PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA EFEITO DE EXTRATOS DE PLANTAS SOBRE AEDES AEGYPTI (DIPTERA: CULICIDAE) Rafaela Teixeira dos Santos1 Izabel Cristina Rodrigues da Silva2 1 Biomédica. Aluna da Pós-Graduação em Biociências Forenses, pela Universidade Católica de Goiás/IFAR. Orientadora: Biomédica Doutora em Patologia Molecular pela Universidade de Brasília. Professora do IFAR/PUC-GO e Faculdade LS. e-mail: [email protected] 2 Resumo Este trabalho é uma revisão bibliográfica referente ao crescente avanço nas pesquisas sobre a ação inseticida conferida a diversas plantas, existentes na flora brasileira, utilizadas contra o vetor da Dengue, o Aedes aegypti. Apresenta diversos estudos que evidenciam o grande potencial inseticida dos compostos botânicos, visando uma futura alternativa de controle do vetor. Verifica que demais estudos devem ser realizados a fim de galgar maiores conhecimentos sobre os compostos vegetais para que seu usufruto seja eficiente, proporcionando sucesso no controle do vetor e baixo risco à saúde humana. Palavras-chave: Dengue; Aedes aegypti, Inseticidas botânicos, Extratos de plantas Effect of plant extracts on Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) Abstract This work is a literature review for the growing progress in research on insecticidal action given the existing in various plants, flora, used against the Dengue vector, Aedes aegypti. Presents several studies that show the great potential of botanical insecticide compounds, targeting a future alternative vector control. Notes that other studies must be carried out in order to climb higher knowledge about plant compounds for your enjoyment is efficient, providing success in vector control and low risk to human health. Keywords: Dengue Fever; Aedes aegypti, botanical Insecticides, plant extracts 1. Introdução A Dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos do gênero Aedes e é considerada um dos mais importantes problemas para a saúde pública (GALLI, 2008). O agente etiológico do Dengue é um arbovírus do gênero Flavivirus da família Flaviviridae possuindo quatro sorotipos antigenicamente distintos DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 (NOGUEIRA et al, 2000). Seu aspecto clínico é muito amplo, variando de formas assintomáticas e oligossintomáticas até formas graves e letais. O principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, uma das mais de 500 espécies do gênero Aedes (Diptera: Culicidae). É definido como um mosquito doméstico, antropofílico e com atividade hematofágica diurna (BRAGA et al, 2007). A transmissão do vírus ocorre por meio da picada de uma fêmea adulta infectada, sendo que uma única fêmea de A. aegypti é capaz de transmitir o vírus do dengue até 12 vezes ou mais, ao longo de sua vida (MARÇAL JUNIOR et al, 2004). De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2009), no ano de 2009, os casos suspeitos de dengue quantificavam 529.237, e 2.271 casos confirmados de Febre Hemorrágica. Em relação aos óbitos confirmados, 298 em 2009, demonstrando uma redução de 39% em relação ao ano anterior. No ano de 2010, houve um aumento do número de casos e o registro realizado entre o mês de janeiro a julho quantificava 942.153 casos suspeitos de dengue, sendo destes, 482.284 casos confirmados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). Sendo assim, o país apresentou no ano de 2010 um aumento no total de casos superior a 100%, em relação ao ano anterior. O combate a disseminação do Dengue no Brasil se iniciou na década de 1980, e em 1997 teve início o Plano Diretor de Erradicação do A. aegypti (PEAa) seguido pelo Plano de Intensificação das Ações de Controle do Dengue desenvolvidos pelo Ministério da Saúde. Os métodos de controle implantados possuem caráter descentralizado e integrado envolvendo a sociedade e o poder público, sendo as ações direcionadas principalmente aos criadouros, utilizando-se de técnicas simples e eficazes facilmente adotadas pela população (SUCEN, 2002). Entretanto, se faz necessária a busca por novos métodos de controle contra o vetor, uma alternativa é a utilização de plantas com propriedades inseticidas. Diversos derivados botânicos provocam efeitos sobre os insetos como repelência, inibição de oviposição e de alimentação, alterações no desenvolvimento e morte (ROEL, 2001). Além disso, a utilização de produtos extraídos de plantas silvestres, na qualidade de inseticidas, tem inúmeras vantagens como fácil obtenção, rápida degradação, os vetores apresentam baixa resistência aos seus componentes, além de apresentarem baixo custo de produção (FURTADO et al, 2005). Sendo assim, o objetivo deste trabalho de revisão de literatura é descrever os efeitos de extratos de plantas no combate ao Aedes aegypti, avaliando suas possíveis ações inseticidas. 2. Metodologia Para a construção deste trabalho de revisão bibliográfica, foram selecionados artigos científicos, teses e publicações tendo como descritor de busca: Dengue, Aedes aegypti e Extratos vegetais. A estratégia de busca dos artigos utilizados são bases de dados com ênfase na área da saúde, como Medline (Medical Literatura Analysis and Retrieval Sistem), Science Direct e Scielo (Scientific Electronic Library Online), que disponibilizaram artigos publicados entre o período de 2000 a 2011. 