Efeito de extratos de plantas sobre aedes aegypti

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA
EFEITO DE EXTRATOS DE PLANTAS SOBRE AEDES AEGYPTI (DIPTERA:
CULICIDAE)
Rafaela Teixeira dos Santos1
Izabel Cristina Rodrigues da Silva2
1
Biomédica. Aluna da Pós-Graduação em Biociências Forenses, pela Universidade Católica de Goiás/IFAR.
Orientadora: Biomédica Doutora em Patologia Molecular pela Universidade de Brasília. Professora do
IFAR/PUC-GO e Faculdade LS. e-mail: [email protected]
2
Resumo
Este trabalho é uma revisão bibliográfica referente ao crescente avanço nas pesquisas sobre a ação inseticida
conferida a diversas plantas, existentes na flora brasileira, utilizadas contra o vetor da Dengue, o Aedes
aegypti. Apresenta diversos estudos que evidenciam o grande potencial inseticida dos compostos botânicos,
visando uma futura alternativa de controle do vetor. Verifica que demais estudos devem ser realizados a fim
de galgar maiores conhecimentos sobre os compostos vegetais para que seu usufruto seja eficiente,
proporcionando sucesso no controle do vetor e baixo risco à saúde humana.
Palavras-chave: Dengue; Aedes aegypti, Inseticidas botânicos, Extratos de plantas
Effect of plant extracts on Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
Abstract
This work is a literature review for the growing progress in research on insecticidal action given the existing
in various plants, flora, used against the Dengue vector, Aedes aegypti. Presents several studies that show the
great potential of botanical insecticide compounds, targeting a future alternative vector control. Notes that
other studies must be carried out in order to climb higher knowledge about plant compounds for your
enjoyment is efficient, providing success in vector control and low risk to human health.
Keywords: Dengue Fever; Aedes aegypti, botanical Insecticides, plant extracts
1. Introdução
A Dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos do gênero Aedes e é
considerada um dos mais importantes problemas para a saúde pública (GALLI, 2008). O
agente etiológico do Dengue é um arbovírus do gênero Flavivirus da família Flaviviridae
possuindo quatro sorotipos antigenicamente distintos DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4
(NOGUEIRA et al, 2000). Seu aspecto clínico é muito amplo, variando de formas
assintomáticas e oligossintomáticas até formas graves e letais.
O principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, uma das mais de 500 espécies do
gênero Aedes (Diptera: Culicidae). É definido como um mosquito doméstico, antropofílico
e com atividade hematofágica diurna (BRAGA et al, 2007). A transmissão do vírus ocorre
por meio da picada de uma fêmea adulta infectada, sendo que uma única fêmea de A.
aegypti é capaz de transmitir o vírus do dengue até 12 vezes ou mais, ao longo de sua vida
(MARÇAL JUNIOR et al, 2004).
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2009), no ano de
2009, os casos suspeitos de dengue quantificavam 529.237, e 2.271 casos confirmados de
Febre Hemorrágica. Em relação aos óbitos confirmados, 298 em 2009, demonstrando uma
redução de 39% em relação ao ano anterior. No ano de 2010, houve um aumento do
número de casos e o registro realizado entre o mês de janeiro a julho quantificava 942.153
casos suspeitos de dengue, sendo destes, 482.284 casos confirmados (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2010). Sendo assim, o país apresentou no ano de 2010 um aumento no total de
casos superior a 100%, em relação ao ano anterior.
O combate a disseminação do Dengue no Brasil se iniciou na década de 1980, e em
1997 teve início o Plano Diretor de Erradicação do A. aegypti (PEAa) seguido pelo Plano
de Intensificação das Ações de Controle do Dengue desenvolvidos pelo Ministério da
Saúde. Os métodos de controle implantados possuem caráter descentralizado e integrado
envolvendo a sociedade e o poder público, sendo as ações direcionadas principalmente aos
criadouros, utilizando-se de técnicas simples e eficazes facilmente adotadas pela população
(SUCEN, 2002).
