1. estrangeiros que fizeram o brasil

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SUMÁRIO
DO
VOLUME
HISTÓRIA
1. Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
2. Os primeiros anos da República no Brasil
3. Crise e ruptura: os últimos anos da República Velha
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História
SUMÁRIO COMPLETO
VOLUME 1
1. Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
2. Os primeiros anos da República no Brasil
3. Crise e Ruptura: os últimos anos da República Velha
VOLUME 2
4. Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial
5. Contexto Nacional: do Movimento Militar de 1930 ao Golpe Militar
6. Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria
VOLUME 3
7. Movimentos de resistência ao Capitalismo e ao Regime Militar no Brasil
8. Regimes militares na América Latina
9. O processo histórico contemporâneo no Brasil
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4
História
História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
1. ESTRANGEIROS
O
QUE FIZERAM O
BRASIL:
OS IMIGRANTES
Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: 05 jul. 2010.
povo brasileiro tem como característica uma
diversidade étnica, cultural e religiosa que, em poucos
lugares do mundo, pode-se perceber. A imigração
que ocorreu no país, principalmente entre 1870 e
1930, levou à formação de um povo com inúmeras
faces.
Porém, questionamos: quais os motivos que
provocaram essa imigração? O que gerou a saída de
milhões de pessoas de suas terras e o que ocasionou
a busca de novos caminhos, em lugares dos quais se
sabia pouco ou até nada?
A Europa foi responsável pela maior parte
de imigrantes no porto de Santos, início do
dos imigrantes que aqui chegaram, devido a uma Desembarque
século XX.
conjuntura que tornava a vida de trabalhadores
bastante difícil. Primeiramente, pode-se mencionar que houve um aumento demográfico no Velho
Mundo, devido à prática de novas medidas de higiene e à vacinação (notadamente a antivariólica), que
levaram à diminuição da mortalidade. Esse aumento populacional conduziu também ao desemprego,
gerando miséria e pobreza. Além desse fator, houve também as crises agrícolas, que provocavam a falta de
alimento e, consequentemente, a fome.
Outro fator que impulsionou a imigração foi a Revolução Industrial Europeia, que ocasionou a
substituição da mão de obra humana por inovações tecnológicas (máquinas, por exemplo).
O Brasil, por sua vez, necessitava de mão de obra para ocupar o espaço deixado pelo escravo, dando
continuidade à ocupação do território. Atraídos por uma propaganda de enriquecimento fácil, de ascensão
social e econômica, os imigrantes desembarcavam e aqui se deparavam com a dura realidade de horas de
trabalho em más condições e o sonho da prosperidade financeira era algo distante para a maioria.
Disponível em: <www.laugalaekjarskoli.is>. Acesso em: 05 jul. 2010.
O trabalho infantil nas fábricas.
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História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
Dentre os imigrantes que para o Brasil vieram,
estavam os alemães cujo maior fluxo deu-se após a
Independência, dentro de um plano governamental
de ocupação do Sul do País, onde poderia ser
desenvolvida a agricultura. A primeira colônia
alemã foi fundada em 1824, com o nome de São
Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Posteriormente
outras colônias formaram-se. Atualmente,
as colônias mais conhecidas são aquelas que
passaram por um processo de desenvolvimento
econômico com a industrialização, como é o caso
de Blumenau, Joinville e São Leopoldo, que ainda
conservam características da cultura original.
Santa Catarina é considerado o mais alemão dos
Estados do Brasil. Há uma estimativa de que 35%
da sua população é de ascendência alemã. Muitas
cidades do Sul preservam a cultura, a arquitetura,
a língua e as festas populares alemãs.
Disponível em: <www.godela.com.br>. Acesso em: 05 jul. 2010.
Atualmente, as atividades dos seus descendentes
são as mais variadas, como industriais, profissionais
liberais e empreendedores diversos. Ainda mantêm
sua cultura e preservam o judaísmo.
Os sírios e libaneses também migraram
em maior quantidade no final do século XIX.
Fixaram-se, também, no Estado de São Paulo, e
dedicaram-se às atividades comerciais. No início
trabalhavam como mascates, indo às cidades do
interior oferecendo suas mercadorias.
Depois,
abriram
seus
próprios
estabelecimentos comerciais e tiveram importante
papel no comércio da borracha. Os espanhóis
foram a terceira maior etnia que imigrou para
o Brasil a partir de 1880, principalmente para
trabalhar nas fazendas de café no Estado de São
Paulo. A partir da década de 1920, ampliaram
suas atividades para a área urbana, incluindo os
setores de “ferro-velho” e de restaurantes.