3. Discussão 3.1 Biologia do vetor do Dengue Aedes aegypti Pertencente ao gênero Aedes (Diptera: Culicidae), o mosquito Aedes aegypti é originário da África predominando nas florestas se alimentando de roedores e animais selvagens. Com o aumento da concentração humana a espécie tornou-se doméstica seguindo as migrações do homem. Atualmente é definido como um mosquito doméstico, antropofílico e com atividade hematofágica diurna (BRAGA et al, 2007). A drástica disseminação do vetor e do vírus ocorreu após a Segunda Guerra Mundial devido ao rápido crescimento populacional e crescente urbanização. O A. aegypti se desenvolve por metamorfose completa e o ciclo de vida compreende quatro fases: ovo, larva (quatro estágios larvais), pupa e adulto. Os ovos são depositados nas paredes de depósitos artificiais de água limpa (criadouros) e possuem alta resistência (FUNASA, 2001). A fase larval corresponde ao estágio da alimentação e do crescimento, passam por quatro estágios evolutivos até a formação da pupa. Sob condições ótimas, o período entre a eclosão do ovo e a pupação não excede cinco dias (FUNASA, 2001). Corresponde ao momento mais trabalhado na erradicação devido à sua vulnerabilidade. A fase de transformação da larva em mosquito adulto corresponde à fase de pupa. Neste estágio não ocorre alimentação, e possui duração de dois a três dias. O estágio adulto do vetor representa a fase reprodutiva do inseto. O mosquito, conforme figura 1, apresenta coloração escura com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais. As fêmeas se alimentam de sangue com maior freqüência, sendo o repasto essencial para fornecer proteínas ao desenvolvimento dos ovos (FUNASA, 2001). Na natureza o A. aegypti dura de 30 a 35 dias (FUNASA, 2001). Figura1 – Ciclo Aedes aegypti Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/kitdengue2/epidemiologia/imagens.html As razões para a intensa proliferação do vetor não são totalmente elucidadas, entretanto, vários fatos contribuíram, como o intenso fluxo rural-urbano que aumentou nos últimos 30 anos resultando num aumento populacional e consequente expansão e alteração desordenadas do ambiente urbano, com infra-estrutura sanitária deficiente (HINO et al, 2010). Essa enorme concentração populacional é contrária às condições habitacionais e sanitárias que as cidades podiam oferecer, proporcionando um ambiente favorável à oviposição e crescimento larval facilitando a sua disseminação. O vetor secundário do Dengue é o mosquito Aedes albopictus, ainda pouco conhecido no Brasil, porém, já indicado como contribuinte do crescente aumento das taxas de infecção. A espécie foi responsável por epidemias de Dengue na Ásia e está presente no continente Americano desde 1980. No Brasil, essa espécie foi encontrada pela primeira vez nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais no ano de 1986 (SANTOS, 2003). A transmissão do vírus por meio desta espécie ainda é discutida, porém, estudos comprovaram a presença do vírus em larvas de A. albopictus (SEGURA, 2003). A transmissão do vírus ocorre através da picada de uma fêmea adulta infectada, sendo que uma única fêmea de A. aegypti é capaz de transmitir o vírus do dengue até 12 vezes ou mais, ao longo de sua vida (MARÇAL JUNIOR et al, 2004) sendo que, uma vez infectada, a fêmea de Aedes permanece assim por toda sua vida. 3.2 Metodologias de controle contra o Aedes aegypti Os métodos de combate à disseminação do Dengue no Brasil tiveram início após a epidemia ocorrida no Rio de Janeiro em 1986. As ações foram organizadas pelo Ministério da Saúde, pelas Secretarias Estaduais de Saúde e por municípios de regiões acometidas pela doença. No ano de 1997, teve início o Plano Diretor de Erradicação do A. aegypti no Brasil (PEAa) seguido pelo Plano de Intensificação das Ações de Controle do Dengue (PIACD) desenvolvido pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2011). O programa foi efetivo ao propor a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal (BRASIL, 2011). Diante da rápida expansão do vetor e da doença e frente ao insucesso dos planos de ação, o Ministério da Saúde elaborou o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), inserindo medidas prioritárias com relação aos planos anteriores podendo destacar a elaboração de programas permanentes, o desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização das pessoas, o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica, a melhoria da qualidade do trabalho de campo, a integração dos programas de controle na atenção básica, entre outras medidas (BRASIL, 2011). Por não contar com uma terapêutica etiológica ou profilaxia efetivas, a única medida preventiva contra a Dengue, até o presente momento, é o vetor, sendo assim, as atuais medidas preventivas são direcionadas principalmente aos criadouros, utilizando-se de técnicas simples e eficazes. Há possibilidade de utilizar medidas de controle físico, químico e biológico, sendo os dois primeiros grupos mais utilizados (SUCEN, 