INCIDÊNCIA DE SUICÍDIO ENTRE IDOSOS BRASILEIROS Keywords: Suicide; Depression; Aged; Mortality rate REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Camarano AM. Envelhecimento da população brasileira: uma contribuição demográfica. In: Freitas EV, Py L, Néri AL, Cançado FAX, Gorzoni ML, Rocha SM. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p. 58-71. 2- Frierson RL. Suicide attempts by the old and the very old. Arch Intern Med 1991; 151:141-4. 3- Blazer D G, Bachar J R, Manton K G. Suicide in late life: review and commentary. J Am Geriatr Soc 1986; 34:519-25. 4- Sistema de Informação de Mortalidade. Disponível em: http://www.datasus.gov.br . Acesso em: 29 out. 2003. 5- 7. IBGE. Censo. 2000. [Citado em 29 out. 2003]. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/população/censo2000/tabelabrasil111.shtm 6- Organização Mundial de Saúde. CID-10. Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. 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INFLUÊNCIA DA MELATONINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO CORPORAL E ÓSSEO DE RATOS INFLUENCE OF MELATONIN ON BODY AND BONE DEVELOPMENT OF RATS KARIME SAAD*, LUIZ CARLOS DOS REIS** RESUMO Objetivo: A glândula pineal produz o hormônio melatonina (MLT), que apresenta efeitos demonstrados sobre diversas células, entre elas os adipócitos e osteoblastos. Este trabalho objetivou verificar a influência da MLT no crescimento e desenvolvimento corporal e ósseo em ratos. Método e Resultados: Ratos Wistar machos foram submetidos a pinealectomia (PINX) ou cirurgia fictícia (CONTR) aos 5 dias do nascimento e estudados quanto ao peso e comprimento corporal; comprimento, espessura da tábua óssea e do disco epifisário da tíbia após 10, 20, 30, 60, 90 e 120 dias da operação. O peso dos animais PINX foi maior que o dos CONTR aos 100 e 120 dias. Os animais PINX tiveram ainda menor espessura da tábua óssea aos 60, 90 e 120 dias e menor espessura do disco epifisário aos 90 e 120 dias após o procedimento cirúrgico, comparados aos animais CONTR. Conclusões: A falta de MLT resultou em aumento do peso corporal, provavelmente pela maior captação de ácidos graxos pelos adipócitos e redução da termogênese; menor espessura da tábua óssea e disco epifisário da tíbia pela redução da atividade de condrócitos e osteoblastos. Estes efeitos poderiam ser diretos e/ou indiretos, e seu esclarecimento demanda mais estudos. Palavras-chave: Melatonina; Glândula pineal / crescimento & desenvolvimento; Desenvolvimento ósseo; Ratos INTRODUÇÃO O crescimento pôndero-estatural dos animais depende do estado nutricional e também da ação de hormônios 228 (GH, somatomedinas, cortisol, hormônios sexuais, insulina), que atuam sobre tecidos em geral, incluindo o tecido ósseo, o principal responsável pelo crescimento linear1-2. Apesar de sua aparência estática, os ossos encontram-se num estado dinâmico de formação (feita pelos osteoblastos) e reabsorção (feita pelos osteoclastos), que possibilita seu crescimento, renovação, reparação de lesões, ajustes aos estresses mecânicos e também a participação na manutenção da homeostase de cálcio plasmático, situação que é influenciada por hormônios como o paratormônio (PTH)3-5. A melatonina (MLT) é um hormônio produzido pela glândula pineal, cujas funções incluem a sincronização de ritmos endógenos aos ritmos ambientais de claro-escuro, estímulo da secreção de insulina e da sensibilidade celular a este hormônio, inibição do eixo hipotálamo-hipófise* Mestre em Patologia Geral (FMTM) ** Doutor em Fisiologia (FMRP) Departamento de Ciências Biológicas – Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde – Universidade de Uberaba Endereço para correspondência: Disciplina de Fisiologia Departamento de Ciências Biológicas Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro Praça Manoel Terra, 200 Uberaba – MG 034- 3318.5421 [email protected] Rev Med Minas Gerais 2004; 14(4):228-32 Data de Submissão: 01/12/03 Data de Aprovação: 03/08/04 INFLUÊNCIA DA MELATONINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO CORPORAL E ÓSSEO DE RATOS gônadas e estímulo da secreção de fatores de crescimento semelhante à insulina (IGF)6-9. Existem evidências de que a glândula