Entretanto, se faz necessária a busca por novos métodos de controle contra o vetor,
uma alternativa é a utilização de plantas com propriedades inseticidas. Diversos derivados
botânicos provocam efeitos sobre os insetos como repelência, inibição de oviposição e de
alimentação, alterações no desenvolvimento e morte (ROEL, 2001). Além disso, a
utilização de produtos extraídos de plantas silvestres, na qualidade de inseticidas, tem
inúmeras vantagens como fácil obtenção, rápida degradação, os vetores apresentam baixa
resistência aos seus componentes, além de apresentarem baixo custo de produção
(FURTADO et al, 2005).
Sendo assim, o objetivo deste trabalho de revisão de literatura é descrever os efeitos
de extratos de plantas no combate ao Aedes aegypti, avaliando suas possíveis ações
inseticidas.
2. Metodologia
Para a construção deste trabalho de revisão bibliográfica, foram selecionados artigos
científicos, teses e publicações tendo como descritor de busca: Dengue, Aedes aegypti e
Extratos vegetais.
A estratégia de busca dos artigos utilizados são bases de dados com ênfase na área
da saúde, como Medline (Medical Literatura Analysis and Retrieval Sistem), Science
Direct e Scielo (Scientific Electronic Library Online), que disponibilizaram artigos
publicados entre o período de 2000 a 2011.
3. Discussão
3.1 Biologia do vetor do Dengue Aedes aegypti
Pertencente ao gênero Aedes (Diptera: Culicidae), o mosquito Aedes aegypti é
originário da África predominando nas florestas se alimentando de roedores e animais
selvagens. Com o aumento da concentração humana a espécie tornou-se doméstica
seguindo as migrações do homem. Atualmente é definido como um mosquito doméstico,
antropofílico e com atividade hematofágica diurna (BRAGA et al, 2007). A drástica
disseminação do vetor e do vírus ocorreu após a Segunda Guerra Mundial devido ao rápido
crescimento populacional e crescente urbanização.
O A. aegypti se desenvolve por metamorfose completa e o ciclo de vida compreende
quatro fases: ovo, larva (quatro estágios larvais), pupa e adulto. Os ovos são depositados
nas paredes de depósitos artificiais de água limpa (criadouros) e possuem alta resistência
(FUNASA, 2001). A fase larval corresponde ao estágio da alimentação e do crescimento,
passam por quatro estágios evolutivos até a formação da pupa. Sob condições ótimas, o
período entre a eclosão do ovo e a pupação não excede cinco dias (FUNASA, 2001).
Corresponde ao momento mais trabalhado na erradicação devido à sua vulnerabilidade.
A fase de transformação da larva em mosquito adulto corresponde à fase de pupa.
Neste estágio não ocorre alimentação, e possui duração de dois a três dias. O estágio adulto
do vetor representa a fase reprodutiva do inseto. O mosquito, conforme figura 1, apresenta
coloração escura com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais. As fêmeas se
alimentam de sangue com maior freqüência, sendo o repasto essencial para fornecer
proteínas ao desenvolvimento dos ovos (FUNASA, 2001). Na natureza o A. aegypti dura de
30 a 35 dias (FUNASA, 2001).
Figura1 – Ciclo Aedes aegypti
Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/kitdengue2/epidemiologia/imagens.html
As razões para a intensa proliferação do vetor não são totalmente elucidadas,
entretanto, vários fatos contribuíram, como o intenso fluxo rural-urbano que aumentou nos
últimos 30 anos resultando num aumento populacional e consequente expansão e alteração
desordenadas do ambiente urbano, com infra-estrutura sanitária deficiente (HINO et al,
2010). Essa enorme concentração populacional é contrária às condições habitacionais e
sanitárias que as cidades podiam oferecer, proporcionando um ambiente favorável à
oviposição e crescimento larval facilitando a sua disseminação.
O vetor secundário do Dengue é o mosquito Aedes albopictus, ainda pouco
conhecido no Brasil, porém, já indicado como contribuinte do crescente aumento das taxas
de infecção. A espécie foi responsável por epidemias de Dengue na Ásia e está presente no
continente Americano desde 1980. No Brasil, essa espécie foi encontrada pela primeira vez
nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais no ano de 1986 (SANTOS, 2003). A
transmissão do vírus por meio desta espécie ainda é discutida, porém, estudos
comprovaram a presença do vírus em larvas de A. albopictus (SEGURA, 2003).