Em suma, o processo imigratório produziu,
no Brasil, uma formação étnica e cultural sem
precedentes. Nas características físicas e na alma
do povo brasileiro, estão incorporados sinais dos
quatro cantos do mundo. Um país formado por
multiplicidade de cores e sabores e com uma
cultura de imenso valor histórico.
Trabalhando com imagens
Observe esta imagem e perceba
diversidade cultural representada.
a
A Oktoberfest, em Blumenau, Santa
Catarina, reúne anualmente milhares de
turistas. A festa é uma forma de preservar
e divulgar tradições alemãs no Sul do País.
Além da imigração alemã, houve também
a judaica, que foi mais expressiva no fim do
século XIX. Porém, a partir dos anos 1920 e,
principalmente, na década de 1930, devido à
perseguição aos judeus pelos nazistas, o número
de imigrantes cresceu consideravelmente. Eles
se estruturaram, em sua maioria, no Estado
de São Paulo. Na capital paulista, o bairro do
Bom Retiro tornou-se reduto desses imigrantes
que trabalharam em atividades comerciais.
Adaptado para o Acervo CNEC
História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
1
De acordo com a imagem, que aspectos
culturais você pôde perceber?
2
Pesquise, nas mais diversas fontes, sobre a
origem das culturas branca, negra e indígena.
3
Em sua cidade ou região, há variedade cultural?
Qual a origem da cultura da sua região?
Quando os portugueses chegaram às terras
brasileiras, encontraram-se com os índios. Após
a sua fixação nessas terras, tentaram utilizar o
índio como mão de obra, porém não obtiveram
o resultado esperado. Então passaram a usar a
mão de obra escrava provinda do continente
africano.
Com a extinção do tráfico negreiro e a
abolição da escravatura, dentre outros motivos,
imigrantes vindos de diversas partes da Europa
fixaram-se no Brasil, reforçando a diversidade
cultural. A partir do somatório das culturas
desses povos, formou-se a brasileira que, mesmo
não sendo una, representa a Nação.
Mas, no decorrer da história do Brasil, o
País sempre esteve ligado aos acontecimentos
europeus. No século XVIII, a França vivenciou
um período de profunda insatisfação popular
que levou à eclosão da Revolução Francesa, em
1789, cujos ideais eram de liberdade, igualdade
e fraternidade. Esse movimento deixou claro que
as antigas práticas sociais, políticas e econômicas
estavam sendo rejeitadas. O desejo era romper
com o Regime Absolutista, que se baseava
no direito divino de governar, ou seja, os reis
afirmavam que Deus lhes havia concedido o
poder, e o Estado era soberano nas decisões e no
estabelecimento de leis. Os reis contavam com o
apoio do clero e da nobreza, os quais usufruíam
das benesses do Estado, enquanto o povo
sofria com a má distribuição de renda e com os
impostos cobrados pelos nobres e clérigos.
As ideias iluministas influenciaram
grandemente os movimentos da Revolução
Francesa. Os intelectuais, como John Locke,
Montesquieu e Voltaire, defenderam e
difundiram a ideia de liberdade de pensamento
e de ação, os direitos dos cidadãos e a igualdade
social.
HOUËL, Jean-Pierre. Prise de La Bastille
A queda da Bastilha, fortaleza que representava o poder do
Absolutismo, marcou o início da Revolução Francesa.
Ocorreu, nesse período, a transição do
Feudalismo para o Capitalismo; do Absolutismo
para formas governamentais mais democráticas,
como, por exemplo, a República, e, no meio
artístico, as influências dos pensadores franceses
mudaram as produções, abandonando a poética
neoclássica, um estilo voltado para o equilíbrio e
a simplicidade.
Surgia um novo estilo, o Romantismo.
Para compreendê-lo melhor, entenda que
Romantismo com letra maiúscula referese ao movimento artístico; já o com letra
minúscula, designa um sentimento afetivo, um
comportamento.
O historiador Nelson Werneck Sodré reforça
a ideia de que o Romantismo tem ligações com o
período histórico quando diz:
“...o advento do Romantismo, pois, só tem uma
explicação clara e profunda, a explicação objetiva,
quando subordinada ao quadro histórico em que
processou.”
NICOLA, José de. Literatura Brasileira, das origens aos nossos dias.
São Paulo: Scipione, 1998
Essa nova tendência, que teve início na Europa,
no século XVIII, foi percebida na literatura, na
pintura, na música, nas artes plásticas e, de forma
menos expressiva, na arquitetura.
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8
História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
Os artistas abandonaram a arte voltada para
a nobreza, rejeitaram os preceitos de calma,
harmonia, equilíbrio, racionalidade que eram
típicos do Classicismo e do Neoclassicismo.