2002). As medidas adotadas no controle físico são direcionadas, principalmente, a população como, por exemplo, evitar acúmulo de água em recipientes como pratos de vasos, pneus vazios e garrafas, manter as caixas d’água, calhas e cisternas vedadas, evitar o acúmulo de lixo, entre outros (SUCEN, 2002). A problemática desta medida se estabelece na falta do comprometimento da população em seguir tais parâmetros e a dificuldade ou, muitas vezes, a impossibilidade de inspeção de 100% dos depósitos pelos agentes de rotina. Incluídos no controle químico estão a utilização de inseticidas destacando os Organofosforados (OP), como o Temephos, e os Piretróides (P), como a Cipermetrina (LUNA et al, 2004). O Temephos vem sendo utilizado mundialmente destacando sua exatidão como larvicida, no entanto, estudos confirmam resistência a sua utilização; e os inseticidas Piretróides demonstram maior eficácia contra o mosquito adulto. Os programas de controle do A. aegypti possuem três formas de utilização do controle químico, a aplicação de inseticida diretamente nos depósitos (tratamento focal com Temephos) contendo as formas imaturas do vetor; a borrifação de inseticida de ação residual (tratamento perifocal com Cipermetrina) nos depósitos a fim de atingir a forma adulta do vetor, e a aplicação espacial de inseticida a ultra baixo volume (UBV), indicado para situações restritas de epidemias promovendo a rápida redução do vetor adulto (FUNASA, 2001). Nas medidas do controle biológico faz-se uso de predadores naturais dos ovos e larvas do mosquito, como os peixes larvófagos que são de fácil obtenção e manutenção. Diferentes espécies de peixes têm sido utilizadas no controle de larvas de mosquitos, inclusive, no Estado do Ceará, várias espécies já são utilizadas como alternativa de controle em depósitos domiciliares como as espécies Betta splendens, Poecillia sphenops e Astyanax fasciatus (CAVALCANTI et al, 2007). Outros estudos também demonstram que predadores como os crustáceos copépodos (Crustacea, Copepoda) possuem fácil aplicabilidade no controle dos culicídeos imaturos (DUQUE et al, 2004). Ainda como controle biológico, também são utilizadas bactérias no controle de larvas de culicídeos, sendo a bactéria Bacillus thuringiensis var israelensis (Bti) a mais promissora já sendo utilizada no Brasil (REGIS et al, 2000). A bactéria é um entomopatógeno de várias ordens de insetos, sendo efetiva por meio da produção de toxinas pelo seu organismo (COSTA et al, 2010). Outros estudos também demonstram a utilização de hormônios miméticos para o controle de larvas. Os hormônios são reguladores de crescimento sintéticos, sendo o Methoprene o mais comum, e atua impedindo seu desenvolvimento para a vida adulta (BRAGA et al., 2005). Mesmo com a intensa integração dos métodos de controle biológico e químico, é imprescindível que o controle físico seja intensificado para que a utilização de produtos químicos seja reduzida. 3.3 A utilização de plantas como inseticidas: Uma alternativa de controle Na busca por melhores alternativas no controle da Dengue encontra-se a utilização de plantas com propriedades inseticidas. É uma alternativa bastante estudada na última década devido, principalmente, ao seu menor impacto à saúde humana e ao meio ambiente, além de representar um método de fácil obtenção. Plantas com fins medicinais são utilizadas há anos no mundo, tendo ampla utilização na agricultura como pesticidas (ROEL, 2001). Todas as plantas possuem compostos que são essenciais ao seu desenvolvimento ou utilizados como defesa. Os principais compostos produzidos pelas plantas são metabólitos primários, ou seja, moléculas necessárias para a vida da planta, como aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos. Os metabólitos secundários, por outro lado, são restritos em sua distribuição e são importantes para a sobrevivência e propagação das plantas que o produzem, funcionando como defesa contra herbívoros, patógenos ou competidores (BIERMAN, 2009). São estes metabólitos secundários que possuem propriedades inseticidas, causando diversos efeitos nos insetos como repelência, inibição de alimentação, deformidades e mortalidade em diversas fases. Os inseticidas botânicos são produtos derivados dessas plantas ou partes dela, podendo ser o próprio material vegetal, normalmente moído, ou seus produtos obtidos por extração aquosa ou com solventes orgânicos (álcool, éter, acetona, clorofórmio), ou destilação (MENEZES, 2005). Vários pesquisadores vêm trabalhando para desenvolver fórmulas e métodos que permitam a utilização crescente dos inseticidas de origem vegetal, entretanto, as informações disponíveis sobre a caracterização, o modo de ação, a toxicologia e os efeitos no ecossistema são ainda escassas. As principais vantagens da utilização de inseticidas botânicos incluem a rápida degradação, não persistindo por longo período no ambiente e consequentemente induzindo menor risco aos organismos não-alvo e menor índice de desenvolvimento de resistência pelos vetores; possuem rápida ação, causando morte gradativa ou imediata; apresentam toxicidade baixa em relação aos mamíferos; não são fitotóxicos (tóxicos às