Goma do Cajueiro Modificada em sistemas poliméricos para o carreamento de drogas anti-inflamatória Antônia Carla de Jesus Oliveira, Vanessa Meneses de Brito, Savia Francisca Lopes Dias, José Roberto de Souza de Almeida Leite, Jand Venes Rolim Medeiros, Durcilene Alves da Silva Introdução: Polissacarídeos naturais de diversas fontes têm sido estudados e amplamente utilizados em diferentes áreas, tais como alimentação humana e animal, medicina e farmácia. Nas últimas décadas, crescido interesse na utilização de polissacarídeos, particularmente os bioativos, para várias novas aplicações devido à sua biocompatibilidade, biodegradabilidade, não toxicidade, e algumas atividades terapêuticas específicas. Em a goma obtida do exsudato do cajueiro (Anacardium occidentale, L.) tem despertado interesse para estudo na área de biotecnologia principalmente na indústria farmacêutica, pois esse biopolímero pode ser facilmente modificado para a utilização em sistemas nanoparticulados para a entrega de drogas. Na área farmacêutica as nanopartículas poliméricas compõe um sistema de transporte e entrega controlada de fármacos com diâmetro inferior a 1 ?m. Nesse contexto os AINES são amplamente estudados como novos sistemas de liberação, incorporados as nanopartículas poliméricas que são formas farmacêuticas inovadoras capazes de promover de forma modificada, a liberação de fármacos, com objetivo de redução dos efeitos colaterais. Materiais e Métodos: O fármaco naproxeno de sódio foi incorporado a goma modificada por meio de sistemas nanoparticulados, por dialise contra agua, nas proporções 1:2 de fármaco e polissacarídeo, sendo caracterizado por UV-vis, tamanho hidrodinâmico, índice de polidispersão e potencial zeta. Resultados e Discussão: As nanopartículas foram obtidas por dialise, utilizando como matriz polimérica a goma do cajueiro modificada. O sistema foi contra dialisado com agua Milli-Q, o utilizando como solvente o DMSO. O tempo da dialise foi de 24 h. As nanopartículas são formadas devido uma perturbação no sistema ocorrendo auto-organização, onde a parte hidrofóbica do polímero se mantem no interior e a parte hidrofílica no exterior. Para a incorporação do fármaco foram utilizadas as melhores condições de síntese na proporção de polímero/fármaco de 1:2 (m/m). Para todas as sínteses realizadas foi observado uma banda em comprimento de onda em torno 314 e 329 nm, que pode ser atribuída ao naproxeno. Ao incorporar o fármaco com a goma do cajueiro modificada observou-se uma diferença no tamanho hidrodinâmico em relação a nanopartícula só com o polissacarídeo 161,4 nm e 101,1 nm, respectivamente. O índice de polidispersão para a nanopartícula com o fármaco foi 0,5 e sem o fármaco 0,4. O potencial zeta _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=459" variou em um intervalo de -28 e -29 mV, para a nanopartícula com o fármaco e sem o fármaco, respectivamente, o que indica que o sistema possui de boa estabilidade coloidal, pois as partículas carregadas se repelem umas às outras e essa força supera a tendência natural à agregação. Conclusão: As sínteses de nanopartículas com o produto modificado, carreando o anti-inflamatório naproxeno de sódio, mostrou-se promissor de acordo com as caracterizações, pois o sistema indicou boa estabilidade coloidal, porem serão necessários a realização de testes de eficiência de incorporação e liberação controlada. _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=459"