Os artistas românticos valorizaram o
sentimento, a emoção, a individualidade,
a liberdade de criação, o amor platônico, a
morte heroica na guerra e a espontaneidade.
Eles valorizaram os conceitos de pátria e de
República; enalteceram o que era nacional e
folclórico. Isso implicou conhecer a própria
terra, sua cultura e seus valores.
Através do nacionalismo, os povos de mesma
origem e cultura procuravam se unir; assim,
surgiu o conceito de nação. Dessa forma, os
povos começaram a valorizar suas singularidades
e seu passado histórico, passando a defender,
também, sua independência nacional. A
ideia de que o rei representava o Estado era
abandonada, sendo assim, defendiam também
a escolha da forma de governo e um território
unificado.
A Inglaterra destacou-se com artistas
românticos, porém quem divulgou e fez
espalhar o movimento para outros lugares,
como o Brasil, foram os artistas franceses.
No período romântico, as músicas foram
compostas com o intuito de emocionar o público
e levá-lo para as raízes regionais, folclóricas
e nacionalistas. Muitos desses artistas, como
Beethoven, Rossini, Verdi, Berlioz, Wagner,
Liszt, Tchaikovsky são conhecidos até hoje.
A pintura foi um meio que difundiu com
grande propriedade o Romantismo. Ela trazia
em si uma narração que era transmitida com
forte impacto. Eugène Delacroix, nascido no
país das revoluções, a França, foi um pintor
visto como revolucionário.
Entre suas obras, a mais conhecida é A
Liberdade Guiando o Povo, de 1830. Nesse
trabalho, o pintor retrata a multidão nas ruas,
mobilizada pela ideia de conquistar a liberdade
e o nacionalismo na França. Era a luta do
povo para pôr fim ao Absolutismo, que havia
retornado ao País, após o Congresso de Viena,
em 1814, que devolveu o poder à Dinastia dos
Bourbon.
Delacroix, Eugène. A Liberdade Guiando o Povo.
Após a derrota de Napoleão na Batalha de
Waterloo e a sua deportação para a ilha de Santa
Helena, onde faleceu, as nações europeias, entre
elas Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia, reuniramse no Congresso de Viena para decidir o futuro do
continente. Boa parte da Europa estava em ruínas,
e as nações queriam tirar proveitos, reorganizando
o espaço territorial.
O objetivo do Congresso era retomar as antigas
práticas absolutistas de antes da Revolução Francesa
sob um princípio legítimo. Eles defendiam a tese
de que os governantes legítimos seriam aqueles
que descendiam das famílias dinásticas conhecidas
como os Romanov (Rússia), Bourbon (França),
Habsburgo (Áustria), Hohenzollern (Prússia),
Bragança (Portugal), entre outros.
Assim, o Congresso restaurou o Absolutismo,
retornando as dinastias destituídas aos seus
tronos. Houve uma divisão territorial, um novo
desenho do mapa da Europa, porém tomaram o
cuidado de haver um equilíbrio territorial entre as
nações a fim de evitar o fortalecimento de uma
delas. Contudo a Áustria, a Prússia, a Rússia e a
Inglaterra receberam direitos especiais.
A Inglaterra foi grandemente beneficiada. Ela
recebeu o direito de livre navegação dos mares e
rios, suas relações comerciais desenvolveram-se.
Para assegurar a paz e o cumprimento das
decisões tomadas no Congresso, foi criada a
Santa Aliança, que nada mais era do que uma
força militar cuja função era realizar intervenções
armadas contra movimentos revolucionários e
sufocar qualquer anseio de revolta e movimentos
nacionalistas que não aceitassem as imposições do
Congresso e emancipacionistas (movimentos nas
colônias pela independência).
História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
Na França, retomou o poder a Dinastia
dos Bourbon, com Luís XVIII. Uma nova
constituição foi redigida determinando que
o poder executivo ficasse nas mãos do rei; o
legislativo seria dividido entre duas câmaras: a
Câmara dos Pares, em que os deputados seriam
nomeados pelo rei e teriam cargos vitalícios e
hereditários e, a Câmara dos Deputados, que
eram eleitos segundo a renda individual (voto
censitário). O governo de Luís XVIII apesar de
perseguir duramente os bonapartistas adotou
uma postura moderada em sua relação com a
alta burguesia e assim evitou confrontos mais
sérios em seu reinado.
Após a morte de Luís XVIII, quem assumiu
o trono foi Carlos X, que era líder de um grupo
profundamente reacionário conhecido como
ultra-realistas. O rei tentou gradualmente
restaurar o absolutismo na França. Em 1830,
decidiu extinguir a liberdade de imprensa e
alterar a Constituição do país.