plantas); e, por fim, apresentam alta disponibilidade de material vegetal e baixo custo de fabricação (BUSS e PARK-BROWN, 2002; MENEZES, 2005). Os compostos botânicos agem de diversas formas, são elas: por ação tóxica, repelente ou antialimentar, ou seja, matam o inseto por intoxicação, ou induzem ao afastamento do inseto evitando a oviposição e alimentação, ou inibem a alimentação do inseto; por agirem diretamente em órgãos ou enzimas específicas, interferindo nos processos de desenvolvimento, no metabolismo respiratório e na síntese de proteínas, impedindo a síntese de diversas proteínas ou causando retardo e paralisia no desenvolvimento do inseto levando à morte ou à deformidades; e por fim, agirem por contato ou ingestão, em que o produto é absorvido pelo tegumento do inseto impedindo a respiração e levando à morte ou o produto é ingerido pelo inseto provocando redução na alimentação e resultando na morte do inseto (MENEZES, 2005; BIERMAN, 2009). 3.4 Plantas inseticidas no controle do Aedes aegypti Diversos estudos surgiram na tentativa de demonstrar a eficácia deste tipo de produto natural no controle do vetor do Dengue e têm apresentado resultados satisfatórios contra o inseto, como o estudo realizado por Fernandes et al (2001), que utilizou o extrato aquoso da pimenta-do-reino contra larvas de A. aegypti obtendo mortalidade total das larvas, ou o estudo realizado por Furtado et al (2005), que utilizou diversos extratos oleosos contra larvas de A. aegypti, como a citronela-de-java, a erva-de-são-joão, o alecrimpimenta, todos demonstraram ter ação larvicida. Dentre as plantas mais estudadas no controle do A. aegypti é possível citar a Citronela, o Nim e o Cinamomo, além de outros vegetais, entretanto, a literatura não é extensa, demonstrando a urgência de maiores pesquisas a respeito do tema. 3.4.1 Azadiractha indica A. Juss. – Nim Uma das plantas que demonstra alta capacidade no controle do vetor do Dengue é Azadiractha indica A. Juss., espécie botânica de origem indiana conhecida popularmente como Nim e amplamente estudada devido a sua multiplicidade de uso. Proveniente da família Meliaceae, como o mogno, é uma árvore resistente a condições de altas temperaturas e baixa disponibilidade de água. No Brasil já existem plantações dessa árvore nas regiões, nordeste, centro-oeste e sul do país (MARTINEZ, 2002). Sua importância está relacionada ao uso como inseticida, carrapaticida e nematicida destacando-se sua alta eficiência e baixa toxicidade (BENVINDA, 2005). Os componentes típicos do nim são os triterpenóides ou limonóides, dos quais a azadiractina, nimbina e salanina são os mais importantes, sendo a azadiractina o composto mais estudado e mais tóxico. Todas as partes da planta possuem esses compostos, porém a concentração varia de acordo com a região da planta (MOSSINI et al, 2005). Geralmente os extratos das folhas, sementes ou frutos são utilizados como inseticidas. Os principais métodos de obtenção do extrato são através de processos de extração em água e solventes orgânicos como hidrocarbonetos, alcoóis, cetonas ou éteres (NEVES, 2008). Os principais efeitos do nim são repelência, inibição alimentar, de crescimento, da biosíntese da quitina e de oviposição, interfere nos hormônios da ecdise e no hormônio juvenil, deformações em pupas e adultos, redução da fecundidade e da longevidade de adultos, inibição de oviposição e mortalidade, podendo afetar os insetos tanto por ingestão como por contato (AGUIAR-MENEZES, 2005). Pereira et al (2006) demonstrou que a exposição de ovos e pupas de A. aegypti ao extrato de folhas de nim causou retardo nos estágios do mosquito em relação ao grupo controle, e as larvas expostas ao extrato tiveram média de mortalidade de 98%. Caser et al (2007), analisando os efeitos do extrato aquoso proveniente de folhas secas de nim sobre larvas de A. aegypti, pode verificar que as concentrações mais altas tendem a produzir mais mortalidade nas larvas e, também, que a mortalidade é afetada pelo tempo de exposição ao extrato. Sendo assim, sua pesquisa obteve resultados satisfatórios a partir do segundo dia de exposição, apresentando mortalidade de aproximadamente 67% das larvas e alcançando 90% da mortalidade após o terceiro dia de exposição. Ndione et al (2007) em trabalho sobre os efeitos tóxicos dos produtos derivados do nim, como extrato oleoso e em pó, contra larvas de A. aegypti, observou que toda população larval exposta a mais alta concentração atingiu 100% de mortalidade nas primeiras 24 horas. Entretanto, a partir da mais baixa concentração (2 mg/l) foi possível atingir mortalidade de 50% da população. Santos (2009) em pesquisa sobre o efeito do extrato oleoso derivado das folhas de nim, contra larvas de A. aegypti, obteve resultado satisfatório na maior concentração testada (50 ml) apresentando 84% de mortalidade das larvas. Em pesquisa realizada por Dua et al (2009), avaliando o efeito do extrato oleoso de nim, sob várias concentrações, contra larvas dos mosquitos Anopheles, Culex e Aedes, apresentou mortalidade de aproximadamente 96% da população larval de todas as espécies de mosquito somente no primeiro dia de exposição, alcançando mortalidade total da população após sete dias de exposição. 