 na revogação da licença para operar, a instituição não iniciar os procedimentos ordinários de
liquidação dentro de 90 dias, ou, se iniciados, o Banco Central determinar que o ritmo da
liquidação possa prejudicar os credores da instituição.
Como consequência da liquidação administrativa:
 as ações judiciais reivindicando interesses ou direitos sobre os ativos da instituição são
suspensas;
 as obrigações da instituição vencem antecipadamente;
 a instituição não pode cumprir com nenhuma cláusula de prejuízos de liquidação contida em
contratos unilaterais;
 os juros contra a instituição não são acumulados até que os passivos sejam completamente
liquidados; e
 o prazo de prescrição com respeito às obrigações da instituição é suspenso.
Regime de Administração Especial Temporária
O Regime de Administração Especial Temporária, conhecido como “RAET”, é uma forma menos
severa de intervenção pelo Banco Central em instituições financeiras, que permite que as instituições
continuem a operar normalmente. O RAET pode ser ordenado no caso de uma instituição que:
 entre em operações recorrentes, que sejam contra as políticas econômicas e financeiras
determinadas pelas leis federais;
 enfrente uma escassez de ativos;
 falhe em cumprir com as regras de depósitos compulsórios;
 tenha administração imprudente ou fraudulenta; ou
 tenha operações ou circunstâncias que exijam uma intervenção.
Pagamento de credores em uma liquidação
Na liquidação de uma instituição financeira, os salários e indenizações dos funcionários e créditos
tributários têm a mais alta prioridade em relação a quaisquer créditos contra o patrimônio da massa. Em
novembro de 1995, o Banco Central criou o Fundo Garantidor de Créditos (“FGC”) para garantir o pagamento
de fundos depositados junto a instituições financeiras, em caso de intervenção, liquidação administrativa,
falência ou outros estados de insolvência. Os membros do FGC são instituições financeiras, que aceitam
depósitos à vista, de poupança e a prazo, bem como sociedades de crédito e poupança. O FGC é financiado,
principalmente, por contribuições obrigatórias de todas as instituições financeiras sediadas no Brasil, que
trabalham com depósitos de clientes.
O FGC é um sistema de seguro de depósitos que garante até um valor máximo para depósitos e
certos instrumentos de crédito mantidos por um cliente em uma instituição financeira (ou em instituições
financeiras que integram o mesmo grupo financeiro). A responsabilidade das instituições participantes é
limitada ao valor de suas contribuições para o FGC, com a exceção de que em circunstâncias limitadas, se
os pagamentos do FGC forem insuficientes para cobrir os prejuízos segurados, as instituições participantes
poderão ser solicitadas a fazer contribuições e adiantamentos extraordinários. O pagamento de créditos não
garantidos e depósitos de clientes não cobertos pelo FGC estão sujeitos ao pagamento prévio de todos os
créditos garantidos e outros créditos, para os quais leis específicas concedam privilégios especiais.
Em dezembro de 2010, o CMN aumentou o valor máximo da garantia proporcionada pelo FGC, de
R$ 60.000 para R$ 70.000. Em maio de 2013, este valor foi novamente aumentado para R$ 250.000, mantido
pelo Banco Central até a presente data. Em 2006, foi reduzido de 0,025% para 0,0125%, o montante dos
saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia, a contribuição mensal ordinária das
instituições associadas ao FGC. Em fevereiro de 2016, a regra foi alterada para que seja aplicado o percentual
de 0,0125% sobre os saldos das contas referentes aos instrumentos relacionados no art. 2º, incisos I a X, do
72 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Anexo II da Resolução nº 4.222/13, ainda que os créditos correspondentes não sejam cobertos pela garantia
ordinária.
Pelas regras do CMN, o valor máximo do saldo de tais depósitos fica limitado (até o limite agregado
de R$ 5,0 bilhões até 31 de dezembro de 2014 ou R$ 3,0 bilhões a partir de 1º de janeiro de 2015): (i) para o
saldo de depósitos originalmente captados sem cessão fiduciária, ao maior dos seguintes valores: (a) o
equivalente ao dobro do PR, nível I, apurado a cada ano na data base de 30 de junho e atualizado
mensalmente pela taxa SELIC; (b) o equivalente ao dobro do PR, nível I, calculado em 31 de dezembro de
2008, atualizado mensalmente pela taxa SELIC desde 1º de maio de 2009; e (c) o equivalente à soma dos
saldos de depósitos a prazo, com os saldos de obrigações por letras de câmbio mantidos no banco em 30 de
junho de 2008, atualizado mensalmente pela taxa SELIC desde 1º de maio de 2009; e (ii) para o saldo dos
depósitos captados com cessão fiduciária, os seguintes múltiplos do valor correspondente ao PR, nível I,
apurados na data-base de 31 de dezembro do ano anterior, atualizado monetariamente pela Taxa Selic: (a)
1,6 a partir de 1º de junho de 2013; e (b) 2,0 a partir de 1° de janeiro de 2014.
Além disso, o limite para captação dos depósitos a prazo com garantia especial do FGC sem cessão
fiduciária tem sido reduzido, de acordo com o seguinte cronograma em:

40,0%, a partir de 1º de janeiro de 2013;

60,0%, a partir de 1º de janeiro de 2014;