Alguns fracassaram, e a população não
conseguiu se libertar dos regimes absolutistas,
como é o caso da Alemanha, da Itália e da Polônia.
Porém, em alguns países, os manifestantes
conseguiram
implantar
novos
regimes
governamentais. Outros conquistaram sua
independência: a Bélgica, que foi anexada à
Holanda em 1815, tornou-se independente em
1831, e a Grécia, que estava sob o domínio dos
Otomanos, também teve sua independência em
1832.
Saiba mais
Victor Hugo (1802-1885) é considerado
o maior escritor romântico da França. Sua
vida é marcada pelo intenso envolvimento
com os problemas da sociedade. Em 1848,
por exemplo, o poeta foi favorável à adoção
da República e combateu o imperador
Napoleão III. Consequentemente, passou 20
anos exilado. Entre suas obras, destaca-se a
coletânea Folhas de Outono e o romance Notre
Dame de Paris, ambos escritos em 1831. Mas o
seu trabalho que melhor registrou os problemas
sociais franceses foi Os Miseráveis, escrito em
1862.
Nessa obra, Victor Hugo descreve a vida do
personagem Jean Valjean, um camponês que,
levado pelas circunstâncias, comete um crime.
O intuito do escritor é trazer à tona uma situação
social que deveria ser encarada pela sociedade
em geral e, principalmente, pelas autoridades
políticas da época.
Veja o seguinte trecho de Os Miseráveis:
Episódio da revolução de 1830 na Bélgica.
Essas atitudes desencadearam uma nova
revolução na França. Em 1830, ocorreram revoltas,
que duraram três dias e ficaram conhecidas como
os três dias gloriosos. Ao final, os parisienses
depuseram o rei Carlos X e, em seu lugar, assumiu
o Duque de Orléans, Luís Filipe de Orléans,
considerado “O Rei Burguês”.
O grande escritor Victor Hugo, através da
literatura, relatou a vida da população nesse período
revolucionário. Através do livro mundialmente
conhecido, Os Miseráveis, ele narra a situação
política, social e econômica da França após 1830.
Foi nesse clima que eclodiram movimentos
contra os regimes políticos em várias regiões da
Europa, na década de 1830.
“Jean Valjean, de humilde origem
camponesa, ficara órfão de pai e mãe ainda
pequeno e foi recolhido por uma irmã mais
velha, casada e com sete filhos. Enviuvando
a irmã, passou a arrimo da família, e, assim,
consumiu a mocidade em trabalhos rudes e mal
remunerados (...). Num inverno especialmente
rigoroso, perdeu o emprego, e a fome bateu
à porta da miserável família. Desesperado,
recorreu ao crime: quebrou a vitrina de uma
padaria para roubar um pão (...). Levado aos
tribunais por crime de roubo e arrombamento,
foi condenado a cinco anos de galés. (...)
Mesmo na sua ignorância, tinha consciência
de que o castigo que lhe fora imposto era duro
demais para a natureza de sua falta e que o pão
que roubara para matar a fome de uma família
inteira não podia justificar os longos anos de
prisão a que tinha sido condenado.”
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História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
Através desse trecho, é possível comprovar
a situação de extrema miséria vivenciada
pelos franceses. Victor Hugo a utiliza como
justificativa para o roubo promovido por seu
personagem, atitude comum também na atual
sociedade.
4
Após a leitura do texto, descreva quais eram as
condições sociais e econômicas desse cidadão
francês.
Outro artista que abalou a sociedade com suas
obras foi o espanhol Francisco de Goya (17461828). Goya retratou a família real espanhola,
as personalidades da corte, as pessoas do povo,
os horrores das guerras e as cenas históricas
decorrentes das lutas pela liberdade.
Um dos exemplos de suas obras que retrata
cenas históricas é Os Fuzilamentos de 3 de maio de
1808. No ano de 1808, a Espanha era controlada
pelas forças napoleônicas e, devido à revolta dos
espanhóis contra o exército francês, houve um
verdadeiro massacre de cinco mil civis espanhóis.
A pintura foi a forma encontrada pelo artista
para demonstrar a sua indignação. Nas palavras do
estudioso Lionello Venturi, “a pintura de Goya é
um símbolo externo de revolta popular contra a
opressão”.
GOYA (Francisco José Goya y Lucientes). Os fuzilamentos
de 03 de maio de 1808.
A escultura retratou atos heróicos e cenas de
luta. Devido à preocupação com o nacionalismo,
os monumentos deram ênfase aos atos patrióticos.