3.4.2 Melia azedarach L. – Cinamomo Outra espécie da família Meliaceae que se destaca no controle do Aedes aegypti é a Melia azedarach, popularmente conhecida como Cinamomo ou Santa-Bárbara. A árvore é originária da Índia e amplamente cultivada nas regiões sul e sudeste do Brasil (BIERMAN, 2009). Vários estudos descrevem a planta como possuidora de diversas propriedades, como atividade antifúngica, inseticida, antiviral, antimalárica e anti-helimíntica (ARAÚJO et al, 2009). Sua atividade inseticida é atribuída aos compostos limonóides, do qual faz parte a azadiractina, mesmo composto encontrado no nim (ARAÚJO et al, 2009). Estes compostos possuem capacidade de inibir o crescimento ou a alimentação de insetos, além de apresentarem efeitos antifúngicos, bactericidas e antivirais (ARAÚJO et al, 2009). Os principais efeitos do cinamomo são inibição alimentar, regulação do crescimento, inibição do desenvolvimento da ecdise, deformações em pupas e adultos, atividade fagoinibidora, repelente e inseticida (BIERMANN, 2009). Em pesquisa realizada por Prophiro et al (2008), foi possível analisar o efeito inseticida do extrato etanólico de frutas de cinamomo contra larvas de Aedes aegypti. O resultado demonstrou alta mortalidade da população de larvas em dois dias de exposição, alcançando mortalidade total ao final das 48 h de exposição. Selvaraj e Mosses (2011) avaliaram a eficiência de extrato etanólico de cinamomo sobre larvas de Anopheles, Culex e Aedes. Os extratos foram obtidos de folhas e frutos da planta e expostos às larvas, os resultados atingiram aproximadamente 83% de mortalidade das larvas somente em 24 horas de exposição. 3.4.3 Cymbopogon spp. – Citronela Dentre as diversas ações inseticidas conferidas às plantas, uma ação bastante estudada e utilizada ao longo dos anos é a de repelência. O uso de plantas como repelentes de insetos vem sendo citada por mais de décadas, e desde o início do século XX, vários produtos naturais foram utilizados para esse fim (BUENO e ANDRADE, 2010). Em sua maioria são utilizados na forma de óleos extraídos dos componentes da planta, são os chamados óleos essenciais. São produtos aromáticos de metabolismo secundário das plantas, podendo ser encontrados em várias partes do vegetal (BUENO e ANDRADE, 2010). Atualmente entre os repelentes botânicos mais estudados está a Citronela, planta pertencente à família das Poaceae, apresenta duas espécies diferentes, Cymbopogon winterianus J. e Cymbopogon nardus L., ambas conhecidas por Citronela (MARCO, 2007). É uma planta perene cultivada em larga escala, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais com distribuição irrestrita. Apresenta como componentes o citronelal e o geraniol, e pequenas quantidades de citronelol e ésteres, além de possuir atividade repelente, antimicrobiana e acaricida (BLANK et al, 2007). Atualmente, o óleo de citronela é uma das substancias mais presentes em formulações repelentes de insetos, além disso, é crescente o número de velas e incensos que a utilizam como repelentes ambientais (BUENO e ANDRADE, 2010). Em pesquisa realizada por Tawatsin et al (2001) com objetivo de avaliar a repelência de diversos óleos essenciais contra mosquitos vetores, foi possível avaliar o potencial repelente da citronela contra o A. aegypti. Utilizando a exposição humana contendo o óleo como avaliador, pode-se observar repelência por 6 horas de exposição ao vetor. Avaliando o efeito repelente do óleo de citronela no vetor secundário da Dengue, A. albopictus, Bueno e Andrade (2010) utilizando a exposição humana contendo o óleo como avaliador, também observou 99% de proteção contra o mosquito. Furtado et al (2005) buscou avaliar a atividade larvicida do óleo de citronela contra larvas de A. aegypti. Apresentou bom resultado atingindo alta porcentagem de mortalidade das larvas em apenas 24 horas de exposição, demonstrando que mais pesquisas devem ser realizadas visando estabelecer ação larvicida da citronela. 3.4.4 Demais Plantas Diversas pesquisas continuam ocorrendo na busca por uma alternativa de controle contra o vetor da Dengue, entretanto, diversos trabalhos exigem maiores pesquisas e informações sobre o assunto, inclusive sobre as espécies botânicas utilizadas. As pesquisas seguem, basicamente, dois caminhos, o primeiro visa testar os extratos vegetais nas formas imaturas do vetor, utilizando quase que exclusivamente a fase larval; já o segundo foca nos extratos vegetais conhecidos por repelir insetos, sendo assim, são utilizados nas formas adultas do vetor. Dentro da família dos repelentes, os produtos naturais mais encontrados no mercado brasileiro utilizam como ativos a citronela, o nim, a andiroba e a alfazema (OLIVEIRA, 2008). A grande maioria dos estudos avalia plantas aromáticas e seus óleos essenciais. A Andiroba (Carapa guianensis Aublet) é uma árvore pertencente à família Meliaceae, a mesma do Nim e do Cinamomo. O óleo de andiroba é constituído por ácidos graxos, sendo composto também por limonóides, responsáveis pela ação repelente (OLIVEIRA, 2008). Dentre os estudos que demonstram a ação repelente do