A transmissão do vírus ocorre através da picada de uma fêmea adulta infectada,
sendo que uma única fêmea de A. aegypti é capaz de transmitir o vírus do dengue até 12
vezes ou mais, ao longo de sua vida (MARÇAL JUNIOR et al, 2004) sendo que, uma vez
infectada, a fêmea de Aedes permanece assim por toda sua vida.
3.2 Metodologias de controle contra o Aedes aegypti
Os métodos de combate à disseminação do Dengue no Brasil tiveram início após a
epidemia ocorrida no Rio de Janeiro em 1986. As ações foram organizadas pelo Ministério
da Saúde, pelas Secretarias Estaduais de Saúde e por municípios de regiões acometidas pela
doença. No ano de 1997, teve início o Plano Diretor de Erradicação do A. aegypti no Brasil
(PEAa) seguido pelo Plano de Intensificação das Ações de Controle do Dengue (PIACD)
desenvolvido pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2011). O programa foi efetivo ao propor
a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo descentralizado de combate à
doença, com a participação das três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal
(BRASIL, 2011).
Diante da rápida expansão do vetor e da doença e frente ao insucesso dos planos de
ação, o Ministério da Saúde elaborou o Programa Nacional de Controle da Dengue
(PNCD), inserindo medidas prioritárias com relação aos planos anteriores podendo destacar
a elaboração de programas permanentes, o desenvolvimento de campanhas de informação e
mobilização das pessoas, o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica, a
melhoria da qualidade do trabalho de campo, a integração dos programas de controle na
atenção básica, entre outras medidas (BRASIL, 2011).
Por não contar com uma terapêutica etiológica ou profilaxia efetivas, a única
medida preventiva contra a Dengue, até o presente momento, é o vetor, sendo assim, as
atuais medidas preventivas são direcionadas principalmente aos criadouros, utilizando-se de
técnicas simples e eficazes. Há possibilidade de utilizar medidas de controle físico, químico
e biológico, sendo os dois primeiros grupos mais utilizados (SUCEN, 2002).
As medidas adotadas no controle físico são direcionadas, principalmente, a
população como, por exemplo, evitar acúmulo de água em recipientes como pratos de
vasos, pneus vazios e garrafas, manter as caixas d’água, calhas e cisternas vedadas, evitar o
acúmulo de lixo, entre outros (SUCEN, 2002). A problemática desta medida se estabelece
na falta do comprometimento da população em seguir tais parâmetros e a dificuldade ou,
muitas vezes, a impossibilidade de inspeção de 100% dos depósitos pelos agentes de rotina.
Incluídos no controle químico estão a utilização de inseticidas destacando os
Organofosforados (OP), como o Temephos, e os Piretróides (P), como a Cipermetrina
(LUNA et al, 2004). O Temephos vem sendo utilizado mundialmente destacando sua
exatidão como larvicida, no entanto, estudos confirmam resistência a sua utilização; e os
inseticidas Piretróides demonstram maior eficácia contra o mosquito adulto. Os programas
de controle do A. aegypti possuem três formas de utilização do controle químico, a
aplicação de inseticida diretamente nos depósitos (tratamento focal com Temephos)
contendo as formas imaturas do vetor; a borrifação de inseticida de ação residual
(tratamento perifocal com Cipermetrina) nos depósitos a fim de atingir a forma adulta do
vetor, e a aplicação espacial de inseticida a ultra baixo volume (UBV), indicado para
situações restritas de epidemias promovendo a rápida redução do vetor adulto (FUNASA,
2001).
Nas medidas do controle biológico faz-se uso de predadores naturais dos ovos e
larvas do mosquito, como os peixes larvófagos que são de fácil obtenção e manutenção.
Diferentes espécies de peixes têm sido utilizadas no controle de larvas de mosquitos,
inclusive, no Estado do Ceará, várias espécies já são utilizadas como alternativa de controle
em depósitos domiciliares como as espécies Betta splendens, Poecillia sphenops e Astyanax
fasciatus (CAVALCANTI et al, 2007). Outros estudos também demonstram que
predadores como os crustáceos copépodos (Crustacea, Copepoda) possuem fácil
aplicabilidade no controle dos culicídeos imaturos (DUQUE et al, 2004).