François Rude. A partida dos voluntários de 1792
Essa obra é conhecida também como A Marselhesa, nome
dado ao hino da França. Ela representa a Pátria, com as asas
abertas, chamando os voluntários para lutar pela Nação. Ela
faz parte do Arco do Triunfo, em Paris.
A arquitetura também visava recuperar a
identidade nacional. Assim, ela valorizava a vida
urbana e evidenciava a cultura da época. Em
relação à vida urbana, a Revolução Industrial,
ocorrida no século XVIII, transformou as
grandes cidades que passaram a receber um
contingente de pessoas que vinha do campo à
procura de melhores condições de vida.
A urbanização da Europa determinou
mudança nas construções que deveriam suprir
as necessidades da classe média e burguesa. Os
edifícios eram construídos a fim de atender essas
classes, deixando as classes baixas abandonadas
em bairros sem as mínimas condições de infraestrutura. A poluição tornou-se um grande
problema das cidades industrializadas. A
falta de saneamento básico (abastecimento de
água, esgoto e instalações sanitárias) provocou
diversas doenças.
Como se pôde observar, as artes passaram a
ter um forte papel de protesto, de denúncia, de
mobilização e de influência sobre a sociedade,
mostrando as realidades vividas e os sonhos que
se desejavam alcançar.
História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
A cultura europeia desse período
influenciou a vida e a formação da cultura
brasileira.
A vinda da família real para a Colônia
portuguesa, em 1808, transformou a vida
política, social, econômica e cultural das
pessoas. Uma esquadra contendo de 10 a 15
mil pessoas desembarcou trazendo riquezas,
documentos, arquivos do governo português,
uma máquina impressora e uma vasta
biblioteca, que formou a Biblioteca Nacional,
além de uma coleção de arte.
Através das obras de Debret é possível reconstituir parte do
cotidiano do Brasil.
Disponível em: <http://i.olhares.com>. Acesso em: 05 jun. 2010.
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
A partir desse momento, o acesso à cultura
na Colônia deixou de ser privilégio de poucos
que tinham condições de viajar para a Europa e
estendeu-se às outras camadas sociais, uma vez
que a sociedade também se diversificava.
Foram criadas várias Escolas e Academias,
entre elas a Academia de Belas Artes, onde, em
1816, mestres da arte francesa, como Debret,
ensinavam técnicas de pintura. Foi fundado o
Museu Nacional e o Observatório Astronômico,
além da Biblioteca Real. O Imperador criou
a Imprensa Régia que editava várias obras de
escritores. Em 1808, foi publicado o primeiro
número do jornal A Gazeta, no Rio de Janeiro,
que era controlado pelo Império e possuía um
caráter oficial.
Porém, também começaram a surgir jornais
independentes que continham críticas à política
portuguesa. Era o caso do Correio Brasiliense,
de Hipólito José da Costa.
A vinda da família real inovou o mundo
colonial, porém, para manter e suprir as
necessidades da Corte houve um aumento
de impostos que não agradou à maioria da
população. A insatisfação popular gerou atritos
com a corte e a família real.
Em 1821, por fim, D. João VI retornou
a Portugal e deixou o trono nas mãos de seu
filho D. Pedro I, que, em 1822, proclamou a
Independência do Brasil.
Após a Independência, iniciou-se uma
discussão em torno da questão do “ser
brasileiro”. Passou-se a buscar uma identidade
para o povo, marcado pelas diferenças raciais
e culturais. A identidade nacional deveria ser
criada a partir dos próprios aspectos do País.
A imagem que se buscava deveria representar
seus próprios valores, sua própria cultura e suas
próprias características.
A França e a Inglaterra tiveram grande
parcela de influência nos movimentos que
aconteceram no Brasil. O Romantismo, que
há muito tempo permeava a cultura europeia,
desempenhou um importante papel histórico
no País.
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História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
Ampliando o conhecimento
Como já foi dito, durante o Período Imperial,
o Brasil passou por grandes transformações.
Alguns acontecimentos tiveram mais relevância
que outros e acabaram se destacando na
história brasileira. Para melhor compreensão
desse assunto, é importante conhecermos
esses acontecimentos.
5
Vamos trabalhar em grupo! A sala poderá ser
dividida em sete grupos, número de décadas do
Período Imperial. Cada grupo ficará responsável
por pesquisar sobre os acontecimentos
políticos, econômicos, sociais e culturais da
década definida pelo professor. Para finalizar,
cada grupo apresentará o resultado de sua
pesquisa em sala de aula. Não se esqueçam
de produzir cartazes para ilustrar sua pesquisa.
Bom trabalho!