80,0%, a partir de 1º de janeiro de 2015; e

100,0%, a partir de 1º de janeiro de 2016.
Em maio de 2013, foi emitida a Resolução nº 4.222/13, que altera e consolida as normas que dispõem
sobre o estatuto e o regulamento do FGC. Além de aumentar o valor máximo da garantia proporcionada pelo
FGC para R$ 250.000, as Letras de Crédito do Agronegócio (“LCA”) foram incluídas entre os créditos
garantidos pelo FGC. Em agosto de 2013, o Banco Central alterou e consolidou as disposições relativas à
base de cálculo e ao recolhimento de contribuições ordinárias das instituições associadas ao FGC. As normas
sobre o FGC são alteradas periodicamente.
Procedimentos internos de cumprimento
Todas as instituições financeiras precisam ter em vigor políticas e procedimentos internos para
controlar:
 suas atividades;
 seus sistemas financeiros, operacionais e de informações gerenciais; e
 seu cumprimento com todas as disposições regulamentares a elas aplicáveis.
A diretoria de uma instituição financeira é responsável pela implementação de uma estrutura efetiva
de controle interno ao definir responsabilidades e procedimentos de controle e estabelecer metas e
procedimentos correspondentes em todos os níveis da instituição. A diretoria é também responsável pela
verificação do cumprimento com todos os procedimentos internos.
Restrições ao investimento estrangeiro
A Constituição Federal brasileira permite que as pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras invistam
em ações com direito a voto de instituições financeiras sediadas no Brasil somente se tiverem autorização
específica do governo. Contudo, os investidores estrangeiros sem autorização específica podem adquirir
ações sem direito a voto de instituições financeiras sediadas no Brasil de capital aberto ou recibos de
depósitos oferecidos no exterior representando ações sem direito a voto. Qualquer investimento em ações
ordinárias dependerá de autorização do governo. Em janeiro de 2012, o Banco Central nos autorizou a criar
um programa de ADR para nossas ações ordinárias no mercado norte-americano. Atualmente, a participação
estrangeira em nosso capital acionário tem limite de 30,0%.
Regulamentação contra a “lavagem” de dinheiro, sobre sigilo bancário e sobre movimentações
financeiras ligadas ao terrorismo
Segundo as normas brasileiras contra a lavagem de dinheiro, consolidadas pelo Banco Central em
julho de 2009, pela Circular n° 3.461/09, conforme as recentes alterações, as instituições financeiras
precisam:
 manter registros atualizados referentes a seus clientes;
73 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 manter registros e controles internos;
 registrar operações envolvendo moeda brasileira e estrangeira, valores mobiliários, metais ou
qualquer outro ativo que possa ser convertido em dinheiro;
 manter registros de operações maiores que R$ 10.000 em um mês civil ou que revelem um
padrão de atividade que sugira um esquema para evitar a identificação;
 manter registros de todas as operações com cheques; e
 manter registros e informar ao Banco Central acerca dos depósitos e saques em valores
acima de R$ 100.000.
A instituição financeira deve revisar as operações ou propostas, quando suas características possam
indicar a existência de um crime e informar o Banco Central da transação proposta ou executada. Registros
de transações envolvendo moeda ou qualquer ativo que podem ser convertidos em dinheiro, registros de
transações que excedem R$ 10.000 em um mês calendário e registros de transações com cheques devem
ser mantidos por no mínimo 10 anos, prazo que poderá ser estendido caso haja investigações em andamento
comunicadas pela CVM ao banco. Nos termos da Circular n° 3.461/09, alterada pelas Circulares n° 3.517/10,
n° 3.583/12 e n° 3.654/13, as instituições financeiras devem implementar políticas e procedimentos internos
de controle.
Uma especial atenção conferida a pessoas politicamente expostas foi determinada pela Instrução nº
463/08, expedida pela CVM e consolidada também na Circular n° 3.461/09 do Banco Central, que referem-se
a pessoas politicamente expostas que ocupam ou tenham ocupado nos últimos 5 anos funções relevantes
públicas no Brasil ou no exterior, seus familiares e representantes, chefes de estado e de governo, políticos
de alto nível, altos servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto nível, dirigentes de
empresas públicas ou partidos políticos, entre outros. A Circular n° 3.654/13 do Banco Central expandiu tal
lista para incluir outros membros dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, bem como os indivíduos que
tinham ou ainda tem posições relevantes em governos estrangeiros. As instituições financeiras têm a
obrigação de adotar certos mecanismos para: (i) identificar os beneficiários finais de cada operação; (ii)
identificar se essas pessoas politicamente expostas estão envolvidas; (iii) supervisionar de maneira rigorosa
as operações de negócios financeiros que envolvam pessoas politicamente expostas; e (iv) dedicar atenção
especial a pessoas oriundas de países com os quais o Brasil possua elevado número de transações
comerciais e financeiras, fronteiras comuns ou proximidade étnica, linguística ou política.
Em outubro de 2008, o Banco Central ampliou as regras, objetivando o controle de movimentações
financeiras ligadas ao terrorismo, de modo que devem ser imediatamente comunicadas ao Banco Central as
operações realizadas ou os serviços prestados, ou ainda a existência de fundos, outros ativos financeiros, ou
recursos econômicos pertencentes ou controlados, direta ou indiretamente, pelas seguintes pessoas ou
entidades: (i) membros da organização Al-Qaeda, membros do Talibã, outras pessoas, grupos, empresas ou
entendidas a eles associadas; (ii) o antigo governo do Iraque ou de seus entes estatais, empresas ou agências
situados fora do Iraque, bem como fundos ou outros ativos financeiros ou recursos econômicos que tenham
sido retirados do Iraque ou adquiridos por Saddam Hussein ou por outros altos funcionários do antigo regime
iraquiano e pelos membros mais próximos de suas famílias, incluindo entidades de propriedade ou
controladas, direta ou indiretamente, por eles ou por pessoas que atuem em favor deste grupo; e (iii) pessoas
que perpetram ou intentam perpetrar atos terroristas ou neles participam ou facilitam o seu cometimento,
pelas entidades pertencentes ou controladas, direta ou indiretamente, por essas pessoas, bem como por
pessoas e entidades atuando em seu nome ou sob seu comando.
Em julho de 2012, entrou em vigor a Lei nº 12.683/12, que alterou a Lei nº 9.613/98 e endureceu as
regras relativas a crimes relacionados a lavagem de dinheiro. Pela nova lei, qualquer crime ou contravenção,
e não apenas crimes graves como tráfico de drogas e terrorismo, pode ser considerado como antecedente
ao crime de lavagem de dinheiro. Além disso, a lei amplia, de maneira sensível, o rol de pessoas físicas e
jurídicas obrigadas a comunicar transações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (“COAF”),
incluindo, entre outras, empresas que prestam assessoria ou consultoria em operações nos mercados
financeiros e de capitais, sob pena de multa de até R$ 20 milhões. Em junho de 2013, a CVM editou instrução
que adequou a regulamentação desta Autarquia à Lei 12.638/12, instituindo a obrigação de se realizar o envio
de informação ao órgão regulador ou fiscalizador de determinada atividade acerca da não ocorrência de
operações financeiras suspeitas e demais situações que geram a necessidade de realizar comunicações.
Em outubro de 2014, a CVM emitiu a Instrução nº 553/14 que, dentre outros assuntos: (i) reforça que
toda relação de negócio só pode ser iniciada ou mantida após observadas as providências relacionadas ao
processo cadastral e da Política “Conheça seu Cliente”; e (ii) exige declaração sobre os propósitos e a
74 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
natureza da relação de negócio com a instituição, deixando claro que a referida declaração poderá ser obtida
quando ocorrer a atualização dos dados cadastrais dos clientes já existentes.
Em novembro de 2014, o Banco Central alterou os procedimentos relativos à Prevenção à Lavagem
de Dinheiro e ao Combate do Financiamento ao Terrorismo (“PLD/CFT”) a serem observados pelas
instituições de pagamento. Dessa forma, as instituições de pagamento, além dos procedimentos de PLD/CFT
já exigidos, deverão também: (i) adotar procedimentos e controles que permitam confirmar as informações de
identificação de clientes, podendo, entre outros, confrontar as informações fornecidas pelos usuários finais
com outras disponíveis em bancos de dados de caráter público ou privado; e (ii) implementar sistemas de
gerenciamento de risco de PLD/CFT, que permitam a identificação e a avaliação desse risco, bem como
promover medidas de mitigação proporcionais aos riscos identificados, inclusive nos casos em que as
instituições devem dispensar especial atenção. Essas modificações ocorreram para atender exigências
internacionais, estabelecidas no âmbito do Grupo de Ação Financeira (“GAFI”), que é o órgão responsável
por estabelecer padrões de PLD/CFT a serem observados pelos países membros do G20, tais como o Brasil.
Não obstante a ampliação das regras aplicáveis às instituições de pagamento, houve uma flexibilização
relacionada às contas pré-pagas, por meio da alteração do limite para identificação simplificada, que passou
de R$ 1.500 para R$ 5.000, e também pela redução do rol de informações que devem ser obtidas e mantidas
das pessoas físicas na abertura de contas de pagamento.
Também em novembro de 2014, a SUSEP instituiu o Comitê Permanente de Prevenção à Lavagem
de Dinheiro e Coibição ao Financiamento do Terrorismo nos Mercados de Seguro, Resseguros, Capitalização
e Previdência Aberta (“CPLD”). O CPLD é um organismo deliberativo de caráter permanente, que atua na
prevenção à lavagem de dinheiro e coibição ao financiamento do terrorismo, tanto no âmbito da SUSEP
quanto nos mercados de seguro, resseguros, capitalização e previdência privada aberta.
Lei anticorrupção
Em agosto de 2013, foi promulgada a Lei nº 12.846/13, que dispõe sobre a responsabilização
administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira.
Com base neste diploma legal, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos
âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.
A lei em questão prevê punição de multa de 0,1% a 20,0% do faturamento bruto do último exercício
anterior ao da instauração do processo administrativo. Serão levados em consideração, quando da aplicação
da sanção, entre outros, a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e
incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da
pessoa jurídica.
Responsabilidade socioambiental
Em abril de 2014, o CMN aprovou a Resolução nº 4.327/14, que institui diretrizes para o
estabelecimento e a implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (“PRSA”) pelas
instituições financeiras. Com o objetivo de formalizar diretrizes e procedimentos fundamentais para este
processo, a Federação Brasileira de Bancos (“FEBRABAN”) publicou em agosto do mesmo ano o Normativo
SARB nº14, que estabelece o programa de autorregulação para o desenvolvimento e a implementação da
PRSA para as instituições financeiras que, assim como nós, são signatárias do Sistema de Autorregulação
Bancária.
Este arcabouço, composto por resolução e autorregulação, institui que a PRSA deve estabelecer
diretrizes que norteiam as ações de natureza socioambiental nos negócios e atividades, bem como na sua
relação com as partes interessadas. Para tanto, a instituição deverá considerar a natureza e complexidade
das suas atividades, bem como o seu grau de exposição ao risco socioambiental, definidos respeitando-se
os princípios da proporcionalidade, da eficiência e da relevância.
Para permitir que as instituições possam adequar seus sistemas e processos às novas disposições,
foi estabelecido período de adaptação para que seja aprovada a PRSA, e iniciada a execução do respectivo
plano de ação, conforme o seguinte cronograma: (i) até 28 de fevereiro de 2015, por parte das instituições
obrigadas a implementar o International Capital Adequacy Assessment Process, ou Processo Internacional
de Avaliação de Adequação de Capital (“ICAAP”), conforme regulamentação em vigor; e (ii) até 31 de julho
de 2015, pelas demais instituições.
Antecipando-se à Resolução nº 4.327/14, ao longo do primeiro semestre de 2013, as nossas áreas
de Sustentabilidade e de Planejamento Corporativo começaram a discutir a estruturação de um planejamento
75 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
estratégico, com foco em negócios e definir as principais diretrizes de sustentabilidade para os próximos 5
anos. O processo tem a participação da Diretoria Executiva e de todas as dependências da Organização e
tem como principal objetivo estabelecer a clara relação das ações de sustentabilidade com os negócios, e
assim gerenciar adequadamente riscos e oportunidades.
Exigências de rodízio na empresa de auditoria independente
Segundo as leis brasileiras, todas as instituições financeiras precisam:
 ser auditadas por uma empresa de auditoria independente; e
 substituir periodicamente o responsável técnico, diretor, gerente ou supervisor da equipe de
auditoria, sem necessidade de alteração do auditor independente. O rodízio deve ocorrer após,
no máximo, 5 exercícios sociais, sendo que os profissionais substituídos poderão ser
reintegrados decorridos 3 anos, contados de sua substituição. Os mandatos dos técnicos
responsáveis, diretores, gerentes ou supervisores da equipe de auditoria iniciam no dia em que
a equipe começa a trabalhar com a auditoria.
Cada empresa de auditoria independente precisa comunicar imediatamente ao Banco Central a
respeito de qualquer evento que possa afetar adversamente, de maneira significativa, o status relevante de
uma instituição financeira.
Em março de 2002, a Lei de Sociedades Anônimas brasileira foi modificada conferindo aos membros
do nosso Conselho de Administração, direitos de veto sobre a indicação ou remoção de nossa empresa de
auditoria independente.
Para mais informações sobre os auditores das demonstrações contábeis consolidadas incluídas neste
relatório anual, veja “Item 16.C. Honorários e Serviços do Auditor Principal”.
Exigências de auditoria
Somos registrados na bolsa de valores local e, por sermos uma instituição financeira, somos
obrigados a ter nossas demonstrações contábeis auditadas a cada 6 meses, de acordo com o BR GAAP,
aplicável a instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. Nossas informações trimestrais,
arquivadas na CVM, estão sujeitas à revisão por nossos auditores independentes. Além disso, conforme
requerido pela Resolução do CMN nº 3.786/09, também temos que publicar demonstrações contábeis
consolidadas anuais preparadas de acordo com o IFRS, acompanhados de parecer de uma empresa de
auditoria independente.
Em janeiro de 2003, a CVM editou regulamentação determinando a divulgação, por parte das
entidades auditadas, de diversas informações relacionadas à prestação, pela empresa de auditoria
independente, de qualquer serviço que não seja de auditoria externa, sempre que tais outros serviços
correspondam a mais de 5,0% dos honorários totais que a entidade pagou à empresa de auditoria externa.
As empresas de auditoria independentes deverão prestar declaração à administração da companhia
auditada de que a prestação de outros serviços não afeta a independência e a objetividade necessária aos
serviços de auditoria externa.
Em maio de 2004, o CMN editou nova regulamentação sobre auditoria, aplicável a todas instituições
financeiras sediadas no Brasil, a qual foi posteriormente alterada. Segundo esta regulamentação, somos
obrigados a indicar um membro de nossa Administração para responder pelo acompanhamento e supervisão
do cumprimento das regras de contabilidade e auditoria definidas na legislação.
Ainda nos termos desta regulamentação, as instituições financeiras que tenham um PR superior a R$
1,0 bilhão, administrem recursos de terceiros no mesmo montante, ou apresentem somatório de captações
de depósitos de terceiros em montante superior a R$ 5,0 bilhões estão obrigadas a criar um Comitê de
Auditoria, composto por membros independentes. De acordo com a regulamentação, o número de membros,
o critério de indicação e destituição, o mandato e as responsabilidades do Comitê de Auditoria devem ser
especificados no Estatuto Social da instituição. O Comitê de Auditoria é responsável pela recomendação à
Administração da empresa de auditoria independente a ser contratada; revisão das demonstrações contábeis,
incluindo notas explicativas e relatório dos auditores, antes da publicação; avaliação da eficiência dos serviços
de auditoria e dos procedimentos de controles internos; avaliação do cumprimento pela Administração de
recomendação da empresa de auditoria independente entre outros. Nosso estatuto foi alterado em dezembro
de 2003, para prever a existência de um Comitê de Auditoria. Em maio de 2004, nosso Conselho de
Administração aprovou o regimento interno do Comitê de Auditoria e elegeu a sua primeira composição.
Nosso Comitê de Auditoria está plenamente em operação desde 1o de julho de 2004. Em outubro de 2006, o
CMN editou a Resolução nº 3.198/04, alterando os requisitos mínimos a serem observados pelas instituições
76 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
financeiras quando da eleição de membros para o Comitê de Auditoria. Em abril de 2014, o CMN alterou as
normas que tratam do Comitê de Auditoria, com o objetivo de aprimorar a composição e a atuação do referido
Comitê com a permissão para que até um terço de seus integrantes possam cumprir mais um mandato
consecutivo único e ampliação da independência para os Comitês de Auditoria das instituições de capital
fechado. Para mais informações, veja “Item 16.D. Isenções das normas de arquivamento para os Comitês de
Auditoria”.
Desde julho de 2004, somos obrigados a publicar semestralmente um relatório do Comitê de Auditoria
junto com nossas demonstrações contábeis. O primeiro relatório do nosso Comitê de Auditoria foi publicado
em conjunto com nossas demonstrações contábeis do segundo semestre de 2004.
Em setembro de 2009, o Banco Central expediu normas para estabelecer os critérios para elaboração,
pelos auditores, dos relatórios de avaliação da qualidade e adequação do sistema de controles internos e de
descumprimento de dispositivos legais e regulamentares. Referidas normas, alteradas em janeiro de 2010,
estabelecem que, além dos trabalhos normais de auditoria, os auditores devem avaliar os aspectos relativos
a: (i) ambiente de controle; (ii) identificação e avaliação de riscos; (iii) controles adotados; (iv) políticas
de informações e comunicações; (v) formas de monitoramento e aperfeiçoamento; e (vi) deficiências
identificadas.
Regulamentação das operações em outras jurisdições
Temos agências e subsidiárias em várias outras jurisdições, tais como: Nova Iorque, Londres, Buenos
Aires, Tóquio, Ilhas Cayman, Hong Kong, México e Luxemburgo. O Banco Central realiza supervisão
consolidada global sobre as agências, subsidiárias e propriedades corporativas de instituições financeiras
brasileiras no exterior, sendo necessária a aprovação prévia do Banco Central para estabelecer qualquer
nova agência, subsidiária ou escritório de representação, ou adquirir ou aumentar qualquer participação em
qualquer empresa no exterior. De qualquer maneira, as atividades das subsidiárias devem ser
complementares ou relacionadas às nossas atividades principais. Além disso, na maioria dos casos, tivemos
de obter a aprovação governamental dos bancos centrais e autoridades monetárias locais em tais jurisdições,
antes de iniciar os negócios. Em todos os casos, estamos sujeitos à supervisão das autoridades locais.
Regulamentação da gestão de ativos
A gestão de ativos é regulamentada pelo CMN e pela CVM.
Em agosto de 2004, a CVM editou a Instrução nº 409/04, entrando em vigor em novembro de 2004,
e alterada algumas vezes desde então, consolidando a legislação de fundos de renda fixa e fundos de renda
variável. Anteriormente, os fundos de renda fixa encontravam-se sob a regulamentação do Banco Central,
enquanto os fundos de ações eram regulados pela CVM.
Em dezembro de 2014, a CVM editou a Instrução nº 555/14, que substituirá a Instrução nº 409/04,
com o objetivo de valorizar os meios eletrônicos de comunicação, racionalizar o volume, teor e forma de
divulgação de informações e à flexibilizar os limites de aplicação em determinados ativos financeiros, em
especial ativos financeiros no exterior. Além desses pontos, a Instrução nº 555/14 trata dos seguintes pontos:
(i) criação do fundo simples, para qual se dispensa a assinatura de termo de adesão e a verificação da
adequação do investimento no fundo ao perfil do cliente para fundos que invistam mais de 95,0% de seu
patrimônio líquido em títulos da dívida pública federal ou títulos de risco equivalente; (ii) proibição do
recebimento de remuneração, que prejudique a independência na gestão do fundo; (iii) maior transparência
com relação à política de distribuição; (iv) aprimoramento da regulamentação da taxa de performance; e (v)
regras mais seguras para investimentos em ativos no exterior. A Instrução nº 555/14 entrou em vigor em 1º
de outubro de 2015.
O fundo de investimento deve manter seu patrimônio aplicado em títulos e valores mobiliários, ativos
e modalidades operacionais disponíveis no mercado financeiro e de capitais, nos termos estabelecidos em
seu regulamento, observados os limites estabelecidos pela CVM.
Os títulos e valores mobiliários, bem como outros ativos financeiros integrantes da carteira do fundo
de investimento, devem estar devidamente registrados em sistema de registro, objeto de custódia ou objeto
de depósito central, em todos os casos, junto às instituições devidamente autorizadas pelo Banco Central ou
pela CVM para desempenhar referidas atividades, nas suas respectivas áreas de competência.
Além das limitações previstas no regulamento de cada fundo, como regra geral, os fundos de
investimento não podem:
77 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
 investir mais de 10,0% do seu patrimônio líquido em títulos de um único emissor se tal emissor
for: (i) uma companhia aberta que não seja instituição financeira; ou (ii) entidade federal, estadual
ou municipal; ou (iii) um outro fundo de investimento, com exceção dos fundos de ações;
 investir mais de 20,0% do seu patrimônio líquido em títulos de emissão de uma mesma
instituição financeira (inclusive do administrador do fundo); e
 investir mais de 5,0% do seu patrimônio líquido, quando o emissor for pessoa física ou pessoa
jurídica de direito privado, que não seja companhia aberta ou instituição financeira autorizada a
funcionar pelo Banco Central.
Não haverá limites quando o emissor for o governo. Para efeitos desses limites, considera-se como
um mesmo emissor seu controlador, as sociedades por ele direta ou indiretamente controladas, suas
coligadas e as sociedades sob controle comum com o emissor.
Na regulamentação anterior (Instrução nº 409/04), os fundos para investidores qualificados, que
exigiam investimento mínimo de R$ 1,0 milhão por investidor, não estavam sujeitos às limitações de
concentração por emissor ou modalidade de ativo, desde que assim previsto em seus regulamentos. Na
regulamentação atual (Instrução nº 555/14), tal prerrogativa passou a ser possível apenas para os fundos
para investidores profissionais.
Além disso, a Instrução nº 409/04 da CVM previa que os fundos poderiam manter em suas carteiras
ativos financeiros negociados no exterior, da seguinte forma: (i) ilimitadamente, para fundos de dívida externa
e fundos para investidores qualificados que previam essa possibilidade; (ii) até 20,0% de seu patrimônio
líquido, para os fundos de multimercado; e (iii) até 10,0% do seu patrimônio líquido, para os demais fundos.
A Instrução nº 555/14 alterou estes limites para: (i) ilimitadamente, para fundos classificados como “Renda
Fixa – Dívida Externa”, fundos exclusivamente destinados a investidores profissionais, que incluam em sua
denominação o sufixo “Investimento no Exterior” e determinados fundos exclusivamente destinados a
investidores qualificados; (ii) até 40,0% de seu patrimônio líquido para os fundos exclusivamente destinados
a investidores qualificados, que não sigam determinados preceitos previstos na instrução em questão; e (iii)
até 20,0% de seu patrimônio líquido para os fundos destinados ao público em geral.
Ainda em dezembro de 2014, a CVM determinou um novo conceito de investidor qualificado e
investidor profissional, estabelecendo que as pessoas jurídicas e naturais serão consideradas investidores
profissionais se possuírem investimentos financeiros superiores a R$ 10,0 milhões, e investidores qualificados
quando possuírem investimentos financeiros superiores a R$ 1,0 milhão. Estas definições entraram em vigor
em 1º de outubro de 2015.
Regulamentação das corretoras e distribuidoras
As corretoras e distribuidoras são parte do SFN e estão sujeitas à regulamentação e supervisão do
CMN, do Banco Central e da CVM. As corretoras e as distribuidoras devem ser autorizadas pelo Banco Central
e são as únicas instituições brasileiras autorizadas a negociar nas bolsas de valores e mercantis e de futuros
do Brasil. Tanto as corretoras quanto as distribuidoras podem agir como subscritoras na colocação pública
de valores mobiliários e engajar-se na corretagem de moeda estrangeira em qualquer mercado de câmbio.
As corretoras deverão observar as regras de conduta estabelecidas pela BM&FBOVESPA,
previamente aprovadas pela CVM, indicando um diretor estatutário responsável pela observância de tais
regras.
Corretoras e distribuidoras não podem:
 com exceções limitadas, executar operações que possam ser qualificadas como a concessão
de empréstimos para seus clientes, inclusive a concessão de direitos;
 cobrar comissões de seus clientes, referentes às operações de valores mobiliários, durante a
fase primária de uma distribuição; ou
 adquirir ativos, inclusive imóveis, que não sejam para uso próprio, com algumas exceções.
Os empregados, administradores, sócios, sociedades controladoras e sociedades controladas
somente podem negociar valores mobiliários por conta própria utilizando a corretora a que estiverem
vinculados.
Regulamentação da corretagem de valores mobiliários via internet
A CVM emitiu regulamentação das atividades de corretagem de valores mobiliários via internet, que
só podem ser realizadas por sociedades com registro. No site das corretoras deverão conter informações
78 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
detalhadas sobre o sistema, tarifas, procedimentos de execução de ordens e segurança, bem como do
funcionamento geral do mercado e os riscos envolvidos neste tipo de investimento.
As corretoras, que realizam operações via internet, serão responsáveis pela garantia de segurança e
pela operacionalidade dos sistemas que utilizarem, os quais deverão ser auditados semestralmente.
Regulamentação de arrendamento mercantil
O embasamento jurídico que rege as operações de arrendamento mercantil é estabelecido pela Lei
nº 6.099/74, e alterações posteriores, (“Lei de Arrendamento Mercantil”), e pelos regulamentos
periodicamente emitidos pelo CMN. A Lei de Arrendamento Mercantil estabelece diretrizes gerais para sua
constituição, e as atividades que podem ser exercidas pelas sociedades de arrendamento mercantil. O CMN,
em sua qualidade de regulador do sistema financeiro, fornece os detalhes das disposições contidas na Lei de
Arrendamento Mercantil, controlando as operações realizadas pelas sociedades de arrendamento mercantil.
As leis e os regulamentos emitidos pelo Banco Central relativamente a instituições financeiras em geral, tais
como exigências de relatórios, adequação e alavancagem de capital, limites na composição de ativos e
tratamento de empréstimos de difícil liquidação são, também, aplicáveis às sociedades de arrendamento
mercantil.
Regulamentação de seguros
A principal norma que rege as atividades de seguros no Brasil é o Decreto-Lei nº 73/66 e alterações
posteriores, o qual criou 2 órgãos normativos: o CNSP e a SUSEP. A SUSEP é responsável pela
implementação e fiscalização das políticas fixadas pelo CNSP e por assegurar o cumprimento das mesmas
pelas seguradoras, corretores de seguros e pessoas seguradas. As seguradoras precisam de aprovação
governamental para operar, bem como de aprovação específica da SUSEP para comercializar cada um de
seus produtos. As seguradoras podem subscrever apólices somente por meio de corretoras qualificadas.
As seguradoras devem constituir provisões técnicas, de acordo com os critérios estabelecidos pelo
CNSP. Os investimentos que garantem a cobertura das provisões técnicas, cuja regulamentação foi
consolidada pela Resolução nº 226/10 da CNSP, conforme as recentes alterações, precisam ser
diversificados e cumprir certos critérios de liquidez, solvência e segurança. As seguradoras devem investir
uma significante parcela dos ativos em valores mobiliários. Consequentemente, as seguradoras são
importantes investidoras nos mercados financeiros brasileiros e estão sujeitas a várias regras e condições
impostas pelo CMN sobre o investimento destinado para cobertura das provisões técnicas.
As seguradoras são proibidas de, entre outras coisas:
 agir como instituições financeiras, concedendo crédito e prestando garantias;
 negociar com valores mobiliários (sujeito a exceções); ou
 investir fora do Brasil, sem permissão específica das autoridades.
As seguradoras precisam operar dentro de limites de retenção aprovados pela SUSEP, de acordo
com as regras estabelecidas pelo CNSP. As regras levam em conta a situação econômica e financeira das
seguradoras e as condições técnicas de suas carteiras. As seguradoras devem, ainda, obedecer a certos
requisitos de capital, conforme previsto na regulamentação da SUSEP.
De acordo com a Lei Complementar nº 126/07, a cedente (seguradora ou resseguradora local) deve
oferecer aos resseguradores locais a preferência na contratação de resseguro ou retrocessão nos seguintes
percentuais dos riscos cedidos: (i) 60,0% nos primeiros 3 anos a partir de 16 de janeiro de 2007; e (ii) 40,0%
nos anos seguintes. De acordo com a Resolução nº 225/10, emitida pela SUSEP, a sociedade seguradora
contratará com resseguradores locais pelo menos 40,0% de cada cessão de resseguro em contratos
automáticos ou facultativos. Os contratos automáticos já firmados serão considerados, para efeito do
percentual disposto acima, na sua renovação ou a partir de 31 de março de 2012, o que ocorrer antes.
A nova lei também estabelece restrições mais severas à cessão de risco para resseguradores
estrangeiros e à contratação de seguros no exterior. As seguradoras precisam ressegurar os valores
excedentes aos seus limites de retenção.
A Resolução CNSP nº 232/11 estabeleceu que a sociedade seguradora ou o ressegurador local não
poderá transferir, para empresas ligadas ou pertencentes ao mesmo conglomerado financeiro sediadas no
exterior, mais de 20,0% do prêmio correspondente a cada cobertura contratada. Referido limite não se aplica
aos ramos garantia, crédito à exportação, rural, crédito interno e riscos nucleares, para os quais ficam
79 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
permitidas cessões em resseguro ou retrocessão para empresas ligadas ou pertencentes ao mesmo
conglomerado financeiro sediadas no exterior, observadas as demais exigências legais e regulamentares.
Em 2013, o CNSP editou a Resolução n° 302/13 que dispõe sobre o capital mínimo requerido e o
plano de regularização de solvência das sociedades seguradoras, capitalização, entidades abertas de
previdência complementar, e dos resseguradores locais. Dentre as principais alterações promovidas pelo
normativo em questão, destacam-se:
 a consolidação dos planos corretivos e de recuperação de solvência em um único plano, como
o Plano de Regularização de Solvência (“PRS”);
 o estabelecimento de um percentual mínimo (20,0%) de liquidez frente ao capital mínimo
requerido (“CMR”), para que as companhias possam prontamente fazer frente às perdas não
esperadas suportadas pelo seu capital;
 a alteração no capital base para as entidades abertas de previdência complementar
organizadas sob a forma de sociedade anônima; e
 a exclusão de todas as referências à margem de solvência, uma vez que já foram
estabelecidas todas as parcelas de risco no requerimento de capital.
A Resolução nº 302/13 do CNSP foi revogada pela Resolução nº 316/14 do CNSP, que manteve boa
parte de sua redação. A principal alteração desta última norma foi a definição dos valores das parcelas do
capital aplicáveis às Entidades Abertas de Previdência Complementar (“EAPC”), que passam a ser aplicáveis
às seguradoras. Em dezembro de 2014, o CNSP emitiu a Resolução nº 317/14, que trata dos critérios para a
apuração do capital de risco baseado no risco de mercado das sociedades seguradoras, entidades abertas
de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradoras locais.
As seguradoras estão isentas dos procedimentos normais de liquidação financeira no caso de falência
e, ao invés disso, seguem o procedimento especial administrado pela SUSEP. As liquidações financeiras
podem ser voluntárias ou compulsórias.
Assim como já acontecia no âmbito das entidades sujeitas ao CMN, a SUSEP editou, em dezembro
de 2008, regras relativas aos controles internos específicos para a prevenção e combate dos crimes de
lavagem de dinheiro. Aqui, também, há uma série de disposições que tratam da comunicação de propostas
de operação com pessoas politicamente expostas e da coibição de atividades de financiamento ao terrorismo.
Estas regras foram alteradas e consolidadas pela Circular nº 445/12.
Não existe atualmente restrição a investimento estrangeiro em seguradoras.
Seguros de saúde
Os seguros de saúde e os planos de saúde privados são regulamentados pela Lei nº 9.656/98, e
alterações posteriores, a qual conhecemos como a “Lei de Seguros de Saúde”, que determina as disposições
gerais aplicáveis às companhias de seguro saúde, os termos e as condições gerais dos contratos celebrados
entre companhias de seguro saúde e seus clientes.
A ANS é responsável pela regulamentação e supervisão de serviços de saúde complementares
prestados pelas companhias de seguros de saúde, segundo as diretrizes determinadas pelo Conselho de
Saúde Suplementar.
Até 2002, a SUSEP tinha autoridade sobre as seguradoras, as quais estavam autorizadas a oferecer
planos privados de assistência à saúde. Desde 2002, já sob a regulamentação e fiscalização da ANS,
somente as seguradoras exclusivas em planos de assistência à saúde privados podem oferecer tais planos.
Para cobrir este requisito legal, constituímos a Bradesco Saúde em 1999.
Previdência complementar
As entidades de previdência complementar abertas estão sujeitas, para fins de inspeção e controle,
à autoridade do CNSP e da SUSEP, que estão sujeitas à autoridade regulatória do Ministério da Fazenda. O
CMN, a CVM e o Banco Central podem emitir regulamentações pertinentes aos fundos de previdência
complementar, em relação aos ativos garantidores das provisões técnicas.
As entidades de previdência complementar precisam constituir reservas e provisões técnicas como
garantias para suas obrigações.
As EAPCs e as sociedades seguradoras podem constituir fundos de investimentos com patrimônio
segregado, desde janeiro de 2006. Algumas determinações da Lei nº 11.196/05, necessitam de
regulamentação da SUSEP e da CVM para se tornar operacional. Em setembro de 2007, a CVM editou a
80 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Instrução nº 459/07, que trata da constituição, administração, funcionamento e divulgação de informações
dos fundos de investimento vinculados exclusivamente a planos de previdência complementar. Em janeiro de
2013, o CMN estabeleceu novas regras para disciplinar a aplicação dos recursos, reservas, provisões e dos
fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência
complementar.
Tributos relevantes às nossas atividades
Imposto sobre operações financeiras (“IOF”) sobre operações de crédito
IOF incidente sobre operações de créditos tem como fato gerador a entrega do montante ou do valor
objeto de sua obrigação ou sua colocação à disposição do interessado.
A alíquota aplicável nas operações de empréstimos e adiantamentos, sob qualquer modalidade,
inclusive na abertura de crédito é de 0,0041% ao dia, para mutuários pessoa jurídica, e, desde 22 de janeiro
de 2015, 0,0082% para mutuários pessoa física.
A alíquota do IOF incidirá sobre o valor do principal colocado à disposição do interessado referente a
empréstimos e adiantamentos, sendo que, no caso de operações em que o valor principal não é determinado
antes da transação, além da incidência sobre o principal, o IOF também incidirá sobre os juros e outros
encargos à mesma alíquota, ou seja, a base de cálculo será o somatório dos saldos devedores diários
apurados no último dia de cada mês.
Desde janeiro de 2008, além do IOF sobre as transações acima informadas, as operações de
empréstimos e adiantamentos passaram, também, a estar sujeitas à incidência do IOF com alíquota adicional
de 0,38%, independentemente do prazo da operação, seja o mutuário pessoa física ou pessoa jurídica. Para
pessoa jurídica, a alíquota do IOF cuja base de cálculo não seja o somatório dos saldos devedores diários,
não excederá 1,8765% e para pessoa física, não excederá a alíquota de 3,373%, que corresponde ao valor
resultante da aplicação da alíquota diária a cada valor de principal, prevista para a operação, multiplicada por
365 dias, acrescida da alíquota adicional de 0,38%, ainda que a operação seja de pagamento parcelado.
O IOF sobre operações de crédito incide nas operações entre pessoas físicas e jurídicas residentes
no Brasil e, também, nas operações em que o credor é residente no Brasil, ainda que o devedor seja localizado
no exterior. Por outro lado, não incide o IOF sobre operações de crédito quando o credor estiver localizado
no exterior e o devedor no Brasil.
IOF sobre operações de seguro
O IOF incidente sobre as operações de seguro tem como fato gerador o recebimento do prêmio. As
alíquotas aplicáveis são as seguintes:
 0,0% em: (i) operações de resseguro; (ii) operações relativas a seguro obrigatório, vinculado
a financiamento de imóvel habitacional, realizado por agente do Sistema Financeiro de
Habitação; (iii) operação de seguros de créditos de exportação e de transporte internacional de
mercadorias; (iv) seguros aeronáuticos e seguros de responsabilidade civil, pagos por
transportador aéreo; (v) casos de prêmios destinados ao financiamento de planos de seguro de
vida com cobertura de sobrevivência; e (vi) seguro garantia;
 0,38% nas operações de seguro de vida e congêneres, de acidentes pessoais e do trabalho,
incluídos os seguros obrigatórios de danos pessoais causados por veículos automotores de vias
terrestres e por embarcações, ou por carga, a pessoas transportadas ou não;
 2,38% nas operações de seguros privados de assistência à saúde; e
 7,38% nas demais operações de seguros.
Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
Os tributos federais que incidem sobre o rendimento das pessoas jurídicas consistem no imposto de
renda (“IRPJ”) e na contribuição social sobre o lucro líquido (“Contribuição Social”). O imposto de renda é
calculado com base nas alíquotas de 15,0%, acrescidas do adicional de 10,0% sobre o lucro tributável
excedente de R$ 240 mil no ano, que correspondem a uma alíquota combinada de 25,0% aplicada sobre o
lucro líquido ajustado. A Contribuição Social devida por instituições financeiras é calculada à alíquota de
20,0% no período compreendido entre 1º de setembro de 2015 e 31 de dezembro de 2018, e 15,0% a partir
de 1º de janeiro de 2019. Para mais informações sobre nossas despesas com imposto de renda, veja Nota
17 de nossas demonstrações contábeis consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
81 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Por força da tributação em bases universais, as pessoas jurídicas baseadas no Brasil são tributadas
com base em seus rendimentos globais e não sobre os rendimentos produzidos exclusivamente no Brasil.
Como resultado, os lucros, ganhos de capital e outros rendimentos obtidos no exterior por sociedades
brasileiras são computados na determinação de seu lucro real anualmente.
Com relação às sociedades coligadas, pela regra geral da Lei nº 12.973/14, sociedades coligadas no
exterior terão seus dividendos (e não o lucro societário) tributados no momento da efetiva distribuição,
havendo, contudo, duas exceções: (i) os casos em que estejam domiciliadas em jurisdição de tributação
favorecida; ou (ii) que adote regime de subtributação, ou em que sejam equiparadas a controlada. Com
relação às regras aplicáveis às sociedades controladas, a nova disciplina introduzida pela Lei nº 12.973/14
prevê que a pessoa jurídica no Brasil que detenha o controle de sociedade controlada no exterior deve: (i)
registrar em subcontas da conta de investimento, de forma proporcional à participação detida, a parcela do
ajuste do valor do investimento equivalente aos lucros societários (aqueles calculados antes do imposto de
renda local), auferidos pelas empresas controladas direta e indiretamente, no Brasil ou no exterior, relativo ao
ano-calendário em que foram apuradas em balanço; e (ii) computar tais valores em sua apuração do lucro
real e da base de cálculo da Contribuição Social.
Em junho de 2010, foi publicada no Brasil lei que cria regras de subcapitalização, limitando a dedução
de juros pagos ou creditados por fonte sediada no Brasil a: (i) destinatário domiciliado no exterior vinculado,
detentor ou não de participação societária na fonte pagadora; e (ii) destinatário residente, domiciliado ou
constituído em país ou dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado.
No caso de o credor ser pessoa vinculada domiciliada no exterior com participação societária na fonte
pagadora sediada no Brasil, o valor da dívida não pode exceder a duas vezes o valor da participação da
pessoa vinculada no patrimônio líquido da pessoa jurídica sediada no Brasil. Em caso de vinculação sem
participação societária, o limite será o equivalente a duas vezes o patrimônio líquido da pessoa jurídica
residente no Brasil. Se houver mais de um credor, o valor do somatório dos endividamentos com pessoas
vinculadas no exterior não poderá ser superior a duas vezes o valor do somatório das participações de todas
as vinculadas no patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil. Na hipótese de o credor ser
domiciliado em país de tributação favorecida, o valor da dívida não pode exceder a 30,0% do valor do
patrimônio líquido da pessoa jurídica sediada no Brasil. Excessos em relação a referidos limites são
indedutíveis para fins de IRPJ e Contribuição Social.
Também, a partir de junho de 2010, a dedutibilidade para fins fiscais de qualquer pagamento a
beneficiário residente ou domiciliado em país considerado como de tributação favorecida passou a estar
condicionada aos seguintes requisitos, em adição a quaisquer outros já previstos na legislação: (i)
identificação do efetivo beneficiário da pessoa domiciliada no exterior; (ii) comprovação da capacidade
operacional da pessoa localizada no exterior de realizar a operação; e (iii) comprovação documental do
pagamento do preço respectivo e do recebimento dos bens, direitos ou utilização de serviço.
Em novembro de 2010, as autoridades fiscais brasileiras editaram ato normativo, que alterou o
tratamento tributário aplicável às variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do
contribuinte, em função da taxa de câmbio. De acordo com esse novo dispositivo, a partir do ano-calendário
de 2011, a eleição do regime fiscal para tributação das variações cambiais somente poderá ser exercida em
janeiro de cada ano-calendário e somente poderá ser alterada no decorrer do exercício fiscal, em caso de
“variação relevante na taxa de câmbio”, comunicada mediante a edição de Portaria do Ministro da Fazenda.
PIS e Cofins
Dois tributos federais são cobrados sobre as receitas brutas das pessoas jurídicas em geral: PIS e
Cofins. Algumas receitas são excluídas da base de cálculo de ambas contribuições, tais como: dividendos,
resultado de participações em empresas não consolidadas, lucro na venda de ativo não circulante
(investimento, imobilizado e intangível) e, via de regra, receitas de exportação recebidas em moeda
estrangeira. Estão sujeitas à incidência do PIS e da Cofins as receitas auferidas por pessoas jurídicas
residentes no Brasil, correspondentes aos recebimentos de juros sobre o capital próprio.
A legislação brasileira autoriza determinados ajustes à base de cálculo, dependendo do segmento do
negócio e de outros aspectos.
Em 2002 (PIS) e 2003 (Cofins), o governo implementou uma sistemática de cobrança não cumulativa
para o PIS e a Cofins, permitindo que os contribuintes descontem da base de cálculo de ambas as
contribuições créditos relativos a certas operações da empresa. Como compensação pela admissão dos
referidos créditos, as alíquotas do PIS e da Cofins foram substancialmente elevadas. Na sequência das
alterações introduzidas na sistemática do PIS e da Cofins, a partir de maio de 2004, foi introduzida a cobrança
82 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
de referidos tributos sobre a importação de bens ou serviços, caso em que o contribuinte é a pessoa jurídica
importadora, domiciliada no Brasil.
Desde agosto de 2004, as alíquotas do PIS e da Cofins incidentes sobre as receitas financeiras eram
de 0,0%, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas
sujeitas ao regime de incidência não-cumulativa destas contribuições. Em abril de 2015, o Decreto n° 8.426/15
institui que à partir de julho de 2015, as alíquotas serão restabelecidas para 0,65% e 4,0%, respectivamente,
inclusive no que se refere às receitas decorrentes das operações de hedge. Entretanto, antes mesmo da
produção de efeitos do Decreto nº 8.426/15, referido normativo foi alterado com a promulgação do Decreto nº
8.451/15, o qual reassegurou a manutenção da alíquota zero das contribuições ao PIS e Cofins,
especificamente no que se refere às receitas financeiras decorrentes: (i) de variações monetárias, em função
da taxa de câmbio, de operações de exportação de bens e serviços, bem como obrigações contraídas pela
pessoa jurídica, inclusive empréstimos e financiamentos; e (ii) das operações de hedge realizadas em bolsa
de valores, de mercadorias e de futuros, ou no mercado de balcão organizado.
Certas atividades econômicas são expressamente excluídas da sistemática de cobrança nãocumulativa do PIS e da Cofins. Este é o caso das instituições financeiras, que permanecem sujeitas ao PIS e
à Cofins pela sistemática “cumulativa”, na qual não se permite o desconto de quaisquer créditos, conforme
disposto pelo artigo 10, inciso I, da Lei nº 10.833/03. A despeito de tal impossibilidade de apropriação de
créditos, a legislação em vigor possibilita a exclusão de certas despesas na apuração por tais entidades das
bases de cálculo do PIS e da Cofins (como é o caso, por exemplo, das despesas incorridas pelos bancos nas
operações de intermediação financeira e das despesas referentes às indenizações correspondentes aos
sinistros ocorridos, no caso das empresas de seguros privados). Em tais hipóteses, os rendimentos auferidos
pelas instituições financeiras estão sujeitos à Contribuição ao PIS e à Cofins às alíquotas de 0,65% e 4,0%,
respectivamente.
Em julho de 2010, as autoridades fiscais brasileiras instituíram a Escrituração Fiscal Digital (“EFD”)
para as contribuições do PIS e da Cofins. A nova regra dispõe que as instituições financeiras e equiparadas
ficarão obrigadas a adotar a EFD-PIS/Cofins em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de janeiro de
2012.
Foreign Account Tax Compliance Act” (Lei de Conformidade Tributária para Contas Estrangeiras)
Tomamos e pretendemos continuar tomando as ações necessárias para cumprir com as exigências
do FATCA, inclusive através do nosso cadastro e de nossas subsidiárias significativas dentro e fora do Brasil,
para os fins do FATCA na Receita Federal Americana (US Internal Revenue Service, IRS). O Brasil e outros
países em que fazemos negócios entraram em acordos governamentais com os EUA no que se refere à
implementação do FATCA e adotaram regras e regulamentos que regem nossos negócios. As ações que
tomamos envolvendo clientes (incluindo novos procedimentos para clientes onboarding, a realização de
diligência em relacionamentos históricos com clientes e reporte de informações às autoridades fiscais) são
destinadas para cumprir com as normas dos países relevantes nos quais fazemos negócios.
INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS SELECIONADAS
As informações estatísticas selecionadas apresentadas nesta seção, em e para os exercícios findos
em 2015, 2014 e 2013 derivam de nossas demonstrações contábeis consolidadas auditadas preparadas de
acordo com o IFRS, incluídos neste relatório anual, exceto para os saldos médios, cujos métodos de cálculo
estão demonstrados abaixo. Os dados para os exercícios findos em 31 de dezembro 2012 e 2011 derivam
das nossas demonstrações contábeis consolidadas auditadas preparadas de acordo com o IFRS, os quais
não estão incluídas neste relatório anual.
Incluímos as informações a seguir para fins de análise, as quais devem ser lidas (para os exercícios
findos em 31 de dezembro de 2015, 2014 e 2013) juntamente com o “Item 5. Análise e Perspectivas
Operacionais e Financeiras” e nossas demonstrações contábeis consolidadas no “Item 18. Demonstrações
Contábeis”.
83 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Saldos médios das contas patrimoniais e informações sobre taxa de juros
As tabelas a seguir apresentam os saldos médios de nossos ativos que rendem juros e nossos passivos que incidem juros, outras contas do ativo e passivo,
os respectivos valores de receita e despesa de juros e similares e os rendimentos reais/taxas médias relativamente a cada período. Calculamos os saldos médios
utilizando os saldos contábeis de final de mês, que incluem os respectivos juros alocados.
Não apresentamos a receita de juros numa base fiscal equivalente, visto que as leis tributárias brasileiras não concedem, atualmente, isenções tributárias
sobre juros auferidos em títulos e valores mobiliários.
Ativos que rendem e que não rendem juros
2015
Exercício findo em 31 de dezembro de
Saldo médio
Ativos que rendem juros
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outros ativos que rendem juros
Total de ativos que rendem juros
*
Ativos que não rendem juros
Caixa e disponibilidades em bancos
Depósitos compulsórios no Banco Central
Ativos financeiros em carteira de ações
Empréstimos e adiantamentos a clientes vencidos (1)
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Investimentos em coligadas e joint ventures
Imobilizado de uso
Ativos intangíveis e ágio
Impostos a compensar e diferidos
Outros ativos que não rendem juros
Total de ativos que não rendem juros
*
Total de ativos
(1)
Vencidos acima de 60 dias.
84 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
Juros e similares
108.737.397
95.434.117
32.732.694
148.107.052
63.314.643
337.673.348
43.933.707
640.098
830.573.056
*
13.982.927
11.629.493
5.253.616
20.270.191
8.349.194
62.916.514
4.587.412
58.905
127.048.252
*
12.896.943
4.881.039
4.664.733
13.960.817
(24.716.311)
4.318.847
4.763.516
7.848.705
46.630.519
52.087.514
127.336.322
*
957.909.378
*
127.048.252
Rend./taxa médio
(a)
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2014
Rend./taxa médio
Saldo médio
Juros e similares
(a)
12,9%
12,2%
16,1%
13,7%
13,2%
18,6%
10,4%
9,2%
15,3%
* *
83.791.866
84.494.315
24.024.810
130.319.525
76.830.557
317.455.318
47.038.434
605.011
764.559.836
*
13,3%
11.795.512
6.203.757
5.403.709
13.733.170
(21.602.532)
3.519.890
4.441.468
7.872.367
35.008.119
41.402.123
107.777.583
*
872.337.419
9.357.339
9.537.105
2.870.674
13.953.796
8.709.828
55.140.405
4.277.351
46.598
103.893.096
*
*
103.893.096
2013
Saldo médio
11,2%
11,3%
11,9%
10,7%
11,3%
17,4%
9,1%
7,7%
13,6%
* *
80.909.973
79.895.464
3.791.552
112.404.700
104.232.013
289.336.399
42.757.972
575.113
713.903.186
*
11,9%
11.969.749
6.719.354
6.849.306
11.273.935
(21.305.397)
2.855.127
4.323.084
8.155.015
32.488.983
42.512.399
105.841.555
*
819.744.741
Juros e similares
7.872.493
7.740.512
603.768
12.770.916
8.899.967
49.645.420
3.110.877
38.671
90.682.624
*
*
90.682.624
Rend./taxa médio
(a)
9,7%
9,7%
15,9%
11,4%
8,5%
17,2%
7,3%
6,7%
12,7%
*
*
11,1%
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Passivos que incidem e que não incidem juros
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2015
Exercício findo em 31 de dezembro de
Saldo médio
Passivos que incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total de passivos que incidem juros
*
Passivos que não incidem juros
Depósitos à vista
Outros passivos que não incidem juros
Total de passivos que não incidem juros
*
Total do passivo
*
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores
Participação de acionistas não controladores
Total do passivo e patrimônio líquido
Juros e similares
621.904
91.075.494
83.978.162
211.686.661
64.029.996
97.739.942
38.601.843
156.922.463
744.656.465
*
2014
74.814
6.450.258
5.942.386
23.509.785
3.092.184
11.570.606
4.669.830
16.102.347
71.412.210
*
26.969.963
99.995.194
126.965.157
*
871.621.622
*
85.887.584
400.172
957.909.378
*
71.412.210
*
71.412.210
Rend./taxa médio
(a)
12,0%
7,1%
7,1%
11,1%
4,8%
11,8%
12,1%
10,3%
9,6%
* *
*
8,2%
*
7,5%
Saldo médio
2013
Juros e similares
695.132
84.921.694
91.990.788
192.967.597
56.123.972
69.849.843
35.826.626
136.308.516
668.684.168
86.232
5.440.263
6.441.317
19.161.452
1.821.103
6.689.844
3.787.060
10.420.058
53.847.329
*
35.138.920
91.429.077
126.567.997
*
795.252.165
*
76.574.415
510.839
872.337.419
*
53.847.329
*
53.847.329
Rend./taxa médio
(a)
12,4%
6,4%
7,0%
9,9%
3,2%
9,6%
10,6%
7,6%
8,1%
* *
*
6,8%
*
6,2%
Saldo médio
Juros e similares
671.404
73.307.137
99.565.994
182.981.063
49.273.352
52.476.783
35.560.706
125.179.124
619.015.563
63.268
4.112.323
5.828.956
16.671.777
1.937.991
3.646.584
3.132.915
5.988.328
41.382.142
*
36.876.193
95.039.096
131.915.289
*
750.930.852
*
68.216.774
597.115
819.744.741
*
41.382.142
*
41.382.142
Rend./taxa médio
(a)
9,4%
5,6%
5,9%
9,1%
3,9%
6,9%
8,8%
4,8%
6,7%
*
*
5,5%
*
5,0%
85 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Variações nas receitas e despesas de juros e similares - análise de volume e taxas
A tabela a seguir demonstra os efeitos das variações nas nossas receitas e despesas de juros e
similares decorrentes das variações em volumes e rendimentos médios/taxas médias relativamente aos
períodos apresentados. Calculamos as variações em volumes e taxas de juros com base na análise de saldos
médios durante o período e variações nas taxas médias de juros sobre ativos que rendem juros e passivos
que incidem juros. Alocamos a variação líquida dos efeitos combinados de volumes e taxas proporcionalmente
aos volumes e a taxas médias, em termos absolutos, sem levar em consideração efeitos positivos e negativos:
Em milhares de reais
2015/2014
Exercício findo em 31 de dezembro de
Volume
médio
Ativos que rendem juros
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outros ativos que rendem juros
Total de ativos que rendem juros
*
Passivos que incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos à prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total de passivos que incidem juros
2014/2013
Aumento/(redução) devido às alterações em
Rend./taxa
Variação
Volume
Rend./taxa
médio(a)
líquida
médio
médio(a)
Variação
líquida
3.065.477
1.295.680
1.223.916
2.078.973
(1.661.949)
3.630.993
(295.217)
2.823
9.340.696
*
1.560.111
796.708
1.159.026
4.237.422
1.301.315
4.145.116
605.278
9.484
13.814.460
*
4.625.588
2.092.388
2.382.942
6.316.395
(360.634)
7.776.109
310.061
12.307
23.155.156
*
288.454
464.565
2.453.574
1.949.309
(2.680.978)
4.877.444
333.685
2.087
7.688.140
*
1.196.391
1.332.028
(186.668)
(766.429)
2.490.839
617.541
832.789
5.840
5.522.331
*
1.484.845
1.796.593
2.266.906
1.182.880
(190.139)
5.494.985
1.166.474
7.927
13.210.471
*
(8.871)
411.163
(566.341)
1.957.905
284.580
3.067.421
308.147
1.741.117
7.195.121
(2.547)
598.832
67.410
2.390.428
986.501
1.813.341
574.623
3.941.172
10.369.760
(11.418)
1.009.995
(498.931)
4.348.333
1.271.081
4.880.762
882.770
5.682.289
17.564.881
2.307
700.331
(467.788)
940.788
248.568
1.420.379
23.597
573.617
3.441.799
20.657
627.609
1.080.149
1.548.887
(365.456)
1.622.881
630.548
3.858.113
9.023.388
22.964
1.327.940
612.361
2.489.675
(116.888)
3.043.260
654.145
4.431.730
12.465.187
Margem líquida de juros e margem de lucro
A tabela a seguir apresenta o saldo médio de nossos ativos que rendem juros, dos passivos que
incidem juros e da receita de juros e similares líquida, comparando a margem de juros líquida e o diferencial
de juros líquido relativamente aos períodos indicados:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Saldo médio de ativos que rendem juros
Saldo médio dos passivos que incidem juros
Resultado líquido de juros (1)
*
Taxa de juros sobre o saldo médio de ativos que rendem juros
Taxa de juros sobre o saldo médio dos passivos que incidem juros
Rendimentos líquidos sobre ativos que rendem juros (2)
*
Margem de juros líquida (3)
2015
830.573.056
744.656.465
55.636.042
*
15,3%
9,6%
5,7%
*
6,7%
2014
764.559.836
668.684.168
50.045.767
*
13,6%
8,1%
5,5%
*
6,5%
2013
713.903.186
619.015.563
49.300.483
*
12,7%
6,7%
6,0%
*
6,9%
(1)
Total da receita de juros menos o total da despesa de juros;
(2)
Diferença entre as taxas de juros sobre o saldo médio de ativos que rendem juros e a taxa de juros sobre o saldo médio dos passivos que incidem juros; e
(3)
Resultado líquido de juros, dividido pela média dos ativos que rendem juros.
86 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Retorno sobre o patrimônio e ativos
A tabela a seguir apresenta índices financeiros selecionados para o período indicado:
Em milhares de reais, exceto percentuais e informações
por ação
Exercício findo em 31 de dezembro de
2015
Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores
Ativos totais médios
Patrimônio líquido médio dos acionistas controladores
Lucro líquido dos acionistas controladores como porcentagem dos ativos
totais médios
Lucro líquido dos acionistas controladores como porcentagem do
patrimônio líquido médio atribuído aos acionistas controladores
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores como
porcentagem dos ativos totais médios
Percentual de pagamento de dividendos em relação ao lucro
(1)
(1)
2014
18.132.906
957.909.378
85.887.584
2013
15.314.943
872.337.419
76.574.415
12.395.920
819.744.741
68.216.774
1,9%
1,8%
1,5%
21,1%
20,0%
18,2%
9,0%
8,8%
8,3%
32,2%
31,5%
31,5%
Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio (líquido dos efeitos fiscais) divididos pelo lucro líquido com a base de cálculo ajustada, de acordo com BR GAAP.
Ativos financeiros para negociação, disponíveis para venda, investimentos mantidos até o vencimento
e ativos cedidos em garantia
A tabela a seguir apresenta, nas datas indicadas, a abertura nossos ativos financeiros para
negociação, disponíveis para venda avaliados pelo valor justo e nossos investimentos mantidos até o
vencimento pelo custo amortizado. Para mais informações sobre o tratamento de nossos ativos financeiros
para negociação, disponíveis para a venda e investimentos mantidos até o vencimento, veja Notas 2(e), 20,
21 e 22 de nossas demonstrações contábeis consolidadas incluídas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de
Ativos financeiros para negociação
Títulos públicos brasileiros
Títulos e ações emitidos por empresas não financeiras
Títulos emitidos por instituições financeiras
Aplicações em quotas de fundos
Instrumentos financeiros derivativos
Títulos de governos estrangeiros
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Total dos ativos financeiros para negociação
Porcentagem dos ativos financeiros para negociação sobre o total de ativos
*
Ativos financeiros disponíveis para venda
Títulos públicos brasileiros
Títulos emitidos por empresas não financeiras
Ações de companhias abertas
Títulos emitidos por instituições financeiras
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Títulos públicos de governos estrangeiros
Total dos ativos financeiros disponíveis para venda
Porcentagem dos ativos financeiros disponíveis para venda sobre o total de ativos
*
Investimentos mantidos até o vencimento
Títulos públicos brasileiros
Títulos emitidos por empresas não financeiras
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Total dos investimentos mantidos até o vencimento
Porcentagem dos investimentos mantidos até o vencimento sobre o total de ativos
2015
2014
2013
93.833.116
7.674.357
15.322.751
21.711.385
18.870.917
784.507
1.426.416
159.623.449
15,5%
*
35.014.906
10.332.717
15.905.309
12.336.964
4.421.457
68.397
418.561
78.498.311
8,4%
*
46.847.468
17.886.442
20.187.824
8.426.678
2.509.028
235.083
96.092.523
11,5%
*
66.215.852
35.761.813
9.323.746
4.643.044
4.791
1.746.204
117.695.450
11,5%
*
70.149.037
41.366.773
5.829.244
3.354.779
261.901
120.961.734
13,0%
*
28.985.685
31.058.356
5.880.497
1.849.287
64.586
67.838.411
8,1%
*
27.405.022
12.557.446
41.092
40.003.560
3,9%
25.032.157
38.874
25.071.031
2,7%
23.029.469
39.557
23.069.026
2,8%
87 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
A tabela a seguir apresenta nossos ativos cedidos em garantias nas datas indicadas. Para
informações adicionais sobre nossos ativos cedidos em garantia, veja Nota 23 de nossas demonstrações
contábeis consolidadas incluídas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de
Ativos financeiros para negociação
Títulos públicos brasileiros
Total dos ativos financeiros para negociação
Porcentagem dos ativos financeiros para negociação sobre o total de ativos
*
Ativos financeiros disponíveis para venda
Títulos públicos brasileiros
Títulos emitidos por empresas não financeiras
Títulos emitidos por empresas financeiras
Total dos ativos financeiros disponíveis para venda
Porcentagem dos ativos financeiros disponíveis para venda sobre o total de ativos
*
Investimentos mantidos até o vencimento
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Total dos investimentos mantidos até o vencimento
Porcentagem dos investimentos mantidos até o vencimento sobre o total de ativos
*
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Aplicações interfinanceiras de liquidez
Total de empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Porcentagem dos empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras sobre o
total de ativos
*
Total dos ativos cedidos em garantia
Porcentagem dos ativos cedidos em garantia sobre o total de ativos
88 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
2015
2014
2013
291.498
291.498
0,0%
*
1.257.413
1.257.413
0,1%
*
2.924.653
2.924.653
0,3%
*
28.866.615
2.488.929
1.817.967
33.173.511
3,2%
*
7.095.516
3.661.955
3.858.993
14.616.464
1,6%
*
44.667.819
1.939.437
453.231
47.060.487
5,6%
*
-
*
111.024.912
111.024.912
*
136.738.812
136.738.812
4.360
4.360
*
67.750.725
67.750.725
10,8%
14,7%
8,1%
*
144.489.921
14,1%
*
152.612.689
16,4%
*
117.740.225
14,0%
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Distribuição por prazo de vencimento
A tabela a seguir apresenta os vencimentos e as taxas médias ponderadas de rendimentos (“Rendimento Médio”), em 31 de dezembro de 2015, de nossos
ativos financeiros para negociação, disponíveis para venda e investimentos mantidos até o vencimento:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Vencimento de
até 1 ano
Em 31 de dezembro de 2015
Saldo
Ativos financeiros para negociação
Títulos públicos brasileiros
Títulos e ações emitidos por empresas não financeiras
Títulos emitidos por instituições financeiras
Aplicações em quotas de fundos (2)
Instrumentos financeiros derivativos
Títulos emitidos por governos estrangeiros
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Total dos ativos financeiros para negociação
*
Ativos financeiros disponíveis para venda
Títulos públicos brasileiros
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Títulos emitidos por empresas não financeiras
Títulos emitidos por instituições financeiras
Carteira de ações (companhias abertas) (2)
Títulos emitidos por governos estrangeiros
Total dos ativos financeiros disponíveis para venda
*
(1)
Vencimento de
1 a 5 anos
Rendimento
médio
Saldo
Vencimento de
5 a 10 anos
Rendimento
médio
Saldo
Vencimento após 10 anos
Rendimento
médio
Saldo
Vencimento indeterminado
Rendimento
médio
Total
Rendimento
médio
Saldo
Rendimento
médio
Saldo
90.131.579
4.798.808
13.471.328
14,5%
12,0%
12,6%
296.972
1.900.107
1.851.423
14,2%
11,7%
12,4%
2.808.014
240.653
-
12,5%
11,1%
-
596.551
98.454
-
10,8%
10,4%
-
636.335
-
-
93.833.116
7.674.357
15.322.751
14,4%
11,9%
12,5%
3.578.666
784.507
1.426.030
114.190.918
*
9,9%
8,8%
*
13.190.614
17.239.116
*
-
*
28.428
386
723.819
*
7,1%
*
21.711.385
22.347.720
*
-
*
2.073.209
5.121.876
*
21.711.385
18.870.917
784.507
1.426.416
159.623.449
*
9,9%
8,8%
*
36.027.429
4.979.924
2.427.400
12,5%
8,0%
5,6%
18.993.675
4.791
16.031.208
2.089.727
13,5%
8,0%
11,0%
5,8%
3.412.033
14.102.823
84.630
11,0%
10,6%
8,8%
7.782.715
647.858
41.287
10,5%
10,1%
8,5%
-
66.215.852
4.791
35.761.813
4.643.044
12,4%
8,0%
10,4%
5,8%
1.746.204
45.180.957
*
13,9%
*
37.119.401
*
-
-
-
*
8.471.860
*
-
*
17.599.486
*
9.323.746
1.746.204
117.695.450
*
13,9%
*
1.614
1.390
3.004
*
159.374.879
8,0%
7,9%
*
-
4.147.712
39.478
505.395
4.692.585
*
59.051.102
16,8%
8,0%
10,2%
*
-
7.363.027
2.980.587
10.343.614
*
33.064.976
17,3%
9,6%
*
-
15.894.283
9.070.074
24.964.357
*
34.160.036
17,6%
9,5%
*
-
27.405.022
41.092
12.557.446
40.003.560
*
317.322.459
17,4%
8,0%
9,5%
*
-
*
9.323.746
9.323.746
*
*
*
Investimentos mantidos até o vencimento
Títulos públicos brasileiros
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Títulos emitidos por instituições não financeiras
Total dos investimentos mantidos até o vencimento
*
Total Geral
(1)
Na coluna de vencimento indeterminado, corresponde à ações de companhias abertas; e
(2)
Aplicações nesses ativos não têm prazo determinado para resgates e são resgatáveis de acordo com a necessidade de liquidez. O rendimento médio não é determinado, pois os rendimentos futuros não são quantificáveis.
*
31.671.466
*
-
89 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
A tabela a seguir apresenta os vencimentos e os rendimentos médios, em 31 de dezembro de 2015, de nossos ativos cedidos em garantia:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Vencimento de
até 1 ano
Em 31 de dezembro de 2015
Saldo
Ativos financeiros para negociação
Títulos públicos brasileiros
Total dos ativos financeiros para negociação
*
Ativos financeiros disponíveis para venda
Títulos públicos brasileiros
Títulos emitidos por empresas não financeiras
Títulos emitidos por empresas financeiras
Total dos ativos financeiros disponíveis para venda
*
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Aplicações interfinanceiras de liquidez
Total de empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
*
Total Geral
90 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
Vencimento de
1 a 5 anos
Rendimento
médio
44.828
44.828
*
15,2%
*
11.864.672
11.864.672
15,4%
* *
*
111.024.912
111.024.912
*
122.934.412
14,2%
*
-
Vencimento de
5 a 10 anos
Rendimento
médio
Saldo
161.105
161.105
*
5.907.294
379.731
1.500.739
7.787.764
*
7.948.869
15,0%
10,5%
5,4%
* *
-
83.912
83.912
*
11.089.434
2.109.198
317.228
13.515.860
*
-
Rendimento
médio
Saldo
15,0%
*
Vencimento após 10 anos
*
13.599.772
Rendimento
médio
Saldo
14,7%
*
1.653
1.653
*
13,3%
*
14,0%
8,9%
4,5%
* *
5.215
5.215
13,3%
* *
*
*
-
*
6.868
-
Total
Saldo
Rendimento
médio
291.498
291.498
*
14,9%
*
28.866.615
2.488.929
1.817.967
33.173.511
14,8%
9,1%
5,3%
*
111.024.912
111.024.912
*
144.489.921
14,2%
*
-
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
A tabela a seguir apresenta nossos ativos financeiros para negociação, ativos financeiros disponíveis
para venda e investimentos mantidos até o vencimento por moeda nas datas indicadas:
Em milhares de reais
Valor de mercado
Ativos financeiros
Ativos financeiros
disponíveis para
para negociação
venda
31 de dezembro de 2015
Denominados em reais
Denominados em moeda estrangeira (1)
*
31 de dezembro de 2014
Denominados em reais
Denominados em moeda estrangeira (1)
*
31 de dezembro de 2013
Denominados em reais
155.144.937
110.208.119
39.962.468
4.478.512
*
7.487.331
41.092
*
*
117.176.241
25.032.157
2.038.386
*
3.785.493
38.874
*
Total
305.315.524
12.006.935
*
76.459.925
*
218.668.323
5.862.753
*
95.269.738
60.435.790
23.023.353
178.728.881
822.785
7.402.621
45.673
8.271.079
Denominados em moeda estrangeira (1)
(1)
Custo amortizado
Investimentos
mantidos até o
vencimento
Predominantemente em dólar norte-americano.
A tabela a seguir apresenta nossos ativos cedidos em garantia por moeda nas datas indicadas:
Em milhares de reais
Valor de mercado
Ativos financeiros para
negociação
Ativos financeiros
disponíveis para venda
291.498
*
28.866.614
4.306.897
31 de dezembro de 2015
Denominados em reais
Denominados em moeda estrangeira (1)
*
31 de dezembro de 2014
Denominados em reais
Denominados em moeda estrangeira (1)
*
31 de dezembro de 2013
Denominados em reais
Denominados em moeda estrangeira (1)
(1)
Custo amortizado
1.257.413
*
*
Empréstimos e
Investimentos mantidos
adiantamento a
até o vencimento
instituições financeiras
111.024.912
*
*
*
44.667.818
2.392.669
140.183.024
4.306.897
*
136.738.812
*
2.924.653
-
*
7.095.516
7.520.948
Total
145.091.741
7.520.948
*
67.750.725
-
4.360
115.343.196
2.397.029
Predominantemente em dólar norte-americano.
Empréstimos e adiantamentos a clientes
As tabelas a seguir resumem nossos empréstimos e adiantamentos a clientes por modalidade em
aberto. Substancialmente, todas as nossas operações de empréstimos e adiantamentos a clientes referemse a tomadores domiciliados no Brasil e são expressas em reais. A maior parte de nossos empréstimos e
adiantamentos denominados em reais está indexado a taxas de juros fixas ou variáveis, e em menor
proporção, denominado em ou indexado ao dólar norte-americano, acrescido de taxa de juros:
Em 31 de dezembro de
Tipos de empréstimos e adiantamentos a clientes
Capital de Giro
Crédito Pessoal (1)
Repasses BNDES/Finame
Veículos - CDC
Financiamento Imobiliário
Financiamento à Exportação
Cartão de Crédito
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Leasing
Prêmios de Seguros a Receber
Cheque Especial
Outros
Total da carteira
*
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
*
Total de empréstimos e adiantamentos a clientes, líquido
(1)
2015
2014
65.501.431
62.155.974
49.681.429
38.158.108
26.484.476
48.114.515
38.180.619
30.943.428
13.710.274
9.831.248
11.026.017
3.072.777
4.757.182
3.904.890
26.957.274
370.323.668
45.807.489
42.168.754
30.354.903
40.103.169
26.141.531
28.072.447
17.057.992
10.500.353
9.195.381
4.319.148
4.257.787
3.665.539
25.396.213
349.196.681
*
Em milhares de reais
2013
*
(25.455.204)
*
2011
59.180.627
53.298.176
49.461.882
41.922.683
40.543.267
32.209.642
27.870.462
25.662.214
25.473.079
13.651.917
10.422.370
8.598.811
5.713.481
3.717.227
3.312.666
25.701.122
323.979.568
32.240.786
35.703.861
33.820.338
22.302.967
22.665.551
22.367.978
11.580.061
9.800.968
6.580.312
8.035.454
2.893.506
2.988.632
24.657.024
288.935.614
24.374.640
35.398.656
30.651.218
15.930.568
20.504.778
19.776.579
11.036.251
9.671.487
5.072.822
11.550.838
2.472.923
2.745.695
24.154.584
262.802.921
*
(21.132.677)
*
344.868.464
2012
*
(19.858.234)
*
328.064.004
*
(19.914.294)
*
304.121.334
(17.551.042)
*
269.021.320
245.251.879
Inclui crédito consignado.
91 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Os principais tipos de empréstimos e adiantamentos, anteriormente apresentados, são os seguintes:
 Capital de giro - linha de crédito para atendimento das necessidades de caixa da empresa,
destinada a financiar o ciclo operacional e honrar compromissos como compra de matériasprimas, mercadorias, etc.;
 Crédito pessoal - destinados às pessoas físicas, com o objetivo de financiar necessidades
pessoais ou a compra de bens de consumo;
 Repasse BNDES/Finame - programas de financiamento do BNDES destinados para o
financiamento da implantação, expansão e modernização de atividades produtivas e de
infraestrutura. Já as operações de Finame consistem de financiamentos de máquinas e
equipamentos produzidos no país;
 Veículos - CDC - trata-se de uma linha de crédito que está diretamente ligada ao
financiamento para compra de veículos novos e usados;
 Financiamento imobiliário - financiamento para aquisição de imóveis que, em geral, tem
vencimentos de longo prazo e empréstimos para construção de imóveis, que consistem em
empréstimos hipotecários destinados às empresas de construção;
 Financiamento à exportação - adiantamentos sobre contratos de câmbio a clientes
exportadores de mercadorias ou serviços, pessoas físicas e jurídicas, por meio de contratação
de câmbio que são normalmente empréstimos de curto e médio prazo, repasses de recursos do
BNDES-EXIM, notas e cédulas de crédito de exportação, pré-pagamento de exportação e
operações estruturadas no exterior;
 Cartão de crédito - linha de crédito baseada em limites previamente aprovados para
aquisição de bens ou serviços;
 Crédito rural - linha de crédito, cuja finalidade é disponibilizar ao produtor rural e suas
cooperativas, recursos para custeio, investimento e comercialização de produtos agropecuários;
 Conta garantida - trata-se de uma linha de crédito rotativo, disponível em conta corrente,
para suprir necessidades emergenciais da empresa;
 Importação – trata-se de uma linha de financiamento em moeda estrangeira, para o
pagamento de compras efetuadas no exterior; e
 Arrendamento mercantil (leasing) - contratos de leasing consistem, basicamente, de
arrendamentos de equipamentos produtivos e automóveis, tanto para pessoas jurídicas quanto
para pessoas físicas.
Perdas por redução ao valor recuperável
As perdas por redução ao valor recuperável representam a estimativa da Administração quanto às
perdas incorridas na carteira de empréstimos e adiantamentos. A avaliação dessa estimativa se baseia nas
revisões regulares de créditos individuais e nas análises de créditos com características homogêneas. Para
mais informações sobre a metodologia de cálculo de perdas por redução ao valor recuperável, veja “Item 5.A.
Resultados Operacionais – Políticas Contábeis Críticas - Perdas por redução ao valor recuperável”.
Baixas de empréstimos e adiantamentos a clientes
Os empréstimos e adiantamentos são baixados contra a perdas por redução ao valor recuperável
quando um empréstimo é considerado incobrável ou considerado como de perda (impairment) permanente.
Os empréstimos e adiantamentos são baixados quando estão entre 180 e 360 dias vencidos. Entretanto, os
empréstimos e adiantamentos de prazo mais longo, que tem prazo original acima de 36 meses, são baixados
quando estiverem vencidos entre 360 e 540 dias.
Em geral, nós mantemos os empréstimos vencidos como empréstimos de curso anormal antes de
baixá-los. A redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos relativos a quaisquer empréstimos
permanecem em nossos registros até que o empréstimo seja baixado.
Para mais informações sobre nossa categorização de empréstimos, veja “Regulamentação e
Supervisão - Regulamentação bancária - Tratamento de empréstimos e adiantamentos”.
Indexação
A maior parte da nossa carteira de empréstimos e adiantamentos é expressa em reais. Contudo, uma
parte de nossa carteira de empréstimos e adiantamentos é indexada ou denominada em moedas
92 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
estrangeiras, predominantemente o dólar norte-americano. Nossas operações de empréstimos e
adiantamentos, indexadas e denominadas em moeda estrangeira, consistem, basicamente, do repasse de
recursos em eurobonds e do financiamento às exportações e importações, e representaram 13,6% em 2015,
10,6% em 2014 e 10,2% em 2013, da nossa carteira de empréstimos e adiantamentos. Em muitos casos, os
clientes contratam operações com instrumentos financeiros derivativos para minimizar o risco da variação
cambial.
93 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Vencimentos e taxas de juros de empréstimos e adiantamentos a clientes
As tabelas a seguir apresentam a distribuição de vencimentos de nossos empréstimos e adiantamentos a clientes por tipo, bem como a composição dos
empréstimos e adiantamentos por taxa de juros e vencimento no período indicado:
Em milhares de reais
Em 31 de dezembro de 2015
Venc. de 30 dias ou
menos
Tipos de empréstimos e adiantamentos a clientes
Capital de Giro
Crédito Pessoal
Repasses BNDES/Finame
Veículos - CDC
Financiamento Imobiliário
Financiamento à Exportação
Cartão de Crédito
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Leasing
Prêmios de Seguros a Receber
Cheque Especial
Outros
Total de empréstimos e adiantamentos a clientes
(1)
Venc. de 31 a 90
dias
6.935.651
3.353.732
5.252.425
1.555.316
463.319
1.846.079
410.844
2.612.673
1.325.783
175.938
4.632.289
1.188.496
6.970.642
36.723.187
Venc. de 91 a 180
dias
3.891.709
2.827.704
5.270.302
1.469.244
232.129
2.519.338
624.249
2.782.097
1.168.322
159.821
756.905
3.085.568
24.787.388
2.836.317
2.283.364
5.038.273
1.361.801
227.848
1.843.353
538.770
2.210.882
1.117.366
190.196
508.523
1.800.713
19.957.406
Venc. de 181 a 360
dias
9.452.904
5.821.298
6.627.832
3.601.343
829.652
5.166.231
1.787.100
1.680.310
4.514.063
407.602
172.096
2.665.394
42.725.825
Venc. de 1 a 3 anos Venc. após 3 anos
13.481.551
8.730.164
2.247.463
5.828.647
2.036.677
4.298.635
6.306.605
129.749
1.814.467
644.567
285.105
2.099.666
47.903.296
Sem vencimento
declarado (1)
26.120.178
24.308.346
13.689.807
11.047.011
43.777.689
22.252.716
3.685.948
89.728
997.654
1.399.038
124.893
7.210
5.261.507
152.761.725
Empréstimos e
adiantamentos a
clientes totais
brutos
2.783.121
2.356.821
32.006
1.621.114
547.201
254.267
30.943.428
356.758
325.809
88.362
95.615
986.555
5.073.784
45.464.841
65.501.431
49.681.429
38.158.108
26.484.476
48.114.515
38.180.619
30.943.428
13.710.274
9.831.248
11.026.017
3.072.777
4.757.182
3.904.890
26.957.274
370.323.668
Perda por redução
ao valor
recuperável de
empréstimos e
adiantamentos
(5.922.477)
(2.941.571)
(555.715)
(1.839.711)
(864.111)
(642.533)
(4.005.048)
(544.530)
(297.873)
(164.967)
(152.028)
(277.173)
(578.631)
(6.668.836)
(25.455.204)
Total
59.578.954
46.739.858
37.602.393
24.644.765
47.250.404
37.538.085
26.938.380
13.165.744
9.533.375
10.861.050
2.920.748
4.480.009
3.326.259
20.288.440
344.868.464
Consistem, basicamente, em empréstimos e adiantamentos vencidos acima de 60 dias, com exceção das operações com cartões de crédito.
Em milhares de reais
Em 31 de dezembro de 2015
Tipos de empréstimos e adiantamentos a
clientes por vencimento
Taxas pré-fixadas
Taxas pós-fixadas
Total
94 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
Venc. de 30 dias
ou menos
33.733.445
2.989.742
36.723.187
Venc. de 31 a 90 Venc. de 91 a 180
dias
dias
20.546.786
4.240.602
24.787.388
16.326.357
3.631.049
19.957.406
Venc. de 181 a
360 dias
34.357.696
8.368.129
42.725.825
Venc. de 1 a 3
anos
38.308.206
9.595.090
47.903.296
Venc. após 3
anos
75.156.884
77.604.841
152.761.725
Sem vencimento
declarado
Empréstimos e
adiantamentos a
clientes totais
brutos
44.885.201
579.640
45.464.841
263.314.575
107.009.093
370.323.668
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Empréstimos estrangeiros em aberto
A maioria dos nossos empréstimos comerciais a receber de clientes de países estrangeiros
determinados em moedas estrangeiras é feita em dólares norte-americanos por subsidiárias de empresas
brasileiras, através de nossa agência nas ilhas Cayman. Esses empréstimos representam na média 4,3% do
valor total dos nossos ativos nos últimos 3 anos. Acreditamos que não existem riscos em países estrangeiros
nessas transações, já que uma parte significativa do risco de crédito relacionado é garantido pela controladora
no Brasil. O restante de nossas transações em aberto em países estrangeiros inclui, principalmente,
investimentos em títulos, que representam, em média, 2,3% de nossos ativos totais nos últimos 3 anos.
Empréstimos e adiantamentos a clientes por atividade econômica
A tabela a seguir apresenta nossos empréstimos e adiantamentos a clientes por atividade econômica
dos clientes nas datas indicadas:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2015
Em 31 de dezembro de
Setor público
Federal
Petroquímica
Estadual
Produção e distribuição de energia elétrica
*
Setor privado
Indústria
Alimentícia e bebidas
Siderúrgica, metalúrgica e mecânica
Química
Papel e celulose
Têxtil e confecções
Refino de petróleo e produção de álcool
Artigos de borracha e plásticos
Extração de minerais metálicos e não metálicos
Veículos leves e pesados
Móveis e produtos de madeira
Eletroeletrônica
Materiais não metálicos
Autopeças e acessórios
Artefatos de couro
Edição, impressão e reprodução
Demais indústrias
Comércio
Produtos em lojas especializadas
Produtos alimentícios, bebidas e fumo
Varejista não especializado
Veículos automotores
Reparação, peças e acessórios para veículos automotores
Vestuário e calçados
Artigos de uso pessoal e doméstico
Resíduos e sucatas
Combustíveis
Intermediário do comércio
Atacadista de mercadorias em geral
Produtos agropecuários
Demais comércios
Serviços
Transportes e armazenagens
Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas
Construção civil
Produção e distribuição de eletricidade, gás e água
Holdings, atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial
Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social
Alojamento e alimentação
Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas
Telecomunicações
Demais serviços
Pessoa física
Agronegócios
*
Total
*
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Carteira de
empréstimos e
adiantamentos
10.250.375
10.241.594
10.241.594
8.781
8.781
*
360.073.293
65.158.837
13.663.410
11.036.375
5.624.425
4.532.249
2.905.258
1.492.215
2.820.736
2.390.913
8.690.405
2.118.945
1.313.480
1.948.504
2.135.485
903.781
552.354
3.030.302
41.267.638
7.562.545
4.874.823
6.306.350
2.830.651
2.832.476
3.006.953
1.877.115
3.387.879
1.846.528
1.173.241
1.029.359
2.072.597
2.467.121
102.629.056
17.471.591
14.618.213
23.340.313
4.722.345
7.166.007
5.083.060
2.867.336
5.675.333
440.342
21.244.516
147.859.789
3.157.973
*
370.323.668
*
(25.455.204)
% da carteira de
empréstimos e
adiantamentos
2,8%
2,8%
2,8%
0,0%
0,0%
*
97,2%
17,6%
3,7%
3,0%
1,5%
1,2%
0,8%
0,4%
0,8%
0,6%
2,3%
0,6%
0,4%
0,5%
0,6%
0,2%
0,1%
0,8%
11,1%
2,0%
1,3%
1,7%
0,8%
0,8%
0,8%
0,5%
0,9%
0,5%
0,3%
0,3%
0,6%
0,7%
27,7%
4,7%
3,9%
6,3%
1,3%
1,9%
1,4%
0,8%
1,5%
0,1%
5,7%
39,9%
0,9%
*
100,0%
*
2014
Carteira de
empréstimos e
adiantamentos
6.849.002
6.828.851
6.828.851
20.151
20.151
*
342.347.679
56.651.087
13.640.472
10.092.318
4.522.057
3.886.236
3.138.214
1.816.990
2.810.322
1.166.969
5.353.212
2.205.048
1.237.075
2.081.481
1.998.093
791.083
578.718
1.332.799
43.024.256
8.317.266
5.553.398
5.332.616
3.604.046
3.066.004
3.079.345
2.211.096
3.680.167
1.970.667
967.833
942.695
2.292.274
2.006.849
97.987.989
18.319.498
13.802.102
24.557.530
4.616.014
6.758.970
4.778.628
2.919.739
4.826.010
774.953
16.634.545
141.219.983
3.464.364
*
349.196.681
*
(21.132.677)
% da carteira de
empréstimos e
adiantamentos
2,0%
2,0%
2,0%
0,0%
0,0%
*
98,0%
16,2%
3,9%
2,9%
1,3%
1,1%
0,9%
0,5%
0,8%
0,3%
1,5%
0,6%
0,4%
0,6%
0,6%
0,2%
0,2%
0,4%
12,3%
2,4%
1,6%
1,5%
1,0%
0,9%
0,9%
0,6%
1,1%
0,6%
0,3%
0,3%
0,7%
0,6%
28,1%
5,2%
4,0%
7,0%
1,3%
1,9%
1,4%
0,8%
1,4%
0,2%
4,8%
40,4%
1,0%
*
100,0%
*
2013
Carteira de
empréstimos e
adiantamentos
2.188.831
2.148.497
2.148.497
40.334
40.334
*
321.790.737
58.245.854
13.195.437
11.378.577
4.484.287
3.624.721
3.203.296
2.732.785
2.876.366
1.707.413
4.630.370
2.332.805
1.915.767
2.161.609
1.296.869
818.542
769.280
1.117.730
45.979.578
11.093.681
5.490.367
5.046.434
4.195.342
3.402.385
3.522.719
2.788.145
2.366.354
1.901.922
1.533.412
1.716.400
1.352.744
1.569.673
84.554.012
16.825.914
14.504.420
20.475.364
4.408.326
5.386.952
4.007.990
2.824.681
2.234.255
484.397
13.401.713
128.635.645
4.375.648
*
323.979.568
*
(19.858.234)
% da carteira de
empréstimos e
adiantamentos
0,7%
0,7%
0,7%
0,0%
0,0%
*
99,3%
18,0%
4,1%
3,5%
1,4%
1,1%
1,0%
0,8%
0,9%
0,5%
1,4%
0,7%
0,6%
0,7%
0,4%
0,3%
0,2%
0,3%
14,2%
3,4%
1,7%
1,6%
1,3%
1,1%
1,1%
0,9%
0,7%
0,6%
0,5%
0,5%
0,4%
0,5%
26,1%
5,2%
4,5%
6,3%
1,4%
1,7%
1,2%
0,9%
0,7%
0,1%
4,1%
39,7%
1,4%
*
100,0%
*
95 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Empréstimos e adiantamentos vencidos e perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos
A tabela a seguir apresenta um resumo de nossos empréstimos e adiantamentos vencidos, há mais
de 60 dias e que não reconhecem mais juros (independentemente de estar com redução ao valor
recuperável), assim como as operações não vencidas nem com redução ao valor recuperável, bem como
alguns índices de qualidade de ativos, relativamente aos períodos indicados. A Administração utiliza alguns
destes índices para acompanhamento e suporte na tomada de decisão em relação às operações de
empréstimos e adiantamentos. Para mais informações sobre a performance de alguns desses índices, veja
Item “5.A. Resultados Operacionais”:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de
Empréstimos e adiantamentos vencidos a clientes, acima de 60 dias
Bens não de uso próprio
Total de empréstimos e adiantamentos a clientes vencidos e bens não de uso
próprio
Total de empréstimos e adiantamentos a clientes
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Porcentagem do total de empréstimos e adiantamentos vencidos sobre o total de
empréstimos e adiantamentos a clientes
Porcentagem do total de empréstimos e adiantamentos vencidos e bens não de uso
próprio sobre o total de empréstimos e adiantamentos a clientes
Porcentagem da perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos sobre o total dos empréstimos e adiantamentos a clientes
Porcentagem da perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos sobre os empréstimos e adiantamentos a clientes vencidos
Porcentagem da perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos sobre os empréstimos e adiantamentos a clientes vencidos e bens
não de uso próprio
Percentual das baixas líquidas no período em relação ao saldo médio dos
empréstimos e adiantamentos a clientes, inclusive empréstimos e adiantamentos
vencidos
2015
2014
2013
2012
2011
18.238.152
14.779.382
13.650.513
14.455.265
12.968.613
1.247.106
1.006.461
832.546
532.973
445.328
19.485.258
370.323.668
25.455.204
15.785.843
349.196.681
21.132.677
14.483.059
323.979.568
19.858.234
14.988.238
288.935.614
19.914.294
13.413.941
262.802.921
17.551.042
4,9%
4,2%
4,2%
5,0%
4,9%
5,3%
4,5%
4,5%
5,2%
5,1%
6,9%
6,1%
6,1%
6,9%
6,7%
139,6%
143,0%
145,5%
137,8%
135,3%
130,6%
133,9%
137,1%
132,9%
130,8%
3,0%
2,7%
3,2%
3,3%
2,5%
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
As tabelas a seguir apresentam a perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos por modalidade relativamente aos períodos indicados:
Em 31 de dezembro de
Saldo no início do período
*
Baixado do ativo
Capital de Giro
Repasses BNDES/Finame
Crédito Pessoal
Cartão de Crédito
Financiamento à Exportação
Leasing
Financiamento Imobiliário
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Cheque Especial
Outros (1)
Total baixado do ativo
*
Recuperações
Capital de Giro
Repasses BNDES/Finame
Crédito Pessoal
Cartão de Crédito
Financiamento à Exportação
Leasing
Financiamento Imobiliário
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Cheque Especial
Outros (1)
Total das recuperações
*
Valor líquido baixado do ativo
*
Despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
*
Saldo no final do período
Percentual das baixas líquidas no período em relação ao saldo médio dos empréstimos e
adiantamentos a clientes, inclusive empréstimos e adiantamentos vencidos acima de 60 dias
(1)
Inclui, basicamente, operações renegociadas.
96 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2014
2013
2012
19.858.234
19.914.294
17.551.042
*
*
*
2011
15.245.205
*
(2.143.675)
(382.409)
(1.855.512)
(1.471.292)
(256.309)
(172.419)
(186.184)
(92.887)
(281.858)
(327.775)
(883.620)
(6.489.564)
(14.543.504)
*
(1.507.974)
(272.469)
(1.633.867)
(1.410.131)
(35.501)
(252.447)
(154.943)
(60.724)
(250.973)
(45.435)
(692.735)
(6.624.258)
(12.941.457)
*
(1.447.051)
(232.101)
(1.447.057)
(1.626.581)
(58.366)
(381.582)
(94.700)
(69.683)
(252.838)
(6.910)
(676.805)
(7.026.270)
(13.319.944)
*
(1.368.689)
(152.070)
(1.111.746)
(1.578.143)
(27.148)
(477.859)
(67.803)
(56.723)
(255.157)
(2.543)
(593.045)
(6.383.844)
(12.074.770)
*
(700.164)
(117.580)
(872.786)
(1.293.047)
(86.792)
(627.566)
(66.270)
(54.155)
(159.945)
(54)
(436.984)
(4.317.347)
(8.732.690)
*
546.963
124.143
547.700
238.747
30.822
82.692
1.634
36.953
71.281
32.640
168.001
2.263.303
4.144.879
*
(10.398.625)
*
14.721.152
*
25.455.204
308.980
101.297
519.378
504.319
14.972
95.361
736
35.380
46.621
1.120
164.864
2.131.486
3.924.514
*
(9.016.943)
*
10.291.386
*
21.132.677
294.657
69.533
492.383
370.184
7.139
83.813
720
42.177
36.268
1.500
162.306
2.079.334
3.640.014
*
(9.679.930)
*
9.623.870
*
19.858.234
209.557
58.937
388.535
614.381
1.400
126.208
1.492
33.778
35.092
12
143.548
1.373.699
2.986.639
*
(9.088.131)
*
11.451.383
*
19.914.294
627
92.432
379.973
436.625
28.254
105.887
107.562
59.040
45.314
176
125.122
1.418.157
2.799.169
*
(5.933.521)
*
8.239.358
*
17.551.042
3,0%
2,7%
3,2%
3,3%
2,5%
2015
21.132.677
*
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Com base em informações disponíveis sobre nossos tomadores, acreditamos que o montante de
perdas por redução ao valor recuperável contabilizado é suficiente para cobrir as perdas incorridas em nossos
empréstimos e adiantamentos.
Alocação da perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
As tabelas a seguir apresentam a alocação da perda por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos relativamente aos períodos indicados. O valor da perda alocada e a categoria
de empréstimos e adiantamentos são expressos como uma porcentagem do total dos empréstimos e
adiantamentos:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de 2015
Tipo de empréstimos e adiantamentos a clientes
Capital de Giro
Repasses BNDES/Finame
Veículos - CDC
Crédito Pessoal
Cartão de Crédito
Financiamento à Exportação
Leasing
Financiamento imobiliário
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Cheque Especial
Prêmios de seguros a receber
Outros
Total
(1)
Perda por redução ao valor
recuperável de
empréstimos e adiantamentos
alocada
5.922.477
555.715
1.839.711
2.941.571
4.005.048
642.533
152.028
864.111
544.530
297.873
164.967
578.631
277.173
6.668.836
25.455.204
% da categoria dos
% de perda em relação aos
empréstimos e adiantamentos a
empréstimos e adiantamentos a
clientes em relação ao total de
clientes (1)
empréstimos e adiantamentos (1)
1,7%
0,2%
0,5%
0,8%
1,1%
0,2%
0,2%
0,2%
0,1%
0,2%
0,1%
1,9%
7,2%
17,9%
10,8%
7,1%
13,4%
7,7%
10,8%
13,5%
3,8%
2,7%
0,8%
3,1%
0,8%
1,4%
6,2%
100,0%
Excluímos os empréstimos e adiantamentos vencidos.
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de 2014
Tipo de empréstimos e adiantamentos a clientes
Capital de Giro
Repasses BNDES/Finame
Veículos - CDC
Crédito Pessoal
Cartão de Crédito
Financiamento à Exportação
Leasing
Financiamento imobiliário
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Cheque Especial
Prêmios de seguros a receber
Outros
Total
(1)
% da categoria dos
Perda por redução ao valor
% de perda em relação aos empréstimos e adiantamentos
recuperável de
empréstimos e adiantamentos a clientes em relação ao total
empréstimos e adiantamentos
de empréstimos e
a clientes (1)
alocada
adiantamentos (1)
2.512.775
1.070.517
1.892.497
2.877.236
3.405.529
616.625
294.371
1.047.221
427.932
241.252
45.570
493.240
200.768
6.007.144
21.132.677
0,8%
0,3%
0,6%
0,9%
1,0%
0,2%
0,1%
0,3%
0,1%
0,1%
0,1%
0,1%
1,8%
6,4%
17,8%
12,6%
8,7%
13,1%
7,5%
7,7%
1,3%
11,9%
5,0%
3,1%
2,7%
0,9%
1,3%
6,4%
100,0%
Excluímos os empréstimos e adiantamentos vencidos.
97 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de 2013
Tipo de empréstimos e adiantamentos a clientes
Capital de Giro
Repasses BNDES/Finame
Veículos - CDC
Crédito Pessoal
Cartão de Crédito
Financiamento à Exportação
Leasing
Financiamento imobiliário
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Cheque Especial
Prêmios de seguros a receber
Outros
Total
(1)
% da categoria dos
Perda por redução ao valor
% de perda em relação aos empréstimos e adiantamentos
recuperável de
empréstimos e adiantamentos a clientes em relação ao total
empréstimos e adiantamentos
de empréstimos e
a clientes (1)
alocada
adiantamentos (1)
2.018.116
862.551
2.298.898
2.893.310
3.072.543
453.652
463.771
796.768
314.732
224.615
39.942
416.282
218.945
5.784.109
19.858.234
0,7%
0,3%
0,7%
0,9%
1,0%
0,1%
0,1%
0,3%
0,1%
0,1%
0,1%
0,1%
1,9%
6,4%
18,5%
13,0%
9,8%
12,9%
7,4%
8,2%
1,8%
8,9%
4,2%
3,3%
2,8%
0,9%
1,2%
7,1%
100,0%
Excluímos os empréstimos e adiantamentos vencidos.
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de 2012
Tipo de empréstimos e adiantamentos a clientes
Capital de Giro
Repasses BNDES/Finame
Veículos - CDC
Crédito Pessoal
Cartão de Crédito
Financiamento à Exportação
Leasing
Financiamento imobiliário
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Cheque Especial
Prêmios de seguros a receber
Outros
Total
(1)
% da categoria dos
Perda por redução ao valor
% de perda em relação aos empréstimos e adiantamentos
recuperável de
empréstimos e adiantamentos a clientes em relação ao total
empréstimos e adiantamentos
de empréstimos e
a clientes (1)
alocada
adiantamentos (1)
2.132.210
933.707
3.230.958
3.409.864
3.113.122
289.968
951.000
557.365
292.928
257.990
30.255
538.749
182.561
3.993.617
19.914.294
0,8%
0,3%
1,2%
1,2%
1,2%
0,1%
0,3%
0,2%
0,1%
0,1%
0,2%
0,1%
1,5%
7,3%
18,8%
12,8%
11,3%
11,1%
7,2%
8,2%
2,8%
8,0%
4,1%
3,5%
2,4%
0,9%
1,1%
7,8%
100,0%
Excluímos os empréstimos e adiantamentos vencidos.
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de 2011
Tipo de empréstimos e adiantamentos a clientes
Capital de Giro
Repasses BNDES/Finame
Veículos - CDC
Crédito Pessoal
Cartão de Crédito
Financiamento à Exportação
Leasing
Financiamento imobiliário
Crédito Rural
Conta Garantida
Importação
Cheque Especial
Prêmios de seguros a receber
Outros
Total
(1)
Excluímos os empréstimos e adiantamentos vencidos.
98 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
% da categoria dos
Perda por redução ao valor
% de perda em relação aos empréstimos e adiantamentos
recuperável de
empréstimos e adiantamentos a clientes em relação ao total
empréstimos e adiantamentos
de empréstimos e
a clientes (1)
alocada
adiantamentos (1)
1.516.512
811.127
2.458.920
1.262.259
3.135.652
170.655
954.104
378.406
293.013
243.392
25.618
485.462
149.948
5.665.974
17.551.042
0,6%
0,3%
1,0%
0,5%
1,3%
0,1%
0,4%
0,2%
0,1%
0,1%
0,2%
0,1%
2,3%
7,2%
19,2%
14,0%
11,4%
9,3%
7,0%
8,2%
4,3%
6,3%
4,3%
3,8%
2,0%
0,9%
1,0%
8,3%
100,0%
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
As tabelas a seguir resumem nossos empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras por
modalidade em aberto e a movimentação das perdas por redução ao valor recuperável nos períodos
indicados:
Em 31 de dezembro de
2015
Aplicações em operações compromissadas
Revendas a liquidar - Posição bancada
Letras financeiras do tesouro
Letras do tesouro nacional
Notas do tesouro nacional
Debêntures
Outros
Revendas a liquidar - Posição vendida
Títulos públicos brasileiros
Total das aplicações em operações compromissadas
*
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Aplicações em depósitos interfinanceiros
Aplicações em moedas estrangeiras
Certificado de depósito bancário
Aquisição de crédito com coobrigação
Perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Total dos empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
*
Total
Em milhares de reais
2014
2013
199.996
11.637.051
17.058.798
362.215
4.293
8.750.847
11.876.655
35.890.277
60.497
17.661
18.755.345
33.173.862
58.692
370.759
29.633.112
860.065
57.438.341
5.216.744
57.222.304
*
*
*
1.017.666
2.149.301
833.909
2.037.739
(51.317)
5.987.298
*
7.652.396
681.573
4.398.294
2.848.280
(44.265)
15.536.278
*
7.278.913
3.290.687
6.391.631
4.579.430
(43.242)
21.497.419
*
35.620.410
72.974.619
78.719.723
Em milhares de reais
2015
2014
44.265
43.242
7.052
1.023
51.317
44.265
Em 31 de dezembro de
No início do exercício
Entradas/baixas
No final do exercício
2013
33.932
9.310
43.242
Média dos saldos de depósitos e taxas de juros
A tabela a seguir apresenta a média dos saldos de depósitos, bem como a média de taxas de juros
pagas sobre depósitos relativamente aos períodos indicados:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
2015
Saldo médio
Depósitos
Depósitos que não incidem juros
Depósitos à vista
Total de depósitos que não incidem juros
*
Depósitos que incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Total de depósitos que incidem juros
Total de depósitos
2014
Taxa média
Saldo médio
2013
Taxa média
Saldo médio
Taxa média
26.969.963
-
35.138.920
-
36.876.193
-
26.969.963
*
-
35.138.920
*
-
36.876.193
*
-
*
*
*
621.904
11,8%
695.132
12,4%
671.404
9,4%
91.075.494
7,1%
84.921.694
6,4%
73.307.137
5,6%
83.978.162
175.675.560
7,1%
91.990.788
177.607.614
7,0%
99.565.994
173.544.535
5,9%
202.645.523
-
212.746.534
-
210.420.728
-
99 Bradesco
4.B. Visão Geral dos Negócios
Formulário 20-F
Vencimentos dos depósitos
A tabela a seguir apresenta a distribuição de nossos depósitos por vencimentos na data indicada:
Em milhares de reais
Em 31 de dezembro de 2015
Vencimento em
até 3 meses
Vencimento de
3 a 6 meses
Vencimento de
6 meses a 1 ano
Vencimento
após 1 ano
Total
Depósitos domésticos
Depósitos que não incidem juros
Depósitos à vista (1)
Total de depósitos que não incidem juros
*
Depósitos que incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança (1)
Depósitos a prazo
Total de depósitos que incidem juros
*
Total de depósitos domésticos
*
Depósitos internacionais (2)
Depósitos que não incidem juros
Depósitos à vista
Total de depósitos que não incidem juros
*
Depósitos que incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos a prazo
Total de depósitos que incidem juros
*
Total de depósitos internacionais
*
Total de depósitos
21.813.870
21.813.870
*
-
-
-
*
*
383.311
4.348
13.832
91.878.765
2.867.348
95.129.424
*
116.943.294
*
3.405.011
3.409.359
*
3.409.359
*
6.708.124
6.721.956
*
6.721.956
*
2.005.913
2.005.913
*
73
18.286.210
18.286.283
*
20.292.196
*
137.235.490
-
*
21.813.870
21.813.870
*
40.952.434
40.952.434
*
40.952.434
*
91.878.765
53.932.917
146.213.173
*
168.027.043
*
-
-
401.491
*
*
*
2.005.913
2.005.913
*
17.784
3.252.636
3.270.420
*
3.270.420
*
6.679.779
242
2.777.524
2.777.766
*
2.777.766
*
9.499.722
46.858
1.369.980
1.416.838
*
1.416.838
*
42.369.272
64.957
25.686.350
25.751.307
*
27.757.220
*
195.784.263
(1)
Os depósitos à vista e de poupança estão classificados no vencimento em até três meses, sem considerar a média histórica do giro; e
(2)
Expressos em outras moedas que não reais, predominantemente, em dólares norte-americanos.
-
A tabela a seguir apresenta informações sobre o vencimento de depósitos a prazo em aberto na data
indicada com saldos superiores a US$ 100.000 (ou seu equivalente) por vencimento:
Em milhares de reais
Em 31 de dezembro de 2015
Moeda local
Vencimento em até 3 meses
Vencimento de 3 a 6 meses
Vencimento de 6 a 12 meses
Vencimento após 12 meses
Total de depósitos superiores a US$ 100.000
Moeda
Internacional
2.253.176
3.025.272
6.377.033
38.688.033
50.343.514
18.170.826
3.232.549
2.777.524
1.369.706
25.550.605
Captações no mercado aberto
As captações no mercado aberto totalizaram R$ 222.291 milhões em 31 de dezembro de 2015, R$
219.360 milhões em 31 de dezembro de 2014 e R$ 185.055 milhões em 31 de dezembro de 2013.
A tabela a seguir apresenta um resumo das captações no mercado aberto relativo aos períodos
indicados:
Exercícios findos em 31 de dezembro de
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2015
2014
2013
Captações no mercado aberto
Saldo em aberto
Saldo máximo em aberto durante o período
222.291.364
238.178.168
219.359.890
219.359.890
185.055.358
185.055.358
Média ponderada da taxa de juros para o final do período (1)
Saldo médio durante o período
Média ponderada da taxa de juros
13,8%
211.686.661
11,1%
9,7%
192.967.597
9,9%
7,2%
182.981.063
9,1%
(1)
Calculamos os saldos médios utilizando os saldos contábeis de final de mês, que incluem os respectivos juros alocados.
100 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
4.C. Estrutura Organizacional
Formulário 20-F
4.C. Estrutura Organizacional
Somos uma companhia aberta controlada pela Cidade de Deus Participações, uma holding controlada
em conjunto pela Família Aguiar, Fundação Bradesco e outra empresa holding, a Nova Cidade de Deus
Participações S.A., ou “Nova Cidade de Deus”. A Nova Cidade de Deus é detida pela Fundação Bradesco e
pela BBD Participações. Para mais informações sobre nossa estrutura de participação acionária, veja Item
“7.A. Principais Acionistas”. Para mais informações sobre nossas subsidiárias significativas em 31 de
dezembro de 2015, veja o Anexo 8.1 deste relatório anual.
4.D. Imobilizado de Uso
Em 31 de dezembro de 2015, possuíamos 827 propriedades e alugávamos 3.597 propriedades por
todo o Brasil e 11 propriedades no exterior, as quais usamos para operação de nossa rede de agências e
desempenho dos negócios da Organização. Possuímos o imóvel onde a nossa sede está localizada, na
Cidade de Deus, Osasco, região metropolitana de São Paulo - SP. Os contratos de locação têm prazo médio
de duração de 7 anos.
ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS
Nenhum.
ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS
5.A. Resultados Operacionais
Esta análise deve ser lida em conjunto com nossas demonstrações contábeis consolidadas auditadas
e suas notas explicativas correspondentes e com outras informações financeiras incluídas em outras partes
deste relatório anual.
Visão geral
Os resultados das nossas operações são afetados pelos fatores a seguir, entre outros:
Condições econômicas brasileiras
Os resultados de nossas operações são diretamente afetados pelas condições econômicas no Brasil.
As condições econômicas impactam diretamente a capacidade de nossos clientes pagarem suas obrigações
financeiras pontualmente, o que afeta a nossa perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos e o nosso saldo de operações de empréstimos e adiantamentos em aberto. Além disso, o
impacto das condições econômicas nas taxas de câmbio afeta as nossas receitas financeiras líquidas, já que
parte de nossos ativos e passivos financeiros é denominada em ou indexada a moedas estrangeiras,
principalmente, em dólares americanos.