Ainda como controle biológico, também são utilizadas bactérias no controle de
larvas de culicídeos, sendo a bactéria Bacillus thuringiensis var israelensis (Bti) a mais
promissora já sendo utilizada no Brasil (REGIS et al, 2000). A bactéria é um
entomopatógeno de várias ordens de insetos, sendo efetiva por meio da produção de toxinas
pelo seu organismo (COSTA et al, 2010). Outros estudos também demonstram a utilização
de hormônios miméticos para o controle de larvas. Os hormônios são reguladores de
crescimento sintéticos, sendo o Methoprene o mais comum, e atua impedindo seu
desenvolvimento para a vida adulta (BRAGA et al., 2005).
Mesmo com a intensa integração dos métodos de controle biológico e químico, é
imprescindível que o controle físico seja intensificado para que a utilização de produtos
químicos seja reduzida.
3.3 A utilização de plantas como inseticidas: Uma alternativa de controle
Na busca por melhores alternativas no controle da Dengue encontra-se a utilização
de plantas com propriedades inseticidas. É uma alternativa bastante estudada na última
década devido, principalmente, ao seu menor impacto à saúde humana e ao meio ambiente,
além de representar um método de fácil obtenção. Plantas com fins medicinais são
utilizadas há anos no mundo, tendo ampla utilização na agricultura como pesticidas (ROEL,
2001).
Todas as plantas possuem compostos que são essenciais ao seu desenvolvimento ou
utilizados como defesa. Os principais compostos produzidos pelas plantas são metabólitos
primários, ou seja, moléculas necessárias para a vida da planta, como aminoácidos,
proteínas e ácidos nucléicos. Os metabólitos secundários, por outro lado, são restritos em
sua distribuição e são importantes para a sobrevivência e propagação das plantas que o
produzem, funcionando como defesa contra herbívoros, patógenos ou competidores
(BIERMAN, 2009).
São estes metabólitos secundários que possuem propriedades inseticidas, causando
diversos efeitos nos insetos como repelência, inibição de alimentação, deformidades e
mortalidade em diversas fases. Os inseticidas botânicos são produtos derivados dessas
plantas ou partes dela, podendo ser o próprio material vegetal, normalmente moído, ou seus
produtos obtidos por extração aquosa ou com solventes orgânicos (álcool, éter, acetona,
clorofórmio), ou destilação (MENEZES, 2005). Vários pesquisadores vêm trabalhando para
desenvolver fórmulas e métodos que permitam a utilização crescente dos inseticidas de
origem vegetal, entretanto, as informações disponíveis sobre a caracterização, o modo de
ação, a toxicologia e os efeitos no ecossistema são ainda escassas.
As principais vantagens da utilização de inseticidas botânicos incluem a rápida
degradação, não persistindo por longo período no ambiente e consequentemente induzindo
menor risco aos organismos não-alvo e menor índice de desenvolvimento de resistência pelos
vetores; possuem rápida ação, causando morte gradativa ou imediata; apresentam toxicidade
baixa em relação aos mamíferos; não são fitotóxicos (tóxicos às plantas); e, por fim,
apresentam alta disponibilidade de material vegetal e baixo custo de fabricação (BUSS e
PARK-BROWN, 2002; MENEZES, 2005).
Os compostos botânicos agem de diversas formas, são elas: por ação tóxica, repelente
ou antialimentar, ou seja, matam o inseto por intoxicação, ou induzem ao afastamento do
inseto evitando a oviposição e alimentação, ou inibem a alimentação do inseto; por agirem
diretamente
em
órgãos ou
enzimas específicas, interferindo nos
processos de
desenvolvimento, no metabolismo respiratório e na síntese de proteínas, impedindo a síntese
de diversas proteínas ou causando retardo e paralisia no desenvolvimento do inseto levando à
morte ou à deformidades; e por fim, agirem por contato ou ingestão, em que o produto é
absorvido pelo tegumento do inseto impedindo a respiração e levando à morte ou o produto é
ingerido pelo inseto provocando redução na alimentação e resultando na morte do inseto
(MENEZES, 2005; BIERMAN, 2009).
