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Federação Nacional dos Professores
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As Luzes da Grécia: ciclo de conferências na Fundação
Gulbenkian, de Outubro a Dezembro
AS LUZES DA GRÉCIA
Ciclo de conferências
Coordenação
Maria Helena da Rocha Pereira
no âmbito da exposição
Os Gregos. Tesouros do Museu Benaki, Atenas
Auditório 3
Fundação Calouste Gulbenkian (Sede)
18.00 horas
entrada livre
Segunda-Feira, 15 de Outubro de 2007
EM VOLTA DO MILAGRE GREGO
Maria Helena da Rocha Pereira
Universidade de Coimbra
Devido às novidades trazidas pela Arqueologia, Epigrafia e Papirologia, desde o séc. XIX até à actualidade, o nosso
conhecimento da Grécia antiga, e bem assim do Próximo Oriente e do Egipto, tem-se enriquecido e continua a
enriquecer-se consideravelmente. Porém o modo helénico de questionar a realidade e tentar interpretá-la em termos
racionais distingue-se desde logo do dos demais povos. Essa herança intelectual e artística é depois universalizada pelos
Romanos vencedores e voltará a prevalecer no Ocidente, sobretudo a partir do Renascimento. Em tempos modernos, a
devoção de figuras como Lord Byron à causa da independência grega assume, nesta perspectiva, um valor simbólico.
Segunda-Feira, 29 de Outubro de 2007
POLIS E DEMOCRACIA: ONTEM E HOJE
José Ribeiro Ferreira
Universidade de Coimbra
Depois de breve caracterização da pólis, serão referidos os diversos regimes que lhe dão forma ao longo dos tempos e
das diversas instituições que aí vão ganhando corpo. De seguida, será apresentada uma definição de dêmos e breve
referência ao nascimento e evolução da democracia, corporizada na pólis ateniense. Esta será descrita no tempo de
Péricles, em meados do séc. V a.C., em que atingiu o apogeu e em que apresenta determinadas particularidades,
quando comparada com as actuais. Será de interesse observar e apontar as semelhanças e as diferenças, bem como a
relação entre uma e outras. Discutir-se-á até que ponto é lícito chamar democracia ao regime ateniense ou se tem razão
K. Reinhardt em negar qualquer ligação entre eles e as democracias modernas. A parte final apontará alguns princípios
da democracia ateniense que continuam na actualidade e mostrará o fascínio da Revolução Francesa pela Grécia e
Roma.
Segunda-Feira, 26 de Novembro de 2007
A FILOSOFIA FALA GREGO
José Pedro Serra
Universidade de Lisboa
"A filosofia fala grego". Ao tomarmos como ponto de partida da nossa relexão esta conhecida formulação, procuraremos
delinear a natureza específica dessa atitude que a filosofia encerra. Enraizada em solo grego, sua pátria original, nascida
da experiência do espanto, como sublinham Platão e Aristóteles, a philo-sophia, na tensão que a caracteriza (o amor ao
saber e não a sua posse ? tensão que é também a sua gloriosa fragilidade), coloca-nos no trilho que, desde então,
constitui o nosso destino histórico. Pela filosofia nos tornamos gregos, uma mão tocando a origem, outra mão apontando
o horizonte, o gesto desenhando o que temos sido.
Quinta-Feira, 6 de Dezembro de 2007
DA KORE ARCAICA À VITÓRIA DE SAMOTRÁCIA
Rui Morais
Universidade do Minho
A escultura é uma das mais nobres manifestações artísticas que o mundo helénico nos legou. Tal como nas outras
expressões artísticas, também na escultura grega se conhecem várias fases evolutivas, cada uma com as suas
características próprias. Apesar do elevado número de esculturas conhecidas, não é de mais salientar que, na sua
grande maioria, estas são obras de autores menores ou cópias romanas e de épocas posteriores. Até à data, as únicas
grandes esculturas conhecidas atribuídas aos maiores escultores da arte grega são Hermes de Praxíteles, no Museu de
Olímpia, e parte considerável da decoração escultórica do Pártenon, atribuída a Fídias e seus discípulos. Dignas de
destaque são ainda algumas obras do estilo severo, caso das esculturas dos pedimentos e das métopas do templo de
Zeus em Olímpia e de dois belíssimos bronzes recuperados em 1972 no Mar de Riace, no Sul da Itália.
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