pineal influencia o tecido ósseo, tendo sido observado o surgimento de escoliose em aves, após a pinealectomia10. Estudos têm demonstrado também, ainda que a produção de MLT declina com o envelhecimento, situação que poderia relacionar-se ao surgimento e agravamento da osteoporose11. Além disso, a MLT ativa a diferenciação de pré-osteoblastos e osteoblastos e a formação óssea, in vitro12. Considerando as informações presentes na literatura, o presente estudo foi realizado para verificar a influência da melatonina em condições in vivo, analisando o crescimento e o desenvolvimento corporal e ósseo de ratos pinealectomizados, comparados a ratos normais. MATERIAL E MÉTODO Animais e grupos experimentais Foram utilizados ratos (Rattus norvegiccus) machos, da linhagem Wistar, desde cinco dias de nascimento até 120 dias de vida, obtidos do biotério da disciplina de Fisiologia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM). Os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais: grupo controle (submetidos à operação fictícia – CONTR) e grupo pinealectomizado (submetidos à retirada da pineal – PINX). Após a operação fictícia ou pinealectomia, os animais foram acompanhados, sendo pesados a cada dez dias, até 120 dias. Os procedimentos cirúrgicos foram realizados em um número de animais suficiente para que, após 10, 20, 30, 60, 90 e 120 dias, tivéssemos cerca de dez animais de cada grupo experimental. Procedimentos cirúrgicos Os animais, com cinco dias de nascimento, foram submetidos à crioanestesia, que consiste em colocá-los em ambiente de baixa temperatura (-8 a -10°C) durante cerca de 15 minutos, até que não se notem mais movimentos e que a respiração e batimentos cardíacos estejam muito reduzidos. Este procedimento é aceito pela comunidade científica como método para anestesia de animais jovens de pequeno porte, sendo recomendado inclusive pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos da América13, pois o uso de anestésicos nestes animais gera alta mortalidade e, na condição de crioanestesia, eles mantêm um metabolismo baixo e a sensibilidade dolorosa encontra-se reduzida, o que possibilita a realização do procedimento cirúrgico. Imediatamente após a retirada dos animais do ambiente frio, os mesmos foram pesados, colocados em decúbito ventral, sendo feita incisão em forma de U na calota craniana, na região da sutura parieto-occipital. Com auxílio de pinças adequadas, a pele e os tecidos subcutâneo e ósseo foram levantados, sendo visualizada a glândula pineal logo abaixo, entre os hemisférios cerebrais e o cerebelo. Através de pinçamento suave, a pineal foi retirada, sendo rebaixados os tecidos seccionados. A sutura foi realizada com o uso de cola (Super Bonder®), que tem sido utilizada neste tipo de procedimento em razão da fragilidade dos tecidos dificultar um processo de sutura com fios. Ainda sob a crioanestesia, os animais receberam marcação com injeção de cerca de 0,05ml de tinta Nanquim no subcutâneo, em diferentes regiões do corpo para permitir sua identificação futura. Após a operação e a marcação, os animais foram mantidos sob luz incandescente para receberem calor e obterem recuperação mais rápida. A operação fictícia foi realizada seguindo as mesmas etapas da pinealectomia, inclusive o levantamento dos tecidos subcutâneo e ósseo, visualizando-se assim a pineal, sem, contudo, proceder a sua retirada. Todos os animais foram, então, recolocados junto com suas mães, onde permaneceram até o 30º dia de vida. Acompanhamento e coleta de material A partir das operações realizadas, os animais foram acompanhados, sendo sacrificados alguns deles após 10, 20, 30, 60, 90 e 120 dias do procedimento cirúrgico, para coleta de dados das dimensões corporais (peso, comprimento do corpo, comprimento das patas, comprimento das tíbias) e coleta de material ósseo para estudo morfométrico macroscópico (comprimento da tíbia) e microscópico (espessura da tábua óssea e do disco epifisário). Análise estatística Os resultados referentes aos parâmetros corporais e histomorfométricos foram organizados em planilha eletrônica (Excel – Microsoft) de acordo com o grupo experimental e o tempo decorrido (10 a 120 dias após a operação). A