3.4 Plantas inseticidas no controle do Aedes aegypti
Diversos estudos surgiram na tentativa de demonstrar a eficácia deste tipo de
produto natural no controle do vetor do Dengue e têm apresentado resultados satisfatórios
contra o inseto, como o estudo realizado por Fernandes et al (2001), que utilizou o extrato
aquoso da pimenta-do-reino contra larvas de A. aegypti obtendo mortalidade total das
larvas, ou o estudo realizado por Furtado et al (2005), que utilizou diversos extratos oleosos
contra larvas de A. aegypti, como a citronela-de-java, a erva-de-são-joão, o alecrimpimenta, todos demonstraram ter ação larvicida. Dentre as plantas mais estudadas no
controle do A. aegypti é possível citar a Citronela, o Nim e o Cinamomo, além de outros
vegetais, entretanto, a literatura não é extensa, demonstrando a urgência de maiores
pesquisas a respeito do tema.
3.4.1 Azadiractha indica A. Juss. – Nim
Uma das plantas que demonstra alta capacidade no controle do vetor do Dengue é
Azadiractha indica A. Juss., espécie botânica de origem indiana conhecida popularmente
como Nim e amplamente estudada devido a sua multiplicidade de uso. Proveniente da
família Meliaceae, como o mogno, é uma árvore resistente a condições de altas
temperaturas e baixa disponibilidade de água. No Brasil já existem plantações dessa árvore
nas regiões, nordeste, centro-oeste e sul do país (MARTINEZ, 2002). Sua importância está
relacionada ao uso como inseticida, carrapaticida e nematicida destacando-se sua alta
eficiência e baixa toxicidade (BENVINDA, 2005).
Os componentes típicos do nim são os triterpenóides ou limonóides, dos quais a
azadiractina, nimbina e salanina são os mais importantes, sendo a azadiractina o composto
mais estudado e mais tóxico. Todas as partes da planta possuem esses compostos, porém a
concentração varia de acordo com a região da planta (MOSSINI et al, 2005). Geralmente os
extratos das folhas, sementes ou frutos são utilizados como inseticidas. Os principais
métodos de obtenção do extrato são através de processos de extração em água e solventes
orgânicos como hidrocarbonetos, alcoóis, cetonas ou éteres (NEVES, 2008).
Os principais efeitos do nim são repelência, inibição alimentar, de crescimento, da
biosíntese da quitina e de oviposição, interfere nos hormônios da ecdise e no hormônio
juvenil, deformações em pupas e adultos, redução da fecundidade e da longevidade de
adultos, inibição de oviposição e mortalidade, podendo afetar os insetos tanto por ingestão
como por contato (AGUIAR-MENEZES, 2005).
Pereira et al (2006) demonstrou que a exposição de ovos e pupas de A. aegypti ao
extrato de folhas de nim causou retardo nos estágios do mosquito em relação ao grupo
controle, e as larvas expostas ao extrato tiveram média de mortalidade de 98%.
Caser et al (2007), analisando os efeitos do extrato aquoso proveniente de folhas
secas de nim sobre larvas de A. aegypti, pode verificar que as concentrações mais altas
tendem a produzir mais mortalidade nas larvas e, também, que a mortalidade é afetada pelo
tempo de exposição ao extrato. Sendo assim, sua pesquisa obteve resultados satisfatórios a
partir do segundo dia de exposição, apresentando mortalidade de aproximadamente 67% das
larvas e alcançando 90% da mortalidade após o terceiro dia de exposição.
Ndione et al (2007) em trabalho sobre os efeitos tóxicos dos produtos derivados do
nim, como extrato oleoso e em pó, contra larvas de A. aegypti, observou que toda população
larval exposta a mais alta concentração atingiu 100% de mortalidade nas primeiras 24 horas.
Entretanto, a partir da mais baixa concentração (2 mg/l) foi possível atingir mortalidade de
50% da população.