Em 2013, o PIB cresceu 3,0%. O real se desvalorizou para R$ 2,3426 por dólar norte-americano em
31 de dezembro de 2013, se comparado com R$ 2,0435 em 31 de dezembro de 2012. O COPOM aumentou
a taxa básica de juros de 7,25% em 31 de dezembro de 2012 para 10,0% em 31 de dezembro de 2013. A
inflação, mensurada pelo IPCA, foi de 5,9% para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013.
Em 2014, o PIB registrou alta de 0,1% em relação a.a. anterior. O real se desvalorizou para R$ 2,6562
por dólar norte-americano em 31 de dezembro de 2014, se comparado com R$ 2,3426 em 31 de dezembro
de 2013. O COPOM aumentou a taxa básica de juros de 10,0% em 31 de dezembro de 2013 para 11,75%
em 31 de dezembro de 2014. A inflação, mensurada pelo IPCA, foi de 6,4% para o exercício findo em 31 de
dezembro de 2014.
Em 2015, o PIB registrou retração de 3,8% em relação ao ano anterior. O real se desvalorizou para
R$ 3,9048 por dólar norte-americano em 31 de dezembro de 2015, se comparado com R$ 2,6562 por dólar
norte-americano em 31 de dezembro de 2014. O COPOM aumentou a taxa básica de juros de 11,75% em 31
de dezembro de 2014 para 14,25% em 31 de dezembro de 2015. A inflação, mensurada pelo IPCA, foi de
10,7% para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015.
101 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
A tabela a seguir indica a inflação brasileira medida pelo IPCA, a desvalorização do real com relação
ao dólar norte-americano, a taxa de câmbio no final de cada exercício e a taxa média de câmbio relativamente
aos períodos indicados:
Inflação (IPCA)
Desvalorização do real frente ao dólar (R$/US$)
Taxa de câmbio no final do período - US$ 1,00
Em reais, exceto porcentagens
2014
2013
10,7%
6,4%
5,9%
(47,0)%
(13,4)%
(14,6)%
3,9048
2,6562
2,3426
Taxa de câmbio média - US$ 1,00 (1)
3,3314
2015
(1)
2,3586
2,1641
Taxa de câmbio média mensal, considerando as taxas de fechamento no final de cada mês começando com dezembro do período anterior.
Fontes: FGV e Banco Central.
A tabela a seguir mostra a variação do PIB real e as taxas de juros interbancárias médias para os
períodos indicados:
2015
Variação no PIB real (1)
Taxas básicas de juros médias (2)
Taxas médias de juros interbancários (3)
2014
(3,8)%
13,3%
13,2%
(1)
Calculada pela divisão da variação PIB real durante um ano pelo PIB real do ano anterior;
(2)
Calculada de acordo com a metodologia do Banco Central (com base em taxas nominais); e
(3)
Calculada de acordo com a metodologia da Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP (com base em taxas nominais).
2013
0,1%
10,9%
10,8%
3,0%
8,2%
8,1%
Fontes: Banco Central, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e CETIP.
Efeitos dos mercados financeiros globais sobre nossa situação financeira e o resultado das operações
Em 2015, o fortalecimento persistente da economia norte-americana levou o Federal Reserve a
intensificar sua sinalização na direção do início da normalização monetária. Com isso, o dólar se manteve
valorizado durante todo o ano. Ao mesmo tempo, o desempenho da economia chinesa e a continuidade do
movimento de queda dos preços das commodities impactou negativamente as moedas dos países
emergentes. Outra fonte de volatilidade no cenário internacional, principalmente, no primeiro semestre, foi a
ameaça de default grego e o risco de saída do país da área do Euro.
O principal fator de risco presente na economia mundial no último ano partiu das incertezas
relacionadas às economias dos países emergentes, em especial, a China. A intensificação da desaceleração
da economia chinesa no terceiro trimestre se somou à queda acentuada da bolsa local e à mudança do regime
de câmbio, anunciada pelo governo chinês, aumentando as dúvidas em relação à condução da política
econômica. A adoção de estímulos fiscais e monetários não foi capaz de estabilizar tal desaceleração,
sustentando uma elevada ameaça sobre a economia dos demais emergentes. Como resultado, as taxas de
juros e de câmbio do Brasil foram impactadas negativamente, em um contexto desfavorável das contas
públicas, retração da economia e aceleração da inflação e dos ajustes monetário e fiscal por parte do governo
e do Banco Central.
A continuidade da melhora do mercado de trabalho americano, expressa pela queda constante da
taxa de desemprego e pela forte criação de vagas, sustentou a perspectiva de ajuste das condições
monetárias nos EUA no final do ano, com o aumento de 0,25 ponto percentual da taxa dos fed funds em
dezembro. No entanto, esse processo foi amplamente sinalizado e deverá ser bastante gradual, evitando
abalos relevantes nos preços dos ativos no mercado internacional. Adicionalmente, importantes economias
desenvolvidas ainda enfrentam dificuldades em impulsionar o crescimento, sustentando a liquidez
internacional elevada. Um destaque para a área do Euro aconteceu em janeiro, quando o Banco Central
Europeu ampliou seu programa de compra de ativos para incluir títulos soberanos, com o objetivo de combater
a deflação e o fraco desempenho da economia na zona do Euro.
Assim, os riscos para a economia global se mantêm elevados, apesar da recuperação firme da
atividade econômica nos EUA. A redução da probabilidade de ocorrência de um evento de ruptura nos países
desenvolvidos foi equilibrada pela desaceleração dos países emergentes em intensidade maior que a
prevista, colocando em xeque a recuperação do crescimento mundial, principalmente, no que se refere à
China, onde os riscos baixistas para a economia local permanecem elevados e novas medidas de estímulo
podem não ser suficientes para garantir a sua aceleração. Isso, ao mesmo tempo em que o comportamento
dos preços das commodities ameaça os países exportadores e aumenta os riscos de deflação nas economias
desenvolvidas.
102 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Efeitos das taxas de juros e da desvalorização/valorização sobre a receita líquida de juros
Durante os períodos de altas taxas de juros, nossa receita financeira aumenta, pois as taxas de juros
sobre nossos ativos que rendem juros também aumentam. Ao mesmo tempo, nossa despesa financeira
aumenta, pois as taxas de juros sobre nossas obrigações, nas quais incidem juros, também aumentam.
Mudanças nos volumes de nossos ativos e obrigações sobre as quais incidem juros também afetam nossas
receitas e despesas financeiras. Por exemplo, um aumento em nossa receita financeira atribuível a um
aumento em taxas de juros, poderá ser compensado por uma redução no volume de nossos empréstimos em
aberto.
Além disso, quando o real se desvaloriza, incorremos: (i) em perdas em nossos passivos
denominados em, ou indexados a moedas estrangeiras, tais como: nosso endividamento de longo prazo
denominado em dólares e empréstimos em moeda estrangeira, na medida em que o custo em reais da
despesa financeira relativa aumenta: e (ii) em ganhos em nossos ativos denominados, ou indexados em
moedas estrangeiras, tais como: nossos títulos e operações de empréstimos e adiantamentos indexados ao
dólar, quando a receita desses ativos mensurada em reais aumenta. Opostamente, quando o real se valoriza,
como ocorreu, por exemplo, de 2009 a 2010, incorremos: (i) em perdas em nossos ativos denominados em,
ou indexados a, moedas estrangeiras; e (ii) ganhos em nossos passivos denominados em, ou indexados à
moeda estrangeira.
Em 2014, nosso resultado líquido de juros aumentou 1,5% em comparação com 2013, de R$ 49.300
milhões em 2013 para R$ 50.046 milhões em 2014. Tal evolução está relacionada, principalmente, ao
aumento do volume de negócios, que contribuiu com R$ 4.246 milhões, refletindo o aumento de 7,1% no
saldo médio dos ativos que rendem juros, aumentando as receitas em R$ 7.688 milhões, destacando-se o
crescimento de: (i) 9,7% dos empréstimos e adiantamentos a clientes; (ii) 15,9% no saldo médio de nossos
ativos cedidos em garantia; e tais evoluções foram parcialmente compensadas pelo aumento de: (iii) 8,0% no
saldo médio de nossos passivos que incidem juros, que impactaram negativamente nosso resultado em R$
3.442 milhões.
Em 2015, nosso resultado líquido de juros aumentou 11,2% em comparação com 2014, de R$ 50.046
milhões em 2014 para R$ 55.636 milhões em 2015. Tal evolução está relacionada, principalmente, ao: (i)
ganho devido às alterações nas taxas médias de juros, que inclui o efeito da desvalorização do real e
contribuiu com R$ 3.445 milhões, reflexo do aumento da taxa média da margem de juros líquida, que passou
de 6,5% em 2014 para 6,7% em 2015; e (ii) aumento do volume de negócios, que contribuiu com R$ 2.146
milhões.
As tabelas a seguir mostram nossos ativos e passivos denominados em ou indexados a moedas
estrangeiras para os períodos indicados:
Em 31 de dezembro de
Ativos
Caixa e disponibilidades em bancos
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Imobilizado de uso
Ativos intangíveis e ágio
Impostos a compensar
Impostos diferidos
Outros ativos
Total dos ativos
Contas de compensação - valor nominal
Derivativos
Futuros
Termo
Opções
Swap
Total dos ativos com derivativos (a)
2015
Em milhares de reais
2014
2013
8.305.430
4.478.512
7.487.331
41.092
4.306.897
2.368.658
50.250.575
27.617
29.354
44.450
1.388.929
12.373.038
91.101.883
3.843.397
2.038.386
3.785.493
38.874
7.520.948
830.812
37.038.632
15.570
25.425
32.732
241.203
9.073.892
64.485.364
3.050.450
822.785
7.402.621
45.673
2.397.029
3.582.833
33.037.149
14.570
28.477
31.339
106.057
8.924.365
59.443.348
96.679.181
72.408.901
744.507
171.025.037
431.959.509
25.844.968
7.590.571
1.246.097
50.280.914
149.447.914
30.196.878
12.274.295
610.496
45.167.298
147.692.315
103 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Em 31 de dezembro de
Passivos
Recursos de instituições financeiras
Recursos de clientes
Passivos financeiros para negociação
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Outras provisões
Impostos correntes
Outros passivos
Total dos passivos
Contas de compensação - valor nominal
Derivativos
Futuros
Termo
Opções
Swap
Total dos passivos com derivativos (b)
Exposição líquida (a-b)
2015
Em milhares de reais
2014
2013
36.944.658
27.576.216
1.300.208
9.477.171
13.714.437
946
13.218
27.137
6.747.195
95.801.186
24.081.365
29.834.903
820.843
8.766.126
9.321.576
845
10.946
22.691
5.792.368
78.651.663
18.213.248
24.865.557
346.724
11.474.847
8.951.638
1.075
7.099
30.694
8.024.964
71.915.846
114.575.804
72.557.432
1.194.413
181.459.003
465.587.838
(33.628.329)
41.542.624
7.324.830
2.258.312
52.176.186
181.953.615
(32.505.701)
41.515.506
12.826.691
781.401
44.851.978
171.891.422
(24.199.107)
Usamos swaps, contratos futuros e outros instrumentos financeiros derivativos de proteção para
minimizar o impacto potencial de alterações da moeda sobre nossas operações. Para mais informações sobre
o nosso uso de derivativos para fins de proteção, veja Notas 2(e) e 20(c) das nossas demonstrações contábeis
consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Nossa exposição líquida, em relação ao total de nossos ativos, equivalia a 3,3% em 31 de dezembro
de 2015, 3,5% em 31 de dezembro de 2014 e 2,9% em 31 de dezembro de 2013.
Impostos
Nossa despesa com imposto de renda é constituída por 2 tributos federais: o IRPJ, que incide a uma
alíquota regular de 15,0% do lucro líquido ajustado, acrescida de um adicional de 10,0%; e a Contribuição
Social, que incide a uma alíquota de 15,0% sobre o lucro líquido ajustado.
Em janeiro de 2008, o governo elevou a alíquota da Contribuição Social para o segmento financeiro,
de 9,0% para 15,0%. As instituições financeiras têm recolhido a Contribuição Social à alíquota de 15,0%
desde 1º de maio de 2008. A legalidade deste aumento está sendo questionada no STF. Caso o STF entenda
que este aumento não é legal, teríamos o direito de recuperar todos os valores que recolhemos em excesso
durante o regime de 15,0%, como se tivéssemos sempre recolhido a Contribuição Social à alíquota de 9,0%.
Para as empresas financeiras, equiparadas e do ramo segurador, a Contribuição Social era calculada, até
agosto de 2015, considerando a alíquota de 15,0%. Para o período compreendido entre setembro de 2015 a
dezembro de 2018, a alíquota foi alterada para 20,0%, conforme Lei nº 13.169/15, retornando à alíquota de
15,0% a partir de janeiro de 2019. Para as demais empresas, a Contribuição Social é calculada considerando
a alíquota de 9,0%.
As empresas sediadas no Brasil podem efetuar os pagamentos aos acionistas, caracterizados como
distribuição dos juros sobre o capital próprio, como alternativa para o pagamento de uma parte dos dividendos,
que podem ser deduzidos do lucro tributável. Procuramos maximizar o montante de dividendos que pagamos
na forma de juros sobre o capital próprio. Para mais informações sobre a nossa despesa com impostos, veja
“Item 4.B. Visão Geral dos Negócios - Regulamentação e Supervisão – Tributação - Imposto de renda e
contribuição social sobre o lucro” e “Item 10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social - Organização - Destinação
do lucro líquido e distribuição de dividendos” e “Item 10.E. Tributação – Considerações sobre tributação no
Brasil - Distribuições de juros sobre o capital próprio”.
Impacto das aquisições e alianças estratégicas importantes em nossa performance financeira futura
Acreditamos que as aquisições e alianças estratégicas realizadas nos últimos anos contribuam para
aumentar nossos resultados futuros. O valor desses aumentos é incerto e, portanto, não se pode estimar seu
impacto sobre nosso desempenho financeiro futuro. Para mais informações, veja “Item 4.A. História e
Desenvolvimento da Companhia - Aquisições Recentes” e “Item 4.A. História e Desenvolvimento da
Companhia - Outras Alianças Estratégicas”.
104 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Políticas contábeis críticas
Nossas políticas contábeis significativas estão descritas na Nota 2 das Demonstrações Contábeis
Consolidadas e Auditadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”. A seguinte seção descreve as áreas que
exigem maior julgamento ou envolvem um grau mais alto de complexidade na aplicação das políticas
contábeis, que afetam atualmente nossa situação financeira e o resultado das operações. As estimativas
contábeis, que fazemos nestes contextos, envolvem a elaboração de suposições sobre assuntos altamente
incertos. Em cada caso, outras estimativas, ou mudanças nas estimativas entre períodos, poderiam gerar um
impacto significativo sobre nossa situação financeira ou resultado das operações, como demonstrado em
nossas demonstrações contábeis.
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Ao final de cada período, a perda com empréstimos e adiantamentos é ajustada com base em uma
análise de nossa carteira, incluindo a estimativa das perdas com empréstimos e adiantamentos.
A determinação da perda por redução ao valor recuperável com empréstimos e adiantamentos exige,
por sua natureza, julgamentos e premissas com relação à carteira de empréstimos e adiantamentos, tanto
em bases individuais quanto em base de carteiras específicas de produtos. Ao analisar a carteira como um
todo, vários fatores podem afetar a estimativa da amplitude provável das perdas, dependendo da metodologia
utilizada para mensurar as taxas de inadimplência históricas e o período histórico considerado para fazer tais
mensurações.
Fatores adicionais, que podem afetar a determinação da perda por redução ao valor recuperável com
empréstimos e adiantamentos, incluem:
 condições econômicas gerais e condições no setor relevante;
 experiência anterior com o devedor ou setor relevante da economia, incluindo experiência
recente de prejuízos;
 tendências de qualidade de crédito;
 valores de garantias de uma operação de crédito;
 volume, composição e crescimento da carteira de empréstimos e adiantamentos;
 política monetária do governo; e
 quaisquer atrasos no recebimento das informações necessárias para avaliar empréstimos e
adiantamentos ou confirmação da deterioração existente.
Utilizamos modelos para analisar as carteiras de empréstimos e adiantamentos e determinar a perda
por redução ao valor recuperável. São aplicados fatores estatísticos de perdas e outros indicadores de risco
para grupos de empréstimos e adiantamentos com características de risco semelhantes, visando atingir uma
estimativa das perdas incorridas na carteira para calcular os modelos. Embora os modelos sejam
frequentemente acompanhados e revisados, eles são, por sua natureza, dependentes de julgamentos sobre
as informações utilizadas e/ou previsões. A volatilidade da economia é um dos fatores que pode levar a uma
maior incerteza em nossos modelos do que se esperaria em ambientes macroeconômicos mais estáveis.
Consequentemente, nossa perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos pode
não ser indicativa das perdas futuras reais.
Para fins de análise de sensibilidade, realizamos uma simulação para avaliar o impacto de um
aumento da probabilidade de default (PD) sobre o montante de perda por redução ao valor recuperável. Nesta
simulação, um aumento de 10,0% na PD de 31 de dezembro de 2015, poderia elevar o montante de perda
por redução ao valor recuperável em R$ 1.041 milhões. Essa análise de sensibilidade é hipotética e tem o
único objetivo de ilustrar o impacto que a expectativa de inadimplência tem na determinação da perda por
redução ao valor recuperável.
O processo para determinar o nível de provisão para perdas por redução ao valor recuperável exige
o uso de estimativas e julgamentos sendo possível que as perdas atuais, demonstradas em períodos
subsequentes, sejam diferentes daquelas calculadas de acordo com as estimativas e premissas.
Para informações adicionais relativas às nossas práticas referentes à perda por redução ao valor
recuperável de empréstimos e adiantamentos, veja “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios - Informações
Estatísticas Selecionadas - Perdas por redução ao valor recuperável e Empréstimos e adiantamentos
vencidos e perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos”.
105 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Valor justo dos instrumentos financeiros
Os instrumentos financeiros registrados pelo valor justo em nossas demonstrações contábeis
consolidadas consistem, principalmente, em ativos financeiros para negociação, incluindo derivativos, e ativos
financeiros classificados como disponíveis para venda. O valor justo de um instrumento financeiro
corresponde ao valor pelo qual o instrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes
dispostas, sem que haja venda forçada e liquidação.
Esses instrumentos financeiros são categorizados dentro de uma hierarquia com base no nível mais
baixo de informação, que é significativo para a mensuração do valor justo. Para instrumentos classificados
como Nível 3, temos que usar uma quantidade significativa do nosso próprio julgamento para chegar a
mensurações do valor justo de mercado. Baseamos as nossas decisões de julgamento no nosso
conhecimento e observações dos mercados relevantes para os ativos e passivos individuais e esses
julgamentos podem variar com base nas condições de mercado. Ao aplicar o nosso julgamento, analisamos
uma série de preços e volumes de transação de terceiros para entender e avaliar a extensão das referências
de mercado disponíveis e julgamento ou modelagem necessária em processos com terceiros. Com base
nesses fatores, determinamos se os valores justos são observáveis em mercados ativos ou se os mercados
estão inativos.
Os valores justos de ativos financeiros para negociação e disponíveis para venda baseiam-se,
principalmente, em mercados ativos onde os preços se baseiam em cotações diretas do mercado, transações
observadas ou preços de mercado para ativos similares. A liquidez é um fator significativo na determinação
dos valores justos dos ativos financeiros para negociação e disponíveis para venda. Situações de iliquidez
geralmente são geradas pela percepção do mercado sobre a incerteza de crédito com relação a uma única
companhia ou um setor específico do mercado. Nessas circunstâncias, os ativos financeiros são classificados
no Nível 3 da hierarquia de avaliação, uma vez que o valor justo é determinado com base em dados não
observáveis os quais são sustentados por informações limitadas disponíveis no mercado e que são relevantes
para o valor justo dos ativos, assim como outros fatores que exigem julgamento ou estimativa significativos
da Administração. Em 31 de dezembro de 2015, R$ 6.274 milhões ou 2,2% de ativos financeiros para
negociação, disponíveis para venda e cedidos em garantia e derivativos líquidos foram classificados como
valor justo Nível 3 dos ativos.
Os derivativos negociados em bolsa e avaliados utilizando os preços cotados são classificados no
Nível 1 da hierarquia de avaliação. Contudo, poucas classes de contratos de derivativos são listadas em
bolsa. Dessa forma, a maioria de nossas posições de derivativos é classificada no Nível 2 da hierarquia de
avaliação, sendo determinada utilizando modelos quantitativos, que requerem o uso de dados múltiplos,
inclusive taxa de juros, preços e índices para gerar rendimento contínuo ou curvas de preços e fatores de
volatilidade, inclusive o vencimento. Esses dados são utilizados na avaliação da posição. A maior parte dos
dados do mercado é observável e pode ser obtida, principalmente, com a BM&FBOVESPA e no mercado
secundário.
A imprecisão da estimativa de informações de mercado não observáveis pode impactar o valor da
receita ou perda registrada para uma determinada posição. Além disso, embora acreditemos que nossos
métodos de avaliação sejam apropriados e consistentes com aqueles de outros participantes do mercado, o
uso de metodologias ou premissas diferentes para determinar o valor justo de certos instrumentos financeiros
pode resultar em uma estimativa de valor justo diferente na data de divulgação. Para uma discussão detalhada
da determinação do valor justo de instrumentos financeiros, veja Nota 3 de nossas demonstrações contábeis
consolidadas no “Item 18 Demonstrações Contábeis”.
Redução ao valor recuperável de ativos financeiros disponíveis para venda
Periodicamente, é avaliada a existência de redução ao valor recuperável nos ativos financeiros
disponíveis para venda, quando existe uma desvalorização permanente ou de valor significativo no seu valor
justo, veja Nota 2(e)(viii)(b).
A determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento. No
julgamento efetuado, avalia-se entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços dos ativos.
Adicionalmente, as avaliações são obtidas por meio de preços de mercado ou de modelos de
avaliação, os quais requerem a utilização de determinadas premissas ou julgamento no estabelecimento das
estimativas do valor justo.
Classificação dos títulos
A classificação dos títulos em ativos financeiros para negociação, disponíveis para venda e
investimentos mantidos até o vencimento é baseada na intenção da Administração em manter ou negociar
tais títulos na data da aquisição. O tratamento contábil dos títulos que mantemos depende de nossa decisão
106 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
em classificá-los na aquisição como: ativos financeiros para negociação, disponíveis para venda ou
investimentos mantidos até o vencimento. As mudanças circunstanciais podem modificar nossa estratégia
com relação a um título específico, que exigiria uma transferência entre as 3 categorias.
Redução ao valor recuperável do ágio
Devemos analisar, pelo menos anualmente, se o valor contábil corrente do ágio sofreu redução ao
seu valor recuperável. O primeiro passo do processo exige a identificação de unidades geradoras de caixa
independentes e a alocação de ágio para essas unidades. O valor contábil da unidade, incluindo o ágio
alocado, é comparado ao valor em uso para determinar se há redução ao valor recuperável. Se o valor em
uso de uma unidade geradora de caixa for inferior ao seu valor contábil, o ágio sofrerá uma redução ao seu
valor recuperável. Pode ser necessário realizar cálculos detalhados considerando mudanças no mercado em
que um negócio opera (ex.: concorrência e mudança regulatória). O cálculo é baseado no desconto de fluxos
de caixa antes dos impostos a uma taxa de juros ajustada pelo risco apropriada para a unidade operacional,
sendo que a determinação de ambos exige o exercício de julgamento. Embora as previsões sejam
comparadas ao desempenho atual e a dados econômicos externos, os fluxos de caixa esperados refletem
naturalmente nossa visão sobre o desempenho futuro.
Impostos sobre os lucros
A determinação do valor de nosso imposto de renda passivo (incluindo Contribuição Social) é
complexa e a nossa avaliação está relacionada à análise de nossos impostos diferidos ativos e passivos e do
imposto de renda a pagar. Em geral, a nossa avaliação exige que estimemos os valores futuros de imposto
de renda corrente e diferido. A nossa avaliação da possibilidade de realização de um imposto diferido é
subjetiva e envolve avaliações e premissas, que são inerentemente incertas. A realização de ativos fiscais
diferidos está sujeita às mudanças nas taxas de juros futuras e desenvolvimentos de nossas estratégias. O
suporte para nossas avaliações e premissas pode mudar ao longo do tempo e é resultado de eventos ou
circunstâncias não previstos, que afetam a determinação do valor de nosso passivo de impostos.
É necessário julgamento significativo para determinar se é provável que uma posição de imposto de
renda seja sustentada com base em exame, mesmo após o resultado de qualquer procedimento
administrativo ou judicial com base em méritos técnicos. Também, é necessário julgamento para determinar
o valor de um benefício elegível para reconhecimento em nossas demonstrações contábeis consolidadas.
Adicionalmente, monitoramos a interpretação da legislação tributária e as decisões de autoridades
fiscais e judiciais, para que possamos ajustar qualquer julgamento anterior de imposto de renda acumulado.
Esse monitoramento também pode resultar de nosso planejamento de imposto de renda ou resolução de
controvérsias de imposto de renda e pode ser significativo para os nossos resultados operacionais em
qualquer período. Para mais informações sobre imposto de renda, veja Nota 17 de nossas demonstrações
contábeis consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Para mais informações a respeito de nosso imposto de renda, veja “Item 4.B. Visão Geral dos
Negócios - Regulamentação e Supervisão - Tributação - Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro”.
Provisões técnicas de seguros e previdência
As provisões técnicas de seguros e previdência são passivos que representam estimativas dos
valores que serão devidos no futuro, a favor de nossos segurados e participantes de planos. Esses valores
representam os sinistros/benefícios futuros estabelecidos nos contratos, tais como: aposentadorias, pensões,
seguro de vida em grupo e individual, seguro saúde e seguro contra acidentes, dentre outros.
Os benefícios e sinistros estabelecidos nos contratos também incluem provisões para sinistros
ocorridos, mas não avisados nos seguros de vida, de danos e saúde. Reconhecemos os sinistros ocorridos
durante o período de vigência das apólices dos nossos segurados. Entretanto, custos de sinistros incorridos
em um período específico não são conhecidos com certeza até recebermos, processarmos e pagarmos os
sinistros. Determinamos o valor dessas provisões utilizando métodos atuariais baseados em histórico de
pagamentos de sinistros para determinar nossa estimativa de passivos de sinistros. Os métodos para se
determinar estas estimativas e estabelecer as provisões técnicas são revisados e atualizados regularmente.
Para informações adicionais, veja Nota 2 (n) às nossas demonstrações contábeis consolidadas. Em contrato
de curta duração, as provisões para insuficiência de prêmio também podem ser estabelecidas para fazer face
às diferenças resultantes entre o valor esperado de indenizações e despesas relacionadas futuras e o valor
esperado dos prêmios futuros.
Em determinados produtos oferecidos, como contratos de previdência e fundos, os participantes
passam por duas fases distintas dentro do contrato: uma de acumulação e outra de gozo do benefício. Durante
107 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
a fase de acumulação, as provisões técnicas aumentam à medida que as contribuições são recebidas e os
juros são creditados (com base nos dispositivos contratuais) e diminuem pelos resgates pagos. Caso as
provisões sejam insuficientes para honrar os compromissos futuros, é constituída provisão para insuficiência
de contribuições. As provisões técnicas são computadas utilizando hipóteses de mortalidade, invalidez,
cancelamento, taxa de juros, inflação e despesas, que se baseiam em nossa experiência e são
periodicamente revisadas com relação aos padrões do setor.
Para fins de análise de sensibilidade, em relação aos seguros de danos e de pessoas, exceto vida
individual, o impacto avaliado para um aumento de 100 pontos base na sinistralidade, nos últimos 12 meses,
com data-base de cálculo em 31 de dezembro de 2015, seria de R$ 132,2 milhões, no resultado e no
patrimônio líquido, após impostos e contribuições.
Já em relação aos seguros de vida com cobertura de sobrevivência e previdência e seguro de vida
individual, avaliamos o impacto no resultado e patrimônio líquido após impostos e contribuições em função
de uma redução na taxa de juros, aumento na longevidade dos beneficiários e aumento na opção de
conversão em renda. Nesta avaliação, uma redução de 5,0% na taxa de juros, representaria uma queda de
R$ 146,0 milhões no resultado e patrimônio líquido, após impostos e contribuições. Já o aumento de 0,002%
na longevidade dos beneficiários representaria um impacto negativo de R$ 30,8 milhões no resultado e no
patrimônio líquido, após impostos e contribuições, enquanto um aumento de 500 pontos base na conversão
em renda representaria um impacto negativo de R$ 49,7 milhões no resultado e no patrimônio líquido, após
impostos e contribuições.
Uso de estimativas e julgamentos
Na apresentação das demonstrações contábeis, também adotamos estimativas e premissas para a
escolha de vidas úteis de certos ativos não financeiros e a determinação se um ativo ou grupo de ativos
específico está deteriorado. As estimativas, por sua natureza, são baseadas no julgamento e nas informações
disponíveis. Portanto, os resultados reais poderiam ser diferentes destas estimativas. Para mais informações
sobre uso de estimativas e julgamentos, veja Nota 4 de nossas demonstrações contábeis consolidadas no
“Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Compromissos e contingências
Temos obrigações contratuais para fazer certos pagamentos a terceiros, de acordo com os valores
apresentados na tabela a seguir:
Em milhares de reais
Por vencimento remanescente a partir de 31 de dezembro de 2015
Obrigações Contratuais
Menos de 1 ano
(1)
Depósitos a prazo
De 3 a 5 anos
Mais de 5 anos
Total
37.296.853
42.026.895
295.519
-
79.619.267
Captações no mercado aberto
197.609.726
24.142.531
454.844
84.263
222.291.364
Obrigações por empréstimos
22.967.173
5.269.665
-
28.236.838
Obrigações por repasses
14.155.638
14.936.088
6.588.060
6.421.260
42.101.046
Recursos de emissão de títulos
53.268.845
50.586.769
4.947.534
1.046.899
109.850.047
467.861
20.359.967
6.449.489
23.005.619
145.437.871
25.503.069
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Outras obrigações
Total
(1)
De 1 a 3 anos
-
-
-
50.282.936
170.940.940
69.222.928
2.467.213
1.294.484
5.053.433
78.038.058
540.426.895
185.292.197
20.029.930
35.611.474
781.360.496
Com base na experiência histórica, esperamos que a maioria das obrigações contratualmente devidas em um ano serão alongadas.
Garantias financeiras registradas em contas de compensação
Além das nossas operações de empréstimos e adiantamentos, nós temos transações de crédito para
administrar as necessidades de financiamento de nossos clientes. Estas transações não são registradas no
balanço patrimonial, de acordo com o IFRS. A tabela a seguir resume os instrumentos financeiros registrados
em contas de compensação em 31 de dezembro de 2015:
Em milhares de reais
Por vencimento remanescente a partir de 31 de dezembro de 2015
Obrigações Contratuais
Menos de 1 ano
Garantias financeiras
Cartas de crédito
Total
19.410.165
245.751
19.655.916
De 1 a 3 anos
19.055.903
19.055.903
De 3 a 5 anos
4.937.620
4.937.620
Mais de 5 anos
26.479.205
26.479.205
Total
69.882.893
245.751
70.128.644
Nós garantimos o desempenho de nossos clientes perante obrigações com terceiros. Temos o direito
de regresso contra o cliente para recuperar quaisquer valores pagos segundo essas garantias. Além disso,
108 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
podemos reter recursos em dinheiro ou outras garantias de liquidez elevada para garantir esses
compromissos. Os contratos estão sujeitos às mesmas avaliações de crédito assim como outras concessões
de crédito.
As cartas de crédito são compromissos emitidos por nós para garantir a performance das obrigações
de um cliente a um terceiro. Emitimos cartas comerciais de crédito para viabilizar as transações de comércio
exterior e para avalizar acordos públicos e privados de emissão de dívida, incluindo commercial papers,
financiamentos de títulos e transações similares. Esses instrumentos são compromissos de curto prazo para
pagar o beneficiário de um terceiro, sob certas condições contratuais pelo embarque de produtos. Os
contratos estão sujeitos às mesmas avaliações de crédito aplicadas em outras concessões de crédito.
Esperamos que muitas destas garantias expirem sem a necessidade de antecipação de caixa.
Portanto, no curso normal dos negócios, esperamos que tais transações não tenham impacto sobre nossa
liquidez.
Resultados por segmento operacional
Nós operamos e administramos nossos negócios por meio de dois segmentos: (i) o segmento
bancário; e (ii) o segmento de seguros, planos de previdência complementar e títulos de capitalização.
As informações a seguir, sobre segmentos, foram preparadas com base em relatórios disponibilizados
à Administração para avaliar o desempenho e tomar decisões referentes a alocação de recursos para
investimentos e outros fins. Nossa Administração usa uma variedade de informações, incluindo financeiras
preparadas de acordo com o BR GAAP e não financeiras, medidas em diferentes bases. Desta forma, as
informações contidas nos segmentos, apresentadas e discutidas neste documento, foram preparadas de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Nossas demonstrações contábeis consolidadas e as
informações financeiras consolidadas incluídas nesta análise foram preparadas segundo o IFRS e, quando
os saldos dos resultados por segmento apresentarem diferenças significativas em relação ao resultado
derivado de nossas demonstrações contábeis consolidadas, tais diferenças serão esclarecidas em conjunto
com as explicações dos resultados que os precedem. Veja Nota 5 das nossas demonstrações contábeis
consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Para uma descrição das operações de nossos segmentos operacionais, veja “Item 4.B. Visão Geral
dos Negócios”.
Resultados das operações para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 comparado com o
exercício findo em 31 de dezembro de 2014
As tabelas a seguir demonstram os principais componentes de nosso lucro líquido relativamente a
2015 e 2014, para a Companhia e por segmento. Estas informações por segmento são preparadas de acordo
com o BR GAAP, que são as práticas onde estão baseados os relatórios usados pela Administração para
avaliar desempenho e tomar decisões:
Consolidado
Resultado líquido de juros
Despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Receitas não financeiras
Despesas não financeiras
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores
Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Variação
2015
2014
percentual
55.636.042
(14.721.152)
77.043.849
(108.355.156)
9.603.583
8.634.322
18.237.905
18.132.906
104.999
50.045.767
(10.291.386)
74.714.867
(95.138.457)
19.330.791
(3.914.313)
15.416.478
15.314.943
101.535
11,2%
43,0%
3,1%
13,9%
(50,3)%
18,3%
18,4%
3,4%
109 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Atividade Bancária
Seguros, Previdência e Capitalização
Segmento
2015
Resultado líquido de juros
Despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Receitas não financeiras
Despesas não financeiras
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores
Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores
2014
46.934.849
(16.479.985)
15.639.366
(46.839.516)
(745.286)
12.621.169
11.875.883
11.874.609
1.274
43.034.717
(10.432.347)
18.941.498
(40.227.400)
11.316.468
(771.896)
10.544.572
10.532.724
11.848
Variação
percentual
9,1%
58,0%
(17,4)%
16,4%
12,6%
12,7%
(89,2)%
2015
5.973.694
66.345.008
(63.805.032)
8.513.670
(3.192.918)
5.320.752
5.215.765
104.987
2014
4.556.146
58.354.327
(55.611.405)
7.299.068
(2.843.493)
4.455.575
4.354.752
100.823
Variação
percentual
31,1%
13,7%
14,7%
16,6%
12,3%
19,4%
19,8%
4,1%
Resultado líquido de juros
A tabela a seguir demonstra os principais componentes de nosso resultado líquido de juros antes das
perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos, relativamente a 2015 e 2014, de
maneira consolidada e por segmento:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2015
Consolidado
Receita de juros e similares
Despesa de juros e similares
Resultado líquido de juros
Atividade Bancária
Receita de juros e similares
Despesa de juros e similares
Resultado líquido de juros
Seguros, Previdência e Capitalização
Receita de juros e similares
Despesa de juros e similares
Resultado líquido de juros
2014
Variação
percentual
127.048.252
(71.412.210)
55.636.042
103.893.096
(53.847.329)
50.045.767
22,3%
32,6%
11,2%
106.807.027
(59.872.178)
46.934.849
91.858.460
(48.823.743)
43.034.717
16,3%
22,6%
9,1%
22.076.041
(16.102.347)
5.973.694
14.976.204
(10.420.058)
4.556.146
47,4%
54,5%
31,1%
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia e por segmento, quanto do aumento de nosso
resultado líquido de juros foi atribuível às alterações no volume médio de ativos que rendem juros e obrigações
sobre as quais incidem juros, quanto foi atribuível às alterações nas taxas médias de juros e quanto foi
atribuível à variação dos efeitos da valorização/desvalorização do real perante o dólar, relativamente a 2015
e 2014:
Em milhares de reais
Consolidado
Atividade Bancária
Seguros, Previdência
e Capitalização
2015/2014
Aumento/(redução)
Devido às alterações no volume médio de ativos que rendem juros e
obrigações sobre as quais incidem juros
2.145.575
573.372
Devido às alterações nas taxas médias de juros
3.535.391
3.417.330
Devido à valorização/desvalorização do real
Alteração líquida
(90.691)
5.590.275
(90.570)
3.900.132
1.796.334
(378.666)
(120)
1.417.548
Atividade bancária
Nosso resultado líquido de juros aumentou 9,1%, passando de R$ 43.035 milhões em 2014 para R$
46.935 milhões em 2015. Esse acréscimo deveu-se, principalmente: (i) ao aumento nas taxas médias de
juros, que contribuiu com R$ 3.417 milhões, reflexo da: (a) elevação da taxa média de juros auferida sobre
nossos ativos que rendem juros, que passou de 13,5% em 2014 para 15,2% em 2015, contribuindo com R$
10.555 milhões no nosso resultado, que foi, parcialmente, compensada: (b) pela evolução na taxa média de
juros paga sobre nossos passivos que incidem juros, que passou de 8,2% em 2014 para 9,4% em 2015,
aumentando nossas despesas em R$ 7.138 milhões; e (ii) às evoluções no volume médio dos negócios, que
impactaram o resultado líquido de juros em R$ 573 milhões. A desvalorização do real perante o dólar reduziu
nosso resultado líquido de juros no valor de R$ 91 milhões.
110 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Seguros, previdência e capitalização
Nosso resultado líquido de juros aumentou 31,1%, passando de R$ 4.556 milhões em 2014 para R$
5.974 milhões em 2015. Esse acréscimo deveu-se, principalmente, à evolução no volume médio dos
negócios, que contribuiu com R$ 1.796 milhões.
Receita de juros e similares
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, o saldo médio dos principais
componentes de nossos ativos que rendem juros e as taxas de juros médias auferidas, em 2015 e 2014:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Variação
2015
2014
percentual
Consolidado
Saldo médio de ativos que rendem juros
Ativos financeiros para negociação
108.737.397
95.434.117
32.732.694
148.107.052
63.314.643
337.673.348
43.933.707
640.098
830.573.056
15,3%
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outros ativos que rendem juros
Total
Taxa de juros média auferida
83.791.866
84.494.315
24.024.810
130.319.525
76.830.557
317.455.318
47.038.434
605.011
764.559.836
13,6%
29,8%
12,9%
36,2%
13,6%
(17,6)%
6,4%
(6,6)%
5,8%
8,6%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
2015
Saldo médio de ativos que rendem juros
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outros ativos que rendem juros
Total
Taxa de juros média auferida
26.586.105
75.850.112
6.682.957
148.107.052
63.087.209
337.649.092
43.933.707
640.098
702.536.332
15,2%
2014
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
38.154.167
68.021.629
36.671
130.319.525
76.798.394
317.431.062
47.038.434
605.011
678.404.893
13,5%
2015
(30,3)%
11,5%
13,6%
(17,9)%
6,4%
(6,6)%
5,8%
3,6%
81.851.926
19.583.491
26.049.737
47.806.666
175.291.820
12,6%
Variação
percentual
2014
45.264.456
16.471.883
23.988.139
65.031.667
150.756.145
9,9%
80,8%
18,9%
8,6%
(26,5)%
16,3%
Para mais informações sobre as taxas médias de juros por tipo de ativos, veja “Item 4.B. Visão Geral
dos Negócios - Informações Estatísticas Selecionadas - Saldos médios das contas patrimoniais e Informações
sobre taxa de juros”.
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia e por segmento, quanto do aumento em nossas
receitas de juros e similares foi atribuível às alterações no volume médio de ativos que rendem juros; quanto
foi atribuível às alterações nas taxas médias de juros e quanto foi atribuível à variação dos efeitos da
valorização/desvalorização do real perante o dólar, em cada caso, relativamente a 2015 e 2014:
Em milhares de reais
Consolidado
Devido às alterações no volume médio de ativos que rendem juros
Devido às alterações nas taxas médias de juros
Devido à valorização/desvalorização do real
Alteração líquida
9.340.696
13.648.967
165.493
23.155.156
Atividade Bancária
2015/2014
Aumento/(redução)
4.227.948
10.555.005
165.614
14.948.567
Seguros, Previdência e
Capitalização
3.537.451
3.562.506
(120)
7.099.837
111 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Atividade bancária
A receita de juros e similares cresceu 16,3%, de R$ 91.858 milhões em 2014 para R$ 106.807 milhões
em 2015. Esse crescimento deveu-se, em grande parte: (i) às alterações nas taxas médias de juros auferidas,
aumentando nossas receitas em R$ 10.555 milhões, em função, substancialmente, do aumento da taxa média
de juros auferida com: (a) empréstimos e adiantamentos a clientes; (b) ativos cedidos em garantia; e (c)
empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras; (ii) à elevação no volume médio dos negócios, que
impactou positivamente nosso resultado em R$ 4.228 milhões, impactado, principalmente, pela receita de
juros e similares com: (a) empréstimos e adiantamentos a clientes; (b) ativos cedidos em garantia; (c) ativos
financeiros disponíveis para venda; e (d) investimentos mantidos até o vencimento. A desvalorização do real
perante o dólar aumentou nossa receita de juros e similares no valor de R$ 166 milhões.
A receita de juros e similares com empréstimos e adiantamentos a clientes aumentou 14,4%, de R$
54.065 milhões em 2014 para R$ 61.846 milhões em 2015. Esse aumento está relacionado ao: (i) crescimento
da taxa média de juros, que passou de 17,0% em 2014 para 18,3% em 2015, incrementando o resultado em
R$ 4.219 milhões; e (ii) crescimento de 6,4% no saldo médio da carteira de empréstimos e adiantamentos a
clientes, que passou de R$ 317.431 milhões em 2014 para R$ 337.649 milhões em 2015, impactando
positivamente as receitas de juros e similares em R$ 3.562 milhões. A principal razão do aumento do volume
médio foi o incremento das operações relacionadas a financiamento imobiliário, crédito pessoal consignado
e cartão de crédito.
A receita de juros e similares oriunda de ativos cedidos em garantia cresceu 45,3%, passando de R$
13.954 milhões em 2014 para R$ 20.270 milhões em 2015. Essa variação é reflexo do: (i) crescimento da
taxa média de juros auferida, que passou de 10,7% em 2014 para 13,7% em 2015, incrementando nossas
receitas em R$ 4.237 milhões; e (ii) aumento de 14,5% no volume médio dessas operações, que passou de
R$ 130.320 milhões em 2014 para R$ 148.107 milhões em 2015, impactando positivamente a receita de juros
e similares em R$ 2.079 milhões.
A receita de juros e similares oriunda de empréstimos e adiantamentos à instituições financeiras foi,
positivamente, impactada pela elevação da taxa média de juros, que passou de 11,2% em 2014 para 12,7%
em 2015, contribuindo com R$ 1.112 milhões em nossas receitas. A redução do volume dessas operações,
que passou de R$ 76.798 milhões em 2014 para R$ 63.087 milhões em 2015, impactou, negativamente,
nossas receitas em R$ 1.650 milhões.
A receita de juros e similares oriunda de ativos financeiros disponíveis para venda cresceu 12,5%, de
R$ 7.592 milhões em 2014 para R$ 8.538 milhões em 2015. Esse aumento deveu-se, principalmente, ao
aumento de 11,5% no saldo médio destas operações, que passou de R$ 68.022 milhões em 2014 para R$
75.850 milhões em 2015, contribuindo com R$ 881 milhões.
A receita de juros e similares oriunda de ativos financeiros mantidos até o vencimento cresceu de R$
5 milhões em 2014 para R$ 774 milhões em 2015. Esse aumento deveu-se, substancialmente, ao aumento
do saldo médio destas operações, passando de R$ 37 milhões em 2014 para R$ 6.683 milhões em 2015,
contribuindo com R$ 769 milhões em nossas receitas.
Seguros, previdência e capitalização
Nossa receita de juros e similares cresceu 47,4%, passando de R$ 14.976 milhões em 2014 para R$
22.076 milhões em 2015. Esse crescimento deveu-se, principalmente, ao aumento: (i) nas taxas médias de
nossos ativos que rendem juros, que passou de 9,9% em 2014 para 12,6% em 2015, contribuindo com R$
3.563 milhões em nossas receitas; e (ii) no volume médio das operações, que contribui com R$ 3.357 milhões
em nossas receitas.
112 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Despesa de juros e similares
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, o saldo médio dos principais
componentes de nossas obrigações sobre as quais incidem juros e as taxas de juros médias pagas sobre
essas obrigações em 2015 e 2014:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Variação
2015
2014
Percentual
Consolidado
Saldo médio de obrigações sobre as quais incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total
Taxa média de juros paga
621.904
91.075.494
83.978.162
211.686.661
64.029.996
97.739.942
38.601.843
156.922.463
744.656.465
9,6%
695.132
84.921.694
91.990.788
192.967.597
56.123.972
69.849.843
35.826.626
136.308.516
668.684.168
8,1%
(10,5)%
7,2%
(8,7)%
9,7%
14,1%
39,9%
7,7%
15,1%
11,4%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
2015
Saldo médio de obrigações sobre as quais incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total
Taxa média de juros paga
621.941
91.075.494
83.995.843
260.100.851
64.029.996
97.942.610
38.601.843
636.368.578
9,4%
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
2014
695.132
84.921.694
92.009.740
258.528.965
56.123.972
69.980.074
35.826.626
598.086.203
8,2%
(10,5)%
7,2%
(8,7)%
0,6%
14,1%
40,0%
7,7%
6,4%
2015
Variação
percentual
2014
156.922.463
156.922.463
10,3%
136.308.516
136.308.516
7,6%
15,1%
15,1%
Para mais informações sobre as taxas de juros médias por tipo de passivo, veja “Item 4.B. Visão Geral
dos Negócios - Informações Estatísticas Selecionadas - Saldos médios das contas patrimoniais e informações
sobre taxa de juros”.
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia e por segmento, quanto do aumento em nossa
despesa de juros e similares foi atribuível às alterações no volume médio de obrigações sobre as quais
incidem juros; quanto foi atribuível às alterações nas taxas médias de juros e quanto foi atribuível à variação
dos efeitos da valorização/desvalorização do real perante o dólar, em cada caso, relativamente a 2015 e 2014:
Em milhares de reais
Consolidado
Devido às alterações no volume médio de obrigações sobre as quais incidem juros
Devido às alterações nas taxas médias de juros
Devido à valorização/desvalorização do real
Alteração líquida
Atividade Bancária
Seguros, Previdência e
Capitalização
7.195.121
10.113.576
256.184
2015/2014
Aumento/(redução)
3.654.576
7.137.675
256.184
1.741.117
3.941.172
-
17.564.881
11.048.435
5.682.289
Atividade bancária
Nossa despesa de juros e similares aumentou 22,6%, passando de R$ 48.824 milhões em 2014 para
R$ 59.872 milhões em 2015. Este aumento reflete, basicamente: (i) a alteração das taxas médias de juros
paga, que passou de 8,2% em 2014 para 9,4% em 2015, impactando nossas despesas de juros e similares
em R$ 7.138 milhões, principalmente, em função das maiores taxas nas operações de: (a) captações no
mercado aberto, passando de 9,5% em 2014 para 10,8% em 2015, impactando nossas despesas em R$
3.374 milhões; (b) recursos de emissão de títulos, passando de 9,6% em 2014 para 11,8% em 2015,
aumentando as despesas em R$ 1.817 milhões; (c) obrigações por empréstimos e repasses, passando de
3,2% em 2014 para 4,8% em 2015, impactando as despesas em R$ 987 milhões; e (d) dívidas subordinadas,
113 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
passando de 10,6% em 2014 para 12,1% em 2015, aumentando as despesas em R$ 575 milhões; e (ii) do
crescimento de 6,4% no volume médio das obrigações sobre as quais incidem juros, passando de R$ 598.086
milhões em 2014 para R$ 636.369 milhões em 2015, impactando as despesas em R$ 3.655 milhões, devido,
principalmente, ao aumento de: (a) 40,0% no saldo médio dos recursos de emissão de títulos, impactando as
despesas em R$ 3.076 milhões; (b) 7,2% no saldo médio dos depósitos de poupança, impactando as
despesas em R$ 411 milhões; e (c) 14,1% no saldo médio das obrigações por empréstimos e repasses,
impactando nossas despesas em R$ 285 milhões.
Seguros, previdência e capitalização
Nossa despesa de juros e similares aumentou 54,5%, passando de R$ 10.420 milhões em 2014 para
R$ 16.102 milhões em 2015. Este aumento reflete, basicamente, o aumento: (i) da taxa média de juros das
provisões técnicas de seguros e previdência, que passou de 7,6% em 2014 para 10,3% em 2015, aumentando
nossas despesas em R$ 3.941 milhões; e (ii) de 15,1% no saldo médio das provisões técnicas, que impactou
nossas despesas em R$ 1.741 milhões.
Despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos a clientes
Em razão das diferenças conceituais entre os critérios de perdas por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos a clientes em BR GAAP e em IFRS, e para melhor entendimento das
informações apresentadas, demonstramos a seguir uma reconciliação destas diferenças de práticas
contábeis, bem como as respectivas análises das variações das despesas em IFRS:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2015
Despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Atividade Bancária - BR GAAP
Diferenças de Práticas (IFRS X BR GAAP)
Consolidado - IFRS
Variação
percentual
2014
(16.479.985)
1.758.833
(14.721.152)
(10.432.347)
140.961
(10.291.386)
58,0%
43,0%
O montante das despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos para o segmento bancário em BR GAAP é representativo do montante das despesas com
perdas por redução ao valor recuperável em uma base consolidada, que, por sua vez, é representativo do
montante das despesas com perdas por redução ao valor recuperável em uma base consolidada em IFRS,
exceto pelas diferenças de práticas contábeis.
Principal diferença de prática contábil das despesas com perdas por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos
A principal diferença de prática contábil entre o BR GAAP, por meio da Resolução CMN nº 2.682/99,
e o IFRS, por meio do IAS 39, é a forma de reconhecimento e mensuração das perdas por redução ao valor
recuperável de empréstimos e adiantamentos. Enquanto a prática adotada pelo Banco Central é o
provisionamento com base em um misto de perdas esperadas e incorridas, em IFRS o reconhecimento e
mensuração das perdas por redução ao valor recuperável é baseado nas perdas incorridas. Para maiores
informações, veja “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios – Regulamentação e Supervisão – Regulamentação
bancária - Tratamento de empréstimos e adiantamentos” e Nota 3.1 de nossas demonstrações contábeis no
“Item 18 Demonstrações Contábeis”.
A tabela a seguir demonstra as mudanças em nossas perdas por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos, a despesa com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos, os empréstimos recuperados e as baixas de empréstimos para os exercícios findos em 2015
e 2014, bem como nosso índice de despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos
e adiantamentos em relação aos empréstimos e adiantamentos a clientes (expresso como uma porcentagem
do saldo médio de empréstimos e adiantamentos a clientes), em todos os casos com base nas informações
financeiras consolidadas preparadas de acordo com o IFRS:
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos no início do ano
Despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Empréstimos recuperados
Baixas de empréstimos
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos no final do ano
% de despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos em
relação ao saldo médio dos empréstimos e adiantamentos a clientes
114 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Variação
2015
2014
percentual
21.132.677
19.858.234
6,4%
14.721.152
10.291.386
43,0%
4.144.879
3.924.514
5,6%
(14.543.504)
(12.941.457)
12,4%
25.455.204
21.132.677
20,5%
4,4%
3,2%
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
O saldo de nossas perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos cresceu
20,5%, de R$ 21.133 milhões em 2014 para R$ 25.455 milhões em 2015. Esse crescimento deveu-se,
principalmente, (i) à evolução de 6,1% no saldo dos empréstimos e adiantamentos a clientes; e (ii) ao processo
de desaceleração da atividade econômica no Brasil no período, que impactou, principalmente, os seguintes
produtos: (a) capital de giro, cuja perda por redução ao valor recuperável alocada aumentou R$ 3.409 milhões,
passando de R$ 2.513 milhões em 2014 para R$ 5.922 milhões em 2015; e (b) cartão de crédito, cuja perda
alocada aumentou R$ 599 milhões, passando de R$ 3.406 milhões em 2014 para R$ 4.005 milhões em 2015.
Em 2015, nosso nível de empréstimos vencidos, mas sem redução ao valor recuperável aumentou 68,2%,
passando de R$ 6.932 milhões em 2014 para R$ 11.657 milhões em 2015. Adicionalmente, os empréstimos
com redução ao valor recuperável evoluíram 4,7%, de R$ 30.841 milhões em 2014 para R$ 32.303 milhões
em 2015, o que representou 8,7% do total dos empréstimos e adiantamentos a clientes em 2015,
permanecendo praticamente estável em relação a representatividade do ano anterior, que era de 8,8%.
Os empréstimos e adiantamentos a clientes classificados como não vencidos e sem redução ao valor
recuperável cresceram 4,8%, de R$ 311.424 milhões em 2014 para R$ 326.364 milhões em 2015, dos quais
97,7% estavam classificados como “baixo risco”.
O cálculo das perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos compreende
uma análise individual dos empréstimos e adiantamentos deteriorados de clientes e uma análise das perdas
com empréstimos e adiantamentos a clientes individualmente não significativos, conforme segue:
Em 31 de dezembro
Perdas com empréstimos e adiantamentos a clientes individualmente significativos
Perdas com empréstimos e adiantamentos a clientes individualmente não significativos
Total
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Variação
2014
percentual
2015
5.302.200
20.153.004
25.455.204
1.589.280
19.543.397
21.132.677
233,6%
3,1%
20,5%
A elevação de 43,0% nas despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos, está relacionada à evolução de R$ 1.462 milhões, ou 4,7%, no saldo dos empréstimos e
adiantamentos a clientes com redução ao valor recuperável, bem como os efeitos do processo de
desaceleração da atividade econômica no Brasil no período. As recuperações de empréstimos problemáticos
aumentaram 5,6%, enquanto as baixas aumentaram 12,4%, quando comparados a 2014.
Nosso nível de perdas com empréstimos, definidos como o valor das baixas líquidas de empréstimos
em relação ao saldo médio dos empréstimos e adiantamentos a clientes, inclusive vencidos, passou de 2,7%
em 2014 para 3,0% em 2015. O percentual de perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos em relação aos empréstimos e adiantamentos a clientes era de 6,9% em 2015.
Os empréstimos e adiantamentos concedidos às pessoas físicas apresentaram uma evolução de
4,7%, passando de R$ 141.220 milhões em 2014 para R$ 147.860 milhões em 2015, onde destacamos neste
período, financiamento imobiliário e crédito pessoal consignado.
Os empréstimos e adiantamentos destinados às pessoas jurídicas evoluíram 7,0% no ano, passando
de R$ 207.977 milhões em 2014 para R$ 222.464 milhões em 2015, devido, principalmente, ao financiamento
à exportação e às operações no exterior, decorrente da variação cambial no período, e ao financiamento
imobiliário.
Acreditamos que o montante de nossa perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos é suficiente para cobrir perdas incorridas ligadas à nossa carteira.
115 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Receitas não financeiras
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, os principais componentes de
nossas receitas não financeiras relativamente a 2015 e 2014:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Variação
2015
2014
percentual
Consolidado
Resultado líquido de serviços e comissões
17.820.670
16.739.256
Ganhos/(perdas) líquidas de ativos e passivos financeiros para negociação
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros disponíveis para venda
Prêmios retidos de seguros e planos de previdência
(8.252.055)
(671.810)
58.760.780
(1.933.003)
(991.894)
50.454.983
1.528.051
1.389.816
9,9%
7.858.213
77.043.849
9.055.709
74.714.867
(13,2)%
3,1%
Resultado de participações em coligadas e joint ventures
Outras receitas não financeiras
Total
6,5%
326,9%
(32,3)%
16,5%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
Resultado líquido de serviços e comissões
Ganhos/(perdas) líquidas de ativos e passivos financeiros para negociação
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros disponíveis para venda
Prêmios retidos de seguros e planos de previdência
Resultado de participações em coligadas e joint ventures
Outras receitas não financeiras
Total
2015
2014
19.195.003
(7.199.397)
(370.947)
1.358.047
2.656.660
15.639.366
17.570.839
(1.833.589)
(296.545)
1.220.810
2.279.983
18.941.498
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
Percentual
9,2%
292,6%
25,1%
11,2%
16,5%
(17,4)%
2015
2014
1.497.890
(627.343)
(353.659)
58.760.780
166.865
6.900.475
66.345.008
1.557.352
(255.485)
(728.720)
50.454.983
169.431
7.156.766
58.354.327
Variação
Percentual
(3,8)%
145,5%
(51,5)%
16,5%
(1,5)%
(3,6)%
13,7%
Atividade bancária
Nossas receitas não financeiras reduziram 17,4%, de R$ 18.941 milhões em 2014 para R$ 15.639
milhões em 2015. Esta redução ocorreu, principalmente, em função das: (i) perdas líquidas de ativos e
passivos financeiros para negociação, que elevaram-se de R$ 1.834 milhões em 2014 para R$ 7.199 milhões
em 2015, reflexo, em grande parte, do resultado obtido com instrumentos financeiros derivativos e títulos de
renda fixa; e (ii) perdas líquidas de ativos financeiros disponíveis para venda, que passaram de R$ 297
milhões em 2014 para R$ 371 milhões em 2015, destacando que, em 2015, inclui o reconhecimento da perda
por redução ao valor recuperável de ações, no valor de R$ 136 milhões. Tais eventos foram, parcialmente,
compensados pela elevação de: (i) 9,2% no resultado líquido de serviços e comissões, que passou de R$
17.571 milhões em 2014 para R$ 19.195 milhões em 2015, impulsionado pelo aumento de: (a) 23,1% nas
receitas referentes às contas correntes, devido, principalmente, ao aprimoramento do processo de
segmentação de clientes e ao aumento do volume dos negócios; (b) 8,8% nas receitas com cartões de crédito,
destacando a evolução de 6,1% no volume transacionado, que atingiu R$ 140.064 milhões em 2015, bem
como o incremento de 7,5% na quantidade de transações, que atingiu a marca de 1,5 trilhão de transações
em 2015; e (c) 8,5% nas receitas referentes a operações de crédito, devido, principalmente, às rendas com
garantias prestadas no período; e (ii) 11,2% no resultado de participações em coligadas e joint ventures, que
passou de R$ 1.221 milhões em 2014 para R$ 1.358 milhões em 2015, devido, principalmente, à maiores
resultados com nossa coligada Cielo S.A. (“Cielo”).
Seguros, previdência e capitalização
Nossas receitas não financeiras aumentaram 13,7%, passando de R$ 58.354 milhões em 2014 para
R$ 66.345 milhões em 2015. Esse desempenho deveu-se, principalmente: (i) ao aumento de 16,5% nas
receitas de prêmios retidos de seguros e planos de previdência, que passaram de R$ 50.455 milhões em
2014 para R$ 58.761 milhões em 2015, resultante, basicamente, do aumento das receitas de prêmios emitidos
de seguros, que passaram de R$ 47.746 milhões em 2014 para R$ 55.921 milhões em 2015; e (ii) à redução
de 51,5% nas perdas líquidas de ativos financeiros disponíveis para venda, que passaram de R$ 729 milhões
em 2014 para R$ 354 milhões em 2015, que, em 2014, o valor reconhecido da perda por redução ao valor
recuperável de ações foi de R$ 617 milhões e R$ 289 milhões em 2015. Tais eventos foram, parcialmente,
compensados, pela elevação de 145,5% nas perdas líquidas de ativos e passivos financeiros para
negociação, que passaram de R$ 255 milhões em 2014 para R$ 627 milhões em 2015, reflexo, basicamente,
do resultado obtido com títulos de renda fixa.
116 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Principais diferenças entre os saldos dos segmentos e o consolidado
Adicionalmente às explicações acima, destacamos a seguir, as principais diferenças existentes entre
nossas receitas não financeiras por segmento (elaboradas de acordo com o BR GAAP) e nossas receitas não
financeiras consolidadas (elaboradas de acordo com o “IFRS”) para o exercício findo em 31 de dezembro de
2015:
 Resultado líquido de serviços e comissões: a diferença de R$ 2.872 milhões refere-se: ao
método da taxa efetiva de juros, no valor de R$ 1.428 milhões e às eliminações e ajustes de outras
operações, no valor de R$ 1.444 milhões; e
 Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros para negociação: apresenta ajuste no valor de
R$ 307 milhões, ocasionado pelo ajuste no hedge de fluxo de caixa e ajuste relacionado à moeda
funcional, no valor de R$ 118 milhões, originário de nossa subsidiária no México, que adota o peso
mexicano como moeda funcional.
Despesas não financeiras
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, os principais componentes de
nossas despesas não financeiras relativamente a 2015 e a 2014:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Variação
2015
2014
Percentual
Consolidado
Despesas de pessoal
Despesas administrativas
Depreciação e amortização
Variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência
Sinistros retidos
Despesas de comercialização de planos de seguros e previdência
Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda estrangeira
Outras despesas não financeiras
Total
(14.058.047)
(13.721.970)
(2.942.003)
(28.286.039)
(21.724.043)
(3.253.193)
(3.523.095)
(20.846.766)
(108.355.156)
(13.667.639)
(12.971.521)
(2.932.687)
(24.008.174)
(18.143.688)
(2.891.276)
(1.244.680)
(19.278.792)
(95.138.457)
2,9%
5,8%
0,3%
17,8%
19,7%
12,5%
183,1%
8,1%
13,9%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
Despesas de pessoal
Despesas administrativas
Depreciação e amortização
Variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência
Sinistros retidos
Despesas de comercialização de planos de seguros e previdência
Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda estrangeira
Outras despesas não financeiras
Total
2015
2014
(13.103.515)
(13.076.913)
(2.752.946)
(3.523.095)
(14.383.047)
(46.839.516)
(12.460.644)
(12.578.064)
(2.749.282)
(1.244.680)
(11.194.730)
(40.227.400)
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
5,2%
4,0%
0,1%
183,1%
28,5%
16,4%
Variação
percentual
2015
2014
(1.217.211)
(1.137.706)
(321.462)
(28.286.038)
(21.724.044)
(3.254.551)
(7.864.020)
(63.805.032)
(1.197.272)
(1.118.542)
(244.442)
(24.008.174)
(18.143.688)
(2.892.373)
(8.006.914)
(55.611.405)
1,7%
1,7%
31,5%
17,8%
19,7%
12,5%
(1,8)%
14,7%
Atividade bancária
Nossas despesas não financeiras aumentaram 16,4%, passando de R$ 40.227 milhões em 2014 para
R$ 46.840 milhões em 2015. Essa elevação foi devida, principalmente, ao aumento de: (i) 5,2% nas despesas
de pessoal, de R$ 12.461 milhões em 2014 para R$ 13.104 milhões em 2015, devido ao incremento das
despesas com proventos, encargos sociais e benefícios, como resultado do aumento dos níveis salariais,
conforme convenções coletivas de 2014 e 2015; (ii) 4,0% nas despesas administrativas, reflexo, basicamente:
(a) dos reajustes contratuais; (b) do crescimento do volume de negócios e serviços no período; e (c) da
desvalorização de 47,0% do real frente ao dólar no período. O índice de inflação nos últimos 12 meses, IPCA,
atingiu 10,7%, demonstrando nosso consistente controle de custos advindo das ações do Comitê de
Eficiência, cujas iniciativas de eficiência ocasionaram um rebalanceamento entre as despesas de pessoal e
administrativas; (iii) 183,1% em perdas líquidas de operações em moeda estrangeira, basicamente, reflexo
da desvalorização do real perante ao dólar no período; e (iv) 28,5% em outras despesas não financeiras, que
foram impactadas, principalmente, por maiores: (a) constituições de provisões para contingencias fiscais; (b)
despesas por análise de recuperabilidade de ativos – impairment; (c) despesas tributárias; e (d) despesas
com provisões judiciais.
117 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Seguros, previdência e capitalização
Nossas despesas não financeiras aumentaram em 14,7%, passando de R$ 55.611 milhões em 2014
para R$ 63.805 milhões em 2015. Esse acréscimo deveu-se, principalmente, à elevação de: (i) 17,8% na
nossa despesa com variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência, que passou de R$
24.008 milhões em 2014 para R$ 28.286 milhões em 2015, decorrente, principalmente, do crescimento de R$
19.104 milhões no volume de nossas provisões técnicas relacionadas ao VGBL; e (ii) 19,7% em sinistros
retidos, principalmente, no ramo de saúde.
Imposto de renda e contribuição social
Elaboramos as informações sobre segmentos para que a Administração possa avaliar o desempenho
e tomar decisões referentes a alocação de recursos para investimentos e outros fins. O cálculo do imposto
de renda e contribuição social, conforme exigido pelas regras atuais brasileiras, é realizado para cada
entidade legal e divulgado em uma base consolidada. Consequentemente, não há um relacionamento direto
com a apresentação por segmento. As decisões da Administração para fins de impostos são baseadas em
uma análise por entidade legal e em uma base consolidada, consequentemente, a Administração considera
os dados consolidados, os quais foram discutidos e analisados, como a divulgação relevante em relação a
tomada de decisões.
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia, o desdobramento do cálculo dos encargos com
imposto de renda e contribuição social:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Consolidado
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social
Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes
Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos:
Participações em coligadas e joint ventures
Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar)
Crédito tributário líquido do passivo diferido (2)
Outros valores (3)
Imposto de renda e contribuição social do exercício
Alíquota efetiva
(1)
2015
9.603.583
(4.321.612)
2014
19.330.791
(7.732.316)
687.623
2.305.695
2.341.220
555.926
1.438.003
-
7.621.396
8.634.322
(89,9)%
1.824.074
(3.914.313)
20,2%
(1)
Alíquotas vigentes: (i) de 25% para o imposto de renda; (ii) de 15% para a contribuição social para as empresas financeiras e equiparadas, e do ramo segurador, e de 20%, de setembro
de 2015 até dezembro de 2018, de acordo com a Lei nº 13.169/15; e (iii) de 9% para as demais empresas;
(2)
Em 2015, constituição de crédito tributário, líquido do passivo diferido, relativo à majoração de alíquota da contribuição social, conforme Lei n o 13.169/15; e
(3)
Inclui, basicamente: (i) a variação cambial de ativos e passivos, derivados de investimentos no exterior; (ii) a equalização da alíquota efetiva da contribuição social em relação à alíquota
(45% em 2015 e 40% e 2014) demonstrada; e (iii) as deduções incentivadas.
Nosso imposto de renda e contribuição social apresentou uma redução de R$ 12.549 milhões no
comparativo entre 2015 e 2014. Esta redução deveu-se, principalmente: (i) à redução do resultado antes dos
impostos; e (ii) aos efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos, descritos a seguir: (a) variação de
R$ 5.797 milhões em outros valores, impulsionado, basicamente, pela variação cambial de ativos e passivos,
derivados de investimentos no exterior; (b) constituição de crédito tributário em função da majoração de
alíquota de contribuição social, conforme Lei nº 13.169/15, no valor de R$ 2.341 milhões; e (c) ao maior efeito
de juros sobre o capital próprio, no valor de R$ 868 milhões. Para informações adicionais sobre imposto de
renda e contribuição social, veja Nota 17 de nossas demonstrações contábeis consolidadas no “Item 18.
Demonstrações Contábeis”.
Lucro líquido
Como resultado do anteriormente exposto, nosso lucro líquido atribuído aos controladores, cresceu
18,4%, de R$ 15.315 milhões em 2014 para R$ 18.133 milhões em 2015. Nosso lucro líquido do exercício
apresentou crescimento percentual similar ao nosso lucro líquido atribuído aos controladores, evoluindo de
R$ 15.416 milhões em 2014 para R$ 18.238 milhões em 2015.
118 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Resultados das operações para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 comparado com o
exercício findo em 31 de dezembro de 2013
As tabelas a seguir demonstram os principais componentes de nosso lucro líquido relativamente a
2014 e 2013, para a Companhia e por segmento. Estas informações por segmento são preparadas de acordo
com o BR GAAP, que são as práticas onde estão baseados os relatórios usados pela Administração para
avaliar desempenho e tomar decisões:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Consolidado
Resultado líquido de juros
Despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Receitas não financeiras
Despesas não financeiras
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores
Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores
2014
2013
50.045.767
(10.291.386)
74.714.867
(95.138.457)
19.330.791
(3.914.313)
15.416.478
15.314.943
101.535
49.300.483
(9.623.870)
59.102.884
(84.460.328)
14.319.169
(1.833.031)
12.486.138
12.395.920
90.218
Variação
percentual
1,5%
6,9%
26,4%
12,6%
35,0%
113,5%
23,5%
23,5%
12,5%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
Resultado líquido de juros
Despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Receitas não financeiras
Despesas não financeiras
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores
Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores
2014
2013
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
3,4%
43.034.717
41.600.095
(10.432.347)
(9.731.376)
7,2%
18.941.498
(40.227.400)
11.316.468
(771.896)
10.544.572
10.532.724
11.848
13.863.017
(38.318.914)
7.412.822
789.516
8.202.338
8.195.099
7.239
36,6%
5,0%
52,7%
28,6%
28,5%
63,7%
2014
2013
4.556.146
58.354.327
(55.611.405)
7.299.068
(2.843.493)
4.455.575
4.354.752
100.823
5.589.989
Variação
percentual
(18,5)%
-
-
47.559.845
(47.113.728)
6.036.106
(2.253.451)
3.782.655
3.692.531
90.124
22,7%
18,0%
20,9%
26,2%
17,8%
17,9%
11,9%
Resultado líquido de juros
A tabela a seguir demonstra os principais componentes de nosso resultado líquido de juros antes das
perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos, relativamente a 2014 e 2013, de
maneira consolidada e por segmento:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2014
Consolidado
Receita de juros e similares
Despesa de juros e similares
Resultado líquido de juros
Atividade Bancária
Receita de juros e similares
Despesa de juros e similares
Resultado líquido de juros
Seguros, Previdência e Capitalização
Receita de juros e similares
Despesa de juros e similares
Resultado líquido de juros
2013
Variação
percentual
103.893.096
(53.847.329)
50.045.767
90.682.625
(41.382.142)
49.300.483
14,6%
30,1%
1,5%
91.858.460
(48.823.743)
43.034.717
79.935.892
(38.335.797)
41.600.095
14,9%
27,4%
3,4%
14.976.204
(10.420.058)
4.556.146
11.578.317
(5.988.328)
5.589.989
29,3%
74,0%
(18,5)%
119 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia e por segmento, quanto do aumento de nosso
resultado líquido de juros foi atribuível às alterações no volume médio de ativos que rendem juros e obrigações
sobre as quais incidem juros, e quanto foi atribuível às alterações nas taxas médias de juros e quanto foi
atribuível às variações dos efeitos da valorização/desvalorização do real perante ao dólar, em cada caso, para
2014 e 2013:
Em milhares de reais
Consolidado
Atividade Bancária
Seguros, Previdência e
Capitalização
2014/2013
Aumento/(redução)
Devido às alterações no volume médio de ativos que rendem juros e
obrigações sobre as quais incidem juros
Devido às alterações nas taxas médias de juros
Devido à valorização/desvalorização do real
Alteração líquida
4.246.341
3.315.600
(3.572.308)
71.251
745.284
(1.952.137)
71.158
1.434.621
438.033
(1.471.969)
93
(1.033.843)
Atividade bancária
Nosso resultado líquido de juros aumentou 3,4%, passando de R$ 41.600 milhões em 2013 para R$
43.035 milhões em 2014. Esse acréscimo deveu-se, principalmente, ao aumento do volume médio dos
negócios, que contribuiu com R$ 3.316 milhões, reflexo: (i) da elevação de 7,6% no saldo médio dos ativos
que rendem juros, aumentando nossas receitas em R$ 7.053 milhões, destacando-se o acréscimo de: (a)
65,1% no saldo médio dos ativos financeiros disponíveis para venda; (b) 15,9% no saldo médio dos ativos
cedidos em garantia; e (c) 9,7% no saldo médio dos empréstimos e adiantamentos a clientes, parcialmente,
compensado: (ii) pelo aumento de 9,0% no saldo médio das obrigações que incidem juros, que impactaram o
resultado em R$ 3.737 milhões, destacando-se a evolução de: (a) 33,2% no saldo médio dos recurso de
emissão de títulos; (b) 15,8% no saldo médio dos depósitos de poupança; e (c) 8,7% no saldo médio das
captações no mercado aberto. As alterações nas taxas médias de juros reduziram o nosso resultado líquido
de juros em R$ 1.952 milhões, principalmente, pelo aumento da taxa média de juros paga, que passou de
7,0% em 2013 para 8,2% em 2014. A desvalorização do real perante ao dólar aumentou o nosso resultado
líquido de juros, no valor de R$ 71 milhões.
Seguros, previdência e capitalização
Nosso resultado líquido de juros diminuiu 18,5%, passando de R$ 5.590 milhões em 2013 para R$
4.556 milhões em 2014. Essa redução deveu-se, principalmente, ao aumento: (i) na taxa média de juros das
provisões técnicas de seguros e previdência, que passou de 4,8% em 2013 para 7,6% em 2014, aumentando
nossas despesas em R$ 3.858 milhões; e (ii) de 8,9% no volume médio das provisões técnicas de seguros e
previdência, que passou de R$ 125.179 milhões em 2013 para R$ 136.308 milhões em 2014, impactando o
resultado em R$ 574 milhões. Tais eventos foram, parcialmente, compensados: (i) pela evolução de 9,4% no
volume médio dos ativos que rendem juros, que passaram de R$ 137.759 milhões em 2013 para R$ 150.756
milhões em 2014, contribuindo com R$ 1.012 milhões no resultado; e (ii) pela maior taxa média de juros
auferida, que passou de 8,4% em 2013 para 9,9% em 2014, contribuindo com R$ 2.386 milhões em nosso
resultado.
120 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Receita de juros e similares
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, o saldo médio dos principais
componentes de nossos ativos que rendem juros e as taxas de juros médias auferidas, em 2014 e 2013:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Consolidado
2014
Saldo médio de ativos que rendem juros
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outros ativos que rendem juros
Total
Taxa de juros média auferida
Variação
percentual
2013
83.791.866
84.494.315
24.024.810
130.319.525
76.830.557
317.455.318
47.038.434
605.011
764.559.836
13,6%
80.909.973
79.895.464
3.791.552
112.404.700
104.232.013
289.336.399
42.757.972
575.113
713.903.186
12,7%
3,6%
5,8%
533,6%
15,9%
(26,3)%
9,7%
10,0%
5,2%
7,1%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
2014
Saldo médio de ativos que rendem juros
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outros ativos que rendem juros
Total
Taxa de juros média auferida
38.154.167
68.021.629
36.671
130.319.525
76.798.394
317.431.062
47.038.434
605.011
678.404.893
13,5%
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
2013
40.282.390
41.194.576
61.905
112.404.700
103.829.578
289.305.361
42.757.972
575.113
630.411.595
12,7%
(5,3)%
65,1%
(40,8)%
15,9%
(26,0)%
9,7%
10,0%
5,2%
7,6%
2014
45.264.456
16.471.883
23.988.139
65.031.667
150.756.145
9,9%
Variação
percentual
2013
40.215.667
38.700.888
3.729.647
55.112.417
137.758.619
8,4%
12,6%
(57,4)%
543,2%
18,0%
9,4%
Para mais informações sobre as taxas médias de juros por tipo de ativos, veja “Item 4.B. Visão Geral
dos Negócios - Informações Estatísticas Selecionadas - Saldos médios das contas patrimoniais e Informações
sobre taxa de juros”.
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia e por segmento, quanto do aumento em nossas
receitas de juros e similares foi atribuível às alterações no volume médio de ativos que rendem juros, quanto
foi atribuível às alterações nas taxas médias de juros e quanto foi atribuível às variações dos efeitos da
valorização/desvalorização do real perante ao dólar, em cada caso, relativamente a 2014 em comparação
com 2013:
Em milhares de reais
Consolidado
Atividade Bancária
Seguros, Previdência e
Capitalização
2014/2013
Aumento/(redução)
Devido às alterações no volume médio de ativos que rendem juros
Devido às alterações nas taxas médias de juros
Devido à valorização/desvalorização do real
Alteração líquida
7.688.140
5.396.618
125.713
13.210.471
7.052.627
4.744.321
125.620
11.922.568
1.011.650
2.386.144
93
3.397.887
Atividade bancária
A receita de juros e similares cresceu 14,9%, de R$ 79.936 milhões em 2013 para R$ 91.858 milhões
em 2014. Esse crescimento deveu-se, em grande parte: (i) à elevação no volume médio dos negócios, que
impactou positivamente nosso resultado em R$ 7.053 milhões, observado, principalmente na receita de juros
e similares com: (a) empréstimos e adiantamentos a clientes; (b) ativos financeiros disponíveis para venda; e
(c) ativos cedidos em garantia; (ii) às alterações nas taxas de juros média auferida, aumentando nossas
receitas em R$ 4.744 milhões, em função, substancialmente, do aumento da taxa média de juros auferida
com: (a) empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras; (b) ativos financeiros disponíveis para
121 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
venda; e (c) ativos financeiros para negociação; e (iii) à desvalorização do real perante ao dólar, aumentando
nossas receitas de juros e similares em R$ 126 milhões.
A receita de juros e similares com empréstimos e adiantamentos a clientes aumentou 11,1%, de R$
48.663 milhões em 2013 para R$ 54.065 milhões em 2014. Esse aumento está relacionado ao crescimento
de 9,7% no saldo médio da carteira de empréstimos e adiantamentos a clientes, que passou de R$ 289.305
milhões em 2013 para R$ 317.431 milhões em 2014, impactando positivamente as receitas de juros e
similares em R$ 4.784 milhões. A principal razão deste aumento foi nosso foco estratégico nas operações
relacionadas a financiamento imobiliário, crédito pessoal e cartão de crédito.
A receita de juros e similares oriunda de ativos financeiros disponíveis para venda cresceu 113,0%,
de R$ 3.564 milhões em 2013 para R$ 7.592 milhões em 2014. Esse aumento deveu-se, principalmente, ao
aumento de 65,1% no saldo médio destas operações, passando de R$ 41.195 milhões em 2013 para R$
68.022 milhões em 2014, que contribuiu com R$ 2.787 milhões no resultado.
A receita de juros e similares oriunda de ativos cedidos em garantia cresceu 9,3%, passando de R$
12.771 milhões em 2013 para R$ 13.954 milhões em 2014. Essa variação reflete o aumento de 15,9% no
volume médio dessas operações, passando de R$ 112.405 milhões em 2013 para R$ 130.320 milhões em
2014, o qual impactou positivamente a receita de juros e similares em R$ 1.949 milhões.
O crescimento da receita de juros e similares devido às alterações nas taxas de juros médias
auferidas, no montante de R$ 4.870 milhões é reflexo, basicamente, do aumento: (i) da taxa média de juros
auferida com ativos financeiros disponíveis para venda, de 8,7% em 2013 para 11,2% em 2014, aumentando
nosso resultado em R$ 1.241 milhões; (ii) nas taxas de juros médias auferidas nos empréstimos e
adiantamentos a instituições financeiras, que passou de 8,6% em 2013 para 11,2% para 2014, contribuindo
com R$ 2.312 milhões em nosso resultado; e (iii) da taxa média de juros auferida com ativos financeiros para
negociação, que incrementou nosso resultado em R$ 624 milhões. As elevações nas taxas médias auferidas
refletem as alterações das taxas de juros brasileiras, principalmente a SELIC, que passou de 10,0% em 2013
para 11,75% em 2014.
O crescimento da receita de juros e similares foi, parcialmente, compensado pela redução da receita
originária dos empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras, no montante de R$ 2.641 milhões,
devido à redução no volume médio desses ativos, que passou de R$ 103.830 milhões em 2013 para R$
76.798 milhões em 2014.
Seguros, previdência e capitalização
Nossa receita de juros e similares cresceu 29,3%, passando de R$ 11.578 milhões em 2013 para R$
14.976 milhões em 2014. Esse crescimento deveu-se, principalmente, ao aumento: (i) nas taxas médias de
nossos ativos que rendem juros, que contribuiu com R$ 2.386 milhões no resultado, evidenciado,
basicamente, pelo aumento na taxa média de juros auferida com: (a) empréstimos e adiantamentos a
instituições financeiras, de 6,2% em 2013 para 8,2% em 2014, que impactou positivamente nossas receitas
em R$ 1.217 milhões; e (b) ativos financeiros para negociação, de 8,4% em 2013 para 10,7% em 2014,
aumentando nossas receitas em R$ 996 milhões; e (ii) no volume médio das operações, que contribui com
R$ 1.012 milhões no resultado.
122 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Despesa de juros e similares
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, o saldo médio dos principais
componentes de nossas obrigações sobre as quais incidem juros e as taxas de juros médias pagas sobre
essas obrigações em 2014 e 2013:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Consolidado
2014
Saldo médio de obrigações sobre as quais incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total
Taxa média de juros paga
Variação
percentual
2013
695.132
84.921.694
91.990.788
192.967.597
56.123.972
69.849.843
35.826.626
136.308.516
668.684.168
8,1%
671.404
73.307.137
99.565.994
182.981.063
49.273.352
52.476.783
35.560.706
125.179.124
619.015.563
6,7%
3,5%
15,8%
(7,6)%
5,5%
13,9%
33,1%
0,7%
8,9%
8,0%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
2014
Saldo médio de obrigações sobre as quais incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total
Taxa média de juros paga
695.132
84.921.694
92.009.740
258.528.965
56.123.972
69.980.074
35.826.626
598.086.203
8,2%
2013
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
671.404
73.307.137
99.584.128
237.777.033
49.273.352
52.550.531
35.560.706
548.724.291
7,0%
2014
3,5%
15,8%
(7,6)%
8,7%
13,9%
33,2%
0,7%
9,0%
136.308.516
136.308.516
7,6%
Variação
percentual
2013
125.179.124
125.179.124
4,8%
8,9%
8,9%
Para mais informações sobre as taxas de juros médias por tipo de passivo, veja “Item 4.B. Visão Geral
dos Negócios - Informações Estatísticas Selecionadas - Saldos médios das contas patrimoniais e informações
sobre taxa de juros”.
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia e por segmento, quanto do aumento em nossa
despesa de juros e similares foi atribuível às alterações no volume médio de obrigações sobre as quais
incidem juros, quanto foi atribuível às alterações nas taxas médias de juros e quanto foi atribuível às variações
dos efeitos da valorização/desvalorização do real perante ao dólar, em cada caso relativamente a 2014 em
comparação com 2013:
Em milhares de reais
Consolidado
Atividade Bancária
Seguros, Previdência e
Capitalização
2014/2013
Devido às alterações no volume médio de obrigações sobre as quais incidem juros
Devido às alterações nas taxas médias de juros
Devido à valorização/desvalorização do real
Alteração líquida
3.441.799
8.968.926
54.462
12.465.187
Aumento/(redução)
3.737.027
6.696.457
54.462
10.487.946
573.617
3.858.113
4.431.730
Atividade bancária
Nossa despesa de juros e similares aumentou 27,4%, passando de R$ 38.336 milhões em 2013 para
R$ 48.824 milhões em 2014. Este aumento reflete, basicamente: (i) a alteração das taxas médias de juros,
no valor de R$ 6.696 milhões, em função das maiores taxas médias de juros pagas nas operações de: (a)
captações no mercado aberto, passando de 8,2% em 2013 para 9,5% em 2014, impactando nossas despesas
em R$ 3.102 milhões; (b) depósito à prazo, passando de 5,9% em 2013 para 7,0% em 2014, aumentando as
despesas em R$ 1.102 milhões; e (c) recursos de emissão de títulos, passando de 6,9% em 2013 para 9,6%
123 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
em 2014, aumentando as despesas em R$ 1.634 milhões; (ii) a desvalorização do real perante ao dólar,
aumentando nossas despesas de juros e similares em R$ 54 milhões; e (iii) o crescimento de 9,0% no volume
médio das obrigações sobre as quais incidem juros, passando de R$ 548.724 milhões em 2013 para R$
598.086 milhões em 2014, impactando as despesas em R$ 3.737 milhões, devido, principalmente, ao
aumento de: (a) 8,7% no saldo médio das captações no mercado aberto, passando de R$ 237.777 milhões
em 2013 para R$ 258.529 milhões em 2014, impactando nossas despesas em R$ 1.806 milhões; e (b) 33,2%
do saldo médio dos recursos de emissão de títulos, impactando as despesas em R$ 1.424 milhões.
Seguros, previdência e capitalização
Nossa despesa de juros e similares aumentou 74,0%, passando de R$ 5.988 milhões em 2013 para
R$ 10.420 milhões em 2014. Este aumento reflete, basicamente, o aumento da taxa média de juros das
provisões técnicas, que passou de 4,8% em 2013 para 7,6% em 2014, aumentando nossas despesas em R$
3.858 milhões.
Despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos a clientes
Em razão das diferenças conceituais entre os critérios de perdas por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos a clientes em BR GAAP e em IFRS, e para melhor entendimento das
informações apresentadas, demonstramos a seguir uma reconciliação destas diferenças de práticas
contábeis, bem como as respectivas análises das variações das despesas em IFRS:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2014
Despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Atividade Bancária - BR GAAP
Diferenças de Práticas (IFRS X BR GAAP)
Consolidado - IFRS
Variação
percentual
2013
(10.432.347)
140.961
(10.291.386)
(9.731.376)
107.506
(9.623.870)
7,2%
31,1%
6,9%
O montante das despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos para o segmento bancário em BR GAAP é representativo do montante das despesas com
perdas por redução ao valor recuperável em uma base consolidada em BR GAAP, que, por sua vez, é
representativo do montante das despesas com perdas por redução ao valor recuperável em uma base
consolidada em IFRS, exceto pelas diferenças de práticas contábeis.
Principal diferença de prática contábil das despesas com perdas por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos
A principal diferença de prática contábil entre o BR GAAP, por meio da Resolução CMN nº 2.682/99,
e o IFRS, por meio do IAS 39, é a forma de reconhecimento e mensuração das perdas por redução ao valor
recuperável de empréstimos e adiantamentos. Enquanto a prática adotada pelo Banco Central é o
provisionamento com base em um misto de perdas esperadas e incorridas, em IFRS o reconhecimento e
mensuração das perdas por redução ao valor recuperável é baseado nas perdas incorridas. Para maiores
informações, veja “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios – Regulamentação e Supervisão – Regulamentação
bancária - Tratamento de empréstimos e adiantamentos” e Nota 3.1 de nossas demonstrações contábeis no
“Item 18 Demonstrações Contábeis”.
A tabela a seguir demonstra as mudanças em nossas perdas por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos, a despesa com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos, os empréstimos recuperados e as baixas de empréstimos para os exercícios findos em 2014
e 2013, bem como nosso índice de despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos
e adiantamentos em relação aos empréstimos e adiantamentos a clientes (expresso como uma porcentagem
do saldo médio de empréstimos e adiantamentos a clientes), em todos os casos com base nas informações
financeiras consolidadas preparadas de acordo com o IFRS:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
2014
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos no início do ano
Despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Empréstimos recuperados
Baixas de empréstimos
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos no final do ano
% de despesas com perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos em
relação ao saldo médio dos empréstimos e adiantamentos a clientes
124 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
Variação
percentual
2013
19.858.234
10.291.386
3.924.514
(12.941.457)
21.132.677
19.914.294
9.623.870
3.640.014
(13.319.944)
19.858.234
3,2%
3,3%
(0,3)%
6,9%
7,8%
(2,8)%
6,4%
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
O saldo de nossas perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos a
clientes cresceu 6,4%, de R$ 19.858 milhões em 2013 para R$ 21.133 milhões em 2014. Esse crescimento
deveu-se, principalmente, à: (i) evolução de 7,8% no saldo dos empréstimos e adiantamentos a clientes; e (ii)
ao movimento do mix da carteira de empréstimos e adiantamentos, que impactou, principalmente, os
seguintes produtos: (a) capital de giro, cuja perda por redução ao valor recuperável alocada passou de R$
2.018 milhões em 2013 para R$ 2.513 milhões em 2014; (b) cartão de crédito, cuja perda alocada passou de
R$ 3.073 milhões em 2013 para R$ 3.406 milhões em 2014; (c) financiamento imobiliário, cuja perda alocada
passou de R$ 797 milhões em 2013 para R$ 1.047 milhões em 2014; e (d) repasses BNDES/Finame, cuja
perda alocada passou de R$ 863 milhões em 2013 para R$ 1.071 milhões em 2014. Adicionalmente,
destacamos que os empréstimos vencidos, mas sem redução ao valor recuperável reduziram 2,8% e as
operações com redução ao valor recuperável evoluíram apenas 3,5%, de R$ 29.799 milhões em 2013 para
R$ 30.841 milhões em 2014, o que representou 8,8% do total dos empréstimos e adiantamentos a clientes
em 2014, sendo que essa representatividade era de 9,2% em 2013.
Os empréstimos e adiantamentos a clientes classificados como não vencidos e sem redução ao valor
recuperável cresceram 8,5%, de R$ 287.052 milhões em 2013 para R$ 311.424 milhões em 2014, dos quais
98,1% foram classificados como “baixo risco”.
O cálculo das perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos compreende
uma análise individual dos empréstimos e adiantamentos deteriorados de clientes e uma análise das perdas
com empréstimos e adiantamentos a clientes individualmente não significativos, conforme segue:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de
Perdas com empréstimos e adiantamentos a clientes individualmente significativos
Perdas com empréstimos e adiantamentos a clientes individualmente não significativos
Total
2014
2013
1.589.280
19.543.397
774.795
19.083.439
21.132.677
19.858.234
Variação
percentual
105,1%
2,4%
6,4%
A elevação de 6,9% nas despesas com perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos, está relacionada à evolução de R$ 1.042 milhões ou 3,5% no saldo dos empréstimos e
adiantamentos a clientes com redução ao valor recuperável, bem como a alteração do mix de produtos. As
recuperações de empréstimos problemáticos aumentaram 7,8%, enquanto as baixas reduziram 2,8%, quando
comparados a 2013.
Nosso nível de perdas com empréstimos, definidos como o valor das baixas líquidas de empréstimos
em relação ao saldo médio dos empréstimos e adiantamentos a clientes, inclusive vencidos, foi de 2,7% em
2014. O percentual de perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos em relação
aos empréstimos e adiantamentos a clientes permaneceu em 6,1% em 2014, a qual acreditamos ser uma
margem confortável, quando observamos o nível histórico de perdas.
Os empréstimos e adiantamentos concedidos às pessoas físicas apresentaram uma evolução de
9,8%, passando de R$ 128.636 milhões em 2013 para R$ 141.220 milhões em 2014, onde destacamos neste
período, os produtos: (i) financiamento imobiliário; e (ii) crédito pessoal.
Os empréstimos e adiantamentos destinados às pessoas jurídicas evoluíram 6,5% no ano, passando
de R$ 195.344 milhões em 2013 para R$ 207.977 milhões em 2014, principalmente, devido aos seguintes
produtos: (i) financiamento imobiliário – plano empresário; e (ii) crédito rural.
Acreditamos que o montante de nossa perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos é suficiente para cobrir perdas incorridas ligadas à nossa carteira.
125 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Receitas não financeiras
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, os principais componentes de
nossas receitas não financeiras relativamente a 2014 e 2013:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Consolidado
Resultado líquido de serviços e comissões
Ganhos/(perdas) líquidas de ativos e passivos financeiros para negociação
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros disponíveis para venda
Prêmio retido de seguros e plano de previdência
Resultado de participações em coligadas e joint ventures
Outras receitas não financeiras
Total
Variação
percentual
2014
2013
16.739.256
(1.933.003)
(991.894)
50.454.983
1.389.816
9.055.709
74.714.867
14.499.682
(5.790.089)
(6.100.782)
44.887.215
1.062.687
10.544.171
59.102.884
15,4%
(66,6)%
(83,7)%
12,4%
30,8%
(14,1)%
26,4%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
Resultado líquido de serviços e comissões
Ganhos/(perdas) líquidas de ativos e passivos financeiros para negociação
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros disponíveis para venda
Prêmios retidos de seguros e planos de previdência
Resultado de participações em coligadas e joint ventures
Outras receitas não financeiras
Total
2014
2013
17.570.839
(1.833.589)
(296.545)
1.220.810
2.279.983
18.941.498
15.639.215
(4.100.749)
(3.880.575)
1.031.280
5.173.846
13.863.017
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
12,4%
(55,3)%
(92,4)%
18,4%
(55,9)%
36,6%
2014
2013
1.557.352
(255.485)
(728.720)
50.454.983
169.431
7.156.766
58.354.327
1.264.869
(1.914.579)
(2.526.016)
44.887.215
31.151
5.817.205
47.559.845
Variação
percentual
23,1%
(86,7)%
(71,2)%
12,4%
443,9%
23,0%
22,7%
Atividade bancária
Nossas receitas não financeiras aumentaram 36,6%, de R$ 13.863 milhões em 2013 para R$ 18.941
milhões em 2014. Esta evolução ocorreu, principalmente, em função: (i) do resultado líquido de serviços e
comissões, que passou de R$ 15.639 milhões em 2013 para R$ 17.571 milhões em 2014, impulsionado pelo
aumento de: (a) 12,5% nas receitas com cartões de crédito, com evolução de 10,5% no faturamento, que
atingiu R$ 131.999 milhões em 2014; (b) 11,5% nas receitas referentes a contas corrente, devido,
principalmente, à ampliação do portfólio de serviços prestados aos nossos clientes e ao aumento do volume
dos negócios; e (c) 21,9% nas receitas com administração de consórcios, decorrente do aumento no
recebimento de lances e do ticket médio e das vendas de novas cotas, gerando um incremento de 138 mil
cotas líquidas no ano; (ii) do resultado de participações em coligadas e joint ventures, que passou de R$ 1.031
milhões em 2013 para R$ 1.221 milhões em 2014, devido, principalmente, à maiores resultados com nossa
coligada Cielo; (iii) da redução de 92,4% nas perdas líquidas de ativos financeiros disponíveis para venda, de
R$ 3.881 milhões em 2013 para R$ 297 milhões em 2014, reflexo, basicamente, da redução das perdas
líquidas dos títulos de renda fixa, com destaque que, em 2014, inclui o reconhecimento da perda por redução
ao valor recuperável de ações do Banco Espírito Santo (BES), no valor de R$ 598 milhões e, em 2013, inclui
o realinhamento de taxas a mercado da totalidade da carteira de NTNs (Notas do Tesouro Nacional),
registrada na categoria “disponível para venda”, mediante o giro desses papéis no mercado; e (iv) ao
decréscimo de 55,3% nas perdas líquidas de ativos e passivos financeiros para negociação, de R$ 4.101
milhões em 2013 para R$ 1.834 milhões em 2014, reflexo, em grande parte, do resultado obtido com títulos
de renda fixa. Tais eventos foram, parcialmente, compensados pela redução de 55,9% nas outras receitas
não financeiras, decorrente, em parte, do resultado obtido com a adesão ao programa de parcelamento e
pagamento à vista de débitos tributários – REFIS, no valor de R$ 1.950 milhões em 2013.
Seguros, previdência e capitalização
Nossas receitas não financeiras aumentaram 22,7%, passando de R$ 47.560 milhões em 2013 para
R$ 58.354 milhões em 2014. Esse desempenho deveu-se, principalmente: (i) ao aumento de 12,4% nas
receitas de prêmios retidos de seguros e planos de previdência, que passaram de R$ 44.887 milhões em
2013 para R$ 50.455 milhões em 2014, resultante, basicamente, do aumento das: (a) receitas de prêmios
emitidos de seguros, passando de R$ 42.226 milhões em 2013 para R$ 47.746 milhões em 2014; e (b)
receitas com contribuições de previdência complementar, que passaram de R$ 3.584 milhões em 2013 para
R$ 3.725 milhões em 2014; (ii) à redução de 71,2% nas perdas líquidas de ativos financeiros disponíveis para
venda, que passaram de R$ 2.526 milhões em 2013 para R$ 729 milhões em 2014, com destaque que, em
2014, inclui o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável de ações, no valor de R$ 617
milhões e, em 2013, inclui o realinhamento de taxas a mercado da totalidade da carteira de NTNs (Notas do
Tesouro Nacional), registrada na categoria “disponível para venda”, mediante o giro desses papéis no
126 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
mercado; e (iii) à redução de 86,7% nas perdas líquidas de ativos e passivos financeiros para negociação,
que passaram de R$ 1.915 milhões em 2013 para R$ 255 milhões em 2014, reflexo, basicamente, do
resultado obtido com títulos de renda fixa.
Principais diferenças entre os saldos dos segmentos e o consolidado
Adicionalmente às explicações acima, destacamos a seguir, as principais diferenças existentes entre
nossas receitas não financeiras por segmento (elaboradas de acordo com o BR GAAP) e nossas receitas não
financeiras consolidadas (elaboradas de acordo com o “IFRS”) para o exercício findo em 31 de dezembro de
2014:
 Resultado líquido de serviços e comissões: a diferença de R$ 2.389 milhões refere-se: (i) ao
método da taxa efetiva de juros, no valor de R$ 1.462 milhões; e (ii) às eliminações e ajustes de outras
operações, no valor de R$ 927 milhões; e
 Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros para negociação: apresenta ajuste no valor de
R$ 156 milhões, ocasionado pelo ajuste no hedge de fluxo de caixa.
Despesas não financeiras
As tabelas a seguir demonstram, para a Companhia e por segmento, os principais componentes de
nossas despesas não financeiras relativamente a 2014 e a 2013:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Exercício findo em 31 de dezembro de
Consolidado
Despesas de pessoal
Despesas administrativas
Depreciação e amortização
Variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência
Sinistros retidos
Despesas de comercialização de planos de seguros e previdência
Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda estrangeira
Outras despesas não financeiras
Total
2014
2013
(13.667.639)
(12.971.521)
(2.932.687)
(24.008.174)
(18.143.688)
(2.891.276)
(1.244.680)
(19.278.792)
(95.138.457)
(12.354.418)
(12.151.537)
(2.740.830)
(20.001.807)
(15.484.691)
(2.467.037)
(1.093.597)
(18.166.411)
(84.460.328)
Variação
Percentual
10,6%
6,7%
7,0%
20,0%
17,2%
17,2%
13,8%
6,1%
12,6%
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Atividade Bancária
Segmento
Despesas de pessoal
Despesas administrativas
Depreciação e amortização
Variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência
Sinistros retidos
Despesas de comercialização de planos de seguros e previdência
Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda estrangeira
Outras despesas não financeiras
Total
2014
2013
(12.460.644)
(12.578.064)
(2.749.282)
(1.244.680)
(11.194.730)
(40.227.400)
(11.200.617)
(12.068.420)
(2.625.748)
(1.093.597)
(11.330.532)
(38.318.914)
Seguros, Previdência e Capitalização
Variação
percentual
11,2%
4,2%
4,7%
13,8%
(1,2)%
5,0%
2014
2013
(1.197.272)
(1.118.542)
(244.442)
(24.008.174)
(18.143.688)
(2.892.373)
(8.006.914)
(55.611.405)
(1.092.479)
(1.102.065)
(180.381)
(20.001.807)
(15.484.691)
(2.468.101)
(6.784.204)
(47.113.728)
Variação
percentual
9,6%
1,5%
35,5%
20,0%
17,2%
17,2%
18,0%
18,0%
Atividade bancária
Nossas despesas não financeiras aumentaram 5,0%, passando de R$ 38.319 milhões em 2013 para
R$ 40.227 milhões em 2014. Essa elevação foi devida, principalmente, ao aumento de: (i) 11,2% nas
despesas de pessoal, de R$ 11.201 milhões em 2013 para R$ 12.461 milhões em 2014, devido: (a) ao
incremento das despesas com proventos, encargos sociais e benefícios, como resultado do aumento dos
níveis salariais, conforme convenções coletivas de 2013 e 2014; e (b) maiores despesas com provisão para
processos trabalhistas, principalmente, devido ao aprimoramento da metodologia de cálculo de tais provisões,