óleo de andiroba contra o A. aegypti é possível citar a pesquisa realizada por Miot et al (2004), que observou eficácia de 100% de proteção contra picadas do mosquito em testes de 3 minutos de duração. Já Oliveira (2008) verificou significativa ação repelente do óleo de andiroba observando proteção contra a picada do mosquito por 30 minutos de teste. Na pesquisa realizada por Bueno e Andrade (2010), o óleo de andiroba demonstrou discreta eficácia na repelência contra o vetor, apresentando 30% de proteção em testes de 15 minutos de duração. Essas pesquisas demonstram que, apesar da discreta eficácia, o óleo de andiroba é um promissor agente no controle do vetor da Dengue. A Copaíba (Copaifera spp.) é uma árvore pertencente à família Caesalpinaceae, apresentando 72 espécies do gênero Copaifera. O óleo de copaíba é constituído por ácidos resinosos e compostos voláteis (OLIVEIRA, 2008). Estudos demonstram ações do óleo de copaíba como repelente de insetos e inseticida, capacidade conferida à substância cariofileno, composto presente no vegetal, como no estudo realizado por Oliveira (2008) que buscou demonstrar a atividade repelente contra o Aedes aegypti, apresentando proteção contra a picada do vetor por 30 minutos. Em pesquisa realizada por Ribas e Carrena (2010), diversos repelentes comerciais foram testados contra A. aegypti, o repelente contendo óleo de copaíba demonstrou 95% de eficácia para mais de 9 horas de uso. A pesquisa realizada por Geris et al (2008) testou o óleo de copaíba contra larvas de A. aegypti e demonstrou excelente resposta atingindo média de 90% de mortalidade das larvas no primeiro dia de tratamento. A palmeira Acrocomia aculeata, conhecida por Macaúba e pertencente à família Palmae, é nativa de florestas tropicais e com ampla distribuição demográfica. Essa planta é atualmente estudada devido a sua contribuição sócio-econômica através da produção de óleo vegetal, sendo bastante promissora na produção de biodiesel (NUCCI, 2007). Poucos trabalhos sobre sua ação inseticida foram realizados, como o estudo sobre o pulgão Myzus persicae (Hemiptera) conforme Aguiar (2008), que utilizou extrato obtido da polpa do fruto, os resultados demonstraram ser bastante satisfatórios obtendo mortalidade total dos indivíduos. Outro estudo utilizou extrato da polpa do fruto da macaúba sobre o parasitóide de ovos Trichogramma pretiosum (Hymenoptera) e apresentou resultados significantes demonstrando diminuição do parasitismo e da emergência do parasitóide analisados por quinze dias de tratamento (ARAÚJO, 2008). Na pesquisa realizada por Santos (2009), que utilizou extratos obtidos da polpa do fruto e da amêndoa, demonstrou alta toxicidade sobre larvas de Aedes aegypti, alcançando 100% de mortalidade em 24 horas de exposição. A árvore Pterodon emarginatus, conhecida como Sucupira, é pertencente à família Leguminosae, e muito comum no cerrado brasileiro. O óleo extraído desta árvore é comumente utilizado para fins medicinais no combate ao reumatismo, diabetes e no tratamento de inflamações de garganta (SILVA et al, 2005). Entretanto, poucos estudos sobre sua ação inseticida foram realizados, como a pesquisa realizada por Aguiar (2008) que avaliou a toxidez do extrato obtido das sementes de sucupira contra o pulgão M. persicae (Hemiptera), obteve alta mortalidade sobre ninfas do inseto além de causar mortalidade por 8 dias de exposição. Outro estudo realizado por Araújo (2008) utilizou extrato das sementes de sucupira contra o parasitóide T. pretiosum (Hymenoptera), e demonstrou alta diminuição do parasitismo. Na pesquisa realizada por Santos (2009), que utilizou o extrato oleoso da semente de sucupira contra larvas de A. aegypti, os resultados demonstraram boa toxidez contra o vetor, alcançando mortalidade de 80% da população larval. É possível demonstrar que diversas plantas apresentam capacidade inseticida contra os insetos, fornecendo uma ótima alternativa no controle de pragas tanto na agricultura quanto na saúde pública, como no caso do controle da Dengue. Porém, para que avanços neste caminho aconteçam, é de extrema importância que demais experimentos sejam conduzidos a fim de alcançar a comprovação sobre a eficiente e segura utilização dos extratos vegetais contra vetores. 4. Conclusão Com a demonstração da evolução das pesquisas que tratam das alternativas de controle sobre o vetor da Dengue, foi possível verificar que houve aumento na busca por maiores informações referente aos inseticidas botânicos, garantindo maior conhecimento sobre os compostos vegetais e sua melhor forma de utilização. É certo que todos vegetais apresentam em sua composição, substâncias que conferem proteção para o seu desenvolvimento, apresentando propriedades tóxicas para patógenos, competidores, herbívoros e para o próprio homem. Entretanto, esta ação tóxica se corretamente manipulada, pode agir em benefício do homem, é este o objetivo de explorar o funcionamento metabólico das plantas. Cabe ressaltar que esta busca se limita a não prejudicar a forma de vida vegetal e, sim usufruir-la de forma consciente e sustentável. É possível verificar que existe a possibilidade de integrar esses