Santos (2009) em pesquisa sobre o efeito do extrato oleoso derivado das folhas de
nim, contra larvas de A. aegypti, obteve resultado satisfatório na maior concentração testada
(50 ml) apresentando 84% de mortalidade das larvas.
Em pesquisa realizada por Dua et al (2009), avaliando o efeito do extrato oleoso de
nim, sob várias concentrações, contra larvas dos mosquitos Anopheles, Culex e Aedes,
apresentou mortalidade de aproximadamente 96% da população larval de todas as espécies de
mosquito somente no primeiro dia de exposição, alcançando mortalidade total da população
após sete dias de exposição.
3.4.2 Melia azedarach L. – Cinamomo
Outra espécie da família Meliaceae que se destaca no controle do Aedes aegypti é a
Melia azedarach, popularmente conhecida como Cinamomo ou Santa-Bárbara. A árvore é
originária da Índia e amplamente cultivada nas regiões sul e sudeste do Brasil (BIERMAN,
2009). Vários estudos descrevem a planta como possuidora de diversas propriedades, como
atividade antifúngica, inseticida, antiviral, antimalárica e anti-helimíntica (ARAÚJO et al,
2009).
Sua atividade inseticida é atribuída aos compostos limonóides, do qual faz parte a
azadiractina, mesmo composto encontrado no nim (ARAÚJO et al, 2009). Estes compostos
possuem capacidade de inibir o crescimento ou a alimentação de insetos, além de
apresentarem efeitos antifúngicos, bactericidas e antivirais (ARAÚJO et al, 2009). Os
principais efeitos do cinamomo são inibição alimentar, regulação do crescimento, inibição do
desenvolvimento da ecdise, deformações em pupas e adultos, atividade fagoinibidora,
repelente e inseticida (BIERMANN, 2009).
Em pesquisa realizada por Prophiro et al (2008), foi possível analisar o efeito
inseticida do extrato etanólico de frutas de cinamomo contra larvas de Aedes aegypti. O
resultado demonstrou alta mortalidade da população de larvas em dois dias de exposição,
alcançando mortalidade total ao final das 48 h de exposição.
Selvaraj e Mosses (2011) avaliaram a eficiência de extrato etanólico de cinamomo
sobre larvas de Anopheles, Culex e Aedes. Os extratos foram obtidos de folhas e frutos da
planta e expostos às larvas, os resultados atingiram aproximadamente 83% de mortalidade
das larvas somente em 24 horas de exposição.
3.4.3 Cymbopogon spp. – Citronela
Dentre as diversas ações inseticidas conferidas às plantas, uma ação bastante
estudada e utilizada ao longo dos anos é a de repelência. O uso de plantas como repelentes
de insetos vem sendo citada por mais de décadas, e desde o início do século XX, vários
produtos naturais foram utilizados para esse fim (BUENO e ANDRADE, 2010). Em sua
maioria são utilizados na forma de óleos extraídos dos componentes da planta, são os
chamados óleos essenciais. São produtos aromáticos de metabolismo secundário das
plantas, podendo ser encontrados em várias partes do vegetal (BUENO e ANDRADE,
2010).
Atualmente entre os repelentes botânicos mais estudados está a Citronela, planta
pertencente à família das Poaceae, apresenta duas espécies diferentes, Cymbopogon
winterianus J. e Cymbopogon nardus L., ambas conhecidas por Citronela (MARCO, 2007).
É uma planta perene cultivada em larga escala, especialmente nas regiões tropicais e
subtropicais com distribuição irrestrita. Apresenta como componentes o citronelal e o
geraniol, e pequenas quantidades de citronelol e ésteres, além de possuir atividade
repelente, antimicrobiana e acaricida (BLANK et al, 2007). Atualmente, o óleo de citronela
é uma das substancias mais presentes em formulações repelentes de insetos, além disso, é
crescente o número de velas e incensos que a utilizam como repelentes ambientais
(BUENO e ANDRADE, 2010).
Em pesquisa realizada por Tawatsin et al (2001) com objetivo de avaliar a
repelência de diversos óleos essenciais contra mosquitos vetores, foi possível avaliar o
potencial repelente da citronela contra o A. aegypti. Utilizando a exposição humana
contendo o óleo como avaliador, pode-se observar repelência por 6 horas de exposição ao
vetor.