que impactaram o resultado em R$ 488 milhões; (ii) 4,2% nas despesas administrativas, reflexo, basicamente:
(a) da ampliação da rede em 2.440 pontos de atendimento, com destaque para o Bradesco Expresso; (b) dos
reajustes contratuais; e (c) crescimento do volume de negócios e serviços no período. Destacamos que, o
índice de inflação nos últimos 12 meses, IPCA, atingiu 6,4%, demonstrando nosso consistente controle de
custos em relação ao desempenho de nossas despesas administrativas; e (iii) 13,8% nas perdas líquidas de
operações em moeda estrangeira, refletindo a desvalorização do real frente ao dólar em 2014.
127 Bradesco
5.A. Resultados Operacionais
Formulário 20-F
Seguros, previdência e capitalização
Nossas despesas não financeiras aumentaram em 18,0%, passando de R$ 47.114 milhões em 2013
para R$ 55.611 milhões em 2014. Esse acréscimo deveu-se, principalmente, à elevação de: (i) 20,0% na
nossa despesa com variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência, de R$ 20.002 milhões
em 2013 para R$ 24.008 milhões em 2014, decorrente, principalmente, do crescimento de R$ 12.623 milhões
no volume de nossas provisões técnicas relacionadas ao produto VGBL, e com destaque que, em 2013,
decorrente do atendimento à Circular nº 462/13 da SUSEP pelo Grupo Segurador, que resultou na adoção
da “estrutura a termo de taxas de juros livres de risco – ETTJ” como taxa de desconto do fluxo de passivo
atuarial, foram revertidas provisões, no valor de R$ 2.572 milhões e, em 2014, foram revertidas provisões
técnicas, de acordo com a Circular mencionada anteriormente, no valor de R$ 754 milhões; e (ii) 17,2% em
sinistros retidos, principalmente, no ramo de saúde.
Imposto de renda e contribuição social
Elaboramos as informações sobre segmentos para que a Administração possa avaliar o desempenho
e tomar decisões referentes a alocação de recursos para investimentos e outros fins. O cálculo do imposto
de renda e contribuição social, conforme exigido pelas regras atuais brasileiras, é realizado para cada
entidade legal e divulgado em uma base consolidada. Consequentemente, não há um relacionamento direto
com a apresentação por segmento. As decisões da Administração para fins de impostos são baseadas em
uma análise por entidade legal e em uma base consolidada, consequentemente, a Administração considera
os dados consolidados, os quais foram discutidos e analisados, como a divulgação relevante em relação a
tomada de decisões.
A tabela a seguir demonstra, para a Companhia, o desdobramento do cálculo dos encargos com
imposto de renda e contribuição social:
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Consolidado
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social
Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes
Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos:
Participações em coligadas e joint ventures
Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar)
Crédito tributário líquido do passivo diferido
(1)
2014
19.330.791
(7.732.316)
2013
14.319.169
(5.727.668)
555.926
1.438.003
1.824.074
(3.914.313)
20,2%
425.075
1.289.620
462.270
1.717.672
(1.833.031)
12,8%
Outros valores (2)
Imposto de renda e contribuição social do exercício
Alíquota efetiva
(1)
Alíquotas vigentes: (i) de 25% para o imposto de renda; (ii) de 15% para a contribuição social; e
(2)
Inclui, basicamente, (i) a variação cambial de ativos e passivos, derivados de investimentos no exterior; e (ii) as deduções incentivadas.
A despesa com imposto de renda e contribuição social aumentou de R$ 1.833 milhões em 2013 para
R$ 3.914 milhões em 2014. Esta variação deveu-se, principalmente: (i) à evolução do resultado antes da
tributação sobre o lucro, que passou de R$ 14.319 milhões em 2013 para R$ 19.331 milhões em 2014; e (ii)
ao fato de não termos créditos tributários de períodos anteriores relacionados à operações de aquisição de
investimentos no ano de 2014, sendo que tivemos R$ 462 milhões em 2013. Este aumento foi parcialmente
compensado pela evolução de: (i) R$ 148 milhões nos juros sobre o capital próprio; (ii) R$ 131 milhões em
participações em, coligadas; e (iii) R$ 106 milhões em outros valores. Para informações adicionais sobre
imposto de renda e contribuição social, veja Nota 17 de nossas demonstrações contábeis consolidadas no
“Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Lucro líquido
Como resultado do anteriormente exposto, nosso lucro líquido atribuído aos controladores, cresceu
23,5%, de R$ 12.396 milhões em 2013 para R$ 15.315 milhões em 2014. Nosso lucro líquido do exercício
apresentou crescimento percentual similar ao nosso lucro líquido atribuído aos controladores, evoluindo de
R$ 12.486 milhões em 2013 para R$ 15.416 milhões em 2014.
128 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Administração de ativos e obrigações
Nossa política geral sobre a administração de ativos e obrigações pressupõe: administrar riscos de
taxa de juros, liquidez, câmbio e vencimento para maximizar nossa receita líquida de operações financeiras
e nosso retorno sobre ativos e capital, à luz de nossa política interna de gestão de riscos e manter níveis
adequados de liquidez e capital.
Como parte de nossa administração de ativos e obrigações, procuramos evitar descasamentos
substanciais entre ativos e obrigações, fazendo coincidir, na medida do possível, a estrutura de vencimentos,
moedas e taxas de juros dos empréstimos que concedemos, conforme os termos das operações, segundo as
quais financiamos esses empréstimos. Respeitadas as diretrizes de nossa política e os limites estabelecidos
pelo nosso Conselho de Administração, assumimos periodicamente posições descasadas quanto a taxas de
juros, vencimentos e, em circunstâncias mais limitadas, moedas estrangeiras, quando acreditamos que essas
posições se justificam em razão de condições e perspectivas de mercado.
Monitoramos nossas posições de ativos e obrigações de acordo com as exigências e diretrizes do
Banco Central. O Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão de Ativos e Passivos reúne-se
quinzenalmente para:
 avaliar estratégias de atuação na gestão de ativos e passivos, dentro dos limites
estabelecidos, baseadas na análise dos cenários político-econômico, nacional e internacional;
 acompanhar e referendar as estratégias de precificação das operações ativas, passivas e
derivativas com nossos clientes;
 definir preços internos de transferência dos recursos (Funds Transfer Price - FTP) de passivos
e ativos em moeda local e estrangeira;
 validar proposta sobre limite de tolerância à exposição a riscos a ser submetida à aprovação
do Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e do Conselho de
Administração; e
 acompanhar e referendar resultados, estratégias, comportamentos e riscos dos
descasamentos e indexadores mantidos pela Organização e geridos pelo Departamento de
Tesouraria.
Ao tomar tais decisões, nossa Administração avalia não somente nossos limites de exposição
referentes a cada segmento de mercado e produto, mas também os níveis de volatilidade do mercado e a
extensão a qual estamos expostos a riscos de mercado por meio de “descasamentos” de taxas de juros,
vencimentos, liquidez e moeda. Ela também considera outros riscos em potencial, bem como a liquidez do
mercado, nossas necessidades institucionais e oportunidades de ganho observadas. O Comitê Executivo de
Tesouraria para a Gestão de Ativos e Passivos pode realizar reuniões extraordinárias, conforme necessário
em resposta às alterações macroeconômicas inesperadas.
Além disso, nossa Administração recebe relatórios diários sobre nossas posições descasadas e em
aberto, enquanto que o Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão de Ativos e Passivos avalia
quinzenalmente nossa posição quanto a riscos.
Liquidez e captação
Dispomos de políticas, processos, métricas e limites para controle dos riscos de liquidez. A
composição da nossa Reserva Mínima de Liquidez (“RML”) está em consonância com as melhores práticas
de mercado, bem como alinhada com os requisitos de Basileia III.
Nosso Departamento de Tesouraria atua como um centro de suporte para nossos vários segmentos
comerciais, administrando nossas posições de financiamento e liquidez e cumprindo nossos objetivos de
investimento, de acordo com nossa política de administração de ativos e obrigações. Ele é também
responsável por estabelecer as taxas de nossos produtos, inclusive operações de câmbio e interfinanceiras.
O Departamento de Tesouraria cobre qualquer escassez de recursos de financiamento, por meio de captação
no mercado interbancário, procurando maximizar o uso eficiente de nossa base de depósitos, investindo
quaisquer excedentes em instrumentos líquidos no mercado interbancário.
129 Bradesco
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
Temos utilizado nossa liquidez excedente para investir em títulos públicos e esperamos continuar a
fazê-lo, observadas as exigências regulamentares e considerações sobre investimentos. Nossas principais
fontes de financiamento são:
 depósitos à vista, de poupança e a prazo, bem como depósitos interfinanceiros; e
 captações no mercado aberto, obrigações por empréstimos e repasses, recursos de emissão
de títulos e dívidas subordinadas, parte deles expressos em moedas estrangeiras.
A tabela a seguir demonstra a média dos saldos e a taxa de juros reais média de nossas fontes de
captação (que incidem juros e também as que não incidem juros) para os períodos indicados, mensuradas
usando saldos de final de mês:
2015
Em milhares de reais, exceto porcentagem
Saldo médio
Obrigações que incidem juros
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total de obrigações sobre as quais incidem juros
Obrigações que não incidem juros
Depósitos à vista
Outras obrigações que não incidem juros
Total de obrigações que não incidem juros
Total do passivo
% do
total
2014
Taxa
média
Saldo médio
2013
% do
total
Taxa
média
Saldo médio
% do
total
Taxa
média
621.904
91.075.494
83.978.162
211.686.661
64.029.996
97.739.942
38.601.843
156.922.463
744.656.465
0,1%
10,4%
9,6%
24,3%
7,3%
11,2%
4,4%
18,0%
85,4%
12,0%
7,1%
7,1%
11,1%
4,8%
11,8%
12,1%
10,3%
9,6%
695.132
84.921.694
91.990.788
192.967.597
56.123.972
69.849.843
35.826.626
136.308.516
668.684.168
0,1%
10,7%
11,6%
24,3%
7,1%
8,8%
4,5%
17,1%
84,1%
12,4%
6,4%
7,0%
9,9%
3,2%
9,6%
10,6%
7,6%
8,1%
671.404
73.307.137
99.565.994
182.981.063
49.273.352
52.476.783
35.560.706
125.179.124
619.015.563
0,1%
9,8%
13,3%
24,4%
6,6%
7,0%
4,7%
16,7%
82,4%
9,4%
5,6%
5,9%
9,1%
3,9%
6,9%
8,8%
4,8%
6,7%
26.969.963
99.995.194
126.965.157
871.621.622
3,1%
11,5%
14,6%
100,0%
8,2%
35.138.920
91.429.077
126.567.997
795.252.165
4,4%
11,5%
15,9%
100,0%
6,8%
36.876.193
95.039.096
131.915.289
750.930.852
4,9%
12,7%
17,6%
100,0%
5,5%
Os depósitos são a nossa fonte de captação mais importante, representando 23,4% do saldo médio
das obrigações em 2015, comparado com 26,8% em 2014 e 28,0% em 2013. Nosso saldo de depósitos
durante estes anos progrediu da seguinte maneira:
 em 2014, o saldo médio dos nossos depósitos aumentou 1,1% em comparação a 2013,
devido, principalmente, ao aumento de 15,8% no saldo médio de nossos depósitos de poupança
que foi, parcialmente, compensado pela queda de 7,6% do saldo médio de nossos depósitos a
prazo e de 4,7% do saldo médio de nossos depósitos à vista; e
 em 2015, o saldo médio dos nossos depósitos reduziu 4,5% em comparação a 2014, devido,
principalmente, a redução de 22,7% no saldo médio de nossos depósitos à vista, a redução de
8,4% em nossos depósitos a prazo, que foi, parcialmente, compensado pelo aumento de 7,2%
do saldo médio de nossos depósitos de poupança.
Captações no mercado aberto, obrigações por empréstimos e repasses e recursos de emissão de
títulos são uma das principais fontes de captação, representando 42,9% do total médio das obrigações de
2015, comparado com 40,1% em 2014 e 37,9% em 2013.
A tabela a seguir demonstra, para os períodos indicados, nossas fontes de captação e liquidez, assim
como nossas demais obrigações que não incidem juros:
Em milhares de reais
Em 31 de dezembro de
Depósitos interfinanceiros
Depósitos de poupança
Depósitos a prazo
Captações no mercado aberto
Obrigações por empréstimos e repasses
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de seguros e previdência
Total das obrigações que incidem juros
Depósitos à vista
Outras obrigações que não incidem juros
Total das obrigações que não incidem juros
Total das obrigações
130 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
2015
466.448
91.878.765
79.619.267
222.291.364
70.337.884
109.850.047
50.282.936
170.940.940
795.667.651
23.819.783
116.301.326
140.121.109
935.788.760
2014
641.205
92.154.815
85.790.391
219.359.890
58.998.135
85.030.399
35.821.666
146.559.220
724.355.721
33.027.296
90.776.194
123.803.490
848.159.211
2013
963.855
80.717.805
95.866.825
185.055.358
56.094.850
57.883.068
35.885.003
130.329.023
642.795.787
40.619.737
82.783.164
123.402.901
766.198.688
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
Depósitos
Os depósitos responderam por 20,9% do total de obrigações em 31 de dezembro de 2015. Nossos
depósitos consistem, basicamente, de depósitos a prazo e de poupança, expressos em reais e com juros,
bem como os depósitos à vista, sobre os quais não incidem juros, também expressos em reais. O aumento
no saldo médio de nossos depósitos de poupança de 2014 para 2015 deveu-se, principalmente, pelo maior
volume de captação desses depósitos. Salientamos que temos aumentado constantemente nossa base de
poupadores, sendo que em 2015, tivemos uma evolução líquida de 1,0 milhão de novas contas de poupança,
enquanto que a queda do saldo médio dos depósitos a prazo e à vista, refletiu as novas alternativas de
investimentos disponibilizadas para os clientes. Para informações adicionais sobre nossos depósitos, veja
“Item 4.B. Visão Geral dos Negócios - Informações Estatísticas Selecionadas – Média dos saldos dos
depósitos e taxas de juros”.
Captações no mercado aberto
As captações no mercado aberto consistem, principalmente, de recursos obtidos em instituições
financeiras no mercado através da venda de títulos com acordos de recompra. Em 31 de dezembro de 2015,
tínhamos captações no mercado aberto no valor de R$ 222.291 milhões. Em 31 de dezembro de 2014,
tínhamos captações no mercado aberto no valor de R$ 219.360 milhões, um aumento de R$ 34.305 milhões
se comparado a 31 de dezembro de 2013.
Obrigações por empréstimos e repasses
As obrigações por empréstimos são constituídas, principalmente, com funding de linhas obtidas junto
a bancos correspondentes para o financiamento de importação e exportação, bem como emissões de títulos
de dívida mobiliária de curto prazo. Nosso acesso a esta fonte de recursos tem sido contínuo e as captações
ocorrem com taxas e prazos nas condições do mercado.
As obrigações por repasses consistem, basicamente, de recursos para repasses locais, em que
tomamos emprestado de entidades e órgãos governamentais nacionais para conceder empréstimos a
empresas brasileiras, para investimentos em instalações, equipamentos, agricultura, entre outros.
Em 31 de dezembro de 2014, o saldo de nossas obrigações por empréstimos e repasses apresentou
aumento de R$ 2.903 milhões em relação à 2013, devido, basicamente: (i) ao acréscimo de R$ 1.621 milhões
no volume de recursos captados por empréstimos e repasses no país, principalmente, por meio de operações
do Finame; e (ii) ao aumento de R$ 1.282 milhões nas obrigações por empréstimos e repasses denominadas
e/ou indexadas em moeda estrangeira, cujo saldo passou de R$ 15.400 milhões em dezembro de 2013 para
R$ 16.682 milhões em dezembro de 2014, ocasionado, principalmente, pela desvalorização do real frente ao
dólar de 13,4% no período.
Em 31 de dezembro de 2015, o saldo de nossas obrigações por empréstimos e repasses totalizaram
R$ 70.338 milhões, um aumento de R$ 11.340 milhões em relação a 31 de dezembro de 2014. O aumento
foi, basicamente, atribuído: (i) ao aumento de R$ 15.437 milhões nas obrigações por empréstimos e repasses
denominadas e/ou indexadas em moeda estrangeira, cujo saldo passou de R$ 16.682 milhões em dezembro
de 2014 para R$ 32.119 milhões em dezembro de 2015, ocasionado, principalmente, pela desvalorização do
real frente ao dólar de 47,0%; e compensado: (ii) pela redução de R$ 4.097 milhões, ou 9,7%, no volume de
recursos captados por empréstimos e repasses no país, principalmente, por meio de operações do Finame.
Recursos de emissão de títulos
Os recursos de emissão de títulos consistem, basicamente de: (i) letras financeiras; (ii) letras de
crédito imobiliário; (iii) letras de agronegócio; (iv) euronotes; e (v) títulos emitidos por meio de securitização.
Em 31 de dezembro de 2014, o saldo de nossos recursos de emissão de títulos era de R$ 85.030
milhões, um aumento de R$ 27.147 milhões em relação a 31 de dezembro de 2013. O crescimento de nossos
recursos de emissão de títulos foi, basicamente, atribuído ao aumento de: (i) R$ 19.753 milhões em recursos
obtidos pela emissão de letras financeiras; (ii) R$ 5.867 milhões em emissões de letras de crédito imobiliário;
e (iii) R$ 4.200 milhões em emissões de letras de agronegócio.
Em 31 de dezembro de 2015, o saldo de nossos recursos de emissão de títulos era de R$ 109.850
milhões, um aumento de R$ 24.820 milhões em relação a 31 de dezembro de 2014. O crescimento de nossos
recursos de emissão de títulos foi, basicamente, atribuído ao aumento de: (i) R$ 16.731 milhões em recursos
obtidos pela emissão de letras financeiras; (ii) R$ 8.360 milhões em emissões de letras de crédito imobiliário;
e foi parcialmente compensado por: (iii) um menor volume de operações no exterior, no valor de R$ 810
milhões.
131 Bradesco
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
Dívidas subordinadas
As dívidas subordinadas totalizaram R$ 35.822 milhões em dezembro de 2014, apresentando
estabilidade em relação à 2013.
As dívidas subordinadas totalizaram R$ 50.283 milhões em dezembro de 2015, apresentando
aumento de 40,4%, ou R$ 14.461 milhões, ocasionado, basicamente: (i) pela emissão de novas dívidas
subordinadas; (ii) pela variação cambial; e compensado, em parte: (iii) pelos vencimentos de dívidas ocorridos
nos períodos.
Depósitos compulsórios no Banco Central
Por exigência do Banco Central, somos obrigados, na qualidade de instituição financeira, a depositar
um determinado valor de recursos no Banco Central ou a comprar e deter títulos do Tesouro Nacional. Não
podemos utilizar esses depósitos compulsórios para qualquer outro fim. O Banco Central determina os juros
a serem pagos sobre esses depósitos, se houver. Para mais informações sobre exigências de depósitos
compulsórios, veja “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios – Captação de depósitos”.
Em 31 de dezembro de 2014, o saldo de nossos depósitos compulsórios reduziu 8,0%, de R$ 55.381
milhões em 31 de dezembro de 2013 para R$ 50.925 milhões em 31 de dezembro de 2014, principalmente,
em razão da redução do nosso volume médio de depósitos a prazo e à vista.
Em 31 de dezembro de 2015, o saldo de nossos depósitos compulsórios aumentou 7,6%, de R$
50.925 milhões em 31 de dezembro de 2014 para R$ 54.792 milhões em 31 de dezembro de 2015,
principalmente, em razão do aumento da exigibilidade sobre o saldo de nossos depósitos a prazo.
Fontes de liquidez adicional
Em algumas circunstâncias limitadas, nós podemos obter fundos emergenciais do Banco Central,
através de uma transação referida como redesconto. Um redesconto é uma operação de crédito do Banco
Central para uma instituição financeira, que é garantido por títulos do governo, que a instituição possui. O
montante dos títulos do governo mantido pela instituição financeira como ativos de negociação limita o valor
das transações de redesconto. Nós nunca precisamos captar do Banco Central através de transações de
“redesconto” com o objetivo de liquidez. Em 31 de dezembro de 2015, nós tínhamos R$ 93.833 milhões
disponíveis em títulos do governo classificados como ativos financeiros para negociação que poderiam ser
usados para essa finalidade.
Fluxos de caixa
Durante 2015, 2014 e 2013, nosso fluxo de caixa foi, basicamente, afetado pela nossa estratégia na
condução dos negócios e alterações no ambiente econômico brasileiro. A tabela a seguir demonstra as
principais variações nos fluxos de caixa durante os períodos indicados:
Em 31 de dezembro de
Caixa líquido proveniente de/(aplicado em) atividades operacionais
Caixa líquido proveniente de/(aplicado em) atividades de investimento
Caixa líquido proveniente de/(aplicado em) atividades de financiamento
Aumento/(redução) em caixa e equivalentes de caixa
2015
(61.354.165)
(11.961.302)
12.994.265
(60.321.202)
Em milhares de reais
2014
80.799.123
(3.443.356)
8.999.501
86.355.268
2013
98.492.798
(23.186.678)
(6.375.062)
68.931.058
2015
Durante 2015, tivemos um diminuição líquida de R$ 60.321 milhões em caixa e equivalentes de caixa,
em decorrência do caixa líquido proveniente das atividades operacionais, no valor de R$ 61.354 milhões e de
investimento, no valor de R$ 11.961 milhões. Tais diminuições foram compensadas, parcialmente, pelo
aumento líquido do caixa proveniente de nossas atividades de financiamento, no montante de R$ 12.994
milhões.
Em 2015, o caixa aplicado em nossas atividades operacionais resultou, principalmente do aumento:
(i) em ativos financeiros para negociação, no valor de R$ 80.159 milhões; e (ii) em empréstimos e
adiantamentos a clientes, no valor de R$ 95.026 milhões. Os eventos mencionados foram compensados,
parcialmente: (i) pela redução líquida em recursos de instituições financeiras, no valor de R$ 40.729 milhões;
(ii) pelo recebimento/pagamento de juros, no valor de R$ 23.901 milhões; (iii) pela redução em passivos
financeiros mantidos para negociação, no valor de R$ 16.030 milhões; e (iv) pela variação de provisões
técnicas de seguros e planos de previdência, no valor de R$ 28.286 milhões.
O caixa aplicado em nossas atividades de investimento resultou, basicamente: (i) da aquisição/
alienação líquida de ativos financeiros disponíveis para venda, no valor de R$ 22.007 milhões; e (ii) da
132 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
aquisição de imobilizado de uso e ativos intangíveis, no valor de R$ 4.154 milhões. Tais eventos foram
compensados, parcialmente, pelos juros recebidos, no valor de R$ 13.033 milhões.
O caixa proveniente de nossas atividades de financiamento resultou, basicamente: (i) dos recursos
de emissão de títulos, no valor de R$ 68.385 milhões; e (ii) de emissão de dívidas subordinadas, no valor de
R$ 11.304 milhões. Os eventos mencionados foram compensados, parcialmente, pelos: (i) pagamentos de
recursos de emissão de títulos, no valor de R$ 49.218 milhões; (ii) pagamentos de juros sobre o capital próprio
e dividendos, no valor de R$ 5.008 milhões; (iii) juros pagos, no montante de R$ 11.094 milhões; e (iv)
pagamentos de dívidas subordinadas, no valor de R$ 1.271 milhões.
2014
Durante 2014, tivemos um aumento líquido de R$ 86.355 milhões em caixa e equivalentes de caixa
em decorrência do caixa líquido proveniente das atividades operacionais, no valor de R$ 80.799 milhões e de
financiamento, no valor de R$ 9.000 milhões. Tais incrementos foram impactados pela aplicação do caixa
líquido em nossas atividades de investimentos, no montante de R$ 3.443 milhões.
Em 2014, o caixa originado por nossas atividades operacionais resultou, principalmente: (i) da
redução em empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras, no valor de R$ 19.562 milhões; (ii) do
aumento líquido em recursos de instituições financeiras e de clientes, no valor de R$ 63.358 milhões; (iii) do
recebimento/pagamento de juros, no valor líquido de R$ 22.073 milhões; (iv) da redução em ativos financeiros
para negociação, no valor de R$ 14.690 milhões; e (v) da variação de provisões técnicas de seguros e planos
de previdência, no valor de R$ 24.008 milhões. Os eventos mencionados foram compensados, parcialmente,
pelo aumento em empréstimos e adiantamentos a clientes, no valor de R$ 88.723 milhões.
O caixa aplicado em nossas atividades de investimento resultou, basicamente: (i) da aquisição líquida
da alienação de ativos financeiros disponíveis para venda, no valor de R$ 11.183 milhões; e (ii) da aquisição
de imobilizado de uso e ativos intangíveis, no valor de R$ 2.830 milhões. Tais eventos foram compensados,
parcialmente, pelos juros recebidos, no valor de R$ 9.143 milhões.
O caixa proveniente de nossas atividades de financiamento resultou, basicamente, dos recursos de
emissão de títulos, no montante de R$ 53.526 milhões. Tal evento foi compensado, parcialmente, pelos: (i)
pagamentos de recursos de emissão de títulos, no valor de R$ 32.578 milhões; (ii) pagamentos de juros sobre
o capital próprio e dividendos, no valor de R$ 3.925 milhões; (iii) juros pagos, no montante de R$ 4.704
milhões; e (iv) pagamentos de dívidas subordinadas, no valor de R$ 2.706 milhões.
2013
Durante 2013, tivemos um aumento líquido de R$ 68.931 milhões em caixa e equivalentes a caixa
em decorrência do caixa líquido proveniente das atividades operacionais, no valor de R$ 98.493 milhões. Tal
incremento foi impactado pela aplicação do caixa líquido em nossas atividades de investimentos, no montante
de R$ 23.187 milhões e, em nossas atividades de financiamento, no montante de R$ 6.375 milhões.
Em 2013, o caixa originado por nossas atividades operacionais resultou, principalmente: (i) da
redução em empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras, no valor de R$ 87.999 milhões; (ii) do
aumento líquido em recursos de instituições financeiras e de clientes, no valor de R$ 57.119 milhões; e (iii)
recebimento/pagamento de juros, no valor líquido de R$ 22.143. Os eventos mencionados foram
compensados, parcialmente, pelo aumento em empréstimos e adiantamentos a clientes, no valor de R$
95.688 milhões.
O caixa aplicado em nossas atividades de investimento resultou, basicamente: (i) da aquisição e
alienação de ativos financeiros disponíveis para venda, no valor líquido de R$ 26.434 milhões; e (ii) da
aquisição de imobilizado de uso e ativos intangíveis, no valor de R$ 3.696 milhões. Tais eventos foram
compensados, parcialmente, pelos juros recebidos, no valor de R$ 4.720 milhões.
O caixa aplicado em nossas atividades de financiamento resultou, basicamente, do: (i) pagamento de
recursos de emissão de títulos, no valor de R$ 38.525 milhões; (ii) pagamento de juros sobre o capital próprio
e dividendos, no valor de R$ 4.363 milhões; (iii) juros pagos, no montante de R$ 5.923 milhões; e (iv)
pagamento de dívidas subordinadas, no valor de R$ 1.762 milhões. Tais eventos foram compensados,
parcialmente, pelo caixa oriundo dos recursos de emissão de títulos, no montante de R$ 43.567 milhões.
Cumprimento de exigências referentes a capital – Basileia III
Com intuito de solucionar deficiências reveladas pela recente crise econômica mundial, em dezembro
de 2010, o G20 aprovou um conjunto de medidas proposto pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia,
conhecido como “Basileia III”. O objetivo desta reforma é aprimorar as regras de gestão sobre capital e liquidez
133 Bradesco
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
das instituições financeiras, promovendo o fortalecimento do setor bancário, atenuando assim os impactos de
eventuais crises financeiras e suas consequências na economia real.
A primeira medida trata sobre o fortalecimento do capital das instituições financeiras. Em princípio, o
capital principal será composto fundamentalmente pelo capital social (ações ordinárias e ações preferenciais
não resgatáveis e sem cumulatividade de dividendos), e por lucros retidos, deduzidos os valores referentes
aos ajustes regulamentares (créditos tributários, ágios pagos na aquisição de investimentos e ativos
permanentes diferidos, entre outros). Ao final das deduções, Basileia III exigirá que os bancos mantenham:
(i) um índice mínimo de capital principal de 4,5%; (ii) um índice mínimo de capital nível I de 6,0%; e (iii) um
índice mínimo de capital total de 8,0%.
Em janeiro de 2011, o Comitê de Supervisão Bancária de Basileia (“BCBS”) publicou um documento
conhecido como “Anexo de 13 de Janeiro” no qual ampliou as regras de Basileia III, com exigências adicionais
aplicáveis ao Capital Nível 1 e Nível 2. O Anexo de 13 de Janeiro indica que um instrumento de capital emitido
por um banco deve conter uma cláusula que exija que esse instrumento, por opção do órgão regulador
competente, seja cancelado ou convertido em ações ordinárias, mediante a ocorrência de um “evento
ativador”. Configura um “evento ativador", a ocorrência de qualquer um dos seguintes eventos: (i) a decisão
de cancelamento do instrumento, sem o qual o banco se tornaria insolvente; e (ii) a decisão de fazer uma
injeção pública de capital, ou um subsídio equivalente, sem a qual o banco se tornaria insolvente. Estes
requisitos adicionais serão aplicados a todos os instrumentos emitidos depois de janeiro de 2013.
Instrumentos qualificados emitidos antes daquela data e que não atendam aos requisitos adicionais (mas
atendam aos demais requisitos existentes na respectiva data de emissão) serão gradativamente deduzidos
da mensuração do capital durante um período de dez anos, a partir de 2013.
Em junho de 2011, o BCBS publicou o documento “Basel III: A global regulatory framework for more
resilient banks and banking systems - revised”, em resposta regulatória internacional à crise financeira e
bancária de 2008. A versão revisada das medidas referentes a Basileia III busca aumentar a qualidade e
quantidade do capital das instituições financeiras, a fim de tornar o sistema financeiro mais resiliente e reduzir
riscos e custos. Este acordo reflete um movimento contínuo de aprimoramento da estrutura prudencial
aplicável às instituições financeiras, tendo a definição do capital regulatório e o montante de capital alocado
como elementos primordiais.
De acordo com as recomendações de Basileia III, foram previstas modificações nos requerimentos
de capital para risco de crédito de contraparte, tanto para a abordagem padronizada como para as abordagens
baseadas em classificações interna de risco (IRB), de forma a garantir a inclusão dos riscos relevantes na
estrutura de capital.
O acordo Basileia III recomenda que seja implementado um Índice de Alavancagem como medida
complementar de capital, apurado pela divisão do valor do Nível I do capital pelo valor da exposição total. No
cálculo da exposição total, prevê-se a utilização de informações contábeis líquidas de provisões, sem a
dedução de nenhum tipo de mitigador de risco de crédito ou de depósitos. A partir de janeiro de 2018, está
prevista a exigência de um valor mínimo para o Índice de Alavancagem, inicialmente em 3,0%.
Ademais, com o objetivo de estabelecer requerimentos mínimos quantitativos para a liquidez das
instituições financeiras, Basileia III propõe que sejam definidos dois índices de liquidez: um de curto prazo e
outro de longo prazo.
O Índice de Liquidez de Curto Prazo (LCR) terá por finalidade evidenciar que as instituições contam
com recursos de alta liquidez, para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo com duração de um
mês. O Índice de Liquidez de Longo Prazo (NSFR) busca incentivar as instituições a financiarem suas
atividades com fontes mais estáveis de captação. Basileia III previu a exigência de um valor superior a 1 (um)
para o LCR a partir de janeiro de 2015 e para o NSFR a partir de janeiro de 2018.
O Brasil é membro do BCBS desde final de 2009 e, portanto, aplicou as propostas de Basileia III. Com
efeito, o Banco Central emitiu o Comunicado nº 20.615/11, que dispôs sobre orientações preliminares e
cronograma relativos à implementação das recomendações acerca da estrutura de capital e de requerimentos
de liquidez. De acordo com este comunicado, o regulador pretendia antecipar a implementação de diversas
medidas.
Em junho de 2011, o CMN emitiu a Resolução 3,988/11, a qual determina que as instituições
financeiras brasileiras devem implementar uma estrutura de gerenciamento de capital compatível com a
natureza de suas operações, a complexidade de seus produtos e serviços oferecidos e sua exposição à risco.
O gerenciamento de capital é definido com um processo contínuo de (i) monitoramento and controle do capital
da instituição financeira, (ii) cálculo da necessidade de capital em vista dos riscos aos quais a instituição
financeira está exposta e (iii) planejamento de metas e exigências de capital considerando os objetivos
134 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
estratégicos da instituição. As instituições financeiras devem divulger ao público um relatório com a descrição
de sua estrutura de gerenciamento de capital, pelo menos 1 vez por ano.
De acordo com as regras preliminares do Banco Central, o Brasil seguiria o cronograma internacional
para adotar gradualmente as definições e exigências de capital durante os próximos anos. O cronograma
inicialmente proposto tinha início em janeiro de 2013. Contudo, foi adiado para março deste mesmo ano,
permanecendo o termo final para implementação dessas regras, janeiro de 2019.
Em fevereiro de 2013, foi instituída a medida provisória nº 608/13 que integra o conjunto de medidas
normativas que o Brasil vem adotando para aderir às recomendações de Basileia III. A Referida norma altera
a provisão de capital das instituições financeiras, dispondo sobre o crédito presumido e títulos de crédito e
instrumentos emitidos por instituições financeiras para composição de seu PR. Determina também que a
distribuição de dividendos aos acionistas de instituições financeiras está sujeita ao cumprimento das regras
prudenciais estabelecidas pelo CMN.
Em março de 2013, o Banco Central publicou 4 Resoluções e 15 Circulares, por meio das quais
implementou as recomendações do BCBS. Em linha com as recomendações internacionais e com as práticas
atuais, o nível mínimo de capital foi determinado como uma porcentagem do ativo ponderado de risco.
De acordo com as regras estabelecidas pela Resolução n° 4.192/13 do CMN, recentemente alterada
pelas Resoluções No. 4.440/15 e 4.442/15 do CMN, o PR de uma instituição financeira é representado pelo
somatório do Capital Nível I e Nível II e será utilizado na determinação de seus limites operacionais.
O Capital Nível I visa assegurar a solvência da instituição financeira, garantindo a continuidade de
sua operação, enquanto o Capital Nível II constitui um capital contingente passível de conversão em capital
efetivo em caso de insolvência. Com a entrada em vigor de Basileia III, passou-se a dividir o Capital Nível I
em dois novos subgrupos: Capital Principal, composto, basicamente, por ações e reservas; e Capital
Complementar, composto, basicamente, por instrumentos análogos aos instrumentos híbridos de capital e
dívida.
A regulamentação do CMN, que introduziu Basileia III no Brasil, definiu com maior rigor e
detalhamento os instrumentos que podem compor cada modalidade de Capital e determinou a dedução de
alguns itens, como o Capital Principal, Complementar e Nível II.
Seguindo as recomendações de Basileia III, a Resolução do CMN nº 4.193/13 instituiu o “Adicional
de Capital Principal” composto por: Adicional de Conservação de Capital Principal, Adicional Contracíclico de
Capital Principal e Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal. De acordo com esta Resolução, o
valor das parcelas de Adicional de Conservação de Capital Principal e Adicional Contracíclico de Capital
Principal aumentará gradualmente, iniciando em 0,625%, a partir de janeiro de 2016, e passando para 2,5%,
a partir de janeiro de 2019. Já a parcela de Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal aumentará
gradualmente de 0,5%, a partir de janeiro de 2017, para 2,0%, a partir de janeiro de 2019. Cabe destacar que,
o Banco Central estabelecerá a metodologia de apuração das parcelas de Adicional Contracíclico de Capital
Principal e de Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal. Com base nesta prerrogativa e
conforme a Circular BACEN n° 3.769/15, o valor apurado da parcela de Adicional Contracíclico de Capital
Principal deve ser de, no máximo, 0,625% do ativo ponderado de risco, no período entre janeiro até dezembro
de 2016.
Até o final do período de transição, em 2019, as parcelas que compõem o Adicional de Capital
Principal (Adicional de Conservação de Capital Principal, Adicional Contracíclico de Capital Principal e
Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal) deverão corresponder a, no mínimo, 2,5% do ativo
ponderado de risco. Em condições normais de mercado, as instituições financeiras devem ter capital
excedente em relação às exigências mínimas em um valor acima do Adicional de Capital Principal, como
definido. O não cumprimento das regras de Adicional de Capital Principal levará a restrições que afetarão a
distribuição de dividendos, bônus, lucros, participação nos lucros e incentivos remuneratórios associados ao
desempenho dos administradores das instituições.
Na regra atual, as instituições financeiras brasileiras, inclusive nós, são obrigadas a manter um capital
(Patrimônio de Referência) igual ou superior a 9,875% dos ativos totais ponderados pelo risco (índice de
Basileia) válido de janeiro de 2016 a dezembro de 2016, calculados de acordo com critérios específicos
estabelecidos pelo Banco Central. O cálculo do Patrimônio de Referência está sujeito a diferentes deduções,
com fatores de ponderação que variam de acordo com a natureza do ativo. Em 31 de dezembro de 2015,
nosso índice de Basileia era de 16,8% dos ativos totais ponderados pelo risco, superior ao nível de 11,0%
exigido pelo Banco Central até dezembro de 2015.
135 Bradesco
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
A tabela a seguir demonstra nossas posições de capital como uma porcentagem do total de ativos de
risco ponderado:
Em porcentagens
Em 31 de dezembro de
Basileia III (1)
Consolidado Prudencial
2015
Capital nível I
Capital principal
Capital nível II
Capital Total
(1)
Basileia III
Consolidado Financeiro
2014
2013
12,7%
12,9%
12,3%
12,7%
12,9%
12,3%
4,1%
3,6%
4,3%
16,8%
16,5%
16,6%
A partir de janeiro de 2015, o indice passou a ser apurado com base no Consolidado Prudencial, conforme Resolução nº 4.192/13 do CMN.
A implantação da nova estrutura de capital no Brasil iniciou-se a partir de outubro de 2013. O Conselho
Monetário Nacional, através da Resolução CMN nº 4.192/13, conforme alterada múltiplas vezes em 2013,
2014 e 2015, dispôs sobre a nova metodologia para apuração do Patrimônio de Referência, em substituição
à Resolução CMN nº 3.444/07. Tendo em vista que tal metodologia implica na introdução de novos ajustes,
adaptamos os números da tabela acima, demonstrando em períodos, a transição de Basileia II para Basileia
III. Os índices publicados em 31 de dezembro de 2012 foram mantidos, mas não são diretamente comparáveis
em função da mudança de critérios trazida pela resolução em vigor.
Em fevereiro de 2015, o CMN emitiu a Resolução 4.401/15, que entrou em vigor em outubro de 2015
e dispõe sobre a definição e os limites mínimos do indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR). O LCR é definido
como a razão entre o estoque de ativos de alta liquidez e o total de saídas líquidas de caixa previstas para
um período de 30 dias, em condições de estresse. O principal objetivo do indicador é propiciar a construção
e a manutenção de uma reserva mínima de ativos líquidos em condições normais de mercado, para, em
períodos de maior escassez ou necessidade de liquidez, serem utilizados para continuidade dos negócios e
estabilidade do sistema financeiro.
O LCR será aplicado às instituições bancárias com ativo total superior a R$ 100,0 bilhões ou que
sejam integrantes de conglomerado prudencial com ativo total superior ao referido valor. O limite mínimo
precisa ser diariamente observado pelas instituições financeiras em períodos de ausência de estresse
financeiro, admitido o cálculo mensal até 31 de dezembro de 2016.
Em atendimento às recomendações do BCBS, em outubro de 2015, entrou em vigor a Circular nº
3.748/15 do Banco Central, que dispõe sobre a Razão de Alavancagem (RA). É um índice que atua em
conjunto com o Índice de Basileia na limitação do nível de exposição a risco assumido pelas instituições
financeiras e avalia a alavancagem por meio da relação entre Capital Nível I e os ativos registrados em valores
contábeis, acrescidas de exposições off-balance (limites, avais, fianças e derivativos).
A partir de 2018, deverá ser definido pelo BCBS um percentual de requerimento desta razão, para a
qual tem utilizado como referência o mínimo de 3,0%.
Gerenciamento de Capital
A estrutura de Gerenciamento de Capital visa a proporcionar condições para o acompanhamento e
controle do capital contribuindo para o alcance das metas estabelecidas nos objetivos estratégicos definidos
pela Organização, através de um planejamento adequado da suficiência de capital. Fazem parte desta
estrutura, Comitês Executivos e um Comitê não Estatutário, que apoiam o Conselho de Administração e a
Diretoria Executiva na tomada de decisões.
Além da estrutura de Comitês, possuimos uma área responsável pela centralização do gerenciamento
de capital, denominada “Gerenciamento de Capital” e “ICAAP”, subordinada ao Departamento de
Planejamento, Orçamento e Controle, que atua em conjunto com o Departamento de Controle Integrado de
Riscos, empresas ligadas, áreas de negócio e diversas áreas de suporte da Organização.
O plano de capital é elaborado anualmente, sendo aprovado pela Diretoria Executiva e Conselho de
Administração. O plano de capital está alinhado ao planejamento estratégico e abrange uma visão prospectiva
de, no mínimo, 3 anos. Na elaboração do plano de capital, são consideradas as ameaças e oportunidades,
metas de crescimento e de participação no mercado, projeções da necessidade de capital para fazer face aos
riscos, bem como, do capital mantido por nós. Estas projeções são, continuamente, monitoradas e controladas
pela área de gerenciamento de capital.
Com a implementação da estrutura de gerenciamento de capital, foi estabelecido o ICAAP, que
proporciona condições para a avaliação da suficiência de capital, considerando os cenários: base e de
estresse, em uma visão prospectiva para identificar ações de capital e de contingência a serem adotadas para
136 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
os respectivos cenários. As informações sobre a suficiência e adequação de capital são importantes
instrumentos de gestão e apoio na tomada de decisões.
Sensibilidade das taxas de juros
A gestão da sensibilidade das taxas de juros constitui um componente chave de nossa política sobre
ativo e passivo. A sensibilidade das taxas de juros é a relação entre as taxas de juros de mercado e a receita
líquida de juros devida até o vencimento ou características de repactuação de ativos que rendem juros e
obrigações sobre as quais incidem juros. Relativamente a qualquer período específico, a estrutura de preços
é considerada equilibrada, quando um valor igual desses ativos ou obrigações vence ou é repactuado nesse
período. Qualquer desequilíbrio entre ativos que rendem juros e obrigações que incidem juros é conhecido
como uma posição de gap (diferença). Um gap negativo indica sensibilidade do passivo e, normalmente,
significa que um declínio em taxas de juros teria um efeito negativo sobre a receita financeira líquida. Ao
contrário, um gap positivo indica sensibilidade do ativo e normalmente significa que um declínio em taxas de
juros teria um efeito positivo sobre a receita financeira líquida. Essas relações podem alterar-se,
significativamente, de um dia para o outro, em decorrência tanto de forças de mercado quanto de decisões
da Administração.
Nossa estratégia quanto à sensibilidade de taxas de juros leva em consideração:
 taxas de retorno;
 o grau de risco subjacente; e
 exigências de liquidez, inclusive reservas bancárias mínimas exigidas pela regulamentação,
índices de liquidez obrigatórios, retirada e vencimento de depósitos, custos de capital e demanda
adicional de recursos.
Monitoramos nossos descasamentos e posições relativos a vencimentos e os administramos dentro
de limites estabelecidos. As posições são analisadas e rediscutidas, toda segunda e quarta sexta-feira de
cada mês, no Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão de Ativos e Passivos.
A tabela a seguir indica os vencimentos de nossos ativos que rendem juros e nossas obrigações
sobre as quais incidem juros em 31 de dezembro de 2015 e pode não refletir posições de gaps de taxas de
juros em outros momentos. Além disso, podem existir variações na sensibilidade de taxas de juros dentro dos
períodos apresentados devido a diferentes datas de repactuação. Também podem ocorrer variações entre as
diferentes moedas nas quais as posições de taxas de juros são detidas.
Em 31 de dezembro de 2015
Ativos que rendem juros
Ativos financeiros para negociação
Ativos financeiros disponíveis para venda
Investimentos mantidos até o vencimento
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes (1)
Depósitos compulsórios no Banco Central
Outros ativos
Total de ativos que rendem juros
Passivos que incidem juros
Recursos de instituições financeiras (2)
Depósitos de poupança (3)
Depósitos a prazo
Recursos de emissão de títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas para seguros e previdência (3)
Total de passivos que incidem juros
Gap ativo/passivo
Gap cumulativo
Índice gap cumulativo / total de ativos que rendem juros
Até 30 dias
31 -180 dias
Em milhares de reais, exceto %
181 - 360 dias
1 - 5 anos
Acima de 5 anos
1.770.700
15.492.144
1.614
117.735.013
25.966.200
36.723.187
50.902.471
248.591.329
44.092.495
14.989.348
310
4.664.281
5.125.023
44.744.794
113.616.251
64.586.993
14.699.465
1.080
535.117
2.631.802
42.725.825
125.180.282
4.048.502
37.119.401
4.692.585
7.948.870
1.893.758
165.677.149
221.380.265
3.744.058
26.071.346
35.307.971
13.606.640
3.627
34.987.872
686.217
114.407.731
148.907.518
65.563.266
20.681.344
51.391.187
6.552.381
91.878.765
15.960.814
4.620.768
275.151
141.710.109
403.353.125
(154.761.796)
(154.761.796)
(17,7)%
11.850.391
20.161.644
3.078
2.787.753
100.366.132
13.250.119
(141.511.677)
(16,2)%
9.485.648
28.486.433
189.632
940.009
59.783.066
65.397.216
(76.114.461)
(8,7)%
42.322.414
55.534.303
26.809.456
25.503.069
201.560.429
19.819.836
(56.294.625)
(6,5)%
1.046.899
23.005.619
30.604.899
83.802.832
27.508.207
3,2%
(1)
Na coluna "indeterminado", refere-se basicamente a operações com cartões de crédito;
(2)
Considera captação no mercado aberto, obrigações por empréstimos e repasses e depósitos interfinanceiros; e
(3)
Os depósitos de poupança e provisões técnicas para seguros e previdência estão classificados no prazo até 30 dias sem considerar a média histórica de giro.
Indeterminado
21.713.948
339.472
27.226.689
49.280.109
49.280.109
76.788.316
8,8%
Total
139.956.696
108.711.176
40.003.560
144.489.921
35.620.410
352.085.516
50.902.471
686.217
872.455.967
293.095.696
91.878.765
79.619.267
109.850.047
50.282.936
170.940.940
795.667.651
76.788.316
-
Sensibilidade de taxas de câmbio
A maioria de nossas operações é expressa em reais. Nossa política é evitar descasamentos
substanciais em taxas de câmbio. Contudo, de um modo geral, temos em aberto, em qualquer momento
específico, obrigações de longo prazo expressas e indexadas a moedas estrangeiras, principalmente, o dólar
norte-americano. Em 31 de dezembro de 2015, nossa exposição passiva de moeda estrangeira líquida,
considerando os derivativos registrados em contas de compensação, era de R$ 33.628 milhões, ou 37,0% do
patrimônio líquido. A exposição de moeda estrangeira líquida consolidada é a diferença entre o total de ativos
137 Bradesco
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
indexados ou expressos em moeda estrangeira e o total de obrigações indexadas ou expressas em moeda
estrangeira, inclusive instrumentos financeiros derivativos, registrados fora do balanço patrimonial.
Nossa posição de moeda estrangeira resulta, principalmente, de nossas compras e vendas de
moedas estrangeiras (basicamente dólares norte-americanos) de exportadores e importadores brasileiros, de
outras instituições financeiras no mercado interbancário e nos mercados monetários a termo e à vista. O
Banco Central regulamenta nossa posição líquida máxima de moeda estrangeira, em aberto, vendida e
comprada.
A composição de nosso ativo, passivo e patrimônio líquido por moeda e prazo em 31 de dezembro
de 2015 é demonstrada na tabela a seguir. Nossos ativos em moeda estrangeira são, em grande parte,
expressos em reais, mas são indexados a moedas estrangeiras, principalmente o dólar norte-americano. A
maioria de nossos passivos em moeda estrangeira é representado, principalmente, pelo dólar norteamericano.
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de 2015
Ativo
Caixa e disponibilidades em bancos
Ativos financeiros para negociação
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Indeterminado
Ativos financeiros disponíveis para venda
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Indeterminado
Investimentos mantidos até o vencimento
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Ativos cedidos em garantia
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Ativos não correntes mantidos para venda
Investimentos em coligadas e joint ventures
Imobilizado de uso
Ativos intangíveis e ágio
Impostos correntes
Impostos diferidos
Outros ativos
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Total
Porcentagem do total de ativos
138 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
R$
Moeda estrangeira
Total
Moeda estrangeira
como uma
porcentagem do total
63.786.334
8.305.430
72.091.764
11,5%
109.948.386
17.239.116
5.845.282
22.112.153
4.242.532
413
235.567
114.190.918
17.239.116
5.845.695
22.347.720
3,7%
0,0%
1,1%
41.605.546
34.259.911
25.209.316
9.133.346
3.575.411
2.859.490
862.030
190.400
45.180.957
37.119.401
26.071.346
9.323.746
7,9%
7,7%
3,3%
2,0%
1.390
4.653.107
35.307.971
140.183.024
33.251.752
1.614
39.478
4.306.897
2.368.658
3.004
4.692.585
35.307.971
144.489.921
35.620.410
53,7%
0,8%
3,0%
6,6%
154.444.545
109.250.853
30.922.491
1.247.104
5.815.325
5.476.818
7.380.281
6.772.977
44.008.950
25.926.115
18.777.156
5.547.304
2
27.617
29.354
44.450
1.388.929
180.370.660
128.028.009
36.469.795
1.247.106
5.815.325
5.504.435
7.409.635
6.817.427
45.397.879
14,4%
14,7%
15,2%
0,0%
0,5%
0,4%
0,7%
3,1%
15.485.474
11.167.226
1.092.961
935.601.639
91,1%
11.303.756
219.834
849.446
91.101.883
8,9%
26.789.230
11.387.060
1.942.407
1.026.703.522
100,0%
42,2%
1,9%
43,7%
8,9%
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
Em milhares de reais, exceto porcentagens
Em 31 de dezembro de 2015
Passivo e Patrimônio Líquido
Recursos de instituições financeiras (1)
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Recursos de clientes
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Passivos financeiros para negociação
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Recursos de emissão de títulos
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Dívidas subordinadas
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Provisões técnicas de seguros e previdência
Provisões
Impostos correntes
Impostos diferidos
Outros passivos (2)
Menos de um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
Patrimônio líquido
Total
Porcentagem do total do passivo, patrimônio líquido e
participação minoritária
(1)
(2)
Moeda estrangeira
R$
Moeda estrangeira
como uma
porcentagem do total
Total
207.961.053
43.279.403
5.718.277
27.998.770
8.111.784
834.104
235.959.823
51.391.187
6.552.381
11,9%
15,8%
12,7%
125.981.449
40.952.435
-
26.206.236
1.369.980
-
152.187.685
42.322.415
-
17,2%
3,2%
-
17.967.873
77.648
-
1.278.968
21.240
-
19.246.841
98.888
-
6,6%
21,5%
-
49.287.663
50.266.402
818.811
3.981.182
5.267.901
228.088
53.268.845
55.534.303
1.046.899
7,5%
9,5%
21,8%
194.031
23.880.856
12.493.612
170.939.994
15.351.099
2.753.967
772.138
273.830
2.928.600
10.512.007
946
13.218
27.137
-
467.861
26.809.456
23.005.619
170.940.940
15.364.317
2.781.104
772.138
58,5%
10,9%
45,7%
0,0%
0,1%
1,0%
-
62.982.435
3.659.254
4.649.174
90.914.762
930.902.336
6.240.492
102.443
404.260
95.801.186
69.222.927
3.761.697
5.053.434
90.914.762
1.026.703.522
9,0%
2,7%
8,0%
9,3%
90,7%
9,3%
100,0%
Considera captações no mercado aberto, obrigações por empréstimos e repasses e depósitos interfinanceiros; e
Outras obrigações são, basicamente, compostas por obrigações contingentes, que não são recursos de captação.
Os instrumentos financeiros derivativos, representados na tabela a seguir, estão na mesma base das
demonstrações contábeis consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
Nosso caixa e equivalentes a caixa em moeda estrangeira são representados, principalmente, por
dólares norte-americanos. Os valores expressos em outras moedas, que incluem euros e ienes, também são
indexados ao dólar norte-americano através de swaps de moeda, limitando efetivamente nossa exposição em
moedas estrangeiras somente ao dólar norte-americano.
139 Bradesco
5.B. Liquidez e Recursos de Capital
Formulário 20-F
Celebramos contratos de instrumentos financeiros derivativos de curto prazo com contrapartes
selecionadas, para administrar nossa exposição global, bem como para ajudar os clientes a administrar suas
exposições. Essas operações envolvem uma variedade de derivativos, inclusive swaps de taxas de juros,
swaps de moeda, futuros e opções. Para informações mais detalhadas sobre esses contratos de instrumentos
financeiros derivativos, veja Nota 20(c) de nossas demonstrações contábeis consolidadas no “Item 18.
Demonstrações Contábeis”. Em 31 de dezembro de 2015, a composição dos valores de referência notional
e/ou contratuais e dos valores justos dos derivativos de negociação mantidos por nós, é demonstrado na
tabela a seguir:
Em 31 de dezembro de 2015
R$
Instrumentos financeiros derivativos
Contratos de futuros a taxas de juros
Compras
Vendas
Contratos de futuros em moeda estrangeira
Compras
Vendas
Contratos de futuros - outros
Compras
Vendas
Contratos de opções a taxa de juros
Compras
Vendas
Contratos de opções em moeda estrangeira
Compras
Vendas
Contratos de opções - outros
Compras
Vendas
Contratos a termo em moeda estrangeira
Compras
Vendas
Contratos a termo - outros
Compras
Vendas
Contratos de swaps
Posição Ativa
Swaps de taxas de juros
Swaps de moedas
Posição Passiva
Swaps de taxas de juros
Swaps de moedas
Em milhares de reais
Valores de Referência
Moeda
estrangeira
Total
120.562.790
50.489.526
-
120.562.790
50.489.526
-
34.101.616
41.360.434
34.101.616
41.360.434
33.399
64.681
-
33.399
64.681
3.840.166
3.638.190
-
3.840.166
3.638.190
-
559.071
6.233.860
559.071
6.233.860
28.449
29.345
-
28.449
29.345
-
15.014.083
16.056.742
15.014.083
16.056.742
118.120
149.969
-
118.120
149.969
91.993.544
-
33.543.125
91.993.544
33.543.125
60.797.118
-
11.531.242
60.797.118
11.531.242
Investimentos
Nos últimos 3 anos, fizemos e esperamos continuar a fazer investimentos significativos relacionados
às melhorias e inovações em tecnologia e na internet, destinados a manter e aumentar nossa infraestrutura
de tecnologia, a fim de aumentar nossa produtividade, acessibilidade, eficácia em termos de custos e a nossa
reputação como líder em inovação tecnológica no setor de serviços financeiros. Fizemos investimentos
significativos em desenvolvimento de sistemas, equipamentos de processamento de dados e outras
tecnologias destinados a incrementar essas metas. Esses investimentos foram em sistemas e tecnologia,
tanto para uso em nossas operações quanto para uso pelos clientes.
140 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
5.C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças
Formulário 20-F
A tabela a seguir demonstra nossos investimentos contabilizados como ativos fixos nos períodos
indicados:
2015
Infraestrutura
Terrenos e edificações
Instalações, imóveis e equipamentos de uso
Sistemas de segurança e comunicações
Sistemas de transporte
SubTotal
Tecnologia da Informação
Sistemas de processamento de dados
Arrendamento financeiro de sistemas de processamento de dados
SubTotal
Total
Em milhares de reais
2014
2013
55.115
1.171.147
24.958
41.982
1.293.202
36.893
981.472
10.539
30.150
1.059.054
65.708
430.477
12.134
4.421
512.740
1.810.294
587.792
2.398.086
3.691.288
1.537.012
519.697
2.056.709
3.115.763
1.803.014
615.791
2.418.805
2.931.545
Durante 2015, efetuamos investimentos, no valor de R$ 3.691 milhões, dos quais R$ 1.293 milhões
referem-se a infraestrutura e R$ 2.398 milhões investidos em serviços de telecomunicações e de
processamento de dados.
Acreditamos que os investimentos de 2016 a 2018 não serão, substancialmente, maiores do que os
níveis de dispêndios históricos e estimamos que, de acordo com a nossa prática durante os últimos anos,
nossos investimentos de 2016 a 2018 serão custeados com nossos próprios recursos. Nenhuma garantia
pode ser dada, porém, de que os investimentos serão efetuados e, se efetuados, de que esses dispêndios
serão feitos nos valores atualmente esperados.
5.C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças
Não aplicável.
5.D. Informações sobre Tendências
Para mais informações, veja “Declarações Prospectivas” e “Item 3.D. Fatores de Risco”, onde
apresentamos os riscos que enfrentamos nas operações de negócios que poderiam afetar nossas atividades
comerciais, resultados operacionais ou liquidez.
5.E. Contratos fora do Balanço Patrimonial
Veja “Item 5.A. Resultados Operacionais – Políticas contábeis críticas – Garantias Financeiras
registradas em contas de compensação”.
5.F. Divulgação Tabular de Obrigações Contratuais
Veja “Item 5.A. Resultados Operacionais – Políticas contábeis críticas – Compromissos e
contingências”.
5.G. Porto Seguro
Não aplicável.
ITEM 6. CONSELHEIROS, MEMBROS DA DIRETORIA EXECUTIVA E FUNCIONÁRIOS
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Somos administrados por nosso Conselho de Administração e nossa Diretoria Estatutária. O
Conselho de Administração estabelece a estratégia corporativa e as políticas, além de supervisionar e
monitorar a Diretoria Estatutária. Por sua vez, a Diretoria Estatutária implementa a estratégia e políticas
estabelecidas pelo Conselho de Administração, bem como é responsável pela nossa administração cotidiana.
141 Bradesco
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Formulário 20-F
A Diretoria Estatutária é atualmente composta por: (i) uma Diretoria Executiva; e (ii) pelos Diretores
Departamentais, Diretores e Diretores Regionais. A Diretoria Executiva é composta por 1 Presidente, 6 VicePresidentes, 8 Diretores(as) Gerentes e 5 Diretores(as) Adjuntos(as).
Nosso Conselho de Administração, com 8 membros, se reúne a cada 90 dias e, extraordinariamente,
sempre que necessário. É responsável por:
 aprovar, caso a caso, qualquer envolvimento de nossos auditores independentes em serviços
de auditoria e não auditoria fornecidos às nossas subsidiárias ou a nós;
 estabelecer nossa estratégia corporativa;
 revisar nossos planos e políticas de negócios; e
 supervisionar e monitorar as atividades de nossa Diretoria Estatutária.
Conforme especificado na seção 3(a)(58) do Securities Exchange Act of 1934, o Conselho de
Administração funciona como nosso Comitê de Auditoria para os fins de aprovação do envolvimento de
nossos auditores independentes em serviços de auditoria ou não auditoria, fornecidos às nossas subsidiárias
ou a nós.
A Diretoria Executiva se reúne semanalmente e é responsável por:
 implementar a estratégia e políticas estabelecidas por nosso Conselho de Administração; e
 nossa administração cotidiana.
Vários membros de nosso Conselho de Administração e da Diretoria Executiva também
desempenham funções na Administração Sênior em nossas subsidiárias, inclusive na BRAM, Bradesco
Financiamentos, Bradesco Consórcios, Bradesco BBI, Bradesco Leasing, BEM DTVM, Bradesco Cartões,
Bradesco Seguros e controladas. Cada uma dessas subsidiárias tem uma estrutura administrativa
independente.
Na forma da legislação brasileira, a eleição de todos os membros de nosso Conselho de
Administração e da Diretoria Estatutária é submetida para a aprovação do Banco Central.
Apresentamos a seguir, as biografias dos atuais membros de nosso Conselho de Administração e
Diretoria Executiva:
Membros do Conselho de Administração:
Lázaro de Mello Brandão, Presidente do Conselho: Nascido em 15.6.1926. Formado em Administração
de Empresas e Economia. Iniciou a carreira em setembro de 1942, como Escriturário, na Casa Bancária
Almeida & Cia., instituição financeira que em 10 de março de 1943 se transformou no Banco Brasileiro de
Descontos S.A., hoje Banco Bradesco S.A. Passou por todos os escalões da carreira bancária, sendo em
janeiro de 1963 eleito Diretor e em setembro de 1977, Diretor Vice-Presidente Executivo. Sucedendo o
fundador do Banco, Amador Aguiar, em janeiro de 1981 assumiu a Presidência da Diretoria, e, em fevereiro
de 1990, cumulativamente, a Presidência do Conselho de Administração. Em março de 1999, indicou o seu
sucessor na Presidência da Diretoria, permanecendo na Presidência do Conselho de Administração. Participa
também da Administração das demais empresas da Organização Bradesco. É Presidente da Mesa Regedora
e Diretor-Presidente da Fundação Bradesco; e Presidente do Conselho de Administração e Diretor-Presidente
da Fundação Instituto de Moléstias do Aparelho Digestivo e da Nutrição (FIMADEN). Além dessas atividades,
é Presidente do Conselho de Administração da Bradespar S.A. Foi: Diretor-Presidente do Sindicato dos
Bancos nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Pará,
Amapá, Rondônia e Roraima, Vice-Presidente da Diretoria da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN),
Membro do Conselho Diretor da FEBRABAN, Presidente do Conselho de Administração do FGC, Presidente
do Conselho de Administração da Companhia Brasileira de Securitização (CIBRASEC) e Membro do
Conselho Consultivo da VBC Participações S.A.
Luiz Carlos Trabuco Cappi, Vice-Presidente do Conselho: Nascido em 6.10.1951. Formado pela
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo, com Pós-Graduação em Sócio-Psicologia na
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Iniciou a carreira no Bradesco em abril de 1969,
passando por todos os escalões da carreira bancária, sendo eleito Diretor em 1984. Em 10 de março de 2009,
assumiu a Presidência da Diretoria Executiva. É, também, Diretor-Presidente das demais empresas da
Organização Bradesco. Além dessas atividades, é Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco
Bradesco S.A., Presidente do Conselho de Representantes e da Diretoria Executiva da Confederação
Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Presidente do Conselho de Administração da Elo Participações
S.A., Membro do Conselho e Diretor da FEBRABAN, Membro do Fórum Brasil – Estados Unidos (organizado
142 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Formulário 20-F
pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no Exterior) e Membro do Comitê Estratégico da
Vale S.A. Foi: Presidente da Bradesco Vida e Previdência, Presidente do Grupo Segurador, Presidente do
Conselho de Administração da Odontoprev S.A. Foi também: Presidente da Comissão de Marketing e
Captação da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP), Presidente
da Associação Nacional da Previdência Privada (ANAPP), Presidente da Federação Nacional de Saúde
Suplementar (FENASAÚDE), Vice-Presidente do Conselho de Representantes da Confederação Nacional
das Instituições Financeiras (CNF), Membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira das Companhias
Abertas (ABRASCA), Membro do Conselho de Administração da ArcelorMittal Brasil (ex: Companhia
Siderúrgica Belgo-Mineira), Membro do Conselho Superior e Diretor Vice-Presidente da Confederação
Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização
(CNSeg), Membro Titular da Association Internationale pour I’Etude de I’Economie de I’Assurance Association de Genève, Genebra, Suíça e Membro do Egrégio Conselho da Academia Nacional de Seguros
e Previdência (ANSP).
Denise Aguiar Alvarez, Conselheira: Nascida em 24.1.1958. Formada em Pedagogia pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP), com Mestrado em Educação pela Universidade de Nova
Iorque - EUA. Em abril de 1986 foi eleita para o Conselho de Administração da Cidade de Deus - Companhia
Comercial de Participações, uma das controladoras do Banco Bradesco S.A., passando a partir de julho de
1988 a exercer, cumulativamente, o cargo de Diretora. Ocupa também o cargo de Membro do Conselho de
Administração do Banco Bradesco S.A., desde fevereiro de 1990, e da Bradespar S.A. desde março de 2000.
É Membro da Mesa Regedora e Diretora Adjunta da Fundação Bradesco, Membro do Conselho de
Administração e Diretora Adjunta da FIMADEN, e Diretora-Presidente da ADC Bradesco – Associação
Desportiva Classista. Além dessas atividades, é Membro do Conselho Consultivo da Associação Pinacoteca
Arte e Cultura – APAC, tendo ocupado anteriormente o cargo de Membro do Conselho de Administração;
Membro do Conselho Deliberativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Membro do Conselho
Curador da Fundação Roberto Marinho, Membro do Conselho Consultivo do Canal Futura e da Fundação
Dorina Nowill para Cegos, Membro do Conselho Geral da Comunitas: Parcerias para o Desenvolvimento
Solidário e Sócia Efetiva da Associação de Apoio ao Programa Alfabetização Solidária (AAPAS). Foi Membro
do Conselho Deliberativo do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (FUSSESP) e Presidente
do Conselho de Governança do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE). É irmã do João Aguiar
Alvarez, também Conselheiro.
João Aguiar Alvarez, Conselheiro: Nascido em 11.8.1960. Formado em Agronomia pela Fundação
Pinhalense de Ensino - Faculdade de Agronomia e Zootecnia Manuel Carlos Gonçalves. Em abril de 1986 foi
eleito para o Conselho de Administração da Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações, uma
das controladoras do Banco Bradesco S.A., passando a partir de abril de 1988 a exercer, cumulativamente,
o cargo de Diretor. Ocupa também o cargo de Membro do Conselho de Administração do Banco Bradesco
S.A., desde fevereiro de 1990 e na Bradespar S.A. desde março de 2000. É Membro da Mesa Regedora e
Diretor Adjunto da Fundação Bradesco e Membro do Conselho de Administração e Diretor Adjunto da
FIMADEN. É irmão da Denise Aguiar Alvarez, também Conselheira.
Carlos Alberto Rodrigues Guilherme, Conselheiro: Nascido em 21.12.1943. Formado em Direito pela
Fundação Pinhalense de Ensino. Iniciou a carreira em dezembro de 1957. Passou por todos os escalões da
carreira bancária, sendo, em março de 1986, eleito Diretor Departamental, em março de 1998, Diretor
Executivo Adjunto, em março de 1999, Diretor Executivo Gerente e, em março de 2009, Membro do Conselho
de Administração, cargo que ocupa atualmente. É Membro do Conselho de Administração da Bradesco
Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil, Membro do Conselho de Administração e do Comitê Estratégico da
BSP Empreendimentos Imobiliários S.A., Membro do Conselho de Administração e Diretor da Cidade de Deus
- Companhia Comercial de Participações, Diretor da NCF Participações S.A., Nova Cidade de Deus
Participações S.A. e Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social. É, também, Membro
da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco, Membro do Conselho de Administração e
Diretor Gerente da FIMADEN, Membro do Conselho de Administração da Bradespar S.A. e Diretor-Presidente
do Banco Bradesco BERJ S.A., tendo exercido anteriormente o cargo de Membro do Conselho de
Administração. Foi Diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais S.A. e da Credireal Leasing S.A. Arrendamento Mercantil.
Milton Matsumoto, Conselheiro: Nascido em 24.4.1945. Formado em Administração de Empresas pela
Centro Universitário FIEO (UNIFIEO). Iniciou a carreira em setembro de 1957. Passou por todos os escalões
da carreira bancária, sendo, em março de 1985, eleito Diretor Departamental, em março de 1998, Diretor
Executivo Adjunto, em março de 1999, Diretor Executivo Gerente e, em março de 2011, Membro do Conselho
de Administração, cargo que ocupa atualmente. É Membro do Conselho de Administração da Bradesco
Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil e da Bradespar S.A., Membro do Conselho de Administração e do
143 Bradesco
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Formulário 20-F
Comitê Estratégico da BSP Empreendimentos Imobiliários S.A., Membro do Conselho de Administração da
Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações, Diretor da NCF Participações S.A., Nova Cidade
de Deus Participações S.A. e Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social. É, também,
Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco e Membro do Conselho de
Administração e Diretor Gerente da FIMADEN. Foi: Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fidelity
Processadora e Serviços S.A., Membro do Conselho de Administração do Banco Bradesco BERJ S.A., Diretor
da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, Diretor Primeiro Secretário do Sindicato dos
Bancos nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Pará,
Amapá, Rondônia e Roraima, Membro Suplente do Conselho de Administração da CPM Braxis S.A. e da
CPM Holdings Ltd., Diretor Secretário do Sindicato das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento
do Estado de São Paulo e da Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e
Investimentos (FENACREFI).
José Alcides Munhoz, Conselheiro: Nascido em 23.7.1948. É Técnico em Contabilidade. Iniciou a carreira
em outubro de 1970, na Agência Santa Maria, RS. Passou por todos os escalões da carreira bancária, sendo
eleito Diretor em março de 1989, Diretor Departamental em janeiro de 1995, Diretor Executivo Adjunto em
março de 1998, Diretor Executivo Gerente em março de 1999, Diretor Vice-Presidente Executivo em janeiro
de 2012, e Membro do Conselho de Administração em março de 2014, cargo que ocupa atualmente. É
Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco, Membro do Conselho de
Administração e Diretor Gerente da FIMADEN. É também: Membro do Conselho de Administração da
Bradespar S.A., BBD Participações S.A., Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil, BSP
Empreendimentos Imobiliários S.A. e Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações, Diretor da
NCF Participações S.A. e da Nova Cidade de Deus Participações S.A. Foi: Membro do Conselho Consultivo
do FIABCI/BRASIL - Capítulo Nacional Brasileiro da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias.
Aurélio Conrado Boni, Conselheiro: Nascido em 19.7.1951. É Técnico em Administração de Empresas pela
Escola Técnica de Comércio “Campos Salles”. Iniciou a carreira no Banco Bradesco S.A. em fevereiro de
1971. Passou por todos os escalões da carreira bancária, sendo eleito Diretor Departamental em dezembro
de 1997, Diretor Executivo Gerente em dezembro de 2001, Diretor Vice-Presidente Executivo em janeiro de
2012 e Membro do Conselho de Administração em março de 2015, cargo que ocupa atualmente. É Membro
da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco, Membro do Conselho de Administração e
Diretor Gerente da FIMADEN. É, também, Membro do Conselho de Administração da BBD Participações S.A.,
da Bradespar S.A. e da Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil e Diretor da NCF Participações S.A.
e da Nova Cidade de Deus Participações S.A. É, também, Membro do Conselho de Administração da CPM
Holdings Limited e IT Partners Ltd., e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fidelity Processadora
e Serviços S.A. Foi: Diretor Vice-Presidente do Banco Bradesco BERJ S.A. e Diretor Gerente da Bradesco
Seguros S.A.
Membros da Diretoria Executiva:
Luiz Carlos Trabuco Cappi, Diretor-Presidente: Sr. Trabuco também ocupa o cargo de Diretor-Presidente.
Sua experiência é descrita em “– Membros do Conselho de Administração”.
Domingos Figueiredo de Abreu, Diretor Vice-Presidente: Nascido em 8.1.1959. Formado em Economia
pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Mogi das Cruzes e em Ciências Contábeis pela
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco (FAC-FITO), com Pós-Graduação em
Administração Financeira (CEAG) pela Fundação Getulio Vargas e MBA Executivo em Finanças pelo Instituto
Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC). Iniciou a carreira em dezembro de 1981 no Banco Bradesco S.A.
Passou por todos os escalões da carreira bancária, sendo, em junho de 2001, eleito Diretor Departamental,
em março de 2002, Diretor Executivo Gerente e, em junho de 2009, Diretor Vice-Presidente Executivo, cargo
que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco e Membro do
Conselho de Administração e Diretor Gerente da FIMADEN. É, também, Presidente do Conselho de
Administração da Cielo S.A. e Membro do Conselho de Administração da CPM Holdings Limited. Foi: Diretor
do Banco BCN S.A., Membro Suplente do Conselho de Administração da CPM Braxis S.A., Membro do
Conselho Técnico de Administração; Membro do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de
Relações com Investidores (IBRI), tendo ocupado, anteriormente, os cargos de Diretor Vice-Presidente e
Diretor Regional São Paulo, Membro do Conselho de Administração da Elo Participações S.A e Membro do
Conselho Diretor da ABRASCA.
Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, Diretor Vice-Presidente: Nascido em 7.6.1959. Formado em
Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC), com MBA Executivo em
Finanças pelo IBMEC, e especialização em Finanças, por meio do PDG - Programa Executivo de
Desenvolvimento Gerencial ministrado pela Sociedade de Desenvolvimento Empresarial. Participou do PGA
- Programa de Gestão Avançada, ministrado pela Fundação Dom Cabral e INSEAD. Foi admitido no Banco
144 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Formulário 20-F
BCN S.A. em maio de 1996, como adjunto de Diretor, sendo, em dezembro de 1997, eleito Diretor. Com a
aquisição do BCN, passou a integrar o quadro do Banco Bradesco S.A., tendo sido eleito Diretor
Departamental em março de 2000, como responsável pelo Departamento de Corporate. Em dezembro de
2006, foi eleito Diretor Executivo Gerente e, em janeiro de 2012, Diretor Vice-Presidente Executivo, cargo que
ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco, Membro do
Conselho de Administração e Diretor Gerente da FIMADEN. É, também, Vice-Presidente do Conselho de
Administração da Vale S.A. e da Valepar S.A. Foi Membro Efetivo da Câmara Consultiva de Listagem da
BM&FBOVESPA.
Alexandre da Silva Glüher, Diretor Vice-Presidente: Nascido em 14.8.1960. Formado em Ciências
Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Administração pela Universidade Luterana do
Brasil (ULBRA). Participou do Programa Executivo Internacional pela The Wharton School - Advanced
Management Program - University of Pennsylvania, EUA. Iniciou a carreira em março de 1976 no Banco
Bradesco S.A. Passou por todos os escalões da carreira bancária sendo eleito Diretor Regional em agosto
de 2001, Diretor Departamental em março de 2005, Diretor Executivo Adjunto em dezembro de 2010, Diretor
Executivo Gerente em janeiro de 2012 e Diretor Vice-Presidente Executivo em janeiro de 2014, cargo que
ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco, e Membro do
Conselho de Administração e Diretor Gerente da FIMADEN. É, também, representante do conglomerado
Bradesco na ANBIMA, Diretor Vice-Presidente e Membro do Conselho de Autorregulação Bancária da
FEBRABAN, Diretor Vice-Presidente e Delegado Suplente junto à Confederação Nacional do Sistema
Financeiro (CONSIF) na FENABAN, Diretor Vice-Presidente do Instituto Brasileiro de Ciência Bancária
(IBCB), Diretor-Tesoureiro do Sindicato dos Bancos nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e Roraima, Vice-Presidente do Conselho de
Administração da Central de Exposição a Derivativos (CED), Membro Efetivo do Conselho de Administração
da Fidelity Processadora e Serviços S.A., Membro do Conselho de Administração do Instituto Brasil
Investimentos & Negócios (BRAiN), Presidente do Conselho de Administração da Câmara Interbancária de
Pagamentos (CIP) e Membro efetivo do Conselho Consultivo do FGC. Foi Membro Suplente do Conselho
Deliberativo da ABECIP.
Josué Augusto Pancini, Diretor Vice-Presidente: Nascido em 14.4.1960. Formado em Matemática pelo
Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos - Feob (UNIFEOB). Possui Pós-Graduação “Lato
Sensu” em Economia de Empresas na Área Financeira pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas PUC - Campinas. Participou do Advanced Management Program (AMP) ministrado pelo IESE Business
School - University of Navarra, São Paulo. Iniciou a carreira em julho de 1976 no Banco Bradesco S.A. Passou
por todos os escalões da carreira bancária, sendo eleito Diretor Regional em julho de 1997, Diretor
Departamental em julho de 2003, Diretor Executivo Adjunto em dezembro de 2010, Diretor Executivo Gerente
em janeiro de 2012 e Diretor Vice-Presidente Executivo em janeiro de 2014, cargo que ocupa atualmente. É
Membro da Mesa Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco e Membro do Conselho de
Administração e Diretor Gerente da FIMADEN. Foi Membro Suplente do Conselho Deliberativo da ABECIP.
Maurício Machado de Minas, Diretor Vice-Presidente: Nascido em 1.7.1959. Formado em Engenharia
Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Possui especialização em
Comunicação de Dados e Desenvolvimento de Software, e curso de extensão universitária em Finanças pela
Wharton Business School, ambos nos EUA. Participou do Programa de Desenvolvimento Executivo pela
Columbia University - Nova Iorque, EUA. Ingressou no Banco Bradesco S.A. em julho de 2009, como Diretor
Executivo Gerente. Em janeiro de 2014 foi eleito Diretor Vice-Presidente Executivo. É Membro da Mesa
Regedora e Diretor Gerente da Fundação Bradesco, Membro do Conselho de Administração e Diretor Gerente
da FIMADEN, Membro Efetivo do Conselho de Administração da Fidelity Processadora e Serviços S.A.,
Membro Permanente do Conselho de Administração da MPO - Processadora de Pagamentos Móveis S.A., e
Membro do Conselho de Administração da NCR Brasil - Indústria de Equipamentos para Automação S.A. Foi:
Vice-Presidente Executivo e COO (Chief Operations Officer), Membro Suplente do Conselho de
Administração da CPM Braxis S.A., Analista Sênior do Banco Itaú S.A., Diretor de Serviços de Suporte do
grupo de empresas brasileiras de TI Eletrodigi, Flexidisk e Polymax e Presidente da Scopus.
Marcelo de Araújo Noronha, Diretor Vice-Presidente: Nascido em 10.8.1965. Formado em Administração
pela UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, com especialização em finanças pelo IBMEC e Advanced
Management Program (AMP) pelo Instituto de Estudios Empresariales (IESE) da Universidade de Navarra,
em Barcelona. Iniciou a carreira em 1985 no Banco Banorte, onde permaneceu até 1996, ocasião em que
passou a atuar como Diretor Comercial no Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Brasil S.A., atual Banco Alvorada
S.A., onde chegou ao cargo de Vice-Presidente, responsável por produtos, trade finance, middle market e
varejo. Em fevereiro de 2004 foi eleito Diretor Departamental do Banco Bradesco S.A. Em dezembro de 2010
foi eleito Diretor Executivo Adjunto, em janeiro de 2012, Diretor Executivo Gerente e, em fevereiro de 2015,
145 Bradesco
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Formulário 20-F
Diretor Vice-Presidente Executivo, cargo que ocupa atualmente, responsável por pagamentos (cartões de
crédito e débito), Marketing e Customer Relationship Management (CRM). É Membro da Mesa Regedora e
Diretor Gerente da Fundação Bradesco e Membro do Conselho de Administração da FIMADEN. É, também,
Vice-Presidente do Conselho de Administração da Companhia Brasileira de Soluções e Serviços, Membro do
Conselho de Administração da Cielo S.A., Elo Participações S.A., Presidente do Conselho de Administração
da MPO - Processadora de Pagamentos Móveis S.A., Diretor-Presidente da ABECS, tendo ocupado,
anteriormente, o cargo de Presidente do Conselho de Ética e Autorregulação desta Associação, Membro do
Latin America and Caribbean Advisory Council da Visa International, Vice-Presidente do Conselho de
Administração da Alelo. Foi: Membro do Conselho de Administração da Elo Serviços S.A. (Bandeira ELO) e
Vice-Presidente do BBVA Brasil.
André Rodrigues Cano, Diretor Gerente: Nascido em 22.7.1958. Formado em Administração de Empresas
pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), com MBA-Controller pela Fundação Instituto de Pesquisas
Contábeis, Atuariais e Financeiras pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FIPECAFI,
FEA-USP). Possui Programa Executivo Internacional pela Harvard Business School - Advanced Management
Program (AMP) - Boston - EUA. Iniciou a carreira na Organização Bradesco em abril de 1977, sendo eleito
Diretor Departamental em dezembro de 2001. Em setembro de 2008 foi eleito Diretor do Banco Bradesco
Financiamentos S.A., permanecendo até dezembro de 2009, ocasião em que retornou ao Bradesco como
Diretor Departamental. Em dezembro de 2010 foi eleito Diretor Executivo Adjunto e, em janeiro de 2012,
Diretor Executivo Gerente, cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora da Fundação
Bradesco e do Conselho de Administração da FIMADEN. É, também, Membro do Conselho Curador da
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e Diretor titular da CONSIF. Foi: Vice-Presidente Suplente Conselho
de Administração da Fidelity Processadora e Serviços S.A., Diretor e Membro Efetivo do Conselho de
Administração da Tecban - Tecnologia Bancária S.A., Membro Efetivo do Conselho Fiscal da Tele Celular Sul
Participações S.A., Membro Suplente do Conselho Fiscal da Tele Nordeste Celular Participações S.A., e
Diretor Executivo da ACREFI - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e
Investimento.
Luiz Carlos Angelotti, Diretor Gerente: Nascido em 16.11.1964. Formado em Ciências Contábeis e
Atuariais pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade pela FEA-USP, e em Direito pela
Centro Universitário FIEO (UNIFIEO). Possui MBA em Finanças pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper)
e participou dos Programas Executive Development Program (EDP) e Advanced Management Program (AMP)
pela University of Chicago Booth School of Business. Iniciou a carreira no Banco Bradesco S.A. em novembro
de 1987, sendo, em março de 2002, eleito Diretor Departamental, em dezembro de 2010, Diretor Executivo
Adjunto e, em janeiro de 2012, Diretor Executivo Gerente, cargo que ocupa atualmente. Exerce, também, a
função de Diretor de Relações com Investidores. É Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco e
Membro do Conselho de Administração da FIMADEN. É Membro do Conselho Diretor da ABRASCA. Foi:
Membro Suplente do Conselho Fiscal do Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social e
Membro Suplente do Conselho de Administração da Integritas Participações S.A.
Nilton Pelegrino Nogueira, Diretor Gerente: Nascido em 7.5.1954. Formado em Administração de
Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Iniciou a carreira no Banco Bradesco S.A. em julho de
1973. Em fevereiro de 1995 foi eleito Diretor Regional, cargo que ocupou até setembro de 2000, quando foi
eleito Diretor do Banco BCN S.A., instituição financeira que, em dezembro de 1997, foi adquirida pelo Banco
Bradesco S.A., permanecendo até março de 2002, ocasião em que retornou ao Bradesco, sendo eleito Diretor
Departamental. Em dezembro de 2010 foi eleito Diretor Executivo Adjunto e, em janeiro de 2012, Diretor
Executivo Gerente, cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco e
Membro do Conselho de Administração da FIMADEN. Foi também: Diretor do Banco Boavista Interatlântico
S.A. e do Banco das Nações S.A., Membro Efetivo do Conselho Fiscal do Boavista Prev - Fundo de Pensão
Multipatrocinado e do Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social, Diretor
Superintendente da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda., Membro do Comitê de Desenvolvimento
de Negócios da BSP Empreendimentos Imobiliários S.A. e Membro Suplente do Conselho Deliberativo da
ABECIP.
André Marcelo da Silva Prado, Diretor Gerente: Nascido em 6.12.1961. Formado em Engenharia de
Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, Senior International Bankers Course, pelo The International Centre
for Banking and Financial Services - Manchester Business School, em Manchester, Inglaterra, Wharton
Executive Development Program, pelo The Wharton School - University of Pennsylvania, na Filadélfia, EUA,
e Advanced Management Programme, pelo INSEAD, em Fontainebleau, França. Ingressou, em maio de 1997,
como Gerente Executivo no Banco Boavista Interatlântico S.A., onde chegou ao cargo de Diretor. Em março
de 2001, transferiu-se para o Banco Bradesco S.A. com o cargo de Superintendente Executivo sendo, em
dezembro de 2009, eleito Diretor Departamental. Em janeiro de 2012 foi eleito Diretor Executivo Adjunto e,
146 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Formulário 20-F
em janeiro de 2014, Diretor Executivo Gerente, cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora
da Fundação Bradesco e Membro do Conselho de Administração da FIMADEN.
Altair Antônio de Souza, Diretor Gerente: Nascido em 26.3.1961. Formado em Direito pela Universidade
Bandeirante de São Paulo - UNIBAN. Iniciou a carreira em julho de 1975, no Banco Bradesco S.A., sendo,
em agosto de 1998, eleito Diretor e, em janeiro de 2009, Diretor Departamental. Em janeiro de 2012, foi eleito
Diretor Executivo Adjunto e, em fevereiro de 2015, Diretor Executivo Gerente, cargo que ocupa atualmente.
É Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco e Membro do Conselho de Administração da FIMADEN.
É, também, Vice-Presidente Titular do Conselho, Diretor e Membro Efetivo do Conselho Deliberativo da
ABECIP, Conselheiro Titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Membro Efetivo do
Conselho de Administração da CIBRASEC, Conselheiro Suplente do Conselho Gestor do Fundo Garantidor
Habitacional (CGFGH) e Membro do Conselho Consultivo do Capítulo Nacional Brasileiro da Federação
Internacional das Profissões Imobiliárias (FIABCI-BRASIL). Foi Presidente da Associação e Sindicato dos
Bancos do Estado da Bahia, tendo, também, ocupado o cargo de Vice-Presidente.
Denise Pauli Pavarina, Diretora Gerente: Nascida em 14.4.1963. Formada em Economia pela Faculdade
Armando Álvares Penteado - FAAP e em Direito pela Universidade Paulista (UNIP), com MBA Executivo em
Finanças pelo Insper. Iniciou a carreira em março de 1985 no Banco Bradesco de Investimento S.A.,
instituição financeira que, em novembro de 1992, foi incorporada pelo Banco Bradesco S.A. No Bradesco,
exerceu os cargos de Gerente Underwriting e Gerente do Departamento de Administração de Carteiras. Em
setembro de 1996 foi promovida ao cargo de Superintendente Executiva, sendo eleita Diretora Departamental
em janeiro de 2001. Em junho de 2006, foi eleita Diretora do Banco Bradesco BBI S.A. e, em janeiro de 2007,
Diretora Gerente, permanecendo até dezembro de 2009, ocasião em que retornou ao Bradesco, sendo eleita
Diretora Departamental. Em janeiro de 2012, foi eleita Diretora Executiva Adjunta e, em fevereiro de 2015,
Diretora Executiva Gerente, cargo que ocupa atualmente. É também Diretora Gerente da BRAM, tendo
ocupado, anteriormente, o cargo de Diretora Superintendente. É Membro da Mesa Regedora da Fundação
Bradesco e Membro do Conselho de Administração da FIMADEN. Além dessas atividades, é Presidente da
ANBIMA, Vice-Presidente do Conselho de Administração da 2bCapital S.A., Membro do Comitê de
Investimento do NEO Capital Mezanino Fundo de Investimento em Participações, Membro do Comitê
Nacional de Educação Financeira (CONEF), Membro do Conselho de Representantes da CNF, Membro do
Conselho de Administração do Instituto BRAiN, Membro do Conselho de Administração e Membro do Comitê
de Assessoramento para o Setor da Intermediação da BM&FBOVESPA. Foi: Membro do Conselho de
Administração da Cielo S.A., Bica de Pedra Industrial S.A., Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, CPM Braxis
S.A., Latasa S.A. e São Paulo Alpargatas S.A., Membro Suplente do Conselho Diretor da ABRASCA, Membro
do Conselho Consultivo da ANCORD - Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e
Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias, Diretora da UGB Participações S.A., e Diretora de Relações
Institucionais e Conselheira da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais - APIMEC São Paulo.
Moacir Nachbar Junior, Diretor Gerente: Nascido em 5.4.1965. Formado em Ciências Contábeis, com PósGraduação “Lato Sensu” em Administração Financeira pelas Faculdades Integradas “Campos Salles” e MBA
Controller pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) pela FEAUSP e Tuck Executive Program pela Tuck School of Business at Dartmouth, em Hanover, Nova Hampshire EUA. Iniciou a carreira no Banco Bradesco S.A. em junho de 1979. Em março de 2005, foi eleito Diretor
Departamental, em janeiro de 2012, Diretor Executivo Adjunto e, em fevereiro de 2015, Diretor Executivo
Gerente, cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco e Membro do
Conselho de Administração da FIMADEN. É, também, Membro Suplente do Conselho Diretor da ABRASCA,
Membro Suplente do Conselho Consultivo do FGC, Membro Titular do Conselho de Administração da Valepar
S.A., membro Suplente do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Controladoria da Vale S.A.
Foi: Diretor e Membro Efetivo do Conselho Fiscal da Boavista Prev - Fundo de Pensão Multipatrocinado,
Membro Suplente do Conselho de Administração da Fidelity Processadora e Serviços S.A. e Membro
Suplente do Conselho Fiscal do Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social.
Octavio de Lazari Junior, Diretor Gerente: Nascido em 18.7.1963. Formado em Ciências Econômicas pela
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco e possui especializações em: Estratégias
Financeiras e Marketing pela FEA/USP, Gestão Financeira pela FGV e Estratégias em Finanças pela
Fundação Dom Cabral. Participou do Advanced Management Program (AMP) ministrado pelo IESE Business
School - University of Navarra, São Paulo. Iniciou a carreira no Banco Bradesco S.A. em setembro de 1978.
Em janeiro de 2012, foi eleito Diretor Executivo Adjunto e, em fevereiro de 2015, Diretor Executivo Gerente,
cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco e Membro do Conselho
de Administração da FIMADEN. É, também, Membro do Conselho de Representantes da CNF, Diretor Setorial
de Crédito Imobiliário e Poupança e Vice-Presidente do Comitê de Governança da Portabilidade de
147 Bradesco
6.A. Conselho de Administração e Diretoria
Formulário 20-F
Operações de Crédito da FEBRABAN, Membro Titular do Conselho de Administração da CIP, Membro do
Conselho Consultivo do Capítulo Nacional Brasileiro da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias
(FIABCI-BRASIL) e Diretor Suplente da Unión Interameriana para la Vivienda (Uniapravi). Foi: Presidente do
Conselho e Diretor da ABECIP e Membro Titular do Conselho de Administração da CIBRASEC.
Cassiano Ricardo Scarpelli, Diretor Adjunto: Nascido em 28.7.1968. Formado em Economia pela
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco, possui Programa Executivo Internacional
na Queen´s School of Business - Queen´s Executive Program, em Ontário, Canadá. Iniciou a carreira na
Organização Bradesco em junho de 1984, como Contínuo. Em fevereiro de 2001 foi promovido a
Superintendente Executivo. Em março de 2007 foi eleito Diretor Departamental e, em fevereiro de 2015,
Diretor Executivo Adjunto, cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco
e do Conselho de Administração da FIMADEN. É, também, Membro da Câmara Consultiva de Renda Fixa,
Câmbio e Derivativos da BM&FBOVESPA e Presidente do Conselho de Regulação e Melhores Práticas de
Negociação de Instrumentos Financeiros da ANBIMA, tendo ocupado, anteriormente, às funções de VicePresidente do Conselho de Regulação e Melhores Práticas de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais
e Membro Suplente da Comissão de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais. Foi: Membro do Conselho
de Administração da Bica de Pedra Industrial S.A., CP Cimento e Participações S.A., Iochpe-Maxion S.A.,
Latasa S.A., Tecnologia Bancária S.A. e Tigre S.A. - Tubos e Conexões, Membro Efetivo do Conselho Fiscal
da Bradespar S.A., Primeiro Membro Suplente do Conselho Fiscal da Boavista Prev - Fundo de Pensão
Multipatrocinado, Membro Suplente do Conselho de Administração da São Paulo Alpargatas S.A., Diretor da
BEM DTVM., BMC Asset Management - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda e da UGB
Participações S.A..
Eurico Ramos Fabri, Diretor Adjunto: Nascido em 29.9.1972. Formado em Ciências Econômicas pela
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com MBA Executivo em Finanças pelo Insper, STC
Executivo pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Kellogg Graduate School of Management e
Advanced Management Program (AMP) pela Harvard Business School - Boston - EUA. Ingressou, em
fevereiro de 2008, como Diretor no Banco Finasa S.A., instituição financeira incorporada pelo Banco Finasa
BMC S.A., atual Banco Bradesco Financiamentos S.A., permanecendo até dezembro de 2009. Em dezembro
de 2010, foi eleito Diretor do Banco Bradesco S.A., em janeiro de 2012, Diretor Departamental e, em fevereiro
de 2015, Diretor Executivo Adjunto, cargo que ocupa atualmente. É Membro do Conselho de Administração
da FIMADEN. É, também, Membro do Conselho de Administração da Cielo S.A., da Companhia Brasileira de
Soluções e Serviços e da Elo Participações S.A. e Membro Suplente do Conselho de Administração da Fidelity
Processadora e Serviços S.A. Foi Diretor da Finasa Promotora de Vendas Ltda. de julho de 2008 a abril de
2011.
Marlene Morán Millan, Diretora Adjunta. Nascida em 14.9.1963. Formada em Ciências Sociais pela
Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira. Possui MBA em Estratégias Financeiras e Marketing pela
Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) e Pós-Graduação “Lato Sensu” - MBA em Finanças pelo
Insper. Participou do Programa de Gestão Avançada pela Fundação Dom Cabral, do Advanced Management
Program (AMP) pelo IESE Business School - University of Navarra - São Paulo, SP e dos programas
executivos internacionais: Executive Education Program pela New York Trend Consulting - New York, EUA;
Authentic Leadership Development pela Harvard Business School - Boston, EUA; AMP - Advanced
Management Program pela Harvard Business School - Boston, EUA; Macroeconomics for Executives pelo
Massachusetts Institute of Technology - Boston, EUA; Strategy in a Global World pelo Massachusetts Institute
of Technology - Boston, EUA; e Leadership at the Peak pelo Center for Creative Leadership - Colorado
Springs, EUA. Iniciou a carreira no Banco Bradesco S.A. em setembro de 1979, sendo, em fevereiro de 2001,
promovida ao cargo de Superintendente Executiva. Em março de 2007, foi eleita Diretora Departamental e,
em fevereiro de 2015, Diretora Executiva Adjunta, cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora
da Fundação Bradesco e Membro do Conselho de Administração da FIMADEN. É, também, Diretora Setorial
de Negócios Internacionais e Membro do Conselho de Autorregulação Bancária da FEBRABAN.
Renato Ejnisman, Diretor Adjunto. Nascido em 12.2.1970. Formado em Física pela Universidade São Paulo
(USP). Possui Mestrado em Física Nuclear pela Universidade São Paulo - USP e Doutorado em Física pela
University of Rochester, Nova Iorque, EUA. Em abril de 1999, iniciou a carreira no mercado financeiro no
Bank of América, onde atuou até fevereiro de 2007, incluindo uma passagem no Bank Boston durante esse
período. Em fevereiro de 2007, ingressou no Banco Bradesco BBI S.A., com o cargo de Superintendente
Executivo. Em abril de 2008 foi eleito Diretor, em fevereiro de 2011, Diretor Gerente e, em abril de 2015,
Diretor Geral, cargo que ocupa atualmente no Banco Bradesco BBI. Desde fevereiro de 2015 é Diretor
Executivo Adjunto do Banco Bradesco S.A. Além dessas atividades, é Presidente do Conselho de Regulação
e Melhores Práticas de Mercado de Capitais da ANBIMA. Foi: Diretor-Presidente da Bradesco Corretora,
Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e Ágora Educacional Ltda., Membro do Conselho de
Administração da Bradesco Securities Hong Kong Limited, Bradesco Securities UK Limited e Bradesco
148 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
6.B. Remunerações
Formulário 20-F
Securities, Inc. Foi, também, Membro Suplente do Conselho Diretor da ABRASCA e Membro Efetivo da
Câmara Consultiva de Listagem da BM&FBOVESPA.
Walkiria Schirrmeister Marchetti, Diretora Adjunta. Nascida em 1.11.1960. Formada em Matemática pela
Faculdade de Ciências e Letras Teresa Martin, com especialização em Análise de Sistemas pelo Instituto
Presbiteriano Mackenzie e Pós-Graduação “Lato Sensu” - MBA Banking pela FIA. Participou dos programas
executivos internacionais na The Warthon School - Strategic Thinking and Management for Competitive
Advantage Program - Pennsylvania - EUA; Columbia Business School - Columbia Senior Executive Program
- Nova Iorque - EUA; e Harvard Business School - Negotiation and Competitive Decision Making - Boston EUA. Iniciou a carreira em maio de 1981, no Banco Bradesco S.A. Em setembro de 1998 foi promovida ao
cargo de Superintendente Executiva. Em março de 2007, foi eleita Diretora Departamental e, em fevereiro de
2015, Diretora Executiva Adjunta, cargo que ocupa atualmente. É Membro da Mesa Regedora da Fundação
Bradesco e Membro do Conselho de Administração da FIMADEN. É, também, Membro Suplente do Conselho
da Fidelity Processadora e Serviços S.A.
6.B. Remunerações
Nas Assembleias Gerais Ordinárias de Acionistas, ocorridas anualmente, são estabelecidas as
remunerações máximas agregadas para os nossos Conselheiros e a nossa Diretoria Estatutária, constituída
por nossos Diretores Executivos, Diretores Departamentais, Diretores Regionais e Diretores de nossas
subsidiárias. Em 2015, nossos acionistas determinaram o valor máximo agregado de remuneração para o
Conselho de Administração e a Diretoria Estatutária do Bradesco e subsidiárias em R$ 349,9 milhões.
Em 2015, nossos Conselheiros, nossa Diretoria Estatutária e a Diretoria de nossas subsidiárias
receberam uma remuneração agregada de R$ 309,9 milhões. Parte da remuneração da Administração é paga
a título de remuneração variável e a política atual estabelece que 50,0% do valor líquido sejam destinados à
aquisição de nossas ações PN, que terão sua movimentação disponível em 3 parcelas iguais, anuais e
sucessivas, vencendo a primeira parcela no ano subsequente da data de pagamento. Este procedimento está
aderente à Resolução CMN nº 3.921/10, que dispõe sobre a política de remuneração de administradores das
instituições financeiras.
Os nossos Conselheiros, a nossa Diretoria Estatutária e a Diretoria de nossas subsidiárias são
elegíveis para participar nos mesmos planos de previdência complementar disponíveis para todos os nossos
funcionários. Em 2015, contribuímos com R$ 311,7 milhões para os planos de previdência em nome de
nossos Conselheiros, Diretores Estatutários e Diretoria das subsidiárias.
6.C. Práticas do Conselho de Administração
Nossos acionistas elegem os membros de nosso Conselho de Administração na Assembleia Geral
Ordinária anual de acionistas para mandatos de um ano e os conselheiros podem ser reeleitos para mandatos
consecutivos. O Conselho de Administração elege os membros de nossa diretoria para mandatos de um ano,
que também podem ser estendidos para mandatos consecutivos.
Além desse requisito, permaneceu vigente outra condição, constante do nosso Estatuto, para tornarse um membro de nossa Diretoria Executiva: a necessidade de fazer parte dos quadros de empregados ou
administradores desta Companhia ou em empresas a ela ligadas há mais de 10 anos ininterruptos. Na
Diretoria, além dos Diretores Executivos, existem 40 Diretores Departamentais, 6 Diretores e 16 Diretores
Regionais. Os Diretores Departamentais, Diretores e Diretores Regionais dirigem os negócios de cada uma
das várias divisões e agências e reportam-se à Diretoria Executiva. Para ser Diretor Departamental, Diretor
ou Diretor Regional é necessário fazer parte dos quadros de empregados ou administradores da Companhia
ou de empresas a ela ligadas. Nosso Conselho de Administração pode dispensar o cumprimento da exigência,
em caráter excepcional, limitado a 25,0% dos respectivos cargos, para eleição de:
 Diretor Executivo, do período de trabalho na Organização (mais de 10 anos), com exceção dos
eleitos para os cargos de Presidente e Vice-Presidentes; e
 Diretor Departamental, Diretor e Diretor Regional, de fazer parte dos quadros de empregados ou
administradores da Companhia ou de empresas a ela ligadas.
Os membros de nosso Conselho de Administração são requeridos a trabalhar exclusivamente para
nós, a menos que nosso Conselho de Administração conceda uma exceção. Os membros de nosso Conselho
de Administração, entretanto, não necessitam ser ou ter sido nossos funcionários e os seus serviços como
membro de nosso Conselho de Administração não constituem vínculo empregatício conosco.
Conselho Fiscal
149 Bradesco
6.C. Práticas do Conselho de Administração
Formulário 20-F
Segundo as leis brasileiras, as empresas podem ter um Conselho Fiscal, que é um órgão corporativo
independente com poderes gerais de monitoramento e supervisão, composto de 3 a 5 membros efetivos e
igual número de suplentes. Desde a Assembleia Geral Extraordinária de março de 2015, nosso Estatuto Social
prevê que o Conselho Fiscal será um órgão de funcionamento permanente.
O nosso Conselho Fiscal conta com 5 membros efetivos (Domingos Aparecido Maia, José Maria
Soares Nunes, Ariovaldo Pereira, Luiz Carlos de Freitas e João Carlos de Oliveira) e 5 membros suplentes
(Renaud Roberto Teixeira, Jorge Tadeu Pinto de Figueiredo, Nilson Pinhal, João Batistela Biazon e Oswaldo
de Moura Silveira) os quais foram eleitos em março de 2016, pelo prazo de um ano, cujos mandatos expirarão
em março de 2017. De acordo com a Legislação Societária Brasileira, nosso Conselho Fiscal tem direitos e
obrigações, entre outras coisas, de:
 supervisionar, por meio de quaisquer de seus membros, as ações de nossos administradores
e verificar o cumprimento de suas tarefas;
 examinar e emitir parecer sobre nossas demonstrações contábeis antes de sua divulgação,
incluindo as notas explicativas às demonstrações contábeis, o relatório dos auditores
independentes e quaisquer relatórios da Administração;
 opinar sobre quaisquer propostas de nossa Administração a serem submetidas à assembleia
de acionistas, relativas a:

mudanças em nosso capital social;

emissões de debêntures ou ofertas de direitos que dão direito ao detentor de
subscrever ações;

planos de investimento e orçamentos de dispêndios de capital;

distribuição de dividendos; e

transformação de nossa constituição corporativa e reestruturação corporativa como
incorporação, fusão ou cisão.
 informar nossa Administração de qualquer erro, fraude ou contravenção que seja descoberta,
e sugerir as medidas que devem ser tomadas por eles a fim de proteger nossos interesses
maiores. Se nossa Administração falhar em tomar tais medidas necessárias para proteger os
interesses da empresa, é obrigada a informar a assembleia de acionistas destes fatos; e
 convocar assembleias gerais de acionistas se a Administração atrasar tal assembleia por
mais de um mês e convocar assembleias especiais de acionistas no caso de assuntos
importantes.
Comitês de Assessoria ao Conselho de Administração
Comitês Estatutários
Nossos acionistas aprovaram, na Assembleia Geral Extraordinária realizada em dezembro de 2003,
a criação dos Comitês de Auditoria, de Controles Internos e Compliance e de Remuneração; na Assembleia
Geral Extraordinária realizada em março de 2006, a transformação do Comitê de Conduta Ética em órgão
estatutário; e na Assembleia Geral Extraordinária realizada em março de 2008, a criação do Comitê de Gestão
Integrada de Riscos e Alocação de Capital. Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em março de 2013,
os Acionistas deliberaram excluir do Estatuto Social os Artigos 22, 24 e 25, que tratavam, respectivamente,
dos componentes organizacionais Comitê de Controles Internos e Compliance, Comitê de Conduta Ética e
Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, refletindo proposta apresentada pelo Comitê
Executivo de Governança Corporativa, avaliada pelo Conselho de Administração para manter no Estatuto
Social apenas os comitês, cuja caracterização como estatutários seja exigida por norma legal, dando maior
celeridade ao processo de gestão dos comitês subordinados ao Conselho de Administração. Dessa forma,
apenas o Comitê de Auditoria e o Comitê de Remuneração permanecem como estatutários, o que não
significa o enfraquecimento da estrutura de Governança Corporativa, pois o Conselho de Administração
manterá esses comitês, cuja exclusão do Estatuto foi aprovada, sob sua estrutura.
Comitê de Auditoria - Conforme o nosso Estatuto e atendendo regulamentação do Banco Central,
em abril de 2004, nós nomeamos os membros do Comitê de Auditoria, o qual pode ser composto de 3 a 5
membros, com mandato que poderá ser renovado, em nomeações sucessivas, até o limite de 5 anos,
contados da data da posse relativa à 1ª (primeira) nomeação. Até um terço dos integrantes do Comitê de
Auditoria, poderá ser reconduzido ao órgão para até outros 5 mandatos consecutivos. Os membros de nosso
Comitê de Auditoria são nomeados e destituíveis pelo Conselho de Administração. Os atuais membros do
150 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
6.C. Práticas do Conselho de Administração
Formulário 20-F
comitê são Milton Matsumoto, que atua como coordenador e Osvaldo Watanabe, que atua como membro
sem atribuição específica e Paulo Roberto Simões da Cunha, que é o especialista financeiro do Comitê de
Auditoria. O senhor Milton Matsumoto também integra o Conselho de Administração.
Além disso, a função de contratar auditores independentes é reservada ao nosso Conselho de
Administração. Consequentemente, de acordo com o especificado na Seção 3 (a)(58) do Exchange Act, nosso
Conselho de Administração funciona como nosso Comitê de Auditoria, para os fins de aprovação do
compromisso de nossos auditores independentes em serviços de auditoria. Exceto neste caso, o nosso
Comitê de Auditoria é comparável e desempenha as funções dos Comitês de Auditoria de empresas
americanas. Já que o nosso Comitê de Auditoria não pode ser comparável aos Comitês de Auditoria de
empresas americanas, em termos de compromisso de nossos auditores independentes em serviços de
auditoria e de não auditoria, nós exercemos o direito de isenção estabelecido na regra 10A – 3(c)(3) do
Exchange Act, com relação a isso. Para mais informações, veja “Item 16.D. – Isenções das normas de
arquivamento para os Comitês de Auditoria”.
Dentre suas atribuições estão:
 estabelecer as regras operacionais para seu funcionamento;
 recomendar ao Conselho de Administração a entidade a ser contratada para prestação dos
serviços de auditoria independente e a respectiva remuneração, bem como a sua substituição;
 analisar previamente, quanto ao cumprimento das regras de independência, a contratação de
nosso auditor independente para outros serviços, que não os de auditoria das demonstrações
contábeis;
 revisar, previamente à divulgação ao mercado, as demonstrações contábeis, inclusive notas
explicativas, relatórios da Administração e relatório dos auditores independentes;
 estabelecer e divulgar procedimentos para recepção e tratamento de informações acerca do
descumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis à Companhia, além de
regulamentos e códigos internos, inclusive com previsão de procedimentos específicos para
proteção do prestador da informação e da sua confidencialidade;
 avaliar a efetividade das auditorias independente e interna, inclusive quanto à verificação do
cumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis à Companhia, além de regulamentos
e códigos internos;
 reunir-se, no mínimo, trimestralmente, com a Diretoria da Companhia e auditorias
independente e interna;
 avaliar o cumprimento, pela Diretoria da Companhia, das recomendações feitas pelos
auditores independentes e internos;
 recomendar ao Conselho de Administração a resolução de eventuais conflitos entre os
auditores independentes e a Diretoria Estatutária;
 recomendar à Diretoria da Companhia correção ou aprimoramento de políticas, práticas e
procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições; e
 verificar, por ocasião de suas reuniões, o cumprimento de suas recomendações e
esclarecimentos às suas indagações, inclusive no que se refere ao planejamento dos respectivos
trabalhos de auditoria, formalizando em atas os conteúdos de tais encontros.
Comitê de Remuneração - composto de 3 a 7 membros escolhidos dentre os integrantes do
Conselho de Administração, com mandato de um ano, devendo, de acordo com o disposto na Resolução nº
3.921/10, do CMN, ter em sua composição ao menos 1 membro não administrador. Os membros são
nomeados e destituíveis pelo Conselho de Administração. O Comitê, tem por objetivo assessorar o Conselho
de Administração na condução da política de remuneração dos Administradores.
Comitês Não Estatutários
Comitê de Controles Internos e Compliance - constituído por, no mínimo, 5 membros, todos
formalmente nomeados e destituíveis pelo Conselho de Administração, inclusive o seu Coordenador. O
Comitê tem por objetivo assessorar o Conselho de Administração no desempenho de suas atribuições
relacionadas à adoção de estratégias, políticas e medidas voltadas à difusão da cultura de controles internos,
mitigação de riscos e conformidade com normas aplicáveis à Organização Bradesco.
151 Bradesco
6.D. Funcionários
Formulário 20-F
Comitê de Conduta Ética - constituído, no mínimo, por 5 membros, todos formalmente nomeados e
destituíveis pelo Conselho de Administração, inclusive o seu Coordenador. O Comitê tem por objetivo propor
ações quanto à disseminação e cumprimento dos Códigos de Conduta Ética da Organização Bradesco, tanto
corporativo quanto setoriais, e das Políticas Corporativas, em especial a Política Corporativa Anticorrupção,
de modo a assegurar sua eficácia e efetividade.
Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital - constituído por, no mínimo, 5
membros, todos formalmente nomeados e destituíveis pelo Conselho de Administração, inclusive o seu
Coordenador. A principal responsabilidade deste comitê é assessorar o Conselho de Administração no
desempenho de suas atribuições, na gestão e controle dos riscos e do capital, aqui entendido o consolidado
econômico-financeiro.
Comitê de Sustentabilidade – constituído por, no mínimo, 5 membros, todos formalmente nomeados
e destituíveis pelo Conselho de Administração, inclusive o seu Coordenador. O Comitê tem por objetivo
assessorar o Conselho de Administração no desempenho de suas atribuições relacionadas ao fomento de
estratégias de sustentabilidade, incluindo o estabelecimento de diretrizes e ações corporativas e conciliando
as questões de desenvolvimento econômico com as de responsabilidade socioambiental.
Ouvidoria
Nossos acionistas, na Assembleia Geral Extraordinária realizada em agosto de 2007, formalizaram a
instituição da “Ouvidoria”, já existente na companhia, que atua em nome de todas as Instituições integrantes
da Organização, autorizadas a funcionar pelo Banco Central. A Ouvidoria é composta por 1 Ouvidor,
designado e destituível pelo Conselho de Administração, com mandato de 1 ano.
Dentre as atribuições da Ouvidoria estão:
 zelar pela estrita observância das normas legais e regulamentares relativas aos direitos do
consumidor e atuar como canal de comunicação entre as instituições integrantes do grupo
Bradesco, autorizadas a funcionar pelo Banco Central, os clientes e usuários de produtos e
serviços, inclusive na mediação de conflitos;
 receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às reclamações dos
clientes e usuários de produtos e serviços das instituições mencionadas, que não forem
solucionadas pelo atendimento habitual realizado pelas agências ou por quaisquer outros pontos
de atendimento;
 prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência aos reclamantes acerca do andamento
de suas demandas e das providências adotadas;
 informar aos reclamantes o prazo previsto para resposta final, o qual não poderá ultrapassar
10 dias;
 encaminhar resposta conclusiva para a demanda dos reclamantes até o prazo informado na
alínea anterior;
 propor ao Conselho de Administração medidas corretivas ou de aprimoramento de
procedimentos e rotinas, em decorrência da análise das reclamações recebidas; e
 elaborar e encaminhar ao Conselho de Administração, ao Comitê de Auditoria e à Auditoria
Interna, ao final de cada semestre, relatório qualitativo acerca da atuação da Ouvidoria, contendo
proposições de que trata a alínea anterior, quando existentes.
A Resolução do CMN n° 4.433/15, alterou algumas regras relacionadas ao funcionamento das
ouvidorias nas instituições financeiras. No entanto, as regras entrarão em vigor, em sua totalidade, em junho
de 2016.
Conforme disposto no nosso Estatuto, e atendendo regulamentação do Banco Central, em março de
2016, Nairo José Martinelli Vidal Júnior foi designado pelo Conselho de Administração para exercer as
funções de Ouvidor, até a primeira Reunião Extraordinária do Conselho de Administração que se realizar após
a Assembleia Geral Ordinária de 2017.
6.D. Funcionários
Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos 92.861 funcionários, dos quais 80.726 eram nossos
funcionários e 12.135 eram de nossas subsidiárias, comparado com 95.520 funcionários em 31 de dezembro
de 2014 e 100.489 funcionários em 31 de dezembro de 2013.
152 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
6.D. Funcionários
Formulário 20-F
A tabela a seguir apresenta o número de nossos funcionários e um detalhamento dos funcionários
por categoria principal de atividade e localização geográfica nas datas indicadas:
Em 31 de dezembro de
Número total de funcionários
Número por categoria de atividade
Serviços bancários
Bradesco
Seguros
Previdência complementar
Outras categorias
Número por localização geográfica
Cidade de Deus, Osasco
Alphaville, Barueri
São Paulo
Outros locais no Brasil
Internacionais
2015
2014
2013
92.861
95.520
100.489
80.726
6.556
475
5.104
82.011
6.605
508
6.396
83.900
5.856
1.527
9.206
11.603
1.593
16.296
63.127
242
11.826
1.646
16.699
65.094
255
12.749
1.652
17.957
67.853
278
Obs.: A partir de 31 de dezembro de 2014, não contempla a empresa Scopus Tecnologia Ltda. (2.431 funcionários), devido a parceria estratégica
estabelecida com a IBM.
Nossos funcionários de jornada parcial trabalham 6 horas por dia, enquanto que, os nossos
funcionários de tempo integral trabalham 8 horas por dia, em uma semana de 5 dias úteis. Em 31 de dezembro
de 2015, tínhamos 26.159 funcionários de jornada parcial e 66.702 funcionários trabalhando em tempo
integral, comparado com 27.798 funcionários de jornada parcial e 67.722 funcionários trabalhando em tempo
integral, em 31 de dezembro de 2014, comparado com 31.615 funcionários de jornada parcial e 68.874
funcionários trabalhando em tempo integral, em 31 de dezembro de 2013.
Geralmente, contratamos os nossos funcionários no início da carreira e incentivamos aqueles que se
destacam a permanecerem conosco por toda a vida profissional. Está disponível, a todos os funcionários, o
recrutamento interno para preenchermos novas posições, inclusive a Administração Média, posições seniores
e gerenciais.
Em 31 de dezembro de 2015, 61,0% de nossos funcionários eram associados aos sindicatos, que
representam os funcionários de bancos ou seguradoras no Brasil. Mantemos bom relacionamento com os
nossos funcionários e respectivas entidades sindicais, o que creditamos, em grande parte, à nossa política
de valorização do quadro e aos relacionamentos transparentes. Somos parte de 2 acordos coletivos de
trabalho: (i) um relativo aos nossos funcionários bancários; e (ii) outro relativo aos nossos funcionários do
setor de seguros.
Oferecemos aos nossos funcionários, benefícios que incluem o plano de saúde da Bradesco Saúde
e da Bradesco Dental, que permitem aos beneficiários escolherem assistência médico/hospitalar e
odontológica por todo o país, plano de previdência complementar de aposentadoria e pensões, seguros de
vida e acidentes pessoais com coberturas diferenciadas. Contamos ainda com um programa de apoio ao
Empregado – Lig Viva Bem, que oferece assistência 24 horas por dia, 7 dias por semana, com ligações
gratuitas e 100% confidenciais e é composto por psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais
especializados, que fornecem orientações e apoiam funcionários e seus dependentes em assuntos pessoais,
profissionais, familiares, jurídicos, nutricionais e afetivos. Estes benefícios aplicam-se independentemente do
cargo dos funcionários. Atualmente, 41,0% de nossos funcionários participam do plano de previdência
complementar da Bradesco Vida e Previdência. De acordo com nosso contrato coletivo de trabalho,
oferecemos aos nossos funcionários planos de remuneração de participação nos lucros.
Por meio da Universidade Corporativa Bradesco - UniBrad, que tem como missão propiciar educação
profissional e mobilidade social, oferecemos soluções de desenvolvimento e capacitação aos nossos
funcionários e colaboradores. Em 2015, investimos R$ 145,1 milhões com mais de 900 mil participações.
153 Bradesco
6.E. Propriedade de Ações
Formulário 20-F
6.E. Propriedade de Ações
Em 31 de dezembro de 2015, os membros do Conselho de Administração e a Diretoria Estatutária
detinham, indiretamente, 3,1% do nosso capital com direito a voto e 1,6% de nosso capital acionário total,
através de uma companhia chamada BBD Participações S.A., ou “BBD”. Além disso, alguns de nossos
conselheiros e diretores estatutários detêm, diretamente, ações de nosso capital. Entretanto, em 31 de
dezembro de 2015, nenhum desses conselheiros e diretores individualmente detinha, direta ou indiretamente,
mais de 1,0% de qualquer espécie de nossas ações.
ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS
7.A. Principais Acionistas
Em 31 de dezembro de 2015, nosso capital social era composto por 2.524.364.555 ações ordinárias
(3.669.932 em tesouraria) e 2.524.364.292 ações preferenciais (15.583.262 em tesouraria), sem valor
nominal.
Para informações sobre os direitos dos acionistas e nossas distribuições de dividendos, veja “Item
8.A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras - Política de distribuição de dividendos”
e “Item 10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social – Organização - Destinação do lucro líquido e distribuição
de dividendos”.
O gráfico a seguir mostra a nossa estrutura de participação acionária em 31 de dezembro de 2015:
BBD
(ADMINISTRADORES
/FUNCIONÁRIOS)
NOVA CIDADE DE
DEUS
53,70% ON
26,07% TOTAL
FUNDAÇÃO
BRADESCO
46,30% ON
100,00% PN
73,93% TOTAL
45,05% ON
45,05% TOTAL
FAMÍLIA AGUIAR
CIDADE DE
DEUS
21,64% ON
21,64% TOTAL
33,31% ON
33,31% TOTAL
48,45% ON
0,02% PN
24,29% TOTAL
MERCADO
23,55% ON
97,73% PN
60,56% TOTAL
25,13% ON
100,00% PN
60,41% TOTAL
74,72% ON
39,51% TOTAL
BANK OF TOKIO
MITSUBISHI – UFJ
(MUFG)
NCF
2,50% ON
1,25% TOTAL
BRADESCO
154 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
8,43% ON
2,25% PN
5,35% TOTAL
17,07% ON
8,55% TOTAL
0,15% ON
0,08% TOTAL
7.A. Principais Acionistas
Formulário 20-F
A tabela a seguir demonstra a participação acionária direta de nossas ações ordinárias e preferenciais
em circulação em 10 de março de 2016 e os acionistas mencionados, exceto membros do nosso Conselho
de Administração e membros da nossa Diretoria Executiva, detêm 5,0% ou mais de nossos valores mobiliários
com direito a voto:
Número de ações, exceto porcentagens
Acionistas
Número de ações
ordinárias
Percentagem das
ações ordinárias
em relação às
ações em
circulação
Número de ações
preferenciais
Percentagem das
ações
preferenciais em
relação às ações
em circulação
Número total de
ações
Percentagem das
ações totais em
relação às ações
em circulação
Cidade de Deus Participações
1.221.202.032
48,5%
607.816
0,0%
1.221.809.848
24,3%
Fundação Bradesco (1)
NCF Participações
Subtotal
Membros do Conselho de Administração
Lázaro de Mello Brandão
Luiz Carlos Trabuco Cappi
Denise Aguiar Alvarez
João Aguiar Alvarez
Carlos Alberto Rodrigues Guilherme
Milton Matsumoto
José Alcides Munhoz
Aurélio Conrado Boni
Total do Conselho de Administração
Membros da Diretoria Executiva
Domingos Figueiredo de Abreu
Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente
Alexandre da Silva Glüher
Josué Augusto Pancini
Maurício Machado de Minas
Marcelo de Araújo Noronha
André Rodrigues Cano
Luiz Carlos Angelotti
Nilton Pelegrino Nogueira
André Marcelo da Silva Prado
Altair Antônio de Souza
Denise Pauli Pavarina
Moacir Nachbar Junior
Octávio de Lazari Junior
Cassiano Ricardo Scarpelli
Eurico Ramos Fabri
Marlene Morán Millan
Renato Ejnisman
Walkiria Schirrmeister Marchetti
Total dos Membros da Diretoria Executiva
Subtotal
Outros
Ações em circulação
Ações em tesouraria
Total
430.162.833
212.567.159
1.863.932.024
17,1%
8,4%
74,0%
56.341.541
56.949.357
2,2%
2,3%
430.162.833
268.908.700
1.920.881.381
8,6%
5,3%
38,2%
(*)
(*)
(*)
(*)
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1,0%
(*)
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39.581.720
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0,6%
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24.455.762
(*)
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(*)
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(*)
0,1%
3,3%
96,7%
100,0%
100,0%
(*)
(*)
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(*)
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(*)
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(*)
(*)
(*)
1.484.068
1.961.947.169
3.067.039.284
5.028.986.453
19.742.394
5.048.728.847
(*)
(*)
(*)
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(*)
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0,0%
74,6%
25,4%
100,0%
100,0%
(*)
(*)
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(*)
(*)
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(*)
(*)
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(*)
(*)
(*)
1.366.242
82.771.361
2.426.009.669
2.508.781.030
15.583.262
2.524.364.292
(1)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
15.125.958
(*)
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(*)
(*)
(*)
(*)
117.826
1.879.175.808
641.029.615
2.520.205.423
4.159.132
2.524.364.555
0,8%
0,0%
39,0%
61,0%
100,0%
100,0%
Também indiretamente possui, por meio de sua participação na Cidade de Deus Participações, Nova Cidade de Deus e NCF Participações, 39,6% de nossas ações ordinárias e 20,8% do total de nossas ações.
(*) Nenhum dos nossos membros do Conselho de Administração, Diretores Estatutários ou outros órgãos de administração, supervisão ou gestão diretamente mantém 1,0% ou mais de qualquer classe de nossas ações, e suas posições
acionárias individuais não têm sido divulgadas previamente aos nossos acionistas, ou de outra maneira, feitas ao público. Para mais informações, Veja “Item 6.E. Propriedade de Ações”.
A seguir, descrevemos os nossos principais acionistas beneficiários. Nenhum dos principais
acionistas beneficiários tem direito a voto, que diferem daqueles dos outros detentores de nossas ações
ordinárias.
Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações
A Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações é uma empresa holding, que chamamos
de “Cidade de Deus Participações” e detém, diretamente, 48,5% de nosso capital votante e 24,3% de nosso
capital total. A Cidade de Deus Participações, tem como acionistas: (i) a Nova Cidade de Deus, com 45,1%
de suas ações ordinárias e do capital total; (ii) a Fundação Bradesco, com 33,3% de suas ações ordinárias e
do capital total; e (iii) a Família Aguiar, com 21,6% de suas ações ordinárias e do capital total, em 31 de
dezembro de 2015. O capital social da empresa é composto por ações ordinárias, escriturais, nominativas,
sem valor nominal.
Nova Cidade de Deus Participações
A Nova Cidade de Deus Participações é uma empresa holding, que chamamos de “Nova Cidade de
Deus” e detém investimentos em outras empresas, especialmente naquelas que, direta ou indiretamente,
detêm nosso capital com direito a voto. Em 31 de dezembro de 2015, a empresa possuía indiretamente, por
meio de sua participação na Cidade de Deus Participações, 23,3% de nossas ações ordinárias e 11,9% do
total de nossas ações.
155 Bradesco
7.A. Principais Acionistas
Formulário 20-F
O capital social da Nova Cidade de Deus é dividido em ações ordinárias classe A, classe B e
preferenciais. A propriedade das ações ordinárias classe B é limitada a:
 membros de nossa Diretoria Executiva;
 antigos membros de nossa Diretoria Executiva, que tenham se tornado membros de nosso
Conselho de Administração;
 antigos membros de nossa Diretoria Executiva, que tenham se tornado membros do Conselho
de Administração de uma ou mais de nossas subsidiárias; e
 sociedade comercial ou civil cujas ações ou quotas, com direito de voto, pertençam na sua
maioria à pessoas acima indicadas.
A titularidade das ações ordinárias classe A da Nova Cidade de Deus é privativa das pessoas que
têm direito de deter ações ordinárias classe B, bem como de associações civis e fundações de direito privado,
cuja administração esteja a cargo destas pessoas ou de dirigentes por ela nomeadas. Somente os detentores
de ações ordinárias classe A e B da Nova Cidade de Deus têm direito a voto.
Família Aguiar
Os 3 membros da Família Aguiar, juntamente com o espólio do Sr. Amador Aguiar, indiretamente,
possuíam em 31 de dezembro de 2015, por meio de suas participações na Cidade de Deus Participações,
11,2% de nossas ações ordinárias e 5,7% do total de nossas ações. Além disso, as mesmas partes,
diretamente, possuíam um total de 1,1% de nossas ações ordinárias, 1,1% de nossas ações preferenciais,
correspondente a 1,1% do total de ações. Nenhum dos membros da Família Aguiar detém, individual e
diretamente, mais que 1,0% de nossas ações com direito a voto.
Fundação Bradesco
Em 31 de dezembro de 2015, a Fundação Bradesco detinha, direta e indiretamente, por meio de sua
participação na Cidade de Deus Participações, Nova Cidade de Deus e NCF, 56,7% de nossas ações
ordinárias, 2,0% de nossas ações preferenciais e 29,4% do total de nossas ações.
De acordo com os termos do estatuto social da Fundação Bradesco, sua Mesa Regedora, órgão
deliberativo máximo, é composta por nossos Conselheiros, membros da Diretoria Executiva e Diretores
Departamentais, assim como os Conselheiros e Diretores da Cidade de Deus Participações, sem direito à
remuneração.
Um dos maiores programas socioeducacionais privados do Brasil, a Fundação Bradesco, ação
pioneira de investimento social da Organização, está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito
Federal, com 40 escolas próprias, instaladas prioritariamente em regiões onde há acentuada carência
educacional e assistencial.
Em 2015, beneficiou 102.182 alunos em suas escolas, na Educação Básica - da Educação Infantil
ao Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de Nível Médio -, Educação de Jovens e Adultos e na
Formação Inicial e Continuada voltada à geração de emprego e renda. Aos mais de 42 mil alunos da Educação
Básica, também são assegurados, além do ensino formal, gratuito e de qualidade, uniformes, material escolar,
alimentação e assistência médico-odontológica.
Beneficiou, também, na modalidade de educação a distância (EaD), por meio de seu portal e-learning
“Escola Virtual”, a 592.424 alunos que concluíram ao menos um dos diversos cursos oferecidos em sua
programação, além de outros 22.990 alunos em projetos e ações em parceria, como os CIDs - Centros de
Inclusão Digital, o Programa Educa+Ação e os cursos de Tecnologia (Educar e Aprender).
Em seu 13º ano consecutivo, o “Dia Nacional de Ação Voluntária”, realizado em maio de 2015,
mobilizou mais de 15 mil voluntários em 61 diferentes locais do Brasil, incluindo as escolas da Fundação
Bradesco e pontos de atendimentos próximos das unidades escolares. Foram promovidos mais de 288 mil
atendimentos nas áreas de educação, saúde, lazer, esporte e meio ambiente.
O Programa de Informática para Deficientes Visuais, desde sua implantação em 1998, já atendeu e
capacitou 12.403 alunos promovendo a inclusão social de milhares de pessoas.
A verba orçamentária da Fundação Bradesco aplicada, para todo o exercício de 2015, foi de R$ 502,7
milhões. Nos últimos 10 anos, o investimento acumulado da Fundação Bradesco, em valores atualizados, foi
de R$ 5,1 bilhões.
156 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
7.B. Transações entre Partes Relacionadas
Formulário 20-F
BBD
A BBD possuía, indiretamente, 6,1% de nossas ações ordinárias e 3,1% do total de nossas ações em
31 de dezembro de 2015, por meio de sua participação na Nova Cidade de Deus. A BBD é uma empresa
holding, que foi constituída para deter participações em nosso capital e no capital de nossos acionistas diretos
e indiretos. Em 1999, a BBD adquiriu de vários acionistas uma participação indireta de 5,5% de nosso capital
votante. Somente podem deter ações da BBD, membros do Conselho de Administração e Diretoria Estatutária
bem como funcionários qualificados do Bradesco, da Bradespar ou de nossas subsidiárias, e pessoas
jurídicas nacionais sem fins lucrativos ou sociedades nacionais por elas controladas, que tenham com
administradores exclusivamente empregados e/ou administradores da Organização Bradesco. Entretanto,
somente os Conselheiros e Diretores Estatutários podem possuir ações com direito a voto. A maioria dos
membros do nosso Conselho de Administração e Diretoria Estatutária possui ações na BBD.
NCF
A NCF é uma empresa holding controlada pela Cidade de Deus Participações e pela Fundação
Bradesco. Em 31 de dezembro de 2015, a NCF, diretamente, possuía 8,4% de nossas ações ordinárias e
5,3% do total de nossas ações.
Outras
A participação direta do público representava 26,0% de nosso capital votante em 31 de dezembro de
2015 (incluída a participação acionária de 2,5% detida pelo Bank of Tokyo Mitsubishi - UFJ (MUFG)) e 97,7%
de nossas ações preferenciais. As ações ordinárias e preferenciais detidas pelo mercado representavam uma
participação total de 61,8% em nosso capital acionário.
Em 31 de dezembro de 2015, 1.139 investidores estrangeiros detinham: (i) 10,7% de nossas ações
ordinárias; (ii) 26,1% de nossas ações preferenciais; e (iii) 28,8% de nossas ADSs de ações preferenciais.
7.B. Transações entre Partes Relacionadas
As transações com controladas e coligadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as
médias praticadas com terceiros, como segue:
Em milhares de reais
31 de dezembro
ATIVO
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Outros ativos
PASSIVO
Recursos de clientes
Recursos de emissão de títulos
Sociais e estatutárias
Outros passivos
RECEITAS E DESPESAS
Resultado líquido de juros
Outras receitas/despesas
2015
223.874
11.277
2014
101.025
6.754
2013
84.216
7.739
(231.110)
(2.509.577)
(1.279.382)
(24.811)
(157.540)
(1.151.105)
(1.019.589)
(9.534)
(265.046)
(1.543.906)
(724.226)
(2.967)
(167.583)
88.406
(164.134)
(68.366)
(114.707)
(90.687)
Segundo as Leis nº 4.595/64 e 7.492/86, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos
ou adiantamentos para:
 diretores e membros dos conselhos administrativo, fiscal, consultivo e semelhantes órgãos
societários, bem como seus respectivos cônjuges e parentes até o segundo grau;
 as pessoas físicas ou jurídicas, que participem de seu capital, com mais de 10,0%, direta ou
indiretamente;
 pessoas jurídicas, nas quais tais instituições financeiras têm participação com mais de 10,0%,
direta ou indiretamente; e
157 Bradesco
7.C. Participação de Peritos e Advogados
Formulário 20-F
 pessoas jurídicas, cujo capital participem, direta ou indiretamente, com mais de 10,0%
quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como ao
cônjuge e os parentes até o segundo grau.
Desta forma, não temos concedido empréstimos ou adiantamentos para quaisquer de nossas
controladas, coligadas, diretores estatutários, conselheiros ou a seus parentes até o segundo grau. De acordo
com as leis brasileiras, as instituições financeiras devem manter o cadastro de impedimentos atualizado para
evitar que empréstimos ou financiamentos vedados ocorram. Mais detalhes sobre restrições nas operações
de instituições financeiras, ver “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios - Regulamentação e Supervisão Regulamentação bancária - Principais limitações e restrições de atividades de instituições financeiras”.
Outros Assuntos
O MUFG detém 1,3% de nosso capital total, sendo que nos fornece linha de crédito para operações
comerciais. Os termos dessas transações são consistentes com os de transações semelhantes que nos
engajamos com outras instituições não afiliadas.
7.C. Participação de Peritos e Advogados
Não aplicável.
ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
8.A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras
Veja “Item 18. Demonstrações Contábeis”, que compõe nossas demonstrações contábeis
consolidadas e auditadas, preparadas de acordo com o IFRS.
Processos judiciais
Somos parte em processos administrativos e judiciais, que surgem durante o curso normal de nossos
negócios, envolvendo discussões de natureza cível, tributária e trabalhista. Não há nenhuma questão litigiosa
individual de importância ou de risco significativo que merece ser destacada. Não há processo pendente ou
iminente, individual ou globalmente, que se decidido contra nós, tenha efeito adverso material sobre nossos
negócios, situação financeira, bens, perspectivas, ou resultado das operações.
Em 31 de dezembro de 2015, de nossa provisão de R$ 15.364 milhões, 19,8% relaciona-se a
questões trabalhistas, 27,4% relaciona-se a questões cíveis e 52,8% relaciona-se a questões fiscais e
previdenciárias. Para mais informações, veja Nota 37 D de nossas demonstrações contábeis consolidadas
no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
As perdas prováveis reconhecidas em nossas demonstrações contábeis consolidadas estão
relacionadas às questões fiscais e previdenciárias, relativas aos ajustes da inflação e à legalidade de
determinados impostos e contribuições. As questões remanescentes de litígios, onde a probabilidade de
perda é considerada possível, de acordo com o nosso julgamento, utilizando informações disponíveis sobre
as causas, estão relacionadas a autos de infração, no montante de R$ 9.635 milhões em 31 de dezembro de
2015 (R$ 9.092 milhões – 2014). Nós acreditamos que estes autos de infração estejam inconsistentes com a
legislação vigente, e dessa forma, não estão registrados em nossas demonstrações contábeis consolidadas.
Acreditamos que, em 31 de dezembro de 2015, nossas provisões estavam adequadas para cobrir
qualquer exposição em potencial oriunda de litígios, sujeitas às exigências de indexação pela inflação para
provisões relativas a certas questões tributárias.
Questões trabalhistas - As questões trabalhistas, nas quais nos envolvemos, durante o exercício
findo em 31 de dezembro de 2015 referem-se, principalmente, às ações ajuizadas por ex-empregados e
empregados de empresas que prestam serviços ao Bradesco, visando obter indenizações, em especial, o
pagamento de “horas extras”, em razão de interpretação do artigo 224 da CLT. Nos processos em que é
exigido depósito judicial para garantia de execução, o valor das provisões trabalhistas é constituído
considerando a efetiva perspectiva de perda destes depósitos. Para os processos com características
semelhantes, a provisão é constituída com base no valor médio apurado dos pagamentos efetuados nas
reclamações trabalhistas encerradas nos últimos 12 meses; e para processos originários de bancos
adquiridos, com características peculiares, a apuração e a reavaliação do saldo necessário é realizada
periodicamente, baseando-se na atualização do histórico de perda recente. É certo que as horas extras
realizadas são controladas por meio do sistema de “ponto eletrônico” e pagas durante o curso normal do
contrato de trabalho, de modo que as ações oriundas de nossos ex-funcionários não têm valores relevantes.
158 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
8.A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras
Formulário 20-F
Questões tributárias - Somos também parte em vários processos, judiciais ou administrativos, de
natureza tributária, envolvendo, principalmente, questões relativas à constitucionalidade e quanto a adequada
interpretação normativa sobre algumas exigências tributárias. Algumas demandas visam deixar de pagar
tributos, com os quais não concordamos, outras decorrem de cobranças (autuações) de órgãos fiscalizadores
do Ministério da Fazenda e visam recuperar tributos, que entendemos que foram pagos indevidamente. Os
valores que deixamos de pagar em decorrência dessas demandas em geral estão provisionados de acordo
com as normas contábeis aplicáveis e atualizados pelos critérios determinados pela legislação tributária. Já
os tributos a serem restituídos, somente são contabilizados com o surgimento de decisão irrecorrível,
reconhecendo o nosso direito. Veja Nota 17 de nossas demonstrações contábeis consolidadas para uma
descrição de nossos créditos tributários mais relevantes.
Questões cíveis - Somos parte em vários processos de natureza cível, nenhum deles relevante. As
ações consistem, principalmente, em reivindicações de indenizações por pretensos danos causados pelo
curso normal de nossas atividades de negócios e de incidência dos índices de inflação não aplicados para a
correção de cadernetas de poupança, como resultado dos planos econômicos, embora tenhamos cumprido
com a ordem legal vigente à época. Para mais informações sobre as ações em relação aos planos
econômicos, veja “Item 3.D. Fatores de Risco - Riscos relacionados a nós e ao setor bancário brasileiro - O
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça estão atualmente decidindo casos relacionados a
expurgos inflacionários, os quais podem elevar nossos custos e causar perdas”.
Os casos classificados como de risco provável são todos provisionados, sem que venham causar um
efeito material adverso em nossos resultados de operações ou situação financeira.
Outros assuntos - Atualmente, não estamos envolvidos em processos de objetos significativos pelo
Banco Central, CVM, ANS ou SUSEP. Nós cumprimos todos os regulamentos aplicáveis ao negócio e que
são editados pelos órgãos reguladores anteriormente citados.
Política de distribuição de dividendos
O nosso Estatuto exige que o Conselho de Administração proponha, a cada Assembleia Geral
Ordinária, que nosso lucro líquido do exercício fiscal seja alocado como segue:
 5,0% para a reserva legal, sem exceder 20,0% do capital integralizado em cada exercício
fiscal. Esta exigência não se aplica a exercícios fiscais em que a reserva legal, acrescida de
nossas outras reservas, exceder 30,0% de nosso capital integralizado;
 um valor (a ser determinado por nossos acionistas com base em perdas potenciais prováveis)
para uma reserva de contingências contra perdas futuras;
 pelo menos 30,0% (depois da alocação para as reservas legal e de contingências) para
distribuição obrigatória aos acionistas; e
 qualquer saldo em aberto para uma reserva estatutária de lucros para a manutenção de uma
margem operacional compatível com nossos negócios de crédito, mas sem exceder 95,0% de
nosso capital integralizado.
Nosso Estatuto também autoriza que nossos acionistas aloquem um valor a uma reserva de lucro a
realizar. Historicamente, nossos acionistas não têm alocados valores a esta reserva.
Devemos pagar dividendos mínimos obrigatórios de 30,0% de nosso lucro líquido dentro de 60 dias
após nossa Assembleia Geral Ordinária. Entretanto, a Lei nº 6.404/76 faculta a suspensão do pagamento dos
dividendos obrigatórios, se o nosso Conselho de Administração reportar, na assembleia, que a distribuição
não seria apropriada, face nossa situação financeira, e os acionistas aprovarem a suspensão por maioria
simples dos votos. De acordo com a Legislação Societária Brasileira, o Conselho de Administração é obrigado
a arquivar um relatório na CVM, justificando a suspensão, em até no máximo 5 dias depois da Assembleia
Geral Ordinária. O lucro que não for distribuído como dividendos em consequência da suspensão deve ser
alocado a uma reserva especial. Se não for absorvido por perdas subsequentes, os valores da reserva devem
ser pagos como dividendos, tão logo nossa situação financeira permita.
Nossos acionistas preferencialistas têm direito a receber dividendos por ação 10,0% superiores aos
dividendos por ação pagos aos acionistas ordinaristas.
Nossa Diretoria Executiva, sujeita à aprovação de nosso Conselho de Administração, pode distribuir
dividendos com base nos lucros reportados nas demonstrações contábeis intermediárias. O valor dos
dividendos intermediários distribuídos não pode exceder o valor das reservas de capital. Nossa Diretoria
Executiva determina o valor dos dividendos intermediários a ser distribuído com base ou nos lucros
previamente acumulados ou nos lucros retidos.
159 Bradesco
8.B. Mudanças Relevantes
Formulário 20-F
Desde 1970, temos distribuído dividendos intermediários mensalmente. Atualmente, mantemos um
sistema mensal automático de pagamento de juros sobre o capital próprio aos nossos acionistas.
Em consonância com a lei brasileira, nosso Estatuto permite que nossa Diretoria Executiva, com
aprovação de nosso Conselho de Administração, faça distribuições na forma de juros sobre o capital próprio
ao invés de dividendos. Os pagamentos de juros sobre o capital podem ser incluídos como parte de quaisquer
dividendos obrigatórios. Desde julho de 1997, temos feito pagamentos mensais de juros sobre o capital
próprio em um valor aprovado por nosso Conselho de Administração antes da declaração de dividendos no
final de cada exercício. Os valores pagos como juros sobre o capital, líquidos de imposto de renda, são
deduzidos do valor dos dividendos declarados.
De acordo com a lei brasileira, um acionista que não recebe pagamento de dividendos pode iniciar
um processo de cobrança de dividendos em até 3 anos da data que declaramos os dividendos. Depois desse
período, os dividendos não reclamados são revertidos para a companhia.
A nossa política de distribuição de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio é a de maximizar o
montante das distribuições, de acordo com a nossa estratégia de planejamento fiscal. Para obter informações
adicionais, veja “Item 5.A. Resultados Operacionais - Visão geral - Impostos”.
8.B. Mudanças Relevantes
Consulte o “Item 4.A. História e Desenvolvimento da Companhia – Aquisições Recentes”.
ITEM 9. A OFERTA E A COTAÇÃO EM BOLSA
9.A. Detalhes da Oferta e Cotação em Bolsa
Nossas ADSs são negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (“NYSE”), sob os símbolos “BBD”
(ADSs de ações preferenciais) e “BBDO” (ADSs de ações ordinárias).
Nossas ADSs de ações preferenciais foram listadas pela primeira vez na NYSE em 2001. Cada ADS
de ações preferenciais corresponde a uma ação preferencial.
Em 10 de março de 2015, a Assembleia Geral Extraordinária deliberou pela elevação do capital social
de R$ 5.000.000 mil, elevando-o de R$ 38.100.000 mil para R$ 43.100.000 mil, mediante capitalização de
parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária”, de acordo com o artigo 169 da Lei nº
6.404/76, com bonificação de 20,0% em ações, mediante emissão de 841.454.808 novas ações nominativasescriturais, sem valor nominal, sendo 420.727.426 ordinárias e 420.727.382 preferenciais, atribuídas
gratuitamente aos acionistas, a título de bonificação, na proporção de 2 (duas) ações novas para cada 10
ações da mesma espécie de que forem titulares, beneficiando os acionistas inscritos nos registros do
Bradesco em 27 de março de 2015.
Em 10 de março de 2016, a Assembleia Geral Extraordinária deliberou pela elevação do capital social
de R$ 8.000.000 mil, elevando-o de R$ 43.100.000 mil para R$ 51.100.000 mil, mediante capitalização de
parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária”, de acordo com o artigo 169 da Lei nº
6.404/76, com bonificação de 10,0% em ações, atribuindo aos acionistas 1 nova ação para cada 10 ações da
mesma espécie, beneficiando os acionistas inscritos nos registros do Bradesco em 15 de abril de 2016.
Nossas ações compõem a carteira dos principais índices do mercado acionário brasileiro, incluindo
os Índices que medem o retorno total de uma carteira teórica composta por 50 e 100 ações, respectivamente,
selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBOVESPA, em termos de liquidez (“IBrX-50” e “IBrX-100”);
o Índice Brasil Amplo (“IBrA”); o Índice Financeiro (“IFNC”), composto por bancos, seguradoras e empresas
do setor financeiro; o Índice de Sustentabilidade Empresarial (“ISE”); o Índice de Ações com Governança
Corporativa Diferenciada (“IGCX”); o Índice de Governança Corporativa Trade (“IGCT”); o Índice de Ações
com Tag Along Diferenciado (“ITAG”), o indicador composto pelas ações das companhias participantes do
IBrX-50, que aceitaram participar dessa iniciativa, adotando práticas transparentes com relação à suas
emissões de gases de efeito estufa (“ICO2”); e o índice que mede o retorno de uma carteira composta pelas
empresas listadas de maior capitalização (“Mid – Large Cap – MLCX”). No exterior, as nossas ações estão
presentes no Dow Jones Sustainability World Index, da NYSE e no FTSE Latibex Brasil da Bolsa de Madri.
Em janeiro de 2012, o Banco Central nos autorizou a criar um programa de ADR para as ações
ordinárias no mercado norte-americano. Como parte desta autorização, e após o governo ter reconhecido
como sendo de seu interesse, o Banco Central aumentou o limite de participação estrangeira no nosso capital
acionário, de 14,0% para 30,0%. Este aumento não alterou a nossa estrutura societária ou de controle. Em
160 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
9.A. Detalhes da Oferta e Cotação em Bolsa
Formulário 20-F
março de 2012, nossas ADSs de ações ordinárias foram listados na NYSE, sob o símbolo “BBDO”. Cada ADS
de ações ordinárias corresponde a uma ação ordinária.
As tabelas a seguir apresentam, para os períodos indicados, as cotações máximas e mínimas de
preços de venda em reais, para as ações preferenciais e ordinárias na BM&FBOVESPA:
Em R$
Média mensal volume de
Preço por ação preferencial (1)
negócios (1)
Máxima
2009
2010
2011
2012
2013
2014
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2015
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2016
Janeiro
Fevereiro
Março
(1)
19,14
22,51
21,06
24,14
25,81
Mínima
9,32
15,33
15,71
17,09
18,76
Ações (em unidades)
171.044.348
123.106.340
156.543.233
170.853.199
191.303.704
23,59
26,71
32,03
31,91
18,71
23,41
24,09
23,50
200.302.640
197.353.080
199.844.800
242.274.240
30,48
30,84
27,86
23,53
25,80
25,50
19,80
18,98
193.075.233
171.020.433
238.674.167
280.958.333
19,25
21,42
28,80
16,90
17,75
21,43
259.497.100
305.805.100
416.318.700
Preços e quantidades ajustados por proventos e demais eventos societários.
Fonte: Economatica.
Em R$
Média mensal volume de
negócios (1)
Preço por ação ordinária (1)
Máxima
2009
2010
2011
2012
2013
2014
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2015
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2016
Janeiro
Fevereiro
Março
(1)
15,70
17,80
17,93
23,91
27,98
Mínima
8,17
12,44
13,41
14,76
21,12
Ações (em unidades)
16.773.542
17.415.840
23.050.291
30.150.351
40.045.346
25,99
28,28
31,84
30,78
20,57
24,12
24,51
22,82
27.606.000
31.854.240
28.700.320
33.032.640
30,54
30,73
27,67
26,35
25,84
24,45
21,87
20,45
23.741.833
26.850.700
39.399.367
41.200.033
20,43
23,35
32,07
17,87
18,99
23,50
30.586.600
33.586.800
52.856.500
Preços e quantidades ajustados por proventos e demais eventos societários.
Fonte: Economatica.
161 Bradesco
9.A. Detalhes da Oferta e Cotação em Bolsa
Formulário 20-F
As tabela a seguir apresenta, para os períodos indicados, os preços de venda mínimos e máximos
demonstrados no fechamento em dólares norte-americanos para nossas ADSs de ações preferenciais
negociadas na NYSE:
em U$$
Média mensal volume de
negócios (1)
Preço por ADS de ações preferenciais (1)
11,19
13,68
13,28
12,28
13,02
3,78
8,30
8,78
8,50
8,35
ADS de ações preferenciais
(em unidades)
310.566.190
282.022.353
284.126.944
241.136.014
194.681.212
10,48
12,13
14,31
12,79
7,69
10,34
10,59
8,97
214.126.505
201.148.852
200.679.496
272.830.496
11,10
10,49
8,93
6,21
7,95
8,22
4,76
4,69
223.343.026
194.392.202
283.149.511
377.204.937
4,76
5,36
7,94
4,00
4,42
5,32
261.014.687
255.278.111
481.379.573
Mínima
Máxima
2009
2010
2011
2012
2013
2014
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2015
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2016
Janeiro
Fevereiro
Março
(1)
Preços e quantidades ajustados por proventos e demais eventos societários.
Fonte: Economatica.
Nossas ADSs de ações ordinárias tem sido negociadas na NYSE desde março de 2012. A tabela a
seguir demonstra, para os períodos indicados, os preços máximos e mínimos de fechamento em dólares
norte-americanos para os ADSs de ações ordinárias na NYSE:
em U$$
Preço por ADS de ações ordinárias (1)
11,60
14,11
7,51
8,49
negócios (1)
ADS de ações ordinárias
(em unidades)
55.593
71.378
11,51
13,10
14,13
12,50
8,76
10,75
10,76
8,93
75.932
47.385
30.145
44.043
11,14
10,90
8,86
7,97
6,91
7,63
5,29
4,80
63.074
55.318
90.254
89.540
5,88
5,88
8,95
4,14
4,35
5,80
102.503
80.982
103.321
Máxima
2012
2013
2014
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2015
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
2016
Janeiro
Fevereiro
Março
(1)
Média mensal volume de
Mínima
Preços e quantidades ajustados por proventos e demais eventos societários.
Fonte: Economatica.
As nossas ações são nominativas-escriturais e prestamos todos os serviços de custódia e
transferência das ações. Nossos acionistas podem optar por manter suas ações registradas na Companhia
Brasileira de Liquidação e Custódia (“CBLC”). Segundo a legislação brasileira, os detentores de nossas ações,
que não são brasileiros, poderão estar sujeitos a determinadas consequências fiscais adversas, devido à sua
titularidade e com respeito a qualquer transferência de ações. Para obter mais informações sobre as restrições
relativas à transferência de nossas ações, veja “Item 10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social - Organização
- Forma e transferência” e “Item 10.D. Controles de Câmbio”.
As nossas ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias são representadas por ADRs de
ações preferenciais e ADRs de ações ordinárias. As ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias
162 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
9.B. Plano de Distribuição
Formulário 20-F
podem ser mantidas de maneira registrada juntamente a instituição depositária – The Bank of New York
Mellon ou de maneira escritural através de instituições financeiras, que sejam participantes do “Depositary
Trust Company ou DTC”. O banco depositário, no seu papel de agente de registro, presta o serviço de
transferência dos ADRs de ações preferenciais e ADRs de ações ordinárias. A titularidade de um ADR de
ações preferenciais ou ADR de ações ordinárias (e de cada ADS de ações preferenciais e ADSs de ações
ordinárias que lhe servem de lastro), quando estiver devidamente endossado e acompanhado dos devidos
instrumentos de transferência, é transferível por tradição, tendo o mesmo efeito que no caso de um título ou
valor mobiliário certificado, segundo as leis do estado de Nova Iorque. Os detentores de ADRs de ações
preferenciais e ADRs de ações ordinárias que vierem a transferi-los poderão estar sujeitos a:
 reembolso ao banco depositário de quaisquer tributos, encargos fiscais ou taxas que o banco
depositário tenha pago;
 pagamento de quaisquer taxas de transferência, segundo os termos dos contratos de
depósito;
 apresentação de comprovação satisfatória de identidade e de legitimidade de suas
assinaturas ou de quaisquer outros documentos exigidos pelos contratos de depósito;
 cumprimento da legislação norte-americana, brasileira ou outras leis ou regulamentos
governamentais aplicáveis; e
 cumprimento de regras razoáveis, se existentes, que nós e o banco depositário possamos
estabelecer e que sejam consistentes com os contratos de depósito.
Todas as nossas ações em circulação são integralizadas e não sujeitas a chamadas de capital.
Os direitos dos detentores das ações preferenciais são limitados, em aspectos significativos, se
comparados com os direitos dos detentores de ações ordinárias, de diversas maneiras significativas:
 cada ação ordinária confere ao detentor o direito a 1 voto nas assembleias gerais de
acionistas, enquanto os detentores de ações preferenciais somente têm direito a voto em
circunstâncias limitadas, descritas no “Item 10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social Organização - Direitos de voto”; e
 a natureza dos direitos de preferência dos acionistas preferencialistas de subscrever ações
ou títulos conversíveis depende da proporção do capital, que seria representada pelas ações
preferenciais, após o aumento do capital, conforme descrito no “Item 10.B. Atos Constitutivos e
Estatuto Social - Organização - Direitos de preferência”.
Os detentores das ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias têm direitos, que
correspondem às ações preferenciais e ordinárias que as lastreiam, sujeitos aos termos dos contratos de
depósito. Os detentores de ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias são parte dos contratos
de depósito e, portanto, são obrigados pelos seus termos e pelos termos dos ADRs de ações preferenciais e
ADRs de ações ordinárias, que representam as ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias.
9.B. Plano de Distribuição
Não aplicável.
9.C. Mercados
Negociação na bolsa de valores, mercadorias e futuros de São Paulo
A BM&FBOVESPA é uma empresa de capital aberto. Desde abril de 2000, as bolsas de valores
brasileiras foram reorganizadas através da troca de protocolos de intenções. Até abril de 2004, todas as ações
relativas a valores mobiliários passaram a ser negociados somente na Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuros de São Paulo, com exceção dos leilões de privatizações, que ocorriam na Bolsa de Valores do Rio
de Janeiro. Em maio de 2004, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi reaberta para a negociação de
determinados títulos públicos.
Se V.Sas. viessem a negociar nossas ações na BM&FBOVESPA, sua negociação seria liquidada em
3 dias úteis após a data da negociação. Normalmente, é exigido que o vendedor entregue as ações na bolsa
no terceiro dia útil após a data da negociação. A entrega e o pagamento das ações são efetuados por meio
dos serviços da CBLC.
163 Bradesco
9.C. Mercados
Formulário 20-F
A BM&FBOVESPA é menos líquida que a NYSE, ou que outras bolsas importantes ao redor do
mundo. Em 31 de dezembro de 2015, o total agregado de capitalização no mercado, das 358 empresas
cotadas na BM&FBOVESPA, era equivalente a US$ 446,1 bilhões, sendo que as 10 maiores empresas
cotadas na BM&FBOVESPA representavam 51,5% do total de capitalização no mercado. Embora qualquer
uma das ações em circulação de uma empresa cotada possa ser negociada em uma bolsa de valores
brasileira, na maioria dos casos, menos da metade das ações cotadas está efetivamente disponível para
negociação pública, sendo que o restante está em mãos de pequenos grupos de controladores, de entidades
governamentais ou de um acionista principal. Em 31 de dezembro de 2015, nós respondíamos por 5,4% da
capitalização no mercado de todas as empresas cotadas na BM&FBOVESPA.
A negociação por um detentor julgado como não sendo domiciliado no Brasil, para fins normativos e
fiscais (um “detentor não brasileiro”), está sujeita a certas limitações, segundo a legislação brasileira relativa
a investimentos estrangeiros. Com limitadas exceções, os detentores não brasileiros somente podem
negociar nas bolsas de valores brasileiras, de acordo com as exigências do CMN. Historicamente, o
investimento de estrangeiros em bolsa de valores mobiliários era regulado pela Resolução nº 2.689/00, que
exigia que os valores mobiliários mantidos por detentores não brasileiros fossem mantidos em custódia de,
ou em conta de depósito com instituições financeiras devidamente autorizadas pelo Banco Central e pela
CVM. Além disso, a Resolução nº 2.689/00 exigia que detentores não brasileiros restringissem suas
negociações de títulos e valores mobiliários para transações nas bolsas de valores brasileiras ou qualificadas
nos mercados de balcão. Com limitadas exceções, segundo a Resolução nº 2.689/00, os detentores não
brasileiros não deveriam transferir para outros detentores não brasileiros a propriedade dos investimentos
feitos.
Em setembro de 2014, foi editada a Resolução CMN nº 4.373/14, que altera e aprimora as disposições
sobre: (i) investimentos estrangeiros por meio do mecanismo de Depositary Receipts; e (ii) aplicações de
investidores não residentes nos mercados financeiro e de capitais no País. As principais alterações trazidas
pelo normativo em questão foram: (a) ampliação das formas de investimento por meio de Depositary Receipts;
(b) possibilidade de investidores não residentes investirem nos mercados financeiro e de capitais sem prévia
operação de câmbio; (c) esclarecimento das hipóteses sujeitas a operações simultâneas de câmbio; e (d)
ampliação da responsabilidade do representante do investidor não residente. A Resolução CMN nº 4.373/14
entrou em vigor em março de 2015.
Veja “Item. 10.D. Controles de Câmbio” para mais informações sobre a Resolução CMN nº 4.373/14,
e “Item 10.E. Tributação - Considerações sobre tributação no Brasil - Tributação de ganhos” para uma
descrição de certos benefícios fiscais estendidos para detentores não brasileiros, qualificados na Resolução
CMN nº 4.373/14.
Práticas de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA
No ano 2000, a BM&FBOVESPA introduziu 3 segmentos especiais de listagem, conhecidos como
“Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa e Novo Mercado”, com o objetivo de
estimular um mercado secundário de títulos emitidos por empresas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA,
induzindo estas empresas a seguir boas práticas de Governança Corporativa. Posteriormente, a
BM&FBOVESPA criou um novo segmento denominado “Bovespa Mais”, direcionado especificamente a
companhias de pequeno e médio porte. Os segmentos de listagem foram desenhados para a negociação de
ações emitidas por empresas, que se comprometem voluntariamente a cumprir com as práticas de
Governança Corporativa e exigências de divulgação, além daqueles já impostos pela lei brasileira. Estas
regras, geralmente, aumentam os direitos dos acionistas e intensificam a qualidade das informações
fornecidas aos acionistas. Em maio de 2011, entraram em vigor as novas revisões às regras aplicáveis aos
“Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciadas de Governança”.
Para tornar-se uma empresa de “Nível 1”, além das obrigações impostas pela lei aplicável, um emissor
deve concordar em: (i) garantir que as ações que representam pelo menos 25,0% de seu capital total estão
efetivamente disponíveis para negociação; (ii) adotar procedimentos de oferta, que favorecem a propriedade
dispersa das ações sempre que se faz uma oferta pública; (iii) cumprir com padrões mínimos de divulgação
trimestral; (iv) seguir políticas de divulgação mais rígidas com relação a transações feitas por seus acionistas
controladores, membros de seu conselho de administração e seus executivos, que envolvam títulos emitidos
pelo emissor; (v) submeter quaisquer acordos de acionistas e planos de opções de ações existentes à
BM&FBOVESPA; e (vi) montar um cronograma de eventos corporativos disponível aos acionistas.
Para tornar-se uma empresa de “Nível 2”, além das obrigações impostas pela lei aplicável, um emissor
deve concordar, entre outras coisas, em: (i) cumprir com todas as exigência de listagem do Nível 1; (ii)
conceder direitos de tag along para todos seus acionistas, junto com a transferência do controle da
companhia, oferecendo aos detentores de ações ordinárias e preferenciais o mesmo preço pago por ação
para o bloco controlador de ações ordinárias; (iii) conceder direitos de voto a detentores de ações
164 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
9.D. Acionistas Vendedores
Formulário 20-F
preferenciais em determinadas deliberações acerca de certas reestruturações societárias e transações entre
partes relacionadas, tais como: (a) transformação, incorporação, fusão ou cisão da companhia; (b) aprovação
de quaisquer transações entre a companhia e seu acionista controlador, quando tais deliberações forem de
competência da assembleia geral; (c) avaliação de bens destinados à integralização de aumento de capital
social; (d) escolha da instituição ou empresa especializada para determinação do valor econômico da
companhia; e (e) quaisquer mudanças a estes direitos de voto, que prevalecerão enquanto o contrato de
adesão ao segmento de “Nível 2” com a BM&FBOVESPA estiver vigente; (iv) que o conselho de administração
seja composto de pelo menos 5 membros, dos quais um mínimo de 20,0% dos membros deva ser
independente, com mandato limitado a 2 anos; (v) preparar demonstrações contábeis em inglês, incluindo a
demonstração dos fluxos de caixa, conforme as normas contábeis internacionais, tais como U.S. GAAP ou
IFRS; (vi) efetuar oferta de compra pelo acionista controlador da companhia (o preço mínimo das ações a ser
ofertado será determinado por um processo de avaliação), se o mesmo escolher por se retirar do segmento
de listagem “Nível 2”; e (vii) aderir exclusivamente às regras da “Câmara de Arbitragem” da BM&FBOVESPA,
para a resolução de conflitos entre a companhia e seus investidores.
Para aderir ao segmento do “Novo Mercado” da BM&FBOVESPA, um emissor deve cumprir com
todas as exigências descritas no “Nível 1 e 2”, o que inclui emitir apenas ações ordinárias (com direito a voto)
e conceder direitos de tag along para todos os acionistas, no caso de uma transferência de controle da
companhia, oferecendo o mesmo preço pago por ação às ações do bloco de controle.
Em junho de 2001, entramos em acordo com a BM&FBOVESPA para listar nossas ações no
segmento “Nível 1”, vigente imediatamente após a data de publicação do anúncio no Brasil do começo da
oferta, com a qual concordamos cumprir e continuar cumprindo com todas as exigências de listagem “Nível
1”.
9.D. Acionistas Vendedores
Não aplicável.
9.E. Diluição
Não aplicável.
9.F. Despesas da Emissão
Não aplicável.
ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS
10.A. Capital Social
Para informações sobre o capital social, veja Nota 39 de nossas demonstrações contábeis
consolidadas no “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Somos uma companhia aberta devidamente registrada na CVM, sob número 00090-6. O Artigo 5º do
Estatuto estabelece nosso objetivo de realizar operações bancárias em geral, incluindo atividades de câmbio.
Organização
Qualificação dos conselheiros
Desde a promulgação da Lei no 12.431/11, que alterou parcialmente a Lei no 6.404/76, não há
exigência de que os Membros do Conselho de Administração sejam acionistas das Sociedades nas quais
ocupem tais cargos. Também não há exigência quanto à residência para se qualificar como um conselheiro.
Destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos
Nosso Estatuto, em conformidade com a legislação societária brasileira, exige que o Conselho de
Administração recomende, anualmente, a cada Assembleia Geral Ordinária, a alocação do lucro líquido para
o exercício fiscal, como segue:
 5,0% do lucro líquido, apurado de acordo com o BR GAAP, para reserva legal, sem exceder
165 Bradesco
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Formulário 20-F
a 20,0% de nosso capital integralizado, durante cada exercício fiscal. Esta exigência não será
aplicável em exercícios fiscais em que a reserva legal, acrescida às outras reservas de capital,
exceder a 30,0% de nosso capital integralizado;
 por proposta de nossa Administração, um valor para a reserva para contingências contra
perdas futuras, cujo valor é determinado por nossos acionistas, com base em perdas potenciais
que eles considerem prováveis. Historicamente, nossos acionistas não alocaram valores para tal
reserva;
 pelo menos 30,0% do lucro líquido, segundo o BR GAAP (ajustado pelas deduções dos 2
itens anteriores), para distribuição obrigatória aos nossos acionistas; e
 o remanescente, após as distribuições acima, para uma reserva de lucros para a manutenção
de uma margem operacional, que seja compatível com a conduta de nossos negócios de
financiamento, até um limite de 95,0% de nosso capital social integralizado.
Nosso Estatuto também autoriza os acionistas a alocarem um valor à reserva de lucro a realizar.
Historicamente, nossos acionistas não alocaram valores para tal reserva.
O mínimo de 30,0% de nosso lucro líquido ajustado, segundo o BR GAAP, deve ser distribuído como
dividendos anuais e pagos no prazo de 60 dias, contados a partir da Assembleia Geral Ordinária na qual a
distribuição for aprovada. Entretanto, a Legislação Societária Brasileira permite que suspendamos o
pagamento da distribuição obrigatória, se o Conselho de Administração relatar na assembleia de acionistas
que a distribuição seria incompatível com nossa situação financeira, caso em que a suspensão fica sujeita à
homologação pela assembleia dos acionistas. De acordo com a Legislação Societária Brasileira, o Conselho
Fiscal deve elaborar parecer sobre a matéria e o Conselho de Administração deve apresentar justificativa
para a suspensão à CVM, no prazo de 5 dias a partir da assembleia de acionistas. O lucro não distribuído
devido à suspensão deve ser alocado para uma reserva especial. Se não absorvidos pelas perdas
subsequentes, os valores na reserva devem ser pagos como dividendos, tão logo nossa situação financeira
permitir.
Os acionistas preferencialistas têm direito a receber dividendos por ação em valor 10,0% superior aos
dividendos pagos por ação aos acionistas ordinaristas.
Segundo a legislação brasileira, devemos preparar demonstrações contábeis, de acordo com o BR
GAAP, trimestralmente e, anualmente, também de acordo com o IFRS. Nossa Diretoria Executiva, com
aprovação do Conselho de Administração, pode distribuir dividendos com base nos lucros relatados nas
demonstrações contábeis intermediárias. Nosso estatuto prevê o pagamento de dividendos intermediários,
sendo que o valor desses dividendos distribuídos não pode exceder o valor dos lucros acumulados ou de
reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. Nossa Diretoria Executiva baseia o valor
dos dividendos intermediários em lucros previamente acumulados ou lucros retidos.
Desde 1970, temos distribuído dividendos mensalmente. De acordo com a lei brasileira, nosso
Estatuto permite que a Diretoria Executiva, mediante aprovação do Conselho de Administração, faça
distribuições na forma de juros sobre o capital próprio ao invés de dividendos. Os pagamentos de juros sobre
o capital próprio, descontado o imposto de renda retido na fonte, podem ser considerados para efeitos de
cálculo do dividendo obrigatório.
Segundo a legislação brasileira, prescreve em 3 anos a ação para haver dividendos, contado o prazo
da data em que tenham sido postos à disposição do acionista. Encerrado este prazo, os dividendos não
reclamados revertem-se para a Companhia.
Em março de 2013, o Banco Central emitiu diversas regras com relação à implementação das
exigências do Acordo de Basileia III nos bancos brasileiros. Conforme a Resolução nº 4.193/13, o Banco
Central agora tem poderes para intervir em uma instituição financeira que não esteja observando as
exigências de capital adicional a fim de limitar a distribuição de dividendos e o pagamento de valores
extraordinários aos diretores e executivos da instituição. Tal restrição poderia ser aplicada proporcionalmente
à diferença entre o capital adicional requerido e o capital adicional real, como segue: (i) se o capital real for
menor que 25,0% do adicional, restrição de até 100% sobre as distribuições; (ii) se o capital real for maior ou
igual a 25,0% e inferior a 50,0% do requerido, restrição de até 80,0% sobre as distribuições; (iii) se o capital
real for maior ou igual a 50,0% e inferior a 75,0% do requerido, restrição de até 60,0% sobre as distribuições;
e (iv) se o capital real for maior ou igual a 75,0% e inferior a 100% do requerido, restrição de até 40,0% sobre
as distribuições. Atualmente cumprimos com todas as exigências de capital.
166 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Formulário 20-F
Assembleias de acionistas
Os acionistas têm o poder de decidir quaisquer assuntos relacionados ao nosso objetivo social e de
aprovar quaisquer resoluções que julgarem necessárias para nossa proteção e desenvolvimento, através de
votação em Assembleia Geral de Acionistas.
A partir da Assembleia Geral Ordinária de 2013, por deliberação dos acionistas, nossas assembleias
convocadas por meio de publicações de edital no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Valor Econômico,
todos no estado de São Paulo. O edital deve ser publicado por 3 vezes, começando pelo menos 15 dias
corridos antes da data marcada para realização da assembleia. O edital deve conter a pauta da assembleia
e, no caso de uma proposta de alteração do nosso Estatuto, uma indicação do assunto em questão.
O Conselho de Administração ou, em algumas situações específicas determinadas na Legislação
Societária Brasileira, os acionistas podem convocar nossas assembleias gerais de acionistas. Um acionista
pode ser representado em uma assembleia geral por um procurador, constituído há menos de um ano.
Referido procurador deve ser acionista, membro de nossa Administração, advogado ou uma instituição
financeira e no caso dos fundos de investimentos, cabe ao administrador do fundo representar os cotistas.
Os acionistas pessoas jurídicas podem, ainda, ser representados por meio de seus representantes legais. O
instrumento de mandato outorgado deve cumprir certas formalidades determinadas pela lei brasileira.
A validade das deliberações tomadas em uma Assembleia Geral de Acionistas condiciona-se à
presença, na assembleia, de acionistas representando pelo menos um quarto de nossas ações ordinárias,
emitidas e em circulação. Entretanto, no caso de uma assembleia geral para alterar nosso Estatuto, devem
estar presentes os acionistas representando pelo menos dois terços de nossas ações ordinárias, emitidas e
em circulação. Não sendo verificado o quórum referido, o Conselho de Administração pode convocar uma
segunda assembleia, de acordo com as regras de publicação descritas acima, com antecedência mínima de
8 dias corridos anteriores à data da assembleia marcada. A segunda assembleia geral não se encontra sujeita
às exigências de quórum aplicáveis à primeira.
Direitos de voto
Cada ação ordinária confere ao seu detentor o direito a um voto nas assembleias de acionistas. As
deliberações de uma Assembleia Geral de Acionistas são tomadas pelo voto dos detentores da maioria
simples de nossas ações ordinárias, sem computar as abstenções, salvo em situações excepcionais
especificamente previstas na legislação em vigor.
Em março de 2002, a Lei das Sociedades Anônimas Brasileira foi modificada de modo a, entre outras
coisas, conferir maior proteção aos acionistas minoritários e garantir o direito de designar um membro e um
suplente para nosso Conselho de Administração, aos acionistas que não são controladores, mas que tenham
detido, por pelo menos 3 meses anteriores: (i) ações preferenciais, representando no mínimo 10,0% de nosso
capital social; ou (ii) ações ordinárias, representando pelo menos 15,0% de nossas ações do capital com
direito a voto. Se nenhum acionista atingir os limites mínimos, os acionistas que representam pelos menos
10,0% de nosso capital acionário podem combinar seus investimentos para designar um membro e um
suplente para nosso Conselho de Administração.
A Legislação Societária Brasileira determina que as ações preferenciais sem direito a voto adquiram
tal direito quando a companhia descumprir com os termos determinados em seu estatuto (por um período
superior a 3 exercícios fiscais) quanto ao pagamento de dividendos fixos ou mínimos aos quais tais ações
têm direito. Esse direito a voto permanece em vigor até que o pagamento dos dividendos cumulativos seja
feito.
Acionistas
De acordo com a lei brasileira, as seguintes deliberações dependem da aprovação dos detentores da
maioria das ações preferenciais em circulação adversamente afetadas, assim como dos acionistas titulares
de pelo menos metade das ações ordinárias emitidas:
 criação ou aumento de uma classe já existente de ações preferenciais sem preservar a
proporção com qualquer outra classe de ações já existentes;
 mudanças nas preferências, privilégios ou condições de resgate ou amortização de qualquer
classe de ações preferenciais; e
 criação de uma nova classe de ações preferenciais, que tenha preferência, privilégio ou
condição de resgate ou amortização superior às das classes de ações preferenciais já existentes.
167 Bradesco
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Formulário 20-F
Referidas deliberações devem ser votadas pelos detentores de ações preferenciais adversamente
afetadas, em uma assembleia especial, na qual cada ação preferencial dá ao seu titular direito a um voto. Os
acionistas preferencialistas têm o direito de votar em qualquer deliberação de mudança de nosso tipo
societário e obterão o direito de votar se entrarmos em um processo de liquidação.
A aprovação dos detentores de pelo menos metade das ações ordinárias emitidas é exigida para as
seguintes medidas:
 redução da distribuição obrigatória dos dividendos;
 aprovação de uma incorporação, fusão ou cisão;
 aprovação de nossa participação em um “grupo de sociedades” (um grupo de empresas cuja
gestão é coordenada através de relacionamentos contratuais e participações acionárias),
conforme definido na Legislação Societária Brasileira;
 mudança no objeto social;
 cessação do estado de liquidação; e
 aprovação de dissolução.
Em cumprimento ao disposto na Legislação Societária Brasileira, os detentores de ações ordinárias,
em deliberação na Assembleia Geral de Acionistas, têm poderes exclusivos para:
 alterar nosso Estatuto, incluindo alterações dos direitos de detentores de ações ordinárias;
 eleger ou destituir membros do Conselho de Administração;
 tomar as contas anuais preparadas pela Administração e aceitar ou rejeitar as demonstrações
contábeis da Administração, incluindo a alocação dos lucros líquidos para pagamento dos
dividendos obrigatórios e a alocação para as diversas contas de reserva;
 autorizar a emissão de debêntures;
 suspender os direitos de um acionista, que não cumpriu com as obrigações impostas por lei
ou pelo nosso Estatuto;
 aceitar ou rejeitar a avaliação dos ativos aportados por um acionista em aumentos de capital;
e
 aprovar reestruturações societárias, tais como: incorporações, fusões e cisões; dissolver ou
liquidar, eleger ou demitir nossos liquidantes ou examinar suas contas.
Direitos de preferência
Cada um de nossos acionistas tem um direito geral de preferência para subscrever ações ou títulos
conversíveis em qualquer aumento de capital, na proporção da participação já detida. Deve ser concedido
aos acionistas um prazo de pelo menos 30 dias, após a publicação do aviso da emissão de ações ou títulos
conversíveis, para exercerem seus direitos de preferência.
Conforme descrito em “Regulamento e Restrições sobre Detentores não Brasileiros” nos termos da
Constituição Brasileira, o aumento da participação dos investidores estrangeiros no capital votante (ações
ordinárias) das instituições financeiras está sujeito à autorização prévia do governo. Contudo, investidores
estrangeiros sem autorização específica podem adquirir ações negociáveis sem direito a voto de instituições
financeiras brasileiras ou depositary receipts que representem ações sem direito a voto oferecidas no exterior.
Em janeiro de 2012, o Banco Central nos autorizou a criar um programa de ADR para as ações ordinárias no
mercado norte-americano. Como parte desta autorização, e após o governo ter reconhecido como sendo de
seu interesse, o Banco Central aumentou o limite de participação estrangeira em nosso capital acionário, de
14,0% para 30,0%.
No caso de um aumento de capital, que mantenha a proporção existente entre as ações ordinárias e
preferenciais, cada acionista deve ter o direito de subscrever ações recém emitidas da mesma classe que ele
atualmente possui. Se o aumento de capital mudar a proporção entre as ações ordinárias e preferenciais, os
acionistas devem ter o direito de subscrever ações recém emitidas da mesma classe que ele atualmente
possui, estendendo apenas a ações de uma classe diferente de maneira a manter a mesma proporção no
capital acionário que havia antes de tal aumento. Em qualquer caso, todos os novos aumentos estão sujeitos
a participação estrangeira limitada estabelecida pelo Banco Central, o que significa dizer que os detentores
de ações ordinárias podem ser impedidos de exercer seus direitos de preferência com relação às ações
168 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Formulário 20-F
ordinárias recentemente emitidas se o limite de 30,0% tiver sido alcançado. De acordo com a Legislação
Societária Brasileira, os acionistas podem transferir ou vender seus direitos de preferência.
Os acionistas não podem exercer seus direitos de preferência relativos às ações subjacentes às suas
ADSs, a menos que uma declaração de registro de acordo com a “Lei de Valores Mobiliários de 1933” dos
EUA esteja vigente com relação a estes direitos ou se uma isenção das exigências de registro da referida “Lei
de Valores” esteja disponível. Os acordos contratuais, que regem as ADSs, determinam que o custodiante
das ações subjacentes às ADSs podem, se possível, transferir ou dispor de seus direitos de preferência. Tais
acordos contratuais, que regem as ADSs, determinam que o custodiante deve remeter o valor recebido ao
banco depositário que mantém as ADSs. Sua distribuição pelo banco depositário aos detentores das ADSs
de ações preferenciais ou ADSs de ações ordinárias é líquida de quaisquer tarifas devidas ao custodiante e
ao banco depositário. Para mais detalhes, veja “Item 3.D. Fatores de Risco - Riscos relativos às nossas ações,
ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias”.
Direito de retirada
A legislação brasileira estabelece que sob certas circunstâncias um acionista tem o direito de resgatar
suas participações em ações de uma empresa e receber um pagamento pela porção do patrimônio líquido
atribuível à sua participação em ações.
Este direito de retirada pode ser exercido:
 Pelos detentores dissidentes ou não votantes da classe de ações afetada adversamente
(incluindo qualquer detentor de ações preferenciais), caso seja aprovada em assembleia geral
de acionistas:

a criação de ações preferenciais ou um aumento em uma classe existente de ações
preferenciais relativas a outra classe ou classes de ações preferenciais;

a modificação de uma preferência, privilégio ou condição de resgate ou amortização
concedida sobre uma ou mais classes de ações preferenciais;

a criação de uma nova classe de ações preferenciais com maiores privilégios, que a
classe existente de ações preferenciais; ou
 Pelos acionistas dissidentes ou não votantes (incluindo qualquer detentor de ações
preferenciais), caso seja aprovada em assembleia geral de acionistas:

a redução na distribuição obrigatória de dividendos;

uma mudança em nosso objeto social;

uma transferência de todas as nossas ações para outra empresa, nos tornando uma
subsidiária integral de tal empresa, conhecida como uma incorporação de ações; ou
 Pelos detentores dissidentes ou não votantes de ações ordinárias, caso seja aprovada em
assembleia geral de acionistas:

a aquisição de controle de outra empresa a um preço que exceda certos limites
estabelecidos na legislação brasileira;

uma fusão ou incorporação da sociedade, desde que suas ações não tenham liquidez
e estejam amplamente difundidas no mercado;

participação em um grupo de sociedades, como definido na legislação brasileira,
desde que suas ações não tenham liquidez e estejam amplamente difundidas no mercado;
ou

uma cisão que resulte, dentre outras coisas, em uma redução do dividendo anual
obrigatório, na participação em um grupo de sociedades ou na mudança do objeto
societário.
Nossos acionistas dissidentes ou não votantes também têm o direito de retirada caso a sociedade
resultante de nossa fusão, incorporação de nossas ações ou cisão não se torne uma companhia com ações
negociadas em bolsa, dentro de 120 dias da assembleia de acionistas, na qual a decisão relevante foi tomada.
Os acionistas dissidentes ou não-votantes apenas terão o direito de retirada se eles forem titulares das ações,
que foram adversamente afetadas no momento da primeira convocação para assembleia, na qual a decisão
169 Bradesco
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Formulário 20-F
foi tomada. Se um anúncio público da medida tomada ou a ser tomada for feito antes da convocação para
assembleia, a titularidade de ações dos acionistas é baseada na data do anúncio.
O direito de retirada prescreve no prazo de trinta dias, contados a partir da publicação das atas da
assembleia de acionistas, na qual a medida foi tomada, exceto quando a resolução está sujeita à confirmação
pelos acionistas preferencialistas (o que deve ser feito em assembleia especial a ser realizada dentro de um
ano). Neste caso, o prazo de trinta dias é contado da data em que a ata da assembleia especial é publicada.
Nós teríamos direito a reconsiderar qualquer ato, que desse origem a direitos de recesso dentro de 10 dias
após o vencimento de tais direitos, se o reembolso de ações de acionistas dissidentes prejudicasse nossa
estabilidade financeira.
Em todas as situações descritas acima, nossas ações seriam resgatáveis por seu valor contábil,
determinado com base no último balanço patrimonial aprovado por nossos acionistas. Se a assembleia de
acionistas, que deu origem aos direitos de retirada, ocorrer após sessenta dias contados a partir da data do
último balanço aprovado, um acionista pode exigir que suas ações sejam avaliadas com base em um novo
balanço patrimonial de uma data dentro de sessenta dias antes de tal assembleia de acionistas.
Liquidação
No caso de nossa liquidação, nossos acionistas preferencialistas teriam o direito a prioridade sobre
os acionistas ordinaristas no retorno do capital. O valor ao qual eles teriam direito é baseado na parcela do
capital representado pelas ações preferenciais, como ajustado oportunamente para refletir quaisquer
aumentos ou reduções de capital. Após o pagamento de todos os nossos credores, nossos ativos residuais
seriam usados para retornar o valor do capital representado pelas ações preferenciais aos acionistas
preferencialistas. Uma vez que os acionistas preferencialistas tivessem sido totalmente reembolsados, os
acionistas ordinaristas seriam reembolsados na parcela do capital representado pelas ações ordinárias.
Todos os nossos acionistas participariam, igualmente e proporcionalmente, em quaisquer ativos
remanescentes residuais.
Resgate
Nosso Estatuto determina que nossas ações não são resgatáveis. Entretanto, a legislação brasileira
nos autoriza a resgatar ações de acionistas minoritários se, depois de uma oferta pública para fechamento de
capital, nosso acionista controlador aumentar para mais de 95,0% sua participação em nosso capital acionário
total.
Direitos de conversão
Nosso Estatuto determina que nossas ações ordinárias não podem ser convertidas em ações
preferenciais ou nossas ações preferenciais em ações ordinárias.
Responsabilidade de nossos acionistas por futuras chamadas de capital
Nem a lei brasileira nem nosso Estatuto preveem chamadas de capital. A responsabilidade de nossos
acionistas é limitada ao pagamento do preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Forma e transferência
Nossas ações são registradas de maneira escritural e nós desenvolvemos todos os serviços de
custódia e transferência de ações. Para fazer uma transferência, nós fazemos um lançamento no registro,
debitamos a conta de ações do transferidor e creditamos a conta de ações do adquirente.
As transferências de ações por um investidor estrangeiro são feitas da mesma maneira e executadas
por um agente local do investidor em seu nome. Entretanto, se o investimento original estiver registrado no
Banco Central, conforme um mecanismo de investimento estrangeiro regulamentado pela Resolução nº.
4.373/14 do CMN, como descrito no “Item 10.D. Controles de Câmbio” a seguir, o investidor estrangeiro deve
declarar a transferência em seu registro eletrônico.
Nossos acionistas podem optar por manter suas ações na BM&FBOVESPA. As ações são acrescidas
ao sistema da BM&FBOVESPA, através de instituições brasileiras que têm contas de compensação com a
BM&FBOVESPA. Nosso registro de acionistas indica quais ações são transacionadas no sistema da
BM&FBOVESPA. Cada acionista participante é, por sua vez, registrado em um registro de acionistas
beneficiários mantido pela BM&FBOVESPA e é tratado da mesma maneira que nossos acionistas registrados.
Regras brasileiras relativas à divulgação de informações
Em janeiro de 2002, por meio da edição da Instrução CVM nº 358/02, a CVM emitiu regulamentos,
revisados em junho de 2002 e março de 2007, referentes à divulgação de informações relacionadas ao
mercado. Esta regulamentação inclui determinações que, dentre outras:
170 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Formulário 20-F
 definem que informações devem ser arquivadas na CVM, na forma de um aviso aos acionistas
ou fato relevante, incluindo qualquer decisão de nossos acionistas controladores, que pudesse
influenciar o preço de seus títulos ou qualquer decisão do acionista controlador em negociar, ou
deixar de negociar, tais títulos, ou exercer quaisquer direitos subjacentes aos títulos;
 ampliam o rol de exemplos de fatos, que podem ser considerados como relevantes, incluindo,
entre outros:

a assinatura, alteração ou encerramento de acordos de acionistas, dos quais somos
parte ou que foram registrados em nossos livros;

a entrada ou retirada de acionistas, que mantém quaisquer contratos de colaboração
financeira, operacional, tecnológica ou administrativa conosco;

qualquer autorização para negociação dos valores mobiliários de emissão da
companhia em qualquer mercado, nacional ou estrangeiro;

decisão de promover o cancelamento de registro da companhia aberta;

a fusão, consolidação ou cisão de uma companhia ou suas coligadas;

a mudança na composição do patrimônio da companhia;

a mudança de critérios contábeis;

a renegociação de dívidas;

a alteração nos direitos e vantagens dos valores mobiliários de uma companhia;

a aquisição de ações de uma companhia para permanência em tesouraria ou
cancelamento, e sua alienação;

lucro ou prejuízo da companhia e a atribuição de proventos em dinheiro;

a celebração ou extinção de um contrato, ou o insucesso na sua realização, quando
a expectativa de concretização for de conhecimento público; e

a aprovação, alteração ou desistência de projeto ou atraso em sua implantação.
 estendem a responsabilidade para divulgar fatos relevantes aos nossos acionistas
controladores, a todos os membros de nossa Administração, aos membros de nosso Conselho
Fiscal e a quaisquer outros de nossos órgãos técnicos ou consultivos criados por nossos
estatutos, no caso do nosso executivo responsável pelas relações com investidores não o fazer;
 estendem a obrigação de sigilo de fatos relevantes ainda não divulgados, além de nossos
administradores e acionistas controladores, aos membros de nossos conselhos técnicos e
consultivos criados por nossos Estatutos e aos nossos colaboradores envolvidos com a matéria
objeto de fatos relevantes;
 obrigam-nos a divulgar fatos relevantes a todos os mercados, nos quais nossos títulos são
admitidos à negociação;
 obrigam-nos a publicar qualquer intenção de tirar a empresa da Bolsa no período de um ano,
no caso de adquirirmos participação controladora em uma companhia, que tenha ações
negociadas no mercado;
 ampliam as regras relativas às exigências de divulgação na aquisição e venda de uma
participação acionária relevante, ou de negociação de valores mobiliários de nossa emissão por
nossos acionistas administradores, membros de nosso Conselho Fiscal ou membros de nossos
conselhos técnicos e consultivos criados por nossos Estatutos; e
 vedam a negociação, antes da divulgação do fato relevante ao mercado com valores
mobiliários de nossa emissão pelos acionistas controladores, diretos ou indiretos, diretores,
membros do conselho de administração, do conselho fiscal e de quaisquer órgãos com funções
técnicas ou consultivas, ou por quem, em virtude de seu cargo, tenha conhecimento da
informação relativa ao ato ou fato relevante.
171 Bradesco
10.B. Atos Constitutivos e Estatuto Social
Formulário 20-F
Em fevereiro de 2014, a CVM ofereceu às companhias abertas a opção de divulgar comunicados de
fato relevante por meio de portais de notícia presentes na internet e não apenas em jornais de grande
circulação (como era feito anteriormente).
De acordo com as normas emitidas pela CVM, é obrigatória ainda a divulgação de uma série de
informações adicionais ao mercado, na hipótese de nossa assembleia geral ser convocada para deliberar
acerca de operação de incorporação, fusão ou cisão.
Divulgação de informações periódicas
Em dezembro de 2009, a CVM expediu a Instrução n° 480/09, que trata entre outras coisas da
emissão de valores mobiliários e da divulgação periódica de informações por empresas, que tenham seus
valores mobiliários negociados no mercado brasileiro. Como consequência dessa norma, emissores
brasileiros devem arquivar anualmente o chamado “Formulário de Referência” na CVM, documento
semelhante ao “Formulário 20-F”, em que são detalhados inúmeros aspectos das operações e da
administração da companhia. Adicionalmente, foram aprimoradas as normas relativas à divulgação das
demonstrações contábeis e de informações eventuais, bem como à responsabilidade dos administradores
pelas informações fornecidas. Como resultado, a quantidade e a qualidade das informações divulgadas ao
mercado brasileiro e à CVM aumentaram, sensivelmente, reforçando a transparência de nossas atividades
para o investidor local. Além disso, novas emissões foram facilitadas para companhias já listadas. A Instrução
nº 480/09 é periodicamente alterada pela CVM.
Divulgação de informações operacionais ao público
As normas do CMN determinam que as instituições financeiras deverão estabelecer política formal,
aprovada pelo seu conselho de administração ou, na sua inexistência, pela sua diretoria, de divulgação das
informações referentes à gestão de riscos, à apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco e à
adequação do Patrimônio de Referência. Em outubro de 2013, segundo a Circular nº 3.678/13, o Banco
Central estabeleceu as normas vigentes sobre a divulgação destas informações ao público.
Regulamento e restrições sobre detentores não brasileiros
A Constituição Brasileira proíbe qualquer aumento na participação estrangeira no capital social das
instituições financeiras sediadas no Brasil. Entretanto, em razão de sermos uma instituição financeira aberta,
os detentores não brasileiros de nossas ações preferenciais beneficiam-se de uma exceção a esta
determinação. Consequentemente, detentores estrangeiros não enfrentam restrições legais sobre a
propriedade de nossas ações preferenciais ou de ADSs de ações preferenciais, e são autorizados a ter todos
os direitos e preferências de tais ações preferenciais. Além disso, de acordo com a autorização do Banco
Central para o programa de ADR em ações ordinárias no mercado norte-americano, os estrangeiros podem
deter até 30,0% do total de nossas ações ordinárias.
A capacidade de converter em moeda estrangeira os pagamentos de dividendos e os resultados das
operações de venda das ações preferenciais ou direitos de preferência e remeter tais montantes fora do Brasil
está sujeita a restrições, de acordo com a legislação estrangeira de investimento, que normalmente exige,
entre outras coisas, o registro do investimento relevante no Banco Central. Todavia, qualquer detentor não
brasileiro que se registre na CVM, de acordo com a Resolução CMN nº 4.373/14, pode comprar e vender
títulos nas bolsas de valores brasileiras, sem obter um certificado separado de registro para cada transação.
Estas regras sem aplicam tanto a ações ordinárias quanto preferenciais.
O Anexo 5 da Resolução nº 1.289/87 do CMN, conhecido como os “Regulamentos do Anexo 5”,
autoriza as empresas brasileiras a emitir os recibos de depósitos nos mercados de câmbio. Nosso programa
de ADR está devidamente registrado no Banco Central.
Nosso Estatuto não impõe nenhum limite aos direitos de residentes ou não residentes brasileiros de
possuir ações e exercer os direitos em relação a isso.
Direitos dos detentores de nossas ADSs
Os detentores de nossas ADSs não são tratados como nossos acionistas e não têm os mesmos
direitos que os nossos acionistas têm. O banco depositário deterá as ações preferenciais e ordinárias que
são subjacentes às ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias, respectivamente, através de
um custodiante de acordo com as determinações dos Contratos de Depósito. Os direitos dos nossos
detentores de ADSs são regidos pelos Contratos de Depósito, que são contratos regidos pela lei de Nova
York. Por outro lado, os direitos de nossos acionistas são regidos pela lei brasileira.
Os detentores de nossas ADSs receberão notificações e instruções de voto com relação às
assembleias apenas se autorizarmos e instruirmos o banco depositário a distribuir tais informações aos
172 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.C. Contratos Significativos
Formulário 20-F
detentores. Se não autorizarmos o banco depositário, os detentores das ADSs não poderão votar em nossas
assembleias ou, pelo contrário, a não ser que eles resgatem suas ADSs de ações preferenciais e ADSs de
ações ordinárias e recebam suas ações preferenciais ou ordinárias subjacentes, conforme o caso, de acordo
com os termos do Contrato de Depósito aplicável. Se autorizarmos e instruirmos o banco depositário a
distribuir instruções de voto aos nossos detentores de ADSs, tais detentores podem orientar o banco
depositário a votar de acordo com o número de ações representado por suas ADSs. Veja “Item 3.D – Fatores
de Risco - Riscos relativos às nossas ações, ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias - Os
Contratos de Depósito, que regem as ADSs de ações preferenciais e ADSs de ações ordinárias, determinam
que os detentores destas ADSs apenas receberão instruções para votar se nós autorizarmos o banco
depositário contatar estes detentores para obterem instruções de voto; existem também limitações práticas
sobre capacidade de votar que podemos conceder a tais detentores.”
Transferência de controle
Nosso Estatuto não contém nenhuma determinação que pudesse ter o efeito de retardar, adiar ou
impedir uma mudança em nosso controle ou que operaria apenas com respeito a uma fusão, aquisição ou
reestruturação corporativa nos envolvendo ou qualquer uma de nossas subsidiárias. Entretanto, os
regulamentos bancários brasileiros exigem que qualquer transferência de controle de uma instituição
financeira seja previamente aprovada pelo Banco Central.
Além disso, a legislação brasileira determina que a aquisição do controle de uma companhia aberta
depende da oferta de compra de todas as ações ordinárias em circulação por preço equivalente a 80,0% do
preço por ação pago ao bloco controlador. Em dezembro de 2003, alteramos nossos Estatutos para
determinar que na ocorrência de uma mudança em nosso controle, o adquirente será obrigado a pagar aos
nossos acionistas um valor igual a (a) no caso de nossos acionistas ordinaristas não controladores, 100% do
preço pago por ação aos nossos acionistas controladores e (b) no caso de nossos acionistas preferencialistas,
80,0% do preço pago por ação aos nossos acionistas controladores.
No caso de liquidação, nossos acionistas preferencialistas teriam o direito à prioridade sobre os
acionistas ordinaristas no retorno do capital. Para mais informações, veja “Organização - Liquidação”. Além
disso, no caso de uma transferência de controle, nossos acionistas têm o direito de retirada sob certas
circunstâncias. Para mais informações, veja “Organização - Direito de retirada”.
A legislação brasileira obriga nosso acionista controlador a fazer oferta de nossas ações, se ele
aumentar sua participação em nosso capital acionário para um nível que afete significativa e negativamente
a liquidez de nossas ações.
Divulgação do controle de acionistas
Os regulamentos brasileiros exigem que qualquer pessoa ou grupo de pessoas representando o
mesmo interesse, que tenha adquirido, direta ou indiretamente, uma participação correspondente a 5,0% das
ações de qualquer classe ou espécie de uma empresa negociada publicamente, deve divulgar a propriedade
das ações à CVM e às bolsas de valores brasileiras. Além disso, uma declaração contendo informações
exigidas deve ser publicada nos jornais. Qualquer aumento ou redução subsequente de 5,0% ou mais no
controle das ações de qualquer classe ou espécie deve ser divulgado da mesma forma.
Práticas diferenciadas de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA
Em 2001, aderimos voluntariamente ao Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA,
Mercadorias e Futuros, o qual estabelece regras diferenciadas para listagem da Companhia, bem como regras
aplicáveis aos seus administradores e acionistas, inclusive aos seus acionistas controladores. Empresas
listadas no Nível 1 devem adotar práticas voltadas à transparência, divulgando, além das informações
exigidas em lei, relatórios financeiros mais completos, informações sobre negociação feita por diretores,
executivos e acionistas controladores, operações com partes relacionadas, dentre outros, sempre focando o
acesso às informações pelos acionistas, investidores e demais stakeholders. Ressalta-se que companhias
listadas neste segmento devem também manter um free float mínimo de 25,0%.
10.C. Contratos Significativos
Em 31 de julho de 2015, o Bradesco celebrou com o HSBC Latin America Holdings (UK) Limited
("HSBC") um contrato de compra e venda de ações para aquisição de 100% do capital social do HSBC Bank
Brasil S.A. – Banco Múltiplo e HSBC Serviços e Participações Ltda. (juntos, "HSBC Brasil") pelo preço
aproximado de US$ 5,2 bilhões. O HSBC Brasil compreende todas as operações do HSBC no Brasil, incluindo
varejo, seguros e gestão de ativos, private banking e cartões de crédito. O anuncio deste contrato foi feito em
3 de agosto de 2015.
173 Bradesco
10.D. Controles de Câmbio
Formulário 20-F
A aquisição foi aprovada pelos acionistas do Bradesco em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida
em 17 de dezembro de 2015. A aquisição foi aprovada: (i) pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2015;
(ii) pela SUSEP em 24 de setembro de 2015; e (iii) pela Autoridade Monetária das Ilhas Cayman (Cayman
Islands Monetary Authority – “CIMA”) em 17 de novembro de 2015. A aquisição está sujeita ainda a
autorização do Conselho Administrativo da Defesa Econômica (“CADE”).
10.D. Controles de Câmbio
O Banco Central pode impor restrições temporárias à remessa de capital estrangeiro para o exterior,
inclusive os pagamentos de principal, juros ou dividendos, e sobre a repatriação de capital sempre que
verificar ou prever um desequilíbrio significativo na balança de pagamentos do Brasil. A última ocorrência de
restrições à remessa de capital estrangeiro ocorreu em 1989, quando, durante aproximadamente 6 meses
em 1989 e no início de 1990, o governo suspendeu todas as remessas para o exterior de dividendos e capital
investido. O Banco Central, posteriormente, liberou esses valores para remessas ao exterior, de acordo com
determinadas diretrizes. O governo pode tomar medidas semelhantes no futuro.
Segundo as leis tributárias brasileiras, detentores não brasileiros de valores mobiliários beneficiamse de um tratamento tributário favorável, se estiverem qualificados nos termos da Resolução CMN nº
4.373/14. Para qualificar-se nos termos dessa Resolução, um detentor não brasileiro precisa:
 nomear 1 representante no Brasil com poderes para praticar atos relativos ao investimento;
 registrar-se como um investidor estrangeiro junto à CVM; e
 registrar seu investimento junto ao Banco Central.
Veja “Item 10.E. Tributação - Considerações tributárias brasileiras - Tributação de ganhos” para uma
descrição dos benefícios fiscais concedidos a detentores não brasileiros de valores mobiliários, que se
qualifiquem segundo a Resolução CMN nº 4.373/14.
Segundo a Resolução CMN nº 4.373/14, os valores mobiliários detidos por detentores não brasileiros
devem ser mantidos sob a custódia de, ou em contas de depósito mantidas em instituições financeiras
devidamente autorizadas pelo Banco Central e pela CVM. Além disso, a negociação de valores mobiliários é
restrita, nos termos da Resolução CMN nº 4.373/14, a operações em bolsas de valores brasileiras ou
mercados de balcão qualificados.
Os detentores não brasileiros registrados podem investir em qualquer tipo de investimento disponível
para cidadãos brasileiros nos mercados financeiros e de valores mobiliários, com a exceção dos casos em
que a Constituição Brasileira limita a capacidade de detentores não brasileiros de adquirir capital de
instituições financeiras, conforme exposto acima em “Regulamentação e Restrições a Detentores Não
Brasileiros”. O registro permite aos investidores remeter moeda estrangeira para o exterior, quando os
recursos são distribuições sobre ações registradas ou o produto da alienação dessas ações. Os recursos são
convertidos para moedas estrangeiras à taxa aplicável do mercado de câmbio.
O capital registrado relativo a cada ação comprada no Brasil e depositado junto ao custodiante é igual
ao seu preço de compra (informado em dólares norte-americanos). Se um detentor de ADSs preferir cancelar
ADSs em troca de ações que as lastreiam, o investimento em ações preferenciais poderá ser registrado no
Banco Central. Esse registro é necessário para que o detentor possa receber distribuições de lucros ou o
produto da alienação das ações fora do Brasil.
Quando um detentor de ADSs troca ADSs pelas ações subjacentes, o detentor tem direito a:
 vender as ações na bolsa de valores e remeter o produto para o exterior dentro de 5 dias
úteis; ou
 converter livremente o investimento nas ações subjacentes em um investimento, segundo a
Resolução CMN nº 4.373/14 (mediante o cumprimento das exigências legais acima descritas) ou
em um investimento estrangeiro direto no Brasil (de acordo com as normas aplicáveis).
Os detentores que não cumprirem as normas descritas anteriormente ainda poderão registrar o
investimento, mas o processo de registro ficará sujeito a procedimentos detalhados estabelecidos pelo Banco
Central. Os detentores que não cumprirem essas normas poderão também ficar sujeitos a penalidades
monetárias.
10.E. Tributação
O resumo a seguir contém uma descrição das principais consequências quanto aos tributos brasileiros
incidentes sobre a renda e imposto de renda federal devidos nos EUA, relativamente à aquisição, propriedade
174 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.E. Tributação
Formulário 20-F
e alienação de nossas ações e ADSs. No entanto, este resumo não deve ser considerado como uma descrição
exaustiva de todos os tributos, que possam vir a incidir nas referidas operações. Consequentemente,
possíveis compradores de ações e ADSs devem consultar seus próprios consultores tributários quanto às
implicações fiscais da aquisição, propriedade e alienação de nossas ações e/ou ADSs.
Este resumo baseia-se nas leis tributárias brasileiras e dos EUA em vigor na data da elaboração deste
documento, as quais poderão estar sujeitas a eventuais alterações posteriores.
Não existe atualmente um tratado para a dupla tributação celebrado entre o Brasil e os EUA. Todavia,
por haver reciprocidade de tratamento nos EUA, o fisco brasileiro assegura a residentes no país o direito de
compensarem do montante do imposto de renda, devido o valor do imposto incidente sobre a mesma renda,
que já tenha sido pago nos EUA. Muito embora as autoridades fiscais dos 2 países tenham mantido
discussões, que podem culminar nesse tratado, nenhuma garantia pode ser oferecida quanto à possibilidade
de um tratado de tal natureza vir a ser assinado ou como ele eventualmente afetará os detentores norteamericanos de nossas ações ou ADSs. Consequentemente, possíveis compradores de ações ou ADSs
devem consultar seus próprios consultores tributários, quanto às implicações fiscais da aquisição, propriedade
e alienação de ações ou ADSs em suas circunstâncias particulares.
Considerações sobre tributação no Brasil
O texto a seguir resume as principais consequências tributárias brasileiras da aquisição, propriedade
e alienação de nossas ações ou ADSs por um detentor não residente no Brasil.
Tributação de dividendos
Dividendos pagos aos titulares de ADSs ou aos tomadores estrangeiros com relação às nossas ações
não estão sujeitos à retenção na fonte, desde que tais dividendos sejam pagos a partir de lucros gerados a
partir de 1º de janeiro de 1996. Dividendos pagos a partir de lucros anteriores a 1º de janeiro de 1996 podem
se sujeitar à tributação na fonte às alíquotas variáveis, de acordo com a legislação aplicável à época.
Nesse contexto, a Lei nº 11.638/07 alterou significativamente a Legislação Societária Brasileira, com
o objetivo de aproximar o BR GAAP ao IFRS. As alterações promovidas pela Lei nº 11.638/07 produziram
efeitos a partir de 1º de janeiro de 2008. Já prevendo que as novas regras contábeis poderiam conflitar com
as disposições da lei tributária, a Lei nº 11.941/09, foi instituído o Regime Tributário de Transição (“RTT”). De
modo geral, sob a égide do RTT, as alterações promovidas pelo IFRS que modificassem o critério de
reconhecimento de receitas, custos e despesas, não teriam efeitos tributários.
Nesse sentido, lucros registrados em linha com as regras estabelecidas pela Lei nº 11.638/07 (“Lucros
IFRS”) podem ser diferentes de lucros calculados em conformidade com os métodos e critérios contábeis
vigentes até 31 de dezembro de 2007 (“Lucros 2007”).
Apesar da prática comum no mercado de distribuição isenta de dividendos calculados com base nos
Lucros IFRS, as autoridades fiscais brasileiras, por meio da Instrução Normativa (“IN”) nº 1.397/13,
manifestaram entendimento no sentido de que as sociedades deveriam observar os Lucros 2007, como base
para a determinação do montante de lucros que poderiam ser distribuídos sem incidência tributária aos
beneficiários.
Lucros pagos em excesso aos Lucros 2007 (“Dividendos em Excesso”) deveriam, na visão das
autoridades fiscais e no caso específico de beneficiários não residentes no Brasil, ser submetidos à tributação
da seguinte maneira: (i) Imposto de Renda Retido na Fonte (“IRRF”) à alíquota de 15,0%, no caso de
beneficiários não residentes no Brasil, mas que não fossem domiciliados em Jurisdição de Tributação
Favorecida (“JTF”) (conforme definição citada no texto de mesmo nome contido neste item); ou (ii) IRRF à
alíquota de 25,0%, no caso de não residentes no Brasil, domiciliados em JTF.
Como forma de mitigar tal questão, a Lei nº 12.973/14, além de revogar o RTT, trouxe mudanças
significativas na legislação tributária federal, inclusive com relação aos Dividendos em Excesso. Após
alterações promovidas pela Lei nº 12.973/14, confirmou-se a isenção dos Dividendos em Excesso, com
relação aos lucros apurados entre 2008 e 2013, sendo que a discussão não mais se coloca no novo regime
(vigente a partir de 2015) em que as diferenças em relação à contabilidade anterior passam a ser irrelevantes.
Potenciais discussões remanescem, entretanto, com relação aos dividendos pagos a partir de lucros apurados
no ano calendário de 2014, a não ser que a sociedade tenha facultativamente optado pela aplicação das
disposições previstas na Lei nº 12.973/14, desde 1º de janeiro de 2014.
175 Bradesco
10.E. Tributação
Formulário 20-F
Tributação dos ganhos
De acordo com a Lei nº 10.833/03, os ganhos auferidos em decorrência da alienação de ativos
localizados no Brasil por um tomador estrangeiro estão sujeitos à tributação no Brasil, independentemente do
fato de a alienação ser realizada para outro não-residente ou para um residente no Brasil.
Nesse sentido, na hipótese de alienação de nossas ações, as quais são consideradas ativos
brasileiros, o tomador estrangeiro estará sujeito ao imposto de renda incidente sobre o ganho de capital
apurado, em conformidade com as regras descritas nos parágrafos adiante, independentemente de a
operação ser, ou não, realizada no Brasil ou no exterior, ou com um residente ou não-residente no Brasil.
Com relação às ADSs, apesar de o tema não ser pacificado no Brasil, é possível argumentar que
ganhos registrados por um tomador estrangeiro na alienação de tais ativos para outro não-residente, não
deveriam estar sujeitos à tributação no Brasil. Tais argumentos estariam fundamentados no entendimento de
que ADSs não representam ativos brasileiros para fins de aplicação da Lei nº 10.833/03. De toda forma, não
é possível assegurar que tal entendimento será aceito pelas autoridades fiscais, as quais podem interpretar
o conceito de ativo brasileiro para fins da aplicação das regras previstas na Lei nº 10.833/03 de maneira
diversa. De tal forma, ganhos auferidos em decorrência da alienação de ADSs por um tomador estrangeiro a
um residente no Brasil (ou mesmo a um não-residente, caso as autoridades fiscais entendam que a ADS
representa um ativo brasileiro para fins de aplicação das regras previstas na Lei nº 10.833/03) podem estar
sujeitos à tributação de acordo com as regras descritas adiante.
É importante ressaltar que, para fins da legislação brasileira, as regras aplicáveis a ganhos auferidos
em decorrência da alienação de ações ou ADSs podem variar de acordo com o domicílio do tomador
estrangeiro, de acordo com a forma por meio da qual ele tenha registrado seu investimento perante o Banco
Central e/ou de acordo com a maneira que a alienação é estruturada e realizada.
O depósito de nossas ações em troca de ADSs pode ensejar tributação pelo imposto de renda à
alíquota de 15,0% ou 25,0%, em caso de eventual ganho de capital apurado por um tomador estrangeiro
localizado em JTF, caso o custo de aquisição de nossas ações for inferior: (i) ao preço médio por ação, cotado
na bolsa de valores brasileira em que o maior número destas ações tenha sido vendido no dia do depósito;
ou (ii) caso nenhuma ação seja vendida naquele dia, ao preço médio cotado na bolsa de valores brasileira
em que o maior número de ações tenha sido vendido nos últimos 15 pregões imediatamente anteriores ao
depósito. Neste caso, a diferença entre o preço médio de nossas ações, calculado conforme acima, e o custo
de aquisição correspondente, pode ser considerado como ganho de capital. Em determinadas circunstâncias,
pode haver argumentos para sustentar que tal tributação não é aplicável aos tomadores estrangeiros
registrados nos termos da Resolução CMN nº 4.373/14 (“Investidor 4.373”) que não estejam domiciliados em
JTF. A retirada de ADSs em troca de ações, não deveria, a princípio, ser entendida como operação passível
de resultar em ganho de capital sujeito ao imposto de renda, desde que as normas regulamentares em relação
ao registro do investimento perante o Banco Central sejam devidamente observadas.
Os ganhos auferidos em função da alienação de ações realizadas na bolsa de valores brasileira (que
inclui as transações realizadas no mercado de balcão organizado) estão:
 isentos de imposto de renda quando auferidos por um tomador estrangeiro que: (i) é um
Investidor 4.373; e (ii) não é residente em local considerado como JTF; ou
 sujeitos ao imposto de renda à alíquota de 15,0% em qualquer outro caso, incluindo os ganhos
auferidos por investidor estrangeiro que: (i) não é um Investidor 4.373 e/ou; (ii) é um Investidor
4.373 residente em local considerado como JTF. Neste caso, o imposto de renda retido na fonte
à alíquota de 0,005% sobre o valor da alienação será aplicável e poderá ser posteriormente,
compensado, com eventual imposto de renda sobre o ganho de capital.
Outros ganhos auferidos na alienação de ações que não sejam realizadas em bolsas de valores
brasileiras estão sujeitos ao imposto de renda à alíquota de 15,0%, exceto para residentes de locais
considerados como JTF, os quais, neste caso, estão sujeitos à tributação pelo imposto de renda à alíquota
de 25,0%. Caso os ganhos decorram de transações realizadas no mercado de balcão brasileiro não
organizado com intermediação, a retenção na fonte de 0,005% sobre o valor de venda será aplicável e poderá
ser compensada com eventual imposto de renda devido sobre o ganho de capital.
Em caso de resgate de ações ou redução de capital por uma companhia brasileira, a diferença positiva
entre a quantia efetivamente recebida pelo tomador estrangeiro e o custo de aquisição das ações resgatadas
será considerada como ganho de capital decorrente de operação não realizada em bolsa de valores, portanto,
estará sujeita à tributação pelo imposto de renda à alíquota de 15,0% ou 25,0%, a depender do caso.
176 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.E. Tributação
Formulário 20-F
Como regra geral, os ganhos registrados em decorrência da alienação de ações ou ADSs são
equivalentes à diferença positiva entre o valor da alienação das ações ou ADSs e o seus respectivos custos.
O exercício de qualquer direito de preferência relacionado às ações ou ADSs não estará sujeito à
tributação sobre a renda nos termos da legislação brasileira atualmente em vigor. Qualquer ganho na venda
ou exercício de direitos de preferência relacionados às ações ou ADSs por um tomador estrangeiro estará
sujeito à tributação de acordo com as mesmas regras aplicáveis nas hipóteses de alienação das referidas
ações.
Juros sobre o capital próprio (“JCP”)
A legislação brasileira permite a uma empresa brasileira, ao invés de distribuir dividendos, realizar
uma distribuição de JCP a seus acionistas, tratando tais valores como dedutíveis na apuração do lucro real e
na base de cálculo da Contribuição Social. Para fins tributários, o juros sobre o capital próprio é limitado à
variação diária pro rata da Taxa de Juros de Longo Prazo (“TJLP”), conforme determinações subsequentes
do Banco Central, não podendo superar o valor equivalente a:
 50,0% do lucro líquido (após a dedução da Contribuição Social, porém antes de considerar a
provisão relativa ao imposto de renda e o montante atribuível aos acionistas como JCP) apurado
no período em que o pagamento é realizado; e
 50,0% dos lucros acumulados e reservas de lucros apurados na data de início do período em
que o pagamento é realizado.
Especificamente, no que se refere ao pagamento de JCP para acionistas não residentes, tais
remessas estão sujeitas ao IRRF à alíquota de 15,0%, ou 25,0%, caso o beneficiário dos rendimentos seja
domiciliado em uma JTF.
Os valores pagos a título de JCP são passíveis de dedução na apuração do IRPJ e CSLL, os quais
são tributos incidentes sobre o lucro, observados os limites acima detalhados.
Jurisdição de tributação favorecida (“JTF”)
As autoridades fiscais brasileiras publicaram a IN nº 1.037/10, listando: (i) os países ou jurisdições
considerados como JTF ou cuja legislação interna oponha sigilo relativo à composição societária de pessoas
jurídicas ou à sua titularidade; e (ii) os regimes fiscais considerados privilegiados, cuja definição é trazida pela
Lei nº 11.727/08.
Em dezembro de 2014, a Receita Federal do Brasil (“RFB”) publicou a Portaria nº 488/14, reduzindo
o conceito de JTF para as localidades que tributam a renda à alíquota máxima inferior a 17,0% (anteriormente
considerada 20,0%). Entretanto, até o presente momento, a lista da IN nº 1.037/10 ainda não foi atualizada.
Ademais, note que a Portaria nº 488/14 não é aplicável aos investidores estrangeiros, cujos investimentos no
Brasil estejam de acordo com a Resolução do CMN nº 4.373/14.
Não obstante nosso entendimento de que a melhor interpretação da legislação, atualmente, em vigor
leva à conclusão de que o conceito de regime fiscal privilegiado, acima mencionado, seria aplicável somente
para fins das regras brasileiras de preços de transferência e subcapitalização, nós não podemos assegurar
que legislações posteriores, ou mesmo interpretações das autoridades fiscais determinem a aplicação do
conceito de regime fiscal privilegiado, estabelecido na Lei nº 11.727/08, será aplicável, também para
tomadores estrangeiros no pagamento de JCP.
Dessa forma, é recomendável a consulta aos assessores fiscais particulares, no que se refere às
consequências das regras previstas na Lei nº 11.727/08, IN nº 1.037/10 e Portaria nº 488/14, caso as
autoridades fiscais determinem a aplicação do conceito de regime fiscal privilegiado, no âmbito do IRRF
incidente nos pagamentos realizados a um tomador estrangeiro, considerando que o IRRF, nesse caso,
poderia ser cobrado à alíquota majorada de 25,0%.
Imposto sobre operações de câmbio
De acordo com o Decreto n° 6.306/07, a conversão de moeda estrangeira para moeda brasileira ou
vice-versa, sujeita-se ao imposto sobre operações de câmbio. A alíquota atual do imposto sobre operações
de câmbio aplicável à maioria das operações de câmbio é 0,38%. No entanto, operações de câmbio realizadas
para ingresso de recursos no Brasil, por um Investidor 4.373, estão sujeitas ao imposto sobre operações de
câmbio à alíquota de 0%: (i) no caso de operações de renda variável realizadas na bolsa de valores brasileira,
bem como nas aquisições de ações de companhias brasileiras de capital aberto ou subscrição de ações
relacionadas a contribuições de capital, desde que a companhia emissora tenha registrado suas ações para
negociação em bolsa de valores; e (ii) para a remessa de recursos do Brasil, relacionadas com este tipo de
177 Bradesco
10.E. Tributação
Formulário 20-F
investimento, incluindo os pagamentos de dividendos e JCP e a repatriação de recursos investidos no
mercado brasileiro. Adicionalmente, o imposto sobre operações de câmbio é, atualmente, cobrado à alíquota
de 0% sobre o cancelamento de ADSs, quando da troca por ações.
Em qualquer caso, a alíquota do imposto sobre operações de câmbio pode ser majorada a qualquer
tempo, por ato do Poder Executivo Federal, até o percentual de 25,0%, relativamente a transações ocorridas
após esta eventual alteração.
Imposto sobre transação com títulos e valores mobiliários
De acordo com o Decreto nº 6.306/07, o imposto sobre transação com títulos e valores mobiliários
pode ser cobrado sobre todas as transações envolvendo títulos e valores mobiliários, mesmo que as
transações sejam realizadas em bolsas de valores brasileiras. A alíquota de imposto sobre transação com
títulos e valores mobiliários aplicável a transações envolvendo nossas ações atualmente é 0%. Em particular,
o imposto sobre transação com títulos e valores mobiliários, também, incide à alíquota de 0% sobre o depósito
de ações negociadas na bolsa de valores brasileira com o propósito de emissão de certificados de depósito
a serem comercializados fora do Brasil. O governo pode elevar a alíquota do imposto sobre transação com
títulos e valores mobiliários, a qualquer momento, em até 1,5% ao dia, mas apenas com relação a transações
futuras.
Outros tributos federais brasileiros
Não há tributos federais brasileiros sobre herança, doação ou sucessão aplicáveis à propriedade,
transferência ou disposição de ações preferenciais ou ADSs por tomador estrangeiro. Impostos sobre doação
e herança, contudo, podem ser cobrados por alguns estados do Brasil sobre heranças transmitidas ou
doações feitas por tomador estrangeiro a indivíduos ou entidades residentes e domiciliadas em tais estados
do Brasil. Não há impostos brasileiros sobre selo, emissão, registro ou similares devidos por investidores
detentores de nossas ações ou ADSs.
Capital registrado
Os valores investidos em valores mobiliários por um detentor não residente no Brasil que: (i)
qualifique-se para benefícios, nos termos da Resolução CMN nº 4.373/14 e registre-se junto à CVM; ou (ii)
detenha ADSs e seja representado pelo registro do banco depositário, são elegíveis para registro no Banco
Central. No caso das ADSs, como o acionista que consta dos livros de registros de acionistas é o banco
depositário, o banco depositário é o responsável pela obtenção do registro. O registro permite a remessa para
fora do Brasil de moeda estrangeira, convertida à taxa cambial de mercado, adquirida com o produto de
distribuições ou alienações das ações subjacentes.
Considerações sobre o imposto de renda federal dos EUA
As declarações sobre as leis tributárias dos EUA descritas a seguir, se baseiam nas leis dos EUA em
vigor na data deste relatório anual e alterações a essas leis, posteriores à data deste relatório anual, podem
afetar as consequências fiscais descritas na mesma. Este resumo, descreve as principais consequências
fiscais da propriedade e alienação de ações ou ADSs, mas não pretende ser uma descrição abrangente de
todas as consequências fiscais, que podem ser relevantes para uma decisão de deter ou alienar ações ou
ADSs. Este resumo se aplica somente a compradores de ações ou ADSs que deterão as ações e ADSs como
ativos de capital, e não se aplica a classes especiais de detentores, tais como: distribuidoras de valores
mobiliários ou moedas; detentores cuja moeda funcional não é o dólar norte-americano; detentores de 10,0%
ou mais de nossas ações (levando em consideração ações detidas diretamente ou através de acertos com
depositários); organizações isentas de impostos; instituições financeiras; detentores obrigados ao imposto
mínimo alternativo; negociadores de valores mobiliários, que escolheram contabilizar seu investimento em
ações ou ADSs em uma base de ajuste a preços de mercado; e pessoas detentoras de ações ou ADSs em
uma operação de proteção ou como parte de uma operação de “straddle” ou de conversão.
Consequentemente, cada detentor deve consultar seu próprio consultor fiscal com relação às consequências
fiscais globais para ele, inclusive as consequências segundo leis que não as leis de imposto de renda federal
dos EUA, de um investimento em ações ou ADSs.
Nesta análise, referências a um “detentor americano” são referências a um detentor de uma ação ou
ADS que: (i) é um cidadão ou residente dos EUA; (ii) é uma sociedade constituída segundo as leis dos EUA
ou de qualquer estado daquele país; ou (iii) de outra forma está sujeito ao imposto de renda federal dos EUA
em uma base líquida com relação às ações ou ADSs.
As ações serão tratadas como capital social para fins do imposto de renda federal dos EUA. Para fins
do “U.S. Internal Revenue Code” (Código da Receita Federal dos EUA) de 1986, conforme alterado, que
chamamos de “Código”, os detentores de ADSs serão geralmente tratados como detentores das ações
representadas por tais ADSs.
178 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.E. Tributação
Formulário 20-F
Tributação de distribuições
Um detentor americano reconhecerá a receita de dividendos, para fins de imposto de renda dos EUA
em um valor igual a qualquer valor em dinheiro e o valor de quaisquer bens por nós distribuídos como
dividendo, na medida em que essa distribuição for paga como rendimentos e lucros do exercício ou
acumulados, conforme determinado para fins de imposto de renda federal dos EUA, quando essa distribuição
for recebida pelo custodiante (ou pelo detentor americano, no caso de um detentor de ações preferenciais).
O valor de qualquer distribuição incluirá o valor do imposto brasileiro retido sobre o valor distribuído, e o valor
de uma distribuição paga em reais será medido por referência à taxa de câmbio para a conversão de reais
em dólares norte-americanos, em vigor na data em que a distribuição for recebida pelo custodiante (ou por
um detentor americano, no caso de um detentor de ações preferenciais). Se este custodiante (ou o detentor
americano, no caso de um detentor de ações preferenciais) não converter esses reais em dólares norteamericanos na data em que ele os receber, é possível que o detentor americano reconheça a perda ou ganho
cambial, que seria uma perda ou ganho normal, quando os reais forem convertidos em dólares norteamericanos. Dividendos pagos por nós não serão elegíveis para a dedução permitida às sociedades
anônimas, segundo o Código.
Sujeito a certas exceções para posições de curto prazo e protegidas por hedge, o valor em dólar
norte-americano dos dividendos recebidos por uma pessoa, com relação às ADSs, estará sujeito à tributação
a alíquotas reduzidas, se os dividendos forem dividendos “qualificados”. Os dividendos pagos sobre as ADSs
serão tratados como dividendos qualificados se: (i) as ADSs forem prontamente negociáveis em um mercado
de títulos estabelecido nos EUA; e (ii) nós não formos, nem no ano anterior ao que os dividendos foram pagos,
nem no ano em que os dividendos são pagos, uma companhia de investimento financeiro passivo (“CIFP”).
As ADSs são listadas na NYSE, e se qualificam como prontamente negociáveis em um mercado de títulos
estabelecido nos EUA assim que elas são listadas. Com base nas diretrizes existentes, não está claro se os
dividendos recebidos com relação às ações serão tratados como dividendos qualificados, por que as próprias
ações não estão listadas em uma bolsa norte-americana. Além disso, o Tesouro Norte-Americano anunciou
sua intenção de promulgar regras, de acordo com as quais os detentores de ADSs ou ações e intermediários,
através dos quais tais títulos são mantidos, serão autorizados a confiar em certificações dos emissores para
tratar os dividendos como qualificados para fins de relatório. Em virtude de tais procedimentos ainda não
terem sido emitidos, não está claro se poderemos cumpri-los. Os detentores de ADSs e ações devem
consultar seus próprios consultores fiscais com relação à disponibilidade da alíquota reduzida de imposto
sobre dividendos, em vista das considerações discutidas acima e de suas próprias circunstâncias particulares.
Com base em nossas demonstrações contábeis auditadas e nos dados relevantes sobre o mercado,
acreditamos que não fomos tratados como uma CIFP, para fins do imposto de renda federal dos EUA, com
relação aos nossos exercícios tributáveis de 2009 até 2015. Além disso, com base em nossas demonstrações
contábeis auditadas e nossas expectativas atuais sobre o valor e a natureza de nossos ativos, as fontes e a
natureza de nosso lucro e dados relevantes sobre o mercado e os acionistas, não prevemos nos tornarmos
uma CIFP para o exercício tributável de 2016. O fato de acreditarmos que não somos, e nem seremos no
futuro, uma CIFP, é baseado em alguns “Regulamentos Propostos do Tesouro” que tratam de bancos não
americanos. Tais regulamentos não estão finalizados e estão sujeitos à alterações e, neste caso, nossa
determinação quanto ao status de CIFP pode ser diferente.
Distribuições efetuadas com rendimentos e lucros relativamente às ações ou ADSs serão em geral
tratadas como receita de dividendos de fontes fora dos EUA e serão, em geral, tratadas separadamente com
outros itens de receita “passiva” (ou, no caso de alguns detentores americanos, “serviços financeiros”) para
fins de determinar o crédito de impostos de renda estrangeiros permitido, segundo o Código. Sujeito a certas
limitações, o imposto de renda brasileiro retido referente a qualquer distribuição relativa às ações ou ADSs
poderá ser reivindicado como um crédito contra a obrigação de imposto de renda federal dos EUA de um
detentor americano, se esse detentor escolher para esse exercício creditar todos os impostos de renda
estrangeiros. Alternativamente, essa retenção na fonte de imposto de renda brasileiro poderá ser utilizada
como uma dedução contra a receita tributável. Créditos de impostos estrangeiros não são permitidos com
relação a retenções na fonte de impostos incidentes relativamente a algumas posições de curto prazo ou
protegidas por hedge em valores mobiliários e podem não ser permitidos com relação às situações em que o
lucro econômico esperado de um detentor americano não é relevante. Os detentores americanos devem
consultar seus próprios consultores tributários a respeito das implicações dessas normas face às suas
circunstâncias específicas.
As distribuições de ações adicionais a detentores relativamente às suas ações ou ADSs, que forem
feitas como parte de uma distribuição proporcional para todos os nossos acionistas, em geral não ficarão
sujeitas ao imposto de renda federal dos EUA.
179 Bradesco
10.F. Dividendos e Agentes de Pagamentos
Formulário 20-F
Os detentores de ações ou ADSs que forem pessoas jurídicas estrangeiras ou pessoas físicas
estrangeiras não residentes, que denominamos “detentores não americanos”, em geral, não ficarão sujeitos
ao imposto de renda federal dos EUA ou a retenções de imposto sobre distribuições com relação a ações ou
ADSs, que forem tratadas como receita de dividendos para fins de imposto de renda federal dos EUA, a
menos que tais dividendos sejam efetivamente ligados com a condução pelo detentor de um negócio ou
comércio nos EUA.
Tributação de ganhos de capital
Sobre a venda ou outra alienação de uma ação ou uma ADS, um detentor americano em geral
reconhecerá ganho ou perda para fins de imposto de renda federal dos EUA. O valor do ganho ou perda será
igual à diferença entre o valor realizado em contraprestação pela alienação das ações ou das ADSs e a base
de cálculo do detentor americano será a ação, ou a ADS. Esse ganho ou perda ficará em geral sujeito ao
imposto de renda federal dos EUA, como ganho ou perda de capital e será ganho ou perda de capital de
longo prazo se mantido por mais de um ano. Perdas de capital podem ser deduzidas da receita tributável,
respeitadas determinadas limitações. O ganho realizado por um detentor americano sobre uma venda ou
alienação de ações ou ADSs será em geral tratado como uma receita de fonte dos EUA. Consequentemente,
se o imposto brasileiro incidir sobre esse ganho, o detentor americano não poderá utilizar o crédito de imposto
estrangeiro correspondente, a menos que o detentor tenha outra fonte de renda no exterior, do tipo adequado
relativamente ao qual o crédito pode ser utilizado.
Um detentor não americano não ficará sujeito ao imposto de renda federal dos EUA ou a uma retenção
na fonte de imposto sobre o ganho realizado sobre a venda ou outra alienação de uma ação ou ADS, a menos
que esse: (i) ganho seja efetivamente relacionado com a condução pelo detentor de um comércio ou negócio
nos EUA; ou (ii) detentor seja uma pessoa física que permaneça nos EUA por 183 dias ou mais no exercício
fiscal da venda e algumas outras condições sejam cumpridas.
Retenção por segurança e relatórios informativos
Os dividendos pagos sobre o lucro do exercício, e os resultados da venda ou outra alienação das
ADSs ou ações para um detentor americano, normalmente poderão estar sujeitos às exigências de declaração
de informações do Código e à retenção de segurança a menos que o detentor americano: (i) estabeleça, se
requerido for, ser um recebedor isento ou (ii) no caso de retenção por segurança, forneça um número de
identificação de contribuinte e certifique que não ocorreu perda da isenção de retenção de segurança. O valor
de qualquer retenção de segurança cobrado de um pagamento a um detentor americano será tratado como
um crédito contra as obrigações fiscais de imposto de renda federal dos EUA e poderá conferir ao detentor
americano um reembolso, desde que certas informações exigidas sejam fornecidas aos serviços da receita
federal dos EUA.
Um detentor não americano, normalmente, estará isento dessas exigências de declaração de
informações e retenção de segurança de imposto, mas poderá ter que cumprir com certos procedimentos de
certificação e identificação de modo a estabelecer a elegibilidade para tais isenções.
Certos detentores americanos podem estar sujeitos a exigências adicionais de declaração de
informações. A penalidade para o não cumprimento destas exigências pode ser significativa. Detentores
americanos devem consultar seus próprios consultores fiscais sobre quaisquer exigências americanas de
declaração, que possam surgir fora da participação ou alienação de ações ou ADSs, em função da sua
situação particular.
10.F. Dividendos e Agentes de Pagamentos
Não aplicável.
10.G. Laudos de Peritos
Não aplicável.
10.H. Documentos Apresentados
Nós arquivamos relatórios, incluindo relatórios anuais em Formulário 20-F, e outras informações na
SEC, conforme as regras e a regulamentação da SEC, que se aplicam aos emissores estrangeiros privados.
V.Sa(s). podem ler e copiar quaisquer materiais arquivados na SEC em sua Public Reference Room na 450
Fifth Street, N.W, Washington D.C. 20549. V.Sa(s). podem obter informações sobre o funcionamento de sua
Public Reference Room ligando para a SEC no 1-800-SEC-0330. Todos os arquivamentos, que fazemos
eletronicamente, estão disponíveis ao público pela internet no website da SEC.
180 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
10.I. Informações sobre Subsidiárias
Formulário 20-F
10.I. Informações sobre Subsidiárias
Para informações sobre subsidiárias veja “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios – Principais
Subsidiárias” e Nota 2(a) de nossas demonstrações contábeis consolidadas no “Item 18. Demonstrações
Contábeis”.
ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE
MERCADO
Risco de mercado
O risco de mercado é representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de preços e
taxas de juros de nossos ativos financeiros, uma vez que suas carteiras ativas e passivas podem apresentar
descasamentos de prazos, moedas e indexadores. Estamos expostos ao risco de mercado, tanto em nossa
carteira trading quanto na carteira banking. Os principais riscos de mercado das nossas carteiras são os riscos
de taxas de juros e de câmbio.
Utilizamos metodologias como análise de sensibilidade e Value at Risk (VaR), entre outras, para
avaliar nosso risco de mercado.
Risco de taxas de juros
O risco de taxas de juros surge em decorrência de diferenças de momentos na repactuação de ativos
e obrigações, de alterações inesperadas na inclinação e forma de curvas de rendimento, do risco de base, e
de alterações na correlação de taxas de juros entre diferentes instrumentos financeiros/indexadores. Estamos
expostos ao risco de movimentos em taxas de juros, quando existe um desequilíbrio entre taxas de juros fixas
e taxas de juros de mercado. Para uma análise de nossa gestão sobre sensibilidade a taxas de juros, veja
“Item 5.B. Liquidez e Recursos de Capital - Sensibilidade das taxas de juros”.
Risco de câmbio
O risco de câmbio surge em decorrência de termos ativos, obrigações e itens não incluídos no balanço
patrimonial, que são expressos em ou indexados a outras moedas que não o real, quer em decorrência de
negociação ou no curso normal das atividades bancárias. Controlamos a exposição a movimentos de taxas
de câmbio assegurando-nos de que os desequilíbrios sejam administrados e monitorados, e nossa política é
evitar desequilíbrios substanciais em taxas de câmbio. Para uma análise de nossa gestão sobre a
sensibilidade a taxas de câmbio, veja “Item 5.B. Liquidez e Recursos de Capital - Sensibilidade de taxas de
câmbio”.
Riscos de mercado de atividades de negociação
Celebramos transações com derivativos para administrar nossa exposição aos riscos de taxas de
juros e de câmbio. Como resultado, nossa exposição a potenciais prejuízos, descritos a seguir, é geralmente
reduzida por essas transações. Esses instrumentos financeiros derivativos não se qualificam como hedge,
segundo o IFRS. Consequentemente, nós classificamos instrumentos financeiros derivativos como ativos
financeiros para negociação.
Análise de sensibilidade
A seguir, uma análise de sensibilidade para a nossa exposição financeira nas carteiras trading e
banking, com base em 3 cenários aplicados sobre as taxas e preços de mercado. Foram considerados
choques de 25,0% e 50,0% nos preços e taxas, que afetariam negativamente as nossas posições, além do
cenário que reflete o impacto de 1 ponto base nas taxas e 1,0% nos preços de mercado. Estes cenários
cumprem com as determinações da Instrução CVM nº 475/08.
Cenários
Fator de Risco
Taxa de Câmbio R$/USD
Taxa Pré-fixada em reais de 1 ano
Choques de 1 ponto
Mercado de 31 de
base para taxa de
dezembro de 2015
juros e 1% de variação
para preços
3,97
15,87%
4,00
15,88%
Choques de 25% para
preços e taxas
4,96
19,83%
Choques de 50% para
preços e taxas
5,95
23,80%
Os choques foram também aplicados para os demais fatores de risco e prazos das curvas de juros. Cabe destacar que, durante o primeiro trimestre de 2016, o real valorizou-se 8,9% em
relação ao dólar norte-americano (passou de R$/USD 3,90 para R$/USD 3,55), patamar inferior aos cenários, cujos choques aplicados foram de 25% e 50%.
181 Bradesco
ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO
Formulário 20-F
Os impactos desses cenários sobre nossas posições seriam os seguintes:
Carteiras Trading e Banking
Em 31 de dezembro de 2015
Fatores de Riscos
Definição
Em milhares de reais
Cenários (1)
2
1
3
Taxa de Juros em Reais
Exposições sujeitas à variação de taxas de juros pré-fixadas e cupom de
taxas de juros
(5.027)
(1.920.630)
(3.739.629)
Índices de Preços
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de preços
(7.930)
(1.395.457)
(2.613.957)
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas
estrangeiras
Exposições sujeitas à variação cambial
Exposições sujeitas à variação do preço de ações
(581)
(81.873)
(150.673)
(5.054)
(12.054)
(132.492)
(301.354)
(264.983)
(602.707)
(1.260)
(51.310)
(101.025)
(454)
(32.360)
(17.879)
(11.353)
(3.894.469)
(3.218.376)
(22.706)
(7.495.680)
(6.181.241)
Cupom Cambial
Moeda Estrangeira
Renda Variável
Soberanos/Eurobonds e Treasuries
Outros
Total sem correlação
Total com correlação
(1)
Exposições sujeitas à variação da taxa de juros de papéis negociados no
mercado internacional
Exposições que não se enquadraram nas definições anteriores
Valores líquidos de efeitos fiscais.
Cabe ressaltar que, os impactos das exposições financeiras da carteira banking (notadamente nos
fatores taxa de juros e índices de preços), não necessariamente representam potencial prejuízo contábil. Isto
ocorre porque parte das operações de empréstimos e adiantamentos, que estão na carteira banking, são
financiadas por depósitos à vista e/ou poupança, os quais são “hedge natural” para eventuais oscilações de
taxa de juros, bem como as oscilações de taxa de juros não representam impacto material sobre o nosso
resultado, uma vez que a intenção é manter as operações de empréstimos e adiantamentos até o seu
vencimento. Além disso, em razão da nossa forte participação no mercado de seguros e previdência, temos
um volume expressivo em ativos, que são corrigidos por índices de preços, vinculados às devidas provisões
técnicas.
Carteira Banking
Em 31 de dezembro de 2015
Fatores de riscos
Definição
Em milhares de reais
Cenários (1)
2
1
3
Taxa de Juros em Reais
Exposições sujeitas à variação de taxas de juros pré-fixadas e cupom de
taxas de juros
(4.199)
(1.613.721)
(3.139.565)
Índices de Preços
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de preços
(7.881)
(1.387.196)
(2.598.768)
Cupom Cambial
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas
estrangeiras
Moeda Estrangeira
Renda Variável
Soberanos/Eurobonds e Treasuries
Outros
Total sem correlação
Total com correlação
(1)
Exposições sujeitas à variação cambial
Exposições sujeitas à variação do preço de ações
Exposições sujeitas à variação da taxa de juros de papéis negociados no
mercado internacional
Exposições que não se enquadraram nas definições anteriores
(575)
(81.190)
(149.351)
(5.311)
(12.054)
(138.829)
(301.354)
(277.657)
(602.707)
(1.068)
(47.086)
(92.555)
(454)
(31.542)
(17.016)
(11.353)
(3.580.729)
(2.913.750)
(22.706)
(6.883.309)
(5.585.927)
Valores líquidos de efeitos fiscais.
Demonstra-se também, a seguir, a análise de sensibilidade exclusivamente da carteira trading, que
representa as exposições que poderão causar impactos relevantes sobre nosso resultado, cabendo ressaltar
que, os resultados apresentados revelam os impactos para cada cenário numa posição estática da carteira.
O dinamismo do mercado faz com que essas posições se alterem continuamente e não obrigatoriamente
reflitam hoje a posição aqui demonstrada. Além disso, conforme comentado anteriormente, possuímos um
processo de gestão contínua do risco de mercado que procura, constantemente, formas de mitigar os riscos
associados, de acordo com a estratégia determinada pela Alta Administração. Assim, em casos de sinais de
deterioração de determinada posição, ações proativas são tomadas para minimização de possíveis impactos
negativos, visando maximizar nossa relação risco retorno.
Carteira Trading
Em 31 de dezembro de 2015
Fatores de Riscos
Definição
Em milhares de reais
Cenários (1)
2
1
3
Taxa de Juros em Reais
Exposições sujeitas à variação de taxas de juros pré-fixadas e cupom de
taxas de juros
(867)
(321.946)
(627.934)
Índices de Preços
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de preços
(53)
(8.834)
(16.217)
Cupom Cambial
Moeda Estrangeira
Soberanos/Eurobonds e Treasuries
Outros
Total sem correlação
Total com correlação
(1)
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas
estrangeiras
Exposições sujeitas à variação cambial
Exposições sujeitas à variação da taxa de juros de papéis negociados no
mercado internacional
Exposições que não se enquadraram nas definições anteriores
Valores líquidos de efeitos fiscais.
182 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
(30)
(1.312)
(2.592)
(276)
(6.898)
(13.796)
(530)
(7.281)
(14.747)
(1.756)
(1.357)
(2)
(346.273)
(333.171)
(3)
(675.289)
(649.489)
ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO
Formulário 20-F
Valor em Risco (VaR)
O risco da carteira trading é mensurado através da metodologia de VaR Delta-Normal, com nível de
confiança de 99,0%, sendo que o horizonte aplicado leva em consideração o número de dias necessários
para se desfazer das exposições existentes. Adicionalmente, para a mensuração de todos os fatores de risco
da carteira de opções, são aplicados os modelos de simulação histórica e o Delta-Gama-Vega, prevalecendo
o mais conservador entre os 2. As posições financeiras são alocadas em seus fatores de risco primários,
como taxa de juros e moedas, sendo que a metodologia considera o efeito diversificação através da
correlação observada para esses fatores.
A metodologia aplicada e os modelos estatísticos existentes são avaliados continuamente utilizandose técnicas de backtesting, que consistem na comparação do VaR com período de manutenção de 1 dia e os
resultados hipotéticos, obtido com as mesmas posições utilizadas no cálculo do VaR, e efetivo, aqui
considerando também a movimentação do dia para o qual o VaR foi estimado.
O principal objetivo é monitorar, validar e avaliar a aderência do modelo de VaR, sendo que o número
de rompimentos ocorridos deve ser compatível com o número de rompimentos aceitos pelos testes
estatísticos realizados para o nível de confiança estabelecido (99,0%). Outro objetivo é aprimorar os modelos
utilizados pela Organização, através das análises realizadas para diferentes períodos de observação e níveis
de confiança do VaR, tanto para o VaR Total como por fator de risco.
Em 2015, o resultado diário, tanto hipotético quanto efetivo, superou o VaR em 4 vezes, ou seja,
dentro dos limites definidos nos testes estatísticos aplicados ao modelo. De acordo com o documento
publicado pelo Basel Committee on Banking Supervision (Supervisory Framework for the use “Backtesting” in
Conjunction with the Internal Models Approach to Market Risk Capital Requirements de janeiro de 1996), os
rompimentos seriam classificados como “má-sorte ou os mercados se moveram de forma não prevista pelo
modelo”, ou seja, a volatilidade foi significativamente maior do que o esperado e/ou as correlações foram
diferentes daquelas assumidas pelo modelo.
Em 2015, o VaR da carteira trading, para o horizonte de 1 dia e líquido de efeitos fiscais, apresentou
valores máximo e mínimo de R$ 74,0 milhões e R$ 5,3 milhões, respectivamente, ambos no 3º trimestre. Os
quadros a seguir demonstram o valor em risco, conforme a metodologia do VaR. Os quadros a seguir
demonstram o valor em risco, conforme a metodologia do VaR:
Média
Fatores de risco
Reais (taxa fixa e flutuante)
Cupom cambial
Moeda estrangeira
Renda variável
Renda fixa externa
Outros
Total do VaR
19.319
4.515
2.158
770
6.145
1.684
21.538
2015 - Em milhares de reais
1º Trimestre
Mínimo
Máximo
12.599
1.196
66
2.464
899
15.461
31.669
6.242
10.114
3.400
9.782
2.105
32.975
2015 - Em milhares de reais
2º Trimestre
Média
Fatores de risco
Reais (taxa fixa e flutuante)
Cupom cambial
Moeda estrangeira
Renda variável
Renda fixa externa
Outros
Total do VaR
12.773
1.355
1.784
66
3.064
1.827
15.170
Mínimo
8.903
472
17
2.535
941
10.346
Máximo
17.702
2.543
5.499
198
4.209
3.878
19.722
Em 31 de
março
16.225
1.949
3.526
3.416
1.405
15.618
Em 30 de
junho
13.791
472
3.426
67
2.581
941
18.019
183 Bradesco
ITEM 12. DESCRIÇÃO DE OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO DE RENDA VARIÁVEL
Formulário 20-F
2015 - Em milhares de reais
3º Trimestre
Mínimo
Máximo
Média
Fatores de risco
Reais (taxa fixa e flutuante)
Cupom cambial
Moeda estrangeira
Renda variável
Renda fixa externa
Outros
Total do VaR
19.774
662
1.399
101
4.315
287
21.659
74.554
1.256
6.088
565
6.877
3.084
73.984
2015 - Em milhares de reais
4º Trimestre
Mínimo
Máximo
Média
Fatores de risco
Reais (taxa fixa e flutuante)
Cupom cambial
Moeda estrangeira
Renda variável
Renda fixa externa
Outros
Total do VaR
2.762
209
48
2.262
1
5.266
Em 30 de
setembro
28.939
1.407
338
1
3.767
42
29.966
16.522
851
16
2.206
1
18.016
73.432
1.243
1.243
6.724
73
72.132
Em 31 de
dezembro
60.108
2.606
1.012
82
16.304
406
61.531
34.069
1.117
937
6.468
31
18.016
O quadro a seguir demonstra a concentração do VaR da carteira trading, em termos de frequência,
durante o exercício, encerrado em 31 de dezembro de 2015:
Valor em Risco (R$ milhões)
1º trimestre
Até R$20
Mais de R$20 até R$30
Mais de R$30 até R$40
Mais de R$40 até R$50
Mais de R$50
22,6%
64,5%
12,9%
0,0%
0,0%
2º trimestre
87,7%
12,3%
0,0%
0,0%
0,0%
3º trimestre
73,8%
18,5%
6,2%
1,5%
0,0%
4º trimestre
20,3%
42,2%
17,2%
9,4%
10,9%
% de eventos
51,6%
34,0%
9,0%
2,7%
2,7%
ITEM 12. DESCRIÇÃO DE OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO DE RENDA
VARIÁVEL
12.A. Títulos de Dívidas
Não aplicável.
12.B. Bônus de Subscrição e Direitos
Não aplicável.
12.C. Outros Títulos
Não aplicável.
184 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
12.D. Ações Depositárias Americanas
Formulário 20-F
12.D. Ações Depositárias Americanas
Apresentamos na tabela a seguir, as descrições dos serviços e respectivas taxas e tarifas que os
detentores de nossas ADRs (preferenciais e ordinárias), direta ou indiretamente, estão sujeitos a pagar ao
nosso banco depositário, o The Bank of New York Mellon (BNYM).
TAXAS E TARIFAS
SERVIÇO
US$ 0,02 (ou menos) por ADSs.
- Emissão de ADSs, incluindo emissões resultantes de uma distribuição de
ações, direitos ou outra propriedade.
- Cancelamento de ADSs devido a retirada, incluindo se o acordo de
depósito foi rescindido.
- Qualquer distribuição em dinheiro aos detentores de ADSs registrados.
Uma taxa equivalente àquela que seria paga se títulos distribuídos fossem
ações e as ações fossem depositadas para emissão de ADSs.
- Distribuição de títulos aos detentores, os quais são distribuídos pelo
depositário em forma de ADS.
US$ 0,02 (ou menos) por ADSs por ano.
- Serviços do depositário.
-Transferência e registro de ações nos livros do escriturador do nome do
depositário ou seu agente quando se deposita ou retira ações.
- Despesas com telegrama, telefone e fax (quando expressamente
contemplado no acordo de depósito).
- Conversão de moeda estrangeira para dólares americanos.
US$ 0,05 (ou menos) por ADSs.
Taxas de registro ou transferência.
Despesas do depositário.
Taxas e impostos que o depositário ou o custodiante deve pagar sobre
qualquer ADS, por exemplo, taxas de transferência de ações, taxa de selo
ou imposto retido.
- Conforme necessário.
Quaisquer custos incorridos pelo depositário ou seu agente por prestação
de serviços referentes aos títulos depositados.
- Conforme necessário.
De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015, nós recebemos de nosso banco depositário, na forma
de reembolso ou de pagamentos realizados em nosso nome, o valor de US$ 13,7 milhões.
PARTE II
ITEM 13. INADIMPLÊNCIAS, DIVIDENDOS A MENOR E ATRASOS NOS PAGAMENTOS
Não aplicável.
ITEM 14. MODIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS AOS DIREITOS DOS DETENTORES DE
TÍTULOS E USO DOS RECURSOS
Não aplicável.
ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS
Responsabilidade financeira, controles e procedimentos de divulgação e relatório de controles
internos relacionados às demonstrações contábeis consolidadas.
(a) Controles e procedimentos de divulgação
Em 31 de dezembro de 2015, avaliações da eficácia dos nossos controles e procedimentos de
divulgação (conforme definido nos Artigos 13a-15(e) e 15d-15(e), da Lei de Mercado de Capitais de 1934 da
Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) foram conduzidas sob supervisão de nossa Administração,
inclusive, de nossos Chief Executive Officer – CEO e Chief Financial Officer – CFO. Devido às inerentes
limitações, os controles internos e os procedimentos de divulgação, podem não prevenir ou detectar erros.
Dessa forma, mesmo controles e procedimentos de divulgação efetivos podem fornecer somente uma
segurança razoável de que seus objetivos de controle sejam atingidos.
Com base na avaliação mencionada acima, nossos CEO e CFO, sujeitos às limitações já citadas,
concluíram que, para o período compreendido por esse relatório anual, os nossos controles e procedimentos
de divulgação eram adequados e efetivos de modo a proporcionar uma segurança razoável de que as
informações requeridas, a serem divulgadas nos relatórios que arquivamos ou enviamos, de acordo com a
“Lei de Mercado de Capitais da Comissão de Valores Mobiliários” dos EUA, estão registradas, processadas,
sumarizadas e divulgadas dentro dos períodos especificados nas normas e formulários aplicáveis, e que estão
acumuladas e comunicadas à nossa Administração, incluindo, nossos CEO e CFO, de maneira apropriada
para permitir decisões oportunas em relação à divulgação requerida.
185 Bradesco
ITEM 16. [RESERVADO]
Formulário 20-F
(b) Relatório anual da Administração sobre os controles internos relacionados às demonstrações
contábeis consolidadas
Nossa Administração é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre as
demonstrações contábeis consolidadas, conforme definido nos Artigos 13a-15(f) e 15d-15(f), de acordo com
a Lei de Mercado de Capitais de 1934, da SEC dos EUA. Nossos controles internos foram estabelecidos de
maneira a proporcionar uma segurança razoável em relação à confiabilidade de nosso reporte financeiro e à
preparação das demonstrações contábeis para fins externos, de acordo com os princípios contábeis
geralmente aceitos.
Nossa Administração avaliou a eficácia dos controles internos sobre as demonstrações contábeis
consolidadas de 31 de dezembro de 2015, baseado nos critérios estabelecidos pela Estrutura Integrada de
Controle Interno 2013 do “Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission – COSO” e
concluiu que, nossos controles internos relacionados às demonstrações contábeis consolidadas eram
efetivos.
A eficácia dos controles internos relacionados às demonstrações contábeis consolidadas de 31 de
dezembro de 2015 foi auditada pela KPMG Auditores Independentes, auditores independentes registrados
no PCAOB, conforme declarado em seu relatório com início na página F-3 do “Item 18. Demonstrações
Contábeis”.
(c) Relatório de certificação da empresa de auditoria independente registrada no PCAOB
Para o relatório da KPMG Auditores Independentes, nossa empresa de auditoria independente
registrada no PCAOB, datado de 15 de abril de 2016, sobre a eficácia dos controles internos sobre as
demonstrações contábeis consolidadas datadas de 31 de dezembro de 2015, veja “Item 18. Demonstrações
Contábeis”.
(d) Mudanças nos controles internos relacionados às demonstrações contábeis consolidadas
Não houve mudanças em nossos controles internos relacionados às demonstrações contábeis
consolidadas (esse termo é definido nos Artigos 13a-15(f) e 15d-15(f), de acordo com a “Lei de Mercado de
Capitais de 1934” da SEC dos EUA) referente ao exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2015, que
tenham afetado de maneira material ou que tenham possibilidade razoável de afetar de maneira material
nossos controles internos relacionados às demonstrações contábeis consolidadas.
ITEM 16. [RESERVADO]
16.A. Especialista Financeiro do Comitê de Auditoria
Nosso Conselho de Administração analisou as qualificações e experiências dos membros do Comitê
de Auditoria e designou Paulo Roberto Simões da Cunha como “especialista financeiro do Comitê de
Auditoria”, conforme o significado do Item 16.A, e também é independente. Para mais informações com
relação ao nosso Comitê de Auditoria, veja “Item 6.C. Práticas do Conselho de Administração - Comitês
Diretivos - Comitê de Auditoria”.
16.B. Código de Conduta Ética
Nós adotamos o “Código de Conduta Ética” e os “Códigos de Conduta Ética Setoriais”, de acordo
com a “Lei de Mercado de Capitais de 1934”, emendada. Nossos “Códigos de Conduta Ética” aplicam-se ao
nosso Diretor-Presidente, Diretor Financeiro, Diretor Contábil e a quaisquer pessoas em funções similares,
assim como nossos conselheiros, outros executivos, funcionários, parceiros de negócios, fornecedores e
prestadores de serviços. Nossos “Códigos de Conduta Ética” estão disponíveis no website por meio do
endereço www.bradesco.com.br/ri. Se alterarmos as determinações de nossos “Códigos de Conduta Ética”
ou se concedermos quaisquer isenções a tais determinações, divulgaremos tal alteração ou abdicação em
nosso website no mesmo endereço.
186 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
16.C. Honorários e Serviços do Auditor Principal
Formulário 20-F
16.C. Honorários e Serviços do Auditor Principal
Honorários de auditoria e não auditoria
A tabela a seguir demonstra os honorários que nos foram cobrados, durante os exercícios fiscais
findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014:
Exercício findo em 31 de dezembro de
Cobranças de auditoria
Cobranças relacionadas à auditoria
Outras cobranças
Total das cobranças
Em milhares de reais
2015
2014
30.571
26.823
952
960
1.410
1.180
32.933
28.963
Os honorários dos exercícios de 2015 e 2014 correspondem a cobranças de nosso auditor referente
a esses exercícios (KPMG Auditores Independentes).
Nossa empresa de auditoria independente audita nossas demonstrações contábeis anuais de acordo
com o IFRS e de acordo com o BR GAAP e de nossas principais investidas, além da revisão trimestral de
nossas demonstrações contábeis intermediárias.
As cobranças relacionadas à auditoria na tabela anterior são os honorários totais cobrados pelos
auditores independentes para relatórios de certificação contábil solicitados pela nossa Administração e de
emissão de cartas de conforto para a colocação de títulos no exterior.
As outras cobranças na tabela anterior são os honorários cobrados pelos auditores independentes
relativas, principalmente, a procedimentos pré-acordados, diligências e revisões de informações,
substancialmente, financeiras, fiscais e atuariais.
Políticas e procedimentos de pré-aprovação do Comitê de Auditoria
O Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração, para aprovação, a entidade a ser
contratada para prestação dos serviços de auditoria independente ao Bradesco e suas subsidiárias e a
respectiva remuneração, bem como a sua substituição. A contratação do auditor independente para serviços
de não-auditoria não é submetida ao Conselho de Administração, porém, deve ser previamente analisada
pelo Comitê de Auditoria quanto ao cumprimento das regras de independência. Para mais informações com
relação ao nosso Conselho de Administração e Comitê de Auditoria, veja “Item 6.C. Práticas do Conselho de
Administração”.
16.D. Isenções das normas de arquivamento para os Comitês de Auditoria
De acordo com as regras da SEC e da NYSE quanto ao Comitê de Auditoria de companhias listadas,
em vigor a partir de 31 de julho de 2006, devemos cumprir com a Regra 10A – 3 do Exchange Act, que exige
que nós estabeleçamos um Comitê de Auditoria, composto de membros do Conselho de Administração, que
cumpre com determinadas exigências, ou designemos e concedamos poder a um Conselho Fiscal ou órgão
similar, que desempenhe o papel do Comitê de Auditoria, com base na isenção estabelecida na Regra 10A –
3(c)(3) do Exchange Act.
De acordo com a regulamentação do Banco Central, constituímos um órgão também denominado
Comitê de Auditoria, que desempenha quase todas as funções do Comitê de Auditoria de uma empresa
americana. Dos 4 membros do Comitê de Auditoria, 2 membros são, também, membros do Conselho de
Administração. Além disso, de acordo com a legislação brasileira, a função de contratar auditores
independentes é reservada ao nosso Conselho de Administração. Consequentemente, nosso Conselho de
Administração funciona como nosso Comitê de Auditoria, de acordo com o especificado na Seção 3 (a)(58)
do Exchange Act, para os fins de aprovação do compromisso de nossos auditores independentes em serviços
de auditoria. Exceto neste caso, o nosso Comitê de Auditoria é comparável e desempenha as funções do
Comitê de Auditoria de empresas americanas. Apesar de nosso Comitê de Auditoria não ser um Comitê do
Conselho de Administração, mas sim um órgão separado, conforme exigido pela Legislação Brasileira,
acreditamos que nosso Comitê de Auditoria atende as exigências estabelecidas na Regra 10(a)(3) do
Exchange Act. Entretanto, nos baseamos no direito de isenção estabelecido pela Regra 10A – 3(c)(3) do
Exchange Act; pois, o Comitê de Auditoria é um órgão separado do Conselho de Administração, estando de
acordo com a regulamentação do Banco Central. Acreditamos que o nosso Comitê de Auditoria poderá
funcionar de maneira independente no desempenho de suas responsabilidades de Comitê de Auditoria, de
187 Bradesco
16.E. Aquisição de Ações pelo Emissor e Compradores Afiliados
Formulário 20-F
acordo com a Lei Sarbanes – Oxley e para satisfazer as outras exigências da Regra 10A – 3 do Exchange
Act.
16.E. Aquisição de Ações pelo Emissor e Compradores Afiliados
O programa de aquisição de ações para permanência em tesouraria e posterior alienação ou
cancelamento, sem redução do capital social, tem por objetivo a aplicação de recursos disponíveis para
investimentos, oriundos da conta "Reserva de Lucros - Reserva Estatutária". Esse programa autoriza a
aquisição de até 15.000.000 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 7.500.000 ordinárias e
7.500.000 preferenciais e é válido de 27.06.15 até 26.06.16.
As tabelas a seguir, demonstram as aquisições de ações PN e ON para tesouraria:
Quantidade total de ações
preferenciais compradas
Período
02/01 a 30/01/15
02/02 a 27/02/15
02/03 a 31/03/15
01/04 a 30/04/15
04/05 a 29/05/15
01/06 a 30/06/15
01/07 a 31/07/15
03/08 a 31/08/15
01/09 a 30/09/15
01/10 a 30/10/15
03/11 a 30/11/15
01/12 a 31/12/15
802.818
1.590.500
1.891.600
516.500
Quantidade total de ações
ordinárias compradas
Período
02/01 a 30/01/15
02/02 a 27/02/15
02/03 a 31/03/15
01/04 a 30/04/15
04/05 a 29/05/15
01/06 a 30/06/15
01/07 a 31/07/15
03/08 a 31/08/15
01/09 a 30/09/15
01/10 a 30/10/15
03/11 a 30/11/15
01/12 a 31/12/15
191.600
-
Quantidade total de ações
Preço Médio pago por ação preferenciais compradas no
preferencial
âmbito de planos ou
programas publicados
28,64
28,28
26,43
19,37
Preço Médio pago por ação
ordinária
802.818
1.590.500
1.891.600
516.500
Quantidade máxima de
ações preferenciais que
ainda podem ser
compradas no âmbito de
planos ou programas
7.500.000
7.500.000
7.500.000
7.500.000
6.697.182
5.909.500
5.909.500
4.017.900
4.017.900
4.017.900
4.017.900
3.501.400
Quantidade máxima de
ações ordinárias que ainda
podem ser compradas no
âmbito de planos ou
programas
7.500.000
7.500.000
7.500.000
7.500.000
7.500.000
191.600
7.308.400
7.308.400
7.308.400
7.308.400
7.308.400
7.308.400
7.308.400
Quantidade total de ações
ordinárias compradas no
âmbito de planos ou
programas publicados
26,12
-
16.F. Mudança na Auditoria Independente do Registrante
Não aplicável.
16.G. Governança Corporativa
Em maio de 2006, nosso Conselho de Administração deliberou formalizar a “Política de Governança
Corporativa” da Organização. Nossa Política de Governança Corporativa está disponível no website por meio
do endereço www.bradesco.com.br/ri.
Comparação das nossas práticas de Governança Corporativa com as regras da NYSE aplicáveis a
companhias norte-americanas
De acordo com as regras de Governança Corporativa da NYSE, aprovadas pela SEC, as companhias
emissoras privadas estrangeiras estão sujeitas a um conjunto mais limitado de exigências relativas à
Governança Corporativa do que as companhias emissoras norte-americanas. Na qualidade de companhia
emissora privada estrangeira, devemos cumprir 3 regras da NYSE:

exigências relativas ao Comitê de Auditoria estabelecidas pela SEC;
 nosso Diretor-Presidente deverá prontamente comunicar à SEC, por escrito, tão logo um
diretor executivo tome conhecimento de qualquer inobservância das regras de Governança
Corporativa da NYSE; e
188 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
16.G. Governança Corporativa
Formulário 20-F
 devemos providenciar uma breve descrição das principais diferenças entre nossas práticas
de Governança Corporativa e aquelas observadas pelas companhias norte-americanas, de
acordo com os padrões de listagem da NYSE.
A tabela a seguir descreve de maneira breve as diferenças significativas entre as nossas práticas de
Governança Corporativa e as adotadas pelas companhias norte-americanas de acordo com os padrões de
listagem da NYSE.
Regras de Governança Corporativa da
NYSE para Emissores Norte-Americanos
Práticas de Governança Corporativa
do Bradesco
Uma companhia listada na NYSE deve ter a
maioria de seus membros do Conselho de
Administração independente.
A Legislação Societária Brasileira
determina que somente pessoas
naturais podem ser nomeadas para o
Conselho de Administração de uma
Companhia. Consequentemente, não
há determinação legal ou estatutária
exigindo que tenhamos conselheiros
independentes.
303A.03
Membros do Conselho de Administração que
não sejam diretores de uma companhia
listada deverão reunir-se em sessões
periódicas sem a presença dos membros da
Diretoria Executiva.
Com exceção do Presidente da Diretoria
Executiva, que também é Conselheiro
da companhia, nenhum dos membros
do Conselho de Administração pertence
à nossa Diretoria Executiva. Os
Conselheiros se reúnem em sessão
executiva, pelo menos uma vez ao ano,
para avaliar o desempenho do
Presidente da Diretoria Executiva.
303A.04
As companhias listadas devem possuir um
Comitê de Nomeação / Governança
Corporativa, composto integralmente de
conselheiros independentes, com um
regimento interno que abranja certos
deveres mínimos especificados.
Possuímos Comitê Executivo de
Governança Corporativa, composto por
nossos administradores. O Comitê tem
um regimento que discute seus deveres
mínimos.
Artigo
303A.01
303A.05
As companhias listadas devem possuir um
Comitê de Remuneração integralmente
composto por conselheiros independentes,
com um regimento interno que abranja certos
deveres mínimos especificados.
303A.06
303A.07
As companhias listadas devem ter um
Comitê de Auditoria composto por, no
Nós
possuímos
1
Comitê
de
Remuneração, composto de 3 a 7
membros,
escolhidos
dentre
os
integrantes
do
Conselho
de
Administração, com exceção de 1
membro que será, necessariamente,
não administrador, todos com mandato
de 1 ano. O Comitê tem por objetivo
assessorar
o
Conselho
de
Administração na condução da política
de remuneração dos Administradores,
nos termos da legislação vigente.
Nenhum dos membros do Comitê de
Remuneração é independente. O
Comitê tem um Regimento que
estabelece as suas responsabilidades.
Conforme nosso estatuto e atendendo a
regulamentação do Banco Central, em
dezembro de 2003 constituímos um
Comitê de Auditoria, que é composto de
189 Bradesco
16.G. Governança Corporativa
Formulário 20-F
mínimo, 3 conselheiros que satisfaçam os
requerimentos da Regra 10A-3 do Exchange
Act, com um regimento interno que abranja
certos deveres mínimos especificados.
3 a 5 membros, cada um com mandato
de um ano. Os membros são
designados por e podem ser destituídos
pelo Conselho de Administração.
Atualmente temos 3 membros em nosso
Comitê de Auditoria, sendo um deles
também membro do Conselho de
Administração. De acordo com as leis
brasileiras, a função de contratar
auditores independentes é reservada ao
Conselho
de
Administração.
Consequentemente, nosso Conselho de
Administração funciona como nosso
Comitê de Auditoria de acordo com o
especificado na Seção 3 (a)(58) do
Exchange Act, para os fins de
aprovação do compromisso de nossos
auditores independentes em serviços de
auditoria. Exceto neste caso, o nosso
Comitê de Auditoria é comparável e
desempenha as funções dos Comitês
de Auditoria de empresas americanas.
Já que o nosso Comitê de Auditoria é
um órgão separado de nosso Conselho
de
Administração,
conforme
regulamentação do Banco Central, nós
exercemos o direito de isenção
estabelecido na regra 10A - 3(c)(3) do
Exchange Act, com relação a isso.
Suas principais atribuições são:
 recomendar ao Conselho de
Administração a entidade a ser
contratada para prestação dos serviços
de auditoria independente e a
respectiva remuneração, bem como a
sua substituição;
 analisar,
previamente,
a
contratação do auditor independente
para a prestação de outros serviços que
não sejam os de auditoria das
demonstrações contábeis;
 revisar, previamente à divulgação
ao
mercado,
as
demonstrações
contábeis, inclusive notas explicativas,
relatórios da Administração e relatório
do auditor independente;
 estabelecer
e
divulgar
procedimentos para
recepção e
tratamento de informações acerca do
descumprimento de dispositivos legais e
normativos aplicáveis à Sociedade,
além de regulamentos e códigos
internos, inclusive com previsão de
procedimentos
específicos
para
proteção do prestador da informação e
da sua confidencialidade;
 avaliar a efetividade das auditorias
independente e interna, inclusive quanto
190 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
16.G. Governança Corporativa
Formulário 20-F
à verificação do cumprimento de
dispositivos legais e
normativos
aplicáveis à Companhia, além de
regulamentos e códigos internos; e
 reunir-se,
no
mínimo,
trimestralmente, com a Diretoria
Executiva e auditoria independente
externa.
Nós
também
possuímos
um
Conselho Fiscal, composto por 5
membros efetivos e 5 suplentes. O
Conselho Fiscal é um órgão corporativo
independente. De acordo com a
Legislação Societária Brasileira, nosso
Conselho Fiscal tem como direitos e
obrigações, entre outras:
 através de quaisquer de seus
membros, supervisionar as ações de
nossos administradores e verificar o
cumprimento de seus deveres;
 examinar e opinar sobre nossas
demonstrações contábeis estatutárias
antes de sua divulgação, incluindo as
notas explicativas, o relatório dos
auditores independentes e os relatórios
da Administração; e
 opinar sobre propostas de nossa
Administração, a serem submetidas à
Assembleia Geral de Acionistas,
relativas à modificação do capital social,
emissão de debêntures ou bônus de
subscrição, planos de investimento ou
orçamentos de capital, distribuição de
dividendos, e/ou juros sobre o capital
próprio, transformação, incorporação,
fusão ou cisão.
303A.08
Os acionistas deverão ter a oportunidade de
votar sobre todos os planos de remuneração,
bem como as alterações dos mesmos,
levadas em consideração as exceções
constantes das regras da NYSE.
De acordo com a Legislação Societária
Brasileira, é necessária a aprovação
dos acionistas para a implementação de
qualquer plano de remuneração
mediante entrega de participação no
capital social. Nós não possuímos
atualmente
qualquer
plano
de
remuneração baseado em “opções de
ações”.
303A.09
As companhias listadas devem adotar e
divulgar
diretrizes
de
Governança
Corporativa que abranjam certos requisitos
mínimos especificados.
Nossas diretrizes e práticas de
Governança
Corporativa
estão
disponíveis
no
website,
www.bradesco.com.br, na página de
Governança Corporativa.
191 Bradesco
PARTE III
Formulário 20-F
303A.10
As companhias listadas devem adotar e
divulgar um Código de Conduta Ética para
conselheiros, diretores e empregados,
divulgando prontamente toda dispensa do
código concedida para conselheiros ou
diretores.
Adotamos Códigos de Conduta Ética, os
quais
aplicam-se
a
todos
os
administradores, funcionários parceiros
de
negócios,
fornecedores
e
prestadores de serviços, sociedades
controladoras, controladas e sob
mesmo
controle,
direta
ou
indiretamente, e quando aplicável, a
entidades sem fins lucrativos geridas
por membros da Administração Sênior
ou funcionários nomeados ou cedidos
por
empresas
integrantes
da
Organização. Nós possuímos 1 Comitê
de Conduta Ética, nomeado pelo
Conselho de Administração, com o
objetivo de propor ações quanto à
disseminação e cumprimento dos
Códigos de Conduta Ética, de modo a
assegurar a sua eficácia e efetividade.
Toda e qualquer alteração ou isenção
nos Códigos de Conduta Ética serão
divulgadas em nosso website.
303A.12
O CEO de toda companhia listada deve
declarar prontamente à NYSE por escrito,
depois que qualquer executivo da companhia
listada
ficar
sabendo
de
qualquer
descumprimento da determinação da seção
303A.
O
nosso
Diretor-Presidente
prontamente informará por escrito à
NYSE na hipótese de um membro da
Diretoria Executiva tomar conhecimento
de qualquer inobservância às regras da
NYSE,
relativas
à
Política
de
Governança Corporativa.
PARTE III
ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Veja “Item 18. Demonstrações Contábeis”.
ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Veja nossas demonstrações contábeis nas páginas F-2 a F-140.
ITEM 19. ANEXOS
Documentos apresentados como anexos neste Relatório Anual:
1.1 - Estatuto Social alterado e reformulado do Banco Bradesco S.A.
2.1 – Contrato de depósito, datado de 22 de julho de 2009, entre o Banco Bradesco S.A. e o The Bank of New
York Mellon, na qualidade de depositário, bem como os detentores e proprietários beneficiários de ADSs de
ações preferenciais representadas por ADRs de ações preferenciais emitidos (incorporado por referência na
declaração de registro através do Formulário F-6 relacionado às ADSs de ações preferenciais, arquivado em
25 de agosto de 2009 (arquivo nº 333-161530)).
2.2 - Contrato de depósito de ações ordinárias, datado de 13 de março de 2012, entre o Banco Bradesco S.A.
e o The Bank of New York Mellon, na qualidade de depositário, bem como os detentores e proprietários
beneficiários de ADSs de ações ordinárias representadas por ADRs de ações ordinárias emitidos (incorporado
por referência na declaração de registro através do Formulário F-6 relacionado às ADSs de ações ordinárias,
arquivado em 22 de fevereiro de 2012 (arquivo nº 333-179623)).
192 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
ITEM 19. ANEXOS
Formulário 20-F
2.3 - O valor total dos títulos de dívida de longo prazo da nossa companhia e subsidiárias sujeito a qualquer
instrumento não excede 10,0% do total dos ativos de nossa companhia e subsidiárias numa base consolidada.
Nós concordamos em disponibilizar cópias de todo e qualquer instrumento que a SEC nos solicitar.
4.1 + - Contrato de compra e venda de ações datado de 31 de julho de 2015 entre o HSBC Latin America
Holdings (UK) e o Banco Bradesco S.A.
6.1 - Cálculo de lucro por ação e da média ponderada do número de ações em circulação.
7.1 - Cálculo de dividendos/juros sobre o capital próprio por ação.
8.1 - Lista de subsidiárias.
12.1 - Certificação do Diretor-Presidente conforme as Regras 13a–14 e 15d-14 de acordo com a Lei de
Mercado de Mercado de Capitais de 1934.
12.2 - Certificação do Diretor Financeiro conforme as Regras 13a–14 e 15d-14 de acordo com a Lei de
Mercado de Mercado de Capitais de 1934.
13.1 - Certificação do Diretor-Presidente conforme a Seção 906 da Lei Sarbanes - Oxley de 2002.
13.2 - Certificação do Diretor Financeiro conforme a Seção 906 da Lei Sarbanes - Oxley de 2002.
+ A companhia registrada omitiu partes do anexo referenciado de acordo com uma solicitação de confidencialidade seguindo a Regra
24b-2 da Securities Exchange Act of 1934, conforme alterada.
193 Bradesco
ASSINATURAS
Formulário 20-F
ASSINATURAS
Conforme as exigências da Seção 12 da Lei de Mercado de Capitais de 1934, a Companhia registrada
certifica que satisfaz todas as exigências para arquivamento do Formulário 20-F e providenciou que este
Relatório Anual fosse devidamente assinado em seu nome pelo abaixo assinado, autorizado devidamente por
meio dessa.
Banco Bradesco S.A.
/s/ Luiz Carlos Trabuco Cappi
Luiz Carlos Trabuco Cappi
Diretor - Presidente
/s/ Alexandre da Silva Glüher
Alexandre da Silva Glüher
Diretor Vice - Presidente
Data: 15 de abril de 2016.
194 Formulário 20-F - Dezembro de 2015
Bradesco
F-1
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Sumário
oação de Relatóriosca
Relatório dos Auditores Independentes ........................................................................................................................... F-3
Demonstração Consolidada do Resultado ....................................................................................................................... F-4
Demonstração Consolidada do Resultado Abrangente ................................................................................................... F-5
Balanço Patrimonial Consolidado .................................................................................................................................... F-6
Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido ......................................................................... F-7 - F-8
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa ................................................................................................. F-9 - F-10
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
1) Informações gerais ................................................... F-11
20) Ativos e passivos financeiros para negociação ...... F-100
2) Principais políticas contábeis.................................... F-11
21) Ativos financeiros disponíveis para venda ............. F-104
3) Gerenciamento de riscos .......................................... F-36
22) Investimentos mantidos até o vencimento ............. F-105
3.1. Risco de crédito ............................................ F-37
23) Ativos cedidos em garantia..................................... F-105
3.2. Risco de mercado ......................................... F-49
3.3. Risco de liquidez ........................................... F-59
24) Empréstimos e adiantamentos a instituições
financeiras............................................................... F-106
3.4. Valor justo de ativos e passivos financeiros . F-65
25) Empréstimos e adiantamentos a clientes ............... F-106
3.5. Gerenciamento de capital ............................. F-72
26) Ativos não correntes mantidos para venda ............ F-107
3.6. Risco de seguro/subscrição ......................... F-78
27) Investimentos em coligadas e joint venture............ F-108
4) Uso de estimativas e julgamentos ............................ F-83
28) Imobilizado de uso .................................................. F-111
5) Segmentos operacionais .......................................... F-86
29) Ativos intangíveis e ágio ......................................... F-113
6) Resultado líquido de juros ........................................ F-90
30) Outros ativos ........................................................... F-114
7) Resultado líquido de serviços e comissões.............. F-91
31) Recursos de instituições financeiras ...................... F-115
8) Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros para
negociação................................................................ F-91
32) Recursos de clientes .............................................. F-115
9) Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros
disponíveis para venda ............................................. F-91
10) Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda
estrangeira ................................................................ F-92
33) Recursos de emissão de títulos.............................. F-115
34) Dívidas subordinadas ............................................. F-117
35) Provisões técnicas de seguros e previdência ........ F-118
36) Planos fechados de previdência complementar ..... F-127
11) Resultado de seguros e previdência ........................ F-92
37) Outras provisões ..................................................... F-130
12) Perda por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos.................................. F-93
38) Outros passivos ...................................................... F-133
13) Despesas de pessoal ............................................... F-93
14) Outras despesas administrativas.............................. F-93
15) Depreciação e amortização ...................................... F-94
16) Outras receitas/(despesas) operacionais ................. F-94
17) Imposto de renda e contribuição social .................... F-94
18) Lucro por ação .......................................................... F-99
19) Caixa e disponibilidades em bancos ........................ F-99
F-2
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
39) Patrimônio líquido ................................................... F-134
40) Transações com partes relacionadas..................... F-135
41) Itens não registrados no balanço patrimonial ......... F-138
42) Normas, alterações e interpretações de normas ... F-138
43) Outras informações ................................................ F-139
44) Eventos subsequentes ........................................... F-140
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Relatório dos Auditores Independentes
Relatório dos auditores independentes registrados no PCAOB
Ao
Conselho de Administração e aos Acionistas do
Banco Bradesco S.A.
Examinamos o balanço patrimonial consolidado do Banco Bradesco S.A. e controladas (“Bradesco”) em 31 de dezembro 2015 e
2014, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e
do fluxo de caixa para cada um dos três exercícios do período findo em 31 de dezembro de 2015. Também examinamos os
controles internos do Bradesco referentes ao processo de preparação das demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2015, com base no critério estabelecido no Controle Interno - Estrutura Integrada (2013) emitido pelo Conselho da Organização
Patrocinadora da Comissão de Treadway (COSO). A administração do Bradesco é responsável por essas demonstrações
contábeis consolidadas, por manter controles internos efetivos sobre as demonstrações contábeis e pela avaliação da efetividade
dos controles internos sobre as demonstrações contábeis incluídas no Relatório Anual da Administração sobre Controles Internos
referentes ao processo de preparação e divulgação das demonstrações contábeis consolidadas. Nossa responsabilidade é a de
expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis consolidadas e uma opinião sobre os controles internos do
Bradesco referentes ao processo de preparação e elaboração das demonstrações contábeis consolidadas com base em nossas
auditorias.
Nossas auditorias foram conduzidas de acordo com as normas do Conselho de Supervisão de Contabilidade das Companhias
Abertas nos Estados Unidos da América (PCAOB - Public Company Accounting Oversight Board). Estas normas requerem que
uma auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis não
contêm erros materiais e de que os controles internos referentes ao processo de preparação das demonstrações contábeis são
mantidos em todos os aspectos relevantes. Nossa auditoria das demonstrações contábeis consolidadas compreende examinar,
com base em testes, as evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados nas
demonstrações contábeis consolidadas, a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração, bem como da apresentação das demonstrações contábeis consolidadas tomadas em conjunto. Nossa auditoria
sobre os controles internos relativos ao processo de preparação de demonstrações contábeis consolidadas incluiu obter um
entendimento dos controles internos sobre demonstrações contábeis consolidadas, avaliar o risco de que uma fraqueza material
existe e teste e avaliação do desenho e efetividade operacional dos controles internos baseados na avaliação de risco. Nossas
auditorias também incluíram a realização de outros procedimentos que consideramos necessários nas circunstâncias.
Acreditamos que nossas auditorias proporcionam uma base adequada para emitirmos nossas opiniões.
Os controles internos sobre o processo de preparação e divulgação das demonstrações contábeis de uma Companhia é um
processo desenhado para garantir segurança razoável quanto à confiabilidade da sua preparação para fins externos de acordo
com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos sobre o processo de preparação e divulgação das
demonstrações contábeis incluem aquelas políticas e procedimentos que (1) se referem à manutenção dos registros que, com
detalhe razoável, refletem com exatidão e clareza as transações e vendas dos ativos; (2) forneçam segurança razoável de que
as transações são registradas conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações contábeis consolidadas de
acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que recebimentos e gastos vêm sendo feitos somente com autorizações
da administração e diretores da Companhia; e (3) forneçam segurança razoável relativa à prevenção ou a detecção oportuna da
aquisição, uso ou venda não autorizada dos ativos que possam ter um efeito material sobre as demonstrações contábeis. Devido
às suas limitações inerentes, os controles internos sobre o processo de preparação das demonstrações contábeis consolidadas
podem não evitar ou detectar erros. Além disso, projeções de qualquer avaliação de efetividade para períodos futuros estão
sujeitas ao risco de que os controles possam tornar-se inadequados devido a mudanças nas condições, ou devido ao fato de
que o grau de conformidade com as políticas e procedimentos pode se deteriorar.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis consolidadas referidas anteriormente representam adequadamente, em todos
os aspectos relevantes, a posição financeira do Banco Bradesco S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os
resultados de suas operações e seus fluxos de caixa para cada um dos três exercícios do período findo em 31 de dezembro de
2015, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board – (IASB). Adicionalmente, em nossa opinião, o Bradesco manteve, em todos os aspectos relevantes, controles internos
efetivos sobre o processo de preparação das demonstrações contábeis consolidadas em 31 de dezembro de 2015, com base no
critério estabelecido no Controle Interno – Estrutura Integrada (2013) emitido pelo Conselho da Organização Patrocinadora da
Comissão de Treadway.
(Tradução livre do original em inglês)
KPMG Auditores Independentes
Osasco, Brasil
15 de abril de 2016
Bradesco
F-3
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Demonstração Consolidada do Resultado
R$ mil
Exercícios findos em 31 de dezembro
Nota
2015
2014
2013
Receita de juros e similares
127.048.252
103.893.096
90.682.625
Despesa de juros e similares
(71.412.210)
(53.847.329)
(41.382.142)
55.636.042
50.045.767
49.300.483
17.856.873
16.759.980
14.535.723
Resultado líquido de juros
6
Receita de serviços e comissões
Despesa de serviços e comissões
(36.203)
(20.724)
(36.041)
Resultado líquido de serviços e comissões
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos e passivos financeiros para
negociação
Ganhos/(perdas) líquidos de ativos financeiros disponíveis para
venda
7
17.820.670
16.739.256
14.499.682
8
(8.252.055)
(1.933.003)
(5.790.089)
9
(671.810)
(991.894)
(6.100.782)
Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda estrangeira
10
(3.523.095)
(1.244.680)
(1.093.597)
Resultado de seguros e previdência
11
5.497.505
5.411.845
6.933.680
(6.949.455)
1.242.268
(6.050.788)
Receitas operacionais
Perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e
adiantamentos
12
(14.721.152)
(10.291.386)
(9.623.870)
Despesas de pessoal
13
(14.058.047)
(13.667.639)
(12.354.418)
Outras despesas administrativas
14
(13.721.970)
(12.971.521)
(12.151.537)
Depreciação e amortização
15
(2.942.003)
(2.932.687)
(2.740.830)
Outras receitas/(despesas) operacionais
16
(12.988.553)
(10.223.083)
(7.622.240)
(58.431.725)
(50.086.316)
(44.492.895)
8.075.532
17.940.975
13.256.482
Despesas operacionais
Resultado antes dos impostos e participações em coligadas
Resultado de participação em coligadas e joint ventures
27
1.528.051
1.389.816
1.062.687
9.603.583
19.330.791
14.319.169
8.634.322
(3.914.313)
(1.833.031)
18.237.905
15.416.478
12.486.138
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social
17
Lucro líquido do exercício
Atribuível aos acionistas:
Controladores
18.132.906
15.314.943
12.395.920
104.999
101.535
90.218
Não controladores
Lucro básico e diluído por ação em número médio
ponderado de ações atribuível aos acionistas (expresso em
R$ por ação):
– Lucro por ação ordinária
18
3,43
2,90
2,34
– Lucro por ação preferencial
18
3,78
3,19
2,58
As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Consolidadas.
F-4
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Demonstração Consolidada do Resultado Abrangente
R$ mil
Exercícios findos em 31 de dezembro
2015
Lucro líquido do exercício
18.237.905
2014
2013
15.416.478
12.486.138
Itens que podem ser reclassificados para a Demonstração de Resultado
Consolidada
Ativos financeiros disponíveis para venda
Ganhos/(perdas) não realizados de ativos financeiros disponíveis para venda
(4.754.469)
2.018.046
(6.253.775)
Ganhos/(perdas) realizados de ativos financeiros disponíveis para venda
(923.433)
(1.287.674)
(6.290.648)
Efeito dos impostos
2.273.982
(289.194)
5.014.296
Ajuste de conversão de subsidiária no exterior
Variação cambial de conversão de subsidiária no exterior
118.485
3.681
50.839
Efeito dos impostos
(57.788)
(1.473)
(20.335)
Total dos ajustes não incluídos no lucro líquido
(3.343.223)
443.386
(7.499.623)
Resultado abrangente do exercício
14.894.682
15.859.864
4.986.515
14.789.683
15.758.329
4.896.297
104.999
101.535
90.218
Atribuível aos acionistas:
Controladores
Não controladores
As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Consolidadas.
Bradesco
F-5
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Balanço Patrimonial Consolidado
R$ mil
Nota
31 de dezembro
2015
2014
Ativo
Caixa e disponibilidades em bancos
19
72.091.764
Ativos financeiros para negociação
20a
159.623.449
78.498.311
Ativos financeiros disponíveis para venda
21
117.695.450
120.961.734
Investimentos mantidos até o vencimento
22
40.003.560
25.071.031
Ativos cedidos em garantia
23
144.489.921
152.612.689
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
24
35.620.410
72.974.619
Empréstimos e adiantamentos a clientes, líquido de provisão para perdas
25
344.868.464
328.064.004
Ativos não correntes mantidos para venda
26
1.247.106
1.006.461
Investimentos em coligadas e joint ventures
27
5.815.325
3.983.780
Imobilizado de uso
28
5.504.435
4.700.518
Ativos intangíveis e ágio
29
7.409.635
7.529.915
Impostos a compensar
17g
6.817.427
6.130.191
Impostos diferidos
17c
45.397.879
28.388.183
Outros ativos
30
40.118.697
35.099.280
1.026.703.522
930.451.016
Total do ativo
65.430.300
Passivo
Recursos de instituições financeiras
31
293.903.391
279.940.227
Recursos de clientes
32
194.510.100
210.031.505
Passivos financeiros para negociação
20b
19.345.729
3.315.573
Recursos de emissão de títulos
33
109.850.047
85.030.399
Dívidas subordinadas
34
50.282.936
35.821.666
Provisões técnicas de seguros e previdência
35
170.940.940
146.559.220
Outras provisões
37
15.364.317
13.864.401
2.781.104
3.602.333
772.138
808.178
Impostos correntes
Impostos diferidos
17c
Outros passivos
38
Total do passivo
Patrimônio líquido
Capital social
Ações em tesouraria
78.038.058
69.185.709
935.788.760
848.159.211
43.100.000
38.100.000
(431.048)
(298.015)
39
Reservas de capital
35.973
35.973
Reservas de lucros
49.920.020
43.765.349
Capital integralizado adicional
Outros resultados abrangentes
Lucros acumulados
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores
Participação de acionistas não controladores
Total do patrimônio líquido
Total do passivo e patrimônio líquido
As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Consolidadas.
F-6
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
70.496
70.496
(4.002.724)
(659.501)
2.096.710
1.153.439
90.789.427
82.167.741
125.335
124.064
90.914.762
82.291.805
1.026.703.522
930.451.016
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido
R$ mil
Capital
social
Saldo em 31 de dezembro de 2012
Ações em
tesouraria
Reservas de lucros
Reservas
de capital
Legal
Estatutária
Outros
Capital
resultados
Lucros
integralizado
abrangentes acumulados
adicional
(1)
30.100.000
(197.301)
35.973
3.838.474
30.350.909
70.496
6.396.736
542.422
Lucro líquido
-
-
-
-
-
Ativos financeiros disponíveis para venda (2)
Ajuste de conversão de moeda de subsidiária no
exterior
-
-
-
-
-
-
-
-
(7.530.127)
-
-
-
-
-
-
30.504
Patrimônio
Participação
líquido dos dos acionistas
acionistas
não
controladores controladores
Total
71.137.709
208.681
71.346.390
12.395.920
12.395.920
90.218
12.486.138
-
(7.530.127)
-
(7.530.127)
-
30.504
-
30.504
Lucro abrangente
-
-
-
-
-
-
-
-
4.896.297
90.218
4.986.515
Aquisições de ações em tesouraria
Redução de participação de acionistas não
controladores
-
(71.792)
-
-
-
-
-
-
(71.792)
-
(71.792)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(10.870)
(10.870)
8.000.000
-
-
-
(8.000.000)
-
-
-
-
-
-
Constituição de reservas
-
-
-
600.551
7.332.569
-
-
(7.933.120)
-
-
-
Juros sobre o capital próprio e dividendos
-
-
-
-
-
-
-
(4.077.908)
(4.077.908)
(69.409)
(4.147.317)
38.100.000
(269.093)
35.973
4.439.025
29.683.478
70.496
(1.102.887)
927.314
71.884.306
218.620
72.102.926
Aumento de capital com reservas (3)
Saldo em 31 de dezembro de 2013
Lucro líquido
-
-
-
-
-
-
-
15.314.943
15.314.943
101.535
15.416.478
Ativos financeiros disponíveis para venda
Ajuste de conversão de moeda de subsidiária no
exterior
-
-
-
-
-
-
441.178
-
441.178
-
441.178
-
-
-
-
-
-
2.208
-
2.208
-
2.208
Lucro abrangente
-
-
-
-
-
-
-
-
15.758.329
101.535
15.859.864
Aquisições de ações em tesouraria
Redução de participação de acionistas não
controladores
-
(28.922)
-
-
-
-
-
-
(28.922)
-
(28.922)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(192.292)
(192.292)
Transação de capital (4)
-
-
-
-
(391.392)
-
-
-
(391.392)
-
(391.392)
Constituição de reservas
-
-
-
754.442
9.279.796
-
- (10.034.238)
-
-
-
Juros sobre o capital próprio e dividendos
Saldo em 31 de dezembro de 2014
-
-
-
-
-
-
-
(5.054.580)
(5.054.580)
(3.799)
(5.058.379)
38.100.000
(298.015)
35.973
5.193.467
38.571.882
70.496
(659.501)
1.153.439
82.167.741
124.064
82.291.805
As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Consolidadas.
Bradesco
F-7
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido (continuação)
R$ mil
Capital
social
Saldo em 31 de dezembro de 2014
Ações em
tesouraria
Reservas de lucros
Reservas
de capital
Legal
Estatutária
Outros
Capital
resultados
Lucros
integralizado
abrangentes acumulados
adicional
(1)
Patrimônio
Participação
líquido dos dos acionistas
acionistas
não
controladores controladores
Total
38.100.000
(298.015)
35.973
5.193.467
38.571.882
70.496
(659.501)
1.153.439
82.167.741
124.064
82.291.805
Lucro líquido
-
-
-
-
-
-
-
18.132.906
18.132.906
104.999
18.237.905
Ativos financeiros disponíveis para venda
Ajuste de conversão de moeda de subsidiária no
exterior
-
-
-
-
-
-
(3.403.920)
-
(3.403.920)
-
(3.403.920)
-
-
-
-
-
-
60.697
-
60.697
-
60.697
-
-
-
-
-
-
-
-
14.789.683
104.999
14.894.682
-
-
-
-
-
-
-
-
-
28.446
28.446
Lucro abrangente
Redução de participação de acionistas não
controladores
Aquisições de ações em tesouraria
-
(133.033)
-
-
-
-
-
-
(133.033)
-
(133.033)
5.000.000
-
-
-
(5.000.000)
-
-
-
-
-
-
Constituição de reservas
-
-
-
859.482
10.295.189
-
- (11.154.671)
Juros sobre o capital próprio e dividendos
-
-
-
-
-
-
-
Aumento de capital com reservas (5)
(6.034.964)
-
-
-
(6.034.964)
(132.174)
(6.167.138)
Saldo em 31 de dezembro de 2015
43.100.000
(431.048)
35.973
6.052.949 43.867.071
70.496 (4.002.724)
2.096.710
90.789.427
125.335
90.914.762
(1) Em 2015, consiste, basicamente, em ganhos/perdas líquidos não realizados de títulos e valores mobiliários, classificados como disponíveis para venda (Notas 21 e 23), cujo efeito acumulado líquido dos impostos
totalizam R$ 2.700.764 mil (2014 – R$ 438.285 mil e 2013 - R$ 782.952 mil);
(2) Em 31 de dezembro de 2013, inclui o resultado da alienação e aquisição de TVM, classificados como “Disponível para Venda”, no montante de R$ 41.945.300 mil, que representou a realização da menos valia, no
montante de R$ 6.117.649 mil (R$ 3.670.589 mil – líquido de impostos), propiciando o realinhamento das taxas a mercado desses papéis e, adicionalmente, foram reclassificados R$ 19.121.109 mil da categoria
“Títulos Disponíveis para Venda” para a categoria “Títulos Mantidos até o Vencimento”, em função da reclassificação realizada pelo Grupo Segurador, em decorrência da mudança da intenção da Administração. A
marcação a mercado desses títulos, no montante de R$ 479.358 mil, foi mantida no Patrimônio Líquido e será reconhecida no resultado pelo prazo remanescente dos títulos;
(3) Em Assembleia Geral Extraordinária de 11 de março de 2013, deliberou-se pela elevação do Capital Social em R$ 8.000.000 mil, elevando-o de R$ 30.100.000 mil para R$ 38.100.000 mil, mediante capitalização de
parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária”, com bonificação de 10% em ações, mediante emissão de 382.479.458 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 191.239.739
ordinárias e 191.239.719 preferenciais. Essas ações são atribuídas gratuitamente aos acionistas, a título de bonificação, na proporção de 1 (uma) ação nova para cada 10 (dez) ações da mesma espécie de que forem
titulares, beneficiando os acionistas inscritos nos registros do Bradesco em 25 de março de 2013;
(4) Em 2014, adquirimos participações acionárias de 6,51% da Odontoprev S.A. e de 1,45% do Banco Bradesco BBI S.A., detidas por acionistas não controladores; e
(5) Em Assembleia Geral Extraordinária de 10 de março de 2015, deliberou-se pela elevação do Capital Social em R$ 5.000.000 mil, elevando-o de R$ 38.100.000 mil para R$ 43.100.000 mil, mediante capitalização de
parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária”, de conformidade com o disposto no Artigo 169 da Lei no 6.404/76, com bonificação de 20% em ações, mediante emissão de 841.454.808 novas
ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 420.727.426 ordinárias e 420.727.382 preferenciais. Essas ações são atribuídas gratuitamente aos acionistas, a título de bonificação, na proporção de 2 (uma)
ação nova para cada 10 (dez) ações da mesma espécie de que forem titulares, beneficiando os acionistas inscritos nos registros do Bradesco em 26 de março de 2015.
As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Consolidadas.
F-8
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa
R$ mil
Exercícios findos em 31 de dezembro
2015
2014
2013
Atividades operacionais
Resultado antes da tributação sobre o lucro
Ajustes para reconciliar o resultado antes da tributação ao caixa líquido
das atividades operacionais:
Perda por redução ao valor recuperável reconhecido decorrente de perda de
crédito
14.721.152
10.291.386
9.623.870
Variação de provisões técnicas de seguros e planos de previdência
28.286.039
24.008.174
20.001.807
(Ganhos)/Perdas realizados líquidos nos títulos disponíveis para venda
Despesas com outras provisões
9.603.583
19.330.791
14.319.169
247.288
(222.876)
5.698.697
3.510.916
2.324.505
1.132.596
Custos de aquisição diferidos (seguros)
(95.110)
(312.983)
(332.056)
Perda por redução ao valor recuperável de ativos
650.588
1.300.378
459.193
Depreciação
1.057.722
1.056.389
1.018.239
Amortização de ativos intangíveis
1.884.281
1.876.298
1.722.591
(1.528.051)
(1.389.816)
(1.062.687)
180.602
310.141
195.605
96.630
35.706
24.795
(2.911.155)
(618.226)
(1.339.711)
-
16.254
12.273
(3.866.979)
4.456.083
(7.428.592)
2.045.985
19.562.317
87.999.493
(Aumento)/Redução em empréstimos e adiantamentos a clientes
(95.025.702)
(88.722.859)
(95.688.070)
(Aumento)/Redução em ativos financeiros para negociação
(80.159.223)
14.689.614
7.619.533
(Aumento)/Redução em outros ativos
(32.926.622)
(15.473.866)
(11.777.883)
Aumento/(Redução) líquido em recursos de instituições financeiras
40.729.421
56.473.841
40.157.365
Aumento/(Redução) líquido em recursos de clientes
(3.463.924)
6.883.751
16.961.511
Resultado de participação em coligadas e joint ventures
Perdas na alienação de ativos não correntes mantidos para venda
Perdas na alienação do imobilizado de uso, líquido
Efeito das mudanças das taxas de câmbio em caixa e equivalentes de caixa
Outros
Variações em ativos e obrigações:
(Aumento)/Redução em depósitos compulsórios no Banco Central
(Aumento)/Redução em empréstimos e adiantamentos a instituições
financeiras
Aumento/(Redução) em passivos financeiros mantidos para negociação
16.030.156
1.489.191
(2.223.600)
Aumento/(Redução) em provisões técnicas de seguros e previdência
(3.904.319)
(7.777.977)
(8.441.504)
Aumento/(Redução) em outras provisões
(2.011.000)
(2.187.792)
(8.401.128)
Aumento em outros passivos
29.295.296
18.571.777
13.181.535
Juros recebidos
Juros pagos
Imposto de renda e contribuição social pagos
Outras variações de impostos
Caixa líquido proveniente de/(aplicado em) atividades operacionais
Atividades de investimento
(Aquisição)/Alienação de subsidiárias, líquida de caixa e equivalentes de
caixa pagos/recebidos
(Aquisição) de ativos financeiros disponíveis para venda
Alienação de ativos financeiros disponíveis para venda
Vencimento de investimentos mantidos até o vencimento
(Aquisição) de investimentos mantidos até o vencimento
Alienação de ativos não correntes mantidos para venda
(Aquisição) de investimentos em coligadas
Dividendos recebidos de investimentos em coligadas
62.725.684
54.777.470
51.660.545
(38.823.738)
(32.704.290)
(29.518.063)
(7.419.802)
(6.446.222)
(6.192.982)
(283.883)
(798.036)
(889.743)
(61.354.165)
80.799.123
98.492.798
-
46.068
-
(61.153.632)
(48.896.316)
(97.805.696)
39.147.316
37.713.211
71.371.855
269.063
-
303.307
-
(641.845)
-
742.732
663.789
658.039
(971.672)
(6.000)
-
668.178
804.883
767.765
Bradesco
F-9
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa (continuação)
R$ mil
Exercícios findos em 31 de dezembro
2015
(Aquisição) de imobilizado de uso
2014
2013
(2.181.549)
(1.559.585)
(1.332.570)
Alienação de imobilizado de uso
205.094
263.457
303.996
(Aquisição) de ativos intangíveis
(1.971.881)
(1.270.280)
(2.362.977)
251.623
295.780
189.865
13.033.426
9.143.482
4.719.738
(11.961.302)
(3.443.356)
(23.186.678)
68.385.187
53.526.003
43.567.205
(49.217.829)
(32.577.909)
(38.524.851)
Dividendos recebidos
Juros recebidos
Caixa líquido proveniente de/(aplicado em) atividades de investimento
Atividades de financiamento
Emissão de recursos de emissão de títulos
Pagamento de recursos de emissão de títulos
Emissão de dívidas subordinadas
11.304.318
-
713.760
Pagamento de dívidas subordinadas
(1.271.261)
(2.706.203)
(1.762.491)
(133.033)
(28.922)
(71.792)
-
(391.392)
-
Aquisição de ações próprias
Transações de capital
Aumento/(Redução) da participação dos acionistas não controladores
28.446
(192.292)
(10.870)
(11.093.967)
(4.704.334)
(5.923.242)
Juros pagos sobre o capital próprio e dividendos
(5.007.596)
(3.925.450)
(4.362.781)
Caixa líquido proveniente de/(aplicado em) atividades de financiamento
12.994.265
8.999.501
(6.375.062)
(60.321.202)
86.355.268
68.931.058
204.671.481
117.697.987
47.427.218
2.911.155
618.226
1.339.711
No encerramento do exercício
147.261.434
204.671.481
117.697.987
(Redução)/Aumento de caixa e equivalentes de caixa
(60.321.202)
86.355.268
68.931.058
Operações de crédito transferidas para ativos não correntes
1.591.998
1.390.525
1.356.644
Dividendos e juros sobre o capital próprio declarados, ainda não pagos
3.622.958
3.313.760
1.504.216
(Ganhos)/perdas não realizados em títulos disponíveis para venda
3.403.920
(441.178)
7.530.127
Juros pagos
(Redução)/Aumento de caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa
No início do exercício
Efeito das mudanças das taxas de câmbio em caixa e equivalentes de caixa
Transações não de caixa
As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Consolidadas.
F - 10
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
1) Informações gerais
O Banco Bradesco S.A. (o “Bradesco”, o “Banco”, a “Companhia” ou a “Organização”) é uma companhia
aberta constituída de acordo com as leis da República Federativa do Brasil, com sede na Cidade de
Osasco, Estado de São Paulo, Brasil.
O Bradesco é um banco múltiplo, presente em todos os municípios brasileiros, constituído nos termos
da regulamentação bancária brasileira, operando principalmente em dois segmentos: financeiro e
seguros. O segmento financeiro inclui diversas áreas do setor bancário, atendendo a clientes pessoas
físicas e jurídicas, atuando como banco de investimentos em operações bancárias nacionais e
internacionais, administração de fundos de investimento e administração de consórcio. O segmento de
seguros contempla os seguros de automóveis, saúde, vida, acidentes, propriedades, planos de
previdência complementar e títulos de capitalização.
Os produtos bancários de varejo incluem depósitos à vista, em poupança, a prazo, fundos mútuos,
serviço de câmbio e diversas operações de crédito, inclusive cheque especial, cartões de crédito e
concessão de crédito com pagamento parcelado. Os serviços prestados a pessoas jurídicas incluem a
administração de recursos e serviços de tesouraria, operações de câmbio, corporate finance e serviços
de banco de investimento, operações de hedge e operações de financiamento, inclusive financiamento
de capital de giro, arrendamento mercantil e concessão de crédito com pagamento parcelado. Esses
serviços são realizados, principalmente, nos mercados locais, mas também incluem, em menor escala,
serviços internacionais.
O Bradesco foi originalmente registrado na Bolsa de Valores de São Paulo (“BM&FBovespa”) passando
também, posteriormente, a ser registrado na Bolsa de Valores de Nova Iorque (“NYSE”).
As demonstrações contábeis consolidadas, de acordo com as normas em IFRS, foram aprovadas pelo
Conselho de Administração em 7 de março de 2016.
2) Principais políticas contábeis
As demonstrações contábeis consolidadas da Organização foram preparadas de acordo com as
International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB). As demonstrações contábeis consolidadas incluem o balanço patrimonial consolidado, a
demonstração consolidada do resultado, a demonstração consolidada do resultado abrangente, a
demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido, a demonstração consolidada dos fluxos
de caixa e as notas explicativas.
Estas demonstrações contábeis consolidadas foram preparadas com base no custo histórico, exceto
para os seguintes itens materiais no balanço patrimonial: ativos financeiros disponíveis para venda
avaliados ao valor justo, ativos e passivos mantidos para negociação mensurados ao valor justo, e
instrumentos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado, que são mensurados ao valor
justo e, o passivo das obrigações por benefício definido é reconhecido pelo valor presente da obrigação
do benefício definido menos o total líquido dos ativos do plano, mais os ganhos atuariais não
reconhecidos, menos o custo dos serviços passados não reconhecido e menos as perdas atuariais não
reconhecidas.
A Organização classifica suas despesas pelo critério de natureza.
A demonstração consolidada dos fluxos de caixa apresenta as alterações no caixa e equivalentes de
caixa ocorridas no exercício, oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de
financiamentos. Caixa e equivalentes de caixa incluem investimentos de alta liquidez. A Nota 19
apresenta a classificação dos itens de caixa e equivalentes de caixa nas contas do balanço patrimonial
consolidado. A demonstração consolidada dos fluxos de caixa foi elaborada utilizando o método indireto.
Portanto, o saldo de lucro antes dos impostos e da parcela de participação dos acionistas não
controladores foi ajustado por transações que não afetam o caixa, tais como, provisões, depreciações,
amortizações e perdas por valor não recuperável de empréstimos e adiantamentos. Os juros recebidos
e pagos são classificados como de atividades operacionais, de financiamento ou investimento nos fluxos
de caixa de acordo com a natureza correspondente nos ativos e passivos.
Bradesco
F - 11
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
A preparação das demonstrações contábeis consolidadas requer a adoção de estimativas e premissas
que afetam os valores divulgados para ativos e passivos, bem como as divulgações de ativos e passivos
contingentes na data das demonstrações contábeis e da divulgação das receitas e despesas durante o
exercício. As demonstrações contábeis consolidadas incluem várias estimativas e premissas, incluindo,
mas não limitado à adequação da provisão para perdas por valor não recuperável de empréstimos e
adiantamentos, estimativas de valor justo de instrumentos financeiros, depreciação e amortização,
perdas por valor não recuperável dos ativos, vida útil dos ativos intangíveis, avaliação para realização de
ativos fiscais, premissas para o cálculo das provisões técnicas de seguros, planos de previdência
complementar e capitalização, provisões para contingências e provisões para potenciais perdas
originadas de incertezas fiscais e tributárias. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e
possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas
para as demonstrações contábeis consolidadas estão divulgadas na Nota 4.
As políticas contábeis descritas a seguir foram aplicadas em todos os períodos apresentados e por todas
as empresas da Organização.
a)
Base de consolidação
As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações contábeis do Bradesco e de
suas controladas diretas e indiretas, incluindo os fundos de investimento exclusivos e as sociedades
de propósito específico.
Destacamos as principais empresas controladas incluídas nas demonstrações contábeis
consolidadas:
Participação no capital (%)
Ramo de
atividade
País de
constituição
31 de dezembro
2014
Bancária
Brasil
99,99
Bancária
Brasil
100,00
Bancária
Brasil
100,00
Bancária
Argentina
99,99
Luxemburgo
Bancária
100,00
Bancária
Brasil
100,00
Cartões
Brasil
100,00
Banco de
Banco Bradesco BBI S.A.
Investimentos
Brasil
99,80
99,80
Banco Bradesco Cartões S.A.
Cartões
Brasil
100,00
100,00
Adm.de
Bradesco Administradora de Consórcios Ltda.
Consórcios
Brasil
100,00
100,00
Bradseg Participações S.A.
Holding
Brasil
100,00
100,00
Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros
Seguradora
Brasil
100,00
100,00
Bradesco Capitalização S.A.
Capitalização
Brasil
100,00
100,00
Odontoprev S.A.
Saúde Dental
Brasil
50,01
50,01
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Arrendamento
Brasil
100,00
100,00
Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.
Corretora
Brasil
100,00
100,00
Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários
Corretora
Brasil
100,00
100,00
Seguradora /
Bradesco Saúde S.A.
Saúde
Brasil
100,00
100,00
Bradesco Seguros S.A.
Seguradora
Brasil
100,00
100,00
Previdência /
Bradesco Vida e Previdência S.A.
Seguradora
Brasil
100,00
100,00
Bradesplan Participações Ltda.
Holding
Brasil
100,00
100,00
BRAM – Bradesco Asset Management S.A. DTVM
Adm.de Ativos
Brasil
100,00
100,00
Prestação de
Tempo Serviços Ltda.
Serviços
Brasil
100,00
100,00
União Participações Ltda.
Holding
Brasil
100,00
100,00
Nenhum dos investimentos em controladas, coligadas e joint ventures apresentaram restrições significativas para
transferências de recursos na forma de recursos em caixa ou de restituição de empréstimos e adiantamentos nos períodos
apresentados.
Banco Alvorada S.A.
Banco Bradesco Financiamentos S.A.
Banco Boavista Interatlântico S.A.
Banco Bradesco Argentina S.A.
Banco Bradesco Europa S.A.
Banco Bradesco BERJ S.A.
Banco Bradescard S.A.
F - 12
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
2015
99,99
100,00
100,00
99,99
100,00
100,00
100,00
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
i.
Controladas
São classificadas como controladas as empresas sobre as quais a Organização, possui o
controle. A Organização possui o controle sobre a investida se estiver exposta a, ou ter direitos
sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade
de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos. As subsidiárias são
consolidadas em sua totalidade a partir do momento em que a Organização obtem o controle
até a data em que o controle cesse.
Para aquisições que se enquadrem na definição de negócio, é aplicado o método do custo de
aquisição. O custo de uma aquisição é mensurado como o valor justo da contraprestação,
incluindo os ativos ofertados, dos instrumentos patrimoniais emitidos e dos passivos incorridos
ou assumidos na data da troca. Ativos identificáveis adquiridos e obrigações e passivos
contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados inicialmente ao
valor justo na data da aquisição, independentemente da extensão de qualquer participação de
não controlador. A contraprestação transferida que exceder ao valor justo da participação da
Organização nos ativos líquidos identificáveis e a participação dos acionistas não controladores
adquiridos são registradas como ágio. Qualquer ágio resultante da combinação de negócio é
testado para determinar se há alguma indicação de redução ao valor recuperável pelo menos
uma vez ao ano e sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem a
necessidade de redução desse valor, sendo baixado caso necessário. Se o custo da aquisição
for inferior ao valor justo da participação da Organização nos ativos líquidos adquiridos, a
diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado consolidado.
Para aquisições que não se enquadrem na definição de negócio, a Organização aloca o custo
entre os ativos e passivos individuais identificáveis. O custo dos ativos e passivos adquiridos é
determinado (a) pela contabilização de ativos e passivos financeiros ao seu valor justo na data
da aquisição, e (b) pela alocação do saldo remanescente do custo de compra dos ativos e
passivos para os ativos e passivos individuais, que não sejam instrumentos financeiros, com
base no valor justo na data da aquisição.
ii.
Coligadas
São classificadas como coligadas todas as empresas sobre as quais a Organização possui
influência significativa nas políticas financeiras e operacionais, embora não detenha o seu
controle. Normalmente, é presumida influência significativa quando a Organização detém entre
20% e 50% dos direitos de voto. Mesmo com menos de 20% do direito de voto, a Organização
poderá ter uma influência significativa, através de participação na administração da investida
ou participação no Conselho de Administração, com poder de voto.
Os investimentos em coligadas são registrados nas demonstrações contábeis consolidadas da
Organização pelo método da equivalência patrimonial e são reconhecidos inicialmente ao
custo. As participações em coligadas incluem o ágio (líquido de qualquer perda por valor não
recuperável) identificado na aquisição.
iii. Empreendimento controlado em conjunto (joint venture)
A Organização participa de acordo contratual em que duas ou mais partes se comprometem à
realização de atividade econômica, sujeita ao controle conjunto. Controle conjunto é o
compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre uma atividade econômica
e que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à
atividade exigirem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle (os
empreendedores). Joint venture é um acordo onde a Organização tem o empreendimento em
conjunto, no qual tem direitos sobre os ativos líquidos do acordo, ao invés dos direitos sobre
os ativos e obrigações dos passivos. Os investimentos em empreendimento controlado em
conjunto são registrados nas demonstrações contábeis consolidadas da Organização pelo
método de equivalência patrimonial.
iv. Entidades estruturadas
Bradesco
F - 13
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Entidade estruturada é uma entidade que foi projetada de modo que os direitos de voto ou
similares não são o fator dominante ao decidir quem controla a entidade, como, por exemplo,
quando quaisquer direitos de voto referem-se somente a tarefas administrativas, e as atividades
relevantes são dirigidas por meio de acordos contratuais.
A entidade estruturada, frequentemente, contempla algumas ou todas as características ou
atributos seguintes:
• atividades restritas;
• objeto social restrito e bem definido, como, por exemplo, efetuar arrendamento eficiente em
termos fiscais, conduzir atividades de pesquisa e desenvolvimento, oferecer fonte de capital
ou de financiamento a uma entidade ou oferecer oportunidades de investimento a
investidores pela transferência aos investidores dos riscos e benefícios associados aos
ativos da entidade estruturada;
• patrimônio insuficiente para permitir que a entidade estruturada financie suas atividades sem
suporte financeiro subordinado; e
• financiamento na forma de múltiplos instrumentos contratualmente vinculados a investidores
que criam concentrações de riscos de crédito ou outros riscos (tranches).
v.
Transações e participações de não controladores
A Organização contabiliza a parte relacionada aos acionistas não controladores dentro do
patrimônio líquido no balanço patrimonial consolidado. Nas transações de compras de
participação com acionistas não controladores, a diferença entre o valor pago e a participação
adquirida é registrada no patrimônio líquido. Ganhos ou perdas na venda para acionistas não
controladores também são registrados no patrimônio líquido.
Lucros ou prejuízos atribuídos aos acionistas não controladores são apresentados nas
demonstrações consolidadas de resultado na rubrica de mesmo nome.
vi. Saldos e transações eliminadas na consolidação
Saldos e transações entre empresas da Organização (exceto ganho e perda com variação
cambial), incluindo quaisquer ganhos ou perdas não realizadas resultantes de operações entre
as empresas, são eliminados no processo de consolidação, exceto nos casos em que as perdas
não realizadas indiquem a existência de perda ao valor não recuperável, que deva ser
reconhecida nas demonstrações contábeis consolidadas. Práticas contábeis consistentes, bem
como métodos de avaliação similares para transações, eventos e circunstâncias similares, são
utilizadas para todas as empresas da Organização para fins de consolidação.
b)
Conversão de moeda estrangeira
i.
Moeda funcional e de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações contábeis de cada empresa da Organização são
mensurados utilizando-se a moeda do ambiente econômico primário no qual a empresa atua
(moeda funcional). As demonstrações contábeis consolidadas estão apresentadas em Reais
(R$), que é a moeda de apresentação da Organização. As subsidiárias locais e estrangeiras
adotam o Real como suas moedas funcionais, exceto a subsidiária do México que adota o Peso
Mexicano como moeda funcional.
ii.
Transações e saldos
As transações em moeda estrangeira, que são transações expressas ou liquidadas em moeda
estrangeira, são convertidas à moeda funcional utilizando a taxa de câmbio em vigor na data
da transação.
F - 14
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos com
base na taxa de câmbio de fechamento em vigor na data do balanço. Os ativos e passivos não
monetários registrados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à
taxa de câmbio à data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em moeda
estrangeira registrados pelo valor justo são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em
que o valor justo foi determinado.
Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão
pelas taxas de câmbio do final de cada período, referentes a ativos e passivos monetários em
moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração consolidada do resultado como
“Ganhos/(perdas) líquidos de operações em moeda estrangeira”.
No caso de alterações no valor justo dos ativos monetários denominados em moeda
estrangeira, classificados como disponíveis para venda, uma separação é efetuada entre as
variações cambiais relacionadas ao custo amortizado do título e outras variações no valor
contábil do título. As variações cambiais do custo amortizado são reconhecidas no resultado, e
as demais variações no valor contábil do título, exceto perdas por redução ao valor recuperável,
são reconhecidas no patrimônio líquido.
iii. Empresas controladas no exterior
Os resultados e a posição financeira de todas as empresas controladas no exterior (nenhuma
das quais tem moeda de economia hiperinflacionária), cuja moeda funcional é diferente da
moeda de apresentação, são convertidos na moeda de apresentação, como segue:
 Os ativos e passivos para cada balanço patrimonial consolidado apresentado são
convertidos pela taxa cambial de fechamento na data de divulgação;
 As receitas e despesas para cada demonstração consolidada de resultado são convertidas
em reais pelas taxas médias cambiais (a menos que essa média não seja uma aproximação
razoável do efeito cumulativo das taxas em vigor na data da transação, caso em que as
receitas e despesas são convertidas nas datas das operações); e
 Todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas como um componente
separado no patrimônio líquido, em outros resultados abrangentes.
As diferenças de câmbio decorrentes desse processo são alocadas no patrimônio líquido como
"ajuste de conversão de moeda de subsidiária no exterior”.
Na consolidação, as diferenças de câmbio originadas na conversão do investimento líquido em
empresas no exterior são classificadas em "Outros resultados abrangentes”. Entretanto, se a
controlada não for uma subsidiária integral, a parte proporcional de diferença de conversão é
atribuída aos acionistas não controladores. Quando uma operação no exterior é parcialmente
alienada ou vendida, as diferenças de câmbio que foram registradas no patrimônio líquido são
reconhecidas na demonstração consolidada do resultado como parte de ganho ou perda sobre
a venda.
c)
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem: caixa, depósitos bancários, reserva bancária junto ao Banco
Central do Brasil sem restrições e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com
vencimentos originais de até três meses, e que apresentem risco insignificante de mudança de valor
justo. Estes instrumentos são utilizados pela Organização para gerenciar os seus compromissos de
curto prazo. Veja Nota 19 (b) – Caixa e equivalentes de caixa.
d)
Operações compromissadas
Ativos financeiros vendidos com compromisso de recompra são classificados nas demonstrações
contábeis como “Ativos cedidos em garantia”. O passivo desta transação é registrado como
“Recursos de instituições financeiras”. Ativos financeiros adquiridos com compromissos de revenda
Bradesco
F - 15
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
são registrados como “Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras” ou “Empréstimos e
adiantamentos a clientes”, conforme apropriado. A diferença entre o preço de venda e de recompra
é tratada como juros na demonstração consolidada do resultado e é reconhecida ao longo do prazo
do contrato com base na taxa efetiva de juros.
e)
Ativos e passivos financeiros
i.
Ativos financeiros
A Organização classifica seus ativos financeiros nas seguintes categorias: mensurados ao valor
justo por meio do resultado, disponíveis para venda, mantidos até o vencimento e empréstimos
e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram
adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no
reconhecimento inicial.
• Mensurados a valor justo por meio do resultado
Os ativos financeiros são registrados e inicialmente avaliados pelo valor justo, sendo as
respectivas modificações subsequentes do valor justo reconhecidas imediatamente no
resultado. Estes ativos podem ser subdivididos em duas classificações distintas: ativos
financeiros designados a valor justo por meio do resultado; e ativos financeiros para
negociação (quando do reconhecimento inicial).
-
Ativos financeiros designados a valor justo por meio do resultado
A Organização não possui nenhum ativo financeiro designado a valor justo por meio do
resultado.
-
Ativos financeiros para negociação (exceto Derivativos)
Os ativos financeiros para negociação são ativos mantidos pela Organização com o
propósito de negociá-los no curto prazo ou mantê-los como parte de uma carteira
administrada em conjunto para obtenção de lucro no curto prazo ou para tomada de
posições. Os instrumentos financeiros derivativos, também, são categorizados como
mantidos para negociação.
Os ativos financeiros mantidos para negociação são inicialmente reconhecidos e
avaliados pelo valor justo no balanço e, os custos de transação são registrados
diretamente no resultado do período.
Ganhos e perdas realizados e não realizados decorrentes de mudanças no valor justo
de ativos financeiros não derivativos são reconhecidos diretamente no resultado em
“Ganhos e perdas líquidos de ativos financeiros para negociação”. As receitas de juros
de ativos financeiros mantidos para negociação são reconhecidas em “Resultado líquido
de juros”. Para maiores detalhes sobre o tratamento de derivativos ativos, veja Nota 2(e)
(iii) abaixo.
 Ativos financeiros disponíveis para venda
Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivativos, para os
quais existe a intenção de mantê-los por um período de tempo indefinido e que podem ser
vendidos em resposta à mudanças nas taxas de juros, taxas de câmbio, preços de títulos
de patrimônio ou necessidades de liquidez ou que não são classificados em mantidos até o
vencimento, empréstimos e recebíveis ou a valor justo por meio do resultado.
São reconhecidos inicialmente a valor justo, os quais correspondem ao valor pago incluindo
os custos de transação e são mensurados, subsequentemente, a valor justo com os ganhos
e perdas reconhecidos no patrimônio líquido, em resultados abrangentes, com exceção das
perdas por valor não recuperável e dos ganhos e perdas cambiais de conversão, até que o
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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
ativo financeiro deixe de ser reconhecido. Se um ativo financeiro disponível para venda
apresentar uma perda por valor não recuperável, a perda acumulada registrada em outros
resultados abrangentes é reconhecida na demonstração do resultado.
A receita de juros é reconhecida no resultado utilizando-se do método da taxa efetiva de
juros. A receita de dividendos é reconhecida na demonstração consolidada do resultado
quando a Organização passa a ter direito ao dividendo. As variações cambiais ativas ou
passivas em investimentos de títulos de dívida classificadas como disponíveis para venda
são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado. Veja Nota 2(e)(viii)(b) para
mais detalhes sobre o tratamento de perdas por redução ao valor recuperável.
 Investimentos mantidos até o vencimento
Os investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos, com
pagamentos fixos ou determináveis e vencimento fixo, que a Organização tem intenção e
capacidade de manter até o vencimento e que não são designados no reconhecimento
inicial como ao valor justo por meio do resultado, ou como disponíveis para venda e que
não atendem a definição de empréstimos e recebíveis.
São reconhecidos inicialmente a valor justo incluindo os custos diretos e incrementais, e
contabilizados, subsequentemente, pelo custo amortizado, utilizando-se do método da taxa
efetiva de juros.
Os juros sobre os investimentos mantidos até o vencimento estão incluídos na
demonstração consolidada do resultado como “Receita de juros e similares”. No caso de
deterioração, a perda por valor não recuperável é reconhecida como uma dedução do valor
contábil do investimento e é reconhecida na demonstração consolidada do resultado.
 Empréstimos e recebíveis
Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos
ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo, que não tenham sido
designados como “disponíveis para venda” ou “a valor justo por meio do resultado” e que a
Organização não tem a intenção de vender imediatamente ou no curto prazo.
São mensurados inicialmente pelo valor justo mais os custos diretos de transação e,
subsequentemente, avaliados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de
juros.
Os empréstimos e recebíveis são reconhecidos no balanço patrimonial como empréstimos
e adiantamentos a instituições financeiras ou a clientes. Os juros sobre empréstimos são
incluídos no resultado como “Receita de juros e similares”. No caso de deterioração, a perda
por valor não recuperável é relatada como uma redução do valor contábil dos empréstimos
e adiantamentos, e é reconhecida na demonstração do resultado, como “Perdas por
redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos”.
ii.
Passivos financeiros
A Organização classifica seus passivos financeiros nas seguintes categorias: mensurados a
valor justo por meio do resultado e a custo amortizado.
• Mensurados a valor justo por meio do resultado
São registrados e avaliados pelo valor justo, sendo as respectivas alterações do valor justo
reconhecidas imediatamente no resultado. Estes passivos podem ser subdivididos em duas
classificações distintas: passivos financeiros designados a valor justo por meio do resultado
e passivos financeiros para negociação.
-
Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado
Bradesco
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A Organização não possui nenhum passivo financeiro designado a valor justo por meio
do resultado.
-
Passivos financeiros para negociação
Os passivos financeiros para negociação reconhecidos pela Organização são aos
instrumentos financeiros derivativos. Para maiores detalhes sobre o tratamento de
derivativos ativos, veja Nota 2(e) (iii) abaixo.
• Passivos financeiros a custo amortizado
São os passivos financeiros que não são avaliados pelo valor justo por meio do resultado.
Eles são, inicialmente, registrados pelo seu valor justo e, subsequentemente, mensurados
ao custo amortizado. Incluem, dentre outros, recursos de instituições financeiras e de
clientes, recursos de emissão de títulos de dívida e títulos de dívidas subordinadas.
iii.
Instrumentos financeiros derivativos e operações de “hedge”
Derivativos são inicialmente reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de
derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados aos seus valores justos com
as variações sendo reconhecidas na demonstração do resultado em “Ganhos e perdas líquidos
de ativos financeiros para negociação”.
Os valores justos são obtidos a partir de preços de mercado cotados em mercados ativos (por
exemplo, opções negociadas em bolsa), incluindo transações recentes no mercado e técnicas
de avaliação (valuation por exemplo, swaps e transações em moeda), modelos de fluxos de
caixa descontado e modelos de precificação de opções, conforme apropriado. Na determinação
do valor justo, são considerados os riscos de crédito da contraparte.
Certos derivativos embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados como derivativos
separados, quando suas características econômicas e riscos não forem fortemente
relacionados com aqueles do contrato principal e o contrato não for contabilizado pelo valor
justo por meio do resultado. Esses derivativos embutidos são contabilizados separadamente
pelos valores justos, com as alterações nos valores justos sendo incluídas na demonstração
consolidada do resultado.
iv.
Reconhecimento
Inicialmente, a Organização reconhece os empréstimos e adiantamentos, depósitos, títulos
emitidos e passivos subordinados e demais ativos e passivos financeiros na data da
negociação, conforme as disposições contratuais do instrumento.
v.
Baixa
É realizada a baixa do ativo financeiro quando os direitos contratuais de seus fluxos de caixa
expiram, ou quando se transferem os direitos de recebimento dos fluxos de caixa contratuais
sobre o ativo financeiro e, substancialmente, todos os riscos e benefícios da propriedade do
ativo financeiro também são transferidos. A Organização efetua a baixa de um passivo
financeiro quando suas obrigações contratuais são pagas, resgatadas, canceladas ou
expiradas.
vi.
Compensação de instrumentos financeiros
Os ativos e passivos financeiros são confrontados e o valor líquido apresentado no balanço
patrimonial quando, a Organização possui a intenção e o direito legal de compensar os valores
e liquidá-los em bases líquidas ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente.
vii. Determinação do valor justo
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A determinação dos valores justos da maioria dos ativos e passivos financeiros é baseada nos
preços de cotações do mercado ou cotações de preços de distribuidoras para os instrumentos
financeiros negociados em mercados ativos. Para os demais instrumentos financeiros, o valor
justo é determinado utilizando-se de técnicas de avaliação, as quais incluem uso de transações
em mercado recente, método de fluxos de caixa descontados, comparação com instrumentos
similares para os quais existam preços observáveis no mercado e modelos de avaliação.
Para outros instrumentos mais comumente tratados, a Organização utiliza modelos de
avaliação conhecidos, que consideram dados observáveis no mercado, a fim de determinar o
valor justo de instrumentos financeiros.
Para instrumentos mais complexos, a Organização utiliza modelos próprios, que usualmente
são desenvolvidos com base em modelos de avaliação reconhecidos. Algumas informações
incluídas nesses modelos podem não ser observáveis no mercado e são derivadas de preços
ou taxas de mercado, ou ainda, são estimadas com base em premissas.
O valor produzido por um modelo ou por uma técnica de avaliação é ajustado para refletir
diversos fatores, uma vez que as técnicas de avaliação podem não refletir adequadamente
todos os fatores que os participantes do mercado consideram quando realizam uma transação.
Os ajustes de avaliação são registrados levando-se em conta os riscos dos modelos, as
diferenças entre o preço de compra e venda, riscos de crédito e liquidez, bem como outros
fatores. Na opinião da Administração, tais ajustes de avaliação são necessários e apropriados
para a correta demonstração do valor justo dos instrumentos financeiros registrados no balanço
patrimonial.
viii. Redução ao valor recuperável de ativos financeiros
(a) Ativos financeiros reconhecidos a custo amortizado
Em cada data de balanço, a Organização avalia se há evidências objetivas de que o valor
contábil dos ativos financeiros estejam com perda ao seu valor recuperável. Os ativos
financeiros com perda de seu valor recuperável e as perdas por redução ao valor
recuperável são incorridas apenas se, existirem evidências objetivas que demonstrem a
ocorrência de uma perda após o reconhecimento inicial do ativo financeiro e que a perda
provoca um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro ou de grupo de ativos
financeiros, que podem ser estimados de modo confiável.
Os critérios que a Organização utiliza para determinar se há evidência objetiva de uma
perda por redução ao valor recuperável incluem:
 Dificuldade financeira relevante do emitente ou tomador;
 Uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou
principal;
 Razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de
empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria;
 Quando torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização
financeira;
 O desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às
dificuldades financeiras; ou
 Dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos fluxos de caixa
futuros estimados, a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o
reconhecimento inicial daqueles ativos, embora o evento de perda não possa ainda ser
identificada ao nível dos ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:
(i) mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo do
grupo avaliado; e
(ii) condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com a
inadimplência sobre os ativos.
Bradesco
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A Organização considera evidências de perda por redução ao valor recuperável tanto para
ativos individualmente significativos quanto para ativos em nível coletivo. Todos os ativos
financeiros significativos são avaliados para se detectar perdas específicas.
Todos os ativos significativos, que a avaliação indique não serem especificamente
deteriorados, são avaliados coletivamente para detectar qualquer perda por redução ao
valor recuperável incorrido, porém ainda não identificado. Os ativos financeiros,
contabilizados pelo custo amortizado, que não são individualmente significativos, são
avaliados coletivamente para detectar perda por redução ao valor recuperável, agrupandoos conforme características de risco similares. Os ativos financeiros, que são
individualmente avaliados quanto à perda por redução ao valor recuperável e que seja
reconhecida uma perda, não são incluídos na avaliação coletiva de perda por redução ao
valor recuperável.
O montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o
valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito
futuro que não foram incorridos), descontados à taxa de juros original dos ativos
financeiros em vigor. O valor contábil do ativo é reduzido por meio de provisões e o valor
da perda é reconhecido na demonstração do resultado.
O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um ativo financeiro
garantido reflete os fluxos de caixa, que podem resultar da execução do ativo, deduzido
dos custos de obtenção e venda da garantia.
Para efeitos de uma avaliação coletiva da perda por redução ao valor recuperável, os
ativos financeiros são agrupados com base em características semelhantes de risco de
crédito (isto é, com base no processo, a Organização classifica o tipo de produto,
segmentos de atuação, localização geográfica, tipo de garantia, vencimento e outros
fatores relacionados). Essas características são relevantes para a estimativa dos fluxos
de caixa futuros para grupos de tais ativos, por serem indicativos da capacidade do
devedor de pagar todas as quantias devidas, de acordo com os termos contratuais dos
ativos a serem avaliados.
Os fluxos de caixa futuros em um grupo de ativos financeiros, testados conjuntamente
para determinar se há alguma redução ao valor recuperável, são estimados com base nos
fluxos de caixa contratados de um grupo de ativos e no histórico de perdas para os ativos
com características de risco de crédito similares as do grupo de ativos. O histórico de
perdas é ajustado de acordo com dados atuais observáveis para refletir os efeitos das
condições atuais, que não afetaram o período no qual o histórico de perda se baseia e
para desconsiderar os efeitos das condições existentes no período histórico e que não
existem atualmente.
A metodologia e as premissas utilizadas para estimar fluxos de caixa futuros são revisadas
regularmente para reduzir quaisquer diferenças entre as estimativas de perda e a perda
real.
Após a redução ao valor recuperável, a receita financeira é reconhecida utilizando a taxa
de juros efetiva, que foi utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros, a fim de
mensurar a perda por redução ao valor recuperável.
Quando não for possível receber um crédito, este é baixado contra a respectiva provisão
para perda por redução ao valor recuperável de créditos. Esses créditos são baixados
após a finalização de todos os procedimentos necessários de recuperação para a
determinação do valor da perda. Recuperações subsequentes de valores previamente
baixados são creditadas na demonstração do resultado.
(b) Ativos financeiros classificados como disponíveis para venda
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A Organização avalia, ao final de cada período de apresentação de relatórios, se há
evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está se
deteriorando. Para os instrumentos de dívida, a Organização utiliza os critérios supra
mencionados no item (a), a fim de identificar um evento de perda.
No caso de instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda
relevante ou prolongada no valor justo do título abaixo de seu custo é considerado uma
evidência de que foram incorridos, nos ativos uma perda ao seu valor recuperável.
Se qualquer evidência desse tipo existir para ativos financeiros disponíveis para venda, a
perda acumulada - mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo
atual, menos qualquer perda por redução ao valor recuperável sobre o ativo financeiro
reconhecido anteriormente - é baixada do patrimônio e reconhecida na demonstração do
resultado.
Se, em um período subsequente, o valor justo de um instrumento de dívida, classificado
como disponível para venda, aumentar e o aumento puder ser objetivamente relacionado
a um evento que ocorreu após a perda por redução ao valor recuperável ter sido
reconhecida, a perda por redução ao valor recuperável é revertida da demonstração do
resultado. Perdas por redução ao valor recuperável de instrumentos de capital
reconhecidas na demonstração do resultado não são revertidas. Aumento no valor justo
dos instrumentos de capital, após a redução ao valor recuperável, é reconhecido
diretamente no patrimônio líquido – outros resultados abrangentes.
f)
Ativos não correntes mantidos para venda
Em alguns casos, uma propriedade é reintegrada após a execução dos créditos inadimplentes.
Propriedades reintegradas são mensuradas pelo valor contábil ou pelo seu valor justo – o que for
menor – deduzidos os custos de venda, e o montante é registrado em “Ativos não correntes
mantidos para venda”.
g)
Imobilizado de uso
i. Reconhecimento e avaliação
Os imobilizados de uso são avaliados pelo custo menos a depreciação acumulada e perdas
acumuladas por redução ao valor recuperável (veja Nota 2(j) abaixo), quando aplicável.
O custo inclui as despesas diretamente atribuíveis à aquisição do ativo.
O custo de ativos gerados internamente inclui o custo de materiais e mão de obra direta, bem
como quaisquer outros custos diretamente atribuíveis necessários à sua funcionalidade.
Software adquirido, que seja necessário à funcionalidade do equipamento relacionado, é
registrado como parte do equipamento.
Quando as partes de um item possuem diferentes vidas úteis, e for praticável seu controle em
separado, estas são contabilizadas como itens separados (principais componentes) do
imobilizado de uso.
A vida útil e os valores residuais dos bens são reavaliados e ajustados, se necessários, em cada
data do balanço ou quando aplicáveis.
Ganhos e perdas com a venda de imobilizado de uso são registrados (pela diferença entre os
recursos advindos da alienação e o valor contábil do imobilizado) na demonstração do resultado,
na rubrica “Outras receitas/(despesas) operacionais”.
Bradesco
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ii. Custos subsequentes
O custo de reparo ou manutenção de um item do imobilizado de uso é reconhecido no valor do
bem, quando for provável que os benefícios econômicos futuros incorporados ao bem fluam para
a Organização, por mais de um ano, e o seu custo puder ser mensurado de maneira confiável.
O valor contábil dos itens substituídos não é reconhecido. Demais custos de reparos e
manutenção do imobilizado de uso são reconhecidos no resultado à medida que são incorridos.
iii. Depreciação
A depreciação é reconhecida no resultado pelo método linear, considerando a vida útil estimada
dos ativos. Ativos de arrendamento financeiro são depreciados considerando o prazo mais curto
entre o de arrendamento e sua vida útil. Terrenos não são depreciados. Vida útil e valores
residuais são reavaliados a cada data do balanço e ajustados, quando aplicáveis.
h)
Ativos intangíveis
Ativos intangíveis são compostos por itens não monetários, sem substância física e separadamente
identificáveis. São decorrentes de combinações de negócios ágio e a compra de outros ativos
intangíveis, as licenças de software e os outros ativos intangíveis. Esses ativos são reconhecidos
pelo custo. O custo de um ativo intangível, adquirido em uma combinação de negócios, é o seu valor
justo na data da aquisição. Ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados durante sua
vida útil econômica estimada, que não ultrapassa 20 anos. Ativos intangíveis com vida útil indefinida
não são amortizados.
No geral, os ativos intangíveis identificados da Organização possuem vida útil definida. Na data de
cada exercício social, os ativos intangíveis são testados para detectar indícios de redução ao seu
valor recuperável ou mudanças nos benefícios econômicos futuros estimados - veja Nota 2(j) abaixo.
i. Ágio (Goodwill)
O ágio (ou ganho por compra vantajosa) é originado no processo de aquisição de controladas e
joint ventures.
O ágio representa o excesso do custo de aquisição, em razão da participação da Organização,
sobre o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis adquiridos de uma controlada ou
joint venture na data da aquisição. O ágio originado na aquisição de controladas é reconhecido
em “Ativos Intangíveis” e o ágio da aquisição de coligadas e joint ventures é incluído no valor dos
investimentos de coligadas, (veja Nota 2(a)(ii)). Quando a diferença, entre o custo de aquisição
e a participação da Organização sobre o valor justo dos ativos e passivos identificáveis, for
negativo (ganho por compra vantajosa), este é reconhecido imediatamente no resultado como
ganho na data de aquisição.
O ágio é testado anualmente e sempre que for observado um evento que cause a redução ao
valor recuperável (veja Nota 2(j) abaixo). Perdas por redução ao valor recuperável de ágio não
podem ser revertidas. Ganhos e perdas auferidos na venda de uma entidade incluem a
consideração do valor contábil do ágio em relação à entidade vendida.
ii. Software
Software adquirido pela Organização é registrado ao custo, deduzido da amortização acumulada
e perdas acumuladas por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável.
Despesas de desenvolvimento interno de software são reconhecidas como ativo quando a
Organização consegue demonstrar sua intenção e capacidade de concluir o desenvolvimento, e
utilizar o software de modo a gerar benefícios econômicos futuros. Os custos capitalizados de
software desenvolvido internamente incluem todos os custos diretamente atribuíveis ao
desenvolvimento e são amortizados durante sua vida útil. Os softwares desenvolvidos
internamente são registrados pelo seu custo capitalizado, deduzidos da amortização acumulada
e das perdas por redução ao valor recuperável (impairment) (veja Nota 2(j) abaixo).
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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Gastos subsequentes com software são capitalizados somente quando aumentam os benefícios
econômicos futuros incorporados no ativo específico a que se referem. Todos os demais gastos
são contabilizados como despesas à medida que são incorridos.
A amortização é reconhecida no resultado pelo método linear durante a vida útil estimada do
software, a partir da data da sua disponibilidade para uso. A vida útil estimada de um software
varia de dois a cinco anos. A vida útil e os valores residuais são revisados a cada data de balanço
e ajustados, quando aplicável.
iii. Outros ativos intangíveis
Outros ativos intangíveis referem-se, basicamente, à carteira de clientes e aquisição de direito
de prestação de serviços bancários. São registrados ao custo menos amortização e as perdas
por redução ao valor recuperável, quando aplicável, e amortizados em um período no qual o
ativo deverá contribuir direta ou indiretamente para o fluxo de caixa futuro.
Esses ativos intangíveis são revisados anualmente, ou sempre que ocorrer eventos ou mudanças
em circunstâncias que possam indicar uma irrecuperabilidade do valor contábil dos ativos. Se
necessário, sua baixa ou impairment (veja Nota 2(j) abaixo) é reconhecida imediatamente no
resultado.
i)
Arrendamento mercantil
A Organização possui arrendamento mercantil financeiro e operacional, participando tanto como
arrendador quanto como arrendatário.
Os arrendamentos, nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é
retida pelo arrendador, são classificados como arrendamentos operacionais. No caso dos
arrendamentos em que a parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo
arrendatário, os arrendamentos são classificados como arrendamentos financeiros.
Os arrendamentos, cuja Organização assume os riscos e benefícios inerentes à propriedade, são
classificados como arrendamentos financeiros. No reconhecimento inicial, o ativo arrendado é
mensurado pelo menor valor entre o seu valor justo e o valor presente dos pagamentos mínimos do
arrendamento mercantil. Após o reconhecimento inicial, o ativo é registrado de acordo com a política
contábil aplicável ao ativo.
Como arrendatário, a Organização classifica seus arrendamentos, substancialmente, como
arrendamentos operacionais, sendo que os pagamentos mensais são reconhecidos na
demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento. Os incentivos
de arrendamentos recebidos são reconhecidos como uma parte integrante das despesas totais de
arrendamento pelo prazo de vigência do arrendamento.
Quando um arrendamento operacional é encerrado antes do vencimento contratual, qualquer
pagamento a ser efetuado ao arrendador sob a forma de multa é reconhecido como despesa no
período.
Os pagamentos mínimos de arrendamento efetuados sob arrendamentos financeiros são alocados
entre despesas financeiras e redução do passivo em aberto. As despesas financeiras são alocadas
a cada período durante o prazo do arrendamento visando a produzir uma taxa periódica constante
de juros sobre o saldo remanescente do passivo.
Os pagamentos contingentes são contabilizados, por meio de revisão dos pagamentos mínimos de
arrendamento sobre o prazo remanescente da operação quando o ajuste do arrendamento for
confirmado.
Como arrendador, a Organização possui, substancialmente, contratos de leasing financeiro, ambos
em valor e quantidade de contratos.
Bradesco
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i. Concessão de arrendamento mercantil financeiro
O reconhecimento inicial dos ativos mantidos em um arrendamento financeiro no balanço
patrimonial é realizado na conta de “empréstimos e adiantamentos a clientes” a um valor
equivalente ao investimento líquido do arrendamento.
Os custos diretos iniciais são geralmente incorridos pela Organização e incluídos na mensuração
inicial do recebível do arrendamento e reconhecido como parte da taxa de juro do contrato,
reduzindo o valor da renda reconhecida pelo prazo do arrendamento. Tais custos iniciais incluem
valores de comissões, honorários legais e custos internos. Os custos incorridos com relação à
negociação, estruturação e vendas de arrendamentos mercantis são excluídos da definição de
custos diretos iniciais e, desta forma, são reconhecidos como despesa, no início do prazo do
arrendamento.
O reconhecimento da receita financeira reflete a taxa de retorno constante sobre o investimento
líquido feito pela Organização.
Os valores residuais não garantidos estimados, utilizados no cálculo do investimento bruto do
arrendador no arrendamento, são revisados no mínimo anualmente. Caso ocorra redução no
valor residual não garantido estimado, a alocação da receita pelo prazo do arrendamento é
revisada periodicamente e qualquer redução em relação aos valores acumulados é reconhecida
no resultado imediatamente.
ii. Concessão de arrendamento mercantil operacional
Os ativos mantidos em um arrendamento operacional no balanço patrimonial, quando a
Organização atua como arrendador, são contabilizados nas contas do ativo, de acordo com a
natureza do bem arrendado.
Os custos diretos iniciais incorridos pela Organização são adicionados ao valor contábil do ativo
arrendado e reconhecidos como despesa, pelo prazo do arrendamento e na mesma base do
reconhecimento da receita.
A receita do arrendamento é reconhecida pelo método linear, pelo prazo do arrendamento,
mesmo que os recebimentos não estejam na mesma base. Os custos, incluindo a depreciação,
incorridos na realização da receita, são reconhecidos como despesa.
A política de depreciação para ativos arrendados depreciáveis é consistente com a política de
depreciação utilizada pela Organização para ativos similares.
j)
Redução ao valor recuperável de ativos não financeiros (impairment), exceto imposto de
renda e contribuição social diferidos
Os ativos, que têm uma vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são
testados anualmente, na mesma data, para a verificação da existência de perdas por redução ao
valor recuperável (impairment).
Os ativos, que estão sujeitos à amortização ou depreciação, são revisados para verificar seu valor
recuperável sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil
pode não ser recuperável. Uma perda pela redução ao valor recuperável é reconhecida pelo
excesso do valor contábil do ativo ou o valor contábil da sua Unidade Geradora de Caixa (UGC)
sobre seu valor recuperável estimado. O valor recuperável de um ativo ou UGC é o maior entre o
seu valor em uso e o seu valor justo deduzido os custos de venda.
Para finalidade de testar o valor recuperável, os ativos que não podem ser testados individualmente
são aglutinados ao menor grupo de ativos que gera entrada de caixa de uso contínuo, que são em
grande parte independentes dos fluxos de caixa de outros ativos ou grupo de ativos (UGC). Para
finalidade de testar o valor recuperável do ágio, sujeito a um teste de teto de segmento operacional,
as UGCs para as quais o ágio foi alocado são agregadas de maneira que o nível no qual o teste de
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valor recuperável é aplicado, reflete o nível mais baixo no qual o ágio é monitorado para fins de
reporte interno. O montante de ágio apurado em uma combinação de negócios é alocado a UGC ou
ao grupo de UGCs para o qual o benefício das sinergias da combinação é esperado.
O valor recuperável do ativo é o maior valor entre o valor justo dos ativos/UGC menos o custo de
venda e o valor em uso. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são
descontados ao valor presente utilizando-se uma taxa de desconto antes dos impostos, que reflete
avaliações no mercado corrente do valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo ou
UGC.
Ativos corporativos da Organização não geram fluxos de caixa separados e são utilizados por mais
de uma UGC. Esses ativos são alocados às UGCs em uma base razoável e consistente, e testados
para redução ao valor recuperável como parte do teste da UGC para o qual o ativo está alocado.
Perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas no resultado. Perdas reconhecidas
referentes as UGCs são inicialmente alocadas na redução de qualquer ágio alocado a esta UGC
(ou grupo de UGC) e, subsequentemente, na redução dos outros ativos desta UGC (ou grupo de
UGC) de modo pro-rata.
Uma perda por redução ao valor recuperável em relação ao ágio não pode ser revertida. No tocante
a outros ativos, as perdas por redução ao valor recuperável reconhecidas em períodos anteriores
são avaliadas a cada data de balanço para detectar indicações de que a perda tenha diminuído ou
não exista mais. Uma perda por redução ao valor recuperável é revertida se houver mudança nas
estimativas utilizadas para se determinar o valor recuperável. Uma perda por redução ao valor
recuperável é revertida somente na extensão em que o valor de contabilização do ativo não exceda
o valor de contabilização que teria sido determinado, líquido de depreciação e amortização, caso
nenhuma perda por redução ao valor recuperável tivesse sido reconhecida.
k)
Depósitos, títulos emitidos e passivos subordinados
Os depósitos, títulos emitidos e passivos subordinados são as principais fontes de captação
utilizadas pela Organização para financiamento de suas operações.
São inicialmente mensurados a valor justo mais custos de transação e, subsequentemente,
mensurados por seu custo amortizado, utilizando-se do método da taxa efetiva de juros.
l)
Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
Uma provisão é reconhecida quando, como resultado de um evento passado, a Organização tem
uma obrigação presente, legal ou construtiva, que pode ser estimada de modo confiável, e é
provável que uma saída de benefícios econômicos será requerida para liquidar uma obrigação.
Provisões são determinadas pela expectativa de fluxos de caixa futuros descontado a uma taxa
prefixada a qual reflete a avaliação atual de mercado do valor monetário no tempo e os riscos
específicos ao passivo.
Na constituição das provisões, a Administração leva em conta a opinião dos assessores jurídicos, a
natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento
dos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável.
Passivos contingentes são:
(a) uma possível obrigação decorrente de eventos passados e cuja existência somente será
confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos, não totalmente dentro
do controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que decorre de eventos passados, mas não é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos seja
exigida, a fim de liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com confiabilidade suficiente.
Ativos contingentes são reconhecidos contabilmente somente quando há garantias reais ou
decisões judiciais favoráveis definitivas, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o
Bradesco
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ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes, cuja expectativa de êxito seja provável, são
apenas divulgados nas demonstrações contábeis, quando relevantes.
m) Classificação dos contratos de seguro e de investimento
Um contrato de seguro é aquele em que a Organização aceita um risco de seguro significativo do
segurado, aceitando compensá-lo no caso de um acontecimento futuro incerto, específico e adverso
ao segurado. Os contratos de resseguro também são tratados sob a ótica de contratos de seguros
por transferirem risco de seguros significativo. Os contratos no segmento de seguro, classificados
como contratos de investimento, são produtos relacionados aos títulos de capitalização uma vez
que estes não transferem risco de seguro significativo e são contabilizados como instrumentos
financeiros, de acordo com a IAS 39.
n)
Provisões técnicas de seguros e previdência
i. Seguros de danos
A Provisão de Prêmios Não Ganhos (PPNG) é calculada “pro rata” dia, com base nos prêmios
líquidos de cessão de cosseguros, porém contemplando as operações de transferência em
resseguro e é constituída pela parcela correspondente aos períodos de riscos não decorridos
dos contratos de seguros, deduzidos dos custos iniciais de contratação. A parcela desta provisão,
correspondente à estimativa para os riscos vigentes mas não emitidos, é constituída na Provisão
PPNG-RVNE.
A Provisão PPNG-RVNE que corresponde a estimativa para riscos vigentes, mas não emitidos
é calculada com base no disposto pela Circular SUSEP n° 517/15, e a Provisão para Sinistros
Ocorridos Mas Não Avisados (IBNR), relativos ao ramo de garantia estendida até outubro de
2015, era calculados com base no disposto pela Circular SUSEP n° 517/15, após esta data, é
constituída com base nos Sinistros Ocorridos e ainda Não Pagos (IBNP), subtraindo o saldo da
PSL na data-base do cálculo. Para apurar o IBNP, é calculada a estimativa final de sinistros já
ocorridos e ainda não pagos, com base em triângulos de run-off semestrais, que consideram o
desenvolvimento histórico dos sinistros pagos nos últimos 11 trimestres, para estabelecer uma
projeção futura por período de ocorrência, e considera ainda a estimativa dos Sinistros Ocorridos
e Não Suficientemente Avisados (IBNER), refletindo a expectativa de alteração do montante
provisionado ao longo do processo de regulação.
A Provisão de Sinistros a Liquidar (PSL) é constituída com base nas estimativas de pagamentos
de indenizações, considerando todos os sinistros administrativos e judiciais existentes na data
do balanço, líquidos da parcela correspondente da expectativa de recebimento de salvados e
ressarcidos.
A Provisão para Sinistros Ocorridos e Não Avisados (IBNR) é constituída com base nos sinistros
ocorridos e ainda não pagos (IBNP) subtraindo do saldo da PSL na data base do cálculo. Para
apurar o IBNP é calculada a estimativa final de sinistros já ocorridos e ainda não pagos com base
em triângulos de run-off semestrais, que consideram o desenvolvimento histórico dos sinistros
pagos nos últimos 14 semestres, para estabelecer uma projeção futura por período de
ocorrência, e considera ainda a estimativa dos sinistros ocorridos e não suficientemente avisados
(IBNER), refletindo a expectativa de alteração do montante provisionado ao longo do processo
de regulação.
A provisão de IBNR relativa a operações de retrocessão foi constituída com base nos valores
informados pelo IRB - Brasil Resseguros S.A.
A Provisão Complementar de Cobertura (PCC) deve ser constituída, quando for constatada
insuficiência nas provisões técnicas, conforme valor apurado no Teste de Adequação de
Passivos (veja Nota 2(n)(vi) abaixo), de acordo com as determinações especificadas na
regulamentação em vigor. Para a data-base, não foi identificado necessidade de constituição de
provisão para insuficiência.
A Provisão de Despesas Relacionadas (PDR) é constituída mensalmente para a cobertura das
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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
despesas relacionadas às indenizações e está dimensionada para abranger tanto as despesas
atribuídas individualmente a cada sinistro, como também as despesas de sinistros não
discriminadas, ou seja, aquelas agrupadas para toda carteira.
Outras Provisões Técnicas correspondem à Provisão de Despesas Administrativas (PDA),
decorrentes das operações de seguros do ramo Danos Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
ii. Seguros de pessoas, exceto seguros de vida com cobertura de sobrevivência (VGBL)
A Provisão de Prêmios Não Ganhos (PPNG) é calculada “pro rata” dia, com base nos prêmios
líquidos de cessão de cosseguros, porém contemplando as operações de transferência em
resseguro, e é constituída pela parcela correspondente aos períodos de riscos não decorridos
dos contratos de seguros e contempla estimativa para os Riscos Vigentes mas Não Emitidos
(RVNE).
A Provisão Matemática de Benefícios a Conceder (PMBaC) é calculada pela diferença entre o
valor atual dos benefícios futuros e o valor atual das contribuições futuras, correspondentes às
obrigações assumidas.
A Provisão de Resgates e Outros Valores a Regularizar (PVR) abrange os valores relativos aos
resgates a regularizar, às devoluções de prêmios e às portabilidades solicitadas e ainda não
transferidas para a entidade receptora.
A Provisão para Sinistros Ocorridos e Não Avisados (IBNR) é constituída com base nos Sinistros
Ocorridos e ainda não Pagos (IBNP) subtraído do saldo da PSL na data base do cálculo. Para
apurar o IBNP é calculada a estimativa final de sinistros já ocorridos e ainda não pagos com base
em triângulos de run-off semestrais, que consideram o desenvolvimento histórico dos sinistros
pagos nos últimos 16 semestres, para estabelecer uma projeção futura por período de
ocorrência.
A Provisão de Sinistros a Liquidar (PSL) considera todos os avisos de sinistros recebidos até a
data do balanço. A provisão é atualizada monetariamente e inclui todos os sinistros em discussão
judicial.
A Provisão Complementar de Cobertura (PCC) refere-se ao valor necessário para complementar
as provisões técnicas, apurado no Teste de Adequação de Passivos (TAP). O TAP é elaborado
utilizando métodos estatísticos e atuariais, com base em considerações realistas, considerando
a tábua biométrica BR-EMS ambos os sexos, improvement da Escala G e estruturas a termo da
taxa de juros (ETTJ) livre de risco, autorizadas pela SUSEP. Improvement é uma técnica que
atualiza a tábua biométrica automaticamente, considerando o aumento esperado da sobrevida
futura.
A Provisão de Excedente Técnico (PET) corresponde à diferença entre o valor esperado e o valor
observado de eventos ocorridos no período para os seguros de pessoas com cláusula de
participação em excedente técnico.
A Provisão de Despesas Relacionadas (PDR) é constituída para a cobertura dos valores
esperados relativos a sinistros e benefícios ocorridos, para os produtos estruturados nos regimes
financeiros de repartição simples e repartição de capitais de cobertura. Para os planos
estruturados no regime financeiro de capitalização, a provisão é constituída para a cobertura dos
valores esperados das despesas relacionadas aos sinistros ocorridos e a ocorrer.
Bradesco
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iii. Saúde
A Provisão para Sinistros Ocorridos e Não Avisados (IBNR) é calculada a partir da estimativa
final dos sinistros já ocorridos e ainda não avisados, com base em triângulos de run-off mensais,
que consideram o desenvolvimento histórico dos sinistros avisados nos últimos 12 meses, para
estabelecer uma projeção futura por período de ocorrência.
A Provisão de Sinistros a Liquidar (PSL), é constituída com base nos avisos de sinistros
recebidos até a data do balanço, incluindo os sinistros judiciais e custos relacionados atualizados
monetariamente.
Para a carteira de planos de saúde individuais, no que se refere à cobertura de remissão por
cinco anos para os dependentes do titular em caso de falecimento deste, constitui-se a Provisão
Matemática de Benefícios a Conceder (PMBaC), cuja metodologia de cálculo leva em
consideração, além da taxa de desconto de 5,2% ao ano, a expectativa de permanência dos
titulares no plano até a sua saída do grupo por falecimento, e a partir deste momento, os custos
relacionados à permanência dos dependentes no plano por cinco anos sem o correspondente
pagamento de prêmios.
A Provisão Matemática de Benefícios Concedidos (PMBC) é constituída pelas obrigações
decorrentes das cláusulas contratuais de remissão das contraprestações pecuniárias, referentes
à cobertura de assistência à saúde e pelos prêmios por pagamento dos segurados participantes
do seguro Bradesco Saúde – “Plano GBS”, conforme previsto na Resolução Normativa n°75/04
da ANS, considerando uma taxa de desconto de 5,2% ao ano.
As “Outras Provisões” são constituídas para a carteira de saúde individual, para fazer face às
diferenças resultantes entre o valor presente esperado dos prêmios futuros e o valor presente
esperado de indenizações e despesas relacionadas futuras, considerando-se a taxa de desconto
de 5,2% ao ano.
A Provisão Para Prêmios ou Contribuições Não Ganhas (PPCNG) é calculada “pro rata” dia, com
base nos prêmios do seguro saúde, sendo constituída pela parcela correspondente aos períodos
de riscos a decorrer dos contratos de seguros, cuja vigência tenha iniciado.
As provisões de IBNR, PMBAC, PMBC e Outras Provisões, relacionadas acima, são calculadas
segundo metodologias e premissas estabelecidas em notas técnicas atuariais, aprovadas junto
à Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS.
iv. Operações com o seguro DPVAT
A receita de prêmios de DPVAT e as respectivas provisões técnicas são contabilizadas brutas,
com base nos relatórios recebidos da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A.
(“Seguradora Líder”) na proporção do percentual de participação da Companhia. Compete à
Seguradora Líder as funções de recolher os prêmios, coordenar a emissão dos bilhetes, liquidar
os sinistros e pagar as despesas de administração com os recursos dos consórcios, de acordo
com a Resolução CNSP no 273/12. Conforme definido em instrumentos dos consórcios, 50% do
resultado mensal são retidos pela Seguradora Líder ao longo do período e repassados líquidos
aos participantes do consórcio no início do exercício social seguinte. Os outros 50% dos
resultados a distribuir são repassados líquidos no mês subsequente ao da apuração mensal.
v. Previdência complementar aberta e seguros de vida de contribuição variável com
cobertura de sobrevivência (VGBL)
A Provisão de Prêmios Não Ganhos (PPNG) é calculada “pro rata” dia, com base nos prêmios
líquidos, e é constituída pela parcela correspondente aos períodos de riscos não decorridos dos
contratos de seguros e contempla estimativa para os Riscos Vigentes mas Não Emitidos (RVNE).
A Provisão Matemática de Benefícios a Conceder (PMBaC) refere-se aos participantes cujos
benefícios ainda não iniciaram. Nos planos de previdência com característica de benefício
definido, a provisão representa a diferença entre o valor atual dos benefícios futuros e o valor
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atual das contribuições futuras, correspondentes às obrigações assumidas sob a forma de planos
de aposentadoria, invalidez, pensão e pecúlio. A provisão é calculada segundo metodologia e
premissas estabelecidas em notas técnicas atuariais.
As Provisões Matemáticas de Benefícios a Conceder (PMBaC) vinculadas a seguros de vida e
planos de previdência da modalidade “gerador de benefícios livres” (VGBL e PGBL), além dos
planos de contribuição definida, representam o montante das contribuições efetuadas pelos
participantes, líquidas de carregamento e outros encargos contratuais, acrescidas dos
rendimentos financeiros gerados pela aplicação dos recursos em fundos de investimento em
quotas de fundos de investimento especialmente constituídos (FIEs).
A Provisão de Resgates e outros Valores a Regularizar (PVR) abrange os valores relativos aos
resgates a regularizar, às devoluções de prêmios e às portabilidades solicitadas e ainda não
transferidas para a entidade receptora.
A Provisão Matemática de Benefícios Concedidos (PMBC) é constituída para participantes que
estão em gozo de benefícios e corresponde ao valor atual das obrigações futuras, relativas aos
pagamentos de benefícios continuados.
A Provisão Complementar de Cobertura (PCC) refere-se ao valor necessário para complementar
as provisões técnicas, apurado no Teste de Adequação de Passivos (TAP) (veja Nota 2(n)(vi)).
O TAP é elaborado semestralmente e utiliza métodos estatísticos e atuariais, com base em
considerações realistas, considerando a tábua biométrica BR-EMS para ambos os sexos,
improvement da Escala G e estruturas a termo da taxa de juros (ETTJ) livre de risco, autorizadas
pela SUSEP. Improvement é uma técnica que atualiza a tábua biométrica automaticamente,
considerando o aumento esperado da sobrevida futura.
A Provisão de Despesas Relacionadas (PDR) é constituída para a cobertura dos valores
esperados relativos a sinistros e benefícios ocorridos, para os produtos estruturados nos regimes
financeiros de repartição simples e repartição de capitais de cobertura. Para os planos
estruturados no regime financeiro de capitalização, a provisão é constituída para a cobertura dos
valores esperados das despesas relacionadas aos sinistros ocorridos e a ocorrer.
A Provisão de Excedente Financeiro (PEF) corresponde à parte do rendimento financeiro obtido
com a aplicação das provisões, que excede a rentabilidade mínima dos planos de previdência
com cláusula de participação de excedente financeiro.
A Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados (IBNR) é constituída com base nos sinistros
ocorridos e ainda não avisados com base em triângulos de run-off, que considera o
desenvolvimento histórico dos sinistros nos últimos 96 meses para estabelecer uma projeção
futura por período de ocorrência.
A Provisão de Sinistros a Liquidar (PSL) considera todos os avisos de sinistros recebidos até a
data do balanço. A provisão é atualizada monetariamente e inclui todos os sinistros em discussão
judicial.
Os encargos financeiros creditados às provisões técnicas, bem como a constituição e/ou
reversão da provisão de excedente financeiro, são classificados como “despesas financeiras” e
estão apresentados no grupo “resultado financeiro”.
vi. Teste de adequação de passivo (Liability Adequacy Test - “LAT”)
A Organização elaborou o teste de adequação de passivos para todos os contratos que atendem
à definição de um contrato de seguro, segundo a IFRS 4, e que estão vigentes na data de
execução do teste. Este teste é elaborado semestralmente e considera a soma do saldo contábil
das provisões técnicas de contratos de seguro bruto de resseguro, deduzido da despesa de
comercialização diferida (Custos de aquisição diferidos) e os ativos intangíveis relacionados,
comparado ao valor esperado dos fluxos de caixa, que decorram do cumprimento dos contratos
e certificados comercializados.
Bradesco
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O teste considerou a projeção dos sinistros e benefícios ocorridos e a ocorrer, as despesas
administrativas, as despesas alocáveis relacionadas aos sinistros, opções intrínsecas e
excedentes financeiros, salvados e ressarcimentos e outras receitas e despesas diretamente
relacionadas aos contratos de seguros.
Para o cálculo do valor presente dos fluxos projetados, foram utilizados as taxas a termo livres
de risco (ETTJ) autorizadas pela SUSEP.
De acordo com a Circular SUSEP no 517/15, o teste foi segmentado em seguro de pessoas e
danos, e não foram incluídos nos testes de adequação os passivos relacionados ao seguro
DPVAT.
• Pessoas
Para os produtos de previdência complementar aberta e vida com cobertura por sobrevivência,
o teste foi realizado por tipo de risco, que entre outros inclui, garantia de inflação, tábua de
mortalidade, morte, invalidez e demais riscos.
Os fluxos, relativos a prêmios futuros não registrados na PPNG, só foram incluídos no resultado
quando o resultado do valor presente foi negativo.
O resultado do teste de adequação do passivo, para os seguros de pessoas, foi integralmente
reconhecido no resultado, conforme disposto na Circular SUSEP n° 517/15.
• Danos
O valor presente esperado do fluxo de caixa relativo a sinistros ocorridos, já refletido pela
expectativa de despesas alocáveis a sinistros e salvados, foi comparado as provisões técnicas
de sinistros ocorridos - PSL e IBNR.
O valor presente esperado do fluxo referente a sinistro a ocorrer, relativo a apólices vigentes,
acrescido das despesas administrativas e outras despesas e receitas referentes a produtos em
run-off, foi comparado a soma da PPNG e PPNG-RVNE.
O resultado do teste de adequação, para os seguros de danos, não apresentou insuficiência e,
consequentemente, registro de provisões adicionais aos passivos de seguro já registrados na
data-base.
o)
Operações de resseguros
A cessão de resseguros é efetuada no curso normal de suas atividades com o propósito de limitar
sua perda potencial, por meio da diversificação de riscos. Os passivos relacionados às operações
de resseguros são apresentados brutos de suas respectivas recuperações, as quais encontram-se
registradas no ativo, uma vez que a existência do contrato não exime as obrigações da Organização
para com os segurados.
Conforme determinado pelo Órgão Regulador, as empresas de resseguro sediadas no exterior
devem possuir rating mínimo, de acordo com agência classificadora de risco, para operar no país,
sendo as demais operações efetuadas com resseguradores locais. Desta forma, a Administração
entende que os riscos de impairment são reduzidos. No caso de serem identificados indícios de que
os valores não serão realizados pelos montantes registrados, estes ativos são ajustados ao seu
valor recuperável.
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p)
Custos de aquisição diferidos
Compõem os custos de aquisição diferidos, os montantes referentes a comissões, agenciamentos
e angariações relativos à comercialização de apólices de seguros, sendo a apropriação ao resultado
das despesas com comissão realizadas pelo período de vigência das respectivas apólices e
contratos de previdência, ou pelo prazo médio de doze meses. As despesas com agenciamentos
relativos à comercialização de planos de saúde são apropriadas no período de vinte e quatro meses.
Compreende, também, o custo de aquisição diferido relativo ao contrato de exclusividade com a
rede varejista, por comercialização do seguro garantia a ser amortizado pelo prazo de até doze
anos.
q)
Garantias financeiras
Garantias financeiras são contratos que requerem a Organização a fazer pagamentos específicos
perante o detentor da garantia financeira por uma perda que ele incorreu quando um devedor
específico deixou de fazer o pagamento, conforme os termos do instrumento de dívida.
As garantias financeiras são inicialmente reconhecidas nas demonstrações contábeis ao valor justo
na data em que a garantia foi dada. Após o reconhecimento inicial, as responsabilidades da
Organização sobre tais garantias são mensuradas pelo maior valor entre o montante inicial,
deduzida a amortização acumulada, e a melhor estimativa do montante necessário para liquidar a
garantia caso a Administração considere tal desembolso como provável. Estas estimativas são
determinadas com base na experiência de transações semelhantes e histórico de perdas passadas,
complementadas pelo julgamento da Administração. A receita de taxa de serviço financeiro é
reconhecida de modo linear ao longo da garantia. Qualquer aumento do passivo referente às
garantias é reconhecido na demonstração do resultado, na rubrica “Outras receitas/(despesas)
operacionais”.
r)
Benefícios aos empregados
i. Planos de contribuição definida
O Bradesco e suas controladas são patrocinadores de plano de previdência complementar para
seus funcionários e administradores, na modalidade “Plano Gerador de Benefícios Livres
(PGBL)”. O PGBL é um plano de previdência do tipo de contribuição variável, que permite
acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante, mediante
contribuições pagas por ele mesmo e pela empresa patrocinadora, sendo os recursos investidos
em um Fundo de Investimento Exclusivo (FIE). As obrigações atuariais do PGBL estão
integralmente cobertas pelo FIE correspondente. O PGBL é administrado pela controlada
Bradesco Vida e Previdência S.A.
O Plano de Previdência Complementar na modalidade PGBL foi reformulado em outubro de
2014, sendo as contribuições dos funcionários e administradores do Bradesco e suas
controladas equivalentes a, no mínimo, 4% do salário. As contribuições do Bradesco e suas
controladas passaram de 4% para de 5% do salário, acrescidas do percentual destinado à
coberturas dos benefícios de risco (morte e invalidez). As contribuições relativas aos
participantes que, em 2001, optaram por migrar do plano de benefício definido para o PGBL,
foram mantidas nos mesmos níveis que vigoravam no plano de benefício definido.
As obrigações das contribuições para planos de previdência de contribuição definida são
reconhecidas como despesa no resultado quando são incorridas. Uma vez pagas as
contribuições, a Organização, na qualidade de empregadora, não tem qualquer obrigação de
pagamento adicional.
Além do PGBL anteriormente apresentado, está assegurado aos participantes transferidos do
plano de benefício definido, um benefício proporcional diferido até a data de migração. Para os
participantes do plano de benefício definido, transferidos ou não para o PGBL, participantes
aposentados e pensionistas, o valor presente das obrigações atuariais está aplicado nos FIEs.
Bradesco
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ii. Planos de benefício definido
A obrigação líquida da Organização, em relação a planos de benefício definido, é referente
exclusivamente a planos de instituições adquiridas, e é separadamente calculada para cada
plano, estimando-se o benefício futuro que os empregados conquistaram por meio de seu
trabalho no período corrente e em anteriores. Tal benefício é descontado para determinar seu
valor presente e são deduzidos quaisquer custos de serviço passado não reconhecido e valor
justo de quaisquer ativos de plano. A taxa de desconto é a taxa na data de balanço para os títulos
com risco de crédito denominados “AA”, cujos vencimentos se aproximam do prazo das
obrigações do grupo. O cálculo é executado por um atuário, utilizando o método da unidade de
crédito projetada.
Quando os benefícios de um plano são agravados, a parcela do aumento do benefício
relacionado ao serviço passado do empregado é reconhecida no resultado pelo método linear
durante o período médio até que os benefícios se tornem efetivos. Na medida em que os
benefícios são adquiridos, a despesa é reconhecida na demonstração consolidada do resultado.
iii. Benefícios rescisórios
Os benefícios rescisórios são exigíveis quando o vínculo de emprego do funcionário é rescindido
pela Organização antes da data normal da aposentadoria, ou sempre que o empregado aceitar
a demissão voluntária em troca desses benefícios.
Os benefícios que vencem em mais de doze meses após a data do balanço são descontados a
valor presente.
iv. Benefícios de curto prazo
Benefícios como salários, contribuições para a seguridade social, licenças anuais remuneradas
e licenças médicas remuneradas, participação nos lucros e bônus (quando pagáveis dentro de
doze meses da data do balanço) e benefícios não monetários, tais como assistência médica, são
registrados como despesa na demonstração do resultado, sem desconto ao valor presente, se a
Organização tiver a obrigação legal ou construtiva de efetuar o pagamento como resultado de
serviço passado realizado/efetuado pelo empregado e se a obrigação puder ser estimada de
maneira confiável.
s)
Planos de capitalização
Os títulos de capitalização registrados em “Outros passivos”, têm seus passivos financeiros e suas
receitas calculadas no momento de sua emissão.
Os títulos são emitidos de acordo com os tipos de pagamentos, mensais ou em pagamento único.
Cada título tem um valor nominal, cujo valor do depósito é atualizado monetariamente pela Taxa
Referencial – TR + 0,5% de juros ao mês e que forma o montante da rubrica de “Outros Passivos
de Títulos de Capitalização”.
Ainda, os beneficiários dos títulos concorrem, através de sorteios, a prêmios em dinheiro. Ao final
do período de capitalização, pré-determinado quando da emissão do título, o beneficiário pode
resgatar o valor nominal pago acrescido da Taxa Referencial – TR, mesmo que não tenha sido
beneficiado em nenhum sorteio. Estes produtos são regulamentados pelo Órgão Regulador de
seguros no Brasil, porém não atendem à definição de contrato de seguro segundo, a IFRS 4 e,
portanto, são classificados como um passivo financeiro, segundo a IAS 39.
Os valores não reclamados dos planos de capitalização são desreconhecidos quando a obrigação
legalmente expira, de acordo com o IAS 39, pelo fato de ser relacionado a desreconhecimento de
passivo financeiro.
As despesas com colocação de títulos de capitalização são reconhecidas contabilmente quando
incorridas.
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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
t)
Juros
Receitas e despesas de juros são reconhecidas pelo regime de competência na demonstração do
resultado, utilizando-se o método da taxa efetiva de juros. A taxa efetiva de juros é a taxa que
desconta os pagamentos e recebimentos futuros estimados em caixa durante toda a vida prevista
do ativo ou passivo financeiro (ou, se apropriado, um período inferior) até atingir-se o valor de
registro do ativo ou passivo financeiro. Ao calcular a taxa efetiva de juros, o Banco estima fluxos de
caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, mas não perdas
de crédito futuras.
O cálculo da taxa efetiva de juros inclui todas as comissões, custos da transação, descontos ou
prêmios, que são parte integrante da taxa efetiva de juros. Os custos de transação são custos
incrementais diretamente atribuíveis à aquisição, emissão ou alienação de um ativo ou passivo
financeiro.
u)
Serviços e comissões
As receitas e despesas de serviços e comissões, que fazem parte e são diretamente alocáveis a
taxa de juros efetiva de um ativo ou passivo financeiro, são incluídas na mensuração da taxa efetiva
de juros.
As demais receitas de serviços e comissões, incluindo taxas de manutenção de contas, taxas de
administração de fundos de investimento, anuidade de cartões, tarifas de cobranças e consórcio,
são reconhecidos à medida que os serviços relacionados são prestados. Quando não é esperado
que o compromisso de um empréstimo resulte na queda do mesmo, as taxas relacionadas ao
compromisso são reconhecidas, em uma base linear ao longo do prazo do compromisso. Outras
despesas com taxas e comissões são relacionadas, principalmente, com transações e taxas de
serviços que são reconhecidos quando recebidos.
v)
Resultado de seguros
O resultado é apurado pelo regime de competência.
Os prêmios de seguros e cosseguros deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguros e as
comissões correspondentes, são registrados quando da emissão das respectivas
apólices/certificados/endossos e faturas, ou pelo início de vigência do risco, para os casos em que
o risco tem início antes da emissão, e apropriados, em bases lineares, no decorrer do prazo de
vigência das apólices, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e
dos custos de aquisição diferidos.
As receitas de prêmios e os correspondentes custos de aquisição diferidos, relativos aos riscos
vigentes ainda sem emissão das respectivas apólices, são reconhecidos ao resultado no início da
cobertura do risco, em bases estimadas.
Os prêmios de seguro saúde são registrados quando do início de vigência do risco, deduzidos da
parcela de prêmios correspondente ao período de risco a decorrer.
As receitas e despesas decorrentes de operações de seguros do ramo DPVAT são contabilizadas
com base nas informações recebidas da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A.
As operações de cosseguros aceitos e de retrocessões são contabilizadas com base nas
informações recebidas das congêneres e do IRB - Brasil Resseguros S.A., respectivamente.
As operações de resseguro são registradas com base em prestações de contas, que estão sujeitas
à análise pelos resseguradores. O diferimento dessas operações é realizado de modo consistente
com o respectivo prêmio de seguro relacionado e/ou contrato de resseguro.
Os custos de aquisição relativos à comissão de seguros são diferidos e apropriados ao resultado
proporcionalmente ao reconhecimento do prêmio ganho.
Bradesco
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Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
As angariações e agenciamento das operações de seguros são diferidos e apropriados ao resultado,
de maneira linear, pelo prazo de 24 meses nas operações de seguro saúde e pelo prazo de 12
meses nas demais operações.
As contribuições de planos previdenciários e os prêmios de seguros de vida com cobertura de
sobrevivência são reconhecidos no resultado quando do seu efetivo recebimento.
As rendas com taxa de gestão são apropriadas ao resultado pelo regime de competência, segundo
taxas estabelecidas contratualmente.
w) Despesa de imposto de renda e contribuição social
Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, calculados
sobre prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e de adições temporárias, são registrados
na rubrica “Outros Créditos – Diversos”, e as provisões para as obrigações fiscais diferidas sobre
superveniência de depreciação, ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários,
atualização de depósitos judiciais, dentre outros, são registrados na rubrica “Outras Obrigações –
Fiscais e Previdenciárias”, sendo que para a superveniência de depreciação é aplicada somente a
alíquota de imposto de renda.
Os créditos tributários sobre as adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou
reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre
prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de
lucros tributáveis, observado o limite de 30% do lucro real do período-base. Tais créditos tributários
são reconhecidos contabilmente com base nas expectativas atuais de realização, considerando os
estudos técnicos e análises realizadas pela Administração.
A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida
de adicional de 10%. Para as empresas financeiras, equiparadas e do ramo segurador, a
contribuição social sobre o lucro foi calculada até agosto de 2015, considerando a alíquota de 15%.
Para o período compreendido entre setembro de 2015 e dezembro de 2018, a alíquota foi alterada
para 20%, conforme Lei no 13.169/15, retornando à alíquota de 15% a partir de janeiro de 2019.
Para as demais empresas, a contribuição social é calculada considerando a alíquota de 9%.
Em virtude da alteração da alíquota, a Organização Bradesco constituiu, em setembro de 2015, um
complemento do crédito tributário de contribuição social, considerando as expectativas anuais de
realização e as suas respectivas alíquotas vigentes em cada período, de acordo com o estudo
técnico realizado.
Despesas com impostos compreendem os impostos correntes e diferidos. Impostos correntes e
diferidos são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando resulta de uma transação
reconhecida diretamente no patrimônio líquido, sendo, nesse caso, o efeito fiscal também é
reconhecido no patrimônio líquido (em outros resultados abrangentes).
O imposto corrente é o imposto a pagar esperado sobre o lucro tributável do exercício, às taxas de
impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data de apresentação das demonstrações
contábeis e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O imposto
corrente a pagar também inclui qualquer passivo fiscal proveniente da declaração de dividendos.
O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores de ativos
e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores utilizados para fins de tributação. O
imposto diferido não é reconhecido para as seguintes diferenças temporárias:
 O reconhecimento inicial de ativos e passivos em uma transação, que não seja combinação de
negócios, e que não afete a contabilidade tampouco o lucro ou prejuízo tributável;
 Diferenças relacionadas a investimentos em controladas, coligadas e participações em
empreendimentos sob controle conjunto (joint venture) quando seja provável que elas não
revertam no futuro previsível; e
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Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
 Imposto diferido não é reconhecido para diferenças temporárias tributáveis resultantes no
reconhecimento inicial de ágio.
O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às diferenças
temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram decretadas ou,
substantivamente, decretadas até a data de apresentação das demonstrações contábeis.
Na determinação do imposto de renda corrente e diferido, a Organização leva em consideração o
impacto de incertezas relativas às posições fiscais tomadas e se o pagamento adicional de imposto
de renda e juros tenha que ser realizado. A Organização acredita que a provisão para imposto de
renda no passivo está adequada com relação a todos os períodos fiscais em aberto baseada em
sua avaliação de diversos fatores, incluindo interpretações das leis fiscais e experiência passada.
Essa avaliação é baseada em estimativas e premissas que podem envolver julgamentos sobre
eventos futuros. Novas informações podem ser disponibilizadas, o que levariam a Organização a
mudar o seu julgamento quanto à adequação da provisão existente. Tais alterações impactarão a
despesa com imposto de renda no ano em que forem realizadas.
Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados, caso haja um direito legal de compensar
passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a impostos de renda lançados pela mesma
autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação ou sobre entidades fiscais
diferentes, mas as mesmas pretendem liquidar os ativos e passivos de imposto corrente em bases
líquidas ou seus ativos e passivos serão realizados simultaneamente.
Impostos adicionais decorrentes da distribuição de dividendos pelo Banco são reconhecidos ao
mesmo tempo em que a obrigação de pagar os respectivos dividendos é reconhecida.
Um ativo de imposto de renda e contribuição social diferido é reconhecido por perdas fiscais, créditos
fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados quando é provável que lucros futuros
sujeitos à tributação estarão disponíveis e contra os quais serão utilizados. Ativos de imposto de
renda e contribuição social diferido são revisados a cada data de relatório e são reduzidos na medida
em que sua realização não seja mais provável.
x)
Apresentação de relatório por segmento
As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório
interno fornecido para a tomada de decisões pela Diretoria Executiva (sendo o principal tomador de
decisões operacionais), que é composta pelo Diretor-Presidente, Diretores Vice-Presidentes,
Diretores Gerentes e Diretores Adjuntos. A Organização opera, principalmente, nos segmentos
bancário e de seguros. As operações bancárias incluem atividades nos setores de varejo, middle
market e corporate, arrendamento mercantil, operações bancárias internacionais, operações como
banco de investimentos e como private bank. A Organização realiza operações no setor bancário
através das agências localizadas no país, das agências no exterior e por meio de empresas
controladas, bem como por meio de participações em outras empresas. O segmento de seguros
consiste em operações de seguros, previdência complementar e capitalização, através da
subsidiária Bradesco Seguros S.A. e suas controladas.
y)
Patrimônio líquido
As ações preferenciais não possuem direito a voto, mas têm prioridade sobre as ações ordinárias
no reembolso do capital, em caso de liquidação, até o valor do capital representado por essas ações
preferenciais e o direito de receber um dividendo mínimo por ação 10% (dez por cento) superior ao
dividendo distribuído por ação aos detentores de ações ordinárias.
Bradesco
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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
i.
Custo de emissão de ações
Custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de ações são demonstrados no
patrimônio líquido, reduzido de impostos, mitigando o valor de mensuração inicial das ações.
ii.
Lucro por ação
A Organização apresenta dados de lucro por ação básico e diluído. O lucro por ação básico é
calculado dividindo o lucro líquido atribuível aos acionistas da Organização pela média
ponderada das ações em circulação durante o ano, excluindo a quantidade média das ações
adquiridas pela Organização e mantidas em tesouraria. O lucro por ação diluído não difere do
lucro por ação básico, pois não há instrumentos potenciais diluíveis.
iii.
Dividendos a pagar
Dividendos sobre ações são pagos e provisionados durante o exercício. Em Assembleia Geral
de Acionistas, são destinados no mínimo o equivalente a 30% do Lucro Líquido Ajustado Anual.
Dividendos que foram aprovados e declarados após a data-base das demonstrações contábeis,
são divulgados na nota de eventos subsequentes.
iv.
Transações de capital
Transações de capital são transações entre sócios, na qualidade de proprietários de um
investimento. Essas transações alteram as participações societárias detidas pelo controlador
em uma controlada. Desde que não haja perda de controle, a diferença entre o valor pago e o
valor justo da transação é reconhecida diretamente no patrimônio líquido.
3) Gerenciamento de riscos
Estrutura de gerenciamento de riscos
A estrutura da atividade de gerenciamento de riscos e capital é composta por comitês que subsidiam o
Conselho de Administração, a Presidência e a Diretoria Executiva da Organização na tomada de
decisões estratégicas.
A Organização dispõe de um comitê, denominado Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de
Capital, que tem por atribuição assessorar o Conselho de Administração no desempenho de suas
atribuições na gestão e controle dos riscos e do capital. Subsidiando esse comitê, existe o Comitê
Executivo de Gerenciamento de Capital e os Comitês Executivos de Gestão de Riscos de: a) Crédito, b)
Mercado e Liquidez, c) Operacional e Socioambiental, d) Grupo Bradesco Seguros e da BSP
Empreendimentos Imobiliários e e) Basileia, existindo ainda o Comitê Executivo de Produtos e Serviços e os
Comitês Executivos das áreas de negócios, que, dentre suas atribuições, sugerem os limites de
exposição a seus respectivos riscos e elaboram planos de mitigação a serem submetidos ao Comitê de
Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e ao Conselho de Administração.
Destaca-se nesta estrutura o Departamento de Controle Integrado de Riscos – DCIR, cuja missão é
promover e viabilizar o controle de riscos e a alocação de capital, através de práticas e da certificação
da existência, da execução e da efetividade de controles que assegurem níveis aceitáveis de riscos nos
processos da Organização, de forma independente, consistente, transparente e integrada. Este
Departamento também tem por atribuição atender as determinações do Banco Central do Brasil
pertinentes às atividades de gerenciamento de riscos.
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3.1. Risco de crédito
O risco de crédito é representado pela possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não
cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos
pactuados, bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na
classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas
na renegociação, aos custos de recuperação e a outros valores relativos ao descumprimento de
obrigações financeiras da contraparte.
O gerenciamento de risco de crédito da Organização é um processo contínuo e evolutivo de
mapeamento, desenvolvimento, aferição e diagnóstico por meio de modelos, instrumentos e
procedimentos, exige alto grau de disciplina e controle nas análises das operações efetuadas e
preserva a integridade e a independência dos processos.
A Organização controla a exposição ao risco de crédito, que decorre, principalmente, de operações
de crédito, de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. Há, também, o
risco de crédito em obrigações financeiras relacionadas a compromissos de crédito ou prestação de
garantias financeiras.
Com o objetivo de não comprometer a qualidade da carteira, são observados todos os aspectos
pertinentes ao processo de concessão de crédito, concentração, exigência de garantias, prazos,
dentre outros.
A Organização exerce, continuamente, o mapeamento de todas as atividades que podem gerar
exposição ao risco de crédito, com as respectivas classificações quanto à probabilidade e
magnitude, assim como a identificação dos seus gestores, mensuração e planos de mitigação.
Risco de crédito de contraparte
O risco de crédito de contraparte, ao qual a Organização está exposta, é representado pela
possibilidade de perda em razão do não cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações
relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo a
liquidação de instrumentos financeiros derivativos ou pela deterioração da qualidade creditícia da
contraparte.
A Organização mantém total controle sobre a posição líquida (diferença entre contratos de compra
e venda) e potencial exposição futura das operações onde existe o risco de contraparte. Toda
exposição ao risco de contraparte faz parte dos limites gerais de crédito concedidos aos clientes da
Organização. Normalmente, as garantias relacionadas a este tipo de operação são os depósitos de
margem, que são realizados pela contraparte na própria Organização ou em outras instituições
custodiantes, que também possuem seus riscos de contraparte devidamente avaliados.
Concessão de crédito
Sob a responsabilidade do Departamento de Crédito, o processo de concessão apoia-se na Política
de Crédito da Organização, primando pela segurança, qualidade e liquidez na aplicação dos ativos
de crédito. Todo este processo é permeado pela governança de gerenciamento de riscos da
Organização e atende às determinações do Banco Central do Brasil.
Na constante busca por agilidade e rentabilidade nos negócios, a Organização utiliza metodologias
direcionadas e adequadas em cada segmento em que atua, orientando a concessão de operações
de crédito e a fixação de limites operacionais.
Na avaliação e classificação do risco total do cliente ou grupo econômico, são considerados
aspectos quantitativos (indicadores econômicos e financeiros) e qualitativos (dados cadastrais e
comportamentais), ligados à capacidade dos clientes de honrarem os seus compromissos.
Todas as propostas de negócios respeitam as alçadas operacionais existentes na Organização,
contidas nas Normas e Procedimentos de Crédito. Nas agências, a delegação de poder para o
deferimento depende do seu porte, da exposição total do cliente junto à Organização, das garantias
Bradesco
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oferecidas, do grau de restrição, bem como da sua classificação de risco de crédito (score/rating).
As propostas de negócio com riscos acima destas alçadas são submetidas para análise técnica e
deferimento do Departamento de Crédito.
O Comitê Executivo de Crédito, por sua vez, tem por objetivo a tomada de decisões, dentro de sua
alçada, sobre consultas de concessão de limites e operações propostas pelas áreas de negócios,
previamente analisadas e com parecer do Departamento de Crédito. De acordo com o montante
financeiro, as propostas de operações/limites deste Comitê poderão ser submetidas ao Conselho
de Administração para deliberação, a depender dos valores envolvidos.
As propostas de crédito tramitam por um sistema automatizado e parametrizado, com o propósito
de fornecer subsídios imprescindíveis para a análise, a concessão e o acompanhamento dos
créditos concedidos, minimizando assim, os riscos inerentes às operações.
Para a concessão de créditos massificados de varejo, a Organização possui sistemas exclusivos de
Credit e Behavior Scoring, que proporcionam maior agilidade e confiabilidade, além da padronização
de procedimentos no processo de análise e deferimento dos créditos.
Os negócios são diversificados, pulverizados e destinados a indivíduos e empresas, que
demonstrem capacidade de pagamento e idoneidade, procurando sempre ampará-los com
garantias condizentes com os riscos assumidos, considerando os montantes, as finalidades e os
prazos dos créditos concedidos.
Classificação de risco de crédito
A metodologia de avaliação de risco de crédito, além de fornecer subsídios ao estabelecimento de
parâmetros mínimos para concessão de crédito e gerenciamento de riscos, possibilita a definição
de normas e procedimentos de crédito diferenciadas em função das características e do porte do
cliente. Com isto, oferece embasamento tanto para a correta precificação das operações, quanto
para a definição de garantias adequadas a cada situação.
A metodologia aplicada segue também os requisitos estabelecidos pela Resolução no 4.327/14 do
Conselho Monetário Nacional e inclui as análises de risco socioambiental em projetos, que buscam
avaliar o cumprimento da legislação pertinente por parte dos clientes, bem como atender aos
“Princípios do Equador”, conjunto de regras que estabelecem critérios mínimos socioambientais que
devem ser atendidos para a concessão de crédito.
Em consonância com o compromisso de constante aperfeiçoamento metodológico, a classificação
de risco de crédito dos grupos econômicos/clientes da Organização contempla uma escala de
dezessete níveis, dos quais treze representam as operações de curso normal, proporcionando
inclusive, maior aderência aos requisitos previstos no Acordo de Capital de Basileia.
As classificações de risco para grupos econômicos (pessoas jurídicas) fundamentam-se em
procedimentos estatísticos e julgamentais parametrizados, informações quantitativas e qualitativas.
As classificações são efetuadas de modo corporativo e acompanhadas periodicamente, com o
objetivo de preservar a qualidade da carteira de crédito.
Para as pessoas físicas, em geral, as classificações de risco baseiam-se em variáveis cadastrais,
tais como renda, patrimônio, restrições e endividamento, além do histórico de relacionamento com
a Organização, valendo-se também de modelos estatísticos de avaliação de crédito.
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A seguir demonstra-se a classificação de risco utilizada, baseada na capacidade dos clientes
honrarem seus compromissos:
Rating interno
1
AA1
2
AA2
3
AA3
4
A1
5
A2
6
A3
7
B1
8
B2
9
B3
10
C1
11
C2
12
C3
13
D
14
E
15
F
16
G
17
H
Classificação da Organização
Baixo risco
Médio risco
Maior risco
Processo de gerenciamento do risco de crédito
O processo de gerenciamento do risco de crédito é realizado de maneira corporativa. Este processo
envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente, sendo que
a mensuração e controle do risco de crédito são realizados de maneira centralizada e independente.
A área de monitoramento de risco de crédito participa ativamente do processo de melhoria de
modelos de classificação de riscos de clientes, realizando o acompanhamento de grandes riscos
por meio do monitoramento periódico dos principais eventos de inadimplência, nível de
provisionamento frente às perdas esperadas e inesperadas.
Esta área atua continuamente na revisão dos processos internos, inclusive papéis e
responsabilidades, capacitação e demandas de tecnologia da informação, bem como na revisão
periódica do processo de avaliação de riscos, visando à incorporação de novas práticas e
metodologias.
Controle e acompanhamento
O risco de crédito da Organização tem seu controle e acompanhamento corporativo feito na área de
risco de crédito do Departamento de Controle Integrado de Riscos.
O departamento assessora o Comitê Executivo de Gestão de Risco de Crédito, onde são discutidas
e formalizadas as metodologias para mensuração do risco de crédito. Os temas de relevância
debatidos neste Comitê são reportados ao Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de
Capital, que está subordinado ao Conselho de Administração.
Além desse Comitê, a área promove reuniões mensais, com todos os executivos e diretores de
produtos e segmentos, com o objetivo de posicioná-los quanto à evolução da carteira de crédito,
inadimplências, perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos,
recuperações de crédito, limites e concentrações de carteiras, dentre outros. Essas informações
também são reportadas mensalmente ao Comitê de Auditoria.
A área acompanha ainda todo e qualquer evento, interno ou externo, que possa trazer impacto
significativo ao risco de crédito da Organização, tais como: fusões, falências, quebra de safra, além
Bradesco
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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
de monitorar os setores de atividade econômica, onde a empresa tem as exposições mais
representativas.
Tanto o processo de governança como os limites existentes são validados pelo Comitê de Gestão
Integrada de Riscos e Alocação de Capital e submetidos para aprovação do Conselho de
Administração, que são revisados ao menos uma vez por ano.
Comunicação interna
O risco de crédito é monitorado diariamente, visando manter os níveis de risco em conformidade
com os limites estabelecidos pela Organização. Relatórios gerenciais de controle de risco são
disponibilizados para todas as alçadas, desde as agências até a Alta Administração.
Com o objetivo principal de sinalizar situações de risco que possam impactar na liquidez dos créditos
concedidos aos clientes, a área de monitoramento de risco de crédito fornece diariamente
informações por meio de um sistema corporativo às agências, segmentos de negócios e áreas de
concessão de crédito e recuperação de crédito. Este sistema apresenta informações dinâmicas, da
carteira de crédito e cadastrais, além de proporcionar a comparação entre as informações anteriores
e as atuais, destacando pontos que deverão ser analisados de maneira mais profunda pelos
gestores.
A Organização também dispõe de um sistema corporativo de indicadores de risco de crédito, onde
são disponibilizadas para as áreas de concessão de crédito, recuperação de crédito, diretorias de
segmento, gerências regionais e agências as informações de ativo por segmento, produto, região,
classificação de risco, inadimplência, perda esperada e inesperada, dentre outras. Este sistema
possibilita a visualização das informações, desde um nível macro até o nível mais detalhado,
permitindo chegar à visão de uma operação de crédito específica.
A visualização e entrega das informações é feita por meio de relatórios, sendo possível a realização
de pesquisas em diversos níveis, tais como segmentos de negócios, diretorias, gerências, regiões,
produtos, funcionários e clientes, e sob vários aspectos (ativo, inadimplência, provisão, write-off
(prejuízo), graus de restrição, participação de garantias reais, qualidade da carteira por tipo de
rating, entre outros).
Exposição ao risco de crédito
A tabela a seguir apresenta a exposição máxima ao risco de crédito dos instrumentos financeiros:
R$ mil
31 de dezembro
Caixa e disponibilidades em bancos
2015
2014
72.091.764
65.430.300
Instrumentos financeiros derivativos
18.870.917
4.421.457
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
35.671.727
73.018.884
Empréstimos e adiantamentos a clientes
370.323.668
349.196.681
Outros ativos financeiros (1)
432.983.945
366.893.064
Total dos itens registrados no balanço patrimonial (2)
929.942.021
858.960.386
Total dos itens não registrados no balanço patrimonial (Nota 41)
264.320.142
254.889.412
Total da exposição
1.194.262.163
1.113.849.798
(1) Inclui Investimentos mantidos até o vencimento, reconhecidos a custo amortizado, no valor de R$ 40.003.560 mil (2014
– R$ 25.071.031 mil); e
(2) As garantias são representadas, basicamente por: títulos, imóveis, aplicações financeiras, avais e fianças.
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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
A exposição total relativa ao risco de crédito da Organização atingiu R$ 1.194.262.163 mil em 2015,
apresentando um aumento de 7,2% em relação a 2014.
Desta exposição, R$ 72.091.764 mil, ou seja, 6,0% do total referem-se ao caixa (recursos em
espécie) e disponibilidades em bancos, compostos, principalmente, por recursos depositados no
Banco Central do Brasil, classificados como de baixo risco de crédito.
O item “Outros ativos financeiros”, com valor total de R$ 432.983.945 mil (36,3% da exposição total),
apresentam baixo risco de crédito, por serem em sua maioria títulos de emissão do governo
brasileiro e registrados a valor de mercado, representados por “Ativos financeiros para negociação”
R$ 159.623.449 mil (2014 – R$ 78.498.311 mil) e “Ativos financeiros disponíveis para venda” R$
117.695.450 mil (2014 – R$ 120.961.734 mil).
Em 2015, os itens não registrados no balanço patrimonial consolidado (registrados em contas de
compensação) totalizam R$ 264.320.142 mil (2014 - R$ 254.889.412 mil), atingindo um patamar de
22,1% (2014 – 22,9%) da exposição total.
Nos quadros a seguir, apresentamos o detalhamento das demais exposições sujeitas a risco de
crédito, que totalizaram R$ 424.866.312 mil, correspondentes a 35,6% da exposição total, sendo
compostas por instrumentos financeiros derivativos R$ 18.870.917 mil, empréstimos e
adiantamentos a instituições financeiras R$ 35.671.727 mil e a empréstimos e adiantamentos a
clientes R$ 370.323.668 mil.
Instrumentos financeiros derivativos
R$ mil
31 de dezembro
2015
Negociados em bolsa de valores
2014
5.561.772
81.180
Contrato de balcão
13.309.145
4.340.277
Total
18.870.917
4.421.457
Quanto aos instrumentos financeiros derivativos, observa-se que 70,5% do total referem-se,
basicamente, a contratos de balcão. Do total de instrumentos financeiros derivativos, 80% é
classificada nos ratings internos da Organização como de baixo nível de risco de crédito.
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
A carteira de empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras classificada pelo rating interno
da Organização apresenta-se como segue:
R$ mil
31 de dezembro
2015
2014
35.627.580
72.968.103
Médio risco
-
50.781
Maior risco
44.147
-
35.671.727
73.018.884
Baixo risco
Total
Ratings conforme determinado pela Organização: Baixo risco: Ratings AA1 – C3; Médio risco: Rating D; e Maior Risco:
Ratings E – H.
Do total de empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras, 99,9% estão classificados como
não vencidos e sem redução ao valor recuperável. Além disso, a carteira não apresenta histórico de
renegociações de dívidas.
Bradesco
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Empréstimos e adiantamentos a clientes
Os empréstimos e adiantamentos a clientes são classificados como:
 Não vencidos e sem redução ao valor recuperável;
 Vencidos, mas sem redução ao valor recuperável; e
 Com redução ao valor recuperável, incluindo empréstimos e adiantamentos classificados como
“impaired” e analisados individualmente para perda classificados como “impaired”.
Os empréstimos e adiantamentos a clientes da Organização são classificados como “impaired”
quando eles estiverem em pelo menos uma das situações a seguir: (a) em atraso superior a 90 dias,
exceto para as operações de financiamento imobiliário com garantia de imóvel residencial (atraso
superior a 180 dias) e/ou; (b) com prejuízo e/ou; (c) que tenham sido renegociados e/ou; (d) que
tenham sido reclassificados para níveis de alto risco; e/ou (e) que tenham sofrido eventos
falimentares, sendo que os modelos internos aplicados pela Organização possuem visão cliente ou
produto.
R$ mil
31 de dezembro
2015
2014
Não vencidos e sem redução ao valor recuperável (i)
326.363.904
311.423.678
Vencidos, mas sem redução ao valor recuperável (ii)
11.656.848
6.932.215
Com redução ao valor recuperável (iii)
32.302.916
30.840.788
Total de empréstimos e adiantamentos a clientes
370.323.668
349.196.681
Perdas por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
(25.455.204)
(21.132.677)
Valor líquido
344.868.464
328.064.004
A carteira de empréstimos e adiantamentos a clientes apresentou um crescimento de 6,1% em 2015
comparativamente a 2014.
(i)
Empréstimos e adiantamentos a clientes não vencidos e sem redução ao valor
recuperável
R$ mil
31 de dezembro
2015
2014
Baixo risco
318.889.943
305.446.990
Médio risco
6.338.308
4.246.414
Maior risco
1.135.653
1.730.274
326.363.904
311.423.678
Total
Ratings conforme determinado pela Organização: Baixo risco: Ratings AA1 – C3; Médio risco: Rating D; e Maior
Risco: Ratings E – H.
Os empréstimos e adiantamentos a clientes classificados como não vencidos e sem redução
ao valor recuperável alcançaram R$ 326.363.904 mil em 2015.
Do total dessas operações, 97,7% estavam classificados como baixo risco.
F - 42
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
(ii) Empréstimos e adiantamentos a clientes vencidos, mas sem redução ao valor
recuperável
Demonstramos a seguir a análise por faixa de dias vencidos dos contratos de empréstimos e
adiantamentos, que não estão marcados como “impaired” na análise coletiva e sem redução
ao valor recuperável pela análise individual.
Para efeitos desta análise, um ativo é considerado em atraso e incluído no quadro, quando
qualquer pagamento em atraso não é recebido sob estritas condições contratuais. O montante
incluído nesta categoria refere-se ao ativo financeiro total, ou seja, não apenas a parcela em
atraso, mas sim o valor contratual total acrescido de juros.
Os empréstimos e adiantamentos para os clientes, que não são individualmente significativos,
e que não tenham sido classificados como impaired, são apresentados nesta categoria.
Os empréstimos e adiantamentos individualmente significativos podem ser apresentados
nesta categoria quando, após realizada a análise individual, não foi identificada necessidade
de constituição de perda por redução ao valor recuperável individual e, dessa forma, o mesmo
é direcionado para a análise de perda coletiva.
R$ mil
31 de dezembro
2015
2014
Vencidos em até 60 dias
9.286.212
5.824.269
Vencidos de 61 a 90 dias
2.241.006
1.043.598
Vencidos acima de 90 dias
Total
129.630
64.348
11.656.848
6.932.215
O quadro anterior mostra os empréstimos e adiantamentos, que apesar de registrarem algum
atraso, não apresentam indicações de possível redução ao valor recuperável. Esse montante
representou 3,1% da carteira em 2015 (2014 – 2,0%).
(iii) Empréstimos e adiantamentos a clientes com redução ao valor recuperável
R$ mil
31 de dezembro
Carteira a vencer
2015
2014
14.185.533
13.310.390
Vencidos até 60 dias
2.199.703
3.814.291
Vencidos de 61 a 90 dias
1.097.900
1.487.221
Vencidos acima de 90 dias
14.819.780
12.228.886
Total
32.302.916
30.840.788
Os empréstimos e adiantamentos a clientes com redução ao valor recuperável alcançaram
R$ 32.302.916 mil e representaram 8,7% do total da carteira em 2015 (2014 - 8,8%).
Bradesco
F - 43
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Por modalidade
A tabela a seguir apresenta os empréstimos e adiantamentos com redução ao valor
recuperável, subdivididos por modalidade:
R$ mil
31 de dezembro
2015
Capital de giro
2014
6.846.091
4.661.167
Cartão de crédito
5.128.607
4.709.358
Crédito pessoal
3.617.781
4.283.065
Veículos – CDC
1.631.255
2.816.045
Financiamento imobiliário
1.081.833
1.375.115
Financiamento a exportação
1.043.922
832.621
Crédito rural
805.392
746.489
Repasses BNDES/Finame
771.581
1.293.028
Cheque especial
651.011
702.665
Conta garantida
281.176
324.370
279.269
436.399
Outros
10.164.998
8.660.466
Total
32.302.916
30.840.788
Leasing
Empréstimos e adiantamentos a clientes renegociados
No total de “Empréstimos e adiantamentos a clientes com redução ao valor recuperável”, onde
estão incluídas as renegociações, que são operações que contemplam alongamento de
prazos, concessão de carência, redução na taxa de juros, e, em alguns casos, desconto
parcial do principal.
Renegociações podem ocorrer tanto em função de atrasos nos pagamentos ou de percepção
de que a qualidade do crédito se deteriorou fortemente. O objetivo das renegociações é
adequar as operações à nova capacidade do cliente de pagar seu débito.
A tabela a seguir demonstra as mudanças efetuadas e a nossa análise da carteira de
empréstimos e adiantamentos a clientes renegociados:
R$ mil
31 de dezembro
2015
Saldo inicial
10.775.621
10.190.180
Valores renegociados adicionais, inclusive juros
13.128.228
10.482.519
Pagamentos recebidos
(7.256.464)
(5.864.616)
Baixa contábil
(3.918.662)
(4.032.462)
Saldo final
12.728.723
10.775.621
Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos
Empréstimos e adiantamentos aos clientes totais renegociados, líquido
de perda por redução ao valor recuperável
(7.547.690)
(7.239.474)
5.181.033
3.536.147
59,3%
67,2%
3,4%
3,1%
1,5%
1,1%
Perda por redução ao valor recuperável sobre os empréstimos e
adiantamentos renegociados como percentual do total dos empréstimos e
adiantamentos renegociados
Total dos empréstimos e adiantamentos renegociados como percentual do
portfólio de empréstimo total
Total dos empréstimos e adiantamentos renegociados como percentual do
portfólio de empréstimo total, líquido de perda por redução ao valor
recuperável
F - 44
2014
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
No momento em que o empréstimo é modificado, a Administração considera as condições do
novo empréstimo e o vencimento renegociado, e não mais o considera vencido. A partir da
data da modificação, os juros renegociados começam a acumular, utilizando o método da
taxa efetiva de juros, levando em consideração a capacidade do cliente quitar o empréstimo,
com base na análise efetuada pela Administração. Se o cliente não consegue manter os
novos termos negociados, a Administração considera cessar o acúmulo a partir desse ponto.
Adicionalmente, quaisquer saldos relativos a empréstimos e adiantamentos a clientes
renegociados, que já tenham sido baixados e registrados em contas fora do balanço
patrimonial, bem como quaisquer ganhos de renegociações, são reconhecidos apenas
quando recebidos.
Concentração do risco de crédito de empréstimos e adiantamentos
31 de dezembro
2015
Maior devedor
2014
2,8%
2,0%
Dez maiores devedores
9,2%
6,9%
Vinte maiores devedores
13,3%
10,0%
Cinquenta maiores devedores
19,5%
14,2%
Cem maiores devedores
23,8%
17,8%
Todas as faixas apresentaram incremento na concentração em dezembro de 2015 em relação
a dezembro de 2014.
Por setor de atividade
A análise de concentração de risco de crédito apresentada abaixo está baseada no setor de
atividade no qual a contraparte atua.
31 de dezembro
2015
R$ mil
2014
%
R$ mil
%
Setor público
10.250.375
2,8%
6.849.002
2,0%
Federal
10.241.594
2,8%
6.828.851
2,0%
8.781
-
20.151
-
Setor privado
360.073.293
97,2%
342.347.679
98,0%
Pessoa física
147.859.789
39,9%
141.219.983
40,4%
Indústria
65.158.837
17,6%
56.651.087
16,2%
Comércio
41.267.638
11,1%
43.024.256
12,3%
Serviços
102.629.056
27,7%
97.987.989
28,1%
Estadual
Agronegócios
Total da carteira
Perda por redução ao valor recuperável de
empréstimos e adiantamentos
Total de empréstimos e adiantamentos a
clientes, líquido
3.157.973
0,9%
3.464.364
1,0%
370.323.668
100,0%
349.196.681
100,0%
(25.455.204)
-
(21.132.677)
-
344.868.464
-
328.064.004
-
Nos últimos doze meses, destaca-se o aumento da participação do “Setor público federal” e
da “Pessoa física”.
Bradesco
F - 45
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Mensuração do risco de crédito
Periodicamente, a Organização avalia a existência de evidência objetiva de perda na carteira
de empréstimos e adiantamentos, considerando a experiência histórica de perda por redução
ao valor recuperável e aplicando outras metodologias que considerem a qualidade do cliente,
bem como a natureza da transação, inclusive suas garantias, para estimar os fluxos de caixa
esperados, que são revistas regularmente, tendo em vista a melhoria constante dos modelos
e a suficiência de provisão.
Inicialmente, os clientes são classificados em individualmente significativos e individualmente
não significativos. Após esta classificação inicial, os clientes são avaliados conforme
apresentem um ou mais eventos de evidência objetiva de perda. Como às vezes pode não
ser possível identificar um evento específico que tenha causado a perda ao valor recuperável,
são observados os efeitos combinados de vários eventos. Além disso, os eventos de perda
podem ser específicos, isto é, referentes apenas a um cliente, tais como atraso nos
pagamentos contratados, renegociação ou evento falimentar, ou podem ser coletivos,
afetando um grupo de ativos, em função, por exemplo, de variações em taxas de juros ou de
câmbio ou diminuição no nível de atividade de um ou mais setores econômicos.
Para os clientes individualmente significativos, que apresentem evidências objetivas
específicas, a estimativa de perda por redução ao valor recuperável é realizada, por análise
individual, considerando os fluxos de caixa futuro esperado de cada cliente, incluindo neste a
monetização das garantias constituídas atreladas às operações.
Para os clientes individualmente não significativos, que apresentem evidências objetivas
específicas, a estimativa de perda por redução ao valor recuperável é realizada conforme a
experiência de perda histórica baseada em informação observável na data corrente.
Os clientes, que não apresentem evidência objetiva específica de perda ao valor recuperável,
tanto os individualmente significativos quanto os não significativos, são avaliados
coletivamente por meio de modelos internos da Organização, baseados em parâmetros
coletivos de perdas observadas e parâmetros macroeconômicos de atividade econômica e
inadimplência.
Na avaliação coletiva, são utilizados os modelos de Probability of Default, Loss Given Default,
bem como o fator Loss Identification Period.
Probability of Default (PD): estipula a probabilidade de inadimplência percebida pela
Organização sobre o cliente, conforme modelo interno de avaliação. Este parâmetro de risco
é diferenciado, conforme o segmento a que pertença: os modelos para varejo são
quantitativos e os modelos para atacado são quantitativos e qualitativos (julgamentais).
Loss Given Default (LGD): refere-se ao percentual efetivamente perdido após as tentativas
de recuperação, dado o descumprimento do contrato, definido em termo do percentual da
exposição.
Loss Identification Period (LIP): período intermediário entre a ocorrência de evento de perda
em grupos de ativos financeiros significativos e não significativos, que sejam coletivamente
avaliados, e a sua identificação pela instituição como perda por redução ao valor recuperável.
F - 46
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Baixas
Os créditos são baixados do balanço patrimonial contra a “Perdas por redução ao valor
recuperável de empréstimos e adiantamentos" quando considerados incobráveis ou
considerados como perda permanente. As operações de crédito são normalmente baixadas,
quando apresentam entre 180 e 360 dias de atraso nos pagamentos. Para as operações de
créditos com prazos remanescentes há pelo menos 36 meses, são baixadas entre 360 e 540
dias, quando apresentarem atrasos nos pagamentos.
Mitigação do risco de crédito
As perdas potenciais de crédito são mitigadas pela utilização de diversos tipos de garantias
reais, formalizadas por meio de instrumentos jurídicos como alienações fiduciárias, hipotecas,
pela utilização de garantias fidejussórias, tais como avais e fianças de terceiros, ou ainda pela
utilização de instrumentos financeiros, como os derivativos de crédito. A avaliação da
eficiência desses instrumentos é realizada considerando o tempo para recuperação e
realização do bem dado em garantia, o seu valor de mercado, o risco de contraparte dos
garantidores, e a segurança jurídica dos contratos. Os principais tipos de garantia real são:
depósitos a prazo; aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários; imóveis residenciais
e comerciais; bens móveis como veículos, aeronaves, máquinas e equipamentos; incluemse, ainda, entre as garantias reais, títulos comerciais como duplicatas, cheques e faturas de
cartão de crédito. Entre os avais e fianças, destacam-se as garantias bancárias e cartas de
crédito.
Os derivativos de crédito são contratos bilaterais, no qual uma das contrapartes compra
proteção contra um risco de crédito de um determinado instrumento financeiro e seu risco é
transferido para a contraparte vendedora da proteção. Normalmente, esta recebe uma
remuneração linear ao longo da vigência da operação.
No caso de um evento de crédito (“default”), a contraparte que comprou a proteção receberá
um pagamento, cujo objetivo é compensar a perda de valor do instrumento financeiro. Nesse
caso, a contraparte vendedora recebe o ativo subjacente em troca do referido pagamento.
Em dezembro de 2015, o Bradesco mantinha derivativos de crédito (CDS), com as seguintes
características: do risco recebido de Swaps de créditos, cujos ativos subjacentes são “títulos
de dívida emitidos por empresas”, é de R$ 136.668 mil (2014 – (i) o valor do risco transferido
de Swaps de créditos, cujos ativos subjacentes são “títulos e valores mobiliários – título da
dívida pública estrangeira”, é de R$ (1.326.900) mil; e (ii) do risco recebido de Swaps de
créditos, cujos ativos subjacentes são “derivativos com empresas”, é de R$ 13.281 mil,
totalizando um valor de risco de crédito total líquido de R$ (1.313.619) mil), cujo efeito no
cálculo do patrimônio líquido exigido é de R$ (15.033) mil (2014 - R$ (71.519) mil). Os
contratos relativos às operações de derivativos de crédito acima descritos possuem
vencimentos em 2020. A marcação a mercado das taxas de proteção que remunera a
contraparte receptora do risco totaliza R$ 42 mil. Durante o período, não houve ocorrência de
evento de crédito relativo a fatos geradores previstos nos contratos.
Compensação de ativos e passivos financeiros
De acordo com a IFRS 7, o Banco deve apresentar os valores relativos a instrumentos
financeiros sujeitos a acordos máster de compensação ou acordos similares, os quais não
cumprem os requisitos definidos no IAS 32. Os acordos similares incluem os Contratos
Bradesco
F - 47
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Globais de Derivativos (CGD/ISDA) e os Contratos Globais de Operações Compromissadas
(GMRA).
Parte das operações com Instrumentos Financeiros Derivativos, transacionadas pelo Banco
em ambientes que não bolsa de valores, são firmados por meio de contratos CGD e ISDA
(International Swap and Derivatives Agreement), no Brasil e no exterior.
O quadro a seguir apresenta ativos e passivos financeiros sujeitos a compensação.
R$ mil
Montante dos
ativos
financeiros
apresentados
no Balanço
Patrimonial
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Instrumentos Financeiros Derivativos
2015
Montante
relacionado
não
compensado
no Balanço
Patrimonial
Total líquido
111.024.912
3.782
111.021.130
18.870.917
301.725
18.569.192
R$ mil
Captações no Mercado Aberto
Instrumentos Financeiros Derivativos
Montante dos
passivos
financeiros
apresentados
no Balanço
Patrimonial
2015
Montante
relacionado
não
compensado
no Balanço
Patrimonial
222.291.364
3.782
222.287.582
19.345.729
301.725
19.044.004
Total líquido
R$ mil
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Instrumentos Financeiros Derivativos
Montante dos
ativos
financeiros
apresentados
no Balanço
Patrimonial
2014
Montante
relacionado
não
compensado
no Balanço
Patrimonial
136.738.812
12.765
136.726.047
4.421.457
345.370
4.076.087
Total líquido
R$ mil
Captações no Mercado Aberto
Instrumentos Financeiros Derivativos
F - 48
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Montante dos
passivos
financeiros
apresentados
no Balanço
Patrimonial
2014
Montante
relacionado
não
compensado
no Balanço
Patrimonial
219.359.890
12.765
219.347.125
3.315.573
345.370
2.970.203
Total líquido
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
3.2. Risco de mercado
O risco de mercado é representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de preços
e taxas de juros dos instrumentos financeiros da Organização, uma vez que suas operações ativas
e passivas podem apresentar descasamentos de prazos, moedas e indexadores.
Este risco é identificado, mensurado, mitigado, controlado e reportado. O perfil de exposição a risco
de mercado da Organização está alinhado às diretrizes estabelecidas pelo processo de governança,
com limites monitorados de maneira independente.
Todas as operações que expõem a Organização a risco de mercado são mapeadas, mensuradas e
classificadas quanto à probabilidade e magnitude, sendo todo o processo aprovado pela estrutura
de governança.
O processo de gerenciamento de riscos conta com a participação de todas as camadas hierárquicas
da Organização, que abrange desde as áreas de negócios até o Conselho de Administração.
Em consonância com as melhores práticas de Governança Corporativa, tendo por objetivo preservar
e fortalecer a administração do risco de mercado na Organização, bem como atender aos
dispositivos da Resolução no 3.464/07, do Conselho Monetário Nacional, o Conselho de
Administração aprovou a Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez, cuja revisão é
realizada, no mínimo, anualmente pelos Comitês competentes e pelo próprio Conselho de
Administração, fornecendo as principais diretrizes de atuação para aceitação, controle e
gerenciamento dos riscos de mercado e de liquidez.
Além desta política, a Organização dispõe de normas específicas para regulamentar o processo de
gerenciamento de risco de mercado, conforme segue:





Classificação das Operações;
Reclassificação das Operações;
Negociação de Títulos Públicos ou Privados;
Utilização de Derivativos; e
Hedge.
Processo de gerenciamento do risco de mercado
O processo de gerenciamento do risco de mercado é realizado de maneira corporativa. Este
processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente,
sendo que a mensuração e controle do risco de mercado são realizados de maneira centralizada e
independente. Este processo permitiu à Organização utilizar, desde janeiro de 2013, seus modelos
internos de risco de mercado, para a apuração da necessidade do capital regulamentar. O processo
de gerenciamento, aprovado pelo Conselho de Administração, é também revisado, no mínimo,
anualmente pelos Comitês e pelo próprio Conselho de Administração.
Definição de limites
As propostas de limites de risco de mercado são validadas em Comitês específicos referendadas
pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, e submetidas à aprovação do
Conselho de Administração, conforme as características dos negócios, que são segregados nas
seguintes carteiras:
Carteira Trading: composta por todas as operações realizadas com instrumentos financeiros,
inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros
instrumentos da própria carteira, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As
operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de
benefícios a partir de variação de preços, efetivos ou esperados, ou realização de arbitragem.
Bradesco
F - 49
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
A Carteira Trading é monitorada pelos limites de:




Value at Risk (VaR);
Estresse;
Resultado; e
Exposição Financeira/Concentração.
Carteira Banking: composta por operações não classificadas na Carteira Trading, provenientes dos
demais negócios da Organização e seus respectivos hedges.
Para a Carteira Banking é monitorado o limite de:

Risco de Taxa de Juros.
Modelos de mensuração do risco de mercado
A mensuração e o controle do risco de mercado são feitos por meio de metodologias de Estresse,
VaR, Economic Value of Equity (EVE) e Análise de Sensibilidade, além de limites de Gestão de
Resultados e de Exposição Financeira. O uso de diversas metodologias para a mensuração e
avaliação dos riscos é importante, pois elas são sempre complementares e seu uso combinado
permite a captura de diversos cenários e situações.
Carteiras Trading e Regulatória
Os riscos da Carteira Trading são controlados por Estresse e VaR. No caso do Estresse, que tem o
objetivo de quantificar o impacto negativo de choques e eventos econômicos, que sejam
desfavoráveis financeiramente às posições da Organização, a análise utiliza cenários de estresse
elaborados pela área de Risco de Mercado e pela área Econômica da Organização, a partir de
dados históricos e prospectivos para os fatores de risco em que a Organização esteja posicionada.
Para a apuração do VaR, é adotada a metodologia Delta-Normal, com nível de confiança de 99%,
sendo que o horizonte aplicado leva em consideração o número de dias necessários para se
desfazer das exposições existentes. A metodologia é aplicada às Carteiras Trading e Regulatória
(posições da Carteira Trading mais exposição em moeda estrangeira e commodities da Carteira
Banking). Cabe destacar que, para a mensuração de todos os fatores de risco da carteira de opções,
são aplicados os modelos de simulação histórica e o Delta-Gama-Vega, prevalecendo o mais
conservador entre os dois. Para apuração das volatilidades, correlações e retornos históricos é
adotada uma janela mínima de 252 dias úteis.
Para fins regulatórios, a necessidade de capital referente às ações da Carteira Banking, é realizada
por meio da avaliação do risco de crédito, conforme determinação do Banco Central do Brasil, ou
seja, não estão contempladas no cálculo de risco de mercado.
Risco de taxa de juros da Carteira Banking
A mensuração e o controle do risco de taxa de juros da Carteira Banking, são feitos a partir da
metodologia EVE, que mede o impacto econômico sobre as posições, de acordo com os cenários
elaborados pela área Econômica da Organização. Estes cenários buscam determinar movimentos
positivos e negativos que possam ocorrer nas curvas de taxas de juros e, consequentemente, afetar
nossas aplicações e captações.
A metodologia EVE consiste em re-apreçar a carteira sujeita à variação de taxas de juros levandose em consideração aumentos ou decréscimos nas taxas utilizadas para a apuração do valor
presente e o prazo total dos ativos e passivos. Assim, apura-se o valor econômico da carteira, tanto
com as taxas de juros de mercado na data da análise como com os cenários projetados para o
horizonte de um ano. A diferença entre os valores obtidos para a carteira será o EVE, ou seja, o
risco de taxa de juros atribuído à Carteira Banking.
Para a mensuração do risco de taxa de juros da Carteira Banking, não é utilizada a premissa de
liquidação antecipada de empréstimos, pois essa situação não é representativa diante do volume
F - 50
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
total de operações. Para os depósitos à vista e de poupança, que não possuem vencimento definido,
são realizados tratamentos para verificação dos seus comportamentos históricos, bem como a
possibilidade de manutenção dos mesmos. Dessa forma, após todas as deduções que incidem
sobre os depósitos à vista e de poupança, por exemplo, o compulsório mantido junto ao Banco
Central do Brasil, o saldo remanescente (recursos livres) é considerado de acordo com os fluxos de
vencimentos das operações ativas prefixadas.
Ressalta-se que as operações de seguros não estão expostos ao risco cambial significativo,
Apreçamento de Instrumentos Financeiros
Com o intuito de adotar as melhores práticas de mercado relacionadas à apuração do valor de
mercado dos instrumentos financeiros, o Comitê Executivo de Gestão de Riscos de Mercado e
Liquidez (CEGRIMEL) instituiu a Comissão de Marcação a Mercado (CMM), que é responsável pela
aprovação ou encaminhamento ao CEGRIMEL dos modelos de marcação a mercado. A CMM é
formada por representantes das áreas de negócios, back-offices e riscos, cabendo à área de riscos
a coordenação da Comissão e a submissão dos assuntos avaliados ao CEGRIMEL para reporte ou
aprovação, conforme o caso.
Sempre que possível adotam-se preços e taxas das Bolsas de Valores, Mercadorias e Futuros e
Mercados Secundários. Na impossibilidade de encontrar tais referências de mercado, são utilizados
preços disponibilizados por outras fontes (por exemplo: Bloomberg, Reuters e Corretoras). Como
última opção, são adotados modelos proprietários para apreçamento dos instrumentos, que também
seguem o mesmo procedimento de aprovação da CMM e são submetidos aos processos de
validação e avaliação da Organização.
Os critérios de marcação a mercado são revisados periodicamente, conforme processo de
governança, podendo sofrer modificações em decorrência de alterações nas condições de mercado,
da criação de novas classes de instrumentos, do estabelecimento de novas fontes de dados ou do
desenvolvimento de modelos considerados mais adequados.
Os instrumentos financeiros para serem incluídos na Carteira Trading devem ser aprovados no
Comitê Executivo de Tesouraria ou de Produtos e Serviços e ter os seus critérios de apreçamento
definidos pela CMM.
A Organização adota os seguintes princípios para o processo de marcação a mercado:
•
•
•
•
•
Comprometimento: a Organização empenha-se em garantir que os preços utilizados reflitam o
valor de mercado das operações. Na ausência de fonte de informações, o Bradesco pratica os
melhores esforços para estimar o valor de mercado dos instrumentos financeiros;
Frequência: os critérios de marcação a mercado formalizados são aplicados diariamente;
Formalismo: a CMM é responsável por assegurar a qualidade metodológica e a formalização dos
critérios de marcação a mercado;
Consistência: o processo de coleta e aplicação dos preços é realizado de maneira consistente,
garantindo sua uniformidade na Organização; e
Transparência: assegurar que a metodologia seja acessível às áreas de Auditoria Interna e
Externa, Validação Independente de Modelos e Órgãos Reguladores.
Em dezembro de 2014, o Banco Central do Brasil publicou a Resolução no 4.389/14 do Conselho
Monetário Nacional, que altera a Resolução no 4.277/13 do Conselho Monetário Nacional. Estas
resoluções estabelecem procedimentos mínimos a serem observados no processo de apreçamento
de instrumentos financeiros avaliados pelo valor de mercado e diretrizes para aplicação de ajustes
prudenciais para tais instrumentos. Conforme procedimentos destacados nos parágrafos anteriores,
o Bradesco já está alinhado às diretrizes dessas resoluções, inclusive com aplicação dos devidos
ajustes prudenciais, previstos pela regulação.
Bradesco
F - 51
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Validação Independente de Modelos de Riscos
O Bradesco utiliza modelos para gerir e mensurar riscos e capital, desenvolvidos a partir de teorias
estatísticas, econômicas, financeiras, matemáticas ou conhecimento de especialistas, que apoiam
e facilitam a estruturação de assuntos críticos e propiciam padronização e agilidade das decisões.
Para identificar, mitigar e controlar os riscos dos modelos, representados por potenciais consequências
adversas oriundas de decisões baseadas em modelos incorretos ou obsoletos, há o processo de validação
independente, cujo principal objetivo é verificar se os modelos funcionam conforme os objetivos
previstos, assim como se seus resultados estão adequados para os usos aos quais se destinam.
Essa validação ocorre mediante a aplicação de um rigoroso programa de provas, que abordam
aspectos de adequação dos processos, governança e construção dos modelos e suas premissas,
sendo os resultados reportados aos gestores, à Auditoria Interna, aos Comitês de Controles Internos
e Compliance e de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital.
Para tanto, são executadas atividades que permitam desenvolver e, constantemente, aprimorar os
testes contidos no programa de provas. Os testes dos programas de provas são específicos para
cada tipo de modelo e são classificados em seis dimensões, agrupados em qualitativos e
quantitativos:
 Qualitativos
-
-
Âmbito do Modelo: escopo de aplicação do modelo, que engloba o objetivo ao qual se destina o
tipo de risco tratado, empresas expostas a este tipo de risco, carteiras, produtos, segmentos,
canais, etc.;
Aplicabilidade do Modelo: engloba a definição, razoabilidade na utilização dos fatores do modelo,
o fluxo e a tempestividade das informações para a tomada de decisões; e
Ambiente Tecnológico e Consistência dos Dados: estrutura de sistemas e controles envolvidos
nos cálculos executados pelo modelo e o processo no qual o modelo encontra-se inserido.
Engloba também a consistência dos dados, considerando as funcionalidades de controles de
versão e de acesso, backup, rastreabilidade, alterações de parâmetros, qualidade dos dados,
contingência de sistemas e controles automatizados.
 Quantitativos
-
-
-
Sistema de Mensuração: procedimento de mensuração do risco, englobando a definição,
aplicação e validação interna do método, composto por metodologia, premissas, parâmetros,
rotina de cálculo, dados de entrada e resultados;
Teste de Estresse: procedimento de mensuração para quantificar as variações nos valores
estimados pelo modelo ao utilizar cenários extremos, históricos e prospectivos plausíveis para
as variáveis que o afetam; e
Backtesting: procedimento estatístico utilizado para avaliar a aderência do modelo através da
comparação dos valores estimados pelo modelo e os valores observados ao longo de um período
previamente definido. Engloba aspectos metodológicos, de formalização e utilização para o
aprimoramento do modelo.
A responsabilidade e a execução do processo de validação independente, que trata da análise e
avaliação dos modelos, é da Área de Validação Independente de Modelos – AVIM, a qual utiliza
estruturas já implantadas e sedimentadas na Organização, com o objetivo de se evitar a
sobreposição de funções.
Controle e acompanhamento
O risco de mercado é controlado e acompanhado por área independente, o Departamento de
Controle Integrado de Riscos, que diariamente calcula o risco das posições em aberto, consolida os
resultados e realiza os reportes determinados pelo processo de governança existente.
Além dos reportes diários, as posições da Carteira Trading são semanalmente discutidas no Comitê
Executivo de Tesouraria e as posições da Carteira Banking e os reportes de liquidez são tratados
quinzenalmente no Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão de Ativos e Passivos. Em ambos
F - 52
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
os fóruns, os resultados e os riscos são avaliados e as estratégias são debatidas. Tanto o processo
de governança como os limites existentes são validados pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos
e Alocação de Capital e submetidos para aprovação do Conselho de Administração, sendo os
mesmos revisados ao menos uma vez por ano.
No caso de rompimento de qualquer limite, a administração da área de negócio responsável pela
posição é informada do consumo do limite e tempestivamente o Comitê de Gestão Integrada de
Riscos e Alocação de Capital é convocado para a tomada de decisão. Na situação em que o Comitê
decida pelo aumento do limite, alteração ou manutenção das posições, o Conselho de
Administração é convocado para aprovação do novo limite ou revisão da estratégia de posição.
Comunicação interna
A área de risco de mercado disponibiliza relatórios gerenciais diários de controle das posições às
áreas de negócio e à Alta Administração, além de reporte semanal e apresentações periódicas ao
Conselho de Administração.
Os reportes são realizados de acordo com um sistema de alertas, que determina os destinatários
dos relatórios de risco conforme o percentual de utilização dos limites estabelecidos. Assim, quanto
maior o consumo do limite de risco, mais membros da Alta Administração recebem os relatórios.
Hedge e utilização de derivativos
Com o objetivo de padronizar a utilização de instrumentos financeiros destinados para hedge das
operações e uso de derivativos pelo Departamento de Tesouraria, a Organização elaborou normas
específicas, que foram aprovadas pelos comitês competentes.
As operações de hedge executadas pelo Departamento de Tesouraria do Bradesco devem,
necessariamente, cancelar ou mitigar os riscos de descasamentos de quantidades, prazos, moedas
ou indexadores das posições dos livros da Tesouraria, sendo utilizados, para tanto, os ativos e
derivativos autorizados para negociação, em cada um dos seus livros, com o objetivo de:
 Controlar e enquadrar as operações, respeitando-se os limites de exposição e de riscos vigentes;
 Alterar, modificar ou reverter posições em função de mudanças de mercado e de estratégias
operacionais; e
 Reduzir ou mitigar exposições de operações em mercados inoperantes, em condições de estresse
ou de baixa liquidez.
Hedge contábil de risco de mercado
O Bradesco constituiu hedge de risco de mercado, utilizando-se contratos futuros, que geraram
R$ 1.406.154 mil, com o objetivo de proteção dos efeitos da variação cambial do compromisso firme,
relativo ao contrato de compra e venda de ações (Nota 43(1)), que produziram um ajuste a valor de
mercado de (R$ 1.761.964 mil). O efeito destas operações registrado em instrumentos financeiros
derivativos em despesa é de R$ 355.810 mil.
Derivativos padronizados e de uso contínuo
O Departamento de Tesouraria do Bradesco pode utilizar derivativos padronizados (negociados em
bolsa) e os de uso contínuo (negociados em balcão) com a finalidade de obtenção de resultados e
também com a finalidade de construção de hedges. Classificam-se como derivativos de uso
contínuo, aqueles habituais de mercado negociados em balcão, tais como swaps vanilla (taxas de
juros, moedas, CDS – Credit Default Swap, entre outros), operações a termo (moedas, por exemplo),
opções vanilla (moeda, Índice Bovespa), entre outros. Já os derivativos não padronizados, que não
estão classificados como de uso contínuo ou as operações estruturadas tem o seu uso condicionado
à autorização do comitê competente.
Bradesco
F - 53
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Evolução da exposição
Nesta seção, apresentamos a evolução da exposição financeira, o VaR calculado pelo modelo
interno e o seu backtesting e a análise de estresse.
Exposição financeira – Carteira Trading
R$ mil
Fatores de Riscos
31 de dezembro
2015
Ativo
Prefixado
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) / IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
Cupom cambial
Moedas estrangeiras
Renda variável
Soberanos/eurobonds e treasuries
Outros
Total
2014
Passivo
48.582.147
Ativo
Passivo
3.260.337
45.180.176
84.966.113
3.385.148
3.225.568
10.132.364
3.943.431
1.577.228
1.429.773
7.558.990
5.179.851
12.304.611
12.257.907
19.449.097
20.028.084
-
-
296.396
1.022
10.907.639
6.095.598
12.055.852
9.473.734
320.877
3.264
606.845
53.738
77.077.650
26.272.447
95.279.720
123.645.973
VaR Modelo Interno – Carteira Trading
O VaR para o horizonte de 1 dia e líquido de efeitos fiscais, no final de dezembro de 2015, da
Carteira Trading foi de R$ 18.016 mil, tendo o fator de risco prefixado como a maior participação no
risco da Carteira.
R$ mil
Fatores de Riscos
31 de dezembro
2015
Prefixado
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) / IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo)
Cupom cambial
Moedas estrangeiras
Renda variável
2014
16.514
20.368
524
10.495
1.117
6.048
937
8.640
-
3.737
6.468
5.526
30
1.995
Efeito correlação/diversificação
(7.574)
(20.260)
VaR no final do ano
18.016
36.549
VaR médio no ano
21.450
36.356
Soberanos/eurobonds e treasuries
Outros
VaR mínimo no ano
4.878
16.090
VaR máximo no ano
64.538
56.896
Obs.: VaR com horizonte de 1 dia e líquido de efeitos fiscais.
VaR Modelo Interno – Carteira Regulatória
A Organização Bradesco foi a primeira instituição financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil
a utilizar, desde janeiro de 2013, seus modelos internos de risco de mercado, que já eram utilizados
na sua gestão, na apuração da necessidade do capital regulamentar(1) para todos os fatores de risco
e empresas da Organização. Esse capital é calculado com base na Carteira Regulatória, que
engloba a Carteira Trading a Exposição Cambial e em Commodities da Carteira Banking, através
do modelo VaR Delta-Normal. Adicionalmente, para a mensuração de todos os fatores de risco da
(1)
Para fins de apuração da parcela de Risco de Mercado, a necessidade de capital será o máximo entre o modelo interno e 80% do
modelo padrão, conforme Circulares 3.646/13 e 3.674/13 do Banco Central do Brasil.
F - 54
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
carteira de opções, são aplicados os modelos de simulação histórica e o Delta-Gama-Vega,
prevalecendo o mais conservador entre os dois. Cabe destacar que, o valor em risco é extrapolado
para o horizonte regulatório(1) (mínimo de dez dias) pelo método da raiz do tempo. Os valores de
VaR e VaR Estressado demonstrados a seguir são para o horizonte de dez dias e estão líquidos de
efeitos fiscais.
R$ mil
31 de dezembro
Fatores de Riscos
2015
2014
VaR
Estressado
VaR
VaR
VaR
Estressado
Taxa de Juros
55.695
110.807
96.136
211.451
Taxa de Câmbio
48.914
70.643
60.771
102.805
3.099
7.209
2.103
3.836
-
-
15.821
16.706
(17.398)
(10.732)
(40.471)
(53.131)
90.310
177.927
134.360
281.667
VaR médio no ano
100.250
179.591
142.015
271.875
VaR mínimo no ano
26.434
72.814
55.350
146.052
VaR máximo no ano
312.386
378.198
201.431
346.826
Preço de Mercadoria (Commodities)
Preço de Ações
Efeito Correlação/Diversificação
VaR no final do ano
Obs.: VaR para o horizonte de 10 dias e líquidos de efeitos fiscais.
Para efeito da apuração da necessidade de capital regulamentar, segundo o modelo interno, devese levar em consideração as regras descritas nas Circulares no 3.646/13 e 3.674/13 do Banco
Central do Brasil, como o uso do VaR e do VaR Estressado sem efeitos fiscais, da média dos últimos
60 dias e do multiplicador.
VaR Modelo Interno – Backtesting
A metodologia de risco aplicada é avaliada, continuamente, através de técnicas de backtesting, que
consistem na comparação do VaR com período de manutenção de 1 dia e o resultado hipotético,
obtido com as mesmas posições utilizadas no cálculo do VaR, e o resultado efetivo, aqui
considerando também a movimentação do dia para o qual o VaR foi estimado.
O principal objetivo deste acompanhamento é monitorar, validar e avaliar a aderência do modelo de
VaR, sendo que o número de rompimentos ocorridos deve ser compatível com o número de
rompimentos aceitos pelos testes estatísticos realizados para o nível de confiança estabelecido.
Outro objetivo é aprimorar os modelos utilizados pela Organização, através das análises realizadas
para diferentes períodos de observação e níveis de confiança do VaR, tanto para o VaR Total como
por fator de risco.
Os resultados diários correspondentes aos últimos 250 dias úteis, tanto hipotéticos quanto efetivos,
superaram o respectivo VaR com o nível de confiança de 99% em quatro vezes.
Os rompimentos ocorreram, principalmente, pelo aumento das volatilidades no mercado local,
gerado pelas incertezas em relação ao cumprimento da meta fiscal. De acordo com o documento
publicado pelo Basel Committee on Banking Supervision(2), os rompimentos seriam classificados
como “Má-sorte ou os mercados se moveram de forma não prevista pelo modelo”, ou seja, a
volatilidade foi, significativamente, maior do que o esperado e/ou as correlações foram diferentes
daquelas assumidas pelo modelo.
(1)
É adotado o máximo entre o período de manutenção (holding period) da carteira e 10 dias, que é o horizonte regulatório mínimo
exigido pelo Banco Central do Brasil; e
(2)
Supervisory Framework for the use “Backtesting” in Conjunction with the Internal Models Approach to Market Risk Capital
Requirements de janeiro de 1996.
Bradesco
F - 55
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Análise de Estresse – Carteira Trading
A Organização avalia, também, diariamente os possíveis impactos nas posições em cenários de
estresse para um horizonte de 20 dias úteis, com limite estabelecido no processo de governança.
Dessa forma, considerando o efeito de diversificação entre os fatores de risco e os valores líquidos
de efeitos fiscais, a possibilidade de perda média estimada em situação de estresse seria de
R$ 190.301 mil em 2015 (2014 – R$ 384.415 mil), sendo que a perda máxima estimada no ano foi
de R$ 397.795 mil (2014 – R$ 542.079 mil).
R$ mil
31 de dezembro
2015
2014
No final do ano
184.312
437.960
Médio no ano
190.301
384.415
Mínimo no ano
54.060
162.252
Máximo no ano
397.795
542.079
Obs.: Valores líquidos de efeitos fiscais.
Análise de Sensibilidade
A Carteira Trading, também, é acompanhada diariamente por análises de sensibilidade, que medem
o efeito dos movimentos das curvas de mercado e dos preços sobre nossas posições. Além disso,
é realizada, trimestralmente, análise de sensibilidade das exposições financeiras (Carteiras Trading
e Banking) da Organização, seguindo as determinações da Instrução CVM no 475/08.
Cabe ressaltar que, os impactos das exposições financeiras da Carteira Banking (notadamente nos
fatores taxa de juros e índices de preços), não necessariamente representam potencial prejuízo
contábil para a Organização. Isto ocorre porque parte das operações de crédito que estão na
Carteira Banking é financiada por depósitos à vista e/ou poupança, os quais são “hedge natural”
para eventuais oscilações de taxa de juros, bem como as oscilações de taxa de juros não
representam impacto material sobre o resultado da Instituição, uma vez que a intenção é manter as
operações de crédito até o seu vencimento. Além disso, em razão da nossa forte participação no
mercado de seguros e previdência, temos um volume expressivo em ativos, que são corrigidos por
índices de preços, vinculados às devidas provisões técnicas.
As análises de sensibilidade foram efetuadas a partir dos cenários elaborados para as respectivas
datas, sempre considerando as informações de mercado na época e cenários que afetariam
negativamente nossas posições, conforme os cenários abaixo:
Cenário 1: Com base nas informações de mercado (BM&FBOVESPA, Anbima, etc.), foram
aplicados choques de 1% de variação para preços e 1 ponto base para taxa de juros.
Por exemplo: para uma cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 4,00,
enquanto para uma taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário
de 15,88%;
Cenário 2: Foram determinados choques de 25% com base no mercado. Por exemplo: para uma
cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 4,96, enquanto para uma
taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário de 19,83%. Os
cenários para os demais fatores de risco, também, representaram choque de 25% nas
respectivas curvas ou preços; e
Cenário 3: Foram determinados choques de 50% com base no mercado. Por exemplo: para uma
cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 5,95, enquanto para uma
taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário de 23,80%. Os
cenários para os demais fatores de risco, também, representam choque de 50% nas
respectivas curvas ou preços.
F - 56
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Análise de Sensibilidade – Carteiras Trading e Banking
R$ mil
Carteira Trading e Banking (1)
31 de dezembro
1
Cupom cambial
Exposições sujeitas às variações de taxas de juros prefixadas e
cupom de taxas de juros
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de
preços
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas
estrangeiras
Moeda estrangeira
Exposições sujeitas à variação cambial
Taxa de juros em reais
2015
2014
Cenários
Cenários
2
3
1
2
3
(5.027)
(1.920.630)
(3.739.629)
(6.653)
(2.026.998)
(3.924.153)
(7.930)
(1.395.457)
(2.613.957)
(9.382)
(1.370.926)
(2.568.347)
(581)
(81.873)
(150.673)
(526)
(57.069)
(106.625)
(5.054)
(132.492)
(264.983)
(7.430)
(142.382)
(272.480)
(12.054)
(301.354)
(602.707)
(17.898)
(447.446)
(894.892)
(1.260)
(51.310)
(101.025)
(898)
(40.715)
(79.422)
(454)
(11.353)
(22.706)
(1.100)
(28.795)
(57.591)
Total sem correlação dos fatores de risco
(32.360)
(3.894.469)
(7.495.680)
(43.887)
(4.114.331)
(7.903.510)
Total com correlação dos fatores de risco
(1) Valores líquidos de efeitos fiscais.
(17.879)
(3.218.376)
(6.181.241)
(32.947)
(3.412.335)
(6.546.331)
Índices de preços
Renda variável
Exposições sujeitas à variação do preço de ações
Soberanos/ Eurobonds e Exposições sujeitas à variação da taxa de juros de papéis
negociados no mercado internacional
Treasuries
Outros
Exposições que não se enquadram nas definições anteriores
Bradesco
F - 57
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Demonstramos também a seguir, a análise de sensibilidade exclusivamente da Carteira Trading, que representa as exposições que poderão causar impactos
relevantes sobre o resultado da Organização, cabendo ressaltar que, os resultados apresentados revelam os impactos para cada cenário numa posição estática da
carteira. O dinamismo do mercado faz com que essas posições se alterem continuamente e não obrigatoriamente reflitam a posição aqui demonstrada. Além disso,
conforme comentado anteriormente, a Organização possui um processo de gestão contínua do risco de mercado, que procura, constantemente, pelo dinamismo do
mercado, formas de mitigar os riscos associados, de acordo com a estratégia determinada pela Alta Administração. Assim, em casos de sinais de deterioração de
determinada posição, ações proativas são tomadas para minimização de possíveis impactos negativos, visando maximizar a relação risco retorno para a Organização.
Análise de Sensibilidade – Carteira Trading
R$ mil
Carteira Trading (1)
31 de dezembro
1
Cupom cambial
Exposições sujeitas às variações de taxas de juros prefixadas e
cupom de taxas de juros
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de
preços
Exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas
estrangeiras
Moeda estrangeira
Exposições sujeitas à variação cambial
Renda variável
Soberanos/ Eurobonds e
Treasuries
Exposições sujeitas à variação do preço de ações
Exposições sujeitas à variação da taxa de juros de papéis
negociados no mercado internacional
Outros
Exposições que não se enquadram nas definições anteriores
Taxa de juros em reais
2015
2014
Cenários
Cenários
2
3
1
2
3
(867)
(321.946)
(627.934)
(1.171)
(366.067)
(712.658)
(53)
(8.834)
(16.217)
(569)
(80.643)
(157.231)
(30)
(1.312)
(2.592)
(435)
(47.993)
(89.385)
(276)
(6.898)
(13.796)
(3.418)
(85.185)
(170.367)
-
-
-
(651)
(16.264)
(32.529)
(530)
(7.281)
(14.747)
(574)
(29.250)
(56.730)
-
(2)
(3)
(1.121)
(27.687)
(55.374)
Total sem correlação dos fatores de risco
(1.756)
(346.273)
(675.289)
(7.939)
(653.089)
(1.274.274)
Total com correlação dos fatores de risco
(1) Valores líquidos de efeitos fiscais.
(1.357)
(333.171)
(649.489)
(5.250)
(434.142)
(843.678)
Índices de preços
F - 58
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
3.3. Risco de liquidez
O risco de liquidez é representado pela possibilidade da instituição não ser capaz de honrar
eficientemente suas obrigações, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas
significativas, bem como pela possibilidade da instituição não conseguir negociar a preço de
mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente
transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.
O conhecimento e o acompanhamento deste risco são cruciais, sobretudo para que a Organização
possa liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro.
Processo de gerenciamento do risco de liquidez
O processo de gerenciamento do risco de liquidez é realizado de maneira corporativa. Este processo
envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente, sendo que
a mensuração e o controle do risco de liquidez são realizados de maneira centralizada e
independente, contemplando o acompanhamento diário da composição dos recursos disponíveis, o
cumprimento do nível mínimo de liquidez e do plano de contingência para situações de estresse.
A Organização dispõe de uma Política de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez, aprovada pelo
Conselho de Administração, que tem como um de seus objetivos assegurar a existência de normas,
critérios e procedimentos que garantam à Organização o estabelecimento de Reserva Mínima de
Liquidez (RML), bem como a existência de estratégia e de planos de ação para situações de crise
de liquidez. A política e os controles estabelecidos atendem plenamente ao disposto pela Resolução
no 4.090/12 do Conselho Monetário Nacional.
Nos critérios e procedimentos aprovados, é determinada a reserva mínima de liquidez a ser mantida
diariamente e os tipos de ativos elegíveis para composição dos recursos disponíveis. Além disso,
são estabelecidos os instrumentos para gestão da liquidez em cenário normal e em cenário de crise
e as estratégias de atuação a serem seguidas em cada caso.
Controle e acompanhamento
A gestão do risco de liquidez é realizada pelo Departamento de Tesouraria do Bradesco, com base
nas posições disponibilizadas pela área de back-office, que tem por responsabilidade fornecer as
informações necessárias para gestão e acompanhamento do cumprimento dos limites
estabelecidos. Já o Departamento de Controle Integrado de Riscos é responsável pela metodologia
de mensuração da reserva mínima de liquidez, controle dos limites estabelecidos por tipo de moeda
e empresa (inclusive para as não financeiras), revisão de políticas, normas, critérios e
procedimentos e realização de estudos para as novas recomendações.
O risco de liquidez é acompanhado nas reuniões do Comitê Executivo de Tesouraria para a Gestão
de Ativos e Passivos, que acompanha as reservas de liquidez, com descasamentos de prazos e
moedas. Adicionalmente, o acompanhamento também é feito pelo Comitê de Gestão Integrada de
Riscos e Alocação de Capital e pelo Conselho de Administração.
Além da metodologia interna de controle e acompanhamento, a partir de outubro de 2015, a
Organização passou a mensurar e reportar ao Banco Central do Brasil o indicador de Liquidez de
Curto Prazo (LCR), conforme prevê a Resolução no 4.401/15 do Conselho Monetário Nacional e a
Circular no 3.749/15 do Banco Central do Brasil.
Bradesco
F - 59
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Comunicação interna
No processo de gerenciamento de risco de liquidez são distribuídos diariamente relatórios às áreas
envolvidas na gestão e no controle, bem como à Alta Administração. Faz parte deste processo
diversos instrumentos de análises, que são utilizados no monitoramento da liquidez, tais como:
 Distribuição diária dos instrumentos de controle da liquidez;
 Atualização automática intra-day dos relatórios de liquidez para a adequada gestão do
Departamento de Tesouraria;
 Elaboração de relatórios com as movimentações passadas e futuras, com base em cenários;
 Verificação diária do cumprimento do nível mínimo de liquidez; e
 Relatórios semanais para a Alta Administração, com o comportamento e as expectativas
referentes à situação da liquidez.
O processo de gerenciamento de risco de liquidez conta com um sistema de alertas, que determina
o nível adequado de reporte dos relatórios de risco, de acordo com o percentual de utilização dos
limites estabelecidos. Desta forma, quanto menor a reserva de liquidez em relação ao nível mínimo
necessário para situações de estresse, maiores níveis da Alta Administração recebem os relatórios.
Fluxos de caixa não descontados para passivos financeiros
A tabela a seguir apresenta os fluxos de caixa a pagar, de acordo com os passivos financeiros não
derivativos, descritos pelo prazo de vencimento contratual remanescente até a data do balanço
patrimonial. Os valores divulgados nesta tabela representam os fluxos de caixa contratuais não
descontados.
R$ mil
Recursos de instituições
financeiras
Recursos de clientes
Recursos de emissão de
títulos
Dívidas subordinadas
Outros passivos
financeiros (1)
Total do passivo
31 de dezembro de 2015
De 3 meses
De 1 a 5
a 1 ano
anos
Até 1 mês
De 1 a 3
meses
Mais de
5 aos
150.331.118
20.291.509
71.326.932
65.961.025
7.919.945
315.830.529
130.723.632
5.248.961
17.115.696
56.442.974
-
209.531.263
5.656.769
5.745.925
44.293.275
91.813.081
1.362.297
148.871.347
1.326
393
220.054
34.278.197
28.955.215
63.455.185
Total
33.004.342
2.704.788
6.198.291
3.669.150
4.593.310
50.169.881
319.717.187
33.991.576
139.154.248
252.164.427
42.830.767
787.858.205
R$ mil
Recursos de instituições
financeiras
Recursos de clientes
Recursos de emissão de
títulos
Dívidas subordinadas
Outros passivos
financeiros (1)
31 de dezembro de 2014
De 3 meses
De 1 a 5
a 1 ano
anos
Até 1 mês
De 1 a 3
meses
Mais de
5 aos
156.597.215
12.476.450
61.952.803
63.523.273
6.008.538
300.558.279
139.924.613
11.547.029
14.673.694
55.221.182
268.807
221.635.325
3.627.093
7.153.234
38.964.220
53.581.427
3.097.228
106.423.202
330.835
40.805
2.882.799
37.186.527
12.149.375
52.590.341
31.269.551
2.590.313
5.460.287
404.715
-
39.724.866
Total
Total do passivo
331.749.307
33.807.831
123.933.803
209.917.124
21.523.948
720.932.013
(1) Iinclui, basicamente, operações de cartões de crédito, operações de câmbio, negociação e intermediação de valores,
leasing financeiro e planos de capitalização.
Os ativos disponíveis para cumprir todas as obrigações e cobrir os compromissos em aberto incluem
caixa e equivalentes de caixa, ativos financeiros, empréstimos e adiantamentos. A Administração
também poderia cobrir saídas de caixa inesperadas vendendo títulos e acessando fontes de
recursos adicionais, tais como mercados lastreados em ativos.
F - 60
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
A tabela anterior mostra os fluxos de caixa contratuais não descontados referentes aos passivos
financeiros da Organização. Os fluxos de caixa que a Organização estima para esses instrumentos
variam significativamente em relação a essa análise. Por exemplo, espera-se que depósitos à vista
de clientes mantenham saldo estável ou crescente, e não se espera que esses depósitos serão
sacados imediatamente.
As saídas brutas apresentadas na tabela anterior referem-se aos fluxos de caixa não descontados
contratuais relacionado ao passivo financeiro.
Na Organização, a administração do risco de liquidez envolve um conjunto de controles,
principalmente, no que diz respeito ao estabelecimento de limites técnicos, com permanente
avaliação das posições assumidas e dos instrumentos financeiros utilizados.
Fluxos de caixa não descontados para derivativos
Todos os derivativos da Organização são liquidados pelo valor líquido, que incluem:
 derivativos cambiais - opções de moeda de mercado de balcão, futuros de moeda, opções de
moeda negociadas em bolsa; e
 derivativos de taxas de juros - swaps de taxas de juros, contratos com taxas futuras, opções de
taxas de juros, outros contratos de taxas de juros, contratos de futuros de taxas de juros
negociados em bolsa e opções de taxas de juros negociadas em bolsa.
A tabela a seguir analisa os passivos financeiros derivativos, que serão liquidados pelo valor líquido,
agrupados com base no período remanescente desde a data da apresentação até o seu respectivo
vencimento. Os valores divulgados na tabela representam fluxos de caixa não descontados.
R$ mil
Até 1 mês
31 de dezembro de 2015
De 3 meses
De 1 a 5
a 1 ano
anos
De 1 a 3
meses
Mais de
5 anos
Total
Diferencial de swap a
pagar
6.095.945
590.439
1.212.280
7.920.786
456.162
16.275.612
Termo de moedas
2.737.511
195.041
378.029
36.575
-
3.347.156
18.744
14.313
13.738
708
-
47.503
2.718.767
180.728
364.291
35.867
-
3.299.653
11.614
31.967
55.803
21.551
-
120.935
20.614
-
-
-
-
20.614
8.865.684
817.447
1.646.112
7.978.912
456.162
19.764.317
• Comprado
• Vendido
Prêmio de opções
lançadas
Ajuste a pagar - futuro
Total de derivativos
passivos
R$ mil
Até 1 mês
31 de dezembro de 2014
De 3 meses
De 1 a 5
a 1 ano
anos
De 1 a 3
meses
Mais de
5 anos
Total
Diferencial de swap a
pagar
346.649
115.965
447.568
1.722.738
438.477
3.071.397
Termo de moedas
820.776
83.641
79.565
34.450
-
1.018.432
• Comprado
• Vendido
448.725
3.609
6.546
2.028
-
460.908
372.051
80.032
73.019
32.422
-
557.524
Prêmio de opções
lançadas
133.098
-
-
-
-
133.098
36.761
-
-
-
-
36.761
1.337.284
199.606
527.133
1.757.188
438.477
4.259.688
Ajuste a pagar - futuro
Total de derivativos
passivos
Balanço patrimonial por prazos
Bradesco
F - 61
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
As tabelas a seguir demonstram os ativos e os passivos financeiros da Organização, segregados
por prazo e utilizados para a gestão de riscos de liquidez, de acordo com os vencimentos contratuais
remanescentes na data das demonstrações contábeis:
R$ thousand
31 de dezembro de 2015
Circulante
1 a 30
dias
Ativo
Caixa e disponibilidades
em bancos
Ativos financeiros para
negociação
Ativos financeiros
disponíveis para venda
Investimentos mantidos
até o vencimento
181 a 360
dias
1a5
anos
Prazo
indeterminado
Acima de
5 anos
-
-
-
-
3.612.532
44.910.148
65.668.238
17.239.116
5.845.695
22.347.720 159.623.449
15.492.144
14.989.348
14.699.465
37.119.401
26.071.346
9.323.746 117.695.450
1.614
310
1.080
4.692.585
35.307.971
-
Ativos cedidos em garantia 117.735.013
Empréstimos e
adiantamentos a
instituições financeiras
25.966.200
Empréstimos e
adiantamentos a clientes 48.849.077
4.664.281
535.117
7.948.870
13.606.640
- 144.489.921
5.125.023
2.631.802
1.893.758
3.627
49.906.092 128.028.009
36.469.795
(1)
Passivo
Recursos de instituições
financeiras
(2)
Recursos de clientes
Passivos financeiros para
negociação
Recursos de emissão de
títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de
seguros e previdência
Outros passivos
financeiros (3)
Total dos passivos
financeiros
(2)
21.155.622
81.615.491
359.485
377.601
9.690.087
1.246.693
304.903.966 151.664.086 133.819.395 206.611.826 118.551.767
-
Total
72.091.764
Outros ativos financeiros
Total dos ativos
financeiros
F - 62
31 a 180
dias
Não circulante
-
72.091.764
40.003.560
35.620.410
- 344.868.464
-
32.829.488
31.671.466 947.222.506
149.715.213
65.563.266
20.681.344
51.391.187
6.552.381
- 293.903.391
130.851.646
11.850.391
9.485.648
42.322.415
-
- 194.510.100
18.666.928
381.846
198.067
98.888
-
-
4.620.768
20.161.644
28.486.433
55.534.303
1.046.899
275.151
3.078
189.632
26.809.456
23.005.619
141.710.109
2.787.753
940.009
25.503.069
-
33.004.342
6.707.561
2.195.518
3.669.150
4.593.310
62.176.651 205.328.468
35.198.209
478.844.157 107.455.539
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
19.345.729
- 109.850.047
-
50.282.936
- 170.940.940
-
50.169.881
- 889.003.024
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
R$ mil
31 de dezembro de 2014
Circulante
1 a 30
dias
Ativo
Caixa e disponibilidades
em bancos
Ativos financeiros para
negociação
Ativos financeiros
disponíveis para venda
Investimentos mantidos
até o vencimento
Não circulante
31 a 180
dias
181 a 360
dias
1a5
anos
Prazo
indeterminado
Acima de
5 anos
Total
65.430.300
-
-
-
-
-
65.430.300
12.528.462
10.329.874
3.821.167
27.391.862
10.116.311
14.310.635
78.498.311
48.622.441
2.805.961
1.094.808
20.491.801
42.117.479
251.847
-
-
2.957.798
21.861.386
Ativos cedidos em garantia 134.356.223
Empréstimos e
adiantamentos a
instituições financeiras
59.578.452
Empréstimos e
adiantamentos a clientes
42.439.356
2.348.240
44.883
8.554.067
7.309.276
5.994.985
1.922.751
5.478.431
-
52.377.146 128.976.162
24.929.727
79.341.613
Outros ativos financeiros (1) 18.835.255
178.155
Total dos ativos
financeiros
382.042.336 100.998.828
59.386.795 201.761.121 107.029.604
Passivo
Recursos de instituições
financeiras
Recursos de clientes (2)
Passivos financeiros para
negociação
Recursos de emissão de
títulos
Dívidas subordinadas
Provisões técnicas de
seguros e previdência
Outros passivos
financeiros (3)
Total dos passivos
financeiros
(2)
126.040
7.911.000
695.425
5.829.244 120.961.734
-
25.071.031
- 152.612.689
-
72.974.619
- 328.064.004
-
27.745.875
20.139.879 871.358.563
156.090.148
51.898.510
18.295.238
48.706.320
4.950.011
- 279.940.227
140.005.267
19.522.530
5.655.603
44.848.105
-
- 210.031.505
1.587.956
336.416
247.455
910.999
232.747
-
3.315.573
3.193.907
25.211.737
18.296.364
36.970.980
1.357.411
-
85.030.399
182.774
773.767
1.905.575
23.771.494
9.188.056
-
35.821.666
119.595.531
2.731.627
887.115
23.344.947
-
- 146.559.220
31.269.551
5.571.072
2.479.528
404.715
-
-
47.766.878 178.957.560
15.728.225
451.925.134 106.045.659
39.724.866
- 800.423.456
(1) Inclui, basicamente, operações de câmbio, devedores por depósitos em garantia e negociação e intermediação de
valores;
(2) Os depósitos à vista, de poupança e as provisões técnicas de seguros e previdência, representadas por produtos “VGBL”
e “PGBL”, estão classificados no prazo de 1 a 30 dias, sem considerar a média histórica do giro; e
(3) Inclui, basicamente, operações de cartões de crédito, operações de câmbio, negociação e intermediação de valores,
leasing financeiro e planos de capitalização.
Bradesco
F - 63
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
As tabelas a seguir demonstram os ativos e os passivos da Organização, segregados em circulante
e não circulante, de acordo com os vencimentos contratuais remanescentes, na data das
demonstrações contábeis:
R$ mil
31 de dezembro de 2015
Circulante
Não circulante
Total
Ativo
Total dos ativos financeiros
Ativos não correntes mantidos para venda
477.347.690
469.874.816
947.222.506
1.247.106
-
1.247.106
Investimentos em coligadas
-
5.815.325
5.815.325
Imobilizado de uso
-
5.504.435
5.504.435
Ativos intangíveis e ágio
Impostos a compensar
-
7.409.635
7.409.635
2.497.111
4.320.316
6.817.427
-
45.397.879
45.397.879
4.896.521
2.392.688
7.289.209
Impostos diferidos
Outros ativos
Total dos ativos não financeiros
Total do ativo
8.640.738
70.840.278
79.481.016
485.988.428
540.715.094
1.026.703.522
Passivo
Total dos passivos financeiros
648.476.347
240.526.677
889.003.024
Outras provisões
1.199.443
14.164.874
15.364.317
Impostos correntes
2.781.104
-
2.781.104
-
772.138
772.138
Outros passivos
27.197.846
670.331
27.868.177
Total dos passivos não financeiros
31.178.393
15.607.343
46.785.736
-
90.914.762
90.914.762
679.654.740
347.048.782
1.026.703.522
Impostos diferidos
Total do patrimônio líquido
Total do passivo e patrimônio líquido
R$ mil
31 de dezembro de 2014
Circulante
Não circulante
Total
Ativo
Total dos ativos financeiros
542.427.959
328.930.604
871.358.563
1.006.461
-
1.006.461
Investimentos em coligadas
-
3.983.780
3.983.780
Imobilizado de uso
-
4.700.518
4.700.518
Ativos intangíveis e ágio
-
7.529.915
7.529.915
Ativos não correntes mantidos para venda
Impostos a compensar
Impostos diferidos
2.406.727
3.723.464
6.130.191
-
28.388.183
28.388.183
Outros ativos
4.485.318
2.868.087
7.353.405
Total dos ativos não financeiros
7.898.506
51.193.947
59.092.453
550.326.465
380.124.551
930.451.016
Total do ativo
Passivo
Total dos passivos financeiros
605.737.671
194.685.785
800.423.456
Outras provisões
5.589.526
8.274.875
13.864.401
Impostos correntes
3.602.333
-
3.602.333
-
808.178
808.178
Outros passivos
29.080.272
380.571
29.460.843
Total dos passivos não financeiros
38.272.131
9.463.624
47.735.755
-
82.291.805
82.291.805
644.009.802
286.441.214
930.451.016
Impostos diferidos
Total do patrimônio líquido
Total do passivo e patrimônio líquido
F - 64
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
3.4. Valor justo de ativos e passivos financeiros
A Organização aplica a IFRS 13 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial
pelo valor justo, o que requer a divulgação das mensurações do valor justo de acordo com os
seguintes níveis hierárquicos de mensuração pelo valor justo:
 Nível 1
Preços cotados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. Ativos e passivos de Nível
1 incluem títulos de dívida e patrimoniais e contratos de derivativos, que são negociados em um
mercado ativo, assim como títulos públicos brasileiros, que são altamente líquidos e ativamente
negociados em mercados de balcão.
 Nível 2
Dados observáveis, que não os preços de Nível 1, tais como preços cotados para ativos ou
passivos similares; preços cotados em mercados não ativos; ou outros dados que são
observáveis no mercado ou que possam ser confirmados por dados observáveis de mercado
para, substancialmente, todo o prazo dos ativos ou passivos. Os ativos e passivos de Nível 2
incluem contratos de derivativos, cujo valor é determinado usando um modelo de precificação
com dados, que são observáveis no mercado ou que possam ser deduzidos, principalmente, de
ou ser confirmados por, dados observáveis de mercado, incluindo mas não limitados a curvas de
rendimento, taxas de juros, volatilidades, preços de títulos de dívida e patrimoniais e taxas de
câmbio.
 Nível 3
Dados não observáveis, que são suportados por pouca ou nenhuma atividade de mercado e que
sejam significativos ao valor justo dos ativos ou passivos. Os ativos e passivos de Nível 3,
geralmente, incluem instrumentos financeiros, cujo valor é determinado usando modelos de
precificação, metodologias de fluxo de caixa descontado, ou técnicas similares, assim como
instrumentos para os quais a determinação do valor justo requer julgamento ou estimativa
significativos da Administração. Esta categoria, geralmente, inclui certos títulos emitidos por
instituições financeiras e empresas não financeiras e certos contratos de derivativos.
A marcação a mercado dos títulos os quais não apresentam fonte pública, consistente e regular
de divulgação, o Bradesco utiliza os modelos definidos pela CMM e disponibilizado através do
manual de marcação a mercado para cada modalidade de título. Por meio de métodos e modelos
matemáticos-financeiros, os quais capturaram os efeitos e variações nos preços dos ativos
objetos da marcação a mercado ou de similares, o Bradesco é capaz de apurar de forma clara e
consistente seu valor justo dos ativos e passivos de Nível 3.
Bradesco
F - 65
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
A tabela a seguir apresenta a composição dos ativos e passivos financeiros mensurados a valor
justo, classificados pelos níveis hierárquicos:
R$ mil
31 de dezembro de 2015
Nível 1
Títulos públicos brasileiros
Títulos e ações emitidos por empresas não financeiras
Títulos emitidos por instituições financeiras
Aplicações em quotas de fundos
Títulos públicos de governos estrangeiros
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Títulos para negociação
Instrumentos financeiros derivativos (ativos)
Instrumentos financeiros derivativos (passivos)
Nível 3
Valor Justo
2.808.135
150
93.833.116
2.726
7.462.571
209.060
7.674.357
602.526
14.720.225
-
15.322.751
21.711.385
-
-
21.711.385
784.507
-
-
784.507
1.426.416
-
-
1.426.416
115.552.391
24.990.931
209.210
140.752.532
77.357
18.793.525
35
18.870.917
-
(19.325.312)
(20.417)
(19.345.729)
77.357
(531.787)
(20.382)
(474.812)
66.150.482
-
65.370
66.215.852
Títulos emitidos por empresas não financeiras
4.460.456
29.657.956
1.643.401
35.761.813
Títulos emitidos por instituições financeiras
3.449.165
1.193.879
-
4.643.044
Derivativos
Títulos públicos brasileiros
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Títulos públicos de governos estrangeiros
Ações de companhias abertas e outras ações
4.791
-
-
4.791
1.746.204
-
-
1.746.204
2.293.172
2.654.155
4.376.419
9.323.746
Títulos disponíveis para venda
78.104.270
33.505.990
6.085.190
117.695.450
Títulos públicos brasileiros
29.158.113
-
-
29.158.113
Títulos emitidos por empresas não financeiras
2.488.929
-
-
2.488.929
Títulos emitidos por instituições financeiras
1.817.967
-
-
1.817.967
Ativos cedidos em garantia
Total
F - 66
Nível 2
91.024.831
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
33.465.009
-
-
33.465.009
227.199.027
57.965.134
6.274.018
291.438.179
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
R$ mil
31 de dezembro de 2014
Nível 1
Títulos públicos brasileiros
Títulos e ações emitidos por empresas não financeiras
33.361.270
Nível 2
Nível 3
1.653.447
Valor Justo
189
35.014.906
6.140.460
-
4.192.257
10.332.717
Títulos emitidos por instituições financeiras
12.021.814
-
3.883.495
15.905.309
Aplicações em quotas de fundos
12.336.964
-
-
12.336.964
68.397
-
-
68.397
Títulos públicos de governos estrangeiros
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Títulos para negociação
418.561
-
-
418.561
64.347.466
1.653.447
8.075.941
74.076.854
Instrumentos financeiros derivativos (ativos)
1.682.609
2.738.848
-
4.421.457
Instrumentos financeiros derivativos (passivos)
(133.004)
(3.182.569)
-
(3.315.573)
Derivativos
1.549.605
(443.721)
-
1.105.884
Títulos públicos brasileiros
70.075.922
-
73.115
70.149.037
Títulos emitidos por empresas não financeiras
1.849.728
-
39.517.045
41.366.773
Títulos emitidos por instituições financeiras
2.227.430
-
1.127.349
3.354.779
261.901
-
-
261.901
Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior
Ações de companhias abertas e outras ações
5.642.776
-
186.468
5.829.244
80.057.757
-
40.903.977
120.961.734
Títulos públicos brasileiros
8.352.929
-
-
8.352.929
Títulos emitidos por empresas não financeiras
3.661.955
-
-
3.661.955
Títulos emitidos por instituições financeiras
3.858.993
-
-
3.858.993
Títulos disponíveis para venda
Ativos cedidos em garantia
Total
15.873.877
-
-
15.873.877
161.828.705
1.209.726
48.979.918
212.018.349
Derivativos ativos e passivos
As posições de derivativos da Organização são determinadas usando modelos quantitativos, que
exigem a aplicação de múltiplos dados, incluindo taxas de juros, preços e índices para gerar curvas
contínuas de rendimento ou preços e fatores de volatilidade. A maioria dos dados de mercado é
observável e pode ser obtida, principalmente, na BM&FBovespa e no mercado secundário. Outros
derivativos quando negociados em bolsa, avaliados utilizando os preços cotados são classificados
no Nível 1 da hierarquia de avaliação. Entretanto, poucas classes de contratos de derivativos estão
listados em bolsa. Estes, são classificados como Nível 2 ou Nível 3.
As curvas de rendimento são usadas para determinar o valor justo por meio do método do fluxo de
caixa descontado, para swaps de moeda e swaps com base em outros fatores de risco. O valor justo
dos contratos a termo e de futuro também é determinado com base em preços cotados no mercado
nas transações de derivativos negociados em bolsa ou usando metodologias similares para aqueles
descritos como swaps. O valor justo das opções é determinado utilizando preços cotados em bolsa
ou por modelos matemáticos, tais como o Black-Scholes, usando curvas de rendimento,
volatilidades implícitas e o valor justo do ativo subjacente. Preços atuais de mercado são usados
para determinar as volatilidades implícitas. A maioria desses modelos não contém um alto nível de
subjetividade, pois as metodologias utilizadas nos modelos não requerem julgamento significativo e
os dados do modelo são prontamente observáveis a partir de mercados ativamente negociados.
Esses instrumentos, geralmente, são classificados dentro do Nível 2 da hierarquia de avaliação. Os
valores justos dos derivativos ativos e passivos também incluem ajustes para liquidez de mercado,
qualidade de crédito da contraparte e outros fatores específicos das transações, quando adequado.
Os derivativos, avaliados com base em parâmetros de mercado significativamente não observáveis
e que não são negociados ativamente, são classificados dentro do Nível 3 da hierarquia de
avaliação. Os derivativos Nível 3 incluem derivativos de crédito (CDS ou Credit Default Swaps)
referenciados em títulos de dívida privados.
Bradesco
F - 67
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
A tabela a seguir apresenta uma reconciliação de todos os ativos e passivos mensurados ao valor
justo, de maneira recorrente, usando dados não observáveis relevantes (Nível 3) durante os
exercícios de 2015 e 2014:
R$ mil
Saldo em 31 de dezembro de 2013
Incluído no resultado e outros resultados
abrangentes
Entradas
Baixas
Transferência entre níveis
Saldo em 31 de dezembro de 2014
Incluído no resultado e outros resultados
abrangentes
Entradas
Ativos
financeiros
para
negociação
Ativos
financeiros
disponíveis
para venda
Derivativos
Ativos
cedidos em
garantia
15.483.147
26.285.737
-
1.597.019
43.365.903
1.182.719
3.177.784
-
326.944
4.687.447
2.731.439
20.112.571
-
225
22.844.235
(11.258.124)
(8.474.920)
-
(262.282)
(19.995.326)
Total
(63.240)
(197.195)
-
(1.661.906)
(1.922.341)
8.075.941
40.903.977
-
-
48.979.918
451.287
2.494.337
-
-
2.945.624
1.101.585
7.469.980
(20.382)
-
8.551.183
Baixas
(2.387.864)
(5.340.777)
-
-
(7.728.641)
Transferência entre níveis
Transferência para mantidos até o
vencimento
(7.031.739)
(27.023.324)
-
-
(34.055.063)
-
(12.419.003)
-
-
(12.419.003)
209.210
6.085.190
(20.382)
-
6.274.018
Saldo em 31 de dezembro de 2015
Em 2015, houve a transferência de títulos do Nível 3 para outros níveis de classificação,
principalmente, para o Nível 2, no valor de R$ 34.055.063 mil. A transferência refere-se,
basicamente, a títulos emitidos por empresas não financeiras, cujo valor justo nos exercícios
anteriores, era calculado com base em modelos internos de precificação, principalmente, rating
interno de cliente, e a partir de 2015, passaram a ser calculados com base em dados observáveis
de mercado (curva de crédito da Anbima). Também em 2015, foram transferidos R$ 12.419.003 mil
de Certificados de Recebíveis Imobiliários, da categoria de disponível para venda para a categoria
de mantidos até o vencimento, em decorrência da mudança da intenção da Administração.
As tabelas a seguir demonstram os ganhos/(perdas) devido a variações no valor justo, incluindo os
ganhos e perdas realizados e não realizados, registrados no resultado para os instrumentos
financeiros ativos e passivos classificados no Nível 3 durante os exercícios de 2015, 2014 e 2013:
R$ mil
Exercício findo em 31 de dezembro de 2015
Ativos
Ativos
Ativos
financeiros
financeiros
cedidos em
Total
para
disponíveis
garantia
negociação
para venda
Receita de juros e similares
Ganhos/(perdas) líquidos realizados e não realizados
Total
F - 68
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
440.791
1.399.443
-
1.840.234
10.496
451.287
1.094.894
-
1.105.390
2.494.337
-
2.945.624
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
R$ mil
Exercício findo em 31 de dezembro de 2014
Ativos
Ativos
Ativos
financeiros
financeiros
cedidos em
Total
para
disponíveis
garantia
negociação
para venda
Receita de juros e similares
Ganhos/(perdas) líquidos realizados e não realizados
Total
1.169.354
3.719.015
244.964
5.133.333
13.365
(541.231)
81.980
(445.886)
1.182.719
3.177.784
326.944
4.687.447
R$ mil
Exercício findo em 31 de dezembro de 2013
Ativos
Ativos
Ativos
financeiros
financeiros
cedidos em
Total
para
disponíveis
garantia
negociação
para venda
Receita de juros e similares
Ganhos/(perdas) líquidos realizados e não realizados
Total
2.499.220
1.067.146
264.920
3.831.286
48.335
(1.067.450)
(141.274)
(1.160.389)
2.547.555
(304)
123.646
2.670.897
As tabelas a seguir demonstram os ganhos/(perdas) devido a variações no valor justo, incluindo os
ganhos e perdas realizados e não realizados, registrados no resultado para os instrumentos
financeiros ativos e passivos, classificados no Nível 3, que não foram liquidados durante os
exercícios de 2015, 2014 e 2013:
R$ mil
Exercício findo em 31 de dezembro de 2015
Ativos
Ativos
financeiros
cedidos em
Total
para
garantia
negociação
Ganhos/(perdas) líquidos da variação no valor justo
9.420
-
9.420
Total
9.420
-
9.420
R$ mil
Exercício findo em 31 de dezembro de 2014
Ativos
Ativos
financeiros
cedidos em
Total
para
garantia
negociação
Ganhos/(perdas) líquidos da variação no valor justo
(32.104)
79.710
47.606
Total
(32.104)
79.710
47.606
R$ mil
Exercício findo em 31 de dezembro de 2013
Ativos
Ativos
financeiros
cedidos em
Total
para
garantia
negociação
Ganhos/(perdas) líquidos da variação no valor justo
36.768
(142.011)
(105.243)
Total
36.768
(142.011)
(105.243)
Bradesco
F - 69
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Análise de sensibilidade dos ativos financeiros classificados como Nível 3
R$ mil
31 de dezembro de 2015
Impacto no resultado (1)
1
Taxa de Juros em Reais
Índices de Preços
Renda Variável
2
Impacto no patrimônio (1)
3
1
2
3
-
(1)
(3)
(16)
(4.228)
(7.399)
(69)
(10.986)
(20.489)
(350)
(58.074)
(107.165)
-
-
-
(24.141)
(603.532)
(1.207.063)
R$ mil
31 de dezembro de 2014
Impacto no resultado (1)
1
Taxa de Juros em Reais
Índices de Preços
Cupom Cambial
Moeda Estrangeira
Renda Variável
2
Impacto no patrimônio (1)
3
1
2
3
(28)
(8.412)
(16.168)
(4.506)
(986.617)
(1.766.138)
(181)
(25.777)
(48.804)
(873)
(122.229)
(228.411)
(11)
(703)
(1.392)
-
-
-
(564)
(14.110)
(28.220)
-
-
-
-
-
-
(1.119)
(27.970)
(55.940)
(1) Valores líquidos de efeitos fiscais.
As análises de sensibilidade foram efetuadas a partir dos cenários elaborados para as datas
indicadas, sempre considerando as informações de mercado na época e cenários que afetariam
negativamente nossas posições, conforme os cenários abaixo:
Cenário 1: Com base nas informações de mercado (BM&FBOVESPA, Anbima, etc.), foram
aplicados choques de 1% de variação para preços e 1 ponto base para taxa de juros.
Por exemplo: para uma cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 4,00,
enquanto para uma taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário
de 15,88%;
Cenário 2: Foram determinados choques de 25% com base no mercado. Por exemplo: para uma
cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 4,96, enquanto para uma
taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário de 19,83%. Os
cenários para os demais fatores de risco, também, representaram choque de 25% nas
respectivas curvas ou preços; e
Cenário 3: Foram determinados choques de 50% com base no mercado. Por exemplo: para uma
cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 5,95, enquanto para uma
taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário de 23,80%. Os
cenários para os demais fatores de risco, também, representam choque de 50% nas
respectivas curvas ou preços.
F - 70
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Instrumentos financeiros não mensurados ao valor justo
A tabela abaixo resume os valores contábeis e os valores justos dos ativos e passivos financeiros
que não foram apresentados no balanço patrimonial ao seu valor justo, classificados pelos níveis
hierárquicos:
R$ mil
31 de dezembro de 2015
Valor Justo
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Total
Valor
Contábil
Ativos financeiros
Ativos cedidos em garantia
 aplicações interfinanceiras de liquidez
-
111.024.912
-
111.024.912
111.024.912
27.387.974
-
11.226.056
38.614.030
40.003.560
 a instituições financeiras (1)
-
35.620.410
-
35.620.410
35.620.410
 a clientes (1)
-
-
340.574.061
340.574.061
344.868.464
Recursos de instituições financeiras
-
-
293.242.911
293.242.911
293.903.391
Recursos de clientes
-
-
193.919.119
193.919.119
194.510.100
Recursos de emissão de títulos
-
-
110.005.449
110.005.449
109.850.047
Dívidas Subordinadas
-
-
49.752.718
49.752.718
50.282.936
Mantidos até o vencimento
Empréstimos e adiantamentos
Passivos financeiros
R$ mil
31 de dezembro de 2014
Valor Justo
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Total
Valor
Contábil
Ativos financeiros
Ativos cedidos em garantia
 aplicações interfinanceiras de liquidez
-
136.738.812
-
136.738.812
136.738.812
27.141.530
-
-
27.141.530
25.071.031
 a instituições financeiras (1)
-
72.974.619
-
72.974.619
72.974.619
 a clientes (1)
-
-
326.701.918
326.701.918
328.064.004
Recursos de instituições financeiras
-
-
279.875.143
279.875.143
279.940.227
Recursos de clientes
-
-
209.623.317
209.623.317
210.031.505
Recursos de emissão de títulos
-
-
85.190.081
85.190.081
85.030.399
Dívidas Subordinadas
-
-
35.890.227
35.890.227
35.821.666
Mantidos até o vencimento
Empréstimos e adiantamentos
Passivos financeiros
(1)
Os valores de empréstimos e adiantamentos estão apresentados líquidos da provisão para perdas ao valor recuperável.
Abaixo apresentamos as metodologias utilizadas para determinar os valores justos apresentados
acima:
Empréstimos e adiantamentos
Os valores justos foram estimados para grupos de operações de crédito similares com base no tipo
de operação, qualidade de crédito e prazo de vencimento. O valor justo das operações prefixadas
foi determinado mediante o desconto de fluxos de caixa estimados adotando taxas de juros, que
equivalem aproximadamente às nossas taxas de juros para novos contratos para operações
similares. Nos casos de deterioração do crédito, os fluxos de caixa estimados para operações a
Bradesco
F - 71
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
taxas fixas e variáveis foram reduzidos de modo a incorporar as perdas estimadas.
O valor justo relativo a operações de crédito de curso normal é calculado através do desconto dos
fluxos de caixa do principal e dos juros programados até o vencimento, adotando as taxas de
desconto do mercado e as curvas de rentabilidade, que refletem o risco de crédito e taxa de juros
inerentes a cada modalidade de operação na data do encerramento de cada período apresentado.
O valor justo para operações de crédito de curso anormal é calculado através do desconto dos fluxos
de caixa ou ao valor da respectiva garantia.
As operações de crédito de curso anormal foram distribuídas nas respectivas categorias de
operações de crédito, para fins de divulgação do cálculo do valor justo. As premissas referentes aos
fluxos de caixa e às taxas de desconto são determinadas com base nas informações disponíveis no
mercado e dados específicos sobre o tomador.
Mantidos até o vencimento
Os investimentos mantidos até o vencimento são contabilizados pelo custo amortizado. Os valores
justos são baseados nas premissas mencionadas na Nota 2(e). Veja Nota 22 para detalhes do custo
amortizado e do valor justo dos títulos mantidos até o vencimento.
Recursos de instituições financeiras e de clientes
O valor justo dos recursos de instituições financeiras e de clientes a taxas fixas com vencimentos
preestabelecidos foi calculado mediante os fluxos de caixa descontados nas condições contratuais
e as taxas atualmente praticadas no mercado para instrumentos, cujos prazos de vencimento e
termos são similares. Para os depósitos a taxas variáveis, o valor justo foi considerado
aproximadamente equivalente ao valor contábil.
Recursos de emissão de títulos
Os valores contábeis de recursos de emissão de títulos equivalem, aproximadamente, aos valores
justos desses instrumentos.
Dívidas subordinadas
Os valores justos de dívidas subordinadas foram estimados por meio do cálculo de fluxos de caixa
descontados, que aplica as taxas de juros oferecidas no mercado, cujos vencimentos e prazos são
similares.
3.5. Gerenciamento de capital
Processo corporativo de gerenciamento de capital
O gerenciamento de capital é realizado de forma a proporcionar condições para o alcance de
objetivos estratégicos da Organização para fazer face aos riscos inerentes às suas atividades. Nele
é elaborado o plano de capital, identificando as ações de contingência a serem consideradas em
cenários de estresse.
Alinhado às diretrizes estratégicas, a Organização exerce a gestão de capital, envolvendo as áreas
de controle e negócios, conforme diretrizes da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração.
A estrutura de governança do gerenciamento de capital e do processo interno de avaliação da
adequação de capital (ICAAP) é composta por Comitês e tem como órgão máximo o Conselho de
Administração. Destaca-se o Departamento de Planejamento, Orçamento e Controle, cuja missão
é promover a gestão eficiente e eficaz dos negócios, por meio do planejamento e gestão estratégica,
subsidiando a Alta Administração com análises e projeções da disponibilidade e necessidade de
capital, identificando ameaças e oportunidades que contribuem com o planejamento da suficiência,
otimização dos níveis de capital, sendo responsável por atender as determinações do Banco Central
do Brasil pertinentes às atividades de gerenciamento de capital.
F - 72
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Adequação do Patrimônio de Referência (PR)
Este processo é acompanhado diariamente e visa assegurar que a Organização mantenha uma
sólida base de capital para apoiar o desenvolvimento das atividades e fazer face aos riscos
incorridos, seja em situações normais ou em condições extremas de mercado, além de atender os
requerimentos regulatórios.
Sob a ótica do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras devem manter, permanentemente,
capital (Patrimônio de Referência) e adicional de capital principal compatível com os riscos de suas
atividades, representado pelo Ativo Ponderado pelo Risco (RWA), que é calculado considerando,
no mínimo, a soma das seguintes parcelas:
RWACPAD: parcela relativa às exposições ao risco de crédito;
RWAMPAD: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento
de capital mediante abordagem padronizada, que se dá mediante a soma das seguintes parcelas:
• RWAJUR: parcela relativa às exposições sujeitas à variação de taxa de juros;
• RWAACS: parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações;
• RWACOM: parcela relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias
(commodities); e
• RWACAM: parcela relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos
à variação cambial.
RWAMINT: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento
de capital mediante modelo interno; e
RWAOPAD: parcela relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional.
Além disso, a Organização deve manter também PR suficiente para fazer face ao risco de taxa de
juros das operações não incluídas na carteira de negociação (risco da taxa de juros da carteira
Banking), o qual é calculado por meio da metodologia de EVE (Economic Value Equity).
Bradesco
F - 73
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR)
A seguir, apresentamos o detalhamento das informações relativas ao PR da Organização, sob a ótica
do Consolidado Prudencial (1) e Financeiro:
R$ mil
Basileia III
Base de cálculo - Índice de Basileia(1)
2015
2014
Prudencial (1)
Financeiro
Patrimônio de referência nível I
77.506.951
77.198.803
Capital principal
77.506.951
77.198.803
88.906.644
81.508.250
Patrimônio líquido
Ajustes prudenciais
(2)
Patrimônio de referência nível II
Dívida subordinada
(11.399.693)
25.318.399
(4.309.447)
21.405.720
25.318.399
21.405.720
Patrimônio de referência (a)
102.825.350
98.604.523
- Risco de crédito
556.440.558
544.797.828
18.670.132
21.435.661
- Risco de mercado
- Risco operacional
Ativo ponderado pelo risco - RWA (b)
37.106.557
30.979.716
612.217.247
597.213.205
Índice de Basileia (a/b)
16,8%
16,5%
Capital nível I
12,7%
12,9%
- Capital principal
12,7%
12,9%
4,1%
3,6%
Capital nível II
(1)
(2)
F - 74
31 de dezembro
A partir de janeiro de 2015, o índice de Basileia passou a ser apurado com base no “Consolidado Prudencial”, conforme
a Resolução no 4.192/13 do Conselho Monetário Nacional; e
A partir de janeiro de 2015, o fator aplicado sobre os ajustes prudenciais passou de 20% para 40%, conforme cronograma
de aplicação das deduções dos ajustes prudenciais, definido no Art.11 da Resolução no 4.192/13 do Conselho Monetário
Nacional.
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Detalhamento do Montante de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)
Apresentamos a seguir a evolução dos ativos ponderados pelo risco (RWA) do Consolidado
Prudencial e Financeiro:
R$ mil
RWA
Risco de crédito
31 de dezembro
2015
2014
Prudencial
Financeiro
556.440.558
544.797.828
Fator de Ponderação de Risco de 0%
-
-
Fator de Ponderação de Risco de 2%
328.283
147.754
Fator de Ponderação de Risco de 20%
4.518.512
2.024.991
Fator de Ponderação de Risco de 35%
6.008.247
4.995.128
Fator de Ponderação de Risco de 50%
10.078.977
8.175.758
Fator de Ponderação de Risco de 75%
119.281.405
130.444.268
Fator de Ponderação de Risco de 85%
132.933.131
101.542.404
Fator de Ponderação de Risco de 100%
243.218.248
257.528.910
Fator de Ponderação de Risco de 250%
29.065.106
28.949.551
Fator de Ponderação de Risco de 300%
10.715.057
10.745.990
293.592
243.074
Fator de Ponderação de Risco de 909,09%
Risco de mercado
(1)
Taxa de Juros Prefixada em Real
Taxa de Juros de Cupom de moeda estrangeira
Taxa de Juros de Cupom de índice de preços
Preço de Ações
Preço de Mercadorias (Commodities)
Exposição em Ouro, Moedas Estrangeiras e Câmbio
Risco operacional
18.670.132
21.435.661
10.701.612
6.932.576
3.479.394
6.990.281
355.282
6.244.313
-
445.602
876
320.739
559.358
5.861.064
37.106.557
30.979.716
Finanças corporativas
1.058.528
1.075.605
Negociação e vendas
3.452.346
5.611.414
Varejo
6.627.621
4.771.800
14.447.459
13.215.216
Pagamentos e liquidações
7.806.207
3.679.832
Serviços de agente financeiro
2.365.768
1.514.018
Administração de ativos
1.250.498
1.031.478
98.130
80.353
612.217.247
597.213.205
67.343.897
65.693.452
3.701.899
3.528.879
Comercial
Corretagem de varejo
Montante RWA
Patrimônio de Referência Exigido (PRE)
Risco de taxa de juros da Carteira Banking
(1) Para fins de apuração da parcela de Risco de Mercado, a necessidade de capital será o maior entre o modelo interno e
80% do modelo padrão, conforme Circular no 3.646/13 do Banco Central do Brasil.
A Organização encerrou o exercício de 2015 com um RWA de R$ 612.217.247 mil (2014 –
R$ 597.213.205 mil).
O RWA para risco de crédito foi de R$ 556.440.558 mil, o que representou 90,9% do RWA total.
Neste ano, o RWA de risco de mercado ficou em R$ 18.670.132 mil, representando 3,0% do RWA
total. Para fins de capital regulamentar, foi utilizada a metodologia de cálculo do modelo interno,
uma vez que 80% do modelo padrão ficou em R$ 12.686.684 mil. Em relação ao risco operacional,
Bradesco
F - 75
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
o RWA foi de R$ 37.106.557 mil, valor equivalente a 6,1% do RWA total. O capital necessário para
fazer face ao risco de taxa de juros da carteira Banking foi de R$ 3.701.899 mil.
Acompanhamento do Índice de Basileia e da margem
O Índice de Basileia é um indicador internacional, definido pelo Comitê de Basileia de Supervisão
Bancária, que recomenda a relação mínima de 8% entre o capital e os ativos ponderados pelos
riscos. No Brasil, em dezembro de 2015, a relação mínima exigida era de 11% para PR, 6% para
Nível I do PR e 4,5% para Capital Principal, conforme regulamentação vigente (Resoluções
no 4.192/13 e no 4.193/13 do Conselho Monetário Nacional).
R$ mil
31 de dezembro
Patrimônio de Referência (PR)
Patrimônio de Referência – Nível I
Capital Principal
Patrimônio de Referência Exigido (PRE)
Margem
(1)
Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking
2015
2014
Prudencial
Financeiro
102.825.350
98.604.523
77.506.951
77.198.803
77.506.951
77.198.803
67.343.897
65.693.453
35.481.453
32.911.070
3.701.899
3.528.879
Índice de Basileia
16,8%
16,5%
Índice de Nível I
12,7%
12,9%
Índice de Capital Principal
12,7%
(1) Menor Margem calculada entre PR Total, Nível I e Capital Principal e deduzido o PRE para cada visão.
12,9%
Suficiência de Capital
O gerenciamento do capital está alinhado ao planejamento estratégico e considera uma visão
prospectiva, antecipando possíveis mudanças nas condições do ambiente econômico e comercial
em que atuamos.
A metodologia de gerenciamento de capital da Organização visa assegurar permanentemente uma
composição sólida de capital para apoiar o desenvolvimento de suas atividades e garantir a
adequada cobertura dos riscos incorridos. Um importante componente dessa metodologia é a
margem gerencial de capital (buffer gerencial), que é adicionada aos requerimentos mínimos
regulatórios (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital Principal).
A definição do buffer gerencial está alinhada às práticas líderes de mercado e aos requerimentos
regulatórios, observando diversos aspectos, tais como impactos adicionais gerados por cenários de
estresse, riscos qualitativos e riscos não capturados pelo modelo regulatório.
A Organização considera confortável, para médio e longo prazo, manter uma margem de Capital
Nível I de pelo menos 25%, em relação ao capital mínimo regulatório, observando-se o cronograma
estabelecido pelo Banco Central do Brasil para a adoção plena das diretrizes de Basileia III.
A suficiência de capital regulamentar da Organização é demonstrada mediante a apuração do Índice
de Basileia, que neste período foi de 16,8%, sendo que para os índices considerando o Capital Nível
I e Capital Principal os valores foram de 12,7%. Em termos de margem, o montante atingido foi de
R$ 35.481.103 mil, o que possibilita um incremento de até R$ 385.206.714 mil em operações de
crédito (varejo).
Desde janeiro de 2015, de acordo com a Resolução n° 4.192/13 do Conselho Monetário Nacional,
que trata da metodologia para apuração dos índices de Capital Principal, Nível I e Patrimônio de
Referência, o escopo regulamentar passou a ser o Consolidado Prudencial, os ajustes prudenciais
F - 76
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
subiram de 20% para 40% e o uso das dívidas subordinadas elegíveis a capital, emitidas nas regras
anteriores à Basileia III, caiu de 80% para 70% do estoque dessas dívidas.
Projeções do Capital
A área de gerenciamento de capital (ICAAP) é responsável por realizar simulações e projeções do
capital da Organização, considerando as diretrizes estratégicas, os impactos decorrentes de
variações e tendências do ambiente econômico e de negócios e alterações regulamentares. Os
resultados obtidos nas projeções são submetidos à avaliação da Alta Administração, conforme
governança estabelecida.
As projeções apresentam níveis adequados dos índices dos Capitais de Nível I e Principal,
considerando a incorporação dos lucros líquidos e o aumento nos ajustes prudenciais, dado pela
majoração dos fatores estabelecidos no Art. 11 da Resolução 4.192/13 do Conselho Monetário
Nacional para os próximos períodos.
Os índices de Patrimônio de Referência projetados para os próximos três anos apresentam
suficiência enquadradas nos requerimentos mínimos regulamentares e foram aprovados pelo
Conselho de Administração.
Simulação - Basileia III
A partir das regras de Basileia III, publicadas pelo Banco Central do Brasil em março e outubro de
2013, as quais estão relacionadas à definição de capital e ampliação de escopo de riscos e que
estão sendo implementadas gradualmente até 2019, apresentamos a simulação baseada em
premissas estratégicas para o Consolidado Prudencial, considerando o atendimento pleno das
regras na data-base de dezembro de 2015, ou seja, antecipando todos os impactos previstos ao
longo do cronograma de implantação, conforme a Resolução no 4.192/13 do Conselho Monetário
Nacional.
Basileia III – Estudo de Impacto
Bradesco
F - 77
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
3.6. Risco de seguro/subscrição
O risco de seguro é o risco transferido por qualquer contrato de seguros, onde haja a possibilidade
futura de que o evento de sinistro ocorra e onde haja incerteza sobre o valor de indenização
resultante do evento de sinistro. Dentro do risco de seguro, destaca-se também o risco de
subscrição, que advêm de uma situação econômica adversa, que contraria as expectativas da
Organização no momento da elaboração de sua política de subscrição, no que se refere às
incertezas existentes tanto na definição das premissas atuariais quanto na constituição das
provisões técnicas e cálculo dos prêmios de seguro. Em síntese, é o risco de que a frequência ou a
severidade de sinistros ou benefícios ocorridos sejam maiores do que aqueles estimados pela
Organização.
O gerenciamento do risco de subscrição é realizado pela Superintendência Técnica. As políticas de
subscrição e aceitação de riscos são periodicamente avaliadas através de grupos de trabalho. Além
disso, o Departamento de Estudos Atuariais e Gestão de Riscos, parte integrante da estrutura de
gerenciamento de riscos, tem como uma de suas principais atribuições, o desenvolvimento de
modelo interno para o cálculo do capital adicional, baseado no risco de subscrição.
O processo de gerenciamento busca diversificar as operações de seguros, visando primar pelo
balanceamento da carteira, e se sustenta no agrupamento de riscos com características similares,
de forma a reduzir o impacto de riscos isolados.
Incertezas na estimativa de pagamentos futuros de sinistros
Os sinistros são devidos à medida que ocorridos. A Organização deve efetuar a indenização de
todos os eventos cobertos ocorridos durante a vigência da apólice, mesmo que a perda seja
descoberta após o término da vigência desta. Como resultado, os sinistros são avisados ao longo
de um período e parte significativa destes sinistros está relacionada à Provisão de Sinistros
Ocorridos e Não Avisados (IBNR). O custo estimado de sinistro inclui despesas diretas a serem
incorridas na sua liquidação.
Considerando as incertezas inerentes ao processo de estimativa das provisões de sinistros, pode
acontecer da liquidação final mostrar-se diferente do passivo inicialmente constituído.
Gerenciamento de ativos e passivos (ALM)
A Organização realiza periodicamente a análise dos fluxos de ativos e passivos mantidos em
carteira, ALM - Asset Liability Management. A metodologia da análise compreende a observação de
suficiência ou insuficiência do valor presente do fluxo de ativos em relação ao valor presente do
fluxo de passivos, assim como a duração dos ativos em relação à duração dos passivos. O objetivo
é verificar se a situação da carteira de ativos e passivos está equilibrada para honrar os
compromissos futuros da Organização com seus participantes e segurados.
Gerenciamento de riscos por produto
O monitoramento da carteira de contratos de seguros permite o acompanhamento e a adequação
das tarifas praticadas, bem como avaliar a eventual necessidade de alterações. São consideradas,
também, outras ferramentas de monitoramento: (i) análises de sensibilidade, e (ii) verificação de
algoritmos e alertas dos sistemas corporativos (de subscrição, emissão e sinistros).
Principais riscos associados aos seguros de bens
 Flutuações na ocasião, frequência e gravidade dos sinistros e das indenizações de sinistros
relativas às expectativas;
 Sinistros imprevistos resultantes de um risco isolado;
 Precificação incorreta ou subscrição inadequada de riscos;
 Políticas de resseguro ou técnicas de transferência de riscos inadequadas; e
 Provisões técnicas insuficientes ou supervalorizadas.
A natureza dos seguros subscritos em geral é de curta duração.
F - 78
IFRS – International Financial Reporting Standards – 2015
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
As estratégias e metas de subscrição são ajustadas pela Administração e divulgadas através de
políticas internas e manuais de práticas e procedimentos.
A seguir apresentamos um resumo dos riscos inerentes nas principais linhas de negócios de
seguros de bens:
 Seguro de veículos inclui, entre outros, danos físicos, perda do veículo segurado, seguro de
responsabilidade de terceiros para automóveis e acidentes pessoais passageiros; e
 Seguros empresariais, residenciais e diversos incluem, entre outros, riscos de incêndio (incêndio,
explosão e interrupção do negócio), perigos naturais (terremoto, vendaval e enchente), linhas de
engenharia (explosão de caldeiras, quebra de maquinários e construção), marítimos (carga e
casco) e seguro de responsabilidades.
Gerenciamento dos riscos de seguro de bens
A Organização monitora e avalia a exposição de risco, sendo responsável pelo desenvolvimento,
implementação e revisão das políticas referentes à subscrição, tratamento de sinistros, resseguro e
constituição das provisões técnicas. A implementação dessas políticas e o gerenciamento desses
riscos são apoiados pela Superintendência Técnica.
A Superintendência Técnica desenvolveu mecanismos, como, por exemplo, agrupamentos dos
riscos por CPF, CNPJ e endereços de riscos, que identificam, quantificam e gerenciam exposições
acumuladas para contê-las dentro dos limites definidos nas políticas internas.
Principais riscos associados aos seguros de vida e previdência
Os seguros de vida e previdência são de natureza de longo prazo, exceto as apólices de vida em
grupo sem cobertura por sobrevivência, e, por este motivo, são utilizadas diversas premissas
atuariais para gerenciar e estimar os riscos envolvidos, tais como: premissas sobre retornos de
investimento, longevidade, taxas de mortalidade e persistência. As estimativas são baseadas na
experiência histórica e nas expectativas atuariais.
Os riscos associados ao seguro de vida e previdência incluem, entre outros:
 Risco biométrico, que inclui experiência de mortalidade, morbidade adversa e invalidez. O risco
de mortalidade pode se referir aos segurados que vivam mais tempo do que o previsto
(longevidade) ou que morram antes do que o previsto. Isto porque alguns produtos garantem
uma indenização se a pessoa morre, outros produtos garantem o pagamento de quantias
regulares enquanto o segurado permanecer vivo;
 Risco de comportamento do segurado, que inclui experiência de persistência. Taxas de
persistências baixas para alguns produtos podem fazer com que menos apólices/contratos
permaneçam contratados para ajudar a cobrir as despesas fixas e reduzir os fluxos de caixa
positivos futuros do negócio subscrito. A persistência baixa pode causar impacto de liquidez
quando se trata de produtos que preveem o benefício de resgate;
 O risco do seguro de vida coletivo resulta da exposição à mortalidade e morbidade, e à exposição
à experiência operacional pior do que o previsto sobre fatores, tais como: níveis de persistência
e despesas de administração; e
 Alguns produtos de vida e previdência possuem garantias de rentabilidades pré-definidas, que
incluem um risco devido a movimentações nos mercados financeiros, retornos de investimento
e risco de taxa de juros que são gerenciados como parte do risco de mercado.
Bradesco
F - 79
Demonstrações Contábeis Consolidadas de acordo com Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas
Gerenciamento dos riscos de seguro de vida e previdência
 A Organização monitora e avalia a exposição de risco, sendo responsável pelo desenvolvimento,
implementação e revisão das políticas referentes à subscrição, tratamento de sinistros e
provisões técnicas de seguros. A implementação dessas políticas e o gerenciamento desses
riscos são apoiados pela Superintendência Técnica;
 A Superintendência Técnica desenvolveu mecanismos, tais como boletins estatísticos e
desempenho por ramo, que identificam, quantificam e gerenciam exposições acumuladas para
contê-las dentro dos limites definidos nas políticas internas;
 O risco de longevidade é cuidadosamente monitorado em relação aos mais recentes dados e às
tendências do ambiente que a Organização opera. A Administração monitora a exposição a este
risco e as implicações de capital para gerenciar os possíveis impactos, bem como a captação de
capital que os negócios poderão exigir. A Administração adota para o cálculo das provisões
técnicas, premissas de melhoria contínua na longevidade futura da população, de forma a se
antever e assim estar coberta de possíveis impactos gerados pela melhora da expectativa de
vida da população segurada/assistida;
 Riscos de mortalidade e morbidade são atenuados mediante a cessão de resseguro na
modalidade catástrofe;
 O risco de persistência é gerenciado através do monitoramento frequente da experiência da
Organização. A Administração também estabeleceu diretrizes sobre o gerenciamento da
persistência para monitorar e implementar iniciativas específicas para melhorar a retenção de
apólices que possam prescrever; e
 O risco de um elevado nível de despesas é monitorado, principalmente, pela avaliação da
rentabilidade das unidades de negócio e o monitoramento frequente dos níveis de despesa; e
 O risco de taxa de juros é monitorado como parte do risco de mercado.
Principais riscos associados ao seguro saúde
 Flutuações na ocasião, frequência e gravidade dos sinistros e das indenizações de sinistros
relativas às expectativas;
 Sinistros imprevistos resultantes de um risco isolado;
 Precificação incorreta ou subscrição inadequada de riscos; e
 Provisões técnicas insuficientes ou supervalorizadas.
Para o seguro saúde individual, onde algumas das suas provisões são calculadas com base na
expectativa de fluxo de caixa futuro (diferença de sinistros esperados futuros e prêmios esperados
futuros), além dos riscos citados acima, existe o risco biométrico, que inclui a experiência de
mortalidade e longevidade, o risco de comportamento do segurado, que inclui a sua experiência de
persistência e o risco de taxa de juros que são gerenciados como parte do risco de mercado.
Gerenciamento dos riscos associados ao seguro saúde
 A Organização monitora e avalia a exposição de risco sendo responsável pelo desenvolvimento,
implementação e revisão das políticas referentes à subscrição, tratamento de sinistros e
provisões técnicas de seguros. A implementação dessas políticas e o gerenciamento desses
riscos são apoiados pela Superintendência Atuária e Estatística;
 A Superintendência de Atuária e Estatística desenvolveu mecanismos, tais como, boletins
estatísticos de sinistralidade e desempenho por ramo, que identificam, quantificam e gerenciam
exposições acumuladas para contê-las dentro dos limites definidos nas políticas internas;
 O risco de longevidade é cuidadosamente monitorado em relação aos mais recentes dados e às
tendências do ambiente que a Organização opera. A Administração monitora a exposição a este
risco e as implicações de capital para gerenciar os possíveis impactos, bem como a captação de
capital que os negócios poderão exigir;
 O risco de persistência é gerenciado através do monitoramento frequente da experiência da
Organização. A Administração, também, estabeleceu diretrizes sobre o gerenciamento da
persistência para monitorar e implementar iniciativas específicas, para melhorar a retenção de
apólices que possam prescrever;
F - 80
IFRS – International Financial Repor
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