partir daí, procedeu-se à análise estatística descritiva (média, desvio padrão) e comparativa (análise de variância e teste de comparação de médias). A análise de variância foi realizada, seguindo-se um pós-teste de Tukey para determinação dos grupos diferentes entre si. Os resultados foram considerados diferentes de maneira estatisticamente significativa para valores de p<0,05. RESULTADOS Entre todos os parâmetros analisados, foram detectadas diferenças estatisticamente significativas apenas quanto ao peso corporal, espessura da tábua óssea e do disco epifisário das tíbias. Peso corporal Houve ganho de peso proporcional entre os animais do grupo controle e experimental até 90 dias após o ato cirúrgico. A partir de 100 dias, os animais pinealectomizados passaram a ter peso maior que os do grupo controle (p<0,05). Rev Med Minas Gerais 2004; 14(4):228-32 229 INFLUÊNCIA DA MELATONINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO CORPORAL E ÓSSEO DE RATOS ESPESSURA DO DISCO EPIFISÁRIO 250 Peso corporal (g) 500 400 CONTR 300 PINX 200 100 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Espessura do disco epifisário (µm) PESO CORPORAL 200 150 100 CONTR PINX 50 Tempo após a operação (dias) 0 10 20 30 60 90 120 Tempo após operação (dias) Gráfico 1 - Evolução do peso corporal (g) nos animais controle (CONTR) e pinealectomizados (PINX) (média ± desvio padrão da média), do dia do procedimento até 120 dias após a operação (*: diferente em relação ao grupo controle; p<0,05). Gráfico 3 - Evolução da espessura do disco epifisário (mm) nos animais controle (CONTR) e pinealectomizados (PINX) (média ± desvio padrão da média), dos 10 aos 120 dias após o procedimento cirúrgico (*: diferente em relação aos animais controle; p<0,05). Espessura da tábua óssea DISCUSSÃO As medidas da espessura da tábua óssea nos animais do grupo controle e pinealectomizados, em tempos definidos após a pinealectomia ou operação fictícia, estão apresentadas no Gráfico 2, onde se observa menor espessura nos animais pinealectomizados após 60, 90 e 120 dias do ato cirúrgico, comparados aos animais do grupo controle. Os animais obtiveram pequeno aumento de peso entre o dia da operação (dia zero) e dez dias após. Esta fase é de crescimento bastante rápido nos animais. Entretanto, o fato de terem sido submetidos a um procedimento cirúrgico, associado à pequena idade dos animais, pode ter contribuído para um ganho menor do peso. A partir de 20 dias após a intervenção cirúrgica, até cerca de 90 dias, o peso aumentou rapidamente, tendendo a estabilizar-se após este período. Não foram observadas, nestes períodos, diferenças entre os animais do grupo controle e pinealectomizados. Após 100 a 120 dias, os animais de ambos os grupos continuaram ganhando peso, sendo que, neste período, observou-se que os animais pinealectomizados ganharam peso com um ritmo maior que os animais do grupo controle. Esse fato pode ser devido à participação da melatonina no controle do peso corporal em animais adultos, especialmente influenciando o tecido adiposo, conforme descrito na literatura. A pinealectomia causa intolerância à glicose e menor resposta de adipócitos à insulina, podendo estar associado ao ganho de peso em ratos pinealectomizados14. Ratos considerados de meia idade, cuja secreção de melatonina tende a ser menor, tiveram redução da adiposidade visceral quando tratados com melatonina, que poderia atuar pela influência direta ou indireta sobre os adipócitos15. As hipóteses para explicar o efeito da ausência da melatonina produzindo maior adiposidade poderiam incluir a perda do efeito termotrófico da melatonina16, ou ainda a maior atividade da lipoproteína lipase (enzima necessária à captura de ácidos graxos para o interior dos adipócitos) quando a temperatura corporal está um pouco abaixo do normal17. Foi ainda demonstrado recentemente que a melatonina, juntamente com a insulina e a dexametasona, aumen- Espessura da tábua óssea (µm) ESPESSURA DA TÁBUA ÓSSEA 200 150 100 CONTR PINX 50 0 10 20 30 60 90 120 Tempo após operação (dias) Gráfico 2 - Evolução da espessura da tábua óssea (mm) nos animais controle (CONTR) e pinealectomizados (PINX) (média ± desvio padrão da média), dos 10 aos 120 dias após o procedimento cirúrgico (*: diferente em relação aos animais controle; p<0,05). Espessura do disco epifisário As medidas da espessura dos discos epifisários dos animais do grupo controle e pinealectomizados estão apresentadas no Gráfico 3, onde se observa menor espessura nos discos dos animais pinealectomizados após 90 e 120 dias da intervenção cirúrgica, comparados aos animais do grupo controle. 