Avaliando o efeito repelente do óleo de citronela no vetor secundário da Dengue, A.
albopictus, Bueno e Andrade (2010) utilizando a exposição humana contendo o óleo como
avaliador, também observou 99% de proteção contra o mosquito.
Furtado et al (2005) buscou avaliar a atividade larvicida do óleo de citronela contra
larvas de A. aegypti. Apresentou bom resultado atingindo alta porcentagem de mortalidade
das larvas em apenas 24 horas de exposição, demonstrando que mais pesquisas devem ser
realizadas visando estabelecer ação larvicida da citronela.
3.4.4 Demais Plantas
Diversas pesquisas continuam ocorrendo na busca por uma alternativa de controle
contra o vetor da Dengue, entretanto, diversos trabalhos exigem maiores pesquisas e
informações sobre o assunto, inclusive sobre as espécies botânicas utilizadas. As pesquisas
seguem, basicamente, dois caminhos, o primeiro visa testar os extratos vegetais nas formas
imaturas do vetor, utilizando quase que exclusivamente a fase larval; já o segundo foca nos
extratos vegetais conhecidos por repelir insetos, sendo assim, são utilizados nas formas
adultas do vetor.
Dentro da família dos repelentes, os produtos naturais mais encontrados no mercado
brasileiro utilizam como ativos a citronela, o nim, a andiroba e a alfazema (OLIVEIRA,
2008). A grande maioria dos estudos avalia plantas aromáticas e seus óleos essenciais.
A Andiroba (Carapa guianensis Aublet) é uma árvore pertencente à família
Meliaceae, a mesma do Nim e do Cinamomo. O óleo de andiroba é constituído por ácidos
graxos, sendo composto também por limonóides, responsáveis pela ação repelente
(OLIVEIRA, 2008). Dentre os estudos que demonstram a ação repelente do óleo de
andiroba contra o A. aegypti é possível citar a pesquisa realizada por Miot et al (2004), que
observou eficácia de 100% de proteção contra picadas do mosquito em testes de 3 minutos
de duração. Já Oliveira (2008) verificou significativa ação repelente do óleo de andiroba
observando proteção contra a picada do mosquito por 30 minutos de teste. Na pesquisa
realizada por Bueno e Andrade (2010), o óleo de andiroba demonstrou discreta eficácia na
repelência contra o vetor, apresentando 30% de proteção em testes de 15 minutos de
duração. Essas pesquisas demonstram que, apesar da discreta eficácia, o óleo de andiroba é
um promissor agente no controle do vetor da Dengue.
A Copaíba (Copaifera spp.) é uma árvore pertencente à família Caesalpinaceae,
apresentando 72 espécies do gênero Copaifera. O óleo de copaíba é constituído por ácidos
resinosos e compostos voláteis (OLIVEIRA, 2008). Estudos demonstram ações do óleo de
copaíba como repelente de insetos e inseticida, capacidade conferida à substância
cariofileno, composto presente no vegetal, como no estudo realizado por Oliveira (2008)
que buscou demonstrar a atividade repelente contra o Aedes aegypti, apresentando proteção
contra a picada do vetor por 30 minutos. Em pesquisa realizada por Ribas e Carrena (2010),
diversos repelentes comerciais foram testados contra A. aegypti, o repelente contendo óleo
de copaíba demonstrou 95% de eficácia para mais de 9 horas de uso. A pesquisa realizada
por Geris et al (2008) testou o óleo de copaíba contra larvas de A. aegypti e demonstrou
excelente resposta atingindo média de 90% de mortalidade das larvas no primeiro dia de
tratamento.