métodos alternativos aos atuais métodos de controle gerando um manejo integrado. A utilização de compostos vegetais como controle de vetores é promissor e apresenta inúmeras vantagens como, rápida degradação, não persistindo por longo período no ambiente induzindo menor risco aos organismos não-alvo e menor índice de desenvolvimento de resistência pelos vetores; possuem rápida ação, causando morte gradativa ou imediata; apresentam toxicidade baixa em relação aos mamíferos; não são fitotóxicos, ou seja, não são tóxicos às plantas em baixas concentrações; e, por fim, apresentam alta disponibilidade de material vegetal e baixo custo de fabricação. Frente ao quadro apresentado nesse trabalho, deve-se continuar a busca por maiores informações sobre inseticidas botânicos a fim de contribuir para um melhor e mais eficaz controle contra a Dengue. 5. Referências Bibliográficas AGUIAR, M.L.B. Efeito de extrato de plantas sobre o pulgão Myzus persicae (Hemiptera: Aphididae). Dissertação de graduação em Biologia do Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2008. AGUIAR-MENEZES, E.L. Inseticidas botânicos: seus princípios ativos, modo de ação e uso agrícola. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, p. 58, Brasília, 2005. ARAÚJO, F.S.M. Efeito de extratos de plantas inseticidas sobre o parasitóide de ovos Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Dissertação de graduação em Biologia do Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2008. ARAÚJO, S.A.C. et al. Usos Potenciais de Melia azedarach L. (Meliaceae): Um Levantamento. Arquivos do Instituto Biológico, v.76, n.1, p.141-148, São Paulo, 2009. BENVINDA, Jordânia Martins de Souza. Decomposição de Resíduos de Nim (Azadiractha indica) em Agroecossistemas no Semi-Árido da Paraíba. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, 2005. BIERMAN, Ana Cristina Sapper. Bioatividade de Inseticidas Botânicos sobre Ascia monuste orseis (LEPIDOPTERA: PIERIDAE). 2009. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009. BLANK, A.F. et al. Influence of season, harvest time and drying on Java citronella (Cymbopogon winterianus Jowitt) volatile oil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, n. 4, p. 557-564, 2007. BRAGA, I.A. et al. Evaluation of methoprene effect on Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) development in laboratory conditions. Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 100, n. 4, p. 435-440, julho. 2005. BRAGA, I.A.; VALLE, D. Aedes aegypti: vigilância, monitoramento da resistência e alternativas de controle no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 16, n. 4, p. 295-302, out-dez. 2007. BRAGA, I.A; VALLE, D. Aedes aegypti: inseticidas, mecanismos de ação e resistência. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 16, n. 4, p. 279-293, out-dez. 2007. BRASIL – MINISTERIO DA SAUDE. Programa Nacional de Controle da Dengue. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude> Acesso em: 10 abr. 2011. BUENO, V.S. e ANDRADE, C.F.S. Avaliação Preliminar de Óleos Essencias de Plantas como Repelentes para Aedes albopictus (Skuse, 1894) (Diptera: Culicidae). Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.12, n.2, p.215-219, 2010. BUSS, E.A.; PARK-BROWN, S.G. Natural Products for Insect Pest Management. Gainesville: University of Florida/IFAS, 2002. CASER, C.R.S. et al. Atividade Biológica das Folhas Secas de Neem, Azadirachta indica, sobre Larvas de Aedes aegypti. Natureza On Line, v. 5, n. 1, p. 19-24. 2007. CAVALCANTI, L.P.G. et al. Competência de Peixes como Predadores de Larvas de Aedes aegypti, em Condições de Laboratório. Revista de Saúde Pública, v. 41, p. 638-644, 2007. COSTA, J.R.V. et al. Atividade Tóxica de Isolados de Bacillus thuringiensis a Larvas de Aedes aegypti (L.) (Diptera: Culicidae). Neutropical Entomology, v. 39, n. 5, p. 757-766, 2010. DUA, V.K. et al. Larvicidal Activity of Neem Oil (Azadirachta indica) Formulation Against Mosquitoes. Malaria Journal, v. 8, p. 124, Índia, 2009. DUQUE L., J.E.; MUNOZ L., A.; NAVARRO-SILVA, M.A. A simulation model for the control of the Aedes aegypti, the mosquito vector of dengue and yellow fever, by the crustacean Mesocyclops spp. Revista Salud Pública, v. 6, n. 1, p. 87-99, 2004. FERNANDES, W.D. et al. O efeito do extrato de pimenta-do-reino sobre larvas de Aedes aegypti. Informe Epidemiológico do SUS, v. 10 (suplemento 1), p. 53-55. 2001. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA) - MS. Dengue - Instruções para Pessoal de Combate ao Vetor: manual de normas técnicas. Brasília, abr. 2001. FURTADO, R.F. et al. Atividade larvicida de óleos essenciais contra Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae). Neutropical Entomology, v. 34, n. 5, p. 843-847. 2005. GALLI, B.; CHIARAVALLOTI NETO, F. Modelo de risco tempo-espacial para identificação de áreas de risco para ocorrência de dengue. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 42, n. 4, p. 656-663, maio. 2008. GERIS, R. et al. Diterpenoids from Copaifera reticulata Ducke with larvicidal activity against Aedes aegypti (L.) (Diptera, Culicidae). Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 50, n. 1, 2008. HINO, P. et al. Evolução Temporal da Dengue no Município de Ribeirão Preto, São Paulo, 1994 a 2003. Ciência & Saúde Coletiva, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 233-238, 2010. LUNA, J.E.D. et al. Susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas temephos e cipermetrina, Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 38, n. 6, p. 842-843, 2004. MARÇAL JUNIOR, O.; SANTOS, A. Infestação por Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) e incidência do dengue no espaço urbano: um estudo de caso. Caminhos de Geografia, v. 5, n. 13, p. 241-251, out. 2004. MARCO, C.A. et al. Características do óleo essencial de capim-citronela em função de espaçamento, altura e época de corte. Horticultura Brasileira, v. 25, p. 429-432, 2007. MARTINEZ, S.S. O Nim: Azadirachta indica: Natureza, Usos Múltiplos, Produção. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, Paraná, 2002. MENEZES, Elen de Lima Aguiar. Inseticidas botânicos: Seus Princípios Ativos, Modo de Ação e Uso Agrícola. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, Rio de Janeiro, 2005. MIOT, H.A. et al. Comparative study of the tropical effectiveness of the andiroba oil (Carapa guianensis) and Deet 50% as repellent for Aedes sp. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 46, n. 5, p. 253-256, 2004. MOSSINI, S.A.G. e KEMMELMEIER, C. A árvore Nim (Azadirachta indica A. Juss): Múltiplos Usos. Acta Farm. Bonaerense, v. 24, n. 1, p. 139-148, 2005. NDIONE, R.D. et al. Toxic Effects of Neem Products (Azadirachta indica A. Juss) on Aedes aegypti Linnaeus 1762 larvae. African Journal of Biotechnology, v. 6, n. 24, p. 28462854, 2007. NEVES, I.P. Cultivo do Nim: Dossiê Técnico. Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/IEL - BA. Janeiro, 2008. NOGUEIRA, R.M.R.; MIAGOSTOVICH, M.P. e SCHATZMAYR, H.G. Molecular epidemiology of DEN-2 viruses in Brazil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 205-211, 2000. NUCCI, S.M. Desenvolvimento, caracterização e análise da utilidade de marcadores microssatélites em genética de populações de macaúba. Dissertação de pós-graduação em Agricultura Tropical e Subtropical. Fevereiro, 2007. OLIVEIRA, B.R. Desenvolvimento e avaliação de nanoemulsões com óleos de Carapa guianensis e Copaifera sp. e estudo da ação repelente frente a Aedes aegypti. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, 2008. PEREIRA, A.V. et al. Estudo da atividade biológica de neem (Azadirachta indica) no combate ao mosquito Aedes aegypti: resultados preliminares. Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC, Florianópolis, 2006. PROPHIRO, J.S. et al. Estudo Comparativo do Efeito Larvicida de Extratos de Frutos Verdes e Maduros de Melia azedarach L. (Sapindales: Meliaceae) em Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae). Sociedade Entomológica do Brasil, BioAssay, v. 3, p. 2, 2008. REGIS, L. et al. The Use of Bacterial Larvicides in Mosquito and Black Fly Control Programmes in Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 95, p. 207-210, 2000. RIBAS, J. e CARRENO, A.M. Avaliação do uso de repelentes contra picada de mosquitos em militares na Bacia Amazônica. An. Bras. Dermatol., v. 85, n. 1, 2010. ROEL, A.R. Utilização de plantas com propriedades inseticidas: uma contribuição para o Desenvolvimento Rural Sustentável. Revista Internacional de Desenvolvimento Local, v. 1, n. 2, p. 43-50, mar. 2001. SANTOS, R.T. Efeito de Extrato de Plantas Sobre Larvas de Aedes aegyppti (DIPTERA: CULICIDAE). Dissertação de graduação em Biomedicina do Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2009. SANTOS, Roseli La Corte. Atualização da Distribuição de Aedes albopictus no Brasil (1997-2002). Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 5, p. 671-673, 2003. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (SVS/MS). Informe epidemiológico da dengue. Brasília - DF, 2009. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_epidemiologico_semana_1a52_09_r evisado.pdf >. Acesso em: Janeiro 2011. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (SVS/MS). Informe epidemiológico da dengue. Brasília - DF, 2010. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_dengue_se_26_final_11_8_10.pdf >. Acesso em: Janeiro 2011. SEGURA, M.N.O. et al . Encontro de Aedes albopictus no Estado do Pará, Brasil. Rev. Saúde Pública, v. 37, n. 3, São Paulo, 2003. SELVARAJ, M. e MOSSES, M. Efficacy of Melia azedarach on the Larvae of Three Mosquito Species Anopheles stephensi, Culex quinquefasciatus and Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). European Mosquito Bulletin, v. 29, p. 116-121, 2011. SILVA, I.D. et al. Efeito do Extrato de Sucupira (Pterodon emarginatus Vog.) sobre o desenvolvimento de fungos e bactérias fitopatogênicos. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 35, n. 2, p. 109-115. 2005. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SUCEN. Normas e Recomendações Técnicas para Vigilância e Controle do Aedes aegypti no Estado de São Paulo. Dezembro, 2002. TAWATSIN, A. et al. Repellency of volatile oils from plants against three mosquito vectors. Journal of Vector Ecology, 2001.