230 Rev Med Minas Gerais 2004; 14(4):228-32 INFLUÊNCIA DA MELATONINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO CORPORAL E ÓSSEO DE RATOS tam a produção de leptina por adipócitos peri-epididimais de ratos in vitro18. Desse modo, seria possível supor que a ausência da melatonina pudesse reduzir a produção de leptina, o que produziria uma situação de maior ingestão alimentar e menor gasto, com conseqüente ganho de peso, visto que a leptina é um hormônio capaz de reduzir a ingestão alimentar e, ao mesmo tempo, ativar a lipólise7. Nos animais estudados, não realizamos análise para diferenciar se o ganho de peso foi em decorrência de maior quantidade de tecido adiposo ou um ganho de peso por aumento proporcional dos diversos tecidos. Mas as informações da literatura permitem supor que o ganho de peso deve ter ocorrido basicamente pelo aumento da adiposidade. As medidas do comprimento do animal, da pata e da tíbia foram realizadas para verificar a influência da ausência da melatonina sobre o crescimento ósseo. Caso a influência da pinealectomia fosse grande o suficiente para afetar a proliferação celular e a formação do material ósseo, poderíamos esperar que houvesse influência sobre o tamanho dos ossos longos (tíbia e alguns ossos da pata) e curtos (alguns ossos da pata e da coluna vertebral). Os resultados demonstraram não haver diferença significativa entre os comprimentos corporais dos animais, bem como do comprimento das patas e das tíbias dos animais pinealectomizados, comparados aos dos animais do grupo controle. Quanto aos parâmetros estudados pela análise das lâminas de tíbias, verificamos redução da espessura da tábua óssea a partir de 60 dias e do disco epifisário a partir de 90 dias nos animais que sofreram a retirada da pineal, quando comparados aos animais do grupo controle. A menor espessura da tábua óssea nos animais pinealectomizados poderia ser devida a um efeito direto da melatonina sobre as células ósseas, ou ainda à interação da melatonina com outros hormônios e fatores de crescimento, influenciando indiretamente estas células5,9. É provável, portanto, que a ausência de melatonina, gerada pela pinealectomia, possa ter reduzido o estímulo para a produção de IGFs e PTH, com conseqüente menor atividade mitogênica de condrócitos, resultando numa menor espessura do disco de crescimento nos ratos, observáveis a partir de 90 dias após o procedimento cirúrgico. CONCLUSÕES Houve maior ganho de peso corporal após 100, 110 e 120 dias da retirada da pineal, que poderia ser devido a aumento da adiposidade pela maior captação de ácidos graxos por adipócitos e menor atividade termogênica, provocadas pela ausência de melatonina e/ou redução da leptina. A ausência da melatonina pela pinealectomia reduziu a espessura do disco epifisário medida após 90 e 120 dias e a espessura da tábua óssea medida após 60, 90 e 120 da intervenção cirúrgica. Estes efeitos poderiam ser decorrentes da falta de ação estimuladora da melatonina sobre os condrócitos e/ou ainda menor ação de fatores estimuladores da mitogênese destas células, como IGFs, leptina e PTH, cuja secreção seria ativada em situação normal pela presença da melatonina. Portanto, podemos concluir que a pineal, por meio da secreção da melatonina, influencia o desenvolvimento ósseo de ratos, afetando provavelmente condrócitos e osteoblastos de maneira direta e/ou indireta. Entretanto, maiores estudos devem ser realizados para esclarecer os mecanismos pelos quais esta influência se faz e suas possíveis implicações fisiológicas e patológicas. ABSTRACT Five days old Wistar male rats were either pinealectomized or submitted to a sham operation. The animals were followed up to 120 days after surgery, being weighed and measured every 10 days. Groups of animals were