A palmeira Acrocomia aculeata, conhecida por Macaúba e pertencente à família
Palmae, é nativa de florestas tropicais e com ampla distribuição demográfica. Essa planta é
atualmente estudada devido a sua contribuição sócio-econômica através da produção de
óleo vegetal, sendo bastante promissora na produção de biodiesel (NUCCI, 2007). Poucos
trabalhos sobre sua ação inseticida foram realizados, como o estudo sobre o pulgão Myzus
persicae (Hemiptera) conforme Aguiar (2008), que utilizou extrato obtido da polpa do
fruto, os resultados demonstraram ser bastante satisfatórios obtendo mortalidade total dos
indivíduos. Outro estudo utilizou extrato da polpa do fruto da macaúba sobre o parasitóide
de ovos Trichogramma pretiosum (Hymenoptera) e apresentou resultados significantes
demonstrando diminuição do parasitismo e da emergência do parasitóide analisados por
quinze dias de tratamento (ARAÚJO, 2008). Na pesquisa realizada por Santos (2009), que
utilizou extratos obtidos da polpa do fruto e da amêndoa, demonstrou alta toxicidade sobre
larvas de Aedes aegypti, alcançando 100% de mortalidade em 24 horas de exposição.
A árvore Pterodon emarginatus, conhecida como Sucupira, é pertencente à família
Leguminosae, e muito comum no cerrado brasileiro. O óleo extraído desta árvore é
comumente utilizado para fins medicinais no combate ao reumatismo, diabetes e no
tratamento de inflamações de garganta (SILVA et al, 2005). Entretanto, poucos estudos
sobre sua ação inseticida foram realizados, como a pesquisa realizada por Aguiar (2008)
que avaliou a toxidez do extrato obtido das sementes de sucupira contra o pulgão M.
persicae (Hemiptera), obteve alta mortalidade sobre ninfas do inseto além de causar
mortalidade por 8 dias de exposição. Outro estudo realizado por Araújo (2008) utilizou
extrato das sementes de sucupira contra o parasitóide T. pretiosum (Hymenoptera), e
demonstrou alta diminuição do parasitismo. Na pesquisa realizada por Santos (2009), que
utilizou o extrato oleoso da semente de sucupira contra larvas de A. aegypti, os resultados
demonstraram boa toxidez contra o vetor, alcançando mortalidade de 80% da população
larval.
É possível demonstrar que diversas plantas apresentam capacidade inseticida contra
os insetos, fornecendo uma ótima alternativa no controle de pragas tanto na agricultura
quanto na saúde pública, como no caso do controle da Dengue. Porém, para que avanços
neste caminho aconteçam, é de extrema importância que demais experimentos sejam
conduzidos a fim de alcançar a comprovação sobre a eficiente e segura utilização dos
extratos vegetais contra vetores.
4. Conclusão
Com a demonstração da evolução das pesquisas que tratam das alternativas de
controle sobre o vetor da Dengue, foi possível verificar que houve aumento na busca por
maiores informações referente aos inseticidas botânicos, garantindo maior conhecimento
sobre os compostos vegetais e sua melhor forma de utilização.
É certo que todos vegetais apresentam em sua composição, substâncias que
conferem proteção para o seu desenvolvimento, apresentando propriedades tóxicas para
patógenos, competidores, herbívoros e para o próprio homem. Entretanto, esta ação tóxica
se corretamente manipulada, pode agir em benefício do homem, é este o objetivo de
explorar o funcionamento metabólico das plantas. Cabe ressaltar que esta busca se limita a
não prejudicar a forma de vida vegetal e, sim usufruir-la de forma consciente e sustentável.
É possível verificar que existe a possibilidade de integrar esses métodos alternativos
aos atuais métodos de controle gerando um manejo integrado. A utilização de compostos
vegetais como controle de vetores é promissor e apresenta inúmeras vantagens como,
rápida degradação, não persistindo por longo período no ambiente induzindo menor risco aos
organismos não-alvo e menor índice de desenvolvimento de resistência pelos vetores;
possuem rápida ação, causando morte gradativa ou imediata; apresentam toxicidade baixa em
relação aos mamíferos; não são fitotóxicos, ou seja, não são tóxicos às plantas em baixas
concentrações; e, por fim, apresentam alta disponibilidade de material vegetal e baixo custo
de fabricação.
Frente ao quadro apresentado nesse trabalho, deve-se continuar a busca por maiores
informações sobre inseticidas botânicos a fim de contribuir para um melhor e mais eficaz
controle contra a Dengue.
5. Referências Bibliográficas
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