Com um reinado marcado pelo autoritarismo,
D. Pedro I renunciou ao trono, e seu filho, D. Pedro II,
foi proclamado Imperador do Brasil.
E com o intuito de formar uma identidade
brasileira, buscaram-se, nas tradições, na religião
e na natureza, os meios para uma imagem ideal.
Contribuindo com essa construção, foi publicado,
em 1836, na revista Niterói – Revista Brasiliense
de Ciências, Letras e Artes, um manifesto escrito
por jovens brasileiros. O manifesto intitulava-se
“Tudo pelo Brasil e para o Brasil” e exaltava os
valores nacionais, principalmente os indígenas,
que se tornariam o elemento básico de nossa
brasilidade. Em 1838, a criação do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro também acirrou
as discussões sobre a construção da nacionalidade
brasileira.
A partir do governo de D. Pedro II e contando
com o seu apoio, os intelectuais tornaram a
valorização do índio um projeto oficial. O
Romantismo tornou-se uma verdadeira política
cultural ligada à criação de uma história nacional
feita de continuidades e sem conflitos. Idealizouse um índio heroico e uma natureza paradisíaca
que simbolizariam a história do País, enquanto
questões como a escravidão eram esquecidas.
AMOÊDO, Rodolpho. O último Tamoyo
Muitos escritores destacaram-se. Entre eles,
Gonçalves de Magalhães, autor de Suspiros
poéticos e saudades e Confederação dos Tamoios,
esta última obra financiada por D. Pedro II.
Outro grande destaque do Romantismo no
Brasil é Gonçalves Dias, autor de poemas, como
I-Juca-Pirama, Os Timbiras, Canção do Tamoio,
que também reforçavam a ideia do indígena
como símbolo nacional. Também se destacaram
os romances Iracema e O Guarani. Na obra
O Guarani, de José de Alencar, o índio foi
idealizado ao extremo.
Saiba mais
HERÓI NACIONAL
“Das três raças que formaram a etnia brasileira,
apenas o índio se tornou herói em nossa literatura.
O branco não poderia ser o herói nacional
naquele momento, em razão de estar identificado
com o colonizador português, isso entraria
em choque com o sentimento nacionalista e
antilusitano que surgiu após a Independência.
O negro, por sua vez, representava o alicerce
econômico daquela estrutura social, a mão de
obra escravizada e compelida ao trabalho. Seria,
portanto, um contra-senso econômico e social
elevá-lo à condição de herói, uma vez que muitos
escritores e leitores da época faziam parte da
classe dominante e compactuavam com o regime
escravocrata.
Desse modo, coube ao índio, isento de conotações
negativas, quer sociais, quer econômicas, o papel
de herói nacional em nossa literatura romântica.”
William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Literatura
Brasileira. 2a ed. – Reformulada – São Paulo. Atual, 2000
História
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Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
A pintura seguiu o mesmo caminho
da literatura. Os pintores procuraram
recriar, em suas obras, os acontecimentos
históricos do país, a natureza, o indígena
e a vida do brasileiro em geral. D. Pedro
II tornou-se um verdadeiro mecenas
(patrocinador dos artistas) através da
distribuição de prêmios e de bolsas de
estudo para o exterior. A Academia
Imperial de Belas Artes, por exemplo,
Américo, Pedro. O grito do Ipiranga
criada em 1826, passou a ter grande
A tela idealiza o momento em que D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil.
importância a partir do apoio financeiro Retrata D. Pedro I, de forma imponente, enquanto que o povo, representado pelo
agricultor do lado esquerdo, assusta-se com os acontecimentos.
do Império.
A busca pela brasilidade não se restringiu às artes. Nessa época, procurou-se criar uma história
nacional, que ressaltava momentos e nomes de personagens considerados importantes. Também as
ciências naturais buscaram conhecer melhor o País, identificando, catalogando e classificando os minérios
e as espécies da fauna, da flora.
Apesar da intenção de criar a imagem de um País onde as diferenças sociais e raciais conviviam
harmoniosamente, não foi possível abafar os conflitos que existiam, principalmente no que diz respeito à
escravidão. A arte, a partir da década de 1870, voltou-se para a realidade política e social de forma crítica,
até porque a própria luta dos negros e de grupos abolicionistas tornava o problema mais visível.