then sacrificed at 10, 20, 30, 60, 90, and 120 days after the surgery. Thicknesses of the bone board and the epiphyseal plate of the tibia were measured. Results: (1) The average weight of the pinealectomized animals was greater than that of the control animals between 100 and 120 days after surgery; (2) There was no difference between the groups in the lengths of the body and of the back paw of the animals; (3) The length of the tibia was the same in both groups but the thickness of bone board after 60, 90, and 120 days of the surgery and the thickness of the epiphysial plate after 90 and 120 days of the surgery were smaller in the pinealectomized animals when compared with the control groups. Conclusion: the pineal gland, through the secretion of melatonin, participates in the bone development in rats by unknown mechanisms. Keywords: Melatonin; Pineal gland / growth & deve- lopment; Bone development; Rats REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Bonjour JP, Ammann P, Chevalley T, Rizzoli R. Protein intake and bone growth. 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A PERCEPÇÃO DA CLIENTELA SOBRE AS CONDIÇÕES DA SALA PEDIÁTRICA DE PRONTO ATENDIMENTO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS, BELO HORIZONTE THE CLIENTELE’S PERCEPTION ON THE CONDITIONS OF THE PEDIATRICS EMERGENCY ROOM OF THE HOSPITAL DAS CLÍNICAS, BELO HORIZONTE FLÁVIA ALVES CAMPOS*, ROSA MARIA QUADROS NEHMY**, JOAQUIM ANTÔNIO CÉSAR MOTA***, GUSTAVO BRUNO PIRES BASTOS**** GUILHERME RAFAEL SANT’ANNA ATHAYDE****, GUILHERME DA CUNHA MESSIAS DOS SANTOS**** RESUMO INTRODUÇÃO Objetivo: Procurou-se captar a percepção das crianças e de seus acompanhantes quanto a situações causadoras de estresse, provocadas pelo ambiente físico e social do Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Métodos: Empregou-se metodologia de caráter qualitativo, utilizando as técnicas de entrevista e de observação. Os informantes foram crianças que se encontravam internadas no Pronto Atendimento e seus acompanhantes. Resultados: Os resultados mostraram que crianças e acompanhantes percebem a estadia no Pronto Atendimento como algo penoso, sem conforto, onde não há nada o que fazer para desviar a atenção da doença. A ausência de mecanismos de desvio da tensão estimula a angústia dos acompanhantes, no convívio com o ambiente estressante de doença e morte, próprio da sala de emergência. Os acompanhantes seguem a evolução de casos de doenças semelhantes às de seus filhos, criando a expectativa do mesmo desfecho para eles. Conclusões: Escutar a perspectiva da clientela constitui um elemento a mais na direção da humanização da assistência hospitalar. As sugestões feitas pela clientela apontam mudanças que podem ser atendidas com recursos criativos e pouco onerosos. Este artigo apresenta os resultados da pesquisa realizada pela equipe do subprojeto “ABRAÇARTE: pesquisa e atividades lúdicas no ambiente hospitalar pediátrico” que faz parte de projeto mais amplo, denominado “Humanização do atendimento ao paciente internado: paciente pediátrico e paciente terminal”. O projeto está sendo desenvolvido em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, numa parceria entre os departamentos de Medicina Preventiva e Social, de Pediatria e de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, Palavras-chave: Criança / hospitalizada / psicologia; Percepção; Ambiente de instituições de saúde; Serviços médicos de urgência; Humanismo; Estresse psicológico; Família Endereço para correspondência: Profª Rosa Maria Quadros Nehmy Av. Alfredo Balena, 190, sala 10038 Belo Horizonte, MG CEP 30130-100 Fone: (31) 3248.9813 Fax: (31) 3248.9802 E-mail: [email protected] 232 * Aluna de graduação, Bolsista de Iniciação Científica, PIBIC ** Professora Adjunta, Doutora, Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina da UFMG *** Professor Adjunto, Doutor, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina da UFMG **** Alunos de graduação, Bolsistas pelo Programa de Aprimoramento Discente, PAD/2002 Faculdade de Medicina – Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais Rev Med Minas Gerais 2004; 14(4):232-8 Data de Submissão: 18/12/03 Data de Aprovação: 23/08/04