Entre as décadas de 1850 e 1890, o Brasil passou por profundas transformações. O café tornouse o principal produto das exportações e possibilitou o desenvolvimento comercial na região Sudeste,
principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O filósofo e historiador João Cruz Costa, em sua obra Pequena história da República, descreveu a
estrutura da sociedade brasileira no final do século XIX:
“No quadro da sociedade brasileira da segunda metade do século XIX, é possível perceber também
a existência de uma incipiente classe média composta de elementos ligados à atividade comercial, ao
que se chamaria de ‘alto comércio’, aquele que se ligava à exportação e importação, gravitando na órbita
da classe senhorial, e o comércio tout court, ligado às limitadas transações de um pequeno mercado
interno. Além desta classe comercial, contava-se com o funcionalismo, o numeroso funcionalismo
que deriva da amplidão do aparelho do Estado e de
características normais à estrutura econômica brasileira
em que o Estado se apresenta como empregador por
excelência, a válvula propícia à compensação das limitações
de um mercado de trabalho onerado pelo escravismo; os
elementos das profissões liberais, em grande parte oriundos
da classe comercial e do funcionalismo; os militares, quase
todos moços que ingressavam na carreira das armas para
conseguirem instrução que as condições de vida lhes
negavam; os intelectuais, quase todos funcionários (como
o grande romancista Machado de Assis); os sacerdotes, boa
parte oriunda, como os militares, de família pobre, que
procuravam os seminários para obterem a instrução que
sua família não lhes podia dar; os pequenos produtores
agrícolas e, enfim, os trabalhadores, na sua maioria escravos;
os trabalhadores livres e os representantes, ainda poucos,
das primeiras levas de imigrantes.”
PORTINARI, Cândido. Lavrador de café
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História
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
Saiba mais
OUTRAS RIQUEZAS BRASILEIRAS
Enquanto no Sudeste predominava a cafeicultura,
outras regiões do País desenvolveram atividades
produtivas que se destacaram na economia: na
Bahia, o cacau; na Amazônia, a exploração da
borracha extraída da seringueira, árvore da região.
Algumas descobertas foram importantes para
o cenário nacional: em 1839, o americano Charles
Goodyer inventou a vulcanização (adição de enxofre
à borracha); em seguida, a criação do primeiro
automóvel, em 1885, por Raul Benz, que utilizava
pneus de borracha vulcanizada. Essas descobertas
impulsionaram a exploração do látex, matéria-prima
para a fabricação dos pneus e de vários outros
produtos.
Nesse período, a região Norte, principalmente o
Amazonas, alimentou o sonho de ser o Estado mais
rico do País. Isso também atraiu migrantes de várias
regiões, principalmente nordestinos que fugiam da
terrível seca de 1877-1879, ocorrida no Ceará.
Muitos latifundiários, donos dos seringais,
adquiriram verdadeiras fortunas. Em Manaus e em
Belém, foram construídos belos palacetes; ruas,
hotéis e cafés fervilhavam, repletos de banqueiros
ingleses, investidores americanos, dentre outros.
Porém, essas transformações não atingiram os
seringueiros, que permaneciam em condições
miseráveis de sobrevivência.
Por alguns anos, a borracha brasileira dominou
o mercado internacional, até que os ingleses
começaram a produzi-la em suas colônias asiáticas
por um custo bem menor. Os seringais da Amazônia
foram, aos poucos, abandonados.
Da época áurea de Manaus e de Belém,
restaram algumas marcas, como é o caso do Teatro
Amazonas.
Disponível em: <http://seringalguapimirim.com.br>. Acesso em 06 jul. 2010.
Seringueiro
Disponível em: <http://manaus1.files.wordpress.com>. Acesso em 06 jul. 2010.
Teatro Amazonas
Com o desenvolvimento comercial, houve
um crescimento da classe média urbana, o
que também ocorreu devido ao aumento de
funcionários do Estado durante o Segundo
Reinado. Com a cafeicultura, surgiu também,
em São Paulo, um número grande de ricos
cafeicultores, defensores do fim da escravidão e
das ideias republicanas. Em 1870, os cafeicultores
fundaram o Partido Republicano Paulista (PRP),
o que abalou as estruturas do sistema monárquico.
O caminho para a República estava sendo
traçado. Primeiramente, havia se extinguido o
tráfico de escravos com a Lei Eusébio de Queirós
de 1850; no ano de 1871, foi aprovada a Lei do
Ventre Livre (crianças nascidas após essa data
seriam livres); em 1885, foi assinada a Lei do
Sexagenário (maiores de 65 anos tornar-se-iam
libertos). Por fim, em 1888, foi assinada a Lei
Áurea, que libertou todos os escravos.
Na área política, durante o governo de D.
Pedro II, havia uma união dos republicanos contra
o governo. O exército havia conquistado prestígio
com a Guerra do Paraguai (1864-1870).
O Paraguai, que tinha se tornado República
independente em 1811, governado por Solano
López, era um país que produzia quase todos os
alimentos de que precisava. Tinha, em sua capital,
Assunção, uma fábrica de pólvora e de armas,
e precisava se desenvolver economicamente,
exportando seus produtos. O País, porém, não tinha
saída para o Atlântico nem controlava a navegação
do rio Paraná, importante para escoamento de
produtos de exportação. Com o apoio do capital
inglês, o Brasil uniu-se à Argentina e ao Uruguai, a
fim de defender parte do território que interessava
ao processo expansionista paraguaio.
História
15
Estrangeiros que fizeram o Brasil: os imigrantes
Disponível em: <www.ua.pt>. Acesso em: 05 jun. 2010.
Nesse conflito, houve milhares de mortes, principalmente de paraguaios;
foi realmente uma tragédia. Ao final da guerra, havia morrido entre 60 e
70% dos seus habitantes, a maioria homens adultos. O Brasil e a Argentina
conseguiram alguns milhares de quilômetros de terras paraguaias, porém
perderam homens e se endividaram com a Inglaterra. Durante a guerra,
soldados brasileiros conheceram o governo implantado nos outros países: a
República. Assim, os militares aderiram às ideias republicanas e positivistas
(cuja filosofia enfatizava que o domínio social e político deveria ser exercido
pelos sábios e fortes, e o progresso provinha da ordem: “O amor por
princípio, a ordem por base e o progresso por fim”) e se voltaram contra o
Império.
Havia, também, um grande descontentamento popular. A sociedade
estava insatisfeita; os cafeicultores, os operários e a classe média desejavam
ter sua cota de participação na política.
A Igreja entrou em atrito com o governo por causa da maçonaria. No
Brasil, vigorava o Regime do Padroado,, no qual as determinações papais No Brasil foi construída a imagem de
Solano López, ditador sanguinário,
estavam sujeitas à aprovação do imperador, e, quando o papa desaprovou a que
deveria ser detido a qualquer custo.
maçonaria, o Estado defendeu e apoiou a permanência dos maçons atuando
na Igreja Católica e em cargos eclesiásticos. Isso causou grandes problemas entre a Igreja e o Estado, o
que levou à separação em 1891 e à extinção do Regime do Padroado.
Todos esses pensamentos e mudanças que vinham se disseminando na sociedade geraram uma arte
crítica, denominada Realismo. Na literatura, destacou-se Castro Alves, “o poeta dos escravos”, que,
apesar de Romântico, denunciou os horrores da escravidão que ainda era mantida no Brasil. Escreveu
Navio Negreiro, em meados de 1868, e fundou no País a “poesia engajada”, ou seja, aquela que é
escrita em prol de uma causa política e ideológica, procurando conscientizar a população e despertar a
contestação. Muitos outros poetas e também cantores continuaram a usar as palavras no século XX para
despertar a população para os problemas sociais.
Na segunda metade do século XIX, o novo estilo artístico passou a predominar nas produções
europeias: O Realismo. Nesse período, o olhar voltou-se para a busca da representação da fiel realidade,
principalmente as decorrentes do desenvolvimento industrial da época.
A Europa vivia a segunda fase da Revolução Industrial — movida pela transformação do ferro em
aço, e a substituição do vapor pelo petróleo e pela eletricidade — iniciada na segunda metade do século
XIX e prolongada até as primeiras décadas do século XX.
A Revolução Industrial possibilitou o crescimento e o
desenvolvimento de cidades industriais, como Londres e Paris;
transformou a vida humana; os problemas de urbanização, o
abastecimento de água, esgoto e iluminação eram crescentes. O
operário vivia sob condições de miséria, e a burguesia enriquecia.
O trabalho absorvia a mão de obra de mulheres, de crianças e de
homens. Os salários eram baixos, trabalhava-se muitas horas em
condições precárias. Isso gerava revoltas e greves.
Diante disso, surgem novas doutrinas sociais pregando a criação
de uma nova sociedade, sem miséria e igualitária, como enfatizavam
August Comte, Mikhail Bakunin e Karl Marx.
No Brasil, o Exército, impelido pelo forte ardor republicano,
estava insatisfeito com o reinado de D. Pedro II. Fortalecido pelo
prestígio que adquiriu na Guerra do Paraguai, tendo como aliados
os cafeicultores e liderado por Deodoro da Fonseca, em 15 de
novembro de 1889, proclamou a República no País, após um golpe
militar que retirou D. Pedro II do trono.
Monumento a Castro Alves, em
Salvador. Há muitos anos, os trios
elétricos de Salvador se reúnem,
na terça-feira de carnaval, na praça
Castro Alves.
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